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Altino Nhantumbo

Avertino De Queiros Paulino

José Célio Orlando Bila

Oscar Raul Manuel Redondo

Shaquil Nasser Carimo Ismael

Isack Carlos Manuel Chipanga

Raimundo David Massingue

Mbarraca Ali Laissa

Termoquimica
Soluções e reacções

Licenciatura em Engenharia Civil

Universidade Save

Maxixe

2020

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Altino Nhantumbo

Avertino De Queiros Paulino

José Célio Orlando Bila

Oscar Raul Manuel Redondo

Shaquil Nasser Carimo Ismael

Isack Carlos Manuel Chipanga

Raimundo David Massingue

Mbarraca Ali Laissa

Termoquimica
Soluções e reacções

Trabalho de investigação cientifica a ser


apresentado na cadeira de quimica Geral,
para fins de avaliação.

Docente: dr. Agostinho Cardoso Silva

Universidade Save

Maxixe

2020

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Indíce
1.Objectivos .................................................................................................................................... 5

1.1.Objectivos geral..................................................................................................................... 5

1.3.Objectivos especifico ............................................................................................................ 5

2. Introdução ................................................................................................................................... 6

3.Metodologia ................................................................................................................................. 7

4.Termoquímica .............................................................................................................................. 8

4.1.Sistema .................................................................................................................................. 8

4.2.Energia .................................................................................................................................. 8

4.3.Temperatura .......................................................................................................................... 9

4.4.Calor ...................................................................................................................................... 9

4.5.Trabalho ................................................................................................................................ 9

4.6. Entalpia............................................................................................................................... 10

4.7.Reacção endotérmica e exotérmica ..................................................................................... 10

4.8.Reacção endotérmica........................................................................................................... 10

4.9.Reacções exotérmicas ......................................................................................................... 10

Relação entre variação de entalpia (∆H) e calor da reacção ......................................................... 11

4.10.As equações termoquímicas .............................................................................................. 11

4.11.Diagrama de entalpia......................................................................................................... 12

4.12.Lei de Hess ........................................................................................................................ 13

4.13.Tipos de entalpias .............................................................................................................. 14

4.14.Factores que influenciam no valor da variação de entalpia (∆H) ..................................... 16

4.15.Cálculo de variação de entalpia ......................................................................................... 17

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4.16.Entropia ............................................................................................................................. 18

4.17.Energia livre de Gibbs (G) ................................................................................................ 19

5.Soluções ..................................................................................................................................... 20

5.1.Características de uma solução: .......................................................................................... 21

5.2.Classificação das soluções .................................................................................................. 21

5.2.1.Quantidade de soluto .................................................................................................... 21

5.2.2.Estado físico ................................................................................................................. 21

5.2.3.Natureza do soluto ........................................................................................................ 22

5.2.3. Coeficiente de solubilidade ......................................................................................... 22

5.3. Concentração das soluções ................................................................................................. 22

5.4. Diluicao de solucoes........................................................................................................... 23

5.5.Reações em soluções aquosas ............................................................................................. 23

5.6.Propriedades Gerais de Soluções Aquosas.......................................................................... 23

5.7.Reacção De Precipitação ..................................................................................................... 24

5.8.Reações De Ácido-Base ...................................................................................................... 24

5.9. Reação De Oxirredução ..................................................................................................... 25

5.10.Propriedades coligativas das soluções............................................................................... 25

6. Conclusão.................................................................................................................................. 26

7. Referências bibliograficas ......................................................................................................... 27

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1.Objectivos

1.1.Objectivos geral
 Apresentar os conceitos basicos envolvidos no estudo da termoquimica e das solucoes.

1.3. Objectivos especifico


 Entender as diferenças entre energia interna, trabalho, e calor;
 Apresentar as leis da termoquimica;
 Apresentar a equações quimicas;
 Apresentar as caracteristicas da soluções;
 Classificar as soluções;
 Principais reacoes que ocorrem nas soluções.

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2. Introdução
Termoquimica e a area que estuda as situacoes em que reaccoes quimicas e fenomenos fisicos
ocorrem com absorcao ou libertacao de energia na forma de calor. Toda a reacao quimica
absorve ou gera calor, ou seja, ha sempre uma troca de energia. A emissao ou absorcao de calor,
luz, electricidade sao manifestacoes dessa energia que podem provocar mudancas de estado
fisico nos componentes da reaccao. Essas reacoes e processos sao extremamente importantes
para a vida no planeta e tambem sao muito frequentes no quotidiano.

