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1. RESUMO
A Internet das Coisas é uma tecnologia que proporciona aos objetos comuns, mas com capacidade
computacional e de comunicação, se conectarem à Internet. A conexão com a rede mundial de
computadores permitirá, em um primeiro momento, controlar remotamente os objetos e, em
seguida, permitir que os próprios objetos sejam acessados como provedores de serviços. Estas
novas habilidades, dos objetos comuns, geram um grande número de oportunidades, ampliando as
funcionalidades e agregando outras.
1. INTRODUÇÃO
A Internet das Coisas (do inglês, Internet of Things (IoT)) se tornou possível pelos avanços de
várias áreas como sistemas embarcados, microeletrônica, comunicação e sensoriamento. De fato, a
IoT tem se destacado tanto na ciência, quanto na indústria, devido ao seu potencial de uso nas mais
diversas áreas das atividades humanas, ampliando o conceito de rede de computadores. Para
Tanenbaum [Tanenbaum 2002], “Rede de Computadores é um conjunto de computadores
autônomos interconectados por uma única tecnologia”. O conceito surgiu, em certa medida, fruto
do trabalho desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) Auto-ID Laboratory,
recorrendo ao uso da Identificação por radiofrequência (RFID) e Wireless Sensor Networks. O
objetivo foi, desde o início, criar um sistema global de registro de bens usando um sistema de
numeração único chamado Electronic Product Code. A Internet das Coisas (IoT) é um termo criado
em setembro de 1999, por Kevin Ashton, um pioneiro tecnológico britânico, que concebeu um
sistema de sensores onipresentes, conectando o mundo físico à Internet, enquanto trabalhava em
identificação por rádio frequência (RFID).
Em entrevista ao site finep.gov.br, Kevin Ashton definiu o termo internet das coisas:
“Internet das Coisas” se baseia na ideia de que estamos presenciando o momento em que duas
redes distintas – a rede de comunicações humana (exemplificada na internet) e o mundo real das
coisas – precisam se encontrar. Um ponto de encontro onde não mais apenas “usaremos um
computador”, mas onde o “computador se use” independentemente, de modo a tornar a vida mais
eficiente. Os objetos – as “coisas” – estarão conectados entre si e em rede, de modo inteligente, e
passarão a “sentir” o mundo ao redor e a interagir.”
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Funcionamento
Cada aparelho eletrônico consegue ter sua identificação (que é feita por rádio frequência ‘RFID’),
que é guardada em um banco de dados. Assim, quando esse aparelho se conectar a uma rede, como
a internet, que consiga se conectar ao banco de dados, essa rede consegue identificar cada aparelho
que esteja registrado no banco de dados. Com os aparelhos identificados por RFID interligados a
um banco de dados e todos eles com conectividade a rede (internet), isso faz com que a IOT seja
possível. Primeiro, para ligar os objetos e aparelhos do dia a dia a grandes bases de dados e redes e
à rede das redes, a Internet, é necessário um sistema eficiente de identificação. Só desta forma se
torna possível interligar e registrar os dados sobre cada uma das coisas. A identificação por rádio
frequência conhecida como RFID é um exemplo de tecnologia que oferece esta funcionalidade, mas
não é a única (vide NFC e Bluetooth p. ex.). Consequentemente, o registro de dados se beneficiará
da capacidade de detectar mudanças na qualidade física das coisas, usando as tecnologias sensoriais
(sensor technologies). A inteligência própria de cada objeto aumenta o poder da rede de devolver a
informação processada para diferentes pontos. Finalmente, os avanços ao nível da miniaturização e
da nanotecnologia significam que cada vez mais objetos pequenos terão a capacidade de interagir e
se conectar. A combinação destes desenvolvimentos criará uma Internet das Coisas (Internet of
Things) que liga os objetos do mundo de um modo sensorial e inteligente. Assim, com os benefícios
da informação integrada, os produtos industriais e os objetos de uso diário poderão vir a ter
identidades eletrônicas ou poderão ser equipados com sensores que detectam mudanças físicas à sua
volta. Até mesmo partículas de pó poderão ser etiquetadas e colocadas na rede. Estas mudanças
transformarão objetos estáticos em coisas novas e dinâmicas, misturando inteligência ao meio e
estimulando a criação de produtos inovadores e novos serviços. Gilberto Dupas (2011, p. 67)
comenta sobre esta realidade: O homem contemporâneo está preso cada vez mais no universo das
Plataformas
O Arduíno é uma plataforma open-source baseada em hardwares e softwares fáceis de usar. É
voltada a qualquer pessoa interessada em criar objetos ou ambientes interativos. O Arduíno pode
sentir o estado do ambiente que o cerca, por meio da recepção de sinais de sensores e pode interagir
com os seus arredores, controlando luzes, motores e outros atuadores. Basicamente pode-se
interconectar objetos do cotidiano assim atividades rotineiras do dia a dia de cada um, como abrir
uma porta com um simples toque na tela do seu celular, ou até mesmo ligar um chuveiro e escolher
entre água fria ou quente. Isso resume bem o quanto a plataforma Arduíno está voltada a Internet
das Coisas.
