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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

CONCEPÇÃO DE SOLUÇÃO E ENGENHARIA DE


PRODUTO: ESTUDO DE CASO DE VAZAMENTO EM
BOMBA DE CONDENSAÇÃO

ALLAN VIEIRA LOURENÇO DE CARVALHO


NATAL- RN, 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

CONCEPÇÃO DE SOLUÇÃO E ENGENHARIA DE


PRODUTO: ESTUDO DE CASO DE UMA BOMBA DE
CONDENSAÇÃO

ALLAN VIEIRA LOURENÇO DE CARVALHO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Engenharia
Mecânica da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte como parte dos
requisitos para a obtenção do título de
Engenheiro Mecânico, orientado pelo
Prof. Dr. William F. Q.

NATAL – RN
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

CONCEPÇÃO DE SOLUÇÃO E ENGENHARIA DE


PRODUTO: ESTUDO DE CASO DE UMA BOMBA
DE CONDENSAÇÃO.

ALLAN VIEIRA LOURENÇO DE CARVALHO

Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso

Prof. Dr. William Fernandes de Queiroz


Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Orientador
Prof. Dr. Angelo Roncalli Oliveira Guerra
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Co-Orientador
Prof. Dr. Carlos Magno de Lima
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Examinador interno

NATAL, 25 de novembro de 2019.


i
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila
Mamede

Carvalho, Allan Vieira Lourenço de.


Concepção de solução e engenharia de produto: estudo de caso
de vazamento em bomba de condensação / Allan Vieira Lourenço de
Carvalho. - 2019.
73 f.: il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande


do Norte, Centro de tecnologia, Curso de Engenharia Mecânica.
Natal, RN, 2019.
Orientador: Prof. Dr. William Fernandes de Queiroz.

1. Climatização - Monografia. 2. Bomba de condensação -


Monografia. 3. Concepção de solução - Monografia. 4. Vedação -
Monografia. I. Queiroz, William Fernandes de. II. Título.

RN/UF/BCZM CDU 621.56

Elaborado por Kalline Bezerra da Silva - CRB-15 / 327


ii

Agradecimentos

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus que me deu forças durante toda


minha vida. Também gostaria de agradecer aos meus pais, que me deram todo o suporte
para chegar até esse momento. Ao professor Dr. William, que dispôs de muita paciência e
me orientou durante todo o semestre. À minha namorada, ao qual me ajudou no aspecto
emocional, me dando confiança durante grande parte de minha graduação, bem como
conseguiu o livro base para a elaboração deste trabalho. Dedico também à todos os amigos
que de alguma forma contribuíram para que eu chegasse até aqui.
iii
CARVALHO, Allan Vieira Lourenço de. Concepção de solução e engenharia de produto:
estudo de caso de vazamento em bomba de condensação. 2019. 74f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Mecânica) – Departamento de engenharia
mecânica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.

Resumo
A busca por comodidade e qualidade de vida, têm impulsionado o impeto
por desvendar à natureza e suas leis, bem como o desenvolvimento de novos
mecanismos e equipamentos. Constatamos assim, que a evolução da vida humana
passa por diversos aspectos e novas tecnologias empregadas na sua
sobrevivência. Em cima desse ponto, temos a climatização com o advento da
tecnologia de refrigeração como um fator determinante no desenvolvimento da
vida, seja nos aspectos sociais ou econômicos.

Baseado no desenvolvimento dessa tecnologia, nos deparamos com


situações que exigem diversas novas soluções e sistemas de cada vez maior
complexidade. No entanto, para que possamos realizar uma abordagem mais
simplificada se optou por um conjunto de métodos atribuídos à fase de concepção de
solução (etapa de projeto abordada pela engenharia de produto), que antecedem o
anteprojeto, mas que nos levará à soluções mais práticas e condizentes com as
possiveis tomadas de decisão, assim como proporcionará uma parcela menor de
tempo no planejamento e execução de projeto.