Solucoes sao sistemas homogeneos formados pela mistura de duas ou mais substancias.

As soluções quimicas sao formadas por misturas homogeneas de duas ou mais substâncias e
podem estar nos três estados fisicos (solido, liquido e gasoso).

As solucoes sao constituidas de dois componentes: solvente e soluto

A principal caracteristica das solucoes e serem homogeneas, por isso significa que o soluto esta
dissolvido de modo uniforme por toda a sua extensao. Isso e importante porque mostra que as
solucoes possuem propriedaes iguais em todos os seus ponto

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3.Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, contamos com ajuda de aguns materias (livros e
apostilias de diferntes tipos e niveis, e tambem com ajuda de alguns sites ligados a esses
temas,para o desenvolvimento do mesmo.

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4.Termoquímica
A Termoquímica é um ramo da Química que estuda as reações e os processos de mudança de
estado físico que envolvem trocas de energia na forma de calor.

4.1.Sistema: é a parte do universo que está sob investigação; pode ser, por exemplo, um tubo de
ensaio, uma garrafa térmica.
Quanto à classificação, o sistema pode ser:
Sistema Aberto – quando há troca de matéria com a vizinhança;
Sistema Fechado – quando não há troca de matéria com a vizinhança;
Sistema Isolado – quando não há nenhum tipo de interação com a vizinhança.

4.2.Energia
Todos os corpos possuem energia. No entanto, não é possível medir a energia que um corpo
conte, mas sim só e só podemos medir a variação de energia de um sistema (∆u), num
determinado processo. As reacções químicas são acompanhadas de uma alteração de energia
interna dos sistemas reagentes.

 Se a energia interna do sistema diminui (∆u<0), a reacção é acompanhada de uma


libertação de energia (reacção exotérmica);

 Se a energia interna do sistema aumentar (∆u>0), o processo é acompanhado de uma


absorção de energia do exterior (reacção endotermica).

A expressão ∆u = Q + W é conhecida como primeira lei da termodinâmica que é a forma


algébrica da lei da conservação de energia. O seu enunciado afirma que:

"Se a energia de um sistema aumentar num certo valor, então uma quantidade equivalente de
calor (Q) ou trabalho (W) [ w = P∆V] está a ser fornecida ao sistema, ou se a energia de um
sistema diminuir num certo valor, então uma quantidade correspondente está a ser gasta sob
forma de calor ou trabalho".

A expressão que permite calcular a variação de energia de um sistema é dada por: ∆u =U2 - U1.

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4.3.Temperatura
A temperatura é uma propriedade dos corpos associados as energias cinéticas médias das
moléculas. A temperatura dos corpos mede-se com termómetro e serve de indicador do sentido
das transferências de energia como o calor.

A energia, flui dos corpos que se encontram as temperaturas mais elevadas para os que se
encontram a temperatura mais baixa. Se dois corpos estão á mesma temperatura não há trocas de
energia como o calor.

4.4.Calor
Calor é a forma de energia quantificada, capaz de produzir agitação molecular. Também
podemos definir calor como a energia que se liberta ou é absorvida na dissolução de uma mele
de uma substância numa quantidade de solvente de tal modo que a adição de solvente não
provoque efeitos térmicos apreciáveis. Exemplo, a dissolução de cloreto de amónio em água.

Simbolicamente escreve-se: NH4Cl + H2O→NH4+ + Cl- ; ∆H= -15,2 KJ̸ mol


Porém a equação que permite calcular o valor é dada por Q = m. C . ∆t onde:

Q → calor libertado ou absorvido pelo calorímetro;

m → massa da água

C→ capacidade calorífica do calorímetro;

∆t → variação de temperatura.

4.5.Trabalho
Trabalho em geral é definido como um conjunto de actividades realizadas, com objectivo de
atingir as metas. Quimicamente, podemos definir trabalho como a energia necessária para
deslocar uma substância. A equação que nos permite determinar o trabalho obtém-se a partir da
primeira lei da termodinâmica ∆u = Q +W → Q + W = ∆u → W = ∆u – Q Sendo:

∆u → variação de energia do sistema

Q → calor libertado ou absorvido pelo calorímetro


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W → trabalho

4.6. Entalpia
Entalpia é a quantidade de energia contida em uma determinada substância que sofre reacção.

A maior parte das reacções químicas realizam pressão constante. No entanto, numa
transformação a pressão constante, a variação de energia coincide com a de entalpia (∆H).

