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CURSO DE PREVENÇÃO DE

ACIDENTES PARA

COMPONENTES
DA CIPA
MÓDULO I - A CIPA

NORMA
REGULAMENTADORA 5 -
NR 5
MÓDULO I

Norma Regulamentadora
NR 5
Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA
Objetivo
5.1 - A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
- CIPA, tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de
modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho com a presença da vida e a promoção da
saúde do trabalhador;
Constituição
5.2- Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e
mantê-la em regular funcionamento as empresas
privadas, públicas, sociedades de economia mista,
órgãos da administração direta e indireta, instituições
beneficientes, associações recreativas, cooperativas,
bem como outras instituições que admitam
trabalhadores como empregados;
Constituição
5.4 - A empresa que possuir em um mesmo município
dois ou mais estabelecimentos, deverá garantir a
integração das CIPA e dos designados, conforme o
caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de
segurança e saúde no trabalho.
Organização
5.6 - A CIPA será composta de representantes do
empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR,
ressalvadas as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos específico;
Organização
5.6.1 - Os representantes dos empregadores,
titulares e suplentes serão por eles designados;
5.6.2 - Os representantes dos empregados, titulares e
suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do
qual participem, independentemente de filiação
sindical, exclusivamente os empregados
interessados;
Organização
5.7 - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a
duração de um ano, permitida uma reeleição;

5.8 - É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa


causa do empregado eleito para cargo de direção
de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes
desde o registro de sua candidatura até um ano
após o final de seu mandato;
Organização
5.11 - O empregador designará entre seus
representantes o Presidente da CIPA, e os
representantes dos empregados escolherão
entre os titulares o vice-presidente;
Organização
5.13 - Será indicado de comum acordo com os
membros da CIPA, um secretário e seu
substituto, entre os componentes ou não da
comissão, sendo neste caso, necessária a
concordância do empregador.
Atribuições
5.16 a - Identificar os riscos do processo de trabalho e
elaborar Mapa de Riscos;
b - Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação
preventiva na solução de problemas de segurança
e saúde no trabalho;
Atribuições
c - Participar da implementação e do controle da
qualidade das medidas de prevenção necessárias;
bem como da avaliação das prioridades de ação
nos locais de trabalho;
d - Realizar, periodicamente, verificações nos
ambientes e condições de trabalho;
Atribuições
e - Realizar, a cada reunião, avaliação do
cumprimento das metas fixadas; e discutir as
situações de risco que foram identificadas;
f - Divulgar aos trabalhadores informações relativas à
segurança e saúde no trabalho;
Atribuições
i - Colaborar no desenvolvimento e implementação
do PCMSO e PPRA e de outros programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
l - Participar em conjunto com o SESMT, da análise
das causas das doenças e acidentes do trabalho
e propor medidas de solução;
Atribuições
o - Promover, anualmente em conjunto com o
SESMT, a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho - SIPAT;
p - Participar, anualmente, em conjunto com a
empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS;
Atribuições
5.17 - Cabe ao empregador proporcionar aos
membros da CIPA os meios necessários ao
desempenho de suas atribuições, garantindo tempo
suficiente para a realização das tarefas constantes
do plano de trabalho.
Atribuições do Presidente
5.19 a - Convocar os membros para as reuniões da
CIPA;
b - Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando
ao empregador e ao SESMT, as decisões da
comissão;
Atribuições do Presidente
c - Manter o empregador informado sobre os
trabalhos da CIPA;
d - Coordenar e supervisionar as atividades de
secretária;
e - Delegar atribuições ao Vice-Presidente.
Atribuições do Vice-Presidente
5.20 a - Executar as atribuições que lhe forem
delegadas pelo Presidente;
b - Substituir o Presidente nos seus impedimentos
eventuais ou nos afastamentos temporários.
Atribuições do Presidente e
Vice-Presidente em conjunto
5.21 a - Cuidar para que a CIPA disponha de condições
necessárias para o desenvolvimento de seus trabalhos;
b - Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando
para que os objetivos propostos sejam alcançados;
Atribuições do Presidente e
Vice-Presidente em conjunto
c - Delegar atribuições aos membros da CIPA;
d - Promover o relacionamento da CIPA com o
SESMT;
Atribuições do Presidente e
Vice-Presidente em conjunto
e - Divulgar as decisões da CIPA a todos os
trabalhadores da empresa;
g - Constituir a Comissão Eleitoral.
Atribuições da Secretária
5.22 a - Acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir
as atas apresentando-as para aprovação e
assinatura dos membros presentes;
Atribuições da Secretária
b - Preparar as correspondências;
c - Executar as atribuições que lhe forem atribuídas.
Funcionamento
5.23 - A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de
acordo com o calendário preestabelecido;
5.24 - As reuniões ordinárias da CIPA serão
realizadas durante o expediente normal da
empresa e em local apropriado;
Funcionamento
5.25 - As reuniões da CIPA terão atas assinadas
pelos presentes;
Funcionamento
5.27 - As reuniões extraordinárias serão realizadas
quando houver denúncia de situação de risco
grave e iminente que determine aplicação de
medidas corretivas de emergência, quando ocorrer
acidente grave ou fatal ou quando houver
solicitação expressa de uma das representações.
Atribuições
5.30 - O membro titular perderá o mandato, sendo
substituído pelo suplente, quando faltar a mais de
4 reuniões ordinárias sem justificativa;
5.31.1 - No caso de afastamento definitivo do
Presidente, o empregador indicará o substituto, em
2 dias úteis, preferencialmente entre seus
membros;
Atribuições
5.31.2 - No caso de afastamento definitivo do Vice-
Presidente, os membros titulares da representação
dos empregados escolherão o substituto, entre
seus titulares, em 2 dias úteis.
Treinamento
5.32 - A empresa deverá promover treinamento para todos os
membros, titulares e suplentes antes da posse;
Processo Eleitoral
5.38 - Compete ao empregador convocar eleições
para escolha dos representantes dos empregados
da CIPA, até 60 dias antes do término do mandato
em curso;
Processo Eleitoral
5.39 - O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA
constituirão dentre seus membros, com no mínimo
55 dias do início do pleito, a Comissão Eleitoral -
C.E., que será a rsponsável pela organização e
acompanhamento do processo eleitoral.
Processo Eleitoral
O processo eleitoral observará as seguintes
condições:
Publicação e divulgação de Edital, no mínimo 45 dias
antes da data de eleição;
inscrição e eleição individual, sendo que o período
mínimo para inscrição será de 15 dias;
Processo Eleitoral
O processo eleitoral observará as seguintes
condições:
liberdade de inscrição para todos os empregados
da empresa, com fornecimento de comprovante;
garantia de emprego para todos os empregados da
empresa até a eleição;
Processo Eleitoral
O processo eleitoral observará as seguintes
condições:
realizar eleição no mínimo 30 dias antes do término do mandato;
realizar eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários
dos turnos;
Processo Eleitoral
O processo eleitoral observará as seguintes
condições:
voto secreto;
apurar os votos em horário normal de trabalho, com
acompanhamento de representantes do
empregador, empregados e comissão eleitoral.
MÓDULO II

