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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

PEDRO LIMA PIMENTA

ANÁLISE QUANTITATIVA DO APROVEITAMENTO DA


ÁGUA DOS APARELHOS DE AR CONDICIONADO DO
CENTRO DE TECNOLOGIA DA UFRN

NATAL-RN
2016
Pedro Lima Pimenta

Análise quantitativa do aproveitamento da água dos aparelhos de ar condicionado do Centro


de Tecnologia da UFRN

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade


Artigo Científico, submetido ao Departamento de
Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte como parte dos requisitos
necessários para obtenção do Título de Bacharel
em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Fagner Alexandre Nunes


de França
Coorientador: Profª. Msc. Isabelly Bezerra
Braga Gomes de Medeiros

Natal-RN
2016
Catalogação da Publicação na Fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Sistema de Bibliotecas
Biblioteca Central Zila Mamede / Setor de Informação e Referência

Pimenta, Pedro Lima.


Análise quantitativa do aproveitamento da água dos aparelhos de
ar condicionado do Centro de Tecnologia da UFRN / Pedro Lima
Pimenta. - 2016.
16 f. : il.

Artigo científico (Graduação) - Universidade Federal do Rio


Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Departamento de Engenharia
Civil. Natal, RN, 2016.
Orientador: Prof. Dr. Fagner Alexandre Nunes de França.
Coorientadora: Profa. Msc. Isabelly Bezerra B. G. de Medeiros.

1. Engenharia civil - TCC. 2. Condicionadores de ar - TCC. 3.


Gestão de recursos hídricos - TCC. 4. Sustentabilidade - TCC. I.
França, Fagner Alexandre Nunes de. II. Medeiros, Isabelly Bezerra
Braga Gomes de. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 624


Pedro Lima Pimenta

Análise quantitativa do aproveitamento da água dos aparelhos de ar condicionado do Centro


de Tecnologia da UFRN

Trabalho de conclusão de curso na modalidade


Artigo Científico, submetido ao Departamento de
Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte como parte dos requisitos
necessários para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Aprovado em 22 de novembro de 2016:

___________________________________________________

Prof. Dr. Fagner Alexandre Nunes de França – Orientador

___________________________________________________

Profª. Msc. Isabelly Bezerra Braga Gomes de Medeiros – Coorientador

___________________________________________________

Profª. Msc. Micheline Damião Dias Moreira – Examinador interno

___________________________________________________

Profª. Msc. Maria Cleide Ribeiro de Oliveira – Examinador externo

Natal-RN
2016
ANÁLISE QUANTITATIVA DO APROVEITAMENTO DA ÁGUA DOS
APARELHOS DE AR CONDICIONADO DO CENTRO DE TECNOLOGIA DA
UFRN.
Acadêmico: Pedro Lima Pimenta
Orientador: Prof. Dr. Fagner Alexandre Nunes de França
Co-Orientadora: Profª. Msc. Isabelly Bezerra Braga Gomes de Medeiros

RESUMO

Atualmente, a crise em vários setores que o cenário mundial está inserido é um dos motivos
para a necessidade do desenvolvimento sustentável. Uma dessas crises está relacionada com a
gestão dos recursos hídricos. Enfrentam-se problemas relacionados à escassez desse recurso e
situações de estresse hídrico, existindo uma maior preocupação em relação ao futuro. Assim,
há uma real necessidade de alternativas para racionalizar o uso da água. Surge como
alternativa o aproveitamento da água gerada pelo funcionamento dos aparelhos de ar
condicionado, que usualmente goteja na área externa das edificações ou é direcionada para a
rede de coleta de águas pluviais ou esgoto, não havendo um aproveitamento racional. Este
trabalho foi desenvolvido com o objetivo de quantificar o volume de água gerado pelos 88
condicionadores de ar presentes no Centro de Tecnologia do Campus central da UFRN,
localizado na cidade de Natal/RN, e verificar se é possível atender à demanda de limpeza e
rega de jardim desse prédio. O levantamento da demanda mensal da limpeza e irrigação
resultou em 4.260 e 26.143,2 litros respectivamente. Após 24 medições de vazões dos
aparelhos de ar condicionado, com potências de refrigeração variando de 7.000 a 48.000
BTU, e considerado o tempo de funcionamento de 6 horas diárias, foi encontrado um volume
mensal de 12.210 litros. Este valor corresponde a 286,62% da demanda da limpeza, 46,70%
da irrigação e 40,16% da irrigação somada à limpeza, representando uma economia
significativa de água, que não deve ser desprezada. Com isso, a água condensada do ar pelo
funcionamento dos aparelhos de ar condicionado apresenta-se como uma alternativa para
mitigar os danos provocados pelo uso descontrolado dos recursos hídricos.