Sendo assim, com a elaboração da lista de requisitos, estrutura de função,


quadro de busca em princípio de solução e lista de avaliação para seleção de
princípios de funcionamento, pôde-se solucionar um problema característico de
vazamento na seção de eixo passante em bombas centrífugas constituintes de um
sistema de refrigeração de grande porte, atingindo diversos equipamentos de forma
sistemática em um período curto de tempo, não previsto pela documentação vigente
( PMOC). E foi com auxílio das ferramentas descritas, que se conseguiu chegar à
solução por emprego de um novo princípio de funcionamento de vedação. Sendo este,
de utilização de selo mecânico com sede de aço inox, multi-molas e anel vedante
rotante feito em PTFE, além do emprego de uma bucha de aço inoxidável para a seção
do eixo danificada.

Palavras-chave: Climatização, Concepção, Bomba, Vedação, Projeto.


iv
CARVALHO, Allan Vieira Lourenço de. Concepção de solução e engenharia de produto:
estudo de caso de vazamento em bomba de condensação. 2019. 74f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Mecânica) – Departamento de engenharia
mecânica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.

Abstract

The search for convenience and quality of life, have boosted the urge to discover
nature and its laws, as well as the development of new mechanisms and equipment. We thus
find that the evolution of human life goes through various aspects and new technologies
employed in its survival. On top of this, we have climate control with the advent of refrigeration
technology as a determining factor in the development of life, even in social or economic
aspects.
Based on this technology, we face situations that require several new solutions
and increasingly complex systems. However, in order for us to take a more simplified
approach, I choosed a set of methods assigned to the solution design phase (design phase
addressed by product engineering), which precede the draft, but will lead us to more practical
and cost-effective solutions. Consistent with possible decision-making, as well as providing
less time for project planning and execution.
Thus, with the elaboration of the requirements list, function structure, search box
in principle of solution and evaluation list for selection of operating principles, it was possible
to solve a characteristic problem of through shaft section leakage in centrifugal pumps.
constituents of a large refrigeration system, reaching various equipment systematically in a
short period of time, not foreseen by the current documentation (operational maintenance
and control plan). And it happened with the help of the described tools that the solution was
achieved by employing a new principle of sealing operation. As such, using a mechanical
seal with stainless steel seat, multi-spring and PTFE rotating sealing ring, in addition to the
use of a stainless-steel bushing for the damaged shaft section.

Keywords: Climatization, Conception, Pump, Sealing, Project.


