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Notas de Aula
Engenharia Química
reinaldo_a_cardoso@hotmail.com
2013
Prof. Reinaldo 1
Termodinâmica Aplicada
Bibliografia
Principal:
1. “Princípios de Termodinâmica para Engenharia”, M. J. Moran, H. N. Shapiro
2. “Introdução à Termodinâmica para Engenharia”, R. E. Sonntag, C. Borgnakke
3. “Introdução à Termodinâmica da Engenharia Química”, J.M. Smith, H.C. van
Ness
Apoio:
1. “The properties of gases and liquids”, R.C. Reid, J.M. Prausnitz, B.E. Poling.
2. “Fundamentos da Termodinâmica Clássica”, G.J. van Wylen, R.E. Sonntag.
3. “Manual Termotécnico”, W. Trevisan.
4. “Físico Química”, G.W. Castellan.
Prof. Reinaldo 2
Termodinâmica Aplicada
Prefácio
Este texto tem como objetivo servir de guia para o estudante de Engenharia
Química da Escola de Química das Faculdades Oswaldo Cruz durante a evolução da
disciplina de Termodinâmica Aplicada.
Em nenhum momento deve-se imaginar que o conteúdo deste texto é completo
no sentido de conter todas as informações e tópicos que serão discutidos nas aulas,
nos exercícios e demais atividades ou de reunir todos os tópicos de avaliação.
A participação ativa nas aulas, a consulta à bibliografia e a pesquisa por
iniciativa própria fazem parte integrante do curso e da vida do Engenheiro e devem
ser praticadas como parte fundamental do curso.
São também fornecidos como parte integrante deste guia, tabelas, gráficos e
planilhas de domínio público que podem ser usados livremente para desenvolvimento
das atividades do curso; todo o material é disponibilizado de boa fé e todo o esforço
possível para garantir sua correção e precisão foi empregado na sua elaboração. O
autor, no entanto, não se responsabiliza pelo uso desse material de apoio em
atividades estranhas ao curso de Termodinâmica Aplicada.
Poeminha quântico
Partículas subatômicas
se comportam de um jeito
quando são observadas
e de outro quando estão sós.
Como, aliás,
todos nós.
Prof. Reinaldo 3
Termodinâmica Aplicada
Conteúdo Programático:
1. Introdução à Termodinâmica ....................................................................................................... 6
1.1. Definições e termos fundamentais ....................................................................................... 6
1.2. Grandezas fundamentais e suas unidades............................................................................. 9
1.3. Grandezas derivadas e suas unidades ................................................................................... 9
1.4. Lei Zero da Termodinâmica e suas aplicações................................................................... 11
1.5. Estados da matéria e mudança de estado, diagramas T x v................................................ 11
1.6. Tabelas de propriedades, diagramas P x v ......................................................................... 14
1.6.1. Aplicação: Estimativa de densidades usando as tabelas e diagramas ............................ 15
1.7. Dedução da expressão geral para trabalho de compressão e expansão .............................. 16
2. O Primeiro Princípio da Termodinâmica (PPT)......................................................................... 17
2.1. Modelo matemático para sistemas fechados ...................................................................... 18
2.2. Modelo matemático para sistemas abertos ......................................................................... 18
2.3. Entalpia............................................................................................................................... 18
2.4. Tabelas de propriedades, diagramas P x h ......................................................................... 19
2.5. Propriedades dos gases ideais ............................................................................................ 20
2.6. Aplicação: Balanço de energia em sistemas isobáricos ..................................................... 21
2.7. Aplicação: Pressurização de sistemas expostos ao calor ................................................... 22
2.8. Aplicação: Balanço de energia em sistemas de escoamento .............................................. 24
2.9. Aplicação: Balanço de energia em válvulas e outras restrições ......................................... 25
3. Compressão e expansão de gases ............................................................................................... 26
3.1. Compressão e expansão isotérmica – Teoria e Aplicação ................................................. 26
3.1.1. Desenvolvimento do modelo matemático (para gás ideal) ............................................ 26
3.1.2. Aplicação: Compressores a pistão refrigerados ............................................................. 27
3.2. Compressão e expansão adiabática – Teoria e Aplicação .................................................. 27
3.2.1. Desenvolvimento do modelo matemático (para gás ideal) ............................................ 27
3.2.2. Aplicação: Compressores de deslocamento positivo ..................................................... 29
3.2.3. Aplicação: Expansores ................................................................................................... 30
3.3. Compressão politrópica – Teoria e Aplicação ................................................................... 31
3.3.1. Desenvolvimento do modelo matemático (para gás ideal) ............................................ 31
3.3.2. Aplicação: Compressores centrífugos e axiais ............................................................... 32
3.3.3. Generalização para processo politrópico de gás não ideal ............................................. 33
3.4. Efeito Joule-Thomson (JT)................................................................................................. 33
3.4.1. Aplicação: Refrigeração por expansão........................................................................... 34
4. O Segundo Princípio da Termodinâmica (SPT)......................................................................... 36
4.1. Enunciados do SPT ............................................................................................................ 37
4.2. Aplicação dos enunciados em sistemas de potência e refrigeração ................................... 38
4.3. Eficiência de ciclos............................................................................................................. 40
4.3.1. Escalas de temperatura ................................................................................................... 41
4.3.2. O ciclo de Carnot............................................................................................................ 41
4.4. Entropia .............................................................................................................................. 43
4.4.1. Desigualdade de Clausius............................................................................................... 43
4.5. Tabelas de propriedades, diagramas T x s e h x s .............................................................. 44
4.6. Aplicação: Expansores e turbinas (modelagem alternativa) .............................................. 44
4.7. Aplicação: Compressores e bombas (modelagem alternativa) .......................................... 45
4.8. Aplicação: Ciclos de potência a vapor ............................................................................... 46
4.8.1. Ciclo de Rankine simples ............................................................................................... 46
4.8.2. Melhorias no Ciclo de Rankine – Superaquecimento do vapor ..................................... 48
4.8.3. Melhorias no Ciclo de Rankine – Reaquecimento do vapor .......................................... 49
4.8.4. Melhorias no Ciclo de Rankine – Regeneração ............................................................. 50