Introdução à Segurança do
Trabalho
Acidente do Trabalho
Conceito Prevencionista

São todas as ocorrências indesejáveis, que


interrompem o trabalho e causam, ou tem potencial
para causar ferimentos em alguém ou algum tipo de
perda à empresa ou ambos ao mesmo tempo.
Acidente do Trabalho
Conceito legal

É o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço


da empresa provocando lesão corporal ou
perturbação funcional, resultando a morte, a perda
ou a redução, permanente ou temporária da
capacidade para o trabalho. Equiparam-se
legalmente ao acidente do trabalho, o acidente de
trajeto, a doença profissional e a doença do
trabalho.
Doença Profissional
Entende-se por doença profissional, aquela
inerente ou peculiar a determinado ramo de
atividade, dispensando a comprovação de nexo
causal.
Doença Profissional
Exemplo: Um trabalhador que trabalhe numa
cerâmica onde é utilizada a sílica, vindo a adquirir
silicose, bastará comprovar que trabalhou na
cerâmica, para ficar comprovada a doença
profissional, dispensando qualquer tipo de outra
prova.
Doença do Trabalho
A doença do trabalho diferencia-se da doença
profissional em vários pontos. Ela resulta de
condições especiais em que o trabalho é exercido
e com ele relaciona-se diretamente.
Doença do Trabalho
Sendo uma doença genérica (que acomete qualquer
pessoa), exige a comprovação do nexo causal, ou
seja, o trabalhador deverá comprovar haver
adquirido a doença no exercício do trabalho.
Exemplo: A tuberculose poderá ser “doença do
trabalho” com relação àquele segurado que
comprovar tê-la adquirido no exercício do trabalho
em uma câmara frigorífica.
Comunicação de
Acidente do Trabalho
De acordo com a legislação, todo acidente do
trabalho deve ser imediatamente comunicado à
empresa pelo acidentado ou por qualquer pessoa
que dele tiver conhecimento.
Comunicação de
Acidente do Trabalho
Em caso de morte, é obrigatória a comunicação à
autoridade policial.
A empresa por sua vez, deve comunicar o
acidente do trabalho à Previdência Social até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.
Causas de Acidentes
doTrabalho
Os acidentes de trabalho decorrem, basicamente de
duas causas primárias: ATOS E CONDIÇÕES
INSEGURAS, acidentes do trabalho podem ainda
decorrer por atos de terrorismo praticado por
terceiros, ou ainda originar-se de causas que
escapam do controle humano, como os tufões,
terremotos, inundações, etc.
Conforme estatísticas mundiais, os acidentes de
trabalho estão quantificados, segundo suas causas,
da seguinte forma:
* Atos inseguros - 86%;
* Condições inseguras - 12%;
* Elementos da natureza/situações especiais - 2%.
ATOS INSEGUROS
Os atos inseguros são geralmente, definidos como
causas de acidentes de trabalho que residem
exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles
que decorrem da execução das tarefas de forma
contrária as normas de segurança, ou seja, a
violação de um procedimento aceito como seguro,
que pode levar a ocorrência de um acidente.
ATOS INSEGUROS
Exemplos:
- Agir sem permissão;
- Deixar de chamar a atenção;
- Brincar em local de trabalho;
ATOS INSEGUROS
Exemplos:
-Inutilizar dispositivos de segurança;
- Dirigir perigosamente;
- Não usar EPI;
- Não cumprir as normas de segurança, etc.
CONDIÇÕES INSEGURAS
São aquelas que, presentes no ambiente de
trabalho, comprometem a segurança do
trabalhador e a própria segurança das instalações
e dos equipamentos.
CONDIÇÕES INSEGURAS
EXEMPLOS:
- Falta de dispositivos de proteção ou dispositivos
inadequados;
- Ordem e limpeza deficientes;
-Falha de processo e ou método de trabalho;
CONDIÇÕES INSEGURAS
EXEMPLOS:
- Excesso de ruído;
- Piso escorregadio;
- Iluminação inadequada;
- Arranjo físico inadequado;
- Ventilação inadequada, etc.
Etapas da Investigação
 Coletar os fatos, descrevendo o ocorrido;

 Analisar o acidente, identificando suas causas;