v

Lista de figuras

Figura 1.1 – Estimativa do tempo de exposição de diversos alimentos em função da


temperatura.............................................................................................................................7
Figura 2.1 – Sistema de climatização de zonas simples..........................................................9
Figura 2.2 – Esquematização de um processo de expansão direta.......................................10
Figura 2.3 – Esquematização de um processo de expansão.................................................11
Figura 2.4 – Self´s contained de condensação à ar ...............................................................12
Figura 2.5 – Ar condicionado de janela .................................................................................12
Figura 2.6 – Esquematização dos componentes de um split system comercial ....................13
Figura 2.7 – Esquematização de um sistema de um sistema VRF com unidades em
resfriamento, aquecimento e em “pausa” .............................................................................14
Figura 2.8 – Esquematização dos dispositivos que compõem um fan coil.............................16
Figura 2.9 – Equipamento Chiller comercial..........................................................................17
Figura 2.10 – Esquematização do sistema Chiller.................................................................17
Figura 2.11 – Quadro de características inerentes a cada tipo de compressor......................20
Figura 2.12 – Componentes de uma torre de resfriamento....................................................21
Figura 2.13 – Subdivisões das bombas de deslocamento positivo........................................23
Figura 2.14 – Esquematização dos principais tipos de bombas alternativas..........................25
Figura 2.15 – Exemplificação de bombas rotativas de variados tipos....................................26
Figura 2.16 – Bomba centrífuga em “corte” com impelidor transversal e entrada normal à
saída.....................................................................................................................................28
Figura 2.17 – Bomba centrífuga com seus componentes descritos.......................................28
Figura 2.18 – Rotor com pás curvadas para o centro do rotor, usado em bombas de fluxo
misto.....................................................................................................................................29
Figura 2.19 – Esquematização e terminologia de uma bomba axial, com eixo vertical padrão,
em acordo com a norma brasileira ABNT 10131:2015...........................................................30
Figura 3.1 – Chiller de dois passos/tubulações de entrada e saída......................................32
Figura 3.2 – Chiller de um passo............................................................................................33
Figura 3.3 – Chiller de quatro compressores.........................................................................33
Figura 3.4 e 3.5 – Torres de resfriamento em alvenaria e novas torres de resfriamento da
expansão..............................................................................................................................34
Figura 3.6 – Bombas de água de condensação e circulação (BACCs)..................................34
Figura 3.7 – Bombas de água de condensação (BACs).........................................................35
Figura 4.1 – Bomba centrífuga de condensação...................................................................37
vi
Figura 4.2 – Desmontagem do acoplamento bomba/motor elétrico e juntas..........................37
Figura 4.3 – Desmontagem de rotor/junta radial....................................................................38
Figura 4.4 – Entrada axial do rotor desmontado....................................................................38
Figura 4.5 – Acoplamento bomba/motor elétrico desmontado...............................................38
Figura 4.6 – Formulação do problema e função global de acordo com a lista de requisitos....44
Figura 4.7 – Função global expandida da bomba centrífuga..................................................45
Figura 4.8 – Subfunção vedação,recebendo fluxo material das funções rotacionar, acelerar
e desacelerar........................................................................................................................46
Figura 4.9 – Princípios de solução ligados as devidas subfunções estabelecidas.................48
Figura 4.10 – Esquematização representativa das dimensões do acoplamento bomba/motor
elétrico..................................................................................................................................49
Figura 4.11 – Esquema de ligação padrão Y-Δ, do motor elétrico..........................................50
Figura 4.12 – Lista de seleção e avaliação dos princípios de funcionamento.........................51
Figura 4.13 – Esquematização de posição de gaxetas e sobreposta.....................................53
Figura 4.14 – Correlação entre o Ph da água e a taxa de oxidação do ferro...........................53
Figura 4.15 – Selo mecânico com vista em corte...................................................................55
Figura 4.16 – Selo mecânico do tipo SB-OTT, com sede em inox e anel vedante secundário
em PTFE...............................................................................................................................55
Figura 4.17 - Valores referenciais para os serviços requeridos de algumas empresas
sediadas em Natal-RN..........................................................................................................56
vi
i

Lista de tabelas

Tabela 2.1 – Figura esquemática de limites e parâmetros usuais em tipos de bombas


rotativas................................................................................................................................28
Tabela 2.2 – Figura esquemática de limites e parâmetros usuais em tipos de bombas
centrífugas............................................................................................................................28
Tabela 2.3 – Parâmetro de velocidade específica em função do tipo de bomba, vazão, altura
manométrica e rotação..........................................................................................................31
Tabela 2.4 – Parâmetros de operação em Q (vazão), H (carga) com relação ao tipo de
bomba...................................................................................................................................32
Tabela 4.1 – Determinação de folga diametral e tolerância dimensional de acordo com o
diâmetro do anel de desgaste adotado..................................................................................43
Tabela 4.2 – Referência de variação de tolerância dimensional com relação ao diâmetro
interno do anel interior e eixo.................................................................................................44
Tabela 4.3 – Referência de tolerância dimensional entre diâmetro externo do anel retentor e
caixa......................................................................................................................................44
Tabela 4.4 – Relação de simbologia e tipos de função..........................................................48
Tabela 4.5 – Valores de mercado pesquisados para os princípios de vedação
selecionados.........................................................................................................................52
vi
ii
Sumário
Agradecimentos..................................................................................................................... 2

Resumo................ ................................................................................................................. 3

Abstract………....................................................................................................................... 4

Lista de figuras. ..................................................................................................................... 5

Lista de tabelas ..................................................................................................................... 7

1.Introdução............................................................................................... ..................... .....10

2.Climatização - Revisão Bibliográfica ................................................................................ 12

2.1 Sistemas de climatização .............................................................................................. 12

2.1.1 Sistemas de distribuição de ar.................................................................................... 12

2.1.2 Tipos de condicionadores de ar.................................................................................. 14

2.2 Sistema Chiller .............................................................................................................. 20

2.2.1 Componentes do sistema chiller ................................................................................. 20

3.Sistema de refrigeração chiller do natal shopping ............................................................ 33

3.1 Componentes do sistema chiller.................................................................................... 35

3.2 Funcionamento do sistema........................................................................................... 37