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Termodinâmica Aplicada
4.9. Aplicação: Ciclos de refrigeração e bombas de calor ........................................................ 51
4.9.1. Ciclo de refrigeração por compressão e evaporação: ..................................................... 51
4.9.2. Ciclo de refrigeração por compressão e evaporação em vários estágios: ...................... 52
4.9.3. Bomba de calor (uso em destilação): ............................................................................. 54
5. Estimativa de propriedades dos fluidos não- ideais .................................................................... 55
5.1. O fator de compressibilidade e o PEC ............................................................................... 55
5.2. Densidade de gases pela equação do virial ........................................................................ 57
5.2.1. Estimativa do coeficiente do virial ................................................................................. 58
5.3. Densidade de gases por equações de estado (EOS) cúbicas .............................................. 59
5.4. Densidade de líquidos por equações empíricas e semi-empíricas...................................... 61
5.5. Entalpia e entropia de gases e líquidos............................................................................... 62
5.5.1. Relações matemáticas entre as propriedades termodinâmicas ....................................... 62
5.5.2. Estimativa de h e s para gases – Funções de excesso..................................................... 63
5.5.3. Estimativa das funções de excesso pela equação do virial............................................. 64
5.5.4. Estimativa das funções de excesso pelas equações cúbicas ........................................... 65
5.5.5. Estimativa de h e s para líquidos .................................................................................... 65
5.5.6. Psicrometria (Umidificação e Secagem) ........................................................................ 67
5.5.7. Torres de Resfriamento .................................................................................................. 71
6. Anexos : Tabelas e Gráficos....................................................................................................... 76
6.1. Tabela de propriedades da água: líquido e vapor saturados ............................................... 77
6.2. Tabela de propriedades da água: líquido subresfriado e vapor superaquecido .................. 78
6.3. Tabela de propriedades da amônia (R-717) ....................................................................... 79
6.4. Diagramas P x h: ................................................................................................................ 80
6.4.1. Metano (R-50) ................................................................................................................ 80
6.4.2. Amônia (R-717) ............................................................................................................. 80
6.4.3. Freon-12 (R-12).............................................................................................................. 80
6.4.4. Freon-22 (R-22).............................................................................................................. 80
6.5. Fator generalizado de compressibilidade (Z) ..................................................................... 81
6.6. Diagrama psicrométrico para o nível do mar ..................................................................... 82
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Termodinâmica Aplicada
1. Introdução à Termodinâmica
Termodinâmica é a disciplina que estuda a energia, suas diferentes
manifestações (como calor e trabalho) e as mudanças nas propriedades das
substâncias e sistemas relacionadas com essas manifestações de energia.
Os princípios da Termodinâmica são aplicados pelos Engenheiros de diferentes
modalidades para projetar, construir, operar ou modificar instalações de forma a
conseguir melhor desempenho, maiores volumes de produção, menores consumos de
matéria-prima, melhor utilização da energia, menor impacto ambiental e melhor
retorno econômico.
Fronteira
Vizinhanças ou Meio
Figura 1: Sistema, fronteira e vizinhanças
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Termodinâmica Aplicada
Prof. Reinaldo 7
Termodinâmica Aplicada
Massa
Processo
Gás
Gás
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Termodinâmica Aplicada
ma
F [1.1]
gc
kg m lb ft kg m
gc 1 32,174 9,80665 [1.2]
N s 2
lbf s 2
kgf s 2
V 1
v [1.3]
m
b) Pressão:
A pressão é expressa em Pascal (Pa) no SI, mas usa-se com freqüência o bar.
Nos cálculos de Termodinâmica é necessário usar a pressão absoluta que é
aquela lida nos manômetros (pressão manométrica) acrescida da pressão
atmosférica local.
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Termodinâmica Aplicada
P atmosférica 0 bar
Vácuo Pressão
Total Atmosférica
Local
c) Energia:
d) Calor e Trabalho:
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Termodinâmica Aplicada
Temperatura
Ponto de ebulição
Ponto de fusão
f) Temperatura:
A escala usada será e escala Celsius ( oC) que é referenciada ao ponto triplo da
água e a escala Kelvin (K) que é a escala absoluta associada.
“Se dois corpos têm igualdade de temperatura com um terceiro então eles
têm igualdade de temperatura entre si.”
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Termodinâmica Aplicada
500
450
400
Ponto crítico
300
250
100
50
LSR @ 10 bar e 25 oC
0
0.0001 0.0010 0.0100 0.1000 1.0000 10.0000 100.0000 1000.0000
Volume específico [m3/kg]
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Termodinâmica Aplicada
mV mV
X [1.4]
mT mL mV
VT VL VV
vT mT v LS mLS vVS mVS
vT (1 X ) v LS X vVS [1.5]
X
vT vLS
vVS vLS
T (1 X ) LS vVS
X T
LS
[1.6]
VS LS
v , h , s , etc
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Termodinâmica Aplicada
Qualquer par de propriedades de estado pode ser usado como base para
elaboração de um diagrama de fases.
Os diagramas de uso mais comum na Termodinâmica são os diagramas Txv (visto
acima), Pxv, Txs, Pxh e hxs. Todos os pontos notáveis e o conceito de título se aplicam
de forma análoga para cada um deles; apenas a aparência do gráfico se altera em
função da escolha das variáveis.
Abaixo temos o diagrama Pxv para a água com os mesmos pontos notáveis
aplicados para comparação. Os demais diagramas serão apresentados e utilizados ao
longo do curso.
1000.0
Ponto crítico
100.0
VSA @ 10 bar e 350 oC
25% Vapor @ 10 bar
VS @ 10 bar
LS @ 10 bar
Pressão [bar]
10.0
LSR @ 10 bar e 25 oC
1.0
0.1
0.0001 0.0010 0.0100 0.1000 1.0000 10.0000 100.0000 1000.0000
Volume específico [m3/kg]
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Termodinâmica Aplicada
Exercício 1:
Usando as tabelas completas de propriedades da água determine:
Exercício 2:
Um vaso cilíndrico de 20 m3 de volume total sofre uma injeção de vapor saturado a 1
bar até que todo o ar tenha sido expulso. Quando totalmente cheio com vapor
saturado a 1 bar, todas as entrada e saídas do vaso são bloqueadas e ele é deixado em
repouso até se equilibrar com a temperatura ambiente de 25 oC.
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Termodinâmica Aplicada
dW F dx
dW P A dx
dW P A dx
dW P dV [1.7]
V2
W P dV
V1
Notar que, neste curso, usaremos a convenção de sinais que atribui o SINAL
POSITIVO a toda a energia que entra em um sistema (como calor ou trabalho) e o
SINAL NEGATIVO a toda a energia que sai de um sistema (como calor ou trabalho).
Essa convenção é a razão do sinal negativo na expressão [1.7].
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Termodinâmica Aplicada
DZ
Resposta:
Essa energia fica contida na água sob a forma de “Energia Interna” (U).
A energia interna está associada com a energia contida nas moléculas na forma
de vibração, translação, rotação e de interações das moléculas com seus campos de
força.