A variação de entalpia numa reacção química, actualmente conhecida como calor de reacção, é
numericamente igual a energia libertada ou absorvida numa reacção. Porém a expressão usada
para calcular a variação de entalpia é dada por ∆H = Hfinal – Hinicial

4.7.Reacção endotérmica e exotérmica


Todas as reacções químicas e bioquímicas libertam ou absorvem energia dos corpos. Os
processos que libertam calor são denominados exotérmicos e transmitem sensação de
aquecimento, os que transmitem frio, estám associados a processos endotérmicos.

4.8.Reacção endotérmica
Reacção endotérmica ocorre com absorção de energia dos corpos. Neste processo, o
fornecimento de energia desloca o equilíbrio para a formação de produtos.

As reacções endotérmicas têm como característica possuírem balanço energético positivo quando
é comparado a energia entálpica dos produtos em relação aos reagentes. Assim, a variação dessa
energia possui sinal positivo e indica que houve mais absorção de energia do corpo externo que
libertação.

Exemplo: quando uma mole de água líquida é transformada numa mole de vapor de água, há
absorção de 40,7kj de energia. H2 +O →H2O ∆H= 40,7kj

4.9.Reacções exotérmicas
Reacções exotérmicas são aquelas que ocorrem com a libertação de energia.
Ao contrário das reacções endotérmicas, as reacções exotérmicas possuem um balanço negativo
de energia quando se compara a entalpia total dos reagentes com a dos produtos. Assim, a

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variação entálpica final é negativa (produtos menos energéticos do que os reagentes) e indica que
houve mais liberação de energia, na forma de calor, para o meio externo que absorção.

Exemplo: na combustão do metano, há libertação de 889,5 kj de calor

CH4 +2O2→CO2 + 2H2O ∆H= -889,5 kj/mol

Relação entre variação de entalpia (∆H) e calor da reacção


A variação da entalpia de um processo químico pode ser calculado facilmente se conhecermos as
entalpias de formação dos reagentes e dos produtos. No entanto, admitindo que a variação de
entalpia de formação de cada substância pode ser indicada por ∆Hx, onde "x" indica a substância
concreta, teremos:

(∆HA) → calor de formação de A; (∆HB) → calor de formação de B;

(∆HC) → calor de formação de C; (∆HD)--------calor de formação de D;

O calor da reacção permite escrever da seguinte modo: ∆H = (∆HC + ∆HD) - (∆HA + ∆HB)

A variação de entalpia ou calor da reacção de um processo, é igual a diferença entre o somatório


das entalpias de formação dos produtos e somatório das entalpias de formação dos reagentes ,
assim a equação geral é dada por aA + bB → cC + dD e a expressão de variação de entalpia é
dada por ∆H=(C∆HC + d∆D) - (a∆HA + b∆HB)

4.10.As equações termoquímicas


Termoquímica é um capítulo da química responsável pelo estudo da energia envolvida numa
determinada reacção química. Uma equação termoquímica consiste em representar as reacções
químicas duma forma mais completa, indicando deste modo os reagentes e produtos da reacção,
o estado físico dos reagentes e dos produtos, o valor da variação de entalpia e por fim a
temperatura e pressão a que se realiza o processo. Exemplo: para formar uma mole de água a
partir dos seus elementos no estado gasoso, libertam-se 241,2kj de energia para o exterior, logo
pode concluir que a reacção ocorre com 25°c e com uma pressão de 1 atm.

A transferência de energia desempenha um papel muito importante na nossa vida, por exemplo
para cozer os alimentos e para aquecimento da terra para favorecer a germinação das sementes.
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Ainda na indústria panificadora, a transferência de energia é usada para cozer o pão, na indústria
alimentar é usada para pasteurização dos alimentos, na indústria siderúrgica usam para moldar os
metais.