 Definir as medidas preventivas, acompanhando


sua execução.
Inspeção de Segurança
É a parte do controle de riscos que consiste efetuar vistorias nas
áreas e meios de trabalho, com o objetivo de descobrir e corrigir
situações que comprometam a segurança dos trabalhadores.
Inspeção de Segurança
Uma inspeção para ser bem aproveitada precisa
ser planejada, e o primeiro passo é definir o que se
pretende com a inspeção e como fazê-la.
Tipos de Inspeção
 Inspeção geral: Realizada quando se quer ter
uma visão panorâmica de todos os setores da
empresa. Pode ser realizada no início do mandato
da CIPA;
Tipos de Inspeção
 Inspeção parcial: Realizada onde já se sabe da
existência de problemas, seja por queixas dos
trabalhadores ou ocorrência de doenças e
acidentes do trabalho. Deve ser uma inspeção mais
detalhada e criteriosa;
Tipos de Inspeção
 Inspeção específica: É uma inspeção em que se
procura identificar problemas ou riscos
determinados. Como exemplo podemos citar o
manuseio de produtos químicos, postura de
trabalho, esforço físico, etc.
Etapas da Inspeção
1ª Fase - Observar os atos das pessoas, as
condições de máquinas, equipamentos,
ferramentas e o ambiente de trabalho;
Etapas da Inspeção
2ª Fase - Registrar o que foi observado e o que
deve ser feito, contendo, entre outros, os dados do
local da realização, dos riscos encontrados, de
pontos positivos, dos problemas ou das propostas
feitas pelos inspecionados, colocando-se data e
assinatura. Existem formulários denominados
“Relatórios de Inspeção” especiais para o registro
dos dados observados;
Etapas da Inspeção
3ª Fase - Analisar e Recomendar medidas que
visem a eliminar, isolar ou, no mínimo sinalizar
riscos em potencial advindos de condições
ambientais ou atos e procedimentos inseguros.
4ª Fase - Encaminhar para os responsáveis para
providenciar as medidas corretivas, necessárias.
5ª Fase - Acompanhar as providências até que
ocorra a solução final.
O cipeiro deve registrar os fatos positivos na
prevenção de acidentes, para que sejam divulgados
e outras áreas possam adotá-las;
Após registrado, deverá ser encaminhado à
secretária da CIPA afim de incluí-lo na pauta da
reunião ordinária para análise da comissão;
A conclusão da comissão deverá ser encaminhada
ao responsável pelo local ou serviço inspecionado e
mantida na pendência até a regularização;
Todas as fases da inspeção deverão ser registrados
em ata, inclusive o acompanhamento das
providências;
Os riscos com grande potencial deverão ser
informados de imediato ao responsável e, quando
possível, corrigidos no ato. Caso a solução seja
mediata, recomenda-se uma análise de risco em
busca da melhor solução.
Campanhas de Segurança
Campanhas de segurança são eventos voltados
para a educação e sensibilização dos funcionários,
transmitindo conhecimentos sobre segurança e
saúde no trabalho.
Campanhas de Segurança
Os eventos mais comuns e que envolvem a CIPA
são:
 Semana Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho – SIPAT;
Campanhas de Segurança
 Campanha Interna de Prevenção da AIDS -
CIPAS;
 Antitabagismo - cabe também à CIPA, recomendar
que em todos os locais de trabalhos e adotem
medidas restritivas ao hábito de fumar.
Ambiente de Trabalho
Ambiente de Trabalho - É o espaço físico onde o
empregado desenvolve suas atividades a favor de
seu empregador. O mesmo que local de trabalho,
podendo ser considerado como tal, a área interna ou
externa à empresa.
Riscos Ambientais
São agentes presentes nos ambientes de trabalho,
capazes de afetar o trabalhador a curto, médio e
longo prazo, provocando acidentes com lesões
imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou
do trabalho, que se equiparam a acidentes do
trabalho.
Riscos Ambientais
Atribuições
Uma das atribuições da CIPA, é a de identificar e
relatar os riscos existentes nos setores e
processos de trabalho. Para isso é necessário que
se conheça os riscos que podem existir nesses
setores, solicitando medidas para que os mesmos
possam ser eliminados e/ou neutralizados.
Riscos Ambientais
Atribuições
Identificados esses riscos, os mesmos deverão ser
transcritos no Mapa de Riscos.
Riscos Ambientais
Classificação

Riscos Físicos;
Riscos Químicos;
Riscos Biológicos;
Riscos Ergonômicos;
Riscos de Acidentes.
RISCOS FÍSICOS (verde) Conseqüências

Cansaço, irritação, dores de cabeça,


diminuição da audição, problemas do
• Ruído aparelho digestivo, taquicardia, perigo
de infarto.

Cansaço, irritação, dores nos membros,


dores na coluna, doença do
• Vibrações movimento, artrite, problemas
digestivos, lesões ósseas, lesões dos
tecidos moles.

Taquicardia, aumento da pulsação,


cansaço, irritação, intermação,
prostração térmica, choque térmico,
• Calor fadiga térmica, perturbação das
funções digestivas, hipertensão etc.
RISCOS FÍSICOS (verde) Conseqüências

• Radiação não- Queimaduras, lesões nos olhos,


ionizante na pele e em outros órgãos .

• Radiação Alterações celulares, câncer,


fadiga, problemas visuais,
ionizante acidente do trabalho.

Doenças do aparelho respiratório,


• Umidade quedas, doenças da pele, doenças
circulatórias.

• Pressões Mal-estar, dor de ouvido, dor de


cabeça, doença descompressiva
anormais ou embolia traumática.
Riscos Químicos (vermelho) Conseqüências

• Poeira minerais
Silicose (quartzo), asbestose
(sílica, asbesto/ (asbesto/amianto) pneumoconiose
amianto, carvão (minérios do carvão).

mineral
• Poeiras vegetais Bissinose (algodão), bagaçose
(algodão, bagaço (cana-de-açúcar), incêndios.

de cana-de-açúcar)
Doença pulmonar obstrutiva
• Poeiras alcalinas crônica, enfizema Pulmonar.
(calcário)
Podem interagir com outros agentes
nocivos presentes no ambiente de
• Poeiras trabalho, potencializando sua
incômodas nocividade.
Riscos Químicos (vermelho) Conseqüências

Doença pulmonar obstrutiva crônica,


• Fumos febre dos fumos intoxicação
específica de acordo com o metal.

Irritantes - irritação das vias aéreas


(ácido clorídrico, ácido sulfúrico,
amônia, soda cáustica, etc).
• Neblinas, Asfixiantes - dor de cabeça,
névoas, gases náuseas, sonolência, coma, morte
(hidrogênio, nitrogênio, hélio,
e vapores metano, acetileno, etc).
Anestésicos - ação depressiva
sobre o sistema formador do sangue
(benzeno, butano, propano, cetonas,
• Substâncias aldeídos, etc.).
compostas ou Efeitos combinados podendo
potencializar uma ou mais das
Produtos químicos situações já descritas.
em geral
RISCOS BIOLÓGICOS (marrom) Conseqüências
Hepatite, poliomielite, herpes,
• Vírus varíola, febre amarela, raiva
(hidrofobia), rubéola, aids, dengue,
meningite.

• Bactérias/ Hanseníase, tuberculose, tétano,


febre tifóide, pneumonia, difteria,
Bacilos cólera, leptospirose, disenterias.

• Protozoários Malária, mal de chagas,


toxoplasmose, disenterias, teníase.

• Fungos Alergias, micoses, pé de atleta.

Infecções parasitárias diversas,


• Parasitas vermes intestinais.
RISCOS
ERGONÔMICOS (amarelo) Conseqüências

• Esforço físico De um modo geral, devendo haver


uma análise mais detalhada, caso
intenso a caso, tais riscos podem causar:

cansaço, dores musculares,


• Levantamento e fraquezas, doenças como
hipertensão arterial, úlceras,
transporte doenças nervosas, agravamento do
manual de peso diabetes, alterações do sono,da
libido, da vida social com reflexos
na saúde e no comportamento,
• Exigência de acidentes, problemas na coluna
vertebral, taquicardia, cardiopatia
postura (angina, infarto), agravamento da
inadequada asma, tensão, ansiedade, medo,
comportamentos estereotipados.