DU do Calor ou Trabalho
Sistema
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Termodinâmica Aplicada
DU Q W
[2.2]
dU d Q d W
DU do
Calor ou Trabalho
Sistema
2.3. Entalpia
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Termodinâmica Aplicada
H U P V
DH DU DP V [2.4]
dH dU d P V
Uma vez que a entalpia é uma função de estado, é possível construir diagramas
usando h ao invés de v como coordenada. O diagrama para a água é mostrado abaixo
com os mesmos pontos notáveis das Figuras 6 e 7 para comparação.
1000.0
Ponto crítico
100.0
VS @ 10 bar
LS @ 10 bar
Pressão [bar]
10.0
LSR @ 10 bar e 25 oC
1% Vapor @ 10 bar
1.0
0.1
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Entalpia específica [kJ/kg]
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Termodinâmica Aplicada
Exercício 3:
Usando as tabelas completas de propriedades da água determine:
P v R T
P PM
R T [2.6]
P1 v1 P2 v 2
T1 T2
u u
du dT dv (válida para qualquer gás ideal ou não)
T V v T
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Termodinâmica Aplicada
h h
dh dT dP (válida para qualquer gás ideal ou não)
T P P T
h u Pv mas P v R T
h u R T
dh du R dT
[2.9]
Cp dT Cv dT R dT
Cp Cv R
Cp Cv R
du d q d w
du d q P dv
du d q d P v [2.10]
d q du d P v
d q dh
Resposta:
A maior parte dos processos químicos ocorre com variações de pressão relativamente
pequenas e podem ser considerados isobáricos. A estimativa de Q pode ser obtida
normalmente com boa precisão. Os processos fortemente não isobáricos (como
pressurizações em sistemas fechados, compressores, expansores, etc) não podem ser
calculados segundo a premissa acima.
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Termodinâmica Aplicada
Exercício 4:
Um fazendeiro pretende aumentar suas receitas instalando um biodigestor onde
o resíduo orgânico da plantação e do rebanho produzirá metano que poderá ser usado
como combustível para a secagem de grãos na cooperativa.
O metano produzido será armazenado em dois gasômetros selados a água como
na figura abaixo. O peso do gasômetro é tal que a pressão de gás poderá ser mantida
em 3 bar em qualquer nível de enchimento.
O fazendeiro pretende que o gasômetro “A” esteja cheio até uma altura de 5
metros pela manhã quando ele poderá alinhar o gás para o consumidor enquanto o
biodigestor enche o gasômetro “B”.
Antecipando que possa haver um problema qualquer na cooperativa e que o
tanque cheio possa ficar até seis horas exposto ao sol sem consumo de gás, ele decide
encomendar um cilindro de 5,1 m de altura total de forma que o gás possa expandir
sob a ação do sol.
Você é o inspetor da companhia de seguros com a qual o fazendeiro pretende
segurar a instalação contra acidentes e lucros cessantes. Elabore um laudo técnico
verificando se o gasômetro é seguro no cenário apresentado.
Assuma as seguintes hipóteses e dados:
gás = metano (considere gás ideal)
massa molecular = 16,043 kg/kmol
Cp = 36,256 kJ/(kmol.K)
Temperatura inicial do gás = 25 oC.
Insolação local = 2.800 kJ/h
Diâmetro do gasômetro (parte móvel) = 10 m
METANO PARA
CONSUMIDOR
Metano
GASÔMETRO A GASÔMETRO B
Água Água
METANO DO
BIODIGESTOR
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Termodinâmica Aplicada
Exercício 5:
Um vaso metálico rígido cilíndrico de 0,75 m de diâmetro interno e 2,5 m de
altura foi projetado para operar pressurizado com butadieno-1,3 como vapor saturado
a 30 oC.
No caso de irromper um incêndio, esse vaso tende a absorver calor das
vizinhanças e a pressão deve aumentar na medida em que ele se aquece. Para a
proteção do vaso, uma válvula de segurança operada por mola foi instalada e calibrada
para abrir quando a pressão interna atingir 5,5 bar (máxima pressão de projeto
mecânico).
Considere as seguintes propriedades termodinâmicas para o butadieno (que
pode ser assumido como gás ideal):
Substância = 1,3-BUTADIENE
FORMULA = C4H6 Fórmula molecular
MOLWT = 54.092 Massa molecular
TFP = 164.3 K Temperatura normal de fusão
TB = 268.7 K Temperatura normal de ebulição
TC = 425 K Temperatura crítica
PC = 42.7 atm Pressão crítica
VC = 221 cm3/gmol Volume crítico
ZC = 0.27 Fator de compressibilidade crítico
OMEGA = 0.195 Fator acêntrico
LIQDEN = 0.621 g/cm3 Densidade do líquido na temperatura ref.
TDEN = 293 K Temperatura de ref. para densidade do líq.
DIPM = 0 debyes Momento dipolar
CPVAP A = -0.403 Coeficientes da eq. do Cp do gás ideal :
CPVAP B = 0.08165
Cp=A+BxT+CxT2+DxT3
CPVAP C = -0.00005589
T em K e Cp em cal/(gmolxK)
CPVAP D = 1.513E-08
VISB = 300.59 Coeficientes da eq. da visc. do líquido :
log(Visc) = VISB x (1/T - 1/VISTO)
VISTO = 163.12
T em K e Visc em cP
DELHG = 26.33 kcal/gmol Entalpia padrão de formação a 298 K
Energia Livre padrão de formação a 298 K e
DELGF = 36.01 kcal/gmol
1 atm
ANTA = 15.7727 Coeficientes da eq. de Antoine :
ANTB = 2142.66
ln(Pv)=A - B/(T + C)
ANTC = -34.3
T em K e Pv em mmHg
TMX = 290 K
(válida entre as temperaturas TMN e TMX)
TMN = 215 K
HARA = 0 Coeficientes da eq. de Harlacher :
HARB = 0
ln(Pv)=A + B/T + Cxln(T) + DxPv/T2
HARC = 0
T em K e Pv em mmHg
HARD = 0
HV = 5370 cal/gmol Entalpia de vaporização em TB
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Termodinâmica Aplicada
v2 g
Du DP v D Dz q we
2 gc gc
DP v2
D Dz DJ w
g 2 g
Exercício 6:
Uma turbina a vapor é usada para acionar um gerador de energia el étrica.
Nessa instalação, 5.000 kg/h de vapor são admitidos em uma tubulação de 4” de
diâmetro interno a 20 bar e 370 oC. O vapor é conduzido até a turbina onde se
expande e abandona a turbina por uma tubulação de 10” de diâmetro interno como
vapor saturado a 1 bar.
As perdas de calor devido a isolamento imperfeito das tubulações e pela
carcaça da turbina totalizam 30.000 kJ/h.
Sabe-se ainda que os pontos de medição de temperatura e pressão do vapor na
entrada e na saída da turbina estão respectivamente a 5 e 3 m de altura em relação ao
solo.
Qual a potência fornecida pela turbina?