Palavras-chave: Sustentabilidade. Crise hídrica. Coleta de água dos condicionadores de ar.


ABSTRACT

Currently, the crisis in several sectors that the global scenario is inserted is one of the reasons
for the need of sustainable development. One of these crises is related to the management of
water resources. Problems related to the scarcity of this resource and situations of water stress
are faced, and there is a greater concern about the future. Thus, there is a real need for
alternatives that rationalize water use. An alternative is the use of water generated by the
operation of air conditioning devices, which usually drips in the exterior area of the buildings
or is directed to network of rainwater or sewage, not having a rational use. This work was
developed with the aim of quantifying the volume of water generated by the 88 air-
conditioners at the Technology Center of the UFRN, central campus, located in the city of
Natal/RN, and to verify if it is possible to meet the demand for cleaning and irrigation for this
building. The survey of monthly demand for cleaning and irrigation resulted in 4,260 and
26,143.2 liters respectively. After 24 measurements of the flow of air-conditioners, with
cooling capacities ranging from 7,000 to 48,000 BTU, and considering the operating time of 6
hours daily, a monthly volume of 12,210 liters was found. This corresponds to 286.62% of
cleaning demand, 46.70% of irrigation and 40.16% of both irrigation and cleaning,
representing a significant saving of water, which should not be neglected. In sum, condensed
water from the air through the operation of air-conditioners is an alternative to mitigate the
damages caused by the uncontrolled use of water resources.
Keywords: Sustainability. Water crisis. Air-conditioners water harvesting.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 01
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 02
2.1 Tipos de aparelhos de ar condicionado ............................................................................. 02
2.2 Mecanismo de funcionamento .......................................................................................... 03
2.3 Qualidade da água condensada ......................................................................................... 04
2.4 Aplicações de sistemas de aproveitamento da água condensada ...................................... 05
3 MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................... 06
3.1 Área de estudo .................................................................................................................. 06
3.2 Determinação da vazão dos aparelhos de ar condicionado .............................................. 07
3.3 Variação da vazão quanto à umidade relativa do ar ......................................................... 08
3.4 Cálculo da Demanda de água para limpeza e irrigação .................................................... 08
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 09
4.1 Demanda de água para limpeza e irrigação ...................................................................... 09
4.2 Vazões dos aparelhos ....................................................................................................... 10
4.3 Variação da vazão quanto à umidade relativa do ar ......................................................... 11
4.4 Volume total ..................................................................................................................... 12
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 13
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 13
APÊNDICE A ......................................................................................................................... 16
1