Figura 1 - https://www.arduino.cc/
O Raspberry Pi, é uma série de computadores de placa única de tamanho reduzido, que se conecta a
um monitor de computador ou TV, e usa um teclado e um mouse padrão. Todo o hardware é
integrado numa única placa, sendo uma excelente opção de processamento embarcado, tanto para a
indústria quanto para a casa inteligente e os IoT.
Conectividade em rede
Todos estes dados constituem informações passivas que deverão ser capturadas por algum aparelho
que os leia e entenda. De onde se conclui que, para que as coisas estejam inteligentes, precisaremos
de aparelhos com processadores, que possam fazer as leituras e interpretações dos dados contidos
nos diversos RFID, pertencentes ou presentes numa residência, escritório ou loja. Com a chegada
do conceito de IoT, cada vez mais, novos dispositivos se conectam a internet, precisando assim, de
um IP para si. O IPv4 (Internet Protocol version 4) lida com endereços de protocolos de 32 bits.
Possibilitando assim aproximadamente 4,29 bilhões de IPs ao redor do mundo. Conforme o número
de dispositivos cresce exponencialmente (20 bilhões de dispositivos conectados à rede previstos
para 2020) e o número de IPs pelo IPv4 se esgota, urge a necessidade de transitar para o IPv6, que
fornece um maior número de endereçamentos, permitindo assim que mais dispositivos possam se
conectar. “É sempre válido salientar que nada de errado aconteceu com o IPv4. O esgotamento de
endereços nessa versão do protocolo faz parte do crescimento da Internet, e no Brasil seu
crescimento é notavelmente grande. Nesse momento, a preocupação principal é estimular a adoção
do IPv6.” (GETSCHKO, 2014). A tecnologia RFID usa frequências de rádio para identificar os
produtos é vista como propulsora da Internet das Coisas. Embora algumas vezes identificada como
a sucessora dos códigos de barras, os sistemas RFID oferecem para além da identificação de
objetos, informações importantes sobre o seu estado e localização. O chip do RFID tem uma
numeração de série pré gravada em fábrica e uma área de memória para ser preenchida com as
informações que sejam relevantes ao rastreamento ou controle do bem produzido.