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Termodinâmica Aplicada
v2 g
Dh D Dz q we
2 gc gc
[2.11]
v2
Dh D 0
2 gc
Dh 0 [2.12]
Exercício 7:
Amônia gasosa é transportada a 15 bar e 75 oC em uma tubulação de aço. Um
processo corrosivo provoca o aparecimento de um pequeno furo no tubo por onde a
amônia vaza para o ambiente. Estime a temperatura da amônia após passar pelo furo.
Admita a pressão ambiente de 1 bar.
Exercício 8:
Amônia gasosa é transportada como vapor saturado a 15 bar em uma tubulação
de aço. Um processo corrosivo provoca o aparecimento de um pequeno furo no tubo
por onde a amônia vaza para o ambiente. Estime a temperatura da amônia após passar
pelo tubo, Admita a pressão ambiente de 1 bar.
Exercício 9:
Amônia transportada como líquido saturado a 15 bar em uma tubulação de aço.
Um processo corrosivo provoca o aparecimento de um pequeno furo no tubo por onde a
amônia vaza para o ambiente. Estime a temperatura e estado físico da amônia após
passar pelo tubo, Admita a pressão ambiente de 1 bar.
Prof. Reinaldo 25
Termodinâmica Aplicada
P v R T
P v Constante
du d q d w
CV dT d q d w
d q d w
q w
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Termodinâmica Aplicada
Exercício 10:
Um compressor de ar deve produzir 10 Nm3/hi de ar comprimido a 7 bar a
partir de ar atmosférico a 1 bar e 30 oC.
O compressor possui um pistão refrigerado a água de forma que opera
isotermicamente.
Calcule a potência necessária para o motor do compressor e plote em um
diagrama P x v o processo de compressão descrito.
Suponha que o ar possa ser considerado um gás ideal em toda a faixa de
trabalho do compressor e considere o pistão como um sistema fechado durante a
compressão.
du d q d w
du d w
CV dT P dv
R T
CV dT dv
v
dT R dv
T CV v
[3.2]
C P CV R
CP R
1
CV CV
k 1 R
CV
i 0 o C e 1 atm
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Termodinâmica Aplicada
dT R dv
T CV v
k 1
dT dv
T v
T v
ln 2 k 1 ln 2
T1 v1
T T P
ln 2 k 1 ln 2 1
T1 T1 P2
T P
k ln 2 k 1 ln 2
T1 P1
k 1
T2 k
r
T1
P1 v1 P2 v2
T1 T2
T2 P2 v2
T1 P1 v1
k 1
P2 k P2 v2
P1 P1 v1
P1 v1k P2 v2k
P v k Constante
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Termodinâmica Aplicada
w v dP
1
dP
w P v1
k
1
Pk
k k
1 k k 1 k 1
w R T1 P1 k P2 P1 k
k 1
k 1
k R T1 P2 k
w 1
k 1 P1
wA
wREAL [3.3]
A
Exercício 11:
Repita os cálculos do exercício 10 supondo agora que o compressor tivesse o
pistão isolado e operasse adiabaticamente. Admita o Cp do ar como gás ideal
constante e igual a 29.3 kJ/(kmol.K).
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Termodinâmica Aplicada
Exercício 12:
Uma instalação de distribuição de gás natural recebe uma carga constituída
basicamente por metano a 100 bar e 20 oC e deve reduzir a pressão para 10 bar para
possibilitar o envio aos consumidores. A redução de pressão é feita passando o gás por
um expansor acoplado a um gerador de energia elétrica.
Admitindo o metano como gás ideal com Cp constante e igual ao valor calculado a
o
20 C e que o expansor comporte-se adiabaticamente calcule a potência desenvolvida
no expansor e a temperatura do metano na saída desse expansor.
Substância = METHANE
FORMULA = CH4 Fórmula molecular
MOLWT = 16.043 Massa molecular
TFP = 90.7 K Temperatura normal de fusão
TB = 111.7 K Temperatura normal de ebulição
TC = 190.6 K Temperatura crítica
PC = 45.4 atm Pressão crítica
VC = 99 cm3/gmol Volume crítico
ZC = 0.288 Fator de compressibilidade crítico
OMEGA = 0.008 Fator acêntrico
LIQDEN = 0.425 g/cm3 Densidade do líquido na temperatura ref.
TDEN = 111.7 K Temperatura de ref. para densidade do líq.
DIPM = 0 debyes Momento dipolar
CPVAP A = 4.598 Coeficientes da eq. do Cp do gás ideal :
CPVAP B = 0.01245
Cp=A+BxT+CxT2+DxT3
CPVAP C = 0.00000286
T em K e Cp em cal/(gmolxK)
CPVAP D = -2.703E-09
VISB = 114.14 Coeficientes da eq. da visc. do líquido :
log(Visc) = VISB x (1/T - 1/VISTO)
VISTO = 57.6
T em K e Visc em cP
DELHG = -17.89 kcal/gmol Entalpia padrão de formação a 298 K
Energia Livre padrão de formação a 298 K e
DELGF = -12.15 kcal/gmol
1 atm
ANTA = 15.2243 Coeficientes da eq. de Antoine :
ANTB = 897.84
ln(Pv)=A - B/(T + C)
ANTC = -7.16
T em K e Pv em mmHg
TMX = 120 K
(válida entre as temperaturas TMN e TMX)
TMN = 93 K
HARA = 30.715 Coeficientes da eq. de Harlacher :
HARB = -1300.61
ln(Pv)=A + B/T + Cxln(T) + DxPv/T2
HARC = -2.641
T em K e Pv em mmHg
HARD = 0.442
HV = 1955 cal/gmol Entalpia de vaporização em TB
Prof. Reinaldo 30
Termodinâmica Aplicada
P v n cte n 1
1
P n
P1 v1n P2 v2n v1 2 v2
P1
1 n 1
P1 v1 P2 v2 P P n P T P n
1 2 2 2 2
T1 T2 T1 P1 T2 T1 P1
n k
P [3.5]
n 1 k 1
wA wP
wREAL [3.6]
A p
Prof. Reinaldo 31
Termodinâmica Aplicada
Exercício 13:
O butadieno-1,3 é uma matéria-prima importante para a indústria da borracha
sintética. Em razão de sua reatividade é possível polimerizá-lo com facilidade
originando um substituto da borracha natural de boa qualidade e aplicável na
formulação de vários produtos (pneus, luvas, adesivos, etc). A reatividade do
butadieno-1,3 impõe, no entanto, sérias limitações ao seu manuseio. Ele deve sofrer
injeção de agentes antipolimerizantes para ser armazenado, não deve ser estocado
por longos períodos mesmo em temperatura ambiente, não deve ter contato com
agentes oxidantes e não pode ser aquecido a mais de 100 oC durante sua purificação.