4.11.Diagrama de entalpia
Segundo a Lei de Hess, a variação de entalpia, ou seja, quantidade de calor liberada ou absorvida
por um processo só depende do estado inicial e final do processo não dependendo das etapas
intermediárias, independente do caminho percorrido pelos dois estados, a variação de entalpia
será a mesma. Seja um sistema no qual o estado inicial será representado por A, e o estado final
por D. Considere que existam dois caminhos, pelos quais podemos obter o estado final a partir
do estado inicial. O diagrama de entalpia permite visualizar imediatamente o calor envolvido no
processo. Porém temos dois tipos de diagramas de entalpia (diagrama de reacção exotérmica e
endotérmica). Observa os diagramas abaixo:

Diagrama da reacção exotérmica diagrama da reacção endotérmica :

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Exemplos:
Exemplo de uma reacção endotermica:

Exemplo de uma reacção exotérmica:

4.12.Lei de Hess
O químico suíço Germain Henri Hess (1802-1850), começou a estudar algumas reacções
termoquímicas no ano de 1838 e descobriu um facto interessante: o calor de neutralização entre

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um ácido e uma base em solução aquosa era o mesmo independentemente se ele adicionasse
primeiro o ácido à água e depois a base, ou se fizesse o contrário, adicionasse primeiro a base à
água e depois o ácido. Em 1840, ele concluiu que a soma dos calores obtidos a várias
concentrações do ácido ou da base era constante. Esse facto levou-o a formular o que
conhecemos hoje como Lei de Hess que diz:

“A variação de entalpia envolvida em uma reacção química, sob certas condições experimentais,
depende exclusivamente da entalpia inicial e final dos produtos, seja a reacção executada
directamente em uma única etapa ou indirectamente em uma série de etapas.”

Por exemplo, considere a reacção de combustão da grafite com formação de dióxido de carbono:

C + O2 → CO2; ΔH= -393 kJ

Essa é uma reacção directa, pois ocorreu em uma única etapa. Mas o produto pode ser formado
também a partir da grafite, mas em uma série de etapas:

1ª etapa: C +1/2O2 → CO; ΔH1 = -110 kJ

2ª etapa: CO + ½ O2 → CO2; ΔH2 = -283 kJ

4.13.Tipos de entalpias

 Entalpia padrão: teoricamente só é possível calcular o valor da ∆H se forem conhecidas


as entalpias absolutas dos reagentes (HR) e dos produtos (HP). A variação de entalpia
num processo quinta é definida como: ∆H = H (produtos) - H (reagentes). No entanto, na
prática é impossível obter os tais valores.

Experimente, a variação de entalpia de muitas reacções é determinada por processo


calorímetricos, utilizando-se um aparelho denominado calorímetro. Assim, através de
calorímetro convenciou-se que todas substâncias simples no estado padrão tem entalpia igual a
zero (H = 0). O calorímetro é um aparelho isolado termicamente do meio ambiente e muito
utilizado nos laboratórios de ensino para fazer estudos sobre a quantidade de calor trocado entre
dois ou mais corpos de temperaturas diferentes. É um recipiente de formato bem simples,
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construído para que não ocorra troca de calor entre o mesmo e o meio ambiente. Existem vários
formatos de calorímetro, mas todos são constituídos basicamente de um recipiente de paredes
finas que é envolvido por outro recipiente fechado de paredes mais grossas e isolantes. O
calorímetro evita a entrada ou saída de calor assim como na garrafa térmica.

O esquema abaixo representa um calorímetro:

 Entalpia de Formação: calor liberado ou absorvido na formação de 1 mol de uma


substância a partir de seus elementos constituintes, que são substâncias simples, no estado
padrão, com a entalpia igual a zero. Por exemplo, para descobrir a entalpia da molécula
de água é só usar o valor da entalpia da reacção de formação dessa molécula:

H2 + ½ O2 → H2O ∆H = -286 kJ/mol

∆H = H Produtos – H Reagentes

-286 kJ/mol = H2O – (H2 + 1/2 O2)

-286 kJ/mol = H2O – 0 → H2O = 286 kJ/mol

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 Entalpia de decomposição: é a quantidade de energia absorvida ou libertada quando um
mol de uma substancia compôe-se e o produto final são varias substancias simples.
Exemplo: 2HCl → H + Cl2

