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TREINAMENTO DA CIPA

Apresentação

LEANDRO MENDONÇA SANT´ANA


TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL
SOCORRISTA / RESGATISTA
INTRODUÇÃO

CIPA é a sigla para denominar a


Comissão Interna de Prevenção a Acidentes
dentro de uma empresa. Constituída pelos
representantes dos funcionários e dos
empregadores, tem a finalidade de 
fiscalizar a segurança dos trabalhadores
 e atuar na prevenção de acidentes e
doenças do trabalho, promovendo qualidade
de vida aos colaboradores.
OBJETIVOS DA CIPA

A CIPA tem como objetivo, desenvolver atividades voltadas


para a prevenção de doenças, acidentes do trabalho e
qualidade de vida dos trabalhadores.
BENEFÍCIOS DA CIPA

Uma adoção e uma gestão bem-sucedidas da CIPA trazem


inúmeros benefícios para uma empresa:

 Melhores condições de trabalho


 Menor número de acidentes
 Maior conformidade com normas e regulamentos
 Aumento da credibilidade da empresa junto à sociedade
 Melhoria do clima organizacional
 Aumento da produtividade
 Redução de custos
 Fortalecimento da cultura de segurança
LEGISLAÇÃO: NR 5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTES

5.1.1 Esta norma regulamentadora - NR estabelece os parâmetros e os


requisitos da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA tendo
por objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho
com a preservação da vida e promoção da saúde do trabalhador.
ORGANIZAÇÃO DA CIPA
A CIPA é composta por:representantes do empregador (indicados) e dos
empregados (eleitos), em igual número, sendo composta de Titulares e
Suplentes e sua quantidade é definida pelo grau de risco de sua atividade
que é definido pelo CNAE (Classificação Nacional de Atividades
Econômicas) e pelo número de funcionários da empresa. Haverá também
um secretário e seu substituto.
COMPOSIÇÃO
(Representantes)

EMPREGADOR TRABALHADORES

INDICAÇÃO ELEIÇÃO

Presidente Vice-Presidente
Membros Membros
Suplentes Suplentes

SECRETÁRIO
DEVEM ORGANIZAR A CIPA
5.2.1 As organizações e os órgãos públicos da administração direta
e indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e
Ministério Público, que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, devem constituir e manter
CIPA.
5.2.2 Nos termos previstos em lei, aplica-se o disposto nesta NR a
outras relações jurídicas de trabalho.
ATRIBUIÇÕES A CIPA
• 5.3.1 A CIPA tem por atribuição:
• a) acompanhar o processo de identificação de
perigos e avaliação de riscos bem como a
adoção de medidas de prevenção
implementadas pela organização;
• b) registrar a percepção dos riscos dos
trabalhadores, em conformidade com o
subitem 1.5.3.3 da NR-01, por meio do mapa
de risco ou outra técnica ou ferramenta
apropriada à sua escolha, sem ordem de
preferência, com assessoria do Serviço
Especializado em Segurança e em Medicina do
Trabalho - SESMT, onde houver;
• ;
• c) verificar os ambientes e as condições de trabalho visando identificar
situações que possam trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores;
• d) elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva
em segurança e saúde no trabalho;
• e) participar no desenvolvimento e implementação de programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
• f) acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho,
nos termos da NR-1 e propor, quando for o caso, medidas para a solução dos
problemas identificados;
• g) requisitar à organização as informações sobre questões relacionadas à
segurança e saúde dos trabalhadores, incluindo as Comunicações de Acidente
de Trabalho - CAT emitidas pela organização, resguardados o sigilo médico e
as informações pessoais;
• h) propor ao SESMT, quando houver, ou à organização, a análise das
condições ou situações de trabalho nas quais considere haver risco grave
e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores e, se for o caso, a
interrupção das atividades até a adoção das medidas corretivas e de
controle; e
• i) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT, conforme
programação definida pela CIPA.
ATRIBUIÇÕES DOS COMPONENTES DA CIPA
ORGANIZAÇÃO
5.3.2 Cabe à organização:
a)proporcionar aos membros da CIPA os
meios necessários ao desempenho de
suas atribuições, garantindo tempo
suficiente para a realização das tarefas
constantes no plano de trabalho;
b)permitir a colaboração dos trabalhadores
nas ações da CIPA; e
c)fornecer à CIPA, quando requisitadas, as
informações relacionadas às suas
atribuições.
TRABALHADORES
5.3.3 Cabe aos trabalhadores indicar à CIPA, ao SESMT e à organização
situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das condições de
trabalho.
PRESIDENTE E VICE PRESIDENTE DA CIPA
5.3.4 Cabe ao Presidente da CIPA:
a)convocar os membros para as reuniões; e
b)b) coordenar as reuniões, encaminhando à organização e ao SESMT, quando
houver, as decisões da comissão.

5.3.5 Cabe ao Vice-Presidente substituir o Presidente nos seus impedimentos


eventuais ou nos seus afastamentos temporários.

5.3.6 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes


atribuições de:
a)coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos
propostos sejam alcançados; e
b)b) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento.
ATRIBUIÇÕES DO SECRETÁRIO DA CIPA
A nova NR-5 dispõe a possibilidade da CIPA escolher em cada reunião
ordinária ou extraordinária o secretário responsável por redigir a ata. Dessa
forma, a cada reunião poderá ter um secretário diferente ou o mesmo,
ficando a critério da CIPA

O Secretário da CIPA terá por atribuição:


a) acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para
aprovação e assinatura dos membros presentes;
b) preparar as correspondências;
c) outras que lhe forem conferidas.
 
FUNCIONAMENTO
5.6.1 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
5.6.1.1 A critério da CIPA, nas Microempresas - ME e Empresas de
Pequeno Porte - EPP, graus de risco 1 e 2, as reuniões poderão ser bimestrais
5.6.2 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas na organização,
preferencialmente de forma presencial, podendo a participação ocorrer de forma
remota.
5.6.2.1 A data e horário das reuniões serão acordadas entre os seus
membros observando os turnos e as jornadas de trabalho.
5.6.3 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes.
5.6.3.1 As atas das reuniões devem ser disponibilizadas a todos os integrantes
da CIPA, podendo ser por meio eletrônico.
5.6.3.2 As deliberações e encaminhamentos das reuniões da CIPA devem ser
disponibilizadas a todos os empregados em quadro de aviso ou por meio
eletrônico.
5.6.4 As reuniões extraordinárias devem ser realizadas quando:
a)ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; ou
b)houver solicitação de uma das representações.

5.6.5 Para cada reunião ordinária ou extraordinária, os membros da CIPA


designarão o secretário responsável por redigir a ata.
 5.6.6 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de
quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
 5.6.7 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente, obedecida
a ordem de colocação decrescente que consta na ata de eleição, devendo os motivos ser registrados
em ata de reunião.
 5.6.8 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
 5.6.8.1 Não havendo consenso, a CIPA deve regular o procedimento de votação e o pedido de
reconsideração da decisão
TREINAMENTO
 A organização deve promover treinamento para o representante
nomeado da NR-5 e para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes
da posse.
TREINAMENTO
Uma das principais novidades trazidas pela nova redação da NR-5 foi a
vinculação do grau de risco da organização com a carga horária do treinamento
da CIPA, bem como a possibilidade do treinamento ser no formato EAD (Ensino
a Distância)
DOCUMENTAÇÃO
5.9.2 Toda a documentação referente à CIPA deve ser mantida no
estabelecimento à disposição da inspeção do trabalho pelo prazo mínimo de 5
(cinco) anos.
INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO

Noções sobre acidentes e doenças relacionadas ao


trabalho decorrentes das condições de trabalho e
da exposição aos riscos existentes no
estabelecimento e suas medidas de prevenção.
ACIDENTE DE TRABALHO
CONCEITO PREVENCIONISTA - São todas as ocorrências
indesejáveis, que interrompem o trabalho e causam, ou tem
potencial para causar ferimentos em alguém ou algum tipo de
perda à empresa ou ambos ao mesmo tempo.
ACIDENTE DE TRABALHO
CONCEITO:
“Acidente de trabalho é aquele que
ocorre no exercício da função, a
serviço da empresa, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional,
causando perda ou redução
permanente ou temporária da
capacidade de trabalho ou ate mesmo
a morte”.
DOENÇA PROFISSIONAL
Entende-se por doença profissional, aquela
inerente ou peculiar a determinado ramo de
atividade, dispensando a comprovação de nexo
causal.
Exemplo: Um trabalhador que trabalhe numa
cerâmica onde é utilizada a sílica, vindo a adquirir
silicose, bastará comprovar que trabalhou na
cerâmica, para ficar comprovada a doença
profissional, dispensando qualquer tipo de outra
prova.
DOENÇA DO TRABALHO
A doença do trabalho diferencia-se da doença
profissional em vários pontos. Ela resulta de condições
especiais em que o trabalho é exercido e com ele
relaciona-se diretamente.
Sendo uma doença genérica (que acomete qualquer
pessoa), exige a comprovação do nexo causal, ou seja,
o trabalhador deverá comprovar haver adquirido a
doença no exercício do trabalho.
Exemplo: A tuberculose poderá ser “doença do
trabalho” com relação àquele segurado que comprovar
tê-la adquirido no exercício do trabalho em uma
câmara frigorífica.
CLASSIFICAÇÃO DO ACIDENTE DO TRABALHO
PELA CAUSA DO ACIDENTE:

Falha humana (Ato Inseguro /


Fator pessoal de Insegurança)
Falha ambiental (Condição
insegura)
Condições da natureza
Doenças Ocupacionais (Doenças
profissionais e doenças do Trabalho)
CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE DO TRABALHO

 Para o empregado
 Para o empregador
 Para o governo
 Para o meio ambiente
RESPONSABILIDADES
RESPONSABILIDADES
CÓDIGO CIVIL
Art.159 – Aquele que, por ação ou omissão voluntaria,
negligencia ou imprudência, violar os direitos ou causar
prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.

Art. 1.521 – São também responsáveis pela reparação


civil:
III. O patrão, amo ou comitente, por seus empregados,
serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes
competir, ou por ocasião dele.
RESPONSABILIDADES:
CÓDIGO PENAL
Art.121 – MATAR ALGUEM: pena de 6(seis) a 20(vinte) anos
de reclusão.
§ 4o - No homicídio culposo, a pena e aumentada de um
terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
profissão, arte ou oficio, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro a vitima, não procura diminuir as
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar a prisão em
flagrante.
Art. 132 – Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo
eminente, a pena e de 3 (três) meses a 1(um) ano de
detenção, se de fato não constituir crime mais grave. Ex.:
falta de EPI (art. 166, CLT)
RESPONSABILIDADES
PENALIDADES TRABALHISTAS

• Para o empregador – a falta do EPI (artigo 166 da CLT),


resulta em multa, embargo e/ou interdição da empresa.

• Para o empregado: O Ato faltoso permite ao empregador


advertir de forma oral ou por escrito o empregado infrator,
que na reincidência poderá sofrer demissão por justa causa,
conforme artigo 482, da CLT – Falta grave. (Art.158 da CLT,
alínea “b” do item 1.8 da NR-01 da Portaria 3214 de
08.06.78, no item 1.8.1: constitui ato faltoso a recusa
injustificada do empregado quanto ao uso do EPI fornecido
pelo empregador.)
ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
 Coletar os fatos, descrevendo o ocorrido;

 Analisar o acidente, identificando suas


causas;

 Definir as medidas preventivas,


acompanhando sua execução.
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é
um documento emitido para reconhecer tanto um
acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma
doença ocupacional.
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
Quando fazer?
• A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho
ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.
• Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata.
• A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à
aplicação de multa, conforme disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999.
• Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o dependente, a
entidade sindical, o médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do
Ministério Público e dos serviços jurídicos da União e dos Estados ou do Distrito
Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo
de Bombeiros e da Polícia Militar) poderão efetivar a qualquer tempo o registro deste
instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade da aplicação da
multa à empresa.
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
Como fazer?

• Registro da CAT on-line


O INSS permite o Registro da CAT de forma online, desde que preenchidos
todos os campos obrigatórios. O sistema também permite gerar o
formulário da CAT em branco para, em último caso, ser preenchido de
forma manual.

• Agência do INSS
Nos casos em que não for possível o registro da CAT de forma online e para
que a empresa não esteja sujeita a aplicação da multa por descumprimento
de prazo, o registro da CAT poderá ser feito em uma das agências do INSS
Para tanto, o formulário da CAT deverá estar inteiramente preenchido e
assinado, principalmente os dados referentes ao atendimento médico.
PRINCIPIOS GERAIS DE HIGIENE DO TRABALHO E DE MEDIDAS DE
CONTROLE DOS RISCOS

HIGIENE DO TRABALHO é
definida como: “A ciência e a
arte devotadas à
antecipação, ao
reconhecimento, à avaliação
e ao controle dos fatores
ambientais e agentes
‘tensores’ originados no local
de trabalho, os quais podem
causar enfermidades,
prejuízos à saúde e bem-
estar, ou significante
desconforto e ineficiência
entre os trabalhadores ou
entre cidadãos da
comunidade”
PERCEPÇÃO DE RISCO

Risco / Perigo
• Alto Risco, Risco
presente.

Controle do Risco
• Controle do Risco,
• Risco ainda
Eliminação do Risco / Perigo presente.

• Eliminação/controle
do risco,“Risco
isolado”
PRINCIPIOS GERAIS DE HIGIENE DO TRABALHO E DE MEDIDAS DE
CONTROLE DOS RISCOS

ANTECIPAÇÃO: mostra a necessidade de buscarmos identificar os potenciais


riscos à saúde, antes que um determinado processo industrial seja
implementado ou modificado, ou que novos agentes sejam introduzidos
no ambiente de trabalho
PRINCIPIOS GERAIS DE HIGIENE DO TRABALHO E DE MEDIDAS DE
CONTROLE DOS RISCOS

Reconhecimento refere-se a toda análise e observação do


ambiente de trabalho a fim de identificarmos os agentes
existentes, os potenciais de risco a eles associados e qual
prioridade de avaliação ou controle existe nesse ambiente de
trabalho.
PRINCIPIOS GERAIS DE HIGIENE DO TRABALHO E DE MEDIDAS DE
CONTROLE DOS RISCOS

Avaliação e Controle designam principalmente as monitorações


que serão conduzidas no ambiente de trabalho.
PRINCIPIOS GERAIS DE HIGIENE DO TRABALHO E DE MEDIDAS DE
CONTROLE DOS RISCOS

MEDIDAS DE CONTROLE E PROTEÇÃO DOS RISCOS

MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

Neste sentido, três alternativas podem ser adotadas:

 Eliminação do risco;

 Neutralização do risco;
 Sinalização do risco.
PRINCIPIOS GERAIS DE HIGIENE DO TRABALHO E DE MEDIDAS DE
CONTROLE DOS RISCOS

MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL:


Esgotadas as possibilidades de adoção de medidas de proteção coletivas, ou
como forma de complementação destas medidas, a empresa adotará as
medidas de proteção individual (EPIs).
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

É a parte do controle de
riscos que consiste em efetuar
vistorias nas áreas e meios de
trabalho, com o objetivo de
descobrir e corrigir situações que
comprometam a segurança dos
trabalhadores.
Uma inspeção para ser
bem aproveitada precisa ser
planejada, e o primeiro passo é
definir o que se pretende com a
inspeção e como fazê-la.
TIPOS DE INSPEÇÃO
 Inspeção geral: Realizada quando se quer ter uma visão
panorâmica de todos os setores da empresa. Pode ser
realizada no início do mandato da CIPA.