Uma patente recente descreve um processo de purificação a baixa pressão no
qual o butadieno gasoso é produzido quase puro por absorção e dessorção com
solvente seletivo a apenas 2 bar e 60 oC e, em seguida, é comprimido até a pressão de
condensação a essa temperatura. Os agentes inibidores de polimerização são
adicionados na fase líquida após a condensação antes de enviá-lo ao armazenamento e
distribuição. Admitindo que o processo de compressão seja politrópico com eficiência
de 75% e que o butadieno possa ser considerado um gás ideal nas condições do
processo com Cp constante e igual ao valor calculado a 60 oC, avalie se as condições
propostas nesse processo são coerentes com as boas práticas de manuseio descritas
acima.
Discuta uma solução para qualquer desvio identificado.
Propriedades de substâncias puras.
fonte : "The proprties of Gases and Liquids", Prausnitz, Reid e Sherwood
Substância = 1,3-BUTADIENE
FORMULA = C4H6 Fórmula molecular
MOLWT = 54.092 Massa molecular
TFP = 164.3 K Temperatura normal de fusão
TB = 268.7 K Temperatura normal de ebulição
TC = 425 K Temperatura crítica
PC = 42.7 atm Pressão crítica
VC = 221 cm3/gmol Volume crítico
ZC = 0.27 Fator de compressibilidade crítico
OMEGA = 0.195 Fator acêntrico
LIQDEN = 0.621 g/cm3 Densidade do líquido na temperatura ref.
TDEN = 293 K Temperatura de ref. para densidade do líq.
DIPM = 0 debyes Momento dipolar
CPVAP A = -0.403 Coeficientes da eq. do Cp do gás ideal :
CPVAP B = 0.08165
Cp=A+BxT+CxT2+DxT3
CPVAP C = -0.00005589
T em K e Cp em cal/(gmolxK)
CPVAP D = 1.513E-08
VISB = 300.59 Coeficientes da eq. da visc. do líquido :
log(Visc) = VISB x (1/T - 1/VISTO)
VISTO = 163.12
T em K e Visc em cP
DELHG = 26.33 kcal/gmol Entalpia padrão de formação a 298 K
Energia Livre padrão de formação a 298 K e
DELGF = 36.01 kcal/gmol
1 atm
ANTA = 15.7727 Coeficientes da eq. de Antoine :
ANTB = 2142.66
ln(Pv)=A - B/(T + C)
ANTC = -34.3
T em K e Pv em mmHg
TMX = 290 K
(válida entre as temperaturas TMN e TMX)
TMN = 215 K
HARA = 0 Coeficientes da eq. de Harlacher :
HARB = 0
ln(Pv)=A + B/T + Cxln(T) + DxPv/T2
HARC = 0
T em K e Pv em mmHg
HARD = 0
HV = 5370 cal/gmol Entalpia de vaporização em TB
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Termodinâmica Aplicada
h
dh C P dT dP
P T
h
0 C P dT dP [3.8]
P T
h T
C P
P T dP h
h
C P JT
P T
[3.9]
dh C P dT C P JT dP
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Termodinâmica Aplicada
Exercício 14:
Os processos industriais que se utilizam de temperaturas muito baixas para a
purificação de certas substâncias são chamados processos criogênicos.
Dentre os vários processos criogênicos de importância destacam-se os de
liquefação do ar atmosférico através dos quais o ar é fracionado em oxigênio e
nitrogênio quase puros. O oxigênio é de vital importância para a purificação do aço e o
nitrogênio para a produção de amônia e fertilizantes.
O processo de liquefação de ar mais tradicional é o processo Linde. Para atingir
as baixas temperaturas necessárias para liquefazer o ar sem recorrer a caros
sistemas de refrigeração, este processo usa uma etapa de auto-refrigeração que se
aproveita do efeito JT.
Uma corrente de ar comprimida a 35 bar e resfriada contra água até 40 oC
alimenta um trocador de calor a placas onde é resfriada até temperaturas muito
baixas (aprox. -140 oC) e parcialmente liquefeita (título de cerca de 98,5%).
A pequena fase líquida formada é separada no vaso e enviada para o
fracionamento enquanto a fase gasosa é expandida em uma válvula até cerca de 2 bar.
Pelo efeito JT a temperatura da fase gasosa cai a menos de -185 oC e essa
corrente fria é usada para refrigerar o trocador a placas e é liberada na atmosfera a
37 oC.
Apesar da pequena produção de ar liquefeito, os únicos gastos significativos
dessa unidade são a energia para comprimir o ar e a água de resfriamento.
Trocador de
calor a placas
6 5
Válvula de
1 expansão
4
Vaso de
separação
a) Com base na descrição acima complete a tabela com os valores das variáveis de
processo para uma alimentação de 1.000 kg/s de ar atmosférico.
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Termodinâmica Aplicada
Corrente 1 2 3 4 5 6
Vazão
(kg/s)
Temperatura
(oC)
Pressão
(bar)
b) Usando uma equação de estado simples, pode-se derivar a seguinte expressão para
o coeficiente JT a partir das expressões de [3.9]:
2a
b
R T
JT
Cp
para o nitrogênio:
a 1,34 L2 atm mol 2
b 0,039 L mol 1
Cp 5 cal mol 1 K 1
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Termodinâmica Aplicada
Zo > 0
Zo > Z > 0
Z= 0
determinar as condições de equilíbrio final além das quase um processo não avança,
estabelecer o melhor desempenho teórico de processos cíclicos e
avaliar quais as restrições impedem a melhoria de desempenho de um processo em
estudo.
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Termodinâmica Aplicada
Enunciado de Clausius:
“ É impossível para qualquer sistema operar de maneira que o único resultado seja a
transferência de energia sob a forma de calor de um corpo mais frio para um corpo
mais quente.”
FONTE QUENTE
Q2 Q2
Q Q W
CICLO CICLO
TERMODI TERMODI
NÂMICO NÂMICO
Q1 Q1
FONTE FRIA
Enunciado de Kelvin-Planck:
“É impossível para qualquer sistema operar em um ciclo termodinâmico e fornecer uma
quantidade líquida de trabalho para suas vizinhanças enquanto recebe energia por
transferência de calor de um único reservatório térmico.”