 Entalpia de Combustão: é a energia liberada na combustão completa de 1 mol de uma


substância no estado padrão. Como são reacções de combustão, sempre será liberada
energia na forma de calor, sendo, portanto, uma reacção exotérmica com a variação da
entalpia negativa. Exemplo: CH4 + ½ O2 → CO2 + 2H2O ∆H = -890,4 kJ/mol

 Entalpia de Neutralização: é a energia liberada na forma de calor, na reação entre 1 mol


de H+ e 1 mol de OH-, fornecidos respectivamente por um ácido e uma base fortes, para a
formação de 1 mol de água. Exemplo: HCl + NaOH → NaCl + H2O ∆H = -57,7 kJ

4.14.Factores que influenciam no valor da variação de entalpia (∆H)

 Os factores quem influenciam na variação de entalpia são dois (quantidade de reagentes e


produtos).
O valor da entalpia ∆H de uma reacção vária em função de quantidade de cada um dos reagentes.
Exemplo: decomposição de carbonato de cálcio
CaCO3 → CaO + CO2; ∆H= 178,24 kj/mol de carbonato de cálcio
2CaCO3→2CaO + 2CO2; ∆H=2 x 178,24= 356,5kj/ duas mol de carbonato de cálcio.
Quando duplicamos a quantidade de carbonato de cálcio a decompor, duplica a energia que e
necessária fornecer.
 Os estados físicos dos reagentes e produtos.
A influência do estado físico no valor de entalpia pode ser analisada a partir das seguintes
equações:
H2 + ½ O2 → H2O ∆H = -243,17 kJ/mol de agua no estado gasoso

H2 + ½ O2 → H2O ∆H = -286,8 kJ/mol de agua no estado liquido

H2 + ½ O2 → H2O ∆H = -292,8 kJ/mol de gelo.

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A formação de substancia no estado sólido a partir de substâncias gasosas possui variação de
entalpia maior do que no estado líquido e esta, maior do que no estado gasoso.

 O estado alotrópico de reagentes e produtos.

A cada estado alotropico de uma substancia corresponde um valor de vária de entalpia distinta.
Exemplo: combustão de carbono Cgrafite + O2 → CO2; ΔH= -393,3 kJ/mol de grafite

Cdiamante + O2 → CO2; ΔH= -395,4 kJ/mol de diamante

4.15.Cálculo de variação de entalpia


O cálculo da variação da entalpia (ΔH) é um procedimento matemático que utiliza as entalpias de
cada um dos participantes de uma reacção química para determinar a quantidade de energia que
foi absorvida ou liberada por um processo químico qualquer.

Exemplo: A sacarose é um alimento importante para o ser humano. O metabolismo dos açúcares
envolve reacções que são as fontes de energia para que a célula possa realizar os trabalhos
mecânicos, eléctrico e químico. O metabolismo de açúcares durante a respiração é representado
pela reacção de combustão: C H O + 12O → 12CO + 11H O

Dados → H = −2222 kJ/mol; CO = −394 kJ/mol; H O = −286 kJ/mol ΔH= ?

Resolução
1º→ Analisar se a equação está ou não acertada.

A equação da reacção em questão está acertada, os participantes apresentam, respectivamente, os


coeficientes 1, 12, 12 e 11.

1 C H O + 12O → 12CO + 11H O

2º→ Calcular a entalpia dos reagentes (HR):

Os reagentes dessa reacção são o C H O e o O (que apresenta entalpia zero por ser uma
substância simples mais estável). Logo, temos que:

HR = a.H + b.H

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HR = 1. (-2222) + 12.0

HR = - 2222 KJ.

3º→ Calcular a entalpia do produto: O produto dessa reacção é o CO e H O. Assim, o HP será


escrito assim:

Hp = c.H + d.H

Hp = 12. (-394) + 11.(-286)

Hp = -4728 – 3146.

Hp = -7874 KJ

4º→ Por fim, basta aplicar o HP e o HR encontrados na fórmula para calcular a variação da
entalpia: ΔH = Hp – Hr

ΔH = - 3146 - (-2222)

ΔH = - 7874 + 2222) KJ/mol

ΔH = - 7874 + 2222 KJ/mol

ΔH = - 5652 KJ/mol

4.16.Entropia

A entropia está associada à ordem ou à desordem de um sistema. Quanto mais desorganizado o


sistema, maior será sua entropia;

A entropia, como a energia, é um fator que influencia a espontaneidade de uma reação;

↑DESORDEM= ↑ENTROPIA(S)=∆S>0

↓DESORDEM= ↓ENTROPIA(S)=∆S<0

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∆S é a energia de organização, ou seja, a energia gasta para montar as moléculas dos produtos de
uma reação

Exemplo:

 A evaporação de um líquido: no estado gasoso as moléculas


movimentam-se com mais liberdade do que no estado líquido,
estão, portanto, mais desorganizadas;

 A dissolução de qualquer substância em um liquido: produz um


sistema em que a desorganização é maior.