 Inspeção parcial:Realizada onde já se sabe da existência de


problemas, seja por queixas dos trabalhadores ou
ocorrência de doenças e acidentes do trabalho. Deve ser
uma inspeção mais detalhada e criteriosa.

 Inspeção específica: É uma inspeção em que se procura


identificar problemas ou riscos determinados. Como
exemplo podemos citar o manuseio de produtos químicos,
postura de trabalho, esforço físico, etc.
ETAPAS DA INSPEÇÃO
 Observação do ambientes e dos meios de trabalho;
 Coleta de informações;
 Registro de dados e elaboração do relatório;
 Apresentação nas reuniões da CIPA;
 Encaminhamento do relatório através do Presidente da
CIPA;
 Acompanhamento da implantação das medidas
recomendada
RISCOS AMBIENTAIS
São agentes presentes nos ambientes de
trabalho, capazes de afetar o trabalhador a
curto, médio e longo prazo, provocando
acidentes com lesões imediatas e/ou doenças
chamadas profissionais ou do trabalho, que se
equiparam a acidentes do trabalho.
Uma das atribuições da CIPA, é a de identificar
e relatar os riscos existentes nos setores e
processos de trabalho. Para isso é necessário
que se conheça os riscos que podem existir
nesses setores, solicitando medidas para que
os mesmos possam ser eliminados e/ou
neutralizados.
Identificados esses riscos, os mesmos deverão
ser transcritos no Mapa de Riscos.
CLASSIFICAÇÃO:

Riscos Físicos:
Riscos Químicos:
Riscos Biológicos:
Riscos Ergonômicos:
Riscos de Acidentes
RISCOS FÍSICOS Conseqüências
Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição,
• Ruído
problemas do aparelho digestivo, taquicardia, perigo de
infarto.

• Vibrações Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna,


doença do movimento, artrite, problemas
digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles.

Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço,


• Calor irritação, intermação, prostração térmica, choque
térmico, fadiga térmica, perturbação das funções
digestivas, hipertensão etc.

Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e em outros órgãos


• Radiação não-ionizante

• Radiação ionizante Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas


visuais, acidente do trabalho.
Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças da
• Umidade
pele, doenças circulatórias.

• Pressões anormais
CONSEQÜÊNCIAS
Riscos Químicos minerais silicose, asbestose
• Poeiras vegetais bissinose, bagaçose
alcalinas enfizema pulmonar
incômodas potencializa nocividade

• Fumos Metálicos Intoxicação específica de acordo com o metal, febre dos fumos
metálicos, doença pulmonar obstrutiva.

Irritantes: irritação das vias aéreas superiores.


Ac. Clorídrico, Soda Cáustica, Ac.Sulfúrico etc.
• Névoas, Neblinas,
Gases e Vapores Asfixiantes: dor de cabeça, náuseas, sonolência,
convulsões, coma e morte. Ex.: Hidrogênio, Nitrogênio,
Hélio, Acetileno, Metano, Dióxido de Carbono,
Monóxido de Carbono etc.

Anestésicos: ação depressiva sobre o sistema nervoso,


danos aos diversos órgãos, ao sistema formador do sangue.
• Substâncias, Ex.: Butano, Propano, Aldeídos, Cetonas, Cloreto de
compostos ou Carbono, Tricloroetileno, Benzeno, Tolueno, Álcoois,
produtos químicos Percloroetileno, Xileno etc.
em geral
RISCOS BIOLÓGICOS CONSEQÜÊNCIAS

Vírus Hepatite, poliomielite, herpes, varíola, febre amarela,


raiva (hidrofobia), rubéola, aids, dengue, meningite.

Bactérias/Bacilos Hanseniese, tuberculose, tétano, febre tifóide, pneumonia,


difteria, cólera, leptospirose, disenterias.

Protozoários Malária, mal de chagas, toxoplasmose, disenterias.

Fungos Alergias, micoses.


RISCOS
CONSEQÜÊNCIAS
ERGONÔMICOS
Esforço físico intenso

Levantamento e transporte
manual de peso

Exigência de postura
inadequada
De um modo geral, devendo haver uma análise mais detalhada,
Controle rígido de caso a caso, tais riscos podem causar:
produtividade
cansaço, dores musculares, fraquezas, doenças como hipertensão
Imposição de ritmos arterial, úlceras, doenças nervosas, agravamento do diabetes,
excessivos
alterações do sono,da libido, da vida social com reflexos na saúde e
no comportamento, acidentes, problemas na coluna vertebral,
Trabalho em turno ou
noturno taquicardia, cardiopatia (angina, infarto), agravamento da asma,
tensão, ansiedade, medo, comportamentos estereotipados.
Jornada prolongada de
trabalho

Monotonia e
repetitividade

Outras situações
causadoras de “stress”
físico e/ou psíquico
RISCOS DE ACIDENTES CONSEQÜÊNCIAS

Arranjo físico
inadequado acidentes, desgaste físico

Máquinas e
equipamentos acidentes graves
sem proteção

Ferramentas inadequadas acidentes com repercussão nos membros superiores


ou defeituosas

Iluminação inadequada acidentes

Eletricidade acidentes graves

Probabilidade de incêndio acidentes graves


ou explosão

Armazenamento
inadequado acidentes graves

Animais peçonhentos
acidentes graves
Outras situações de
risco que poderão
contribuir para a
ocorrência de acidentes acidentes e doenças profissionais
O QUE É MAPA DE RISCOS? 

Consiste na representação gráfica dos riscos à


saúde identificados pela CIPA, em cada um
dos diversos locais de trabalho de uma
empresa.
PRINCIPAIS FERRAMENTAS PARA ANÁLISE E GERENCIAMENTO
DE RISCO
Além do popular mapa de riscos, a nova NR-05 estabelece a possibilidade
de utilizar outras técnicas ou ferramentas para registrar a percepção dos
riscos dos trabalhadores, ficando a critério da CIPA. No entanto, é
importante destacar que essa atribuição da CIPA deverá ter a assessoria do
SESMT, quando houver.

Alguns exemplos de ferramentas que podem ser usadas:


1. FMEA;
2. Análise Preliminar de Risco;
3. Análise de Árvore de Falhas;
4. Análise de Árvore de Eventos;
5. Checklist;
6. Mapa de Riscos
ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCOS
  É elaborado pelos membros da Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA,
após ouvir os trabalhadores de todos os
setores produtivos da empresa, com
assessoria do SESMT Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho, quando este existir.
Etapas da elaboração do mapa de riscos:
 Conhecer o processo de trabalho no local analisado:
os trabalhadores, número, sexo, idade,
treinamentos;
 Profissionais de segurança e saúde, jornada; os
instrumentos e materiais de trabalho; as atividades
exercidas; o ambiente.
 Identificar os riscos existentes no local analisado,
conforme a classificação específica dos riscos
ambientais.
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua
eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de
organização do trabalho; medidas de proteção individual;
medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios,
vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
 Identificar os indicadores de saúde, queixas mais
freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos
mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças
profissionais diagnosticadas, causas mais freqüentes de
ausência ao trabalho.
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no
local.
 Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa,
indicando através de círculos:
 O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor
padronizada.
 O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve
ser anotado dentro do círculo.
 A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica,
hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico-repetitividade, ritmo
excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo.
 A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos
trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos
proporcionalmente diferentes de círculos.
 Quando em um mesmo local houver incidência de
mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o
mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as
com a cor correspondente ao risco.
 Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de
Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em
cada local analisado, de forma claramente visível e de
fácil acesso para os trabalhadores.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO MAPA DE RISCOS
  Os riscos serão representados por círculos de tamanhos
e cores.
O tamanho do círculo indicará se o risco é grande,
médio ou pequeno (quanto maior for o círculo, maior o
risco).
Para cada tipo de risco os círculos serão representados
por uma cor diferente, conforme segue:

 Riscos físicos: verde;


 Riscos químicos: vermelho;
 Riscos biológicos: marrom;
 Riscos ergonômicos: amarelo;
 Riscos de acidentes/mecânicos: azul.
Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de
Gravidade:
Exemplo de Mapa de Risco
Classificação dos Riscos Quanto Critério de intensidade
Análise Preliminar de Risco (APR)
– Trata-se de uma técnica de *análise prévia de riscos.
– Análise Preliminar de Risco é uma visão do trabalho a ser
executado, que permite a identificação dos riscos
envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda propicia
condição para evita-los ou conviver com eles em
segurança.
– Por se tratar de uma técnica aplicável à todas as atividades,
a técnica de Análise Preliminar de Risco é o fato de
promover e estimular o trabalho em equipe e a
responsabilidade solidária.
ANÁLISE PRELIMINAR
DE RISCO (APR)
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR)

Existe
Procedimento
N APR

Passo a Passo Completa

S
APR Utilizar APR
S É
Freqüente ?
N
Simplificada no Completa no
Campo Campo

Execução da
Atividade
Check List
– O objetivo é criar o hábito de verificar os itens de
segurança antes de iniciar as atividades, auxiliando na
prevenção dos acidentes e no planejamento das
tarefas, enfocando os aspectos de segurança.