FONTE QUENTE
Q Q1 Q1
W W W
CICLO CICLO Sistema
TERMODI TERMODI não
NÂMICO NÂMICO cíclico
Q2
FONTE FRIA
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Termodinâmica Aplicada
FONTE QUENTE
QH Q
QC W W
+ =
CICLO CICLO
TERMODI TERMODI
NÂMICO NÂMICO
QC
FONTE FRIA
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Termodinâmica Aplicada
DE1 Q1 W1
DE2 Q2 W2
(+)
DEi Qi Wi [4.1]
DEn Qn Wn
DECICLO QCICLO WCICLO
Como o estado final e o estado inicial do ciclo são coincidentes, a variação total
de energia interna é nula e a expressão [2.9] se reduz a:
Q entra
paraba FQ
paraba FQ
liberado
pela FQ
liberado
liberado
Calor
Calor
Calor
Q sai Q sai
absorvido
absorvido
da FF
da FF
Calor
Calor
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Termodinâmica Aplicada
Os ciclos de potência são avaliados por sua eficiência térmica enquanto os ciclos
de refrigeração e as bombas de calor são avaliados por seu coeficiente de
desempenho definidos como abaixo.
W Q SAI
CICLO 1 (ciclosde potência)
Q ENTRA Q ENTRA
Q ENTRA Q ENTRA
COP (ciclosde refrigeração) [4.3]
W CICLO Q SAI Q ENTRA
Q Q SAI
COP SAI (bombas de calor)
W CICLO Q SAI Q ENTRA
Exercício 15:
É proposta a construção de uma usina termelétrica com potência de saída de 1.000
MW tendo vapor d´água como fluído de trabalho.
Os condensadores operam com pressão de 0,1 bar usando água de um rio como fluído
de refrigeração enquanto as caldeiras geram o vapor a 550 oC.
Qual o menor aumento esperado para a temperatura do rio à jusante da usina?
Os demais dados do problema estão na figura abaixo.
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Termodinâmica Aplicada
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Termodinâmica Aplicada
Ciclo de Carnot
100.000
Comp. Adiab. Rev.
Ponto 3
T = T Fonte Fria
P (bar)
T = T Fonte Quente
Ponto 1
1.000 Ponto 1
Ponto 2
Ponto 4
Ponto 3
Ponto 4
0.100
0.000 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000
v (m3/kmol)
Exercício 16:
A partir do PPT e das definições de rendimento, du, dq e dw deduza a expressão do
rendimento do Ciclo de Carnot para um gás ideal.
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Termodinâmica Aplicada
4.4. Entropia
Q FRIA T
FRIA [4.7]
QQUENTE TQUENTE
Q FRIA Q QUENTE
TFRIA TQUENTE
dQR
dS
T
[4.8]
dQ
DS R 0
T
WR dQ Q1 Q2R 0
R dQ Q1 Q2R
Q2R
T T1 T2 0
FONTE FRIA @ T2
dQ dQ
T
0 dS dS
T
[4.9]
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Termodinâmica Aplicada
450
400
Ponto crítico
300
Temperatura [oC]
250
200 LS @ 10 bar
25% Vapor @ 10 bar
VS @ 10 bar
1% Vapor @ 10 bar 50% Vapor @ 10 bar
150
100
50
LSR @ 10 bar e 25 oC
0
0.0000 1.0000 2.0000 3.0000 4.0000 5.0000 6.0000 7.0000 8.0000 9.0000 10.0000
Entropia Específica [kJ/(kg.K)]
Pás rotativas
Pás Estacionárias
Vapor
2
2
d
Esist Q We m e he ve g ze m s hs vs g z s
dt 2 2
[4.10]
v 2 vs2 0
Q We m he hs e
2
DhREAL WREAL
AD [4.11]
DhADIAB WADIAB
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Termodinâmica Aplicada
Exercício 17:
Uma turbina aspira 100t/h de vapor d´água a 30 bar e 350 oC e o vapor exausto sai a
1 bar. Se a eficiência adiabática esperada é de 60%, calcule a temperatura do exausto
e a potência real desenvolvida pela máquina.
Compressor ou bomba
a pistão
(deslocamento
positivo)
Estatores
Rotores
Compressor axial
Impelidor
Compressor
ou bomba
centrífuga
2
2
d
Esist Q We m e he ve g ze m s hs vs g z s
dt 2 2
[4.12]
v 2 vs2 0
Q We m he hs e
2
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Termodinâmica Aplicada
+ -
TURBINA
CALDEIRA
[1]
COMBUSTÍVEL
GERADOR
AR
[2]
TORRE DE
CONDENSADOR RESFRIAMENTO
[4] REPOSIÇÃO
[3]
BOMBA DE BOMBA DE
ÁGUA DE ÁGUA DE
CALDEIRA RESFRIAMENTO
[4] [1]
CALDEIRA
TURBINA Wt
Qc
Wb BOMBA
Qcd
CONDENSADOR
[3] [2]
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Termodinâmica Aplicada
400
350
300
250
[1]
Temperatura [oC]
200
150
100
[4]
50
[3] [2]
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Entropia [kJ/kgK]
Exercício 18:
Determine os fluxos de calor e trabalho de um ciclo de Rankine simples que opera com
circulação de 100 t/h de vapor d´água cuja pressão no condensador é 0,25 bar e na
caldeira é 30 bar.
Calcule também o rendimento do ciclo.
Prof. Reinaldo 47
Termodinâmica Aplicada
+ -
TURBINA
CALDEIRA
[1]
COMBUSTÍVEL
GERADOR
AR
[2]
TORRE DE
CONDENSADOR RESFRIAMENTO
[4] REPOSIÇÃO
[3]
BOMBA DE BOMBA DE
ÁGUA DE ÁGUA DE
CALDEIRA RESFRIAMENTO
400
350 [1]
300
250
Temperatura [oC]
200
150
100
[4]
50
[3] [2]
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Entropia [kJ/kgK]
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Termodinâmica Aplicada
Exercício 19:
Determine os fluxos de calor e trabalho de um ciclo de Rankine que opera com
circulação de 100 t/h de vapor d´água cuja pressão no condensador é 0,25 bar e na
caldeira é 30 bar. O vapor produzido é superaquecido até 350 oC.
Calcule também o rendimento do ciclo.
[3]
[6]
[2]
CALDEIRA [1]
Wt
Qc
Wb BOMBA TURBINAS
Qcd
CONDENSADOR
[5] [4]
Exercício 20:
Determine os fluxos de calor e trabalho de um ciclo de Rankine que opera com
circulação de 100 t/h de vapor d´água cuja pressão no condensador é 0,25 bar e na
caldeira é 30 bar.
Neste ciclo a turbina tem dois estágios; o primeiro expande o vapor até 10 bar e o
envia à caldeira onde é reaquecido até 250 oC, o segundo recebe o vapor reaquecido e
completa a expansão para o condensador.
Calcule também o rendimento do ciclo.