Da mesma forma que para a entalpia, para a determinação da entropia das substâncias foi
necessário estabelecer, arbitrariamente, a entropia de algumas substâncias e, a partir disso,
construir uma escala relativa de entropias. Estabeleceuse que uma substância, na forma de um
cristal perfeito, a zero Kelvin, tem entropia zero.

Entropia padrao (cal/mol.K) a 25°C

Ca(g) 9,95
Ag (g) 10.20
CaO(g) 9.5
Br2(l) 36.4

4.17.Energia livre de Gibbs (G)


 É relação entre a entalpia e entropia e determinam a espontaneidade de uma reação.
 São espontâneos os processos que ocorrem com diminuição de entalpia e aumento de
entropia.
 Não são espontâneos os processos que ocorrem com aumento de entalpia e diminuição de
entropia.

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 A energia livre ou útil mede a energia máxima que o sistema pode liberar em forma de
trabalho útil;

∆G=∆H-T∙∆S

ΔG: variação de energia livre do sistema - kcal/mol;


ΔH: variação de entalpia - kcal/mol;
T: temperatura absoluta – Kelvin;
ΔS: variação de entropia – cal/K.mol;

O sinal do ΔG informa se uma reação é espontânea ou não:


ΔG < 0 O processo é espontâneo (a capacidade do sistema realizar trabalho aumenta);
ΔG > 0 O processo é não-espontâneo (a capacidadedo sistema realizar trabalho diminui);
ΔG = 0 O sistema está em equilíbrio.

5.Soluções
Solução:É umamistura homogêneacomposta de dois ou mais componentes que consiste de:

Solvente: É o componente da solução que se apresenta em maior quantidade. Freqüentemente,


mas não necessariamente, ele é a água, o que caracteriza uma solução aquosa.

Soluto: este é o componente que se apresenta em menor quantidade. É a substância que se


dissolve no solvente.

Observação: Se todos os componentes estiverem no mesmo estado físico, o solvente é aquele


presente em maior quantidade.

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5.1.Características de uma solução:
- Mistura homogênea de duas ou mais substâncias;
- Composição variável;
- O soluto pode ser de natureza molecular ou iônica;
- Pode ser colorida mas comumente é transparente;
- Osolutopermanecedistribuídouniformementenasolução e não sedimenta com o tempo,
- Em inúmeros casos, o soluto pode ser separado do solvent por métodos físicos. Ex.: destilação,
evaporação;
- Uma solução tem a mesma composição química, as mesmas propriedades químicas e as
mesmas propriedades físicas em todas as suas partes.

5.2.Classificação das soluções

5.2.1.Quantidade de soluto

Soluções saturadas: solução com a quantidade máxima de soluto totalmente


dissolvido pelo solvente. Se mais soluto for acrescentado, o excesso acumula-se formando um
corpo de fundo.
Soluções insaturadas: também chamada de não saturada, esse tipo de solução contém menor
quantidade de soluto.
Soluções supersaturadas: são soluções instáveis, nas quais a quantidade de solute excede a
capacidade de solubilidade do solvente.

5.2.2.Estado físico

Soluções sólidas: formadas por solutos e solventes em estado sólido. Por exemplo, a
união de cobre e níquel, que forma uma liga metálica.
Soluções líquidas: formadas por solventes em estado líquido e solutos que podem
estar em estado sólido, líquido ou gasoso. Por exemplo, o sal dissolvido em água.
Soluções gasosas: formadas por solutos e solventes em estado gasoso. Por exemplo, o
ar atmosférico.

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5.2.3.Natureza do soluto

Soluções moleculares: quando as partículas dispersas na solução são moléculas, por


exemplo, o açúcar (molécula CHO ).
Soluções iônicas: quando as partículas dispersas na solução são íons, por exemplo, o sal comum
cloreto de sódio (NaCl), formado pelos íons Na+ e Cl‾.