– Será preenchido de acordo com as regras de Segurança


do Trabalho. “A Equipe somente iniciará a atividade,
após realizar a identificação de todos os riscos,
medidas de controle e após concluir o respectivo
planejamento da atividade”.
Exemplo de Check List
INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E
REABILITADOS NOS PROCESSOS DE TRABALHO
INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E
REABILITADOS NOS PROCESSOS DE TRABALHO

O que é PCD?
•PCD é a sigla para Pessoas com Deficiência e é utilizada no meio
corporativo para identificar colaboradores e candidatos que
apresentem algum tipo de deficiência física, intelectual, visual ou
auditiva, seja ela de nascimento ou adquirida durante a vida.
•A sigla passou a ser utilizada em 2006, após a publicação da
Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência pela
Organização das Nações Unidas (ONU). Antes da publicação, o termo
mais utilizado era “portador de deficiência”, uma expressão
inadequada.
INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E
REABILITADOS NOS PROCESSOS DE TRABALHO

Lei sobre cotas para PCD?


•A inclusão de profissionais PCD no mercado de trabalho tem como marco no Brasil a 
Lei nº 8.213, de 1991. Conhecida como Lei de Cotas, ela foi regulamentada apenas em
1999, por meio do decreto nº 3.298. Apesar de estabelecida, na prática, sua
implementação evoluiu de forma lenta, por conta dos poucos mecanismos de
fiscalização.
•De acordo com a norma da lei, as empresas devem destinar de 2% a 5% de suas
vagas a:
•pessoas portadoras de deficiências habilitadas: que têm ou não certificado ou
diploma expedido pelo Ministério da Educação, órgão equivalente ou INSS, desde que
capacitadas para exercer a função;
•beneficiários reabilitados: pessoas que passaram por processos de reintegração ao
mercado de trabalho.
INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E
REABILITADOS NOS PROCESSOS DE TRABALHO

Lei sobre cotas para PCD?


A cota para PCD vale tanto para vagas de nível pleno quanto para oportunidades de
aprendiz e estagiário. A porcentagem de vagas é distribuída com base no porte da
empresa e, no caso de descumprimento, a organização deve pagar multa diária definida
pelo Ministério do Trabalho, a saber:

•100 a 200 funcionários: cota de 2% das vagas. Multa de R$ 2.143,04 a R$ 2.571,65/dia;


•201 a 500 funcionários: cota de 3% das vagas. Multa de R$ 2.571,65 a R$ 2.785,95/dia;
•501 a 1000 funcionários: cota de 4% das vagas. Multa de R$ 2.785,95 a R$ 3.000,25/dia;
•Mais de 1001 funcionários: cota de  5% das vagas. Multa de R$ 3.000,25 a R$ 3.214,55/dia.

No caso de frações no cálculo da cota, o número de colaboradores PCD a serem


contratados deve ser arredondado para cima. 
INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E
REABILITADOS NOS PROCESSOS DE TRABALHO

Lei Brasileira de Inclusão - LBI


A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, 
Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, é um conjunto de
dispositivos destinados a assegurar e a promover, em igualdade de
condições com as demais pessoas, o exercício dos direitos e
liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, visando a
sua inclusão social e cidadania.
INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E
REABILITADOS NOS PROCESSOS DE TRABALHO

Lei Brasileira de Inclusão – LBI


Impactos no Trabalho e na Previdência Social:

•A LBI neste aspecto criou o direito ao Auxílio Inclusão, que é um benefício


para complementar a renda do trabalhador com deficiência que esteja
regularmente inserido no mercado de trabalho. Ficou definida também a
obrigatoriedade da capacitação simultânea à inclusão, ou seja, a mera
integração da PCD não é suficiente para sua permanência no trabalho, por isso
a importância da capacitação. 
•Além disso, ainda é permitido ao trabalhador PCD ou seus dependentes o
saque do FGTS para compra de equipamentos necessários ao bem estar da
pessoa com deficiência, como cadeiras de rodas, próteses, etc. 
EPC – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
EPC é a sigla para Equipamento de Proteção Coletiva, que são
equipamentos que devem ser fornecidos pela empresa com o objetivo de
proteger os trabalhadores dos riscos fornecidos pelo ambiente de
trabalho, de maneira coletiva. Em outras palavras, são equipamentos
instalados para garantir a segurança do trabalho enquanto um grupo de
pessoas (trabalhadores) executam uma determinada atividade ou tarefa.
Equipamento de Proteção Individual - EPI

Todas as atividades profissionais que possam imprimir algum tipo de


risco físico para o trabalhador devem ser cumpridas com o auxílio
de EPIs – Equipamentos de Proteção Individual.
Equipamento de Proteção Individual - EPI
O uso do EPI correto leva em conta o ambiente de trabalho, pois cada
um obedece a determinadas finalidades de proteção.
EPI – o que é?

Segundo a NR 06:

6.1 - Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR,


considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.1.1 - Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual,


todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha
associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente
e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
INTRODUÇÃO

A IMPORTÂNCIA DO EPI 
EPI

 O uso adequado e responsável do EPI


 evita grandes transtornos para o
trabalhador e, também, para a
empresa, além de garantir que as
atividades sejam desempenhadas com
mais segurança e eficiência.
LESGILAÇÃO SOBRE EPIS
O uso dos equipamentos de proteção é determinado por
uma norma regulamentado NR06, que estabelece que
os EPIs sejam fornecidos de forma gratuita ao trabalhador
para o desempenho de suas funções dentro da empresa.
É obrigação dos supervisores e da empresa garantir que os
profissionais façam o uso adequado dos equipamentos de
proteção individual. Os EPIs devem ser utilizados durante
todo o expediente de trabalho, seguindo todas as
determinações da organização
TIPOS DE EPIS
Proteção da Cabeça: Capacete de Segurança, Capuz e Balaclava;
Proteção dos Olhos e Face: Óculos de Segurança, Protetor Facial e
Máscara de Solda;
Proteção Auditiva: Protetor Auditivo (ou Auricular); 
Proteção Respiratória: Respiradores, motorizados ou não motorizados,
Máscaras Respiratórias;
Proteção do Tronco: Vestimentas, Coletes;
Proteção dos Membros Superiores: Luvas de Segurança, Mangas,
Braçadeiras, Dedeiras;
Proteção dos Membros Inferiores: Calçado de Segurança, Meia, Perneira,
Calça;
Proteção do Corpo Inteiro: Macacão, Vestimenta de Corpo Inteiro;
Proteção Contra Quedas com Diferença de Nível: Cinturão de Segurança
com Dispositivo Trava-quedas, Cinturão de Segurança com Talabarte. 
Equipamento de Proteção Individual - EPI
•  Os equipamentos de proteção individual devem ser mantidos em boas
condições de uso e precisam ter um Certificado de Aprovação do órgão
competente para garantir que estão em conformidade com as determinações
do Ministério do Trabalho.
• Empregados e empregadores devem compreender a importância do uso de
equipamentos de proteção no dia a dia da empresa.
Obriga-se o empregador, quanto ao EPI:

 Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;


 Fornecer ao empregado somente o EPI aprovado pelo MTA e de
empresas cadastradas no DNSST/MTA;
 Treinar o trabalhador quanto ao seu uso adequado;
 Tornar obrigatório o seu uso;
 Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;
 Comunicar ao MTA qualquer irregularidade observada no EPI.
Obriga-se o empregado,
quanto ao EPI:
 
 Usá-lo apenas para a finalidade a que
se destina;
 Responsabilizar-se por sua guarda e
conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer
alteração que o torne impróprio para o
uso.
O que é a SIPAT?