4.Estudo de caso e aplicação de metodologia .................................................................... 38

Lista de requisitos para problema........................................................................................ 40

Estrutura de função ............................................................................................................. 45

Busca de principio de solução ............................................................................................. 48

Seleção dos principios de funcionamento ........................................................................... 49


ix
Propostas de solução para o estudo de caso ...................................................................... 53

5.Conclusões.......................................................................................... ............................. 58

6.Referências......................................................................................................... .............. 59

7.Anexos............................................................................................................ .................. 62
10
1. Introdução
A refrigeração tem por objetivo manter um corpo ou meio com temperatura
abaixo à do meio ambiente. A 2º lei da termodinâmica diz que o fluxo de calor tende ir
de um potencial maior (alta temperatura) para um potencial menor (baixa
temperatura). Para poder transferir calor de uma temperatura menor para uma
temperatura maior, usa-se um sistema de refrigeração. (WYLEN, 1995). Constatamos
com uma breve análise, que a evolução da vida humana passa por diversos aspectos
e novas tecnologias empregadas na sua sobrevivência. Sendo a refrigeração de
importância ímpar nesse certame, já que antes a simples tarefa de conservar
alimentos para o consumo, bem como de conservar medicamentos e sangue para
procedimentos médicos, manter conforto térmico, controle de processos industriais
além de outra gama de processos vitais, era inviável.
Dos maiores avanços que propiciaram a evolução do comércio e economia
como um todo, temos o avanço na conservação de alimentos como uma dar
aplicações com maior importância, algo que se torna evidente quando se analisa a
figura 1.1.

Figura 1.1 - Estimativa do


tempo de exposição de
diversos alimentos em função
da temperatura.

1) Frango
2) Peixe
3) Carne
4) Banana
5) Laranja
6) Maçã
7) Ovos
8) Maçã armazenada em
atmosfera controlada Fonte: STOECKER, 2002.
de bióxido de carbono.

Porém, ao entrar no campo da refrigeração nos deparamos com diversas


outras vertentes que podem ser vistas por meio de duas óticas que são as da
refrigeração industrial (onde está inserida a refrigeração para condicionamento de
alimentos) e a refrigeração para condicionamento de ar.
11
A refrigeração industrial, a exemplo do condicionamento de ar, tem como objetivo
a refrigeração de alguma substância ou meio. Os componentes básicos de ambos os
processos não diferem: compressores, trocadores de calor, ventiladores, bombas, tubos,
dutos e controles. [...] Os processos referidos apresentam uma série de similaridades,
embora se distinguam em diversos aspectos, tais como componentes, procedimentos de
projeto e mercadológico. (STOECKER, 2002).

Sendo assim, temos as condições especificas para cada necessidade e


situação requerida, onde os projetos de sistemas de climatização necessitam atender
aos requisitos de condicionamento de ar e conforto para o bem-estar e saúde. Dentro
desses requisitos, podemos listar a umidade, temperatura, renovação de ar, diferença
de concentração de CO2 entre meio externo e meio condicionado e alguns outros
fatores atrelados. Já com relação ao meio que analisaremos nesse presente estudo,
este será o de um shopping center com mais de 26 mil metros quadrados de ABL (
área bruta locável). Portanto entende-se que um sistema de refrigeração que atenda
as condições de condicionamento antes mencionadas, deve atender á muitas
requisições especificas de projeto. Com isso, o objeto de análise do nosso estudo é
elemento constituinte de um grande sistema de refrigeração indireta para que seja
possível atender tamanha área e sua geografia específica.

O sistema de refrigeração indireta referido, é o sistema chiller que possui


muitos outros componentes relacionados, além da unidade evaporadora responsável
pelo resfriamento do fluído secundário, contanto o sistema também conta com redes
de distribuição de água gelada da unidade evaporadora (chiller) para as unidades
condicionadoras de ar (fan-coils), e as redes de distribuição de ar dos condicionadores
de ar para os ambientes condicionados. Sendo assim, existem elementos auxiliares
que dão suporte para que o fluído secundário (normalmente água) possa escoar pela
tubulação e atingir as outras unidades desejadas, para tal existem unidades de
bombeamento para os diversos fins. Onde temos as bombas como principais
componentes destas previamente mencionadas, já dentro deste conjunto possuímos
as bombas centrífugas para circulação de água gelada e para condensação. Contanto,
no presente trabalho trabalharemos em cima de um problema usual apresentado em
bombas de condensação da rede.