1 INTRODUÇÃO

O cenário mundial atual é de crise em vários setores. Uma delas é a crise dos recursos
hídricos. A situação de estresse hídrico atinge cerca de 40% da população global, onde a
oferta anual de água é inferior a 1700 m³/hab, limite mínimo considerado seguro pela
Organização das Nações Unidas (ONU). Para o futuro, a perspectiva é ainda pior, pois
segundo estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política Alimentar (IFPRI) até
2050 um total de 4,8 bilhões de pessoas estarão em situação de estresse hídrico. Com isso,
serão colocadas em risco safras agrícolas e a produção industrial, além de problemas para o
consumo humano. Um relatório, patrocinado pelo Departamento de Estado americano, atenta
para a potencial ampliação da instabilidade em diversos países do norte da África e do Oriente
Médio devido a problemas relacionados à falta de água (SEGALA, 2012).
No Brasil, a situação é crítica principalmente no Sudeste e Nordeste. Em 2014 a região
Sudeste passou pela pior seca desde que existem medições confiáveis (CARVALHO
JUNIOR, 2015). Em algumas áreas do sertão nordestino e na região metropolitana de São
Paulo se faz presente a situação de estresse hídrico. Nesta, as reservas de água diminuíram
com uma taxa de reposição inferior ao consumo, sendo necessária a utilização do volume
morto dos sistemas de abastecimento (PENA, 2016). Esse volume é o que fica abaixo dos
canos de captação por gravidade, sendo a reserva de água mais profunda da represa, existindo
a necessidade de bombeamento para sua retirada (SOUSA, 2015).
Mediante a situação crítica dos recursos hídricos, ações de sustentabilidade surgem
como uma opção necessária para as gerações atuais, uma vez que, a escassez desses recursos
exige ações e soluções inteligentes que visem à conservação e o gerenciamento adequado dos
mesmos. Diante disso, algumas alternativas de racionalização e aproveitamento da água vêm
surgindo e sendo aplicadas aos projetos das edificações, como o aproveitamento de água da
chuva, reuso do esgoto, utilização de água gerada pelo funcionamento dos condicionadores de
ar, dentre outros. Na utilização dos aparelhos de ar condicionado, a água gerada pelo
funcionamento do aparelho normalmente goteja na área externa das edificações ou é
direcionada para a rede de coleta de águas pluviais ou esgoto.
Com isso, este trabalho tem como objetivo quantificar o volume de água gerado pelo
funcionamento dos aparelhos de ar condicionado presentes no Centro de Tecnologia (CT) do
Campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), localizado na
cidade de Natal/RN, de forma a verificar se atende à demanda de limpeza e rega do jardim
daquele prédio.
2

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O aparelho de ar condicionado é um dos eletrodomésticos mais usuais pela população


brasileira. Segundo levantamento realizado pelo Sindilojas (2016) de Porto Alegre/RS
esse aparelho liderou nos últimos cinco anos, durante o período de verão, o ranking dos
eletrodomésticos mais vendidos no varejo da capital, perdendo o posto par a o ventilador
no verão de 2016 devido à diminuição do poder aquisitivo e aumento do custo da
energia elétrica. Aquele tem como principal função o condicionamento do ar, objetivando
o controle de sua temperatura, umidade, pureza e distribuição, proporcionando conforto a
quem ocupa recinto condicionado (STOECKER & JONES, 1985).

2.1 Tipos de aparelhos de ar condicionado

Conforme Antonovicz & Weber (2013), os condicionadores de ar são classificados de


diversas formas. Quanto à utilização, podem ser residencial, automotivo, comercial, hospitalar
ou industrial. Enquanto à capacidade, os aparelhos comercializados são de pequeno, médio ou
grande porte, apresentando variações quanto às potências de refrigeração dadas em BTU
(British Thermal Unit = Unidade Térmica Britânica). As tecnologias das máquinas podem ser
convencional ou inverter, esta última tendo sido desenvolvida com o intuito de se ter
economia quanto à energia.
Os tipos residenciais e comerciais mais usuais são: janela, split hi-wall, split cassete,
split piso-teto e o dutado. Eles variam principalmente quanto à forma de instalação, os
formatos dos aparelhos e as potências de refrigeração. Os tipos janela e o split hi-wall
costumam ser mais baratos por possuírem fácil instalação, sendo o custo do split hi-wall um
pouco mais elevado, porém é o mais encontrado em residências e estabelecimentos
comerciais. Ambos possuem potências de até 30.000 BTU. Para ambientes de médio e grande
porte são mais indicados o split cassete, piso-teso e dutado, apresentando capacidades de até
80.000 BTU (ANTONOVICZ & WEBER, 2013).
3