A SIPAT é uma Semana Interna de


Prevenção de Acidentes de Trabalho,
onde toda a empresa que tem uma
CIPA – Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes de Trabalho, organiza
uma semana especial com foco em
mostrar e conscientizar os funcionários
sobre quais são os atos de segurança
necessários nos locais de trabalho que
podem ser fundamentais para a
realizações dos trabalhos de forma
normal.
COMO ORGANIZAR A SIPAT?

Organize com antecedência (definição de responsabilidades, temática,


parceiros, local, materiais, atividades, verbas, etc.)
Faça um cronograma prático e detalhado;
Divulgação do evento para os funcionários;
Cuidados no dia a dia da SIPAT com limpeza do local, confirmação das
atividades, etc
Registre tudo: Tudo o que for realizado durante a Sipat precisa ser
registrado em ata. A regra abrange desde a lista de presença (com a
assinatura dos participantes) até a última seção, no final da semana. Da
mesma forma, qualquer tipo de documento que comunique sobre a
organização do evento deve ser anexado à pasta da Cipa. Afinal, o Ministério
do Trabalho exige provas de que a Sipat foi devidamente realizada, ano após
ano.
PRINCIPIOS BÁSICOS DA
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Conceito de fogo
• Fogo é um processo químico de transformação.
Podemos também defini-lo como o resultado de
uma reação química que desprende luz e calor
devido à combustão de materiais diversos.
Elementos que
compõem o fogo
– Combustível
– Comburente (oxigênio)

IO
– Calor

CA
ÊN
– Reação em cadeia

L
G

O
XI

R
O

COMBUSTÍVEL
Combustível
É todo material que queima.

São sólidos, líquidos e gasosos,


sendo que os sólidos e os líquidos
se transformam primeiramente em
gás pelo calor e depois inflamam.

Sólidos
Madeira, papel, tecido, algodão, etc.
Combustível
• Líquidos
• Voláteis – são os que desprendem
• gases inflamáveis à temperatura
• ambiente.
• Ex.:álcool, éter, benzina, etc.
• Não Voláteis – são os que
• desprendem gases inflamáveis
• à temperaturas maiores do
• que a do ambiente.
• Ex.: óleo, graxa, etc
Combustível
• Gasosos
• Butano, propano, etano, etc.
Comburente (oxigênio)
• É o elemento ativador do
fogo, que se combina com
os vapores inflamáveis dos O AR
combustíveis, dando vida 1% 21%
às chamas e possibilitando
a expansão do fogo.
• Compõe o ar atmosférico
78%
na porcentagem de 21%,
OXIGENIO NITROGENIO OUTROS GASES
sendo que o mínimo
exigível para sustentar a
combustão é de 16%.
Calor
• É uma forma de energia. É o elemento
que dá início ao fogo, é ele que faz o
fogo se propagar.

• Pode ser uma faísca, uma chama ou até


um super aquecimento em máquinas e
aparelhos energizados.
Reação em cadeia
• Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais
calor(1). Esse calor provocará o desprendimento de mais
gases ou vapores combustíveis (2), desenvolvendo uma
transformação em cadeia ou reação em cadeia, que, em
resumo, é o produto de uma transformação gerando
outra transformação.
Propagação do fogo
• O fogo pode se propagar:
– Pelo contato da chama em outros combustíveis;
– Através do deslocamento de partículas
incandescentes;
– Pela ação do calor.

• O calor é uma forma de energia produzida pela


combustão ou originada do atrito dos corpos. Ele se
propaga por três processos de transmissão:
Condução
• É a forma pela qual se transmite o calor através do
próprio material, de molécula a molécula ou de corpo a
corpo.
Convecção
• É quando o calor se
transmite através de uma
massa de ar aquecida, que se
desloca do local em chamas,
levando para outros locais
quantidade de calor
suficiente para que os
materiais combustíveis aí
existentes atinjam seu ponto
de combustão, originando
outro foco de fogo.
Irradiação

É quando o calor se transmite por


Sol
ondas caloríficas através do
espaço, sem utilizar
qualquer meio material.
Pontos e temperaturas importantes
Ponto de Fulgor
do fogo
• É a temperatura mínima necessária para que um combustível
desprenda vapores ou gases inflamáveis, os quais, combinados com o
oxigênio do ar em contato com uma chama, começam a se queimar,
mas a chama não se mantém porque os gases produzidos são ainda
insuficientes.

Ponto de Combustão
• É a temperatura mínima necessária para que um combustível
desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o
oxigênio do ar e ao entrar em contato com uma chama, se inflamam,
e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se apaga, pois essa
temperatura faz gerar, do combustível, vapores ou gases suficientes
para manter o fogo ou a transformação em cadeia.
Pontos e temperaturas importantes
do fogo
Temperatura de Ignição
• É aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis
entram em combustão apenas pelo contato com o
oxigênio do ar, independente de qualquer fonte de calor.

Principais pontos e temperaturas de alguns


combustíveis ou inflamáveis

Combustíveis Temperatura de
Ponto de Fulgor
Inflamáveis Ignição

Álcool etílico 12,6°C 371,0°C


Gasolina -42,0°C 257,0°C
Querosene 38,0°C a 73,5°C 254,0°C
Parafina 199,0°C 245,0°C
Classes de incêndio
• Os incêndios são classificados de acordo com as
características dos seus combustíveis. Somente com o
conhecimento da natureza do material que está se
queimando, pode-se descobrir o melhor método para
uma extinção rápida e segura.

A - MADEIRA, PAPEL E ALGODÃO

B - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

C - EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENERGIZADOS

OUTRAS CLASSES NÃO COMUNS


Classes de incêndio
Classe A

– Caracteriza-se por fogo em


materiais sólidos;
– Queimam em superfície e
profundidade;
– Após a queima deixam resíduos,
brasas e cinzas;
– Esse tipo de incêndio é extinto
principalmente pelo método de
resfriamento, e as vezes por
abafamento através de jato
pulverizado.
Classes de incêndio
Classe B

– Caracteriza-se por fogo em


combustíveis líquidos
inflamáveis;
– Queimam em superfície;
– Após a queima, não deixam
resíduos;
– Esse tipo de incêndio é
extinto pelo método de
abafamento.
Classes de incêndio
Classe C

– Caracteriza–se por fogo em


materiais/equipamentos
energizados (geralmente
equipamentos elétricos);
– A extinção só pode ser realizada
com agente extintor não-condutor
de eletricidade, nunca com
extintores de água ou espuma;
– O primeiro passo num incêndio de
classe C, é desligar o quadro de
força, pois assim ele se tornará um
incêndio de classe A ou B.
Classes de incêndio
Classe D

– Caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos


(alumínio, antimônio, magnésio, etc.)
– São difíceis de serem apagados;
– Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de
abafamento;
– Nunca utilizar extintores de água ou espuma para
extinção do fogo.
Métodos de extinção do fogo
• Partindo do princípio de que, para haver fogo, são necessários
o combustível, comburente e o calor, formando o triângulo
do fogo ou, mais modernamente, o quadrado ou tetraedro do
fogo, quando já se admite a ocorrência de uma reação em
cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta retirar um desses
elementos.

• Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos os


seguintes métodos de extinção: extinção por retirada do
material, por abafamento, por resfriamento.
Métodos de extinção do fogo
Extinção por retirada do material
(Isolamento)

Esse método consiste em duas técnicas:

nio

ca
igê
– Retirada do material que está queimando;

lo
ox
– Retirada do material que está próximo ao fogo.

r
combustível
Métodos de extinção do fogo
Extinção por retirada do comburente
(Abafamento)

Este método consiste na diminuição

io
ca
ên
ou impedimento do contato de

ig

lo
ox
oxigênio com o combustível.

r
combustível
Métodos de extinção do fogo
Extinção por retirada do calor (Resfriamento)

Este método consiste na diminuição


da temperatura e eliminação do
calor, até que o combustível não

nio
ca
gere mais gases ou vapores

igê

lo
e se apague.

ox

r
combustível
Métodos de extinção do fogo
Extinção Química
Ocorre quando interrompemos a reação em cadeia.

Este método consiste no seguinte: o combustível, sob ação do


calor, gera gases ou vapores que, ao se combinarem com o
comburente, formam uma mistura inflamável. Quando
lançamos determinados agentes extintores ao fogo, suas
moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam
com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente),
formando outra mistura não–inflamável.
Extintores de incêndio
Destinam-se ao combate imediato e rápido de pequenos focos de
incêndios, não devendo ser considerados como substitutos aos
sistemas de extinção mais complexos, mas sim como
equipamentos adicionais.
• Recomendações
– Instalar o extintor em local visível e sinalizado;
– O extintor não deverá ser instalado em escadas, portas e rotas
de fuga;
– Os locais onde estão instalados os extintores, não devem ser
obstruídos;
– O extintor deverá ser instalado na parede ou colocado em
suportes de piso;
– O lacre não poderá estar rompido.
Agentes extintores
Água Pressurizada
É o agente extintor indicado para incêndios de
classe A;
Age por resfriamento e/ou abafamento;

Pode ser aplicado na forma de jato compacto,


chuveiro e neblina. Para os dois primeiros casos, a
ação é por resfriamento. Na forma de neblina, sua
ação é de resfriamento e abafamento.

ATENÇÃO:
Nunca use água em fogo das classes C e D.
Nunca use jato direto na classe B.
*Pressurizado
Agentes extintores
Gás Carbônico (CO2)

– É o agente extintor indicado


para incêndios da classe C, por
não ser condutor de
eletricidade;
– Age por abafamento, podendo
ser também utilizado nas classes
A, somente em seu início e na
classe B em ambientes fechados.
Pressurizado
Agentes extintores
• Pó Químico

– É o agente extintor indicado para


combater incêndios da classe B;
– Age por abafamento, podendo ser
também utilizados nas classes A e
C, podendo nesta última danificar
o equipamento.

Pressurizado
Agentes extintores
Espuma
– É um agente extintor indicado para incêndios das classe A
e B.
– Age por abafamento e secundariamente por resfriamento.
– Por ter água na sua composição, não se pode utiliza-lo em
incêndio de classe C, pois conduz corrente elétrica.
Sistemas de
extinção
mais
complexos

Hidrantes Sprinklers

Trata-se de certas substâncias químicas sólidas, líquidas ou


gasosas que são utilizadas na extinção de um incêndio, dispostas
conjuntos hidráulicos (hidrantes) e dispositivos especiais
(sprinklers e sistemas fixos de CO2).
QUADRO RESUMO DE EXTINTORES
Incêndio Água PQS CO2 Halon
Classe “ A “ Eficiente Pouco Pouco Pouco
Eficiente Eficiente Eficiente
Classe “ B “ Não eficiente Eficiente Eficiente
Classe “ C “ Não Eficiente* Eficiente Eficiente
Classe “ D “ Não PQS** Não Não
especial
Unidade
Extintora 10 Litros 4 Kg 6 Kg 2 Kg***
Alcance
Médio do jato 10 m 5m 2,5 m 3,5 m
Tempo de
Descarga 60 Seg. 15 Seg. 25 Seg. 15 Seg.
Método de Resfriamento Quebra da Abafamento Químico
Extinção reação em (resfriamento) (abafamento)
cadeia
(abafamento)
TELELEFONE
DO CORPO DE
BOMBEIROS
NO BRASIL

193
PRIMEIROS SOCORROS
INTRODUÇÃO

Primeiros socorros, são todas as medidas que


devem ser tomadas de imediato para evitar
agravamento do estado de saúde ou lesão de
uma pessoa antes do atendimento médico.
AÇÕES DO SOCORRISTA
 Isolar a área, evitando o acesso de curiosos;
 Observar a vítima, verificando alterações ou ausência de
respiração, hemorragias, fraturas, colorações diferentes da
pele, presença de suor intenso, expressão de dor;
 Observar alteração da temperatura, esfriamento das mãos
e/ou pés;
 Manter a calma, assumindo a liderança do atendimento;
 Procurar que haja comunicação imediata com hospitais,
ambulâncias, bombeiros, polícia se necessário.

A atitude do socorrista pode significar a vida ou a morte


da pessoa socorrida.
Análise primária
• 1- Verifique a inconsciência;
• 2- Abra as vias aéreas respiratórias;
• 3- Verifique a respiração;
• 4- Verifique os batimentos cardíacos;
• 5- Aplicar colar cervical (inconsciente).
Colocação do colar cervical
– P= 4 dedos
– M= 4,5 dedos
– G= 5 dedos
– Nota: Regulável
Análise secundária
• 1- Proceda o exame da cabeça aos pés;
• 2- Questione a vítima (se possível);
• 3- Questione as testemunhas (se houver).
Insolação
Ocorre devido à exposição prolongada dos raios solares sobre o indivíduo.

Sinais e sintomas
– Temperatura do corpo elevada;
– Pele quente, avermelhada e seca;
– Diferentes níveis de consciência;
– Falta de ar;
– Desidratação;
– Dor de cabeça, náuseas e tontura.
Insolação
Primeiros socorros
– Remover a vítima para lugar fresco e arejado;
– Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com
toalhas umedecidas;
– Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma freqüente;
– Mantê-la deitada;
– Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
– Providenciar transporte adequado;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Intermação
Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (fundições,
padarias, caldeiras etc.) intenso trabalho muscular.

Sinais e sintomas
– Temperatura do corpo elevada;
– Pele quente, avermelhada e seca;
– Diferentes níveis de consciência;
– Falta de ar;
– Desidratação;
– Dor de cabeça, náuseas e tontura;
– Insuficiência respiratória.
Intermação
Primeiros socorros
– Remover a vítima para lugar fresco e arejado;
– Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, aplicando
compressas de pano umedecido com água;
– Mantê-la deitada com o tronco ligeiramente elevado;
– Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Ferimentos externos
São lesões que acometem as estruturas superficiais ou profundas do
organismo com grau de sangramento, laceração e contaminação variável.

Sinais e sintomas
– Dor e edema local;
– Sangramento;
– Laceração em graus variáveis;
– Contaminação se não adequadamente tratado.
Ferimentos externos
Primeiros socorros
• Priorizar o controle do sangramento;
• Lavar o ferimento com água;
• Proteger o ferimento com pano limpo, fixando-o sem apertar;
• Não remover objetos empalados;
• Não colocar qualquer substância estranha sobre a lesão;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
Hemorragias
• É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (artérias,
veias e capilares).

• Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.

• A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5


minutos.
Hemorragia externa
Como reconhecer o sangramento

Arterial

Venoso

Capilar
Hemorragia externa
Sinais e sintomas
– Sangramento visível;
– Nível de consciência variável decorrente da
perda sanguínea;
– Palidez de pele e mucosa.
Hemorragia externa
Primeiros socorros
– Comprimir o local com um pano limpo;
– Elevar o membro quando possível;
– Comprimir os pontos arteriais
– Prevenir o estado de choque;
– Aplicar torniquete (amputação,
esmagamento de membro);
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Hemorragia externa
Pontos arteriais de compressão
Hemorragia interna
• Sinais e sintomas
– Sangramento geralmente não visível;
– Nível de consciência variável dependente da intensidade e local do
sangramento.