• Controle rígido
de produtividade
RISCOS
ERGONÔMICOS (amarelo) Conseqüências

• Imposição de De um modo geral, devendo haver


uma análise mais detalhada, caso
ritmos excessivos a caso, tais riscos podem causar:

cansaço, dores musculares,


• Trabalho em turno fraquezas, doenças como
ou noturno hipertensão arterial, úlceras,
doenças nervosas, agravamento do
diabetes, alterações do sono,da
• Jornada prolongada libido, da vida social com reflexos
de trabalho na saúde e no comportamento,
acidentes, problemas na coluna
vertebral, taquicardia, cardiopatia
• Monotonia e (angina, infarto), agravamento da
repetitividade asma, tensão, ansiedade, medo,
comportamentos estereotipados.
• Outras situações
causadoras de “stress”
físico e/ou psíquico 2013
RISCOS DE ACIDENTES (azul) Conseqüências

• Arranjo físico
acidente, desgaste físico excessivo
inadequado

• Máquinas e
equipamentos acidentes graves

sem proteção

• Ferramentas acidentes principalmente com


repercussão nos membros
inadequadas superiores
ou defeituosas

• Iluminação
Desconforto, fadiga e acidentes
inadequada
• Eletricidade
RISCOS DE ACIDENTES (azul) Conseqüências

• Probabilidade de Curto-circuito, choque


elétrico, incêndio,
incêndio queimaduras, acidentes
ou explosão fatais

• Armazenamento Danos materiais,


pessoais, ao meio
inadequado ambiente, interrupção do
processo produtivo

Acidentes, doenças
• Animais profissionais, queda da
peçonhentos qualidade de produção e
intoxicação
Prioridades no Controle de Risco
 Eliminar o risco;
 Neutralizar / isolar o risco, através do uso de
Equipamento de Proteção Coletiva;
 Proteger o trabalhador através do uso de
Equipamentos de Proteção Individual.
Mapa de Riscos
O Mapa de Riscos é a representação gráfica do
reconhecimento dos riscos existentes nos setores
de trabalho, por meio de círculos de diferentes
cores e tamanhos.
O Mapa de Riscos deve ser refeito a cada gestão
da CIPA.
Mapeamento de Riscos
Objetivos
Reunir as informações necessárias para
estabelecer o diagnóstico da situação;

Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e


divulgação de informações entre os funcionários.
Mapeamento de Riscos
Etapas de Elaboração
 Conhecer o processo de trabalho no local
analisado;
 Identificar os riscos existentes no local analisado;
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua
eficácia;
Mapeamento de Riscos
Etapas de Elaboração
 Conhecer os levantamentos ambientais já
realizados no local;
 Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o lay-out da
empresa, indicando através de círculos, colocando
em seu interior o risco levantado (cor), agente
especificado e número de trabalhadores expostos.
MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS
O que é ?

Apresentação gráfica do reconhecimento dos


riscos existentes no local de trabalho

Refeitóri Banheiro cozinha


o ALMOXARIFADO Risco Químico/ERGO
PATIO Risco de Acidentes

ESCRITORIO
BANHEIRO Risco Biológico
PATIO COZINHA/REFEITORIO Risco Físico
Almoxarifado ESCRITORIO Risco Ergonômico
MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS
O significado

PEQUENO MÉDIO GRANDE

CÍRCULO = GRAU DE INTENSIDADE

• VERDE Físicos
• VERMELHO Químicos
• MARROM Biológicos
COR = TIPO DO RISCO • AMARELO Ergonômicos
• AZUL De Acidentes
MÓDULO III

Legislação Trabalhista e Previdência


Relativas a Segurança do Trabalho
a) Leis Constitucionais (CF-88):
* Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
a) Leis Constitucionais (CF-88):
XXII - redução dos riscos inerentes aos trabalhos,
por meio de normas de saúde, higiene e segurança
do trabalho;
XXVIII - Seguro contra acidentes do trabalho, a
cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado quando incorrer em dolo ou
culpa.
b) Leis Ordinárias:
Decreto Lei 5452 de 1º de maio de 1943 (Estado
Novo 1930-1945);
Capítulo V - DA SEGURANÇA E DA MEDICINA
DO TRABALHO (Arts. 154 a 201) (16 Seções);
Seção IV - DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL DO TRABALHO;
Lei 8.212/91 (Plano de Custeio da residência).
c) Atos do Poder Executivo -
Portarias, Resoluções:
Portarias MT E nº 3.214 de 08/06/78 (NR’s) e
3.067 de 12/04/88 (NRR’s).
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual (EPI).
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS
TRABALHISTAS - CLT

(Introdução caps. 1 a 12)


Art 2º - Considera-se
empregador ...

* A pessoa física ou jurídica que contrata mão de


obra especializada para determinado serviço.
Art. 3º - Considera-se
empregado ...
A pessoa física ou jurídica especializada para
execução dos serviços contratado.
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS
TRABALHISTAS - CLT
Capítulo V – (Da Segurança e da Medicina do
Trabalho) (Arts. 155 a 201).
Art. 155 Incube ao órgão de
âmbito nacional (SSST/MTE )
competente em matéria de
segurança e medicina do
trabalho:
I - estabelecer normas ...

II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a


fiscalização...
III - conhecer, em última instância, dos recursos,
voluntários ou de ofício, das decisões proferidas
pelos Delegados Regionais do Trabalho em
matéria de segurança e medicina do trabalho.
Art. 157 - Cabe às
empresas:
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança
e medicina do trabalho;
II - Instruir os empregados...
III - adotar as medidas que lhes sejam
determinadas pelo órgão regional competente;
IV- facilitar o exercício da fiscalização pela
autoridade competente.
Art. 158-
Cabe aos empregados:
I - observar as normas de segurança e medicina ...

II - colaborar com a empresa na aplicação dos


dispositivos deste capítulo;
Parágrafo único:

CONSTITUI ATO FALTOSO DO


EMPREGADO A RECUSA INJUSTIFICADA:
a) à observância das instruções expedidas pelo
empregador na forma do item II anterior;

b) ao não uso dos equipamentos de proteção


individual fornecidos pela empresa.
FUNDAMENTOS DA
LEGISLAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA
Lei nº 8.213/91
Art. 19 - Acidente do trabalho é o que ocorre
pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ...

Lei nº 8.213/91
Parágrafo 1º - A empresa é responsável pela
adoção e uso das medidas coletivas e individuais
de proteção a segurança e saúde do trabalhador.

Lei nº 8.213/91
Parágrafo 2º - constitui Contravenção Penal,
punível com multa, deixar a empresa de cumprir as
normas de segurança e higiene do trabalho.

Lei nº 8.213/91
Parágrafo 3º - É dever da empresa prestar
informações pormenorizadas sobre os riscos da
operação a executar e do produto a manipular.