Figura 3: RFID -
https://www.mandae.com.br/blog/etiquetas-rfid-como-funcionam-e-quais-sao-as-suas-vantagens/
Privacidade e segurança
Todos esses dispositivos IoT, por serem inteligentes, possuem um endereço IP que, para os hackers,
é sinônimo de porta de entrada para ataques à segurança e à privacidade. Privacidade e segurança
surgem como dois temas importantes a serem trabalhados pelas empresas que estão ligadas as das
coisas inteligentes. Para se ter ideia, a empresa de consultoria Gartner estima que mais de 20 bilhões
de dispositivos IoT estarão conectados à internet até 2020. Já segundo a empresa de segurança
virtual Kaspersky Lab, existem pelo menos 7 mil amostras de malwares em dispositivos IoT. Em
setembro de 2016, o site Tecmundo noticiou o maior ataque de DDOS já registrado, utilizando
dispositivos de internet das coisas, roteadores e câmeras de segurança. Uma grande questão surge:
Como as informações coletadas sem o conhecimento do cidadão poderão ser usadas, por quem e
com qual objetivo. De acordo com um estudo da Hewlett Packard, cerca de 70% dos dipositivos da
IoT são vulneráveis a ataques. […] O relatório da Hewlett Packard também destacou que
informações como cartões de crédito, números de segurança social e outros dados sensíveis
percorrem a rede sem a devida segurança. (Gaona-Garcia et al, 2017). Portanto, para manter a
segurança da informação intacta, a implementação de ferramentas de segurança deverá ser realizada
de maneira minuciosa, evitando, assim, brechas em implementações e protocolos, e reduzindo a
probabilidade de eventuais ataques.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Foi utilizado o método da pesquisa bibliográfica que é definida como o tipo de pesquisa que
“procura explicar um problema a partir de referências teóricas, publicadas em livros, dissertações e
teses” (CERVO, A. et. al, 2007, p. 60). O referencial teórico também permite verificar o estado do
problema a ser pesquisado, sob o aspecto teórico e de outros estudos e pesquisas já realizados
(LAKATOS; MARCONI, 2003). Por tanto, foram realizadas buscas em livros atualizados e em
artigos científicos sobre pesquisas realizadas em instituições acadêmicas de tecnologia do mundo.
Foram pesquisados artigos online para revisar o histórico das tecnologias que são requerimentos
para que a IoT se estabeleça. O objetivo dessa análise foi conhecer as mudanças culturais e sociais
que a Internet das coisas trará para o dia a dia das pessoas e empresas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este trabalho apresenta uma visão geral, baseada na pesquisa realizada em diversos artigos
científicos e publicações que falam sobre o estado evolutivo da IoT, tendências que estão alinhadas
com a evolução tecnológica e as novas funcionalidades das redes de telecomunicações. Aqui, foram
5. CONCLUSÃO
Com base nos objetivos traçados no trabalho, observa-se que eles foram parcialmente atingidos,
após a análise das tecnologias apresentadas, o que elas podem proporcionar e a interconectividade
entre dispositivos. A respeito do paradigma de Internet das Coisas (IoT), um ponto importante
atenta-se justamente na determinação e abrangência do termo. Observam-se incertezas quanto à
maneira, intensidade e o contexto de sua concepção. Os autores pesquisados divergem em aspectos
técnicos, e frequentemente defendem sua aplicação de forma pontual, direcionada a cenários
peculiares, demonstrando divergências em relação à essência do conceito. Outro objetivo
importante, as maiores barreiras de implementação da IoT encontradas foram: falhas na segurança e
falta de ecossistema favorável que dificultam a consolidação da Internet das Coisas no Brasil e no
mundo. No entanto, o impacto socioeconômico positivo e as perspectivas de crescimento da IoT
prometem um ganho para a economia, além de promover mudanças na sociedade. Através do
estudo, pode-se concluir que a tecnologia IoT promove um ambiente de inovação e
empreendedorismo no país, proporcionando abertura de novos mercados e criação de novos
serviços e produtos.
REFERÊNCIAS
Insira e complemente neste campo as referências abaixo com as referências utilizadas em seu
trabalho. Lembre-se de utilizar a Norma NBR 6023 para a inserção e complementação.
Arduino. https://www.arduino.cc/
Biblioteca Virtual Uniasselvi:
https://portal.uniasselvi.com.br/graduacao/alunos/bibliotecas/biblioteca-virtual
Kevin Ashton – entrevista exclusiva com o criador do termo “Internet das Coisas”
http://finep.gov.br/noticias/todas-noticias/4446-kevin-ashton-entrevista-exclusiva-com-o-criador-
do-termo-internet-das-coisas