• Primeiros socorros
– Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais e
atuando adequadamente nas intercorrências;
– Agilizar o encaminhamento para o atendimento hospitalar.
Hemorragia nasal
Sinais e sintomas
Sangramento nasal visível.

Primeiros socorros
– Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente
voltada para trás, e apertar-lhe a(s) narina (s) durante
cinco minutos;
– Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente
o lado da narina que está sangrando e colocar um
pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um
saco com gelo;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Queimaduras
Queimadura é uma lesão produzida no tecido de
revestimento do organismo, por agentes térmicos,
elétricos, produtos químicos, irradiação ionizante e
animais peçonhentos.
Queimaduras
Sinais e sintomas
1º Grau
Atinge somente a epiderme;
Dor local e vermelhidão da área atingida.

2º Grau
Atinge a epiderme e a derme;
Apresenta dor local, vermelhidão e bolhas d’água.

3º Grau
Atinge a epiderme, derme e alcança os tecidos mais profundos, podendo
chegar até o ósso
Queimaduras
Queimaduras
Primeiros socorros
• Isolar a vítima do agente agressor;
• Diminuir a temperatura local, banhando com água fria (1ºGrau);
• Proteger a área afetada com plástico;
• Não perfurar bolhas, colocar gelo, aplicar medicamentos, nem
produtos caseiros;
• Retirar parte da roupa que esteja em volta da área queimada;
• Retirar anéis e pulseiras, para não provocar estrangulamento ao
inchar.
• Encaminhar para atendimento hospitalar;
Queimaduras nos olhos
Primeiros socorros
• Lavar os olhos com água em abundância
durante vários minutos;
• Vedar o(s) olho(s) atingido(s) com pano limpo;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
Desmaio
É a perda súbita e temporária da consciência e da força muscular, geralmente
devido à diminuição de oxigênio no cérebro, tendo como causas: hipoglicemia,
fator emocional, dor extrema, ambiente confinado, etc.

Sinais e sintomas
– Tontura;
– Sensação de mal estar;
– Pulso rápido e fraco;
– Respiração presente de ritmos variados;
– Tremor nas sobrancelhas;
– Pele fria, pálida e úmida;
– Inconsciência superficial;
Desmaio
Primeiros socorros
– Colocar a vítima em local arejado e afastar curiosos;
– Deitar a vítima se possível com a cabeça mais baixa que o corpo;
– Afrouxar as roupas;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Convulsão
Perda súbita da consciência acompanhada de contrações musculares bruscas e
involuntárias, conhecida popularmente como “ataque”. Causas variadas: epilepsia,
febre alta, traumatismo craniano, etc.

Sinais e sintomas
– Inconsciência;
– Queda abrupta da vitima;
– Salivação abundante e vômito;
– Contração brusca e involuntária dos músculos;
– Enrijecimento da mandíbula, travando os dentes;
– Relaxamento dos esfíncteres (urina e/ou fezes soltas);
– Esquecimento.
Convulsão
Primeiros socorros
– Colocar a vítima em local arejado, calmo e seguro;
– Proteger a cabeça e o corpo de modo que os movimentos involuntários não
causem lesões;
– Afastar objetos existentes ao redor da vitima;
– Lateralizar a cabeça em caso de vômitos;
– Afrouxar as roupas e deixar a vítima debater-se livremente;
– Nas convulsões por febre alta diminuir a temperatura do corpo, envol-vendo-o
com pano embebido por água;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Fratura
• Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso.
Existem dois tipos de fratura:
– Fechadas: sem exposição óssea;
– Expostas: o osso está ou esteve exposto.
Fratura
Identificando uma fratura
Compare o membro supostamente fraturado com o
correspondente não comprometido.
• Procure a presença de: • Procure a presença de:

– Deformações; – Dor à manipulação;


– Inchaço; – Creptação óssea;
– Espasmo da – Enchimento capilar lento;
musculatura; – Diminuição da
– Feridas; sensibilidade;
– Palidez. – Redução da temperatura.
Fratura
Primeiros socorros
• Fraturas Expostas • Fraturas Fechadas
– Cobrir o ferimento com Imobilizar com tala ou
pano limpo; material rígido
– Estancar o sangramento;
– Prevenir contra o estado
de choque;
Fratura
Primeiros socorros
• Não Movimente a parte fraturada;
• Não de nada de comer ou beber à vítima;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
Entorse-distensão-luxação
– Entorse é a separação momentânea das
superfícies ósseas articulares, provocando o
estiramento ou rompimento dos ligamentos;
– Distensão é o rompimento ou estiramento
anormal de um músculo ou tendão;
– Luxação é a perda de contato permanente entre
duas extremidades ósseas numa articulação.
Entorse-distensão-luxação
Sinais e sintomas
– Dor local intensa;
– Dificuldade em movimentar a região afetada;
– Hematoma;
– Deformidade da articulação;
– Inchaço.
Entorse-distensão-luxação
Primeiros socorros
– Manipular o mínimo possível o local afetado;
– Proteger ferimentos com panos limpos e
controlar sangramentos nas lesões expostas;
– Imobilizar a área afetada antes de remover a
vítima;
– Se possível, aplicar bolsa de gelo no local
afetado;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Lesões da coluna vertebral
– A coluna vertebral é composta de 33 vértebras
sobrepostas, localizada do crânio ao cóccix, e no
seu interior há a medula espinhal, que realiza a
condução dos impulsos nervosos.
– As lesões da coluna vertebral mal conduzidas
podem produzir lesões graves e irreversíveis de
medula, com comprometimento neurológico
definitivo (tetraplegia ou paraplegia).
– Todo o cuidado deverá ser tomado com estas
vitimas para não surgirem lesões adicionais.
Lesões da coluna vertebral
Sinais e sintomas
– Dor local intensa;
– Diminuição da sensibilidade, formigamento ou dormência em
membros inferiores e/ou superiores;
– Paralisia dos segmentos do corpo, que ocorrem abaixo da lesão;
– Perda do controle esfincteriano (urina e/ou fezes soltas).

Nota: Todas as vitimas inconscientes deverão ser


consideradas e tratadas como portadoras de lesões na
coluna.
Lesões da coluna vertebral
Primeiros socorros
– Cuidado especial com a vítima inconsciente;
– Imobilizar o pescoço antes do transporte, utilizando o colar cervical;
– Movimentar a vítima em bloco, impedindo particularmente
movimentos bruscos do pescoço e do tronco;
– Colocar em prancha de madeira;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Corpo estranho nos olhos
É a introdução acidental de poeiras, grãos diversos, etc.
Na cavidade dos glóbulos oculares.

Sinais e sintomas
Dor;
Ardência;
Vermelhidão;
Lacrimejamento.
Corpo estranho nos olhos
Primeiros socorros
– Não esfregar os olhos;
– Lavar o olho com água limpa;
– Não remover o corpo estranho manualmente;
– Se o corpo estranho não sair com a lavagem,
cobrir os dois olhos com pano limpo;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Intoxicações e envenenamentos
O envenenamento ou intoxicação resulta da penetração de substância
tóxica/nociva no organismo através da pele, aspiração e ingestão.

Sinais e sintomas
– Dor e sensação de queimação nas vias de penetração e sistemas
correspondentes;
– Hálito com odor estranho;
– Sonolência, confusão mental, alucinações e delírios, estado de coma;
– Lesões cutâneas;
– Náuseas e vômitos;
– Alterações da respiração e do pulso.
Intoxicações e envenenamentos
Primeiros socorros
Pele
– Retirar a roupa impregnada;
– Lavar a região atingida com água em abundância;
– Substâncias sólidas devem ser retiradas antes de lavar com água;
– Agasalhar a vítima;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.