2.2 Mecanismo de funcionamento

Apesar da variedade de aparelhos, o princípio de funcionamento para refrigeração


(Figura 01) segue um mesmo padrão, em que a evaporação de um fluido refrigerante é
utilizada para fornecer refrigeração (ANTONOVICZ & WEBER, 2013).
De acordo com Antonovicz & Weber (2013), o compressor comprime o fréon, termo
que é genericamente usado para qualquer um dos vários fluorcarbonos não inflamáveis
utilizados como refrigerantes, que está no estado de gás frio, fazendo com que ele se torne gás
quente de alta pressão. Esse gás quente corre através de uma serpentina na condensadora
(ambiente externo), onde dissipa o calor devido à troca térmica que ocorre com o ar do
ambiente externo que está a uma menor temperatura, e se condensa para o estado líquido
ainda sob alta pressão. O líquido escoa através de um tubo capilar, perde pressão rapidamente
e se resfria. Em seguida, o fréon corre através de uma serpentina na evaporadora (ambiente
interno), absorvendo calor do ar de dentro do ambiente promovendo seu resfriamento. Após
isso, o fréon vira gás e é encaminhado para o compressor, recomeçando o ciclo.

Figura 01 - Esquema de funcionamento do ar-condicionado.

Fonte: Antonovicz & Weber, 2013.

O fréon mais utilizado era o R-22 (monoclorodifluormetano), mas atualmente vem


sendo substituído pelo R-410A (hidrofluorcarboreto). Este último causa menos agressão à
natureza, uma vez que não afeta a camada de ozônio por não possuir CFCs
(clorofluorcarbonos) e também não é tóxico e nem inflamável (KOMECO, 2016).
Com o funcionamento do aparelho, a umidade do ambiente presente no ar que circula
é diminuída devido à condensação que ocorre quando este entra em contato com a serpentina
da evaporadora, mantida a uma temperatura inferior à do ponto de orvalho (ANTONOVICZ
4

& WEBER, 2013). Com isso, geram-se gotas de água que são expelidas por drenos presentes
nas evaporadoras, diminuindo a umidade relativa do ar. Entende-se por umidade relativa do ar
como sendo o percentual do somatório de vapor de água presente em certo momento e local,
em relação à soma máxima de vapor de água que pode conter nesse ar, a uma determinada
temperatura (MOTTA, 2004).

2.3 Qualidade da água condensada

Alguns estudos apontam para a qualidade dessa água gerada pelo funcionamento dos
aparelhos de ar condicionado, e o seu potencial para ser uma alternativa viável de
aproveitamento. Segundo Hespanhol (1999 apud CARVALHO, 2012), água de reuso pode ser
utilizada para diversos fins não potáveis, entre eles a irrigação.
No campus de Cuiabá-Bela Vista/MT do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) um
estudo foi realizado tendo como um dos objetivos qualificar a água condensada dos aparelhos
de refrigeração. Para isso, coletaram quatro amostras nas quais foram realizadas análises
físico-químicas e microbiológicas, e comparadas com os valores máximos estabelecidos pela
Portaria nº 2914 de 12/12/2011 do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os procedimentos de
controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade. Essas amostras foram obtidas de dois aparelhos de ar condicionado de 24.000
BTU do tipo split, localizados em duas salas diferentes do campus (LIMA et al., 2015).
Como resultado, de todos os parâmetros analisados, apenas três deles ultrapassaram os
limites da portaria em algumas das amostras. Na primeira análise, nitrogênio amoniacal e os
coliformes totais, na segunda o ferro total e os coliformes totais e na terceira apenas
coliformes totais. Na quarta análise todos os parâmetros respeitaram aos limites estabelecidos
pela Portaria. O estudo sugere fazer novas análises, mas aponta a possibilidade dessa água
condensada ser uma fonte de água potável, existindo a necessidade de cloração da mesma
(LIMA et al., 2015).
Outro estudo feito por Costa et al. (2015) na Universidade Federal do Ceará (UFC),
coletou amostras da água condensada de quatro equipamentos de ar-condicionado na
Universidade e analisou os seguintes parâmetros físico-químicos: pH, condutividade, turbidez
e teor de cloreto. Os resultados obtidos nesse trabalho possibilitam afirmar que, após filtração,
a água condensada possui parâmetros físico-químicos similares à água destilada por
equipamentos comerciais. Desta forma, a água gerada pelos aparelhos de ar condicionado
apresenta potencial para ser uma alternativa viável de aproveitamento.
5

2.4 Aplicações de sistemas de aproveitamento da água condensada

No Sapiens Colégio, localizado em Umuarama-PR, foi feito um sistema para coleta de