Lei nº 8.213/91
O Ministério do Trabalho e da Previdência Social
fiscalizará e os sindicatos e entidades
representativas de classe acompanharão o fiel
cumprimento do disposto nos parágrafos
anteriores, conforme dispuser o regulamento.
FUNDAMENTOS DA
LEGISLAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA
Lei nº 8.213/91
Art. 21 - Equiparam-se também ao Acidente do
Trabalho, para efeitos desta Lei:

I- o acidente ligado ao trabalho que, embora não


tenha sido causa única haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para
redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho ou produzido lesão que exija atenção
médica para a sua recuperação;

Lei nº 8.213/91
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no
horário de trabalho, em conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo
praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro,
por motivo de disputa relacionada com o trabalho;

Lei nº 8.213/91
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia
de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos
fortuitos ou decorrentes de força maior;

Lei nº 8.213/91
III - a doença proveniente de contaminação acidental
do empregado no exercício de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora
do local e horário de trabalho.:

Lei nº 8.213/91
a) na execução de ordem ou realização de serviço
sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço a
empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;

Lei nº 8.213/91
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para
estudo quando financiada por esta dentro de seus
planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;

Lei nº 8.213/91
d) no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o
meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado (Acidente de Trajeto ou
In itinere).

Lei nº 8.213/91
Parágrafo 1º - Nos períodos destinados a refeição
ou descanso, ou por ocasião da satisfação de
outras necessidades fisiológicas, no local de
trabalho ou durante este, o empregado é
considerado no exercício do trabalho.

Lei nº 8.213/91
Art. 22 - A empresa deverá comunicar o Acidente
do Trabalho à Previdência Social até o 1º dia útil
seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de
imediato a autoridade competente, sob pena de
multa variável entre o limite mínimo e limite máximo
do salário-de-contribuição, sucessivamente
aumentado nas reincidências, aplicada e cobrada
pela Previdência Social.

Lei nº 8.213/91
Parágrafo 1º - Da comunicação a que se refere este
artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus
dependentes, bem como o sindicato a que se
corresponda sua categoria.

Lei nº 8.213/91
Parágrafo 2º - Na falta de comunicação por parte da
empresa, podem formaliza-lá o próprio acidentado,
seus dependentes, a entidade sindical competente, o
médico que o assistiu ou qualquer autoridade
pública, não prevalecendo nestes casos o prazo
previsto neste artigo.

Lei nº 8.213/91
Parágrafo 3º - a comunicação a que se refere o
parágrafo 2º não exime a empresa pela falta do
cumprimento do disposto neste artigo.

Lei nº 8.213/91
Art. 23 - Considera-se como Dia do Acidente, no
caso de doença profissional ou do trabalho, a data
de início da incapacidade laborativa para o exercício
da atividade habitual, ou o dia da segregação
compulsória, ou o dia em que for realizado o
diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer
primeiro.

Lei nº 8.213/91
Art. 118 - O segurado que sofreu acidente do
trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze
meses, a manutenção do seu contrato de trabalho
na empresa, após a cessação do auxílio-doença
acidentário, independentemente de percepção de
auxílio-doença.
Parágrafo único - O segurado reabilitado poderá ter
remuneração menor do que na época do acidente,
desde que compensada pelo valor do auxílio-
acidente, referido no parágrafo 1º do artigo 86 desta
Lei.
Lei nº 8.212/91 - Plano de
Custeio da Previdência Social
Art. 22 - A contribuição a cargo da empresa,
destinada à Seguridade Social, além do disposto no
artigo 23, é de:
I - 20% (vinte por cento) sobre o total das
remunerações pagas ou creditadas, a qualquer
título, no decorrer do mês, aos empregados,
empresários, trabalhadores avulsos e autônomos
que lhe prestem serviços:
II - para o financiamento da complementação das
prestações por acidente do trabalho, dos seguintes
percentuais, incidentes sobre o total das
remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do
mês, aos segurados empregados e trabalhadores
avulsos:
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja
atividade preponderante o risco de acidentes do
trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja
atividade preponderante esse risco seja
considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja
atividade preponderante esse risco seja
considerado grave.
MÓDULO IV

Noções Básicas de Primeiros


Socorros
Primeiros Socorros
Introdução

Primeiros socorros, são todas as medidas que


devem ser tomadas de imediato para evitar
agravamento do estado de saúde ou lesão de uma
pessoa antes do atendimento médico.
Ações do Socorrista
 Isolar a área, evitando o acesso de curiosos;
 Observar a vítima, verificando alterações ou
ausência de respiração, hemorragias, fraturas,
colorações diferentes da pele, presença de suor
intenso, expressão de dor;
Ações do Socorrista
 Observar alteração da temperatura, esfriamento
das mãos e/ou pés;
 Manter a calma, assumindo a liderança do
atendimento;
Ações do Socorrista
 Procurar que haja comunicação imediata com
hospitais, ambulâncias, bombeiros, polícia se
necessário.

 A atitude do socorrista pode significar a vida ou


a morte da pessoa socorrida.
Insolação
Exposição excessiva ao calor que pode se
apresentar subitamente, a vítima cai desacordada,
ou após enjôo, dor de cabeça, pele seca e quente,
febre alta.
Como Socorrer:
 retirar a vítima do local de exposição, colocando-
a na sombra;
 colocar compressas frias sobre a cabeça;
 envolver o corpo com toalhas constantemente
molhadas;
 se estiver consciente, dê-lhe água para beber.
Internação
Enfermidade produzida pela ação do calor em
ambientes fechados com temperaturas muito altas.
A vítima pode apresentar: cansaço, náuseas,
calafrios, respiração superficial, palidez ou
tonalidade azulada no rosto, temperatura corporal
elevada, pele úmida e fria e pressão baixa.
Como Socorrer:
 retirar a vítima do ambiente e levá-la para um
local fresco e arejado;
 deitar a vítima com a cabeça mais baixa que o
corpo;
Como Socorrer:
 retirar as vestes da vítima envolvendo-a num
lençol úmido;
 se estiver consciente, oferecer água em
pequenas quantidades;
 encaminhar a vítima para atendimento médico.
Desmaio
Normalmente, o desmaio não passa de um
acidente leve, só se agravando quando é causado
por grandes hemorragias.
Como Socorrer:
 se a pessoa estiver prestes a desmaiar, coloque-a
sentada com a cabeça entre as pernas;
 se o desmaio já ocorreu, deitar a vítima no chão,
verificar respiração e palidez;
 afrouxar as roupas;
 erguer os membros inferiores;