Aspiração
– Proporcionar a ventilação;
– Abrir as vias áreas respiratórias;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Intoxicações e envenenamentos
Primeiros socorros
Ingestão
– Identificar o tipo de veneno ingerido;
– Provocar vômito somente quando a vítima
apresentar-se consciente, oferecendo água;
– Não provocar vômitos nos casos de
inconsciência, ingestão de soda cáustica,
ácidos ou produtos derivados de petróleo;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Estado de choque
É a falência do sistema cardiocirculatório devido à causas
variadas, proporcionando uma inadequada perfusão e
oxigenação dos tecidos.

Sinais e sintomas
Inconsciência profunda;
Pulso fraco e rápido;
Aumento da freqüência respiratória;
Perfusão capilar lenta ou nula;
Tremores de frio.
Estado de choque
Primeiros socorros
– Colocar a vítima em local
arejado, afastar curiosos e
afrouxar as roupas;
– Manter a vítima deitada com
as pernas mais elevadas;
– Manter a vítima aquecida;
– Lateralizar a cabeça em
casos de vômitos;
– Encaminhar para
atendimento hospitalar.
Choque elétrico
É o fenômeno da passagem da corrente
elétrica pelo corpo quando em contato
com partes energizadas.
Sinais e sintomas
– Parada cardiorrespiratória;
– Queimaduras;
– Lesões traumáticas.
Choque elétrico
Primeiros socorros
– Interromper imediatamente o contato da vítima com a
corrente elétrica, utilizando luvas isolantes de borracha
de acordo com a classe de tensão, com luvas de
cobertura ou bastão isolante;
– Certificar-se de estar pisando em chão seco, se não
estiver usando botas com solado isolante;
– Realizar avaliação primária (grau de consciência,
respiração e pulsação);
– Aplicar as condutas preconizadas para parada
cardiorrespiratória, queimaduras e lesões traumáticas;
– Encaminhar para atendimento hospitalar.
Picadas e ferroadas de animais
peçonhentos
• Animais peçonhentos são aqueles que
introduzem no organismo humano substâncias
tóxicas. Por exemplo, cobras venenosas,
aranhas e escorpiões.

• Se possível deve-se capturar ou identificar o


animal que picou a vítima, mas sem perda de
tempo com esse procedimento. Na dúvida,
tratar como se o animal fosse peçonhento.
Picadas e ferroadas de animais
peçonhentos
Sinais e sintomas
– Marcas da picada;
– Dor, inchaço;
– Manchas roxas, hemorragia;
– Febre, náuseas;
– Sudorese, urina escura;
– Calafrios, perturbações visuais;
– Eritema, dor de cabeça;
– Distúrbios visuais;
– Queda das pálpebras;
– Convulsões;
– Dificuldade respiratória.
Picadas e ferroadas de animais
peçonhentos
Sinais e sintomas - Escorpiões/Aranhas
– Dor;
– Eritema;
– Inchaço;
– Febre;
– Dor de cabeça.

Primeiros socorros
– Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;
– Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais
próximo, para avaliar a necessidade de soro específico.
Picadas e ferroadas de insetos
Há pessoas alérgicas que sofrem reações
graves ou generalizadas, devido a picadas
de insetos (abelhas e formigas).
Sinais e sintomas
– Eritema local que pode se estender pelo corpo
todo;
– Prurido;
– Dificuldade respiratória (Edema de glote).
Picadas e ferroadas de insetos
Primeiros socorros
– Retirar os ferrões introduzidos pelo inseto sem
espremer;
– Aplicar gelo ou lavar o local da picada com
água corrente;
– Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço
de saúde mais próximo, para avaliar a
necessidade de soro específico.
Parada cardiorrespiratória
• É a ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos cardíacos.
A ocorrência isolada de uma delas só existe em curto espaço de tempo; a parada
de uma acarreta a parada da outra. A parada cardiorrespiratória leva à morte no
período de 3 a 5 minutos.

• Sinais e sintomas
– Inconsciência;
– Ausência de movimentos respiratórios e batimentos cardíacos.
Parada cardiorrespiratória
• Freqüência respiratória por minuto

HOMEM 15 A 20 RESPIRAÇÕES

MULHER 18 A 20 RESPIRAÇÕES

CRIANÇA 20 A 25 RESPIRAÇÕES

LATENTE 30 A 40 RESPIRAÇÕES
Parada cardiorrespiratória
• Freqüência cardíaca em batimentos por minuto

HOMEM 60 A 70 BATIMENTOS

MULHER 65 A 80 BATIMENTOS

CRIANÇA 120 A 125 BATIMENTOS

LATENTE 125 A 130 BATIMENTOS


Parada cardiorrespiratória
• Como localizar o coração
Parada cardiorrespiratória
• Reanimação cárdio pulmonar

– 1 ou 2 Socorristas

30 X

• PROCEDA 04 CICLOS E REPITA A ANÁLISE PRIMÁRIA


Transporte de acidentados
• O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada
em resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros).

• O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões,


provocando seqüelas irreversíveis ao acidentado.

• A vítima somente deverá ser transportada com técnicas e meios


próprios, nos casos onde não é possível contar com equipes
especializadas em resgate.
Transporte de acidentados

ANTES DA REMOÇÃO:
• TENTE controlar a hemorragia.
• INICIE a respiração de socorro.
• EXECUTE a massagem cardíaca externa.
• IMOBILIZE as fraturas.
• EVITE o estado de choque, se NECESSÁRIO.
Transporte de acidentados
Para o transporte da vítima podemos utilizar
meios habitualmente empregados - maca ou
padiola, ambulância, helicóptero ou de
RECURSOS IMPROVISADOS:
 Ajuda de pessoas
 Maca.
 Cadeira.
 Tábua.
 Cobertor.
 Porta ou outro material disponível.
Transporte de acidentados
Devem ser transportados os que estiverem:

• inconscientes;
• em estado de choque;
• gravemente queimados;
• com hemorragia;
• envenenados;
• com fratura nos membros inferiores, bacia e coluna
vertebral.
Transporte de acidentados

• Acidentados com fratura no pescoço e suspeita de lesão da


medula não devem ser removidos antes do atendimento
médico. Um erro de movimento pode ocasionar numerosas
lesões.
• Se a vítima tiver que ser erguida para verificação das lesões,
cada parte do corpo deve ser apoiada, não deixe o corpo se
dobrar, mantenha-o em linha reta.
• Ao transportá-la puxe pela direção da cabeça ou pés, nunca
pelos lados, e proteja o corpo com toalha ou outro material,
principalmente a cabeça.
Transporte de acidentados
Uma pessoa - De Apoio
• Passe o seu braço em torno da cintura da vítima e o braço da
vítima ao redor de seu pescoço.
Transporte de acidentados
Uma pessoa - Nas costas ou colo
• Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de
seu pescoço, incline-a para frente e levante-a.
Transporte de acidentados
Duas pessoas - Segurando pelas extremidades
• Uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra, segura
pelas pernas abertas. Ambas devem erguer a vítima
simultaneamente.
Transporte de acidentados
Três pessoas
• Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura e a parte superior das
coxas. A terceira segura a parte inferior das coxas e pernas. Os
movimentos das três pessoas devem ser simultâneos, para impedir
deslocamentos da cabeça, coluna, coxas e pernas.
Transporte de acidentados
Quatro pessoas
• Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da
vítima impedindo qualquer tipo de deslocamento.
Transporte de acidentados
IMPORTANTE:
 EVITE paradas e freadas BRUSCAS do veículo, durante
o transporte;
 PREVINA-SE contra o aparecimento de DANOS
IRREPARÁVEIS ao acidentado, movendo-o o MENOS
POSSÍVEL
 SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE UM
MÉDICO na remoção de acidentado grave.
 NÃO INTERROMPA, em hipótese alguma, a
RESPIRAÇÃO DE SOCORRO e a MASSAGEM CARDÍACA
EXTERNA ao transportar o acidentado.

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