água de oito aparelhos de ar condicionado, com capacidade de 30.000 BTU cada. O
armazenamento médio diário dos aparelhos ligados no período de aula somente no período da
manhã das 7h às 12h corresponde a aproximadamente um recipiente plástico de 50 litros.
Como não foram feitas medições efetivas de produção, essa quantidade de água muitas vezes
é excedida e armazenada em uma segunda unidade coletora com tampa (MOTA, OLIVEIRA
& INADA, 2012).
Mota, Oliveira & Inada (2012) informaram que o uso desta água foi direcionado tanto
para limpeza da escola como para regar o jardim existente na entrada do colégio. O sistema
teve um custo baixo, em torno de R$ 200,00 somando-se materiais e mão de obra de um
encanador. Além da economia diária de água para esses fins, soma-se ainda o benefício da
economia de água para uso diverso na manutenção da escola.
Leite (2015) relata que na cidade de São Paulo/SP, em uma unidade da rede de
restaurantes mexicano Si Señor, foi implantado um sistema que coleta a água gerada por cinco
condicionadores de ar, sendo captada por tubos e bombeada para um reservatório
independente. Esses equipamentos são capazes de produzir 400 litros de água por dia,
permitindo uma economia de 12.000 litros de água potável. Ela é utilizada para lavar pisos,
calçadas e regar as plantas do jardim. Os custos não foram informados, mas foram
considerados baixos, principalmente pelo fato de ter sido implantado enquanto a obra estava
começando, e os encanamentos já foram feitos com esse objetivo. A intenção da rede é
expandir essa ideia a todas as lojas da rede.
Freire (2015) apresentou que em Alagoas o setor de transportes da Universidade
Federal de Alagoas (UFAL) implementou um sistema de aproveitamento da água do aparelho
de ar condicionado nos dois ônibus rodoviários. O sistema desvia a água, que antes era
desperdiçada, para o bojo do esguicho do para-brisa, e para o banheiro, onde é utilizada na
descarga e na pia para lavagem das mãos. O custo de instalação do sistema foi de R$ 130,00
para cada ônibus. A quantidade gerada por esses aparelhos não foi especificada, mas foi
constatado que numa viagem de ida e volta de Maceió para o Rio de Janeiro, onde se era
preciso reabastecer o reservatório de água cerca de seis vezes, após a implantação desse
sistema, não era preciso reabastecer em nenhum momento da viagem, e ainda sobrou água no
reservatório no fim da mesma.
6

A partir de um estágio realizado no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do


Norte (TRE/RN), pelo autor deste trabalho, no período de 19/07/2015 à 30/04/2016, obteve-se
acesso a outro exemplo que é o sistema que foi implantado na Sede deste Órgão. A Sede é
dividida em dois prédios interligados, e seu funcionamento se dá em apenas um turno, 08 h às
14 h, com alguns poucos setores funcionando os dois expedientes.
O sistema foi feito de forma a coletar a água apenas dos aparelhos de um desses
prédios (o mais antigo), com cerca de 80 condicionadores de ar. O volume médio diário de
água coletado é cerca de 1200 litros, sendo armazenado em dois recipientes plásticos e
destinados à irrigação e limpeza do TRE/RN. O volume captado da água está sendo mais do
que o suficiente para atender as necessidades, gerando excedente que tem sido distribuído
para vizinhança. Não foi informado o custo do sistema, mas como o mesmo é simples, não
houve muitos gastos.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Esse tópico apresenta a área de estudo, bem como explica todos os procedimentos
realizados para atender o objetivo deste trabalho e conseguir obter os resultados para
conclusão do estudo.

3.1 Área de estudo

Este trabalho foi desenvolvido no Centro de Tecnologia (CT) do Campus central da


Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), localizado na cidade de Natal/RN.
Essa capital apresenta uma temperatura média de 26ºC, umidade relativa do ar média acima
de 80% e possui um clima quente e árido, tornando-se quente e úmido na estação chuvosa
(MOTTA, 2004).
No CT, localizado próximo ao Setor de Aulas IV e do prédio dos laboratórios do
Departamento de Arquitetura (Figura 02), funcionam coordenações, secretarias e chefias de
cursos da área tecnológica, salas de professores, auditório, depósitos, almoxarifado e
laboratórios. Quanto aos condicionadores de ar, o prédio possui 88 aparelhos nas mais
variadas potências de refrigeração (Tabela 01).
7

Figura 02 – Mapa da UFRN com localização do Centro de Tecnologia indicada.