Obs.: Se a vítima não se recuperar de 2 a 3 minutos,


procurar assistência médica.
Crise Convulsiva
A vítima de crise convulsiva (ataque
epiléptico), fica retraída e começa a se debater
violentamente, podendo apresentar os olhos
virados para cima.
Como Socorrer:
 deite a vítima no chão e afaste tudo que estiver ao
seu redor que possa machucá-la;
 retire objetos como próteses, óculos, colares, etc;
 coloque um pano ou lenço dobrado entre os dentes
e desaperte a roupa da vítima;
Como Socorrer:
 não dê líquido à pessoas que estejam
inconscientes;
 cessada a convulsão, deixa a vítima repousar
calmamente, pois poderá dormir por minutos ou
horas;
 nunca deixa de prestar socorro à vítima de
convulsão.
Ferimentos - Tipos
Contusão (beliscão, batidas), hematoma (local fica
roxo), perfuro cortante (ferimento com faca, prego,
mordedura de animais, armas de fogo) e
escoriação (ferimento superficial, só atinge a pele).
Como Socorrer:
Contusões e Hematomas.
 repouso da parte contundida;
 aplicar gelo até melhorar a dor e o inchaço se
estabilize;
 elevar a parte atingida.
Como Socorrer:
Perfuro cortantes e Escoriações.
 lavar as mãos;
 lavar o ferimento com água e sabão;
 secar o local com gaze ou pano limpo;
Como Socorrer:
Perfuro cortantes e Escoriações.
 se houver sangramento comprimir o local;
 fazer um curativo;
 manter o curativo limpo e seco;
 proteger o ferimento para evitar contaminação.
Hemorragias
Hemorragia é a perda de sangue que acontece quando
há rompimento de veias ou artérias, provocadas por
cortes, tumores, úlceras, etc.
Existem 2 tipos de hemorragias, as externas (visíveis)
que devem ser estancadas imediatamente e as
internas (não visíveis), mas que podem levar a vítima à
morte.
Como Socorrer:
 manter a vítima deitada com a cabeça para o
lado;
 afrouxar suas roupas;
 manter a vítima agasalhada;
 procurar assistência médica imediatamente.
Fraturas
É um tipo de lesão onde ocorre a quebra de um osso.
Existem 2 tipos de fraturas:
- Exposta ou aberta: quando há o rompimento da pele.
Fraturas
- Interna ou fechada: quando não há o rompimento
da pele.
Em ambos os casos, acontece dor intensa,
deformação do local afetado, incapacidade de
movimento e inchaço.
Como Socorrer:
 imobilização;
 movimentar o menos possível;
 colocar gelo no local de 20 a 30 minutos;
 improvisar talas;
 proteger o ferimento com gase ou pano limpo
(para casos de fraturas expostas ou abertas).
Transporte de
Pessoas Acidentadas
O transporte adequado de feridos é de suma
importância. Muitas vezes, a vítima pode ter seu
quadro agravado por causa de um transporte feito de
forma incorreta e sem os cuidados necessários. Por
isso é fundamental saber como transportar um
acidentado.
Parada Cardiorespiratória
Parada Cardíaca

É preciso estar atento quando ocorrer uma parada


cardíaca, pois esta pode estar ligada a uma
parada respiratória e ambas acontecerem
simultaneamente.
Parada Cardiorespiratória
Parada Respiratória

É a parada da respiração por: afogamento,


sufocação, aspiração excessiva de gases
venenosos, soterramento e choque.
Mordeduras e Picadas
Os princípios de primeiros socorros, nos casos de
mordeduras e picadas são:
 limitar a disseminação de venenos específicos;
 tratar os venenos específicos;
 controlar qualquer sangramento;
 verificar se existe choques e problemas respiratórios,
tratando-os se necessário;
 evitar infecção pela limpeza da área mordida;
 procurar assistência médica.
Picadas de Cobras
Existem no Brasil, 4 grupos de serpentes
venenosas. As serpentes do grupo Bothrops
(jararacas) são responsáveis por 90% dos
acidentes. Seus sinais e sintomas são: dor,
edema, eritema e calor local.
Como Socorrer:
 mantenha a pessoa deitada e calma;
 não use garrotes ou torniquetes, pois estes
podem causar gangrena;
Como Socorrer:
 não fazer incisões ou cortes, pois existe risco de
hemorragia;
 limpe bem o local da picada com água;
 procure assistência médica.
Picadas de Aranhas e
Escorpiões
Os acidentes causados por picadas de aranhas e
escorpiões, com dor intensa, podem ser graves em
crianças e idosos.
Picadas de Aranhas e
Escorpiões
O reconhecimento da aranha ou escorpião, pode
ajudar na identificação do tratamento.
Se possível capture o animal para que possa ser
identificado.
Aranhas
As aranhas não são agressivas, picam apenas
quando molestadas.
 Tarântulas e Caranguejeiras, não são consideradas
perigosas, pois não causam sintomatologia grave.
 Armadeiras são venenosas e responsáveis pela
maioria dos acidentes graves.
Aranhas
 Viúvas Negras, não são agressivas e, quando
alguém é picado, apresenta uma elevação
avermelhada no local.
 Aranhas Marrons, não são agressivas, picam
somente quando não há possibilidade de fuga.
Em caso de acidente, seus sinais e sintomas são:
dor intensa, náuseas, vômitos, salivação,
sudorese, agitação, visão turva, febre e anemia.
Como Socorrer:
 Aplicar compressa no local da picada;
 Se a dor for intensa, procurar assistência médica
para receber soro.
Escorpiões
Os escorpiões (lacraus) não são agressivos, picam
somente para se defender e quando isso ocorre,
seus sinais e sintomas são: dor, náuseas, vômitos,
diarréia, dores no estômago, vontade constante de
urinar, dificuldade de respirar, palidez e sudorese.
Como Socorrer:
 manter a vítima em repouso;
 colocar compressas quentes;
 providenciar assistência médica.
Picadas de Insetos
Embora não sejam considerados animais
peçonhentos, existem insetos como: formigas,
pernilongos, mosquitos, pulgas, piolhos, percevejos,
borrachudos, mutucas, etc. Suas picadas podem
provocar reações graves e generalizadas, causando
os seguintes sinais e sintomas: dor intensa, inchaço,
náusea, vômito, tontura, sudorese, rigidez no
músculo e dificuldades de respiração.
Como Socorrer:
 manter a vítima em repouso;
 procurar assistência médica.
Picadas de Abelhas e
Vespas
Os acidentes causados por picadas de abelhas e
vespas, apresentam manifestações clínicas
distintas, dependendo da sensibilidade do
indivíduo ao veneno e do número de picadas.
Como Socorrer:
 tentar tirar o ferrão;
 colocar gelo;

 passar uma pomada anti-histamínica no local.