Sendo assim, para que possamos realizar esse estudo de caso, em um


componente constituinte de um sistema de moderada complexidade, utilizaremos uma
metodologia que permitirá uma abordagem mais clara, suscinta e que nos levará à
soluções mais práticas e condizentes com as possiveis tomadas de decisão. Se trata
12
da metodologia de concepção de solução, uma etapa relevante dentro das estratégias
ligadas à engenharia de produto. Onde pretende-se antecipar os possíveis imbróglios
no desenvolvimento de um produto, bem como notabilizar as restrições de projeto,
organizando a documentação sistemática dos requisitos. Entre outras possíveis
etapas que levem à consideração de problema solucionado.

2. Climatização - Revisão Bibliográfica

2.1 Sistemas de climatização


Os sistemas de climatização e ar-condicionados analisados atendem às normas
regulamentadores instituidas por: ABNT NBR 16401 Parte 1 – Projetos das instalações de
ar-condicionados – Sistemas centrais e unitários, ABNT NBR 16401 Parte 2 – Instalações
de Ar Condicionado Sistemas Centrais e Unitários – Parâmetros de Conforto Térmico e
ABNT NBR 16401 Parte 3 – Instalações de Ar Condicionado Sistemas Centrais e Unitários
– Qualidade do Ar Interior.

2.1.1 Sistemas de distribuição de ar


Sistemas de distribuição de simples, que atendem a apenas um recinto.
Sistemas de zonas múltiplas, como o caso do condicionamento de diversas
salas com controles individuais.
Sistemas de zonas simples, onde tem-se o controle da taxa de renovação de
ar interno através da tomada de ar externo.

Figura 2.1 - Sistema de climatização de zonas simples

Fonte: https://docplayer.com.br/amp/6871623-Sistemas-de-climatizacao.html ,
acessado em 06/09/2019.

Ainda podemos especificar os sistemas de condicionamento de ar em dois


13
tipos: sistema de expansão direta e sistema de expansão indireta, onde no sistema
de expansão direta (figura. 2.2) , o ar que será climatizado entrará em contato
diretamente com o evaporador, já nos sistemas de expansão indireta (figura. 2.3),
um fluido intermediário será responsável pela troca com o meio, normalmente
utiliza-se a água gelada, como fluido.
Sendo assim, na expansão direta, o evaporador que contém um refrigerante
de expansão direta, que entra em contato com o espaço a ser refrigerado ou
produto. Contudo por muitas vezes, é inconveniente ou antieconômico circular um
refrigerante de expansão direta para a área ou áreas onde é requerida a
refrigeração. Em tais casos, é empregado um sistema de refrigeração de expansão
indireta, que é aquele em que existe um agente intermediário, ou fluido
intermediário de resfriamento, como os dispositivos de refrigeração de água
gelada. Em que a troca ocorre entre fluído contido no evaporador e fluído
secundário que será responsável por resfriar o espaço. Ou seja, o fluído secundário
é resfriado por um refrigerante de expansão direta num resfriador de líquido e então
bombeado através de tubulação para o espaço ou produto que está sendo
refrigerado.

Figura 2.2 - Esquematização de um processo de expansão direta

Fonte: Ministério do meio ambiente, 2016.


14

Figura 2.3 - Esquematização de um processo de expansão

Fonte: Ministério do meio ambiente, 2016.