Fonte: Adaptado de Google Earth, 2016.

Tabela 01 – Quantidade de aparelhos agrupados pelas respectivas potências de refrigeração (BTU).


BTU 7000 7500 9000 12000 18000 22000 24000 36000 48000
Quantidade 10 2 46 14 7 2 4 1 2
Fonte: Autor, 2016.

3.2 Determinação da vazão dos aparelhos de ar condicionado

Para quantificar a vazão dos condicionadores de ar, foram medidos os volumes em um


intervalo de tempo, utilizando béqueres e provetas para auxiliar na medição, e relógio para
verificar o tempo, em diferentes dias. Depois de feitas as 24 medições nos aparelhos (Tabela
02), foram analisados os dados e aplicado a média aritmética entre as amostras de aparelhos
de mesma capacidade de refrigeração.

Tabela 02 – Quantidade de medições de vazão feitas para cada tipo de potência de refrigeração (BTU).
BTU 7000 7500 9000 12000 18000 22000 24000 36000 48000
Medições 3 2 4 2 2 2 2 5 2
Fonte: Autor, 2016.

Decidiu-se fazer quatro medições nos aparelhos de 9.000 BTU devido estarem em
maior número (46), com o intuito de assegurar melhor o resultado. A necessidade de cinco
medições para os de 36.000 BTU se deu devido ao fato do resultado da vazão do único
aparelho no CT com essa potência, localizado na Copa, ter se mostrado destoante do
8

comportamento dos demais aparelhos medidos das outras potências de refrigeração. Tendo
sido feitas três medições nesse mesmo aparelho, e mais duas medições em outros dois
aparelhos de mesma potência, localizados no Setor de Aulas IV da UFRN, com um intuito
comparativo.
As medições referentes aos condicionadores de ar de 24.000 BTU não foram feitas nos
aparelhos presentes no CT devido à disposição dos drenos terem inviabilizado as medições
por estarem localizados no primeiro pavimento, próximos a cobertura da edificação. Para isso,
foi escolhido um aparelho no prédio dos laboratórios do Departamento de Arquitetura da
UFRN. A escolha de realizar medições em aparelhos tanto do Setor de Aulas IV, quanto do
prédio dos laboratórios do Departamento de Arquitetura foi por ambos estarem localizados na
vizinhança do Centro de Tecnologia e possuírem usos comuns. Todas as outras vinte
medições foram feitas nos equipamentos do CT.
De posse das vazões dos condicionadores de ar quanto aos seus respectivos BTU’s,
para se obter o volume total de água foi considerado um tempo de funcionamento de cada
máquina como sendo de 6 horas diárias, tendo em vista que esta é a carga horária média de
trabalho dos funcionários do setor.

3.3 Variação da vazão quanto à umidade relativa do ar

Para verificar se a variação da umidade relativa do ar interfere na vazão de água


produzida pelos condicionadores, foi escolhido um aparelho de 9.000 BTU tipo split hi-wall
localizado na sala da secretaria do almoxarifado, funcionado a uma temperatura de 20°C, para
medição da vazão, em diferentes dias com diferentes umidades relativas. A técnica utilizada
para obtenção da vazão foi a mesma citada para os demais aparelhos de ar condicionado, e as
umidades relativas do ar foram obtidas através do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE).

3.4 Cálculo da Demanda de água para limpeza e irrigação

Para quantificar a demanda de água necessária para limpeza das salas, corredores e
banheiros do CT, foram realizadas entrevistas (APÊNDICE A) com funcionários responsáveis
por tal função (um pela limpeza do térreo e outro pelo primeiro piso).
Quanto à quantidade de água necessária para irrigação do jardim, foi feito em campo
um levantamento da área de grama (Figura 03) com auxilio de uma trena. Foi considerada a
9

destinação de 1,5 L/m² de água para rega do jardim, a fim de quantificar a demanda para este
fim (MACINTYRE, 2010).
Figura 03 – Delimitação da área de jardim irrigada pelo CT.