Prof. Reinaldo 49
Termodinâmica Aplicada
TURBINAS
Wt
[2]
[1]
[9]
CALDEIRA [2] [4] [5]
Wb BOMBA
[3]
[8] Qc
PAM
Qcd
Wb
CONDENSADOR
[7] [6]
BOMBA
TURBINAS
PAC
Wt
[2]
[1]
[10]
CALDEIRA [2] [5] [6]
Wb BOMBA
[3]
[9] Qc
PA C
Q cd
Wb
CONDENSADOR
[8] [7]
BOMBA
[4]
Exercício 21:
Determine os fluxos de calor e trabalho de um ciclo de Rankine que opera com
circulação de 100 t/h de vapor d´água cuja pressão no condensador é 0,25 bar e na
caldeira é 30 bar. O vapor produzido é superaquecido até 350 oC.
Neste ciclo pequena parte do vapor expandido na turbina é retirado a 10 bar e o
restante é condensado.
Prof. Reinaldo 50
Termodinâmica Aplicada
Qv
[4] [1]
VAPORIZADOR
VÁLVULA DE COM-
Wc
EXPANSÃO PRESSOR
CONDENSADOR
[3] [2]
Qcd
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Termodinâmica Aplicada
ISOTERMAS ISOTENTRÓPICAS
[3] [2]
PRESSÃO
[1]
[4]
ENTALPIA
[2] [3]
[3a] [3b]
Prof. Reinaldo 52
Termodinâmica Aplicada
ISOTERMAS ISOTENTRÓPICAS
[3] [2]
PRESSÃO
[4c]
[1a]
[4a]
ENTALPIA
Exercício 22:
Um sistema de refrigeração com FREON-22 opera entre +30 e -30 oC. Considerando
que a quantidade de calor a remover da fonte fria é 1x10 6 kcal/h calcule:
a) a pressão de condensação;
b) a pressão de vaporização;
c) as quantidades de calor e trabalho envolvidas;
d) a vazão de fluido circulante.
Exercício 23:
Um processo químico necessita que 1x10 6 kcal/h sejam removidas a -40 oC.
Considerando que o ciclo de refrigeração deve ser condensado com água, a
temperatura de condensação não deve ser menor que 40 oC.
Escolha um fluido de refrigeração adequado e calcule os fluxos de calor, a potência e
o coeficiente de performance.
Prof. Reinaldo 53
Termodinâmica Aplicada
REFLUXO
ISOTERMAS ISOTENTRÓPICAS
[1]
CARGA
PRESSÃO
[3] [2]
[2] [1]
ENTALPIA
FUNDO [3]
DESTILADO
Prof. Reinaldo 54
Termodinâmica Aplicada
P v
Z f TR , PR
T P
Z TR PR [5.1]
R T TC PC
Exercício 24a:
Um cilindro de 1 m3 de volume contendo HBr gasoso inicialmente a 15 atm e 20
o
C foi usado em um laboratório até que sua pressão atingisse 1 atm na mesma
temperatura.
Por um erro do encarregado pela manipulação do material, o cilindro não foi
pesado quando retirado cheio do almoxarifado nem quando foi enviado ao
fornecedor para recarga.
O fornecedor propôs que o faturamento fosse feito calculando a massa
consumida pela lei dos gases ideais.
Qual o erro dessa estimativa comparada com o uso da carga generalizada?
O uso da carta generalizada é tecnicamente justificável? Explique.
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Termodinâmica Aplicada
Prof. Reinaldo 56
Termodinâmica Aplicada
250.0
Na região do gás, as
230.0
isotermas são contínuas
PC T2 T1
(curvas + comportadas)
210.0 TC Gás ou
Líquido T3 Vapor Superaquecido
Sub-
190.0
resfriado
170.0
Pressão (bara)
150.0 T4
Vapor
Saturado
Líquido
130.0 +
Vapor
110.0
T5 Isotermas
90.0
X2 X3
X1
70.0 Líquido
Saturado
50.0
0.0010 vC 0.0060 0.0110 0.0160 0.0210
Volume específico (m3/kg)
P V a b P c P 2
P V a 1 B P C P 2
lim P0 P V a R T gás ideal P 0
P V
Z 1 B P C P 2 D P 3
R T
ou
P V B C D
Z 1 2 3 [5.2]
R T V V V
onde
B C B2
B C etc...
R T R T 2
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Termodinâmica Aplicada
Como as interações entre 2 moléculas são mais freqüentes que aquelas entre 3
e estas mais freqüentes do que aquelas entre 4; a significância dos coeficientes de
ordem elevada é cada vez menor na série.
Em densidades baixas (baixa P e/ou alta T) existe pouca probabilidade de
“encontros” de moléculas e poucos termos na série de potência são capazes de prever
o comportamento do gás com elevada precisão. Quanto maior a pressão (ou menor a
temperatura) mais termos são necessários para uma estimativa precisa.
Para densidades pequenas ou moderadas, a série é truncada no segundo
coeficiente do virial e a expressão em função de “B” é como mostrado abaixo. O uso
prático da equação truncada é limitado aos casos em que o volume reduzido é maior ou
igual a 2.
P V BP v
Z 1 válido para vR 2 [5.3]
R T R T vC
O problema que resta é determinar o valor de “B” para cada caso já que esse
coeficiente assume diferentes valores para diferentes substâncias, para diferentes
temperaturas e pressões.
Existem valores experimentais de “B” para vários gases em faixas estreitas de
T e P e poucos dados para os coeficientes superiores; um método para estimas o valor
do coeficiente a partir de poucas informações é necessário.
P V BP B PC PR
Z 1 1
R T R T R TC TR
B PC
B 0 B1 (correção de Pitzer)
R TC [5.4]
0,422
B 0 0,083 1, 6
TR
0,172
B1 0,139
TR4, 2
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Termodinâmica Aplicada
Exercício 24b:
Repita o cálculo do exercício 24a usando agora a equação do virial ao invés da carta
generalizada.
físico
Isotermas
Traçado da EOS cúbica Reais
VOLUME
A equação de Van der Waals ilustra bem a forma das equações cúbicas:
R T a
P [5.5]
v b v2
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Termodinâmica Aplicada
P 2P
0 e 2 0
v Tc v
27 R 2 TC2
a
64 PC
[5.6]
1 R TC
b
8 PC
Z 3 1 B * Z 2 A* Z A* B * 0
aP
A* 2 2
R T
bP
B*
R T [5.7]
27 R 2 TC2
a
64 PC
1 R TC
b
8 PC
Exercício 24c:
Repita o cálculo do exercício 24a usando agora a equação de van der Waals ao invés da
carta generalizada.
R T a
P 2
v b v bv [5.8]
3 2
Z Z A B B * * *2
Z A B
* *
0
Prof. Reinaldo 60
Termodinâmica Aplicada
aP
A*
R 2 T 2
bP
B*
R T
R TC
2 2
2
a 0,42748 1 fW 1 TR0,5
PC
fW 0,48 1,574 0.176 2
R TC
b 0,08664
PC
Exercício 24d:
Repita o cálculo do exercício 24a usando agora a equação de Soave ao invés da carta
generalizada.