2.1.2 Tipos de condicionadores de ar

SELF CONTAINED:

É um tipo de condicionador de ar compacto que podem ser classificados em condensadores


resfriados a ar ou com condensação a água. Podendo ser utilizados em uma série de
aplicações, seja no âmbito de convivência de pessoas para médio e grande porte. Ou mesmo
em aplicações que requerem resfriamento de outros equipamentos e edificações industriais.
Podendo atuar como fonte complementar ao uso de outros sistemas de climatização,
devido à sua praticidade de implantação. Compreendendo a áreas não contempladas em
outros projetos, algo que existe no natal shopping, mais especificamente na administração
do mesmo. Já falando a respeito dos tipos de self contained, sabe-se que o condicionador
de ar com condensação de ar, utiliza ventilador centrífugo para movimentar o ar entre as
aletas do condensador, onde o ar à temperatura ambiente, troca calor no condensador
aletado e retira o calor do fluido refrigerante no estado de vapor. Podemos perceber que o
self contained é bem similar ao tradicional split system e o condicionador de janela, contudo
para o self, temos a notável diferença quanto à disposição dos dispositivos. Onde o
compressor está junto do evaporador na unidade evaporadora.
15

Figura 2.4 - Selfs Contained de condensação a ar

Fonte: MERCOFRIO, 2016.

CONDICIONADOR DE JANELA

O ar condicionado de janela é um produto que opera em faixas de baixa potência,


sendo assim utilizado em espaços mais limitados, contanto é um aparelho compacto, que
consiste na unidade condensadora e evaporadora em um só espaço. Com potência de
operação podendo atingir a faixa de 30000 BTU. Apresentando um custo relativamente mais
baixo quando comparado aos split system, aparelhos que compreendem aos mesmos de
aplicação. No entanto, possuem um diferencial competitivo, que está relacionado ao ruído,
tendendo sempre ser menor em relação aos condicionadores de janela.

Figura 2.5 - Ar condicionado de janela.

Fonte: http://frioclimatizado.blogspot.com/2016/03/sistema-mecanico-ar-condicionado-
tipo.html, acessado em 08/09/2019.
16
SPLIT SYSTEM

Pelo próprio nome “split”, sabemos que se trata de uma espécie de condicionador
de ar em que a unidade condensadora é separada da unidade condensadora. Ainda que o
evaporador e o condensador estejam separados, o condicionador só pode ser chamado de
split system, se o mesmo possuir uma unidade condensadora separada do conjunto. Apesar
de representarem uma alternativa mais atrativa com relação à consumo energético e
discrição do aparelho em si. Estes aparelhos ainda enfrentam problemas relacionados à
praticidade e tamanho dos seus componentes, pois necessita de um planejamento prévio
com relação à instalação. Contanto, esse equipamento confere maiores valores de potência
e rendimento em detrimento de mais espaço para acondicionamento dos dispositivos.
Figura 2.6 - Esquematização dos componentes de um split system
comercial.

Fonte: https://docplayer.com.br/4337530-Manual-do-usuario-ar-condicionado-multi-split-
linha-mini-split-capacidades-www-rheem-com-br.html, acessado em 08/09/2019.
17
SISTEMA VRF (FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL):

O VRF é um tipo de equipamento destinado para espaços grandes, com vários


pavimentos e áreas independentes, se tratando basicamente de um sistema de ar
condicionado central multi-split. Sendo um sistema com uma unidade externa ligada a
múltiplas unidades internas com modelo de operação individual, destinado à cada espaço a
ser refrigerado. Uma das grandes vantagens na utilização do sistema VRF, está ligada ao
dinamismo de operação, já que esse tipo de sistema confere a possibilidade de comandar
cada unidade ligada ao sistema central, de forma independente, garantindo economia de
energia, já que o sistema conta com uma unidade condensadora que abastece diversas
unidades evaporadoras distintas. Esse controle se dá basicamente pela utilização de
controle eletrônico com sistemas de controle, inserido em uma aplicação que combina
múltiplas unidades internas para um só ciclo de refrigeração, algo semelhante ao sistema
chiller. Além dessa facilidade operacional, se comparado a principal alternativa para as
mesmas aplicações, o chiller, sabe-se que o acionamento de uma unidade interna não
implica que todo o prédio será climatizado mesmo sem haver demanda.

Figura 2.7 – Esquematização de um sistema VRF com unidades em resfriamento,


aquecimento e em “pausa”.

Fonte: https://nergiza.com/que-es-un-sistema-de-climatizacion-vrf/, acessado em


09/09/2019.