Fonte: Adaptado de Google Earth, 2016.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Esse tópico apresenta todos os resultados obtidos a partir da aplicação da metodologia


exposta e a discussão a respeito dos mesmos.

4.1 Demanda de água para limpeza e irrigação

A partir da aplicação da entrevista referente à limpeza da edificação, obteve-se um


consumo médio diário de água de 213 litros e médio mensal de 4260 litros. Os valores
informados na entrevista seguem na tabela 03.

Tabela 03 – Consumo de água para limpeza durante os dias da semana.


LIMPEZA (litros)
Térreo 1° andar Total
Banheiro 120 120
Segunda-Feira 290
Outros¹ 20 30
Banheiro 80 80
Terça-Feira 230
Outros¹ 20 50
Banheiro 60 60
Quarta-Feira 170
Outros¹ 20 30
Banheiro 65 80
Quinta-Feira 215
Outros¹ 20 50
Banheiro 60 60
Sexta-Feira 160
Outros¹ 20 20
¹Refere-se aos corredores e salas.
Fonte: Autor, 2016.
10

O levantamento da área do jardim resultou em 1.089,30 m². Levando em conta o fator


1,5 L/m², a demanda para irrigação do CT é de 1.633,95 litros diários, e considerado a
irrigação ocorrendo quatro dias por semana, o consumo semanal é de 6.535,8 litros e o mensal
26.143,2 litros. Chegando a uma demanda total mensal, considerando a limpeza e irrigação,
de 30.403,2 litros de água.

4.2 Vazões dos aparelhos

Após as 24 medições nos aparelhos de ar condicionado, as vazões encontradas para


cada potência de refrigeração (BTU) são expostas na tabela 04. O gráfico 01 representa como
se comporta a vazão com o aumento da potência do aparelho, mostrando que para os
aparelhos de menor potência a vazão permanece quase constante, mas que não existe uma
linearidade entre esses parâmetros.

Tabela 04 – Vazão do condicionador de ar referente ao respectivo BTU.


BTU Vazão (L/h)
7000 0,84
7500 0,95
9000 1,04
12000 1,06
18000 1,13
22000 1,44
24000 2,25
36000 0,92 / 4,18
48000 4,03
Fonte: Autor, 2016.

Gráfico 01 – Variação da vazão em função da potência de refrigeração.


4,5
4
3,5
Vazão (L/h)

3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
7000 7500 9000 12000 18000 22000 24000 36000 48000
Potência de refrigeração (BTU)
Fonte: Autor, 2016.
11

As vazões encontradas para os aparelhos de 7.000 a 18.000 BTU foram relativamente


próximas, cerca de 1 L/h, valor próximo ao encontrado por Rigotti (2014), onde em seu
estudo na cidade de Panambi/RS, encontrou uma vazão de 1L/h para um aparelho de 12.000
BTU. A vazão de 2,25 L/h encontrada para a potência de 24.000 BTU também foi próxima a
encontrada por Lima et al (2015) em seu estudo na cidade de Cuiabá/MT, onde após medições
de volumes em dois aparelhos de 24.000 BTU, encontrou uma vazão entorno de 2L/h.
Os resultados divergiram do estudo de Fortes, Jardim & Fernandes (2015) feito na
cidade de Resende/RJ, em que após cinco medições em um condicionador de ar de 12.000
BTU obteve uma vazão média de 0,309 L/h.
Em relação ao de 36.000 BTU, dois resultados diferentes foram obtidos. A vazão de
0,92 L/h corresponde ao aparelho da Copa do CT, enquanto a vazão de 4,18 L/h aos aparelhos
medidos do Setor de Aulas IV. Um possível motivo para essa diferença, é que o
condicionador de ar da Copa fica ligado por mais de 10 horas seguidas durante o dia, e como
esses aparelhos diminuem a umidade relativa do ar, neste ambiente a mesma já deve estar
baixa, sendo condensado um volume de água menor no funcionamento desse aparelho.