Ao contrário dos gases, a teoria cinética dos líquidos não é tão desenvolvida e
as equações gerais para estimativa de propriedades em termos de PVT não dão
resultados tão bons.
O uso de equações cúbicas para determinar o fator de compressibilidade na
fase líquida (raiz menor da cúbica) geralmente conduz a resultados ruins.
Essa dificuldade é parcialmente compensada pela determinação experimental
simples e pela pouca influência da pressão na densidade dos líquidos fora da região
crítica.
Para estimar o volume molar de líquidos saturados é muito comum o uso da
equação de Rackett:
1TR 0 , 2857
v SAT
vC Z C [5.9]
Na maior parte dos casos, assumir que o volume molar do líquido é uma
constante para uma dada pressão igual ao valor na temperatura de saturação não
conduz a erros maiores. Quando essa hipótese não for válida, a correção pode ser
feita por vários métodos descritos na literatura.
Exercício 25:
Calcule a densidade da amônia como líquido saturado 760 mmHg usando a equação de
Rackett.
Prof. Reinaldo 61
Termodinâmica Aplicada
Entre U e S:
du d q R d wR
d q R T ds du T ds P dv [5.10]
d wR P dv
Note que a primeira expressão para du foi escrita para um processo reversível
mas, como u é uma variável de estado, é válida para qualquer transformação que se dê
entre os mesmos estados inicial e final.
Entre H e S:
dh du d P v
dh du P dv v dP dh T ds v dP [5.11]
dh T ds P dv P dv v dP
Prof. Reinaldo 62
Termodinâmica Aplicada
u u
T P
s v v s
u u
T P
v s s v v s s v v s s v
2u T 2u P
s v v s s v s v
T P
v s s v
Se repetirmos o raciocínio acima para as demais expressões chegaremos a
quatro expressões chamadas relações de Maxwell:
T P T v
v s s v P s s P
[5.14]
P s v s
T v v T T P P P
As expressões acima são extremamente úteis, pois permitem relacionar a
entropia (uma variável de estado “abstrata”, sem medição direta) com temperaturas,
pressões e volumes (variáveis “reais” que podem ser medidas ou estimadas com
elevada precisão). Conhecida a entropia, as relações acima permitem estimar também
todas as demais variáveis de estado importantes. Elas também permitem afirmar que
qualquer método de previsão de volume específico (ou densidade) como o virial ou as
equações de estado cúbicas já estudadas pode ser derivado convenientemente e usado
para estimar entropias, entalpias etc. Os métodos de previsão dessas propriedades
serão apresentados a seguir.
Prof. Reinaldo 63
Termodinâmica Aplicada
h’ = h0’ C P dT
T0
Observar que as expressões acima são válidas desde que não ocorra mudança de
fase entre a transição do estado de referência (T 0, P0) e o estado no qual se deseja
determinar a função de estado (T, P).
Caso não seja possível fixar um estado de referência sem que ocorra uma
mudança de fase, correções apropriadas devem ser introduzidas levando em
consideração os calores latentes e sensíveis adequados.
Prof. Reinaldo 64
Termodinâmica Aplicada
Exercício 26:
Calcule a carga térmica necessária para aquecer 10.000 kg/h de metano a 25 oC e 50
atm até 100 oC isobaricamente usando a equação do virial.
0 0,42748
R T
v*
P0
1 1
a 2 T 2
R 0 f w a C
T T PC
a Z Z B* v [5.20]
a a0 ln R T ln R T ln *
b Z B
*
Z v
1 a Z Z B* v
s s0 ln *
R ln R ln *
b T Z B Z v
Ds s s 0
Dh a a 0 T s s 0 R T Z 1
Exercício 27:
Calcule a carga térmica necessária para aquecer 10.000 kg/h de metano a 25 oC até
100 oC isobaricamente usando a equação de Soave.
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Termodinâmica Aplicada
0 , 38
DhLV 1 TR
TEB
DhLVTEB
1 TR [5.22]
Dh
Ds LV LV
T
Exercício 28:
Estime o consumo de combustível de uma caldeira que queima gás natural (PCI =
10.000 kcal/kg) e que deve produzir 100 t/h de vapor a 50 bar e 400 oC a partir de
água desmineralizada a 50 bar e 150 oC. Considere que a caldeira tem uma eficiência
média de 85%.
Resolva este exercício com as tabelas de vapor e com as equações de Soave e de
Clapeyron. Compare os resultados obtidos.
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Termodinâmica Aplicada
0
Págua
Umidade relativa : UR
Psat
[5.23]
mvapor MWágua Págua
0 0
Págua
Umidade absoluta : UA 0,622
mar sec o MWar Par0 Par0
Par0
0,622 Psat
Exercício 29:
Considere 60 m3 de ar úmido (UR=70%) a 30 oC e 1 bar.
Calcule a umidade absoluta, a temperatura de orvalho e as massas de ar e vapor
d´água envolvidas.
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Exercício 30:
Uma instalação de ar condicionado recebe ar a 30 oC e 1,0335 bar com umidade
relativa de 80% e fornece ar frio a 20 oC e 1,0203 bar com umidade de 95%. Qual a
carga térmica a ser removida do sistema em kcal/kg de ar seco?
Considere o Cp do ar 0,24 kcal/kgK.
ou (rearranjando) : [5.24]
Esse balanço mostra que, para uma dada condição de entrada (P, T e UR), a
temperatura de saída (temperatura de saturação adiabática) é função apenas da
pressão na saída.
Outros conceitos importantes são as temperaturas de bulbo seco e de bulbo
úmido como ilustrado na figura abaixo.
FLUXO DE AR FLUXO DE AR
TBS
TBU
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Exercício 31:
Repetir os exercícios 29 e 30 usando o diagrama psicrométrico.
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Forced Draft
Natural draft
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XC
Ciclo normalmente 3 < Ciclo < 7 [5.25]
XM
E A
AR ATM
P
PROCESSO
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M E A P
M X M A P X C
[5.26]
XC M M
X M A P M E
Nos balanços acima, o termo referente à perda por arraste é difícil de medir e
um valor constante é assumido em função do tipo de torre:
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Exercício 32:
Uma indústria química deseja instalar-se em um local onde a TBS é 27 oC e a
TBU é 23oC.
As instalações compreenderão 3 unidades produtivas que devem receber água a
o
29 C no máximo e rejeitam a quantidade de calor da tabela abaixo.
E+A
#1
#2
Ar
#3
C
M
P
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6.4. Diagramas P x h:
6.4.1. Metano (R-50)
6.4.2. Amônia (R-717)
6.4.3. Freon-12 (R-12)
6.4.4. Freon-22 (R-22)
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