Obs.: No tratamento de pessoa sensibilizada ou de


múltiplas picadas, procurar assistência médica
com urgência.
Queimaduras
O contato com chamas, substâncias super-
aquecidas, a exposição excessiva à luz solar e
mesmo à temperatura ambiente muito elevada,
provocam reações no organismo, que podem se
limitar à pele ou afetar funções vitais.
As queimaduras podem ser de 1º grau, 2º grau e 3º
grau, cada uma delas com suas próprias
características.
Queimadura de 1º grau
Causa pele avermelhada, com edema e dor intensa.
Como Socorrer:
 resfriar o local com água corrente.
Queimadura de 2º grau
Causa bolhas sobre uma pele vermelha, manchada
ou de coloração variável, edema, exsudação e dor.
Como Socorrer:
 esfriar o local com água corrente;
 nunca romper as bolhas;
 nunca utilizar produtos caseiros, como: pó de café,
pasta de dente, etc.
Queimadura de 3º grau
Neste tipo de queimadura, a pele fica
esbranquiçada ou carbonizada, quase sempre com
pouca ou nenhuma dor (aqui incluem-se todas as
queimaduras elétricas).
Como Socorrer:
 não usar água;
 assistência médica é essencial;
 levar imediatamente ao médico.
MÓDULO V

Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida -


AIDS e Doenças Sexualmente
Transmissíveis - DST
O Sistema Imunológico
O organismo humano é protegido dos vírus e de outros
agentes invasores, como micróbios, bactérias e fungos,
pelo sistema imunológico, que podemos chamar de
defensor do corpo humano.
O Sistema Imunológico
Existem três componentes básicos do sistema
imunológico:
 as células do sangue;
 o sistema linfático, constituído de gânglios
espalhados pelo corpo;
 a medula, que tem como uma das principais
funções, produzir as células de defesa.
Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida - AIDS
O HIV, o vírus da Aids, é um retrovírus que, ao
invés de ter DNA, possui RNA, ou seja, no seu
processo de infecção da célula T4 hospedeira tem
que transformar seu RNA em DNA.
Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida - AIDS
Essa característica o torna muito variável, como
todo retrovírus. O HIV é da família lentivírus,
indicando que entre a infecção e a manifestação,
podem decorrer vários anos.
O Que Ocorre Quando o HIV
Entra no Organismo
Ao penetrar no corpo humano, e logo nas primeiras
semanas de infecção, o HIV aloja-se nos nódulos
linfáticos, que se tornam reservatórios do vírus -
98% das células de defesa ficam nesses nódulos e
não no sangue:
O Que Ocorre Quando o HIV
Entra no Organismo
o intestino também é um grande reservatório
dessas células. Nos nódulos linfáticos encontram-
se, no mínimo, 10 vezes mais HIV do que no
sangue. Nestes nódulos, o HIV pode ficar “inativo”
durante muito tempo.
AIDS e o Sexo
O HIV prolifera-se e cresce no sangue, no esperma
e nas secreções vaginais. No entanto, quando está
fora desses ambientes favoráveis, morre em pouco
tempo, em questão de segundos. Durante as
relações sexuais com penetração, ocorrem
pequenos ferimentos nos órgãos genitais, que, às
vezes, não são visíveis nem provocam dor.
AIDS e o Sexo
Esse é o caminho que o HIV percorre para
infectar o organismo.
Previnir-se da AIDS, no entanto, não é evitar o
sexo, deixar de sentir prazer, aproveitar o que a
vida tem de bom, isolar-se das pessoas, viver
relacionamentos sob um efeito terrorista.
Meios de Transmissão
Os únicos meios de transmissão do HIV são o Sangue,
o Esperma, a Secreção Vaginal e o Leite Materno.
Meios de Transmissão
O vírus da Aids também foi encontrado em
secreções corpóreas como o suor, a lágrima e a
saliva, mas nenhuma dessas secreções contém
quantidade de vírus (carga vital) suficiente para
que ocorra a infecção de outra pessoa.
Formas de Transmissão
Como sabemos que os meios de transmissão do
HIV são o sangue, o esperma, a secreção vaginal
e o leite materno, as formas de transmissão são:
 Sexual - Durante a relação sexual com
penetração anal, vaginal ou oral sem camisinha,
com pessoas infectadas.
Formas de Transmissão
 Sanguínea - Receber sangue contaminado, por
meio de transfusões, usando seringas e agulhas
ou materiais perfurocortantes, inseminação
artificial ou transplante de órgãos.
 Vertical ou Perinatal - Durante a gestação, parto
ou aleitamento, caso a mãe esteja infectada.
Meios e Formas de Prevenção
Como a transmissão do HIV nas relações sexuais é a mais
frequente forma de contaminação, começamos abordando
algumas formas de prevenção por meio da prática de sexo
mais seguro.
Meios e Formas de Prevenção
A definição de “sexo seguro” é muito ampla.
Cada um deve refletir sobre que comportamento
preventivo quer adotar sem abrir mão de ter prazer e
de práticas gostosas e naturais do ser humano.
Sexo Seguro
Sexo seguro (ou mais seguro) pode significar:
 usar camisinha desde o início da penetração,
seja anal, vaginal ou oral;
 não receber sêmen ejaculado dentro do seu
corpo;
 evitar contato oral com a vagina, ânus ou pênis
para uma relação 100% segura;
Sexo Seguro
 não ejacular na boca;
 masturbação a dois;
 carícias;
 massagem;
 abraços, beijos na boca e pelo corpo.
Como não se pega AIDS
 Usando camisinha em todo e qualquer tipo de
relação sexual, seja vaginal, oral ou anal;
 Dando abraço ou beijo em pessoa contaminada;
 Exigindo, nas transfusões, sangue analisado por
exames de laboratório;
Como não se pega AIDS
 Usando seringas e agulhas descartáveis;
 Exigindo uso de ferramentas médicas e
odontológicas devidamente esterilizadas;
 Exigindo a devida higiene de aparelhos de
manicure, acumpuntura, etc.;
Como não se pega AIDS
 Compartilhando roupas de cama, vaso sanitário ou
utensílios domésticos;
 Nadando na mesma piscina ou sentando na mesma
cadeira usada por pessoa contaminada;
Como não se pega AIDS
 Sendo picado por inseto;
 Doando sangue (desde que a agulha seja
descartável).
A importância da
Inclusão de Pessoas
com Deficiência no
mercado de trabalho
A inclusão de funcionários com algum tipo
de deficiência é um desafio e uma grande
oportunidade para as empresas. A Lei de
Cotas (art. 93 da Lei nº 8.213/91) determina
que empresas com 100 ou mais
funcionários devem ter uma parcela de
seus cargos reservada para pessoas com
deficiência, com porcentagem variável de
2% a 5% do quadro geral.
Esse processo de inclusão vai muito além de oferecer
empregos e gerar economia: ele tem o poder de gerar
um grande impacto social na vida do deficiente, já que o
fato de ser possível atuar em uma empresa sendo
remunerado e desempenhando um papel importante
traz de volta a dignidade e a sensação de ser útil à
sociedade. Outro ponto afetado positivamente é a
autoestima do deficiente, uma vez que este estabelece
uma relação de igualdade com seus companheiros de
trabalho.
Para os empregadores e empregados, é
uma oportunidade ímpar de conhecer de
perto as necessidades do outro e engajar
a empresa na luta contra preconceitos.
Cada vez mais empresas têm buscado
incluir deficientes no mercado de trabalho,
estimulando que os mesmos busquem
uma formação adequada e inserindo-os
cada vez mais na sociedade.
MÓDULO VI