5.2.3. Coeficiente de solubilidade


Solubilidade é a propriedade física das substâncias de se dissolverem, ou não, em um
determinado solvente.
O coeficiente de solubilidade representa a capacidade máxima do soluto de se dissolver em uma
determinada quantidade de solvente. Isso conforme as condições de temperatura e
pressão.Conforme a solubilidade, as soluções podem ser:
Soluções diluídas: a quantidade de soluto é menor em relação ao solvente.
Soluções concentradas: a quantidade de soluto é maior que a de solvente.

5.3. Concentração das soluções


O conceito de concentração (C) está intimamente relacionado com a quantidade de soluto e
de solvente presente em uma solução química.
Sendo assim, a concentração da solução indica a quantidade, em gramas, de soluto existente em
um litro de solução.
Para se calcular a concentração utiliza-se a seguinte fórmula:
Onde:

C=m/v
C: concentração
m: massa do soluto
V: volume da solução
No Sistema Internacional (SI), a concentração é dada em gramas por litro (g/L), a massa em
gramas (g) e o volume em litros (L).

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5.4. Diluição de soluções
A diluição consiste em adicionar solvente a uma solução, sem modificar a quantidade de soluto.
Para entender o processo de diluição devemos conhecer a solução em seu momento inicial e após
a adição de solvente:

Concentração inicial: Ci = m1 / Vi
Concentração final: Cf = m1 / Vf
Onde:
Ci / Cf = concentração inicial / concentração final
m1 = massa de soluto
Vi / Vf = volume inicial / volume final
Considerando que a massa de soluto não é alterada durante a diluição, temos a seguinte
equação: Ci . Vi = Cf . Vf

5.5.Reações em soluções aquosas


As reações aquosas estão relacionadas com a capacidade de ionização de substancias quando
entra em contato com a água.

5.6.Propriedades Gerais de Soluções Aquosas


A solução aquosa em água apresenta um potencial de conduzir eletricidade sua habilidade em
conduzir eletricidade ela depende do número de íons, existem três tipos de solução
a eletrólitos forte, eletrólitos fracos e não-eletrólitos.
Compostos iônicos em água os seus íons têm a capacidade de se dissociar em água, em uma
solução cada íon fica rodeado por uma molécula de água para que haja um transporte
de íons ocorre à formação de um fluxo de corrente. O composto molecular não apresenta a
capacidade de formação de íons pois quando não se tem a presença de íons em uma solução não
se tem a capacidade de transportar cargas elétricas.
Eletrólitos fortes têm a tendência de serem dissociados por completo em uma solução como, por
exemplo:
HCl(aq) H+(aq) + Cl-(aq).

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Eletrólitos fracos têm como características produzirem uma pequena quantidade de íons
dissolvidos. Esses íons têm a capacidade de existirem em equilíbrio com uma substancia
não-ionizada.

5.7.Reacção De Precipitação
Ocorre quando há uma mistura de duas substancias e um sólido é formado, o solido e chamado
de precipitado ou corpo de fundo.Uma reação de precipitação pode ser de dupla troca onde as
reações de metátese estão envolvidas com a troca de íons em solução como, por exemplo:
AX + BY AY + BX
Essas reações de metátese proporcionaram uma alteração na solução dependendo do que for
formada na etapa da reação das soluções como a formação de um sólido insolúvel, formação de
eletrólitos fracos ou não-eletrólitos ou a formação de gás insolúvel. A reação de precipitação
pode ser analisada a partir das equações iônicas que são utilizadas para realçar a reação entre os
íons. Em uma equação molecular todas as espécies são listadas como moléculas, na equação
iônica completa são listados todos os íons e em uma equação iônica simplificada é apenas listada
os íons únicos.