4.3 Variação da vazão quanto à umidade relativa do ar

O gráfico 02 expõe como se deu a variação da vazão de geração de água do


funcionamento do condicionador de ar de 9000 BTU, após feitas medições com umidades
relativas do ar de 51%, 55%, 62% e 69%. A partir dele, pode-se comprovar que para
umidades relativas maiores, por possuir mais partículas de água em suspensão no ar, o
funcionamento dos aparelhos geram maiores vazões.

Gráfico 02 – Comportamento da vazão referente à variação da umidade relativa do ar.


1,40 1,20
1,20 1,01
0,95
0,88
Vazão (L/hr)

1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
51 55 62 69
Umidade relativa do ar (%)
Fonte: Autor, 2016.
12

4.4 Volume total

Considerando as vazões encontradas para cada tipo de potência de refrigeração, e


adotando o tempo de utilização de cada um igual a seis horas diárias, a oferta diária de todos é
de 610,5 litros e a mensal 12.210 litros. Para obtenção do volume total, foi considerada a
vazão de 0,92 L/h para o aparelho de 36.000 BTU, visto que é a vazão do condicionador de ar
que se encontra no CT.
No gráfico 03 é apresentado o quanto que esse valor representa em relação à limpeza,
à irrigação e à limpeza somada a irrigação. Sendo um indicativo do quanto de água potável,
que é destinada para estes fins, pode ser economizada.

Gráfico 03 – Porcentagem do volume de água gerado pelo funcionamento dos aparelhos em relação à
respectiva utilização.
350%
300% 286,62%
Oferta/Demanda (%)

250%
200%
150%
100%
46,70% 40,16%
50%
0%
Limpeza Irrigação Limpeza + irrigação
Fonte: Autor, 2016.

A partir do gráfico pode-se observar que a oferta de água desses aparelhos atende à
quase o triplo da demanda de água para limpeza, e quase a metade da água necessária à rega
de jardim dessa edificação.
A título de analogia, a NBR 5626 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 1998) recomenda para uma residência de pequeno porte uma reserva mínima de
500 litros de água. Sendo assim, o volume diário de água gerado pelo condicionamento do ar
por esses aparelhos supre a necessidade de 1,22 residência de pequeno porte, e o seu valor
mensal corresponde ao necessário para suprir 24,42 residências desse mesmo tipo.
13

5 CONCLUSÃO

A quantidade de água gerada pelo funcionamento dos aparelhos de ar condicionado é


um número significativo, atendendo a demanda de limpeza da edificação, e pode reduzir boa
parte da água potável destinada a irrigação do jardim. Mediante a crise hídrica juntamente
com a necessidade de novas alternativas para o aproveitamento do uso da água, o mesmo não
deve ser desprezado.
A UFRN, que é um pólo formador de ideias que influenciam diretamente na
sociedade, deve começar a mudar esse quadro, implantando um sistema que viabilize essa
utilização, e que assim, incentive as demais universidades e a própria população a fazer o
mesmo.
A UFRN no todo soma um número muito mais representativo do que os 88
condicionadores de ar presentes no CT, consequentemente, o volume de água gerado pelos
aparelhos de toda Universidade é ainda muito maior do que o que foi apresentado neste
trabalho. Fica a sugestão da expansão desse estudo para toda a UFRN, a análise qualitativa
dessa água para verificar se pode ser utilizada para os fins desejados, bem como projetos que
de fato viabilizem a sua utilização.

REFERÊNCIAS

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operação e controle – nos condicionadores de ar do Campos Medianeira da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. 2013. 59 f. Monografia (Grau de Tecnólogo
em Manutenção Industrial) - Diretoria de Graduação e Educação Profissional, Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2013.

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água fria. Rio de Janeiro, 1998.

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14

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STOECKER, W. F.; JONES, J. W. Refrigeração e ar condicionado. São Paulo: McGraw-


Hill do Brasil, 1985.
16

APÊNDICE A – Entrevista aplicada aos funcionários responsáveis pela limpeza do CT.

Nome: ________________________________________________________________

Local: _______________________ Horário/ Escala:________________________

N° de baldes Volume (L)


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Segunda-Feira
Outros
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Terça-Feira
Outros
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Quarta-Feira
Outros
Banheiro
Quinta-Feira
Outros
Banheiro
Sexta-Feira
Outros

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