Prevenção e Combate
à Incêndios
Como evitar um incêndio
O primeiro passo para se prevenir um incêndio, é
prevenir que surja o fogo.
As substâncias que tem a propriedade de pegar fogo
e queimar, são chamadas de combustíveis. Existem
3 tipos de combustíveis: sólidos, líquidos e gasosos.
Como evitar um incêndio
Além dos combustíveis, para que haja fogo, também é
necessário uma fonte de calor, que em alguns casos,
até o calor do sol é suficiente para combustão.
Como evitar um incêndio
Todo fogo é alimentado pelo oxigênio, portanto
completando o triângulo do fogo, existe o
comburente.
Eliminando-se qualquer um desses elementos, não
haverá fogo.
Calor
Energia inicial que provoque Calor

Comburente Combustível
OXIGÊNIO ACIMA DE 13% Sólidos, líquidos e gasosos
Recomendações para se evitar
o fogo
 Armazenagem adequada de materiais
combustíveis e inflamáveis;
 Cuidados com instalações elétricas;
 Instalação de para-raios;
Recomendações para se evitar
o fogo
 Manter ordem e limpeza;
 Cuidado com fumantes;
 Riscos de faíscas e fagulhas.
Classes de Fogo
 CLASSE “A”: São materiais de fácil combustão,
queimam tanto na superfície como em
profundidade, deixando resíduos. Ex.: madeira,
papel, etc.
Classes de Fogo
 CLASSE “B”: São os produtos que queimam
somente na superfície. Ex.: gasolina, óleos,
graxas, etc.
Classes de Fogo
 CLASSE “C”: Ocorre em equipamentos elétricos
energizados. Ex.: motores, quadros de
distribuição, etc.
Classes de Fogo
 CLASSE “D”: Ocorre em materiais pirofóricos
como magnésio, zircônio, titânio, etc.
Tipos de Extintores
 Dióxido de Carbono, mais conhecido como CO2,
usado preferencialmente nos incêndios classe “B”
e “C”.
Tipos de Extintores
 Pó Químico Seco (PQS), usado nos incêndios
classe “B” e “C”. Em materiais pirofóricos (classe
“D”), será utilizado um pó químico especial.
Tipos de Extintores
 Água Pressurizada (AP), usado principalmente em
incêndios de classe “A”. Em incêndios de classe
“C”, só deve ser utilizado sob forma de neblina.
Nunca utilizar este tipo de extintor em incêndios
de classe “B”.
Inspeção de Extintores
Todo extintor deverá ter uma ficha de controle
de inspeção, devendo ser inspecionado no
mínimo 1 vez por mês, sendo observado seu
aspecto externo, os lacres, manômetros e se os
bicos e válvulas de alívio não estão entupidas.
Inspeção de Extintores
Cada extintor deverá ter em seu bojo, uma
etiqueta contendo data de carga, teste
hidrostático e número de identificação.
Localização e Sinalização
dos Extintores
 Os extintores deverão ser instalados em locais de
fácil acesso e visualização;
 Os locais destinados aos extintores devem ser
sinalizados por um círculo vermelho ou uma seta
larga vermelha com bordas amarelas;
Localização e Sinalização
dos Extintores
Embaixo do extintor, no piso, deverá ser pintada
uma área de no mínimo 1m x 1m, não podendo ser
obstruída de forma nenhuma;
 Sua parte superior não poderá estar a mais de
1,60 m acima do piso;
Localização e Sinalização
dos Extintores
 Extintores não poderão estar instalados em
paredes de escadas e não poderão ser encobertos
por pilhas de materiais.
MÓDULO VII

Norma Regulamentadora 6 –
Equipamento de Proteção
Individual
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI’s
É todo meio ou dispositivo de uso individual,
destinado a proteger a saúde e a integridade
física do trabalhador. Quando não for possível
eliminar o risco, ou neutralizá-lo através de
medidas de proteção coletiva, implanta-se o
Equipamento de Proteção Individual - EPI.
Equipamentos de Proteção
Individual - EPI’s
Como exemplo temos a proteção contra quebra
de agulha, instalada nas máquinas, quando não
for possível adotar tal medida, ou durante a fase
de implantação, adota-se o uso de óculos de
proteção.
Atribuições:
A recomendação ao empregador, quanto ao EPI
adequado ao risco existente às diversas atividades
será:
 Do Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT;
Atribuições:
 Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -
CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o
SESMT;
Nas empresas desobrigadas de manter CIPA,
cabe ao empregador, mediante orientação técnica,
fornecer o EPI adequado à proteção da integridade
física do trabalhador.
Obrigações do empregador
quanto ao EPI:
 Adquirir o tipo adequado à atividade do
empregado;
 Fornecer ao empregado somente EPI aprovado
pelo Ministério do Trabalho;
 Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
Obrigações do empregador
quanto ao EPI:
 Tornar obrigatório o seu uso;
 Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou
extraviado;
 Responsabilizar-se pela sua higienização e
manutenção periódica.
Obrigações do empregado
quanto ao EPI:
 Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que
o torne impróprio para uso.
Equipamentos de Proteção
Coletivas - EPC’s
São os equipamentos que neutralizam o risco na fonte, dispensando, em
determinados casos, o uso dos equipamentos de proteção individual.
Equipamentos de Proteção
Coletivas - EPC’s
Quando instalamos, por exemplo, o protetor contra
quebra de agulha, estamos atuando sobre o
ambiente de trabalho, esta medida é chamada de
proteção coletiva, pois protege o conjunto de
trabalhadores.
BEATRIZ DE LIMA
2023

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