5.8.Reações De Ácido-Base
Os ácidos passam pelo processo de dissociação onde os íons pré-formados nos sólidos eles se
separam na solução, na ionização envolve uma solução que se encontra neutra forma íons na
solução. Os ácidos têm a capacidade de se ionizar para a formação de H+ em solução.
As bases são substancias que tem a capacidade de se interagir com os íons H+ que são formados
pelos ácidos. Os ácidos e bases que são considerados como forte são considerados como
eletrólitos fortes, isso é decorrente devido conseguirem se ionizarem por completo em uma
solução. Já os ácido e bases fracas são eletrólitos fracos, pois, eles são parcialmente ionizados em
solução. Para que se possa identificar um eletrólito forte e fraco envolve a capacidade de serem
iônicos e solúveis em água, se é solúvel em água e não iônico, mas é um ácido forte são
considerados eletrólitos fortes. Para identificar os fracos tem que ser solúvel em água e não
iônico em um ácido ou base fraca é considerado um eletrólito fraco.
Nas reações de neutralização e sais ocorre quando uma solução de ácido e a de uma base é
misturada como exemplo: HCl(aq) + NaOH(aq) H2OH(l) + NaCl(aq)

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O sal é um composto iônico cujo cátion é dado por uma base e o ânion é proveniente de um
ácido, a neutralização entre o ácido e um hidróxido metálico faz com que seja
produzidos água e um sal.

5.9. Reação De Oxirredução


Essa reação acontece quando um metal passa por um processo de corrosão, no qual vai ocasionar
uma perda de elétrons e formam cátions. Em um processo de oxidação os átomos, a molécula ou
íon tem a capacidade de ser mais carregado positivamente que está relacionado com a perda de
elétrons. A redução envolve o ganho de elétrons. A numeração que é dada no processo de oxido
redução e envolve o número de oxidação para um íon e o número de oxidação para um átomo
que é a carga hipotética que um átomo teria se fosse um íon. Se um átomo se encontrar na sua
forma elementar o número de oxidação é zero, para um íon monoatômico a carga no íon está
relacionada com o estado de oxidação.
Alguns metais têm a capacidade de ser facilmente oxidado, a série de atividade envolve uma lista
de metais organizados em ordem decrescente tendo a capacidade de facilitar o processo de
oxidação. Os metais que se encontram no topo da tabela têm maior facilidade de serem reativos.

5.10.Propriedades coligativas das soluções

As propriedades coligativas são aquelas que nao dependem da natureza do soluto, isto e, de sua
estrutura; mas sim da concentração (numero de particulas dissolvidas ) de soluto

São quatro as principais propriedades coligativas:

1. Tonoscopia ou tonometria;

2. Ebulioscopia ou ebuliometria;

3. Crioscopia ou criometria;

4. Osmose.

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6. Conclusão

Conforme pode-se ver no decorrer do trabalho, a termoquímica também chamada de


termodinâmica química e o ramo da físico-química que se ocupa no estudo das quantidades de
calor absorvidas ou libertadas em reacções químicas, assim com as transformações físicas, tais
como ebulição e a fusão.

A termoquímica genericamente e relacionada com a troca de energia acompanhando


transformações tais como, misturas, transições de fases reacções químicas, alem de calcular
grandezas como a capacidade térmica, o calor da combustão, o calor de formação, a entalpia e a
energia livre.

Uma solução pode ser definida como qualquer mistura homogénea, que pode ser classificada de
diversas formas, como quanto a presença de iões, quanto a saturação ou quanto ao estado físico.
As misturas homogéneas (que apresentam uma única fase) de duas ou mais substancias, sendo
que a substancia que se dissolve e chamada de soluto e a que dissolve a outra e o solvente. As
soluções sofrem alguns tipos de reacção que são: reacção de precipitação, reacção de
Oxirredução, reacção Acido-Base, etc.

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7. Referências bibliograficas

 https://www.todamateria.com.br/solucoes-quimicas/

 https://www.todamateria.com.br/diluicao-de-solucoes/

 https://www.infoescola.com/quimica/reacoes-endotermicas/

 https://www.coladaweb.com/quimica/fisico-quimica/concentracao-solucoes
 https://www.passeidireto.com/arquivo/20559493/equilibrio-quimico-em-solucao
 https://www.passeidireto.com/arquivo/63761395/reacoes-em-solucoes-aquosas
 GUIMARAES, D, RUSSEL,J ,Quimica Geral ; volume I; Generated by Foxit PDF
Creator © Foxit Software
 http://www2.dracena.unesp.br/graduacao/arquivos/quimica_geral/solucoes.pdf
 http://zeus.qui.ufmg.br/~qgeral/downloads/aulas/aula%203%20-%20solucoes.pdf

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