Quanto às desvantagens, estas vão desde pontos ligados à manutenção dos


dispositivos presentes, até questões ligadas à distância máxima de tubulação. Já que o
equipamento perde capacidade de refrigeração com o aumento da distância de tubulação.
Além de desvantagens quanto ao custo, que tende a ser maior em questão de instalações.
A principal desvantagem, está ligada ao fato da dependência da unidade condensadora, já
que sua parada significa o comprometimento de todo o sistema, além da questão de
renovação do ar, propiciando a proliferação de microrganismos no ambiente refrigerado.
18
O SISTEMA CHILLER

Os sistemas de água gelada são amplamente utilizados em processos de


resfriamento, sejam destinados para aplicações de ar condicionado para conforto térmico ou
para processos industriais que incluem resfriamento e desumidificação de ar, resfriamento
de gases, líquidos, metais, vidros, plásticos, alimentos, controle de processos com reações
exotérmicas entre outros. Os sistemas mais comuns utilizam unidades compactas para
resfriamento de água gelada – os chamados chillers (termo em inglês para estas unidades,
amplamente utilizado no Brasil), que são equipamentos com ciclo de refrigeração completo,
em circuito fechado, montados em base compacta única (skid) e que necessitam apenas de
interligações hidráulicas (com os circuitos de bombeamento de água gelada e água de
resfriamento, quando aplicável) e interligações elétricas para se integrarem ao sistema. (
Ministério do meio ambiente, 2016).
O sistema chiller (Figura 2.9), funciona como um grande sistema de expansão
indireta, onde todas as serpentinas evaporadoras dispersas nas várias unidades
evaporadoras são alimentadas por um resfriador, também conhecido como cooler. Esse
dispositivo resfriador, faz parte da unidade condensadora, funcionando como um resfriador
de líquido, que passa como fluído secundário de troca direta com o ambiente refrigerado .
Sendo assim, sabe-se que o ciclo termodinâmico de refrigeração, acontece em uma
unidade central. Onde o resfriador, produz o fluído secundário resfriado que é circulado
pela tubulação por intermédio de bombas, que fornecem água gelada (fluido secundário)
aos Fan Coils.

Figura 2.8 – Esquematização dos dispositivos que compõem um fan coil.

Fonte: Voltani, 2014.


19
Quanto às questões relativas a manutenção dos dispositivos que compõem o
chiller (figuras 2.9 e 2.10), temos algumas componentes que precisam de manutenção com
períodos menores, isto é, os filtros, serpentinas, aletas, ventiladores, bombas e motores.
Sendo os filtros e ventiladores, responsáveis diretos pelo condicionamento do ar, passando
por períodos menores entre uma manutenção e outra. Já as bombas exigem atenção para
evitar a cavitação, problema causado pela erosão de seus componentes e que pode ser
solucionado se a pressão de sucção for mantida no mínimo ideal. Quanto aos motores, sabe-
se que precisam de limpeza regular e lubrificação adequada.

Figura 2.9 – Equipamento Chiller comercial.

Fonte: https://www.webarcondicionado.com.br/conheca-o-chiller-o-equipamento-dos-
grandes-projetos-de-climatizacao, acessado em 08/09/2019.

Figura 2.10 – Esquematização do sistema chiller.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Alp_8JKvdk8, acessado em 09/09/2019.


20
2.2 Sistema Chiller

2.2.1 Componentes do sistema chiller

Embora o tipo mais utilizado de sistema chiller, seja baseado em condensação à


água, também temos o chiller de condensação à ar. Sendo os componentes de cada tipo,
variando conforme à escolha. Que por sua vez é determinada conforme algumas condições
padrão de qualidade da água, bem como de disponibilidade da mesma. Isso, porquê os
sistemas chiller com condensação à água possuem maior eficiência energética comprovada.
Com isso, temos os componentes principais dos dois tipos de sistemas de água gelada
listados abaixo:

1. Sistema de água gelada com chiller à ar


Fan-coil
Termostato
Válvulas de controle de vazão de água
Rede de tubos de distribuição de água
Bombas de água gelada
Chiller condensação à ar

Dentre as características do sistema com condensação à ar, temos algumas


particularidades que vão desde o local de instalação e a possível capacidade frigorífica
disponível. Onde o chiller tem que ser instalado no ambiente externo, com capacidade
variando de 5 a 250 TR, dimensionado pelo pico de carga simultânea da edificação. Já para
os sistemas chiller com condensação à água, temos outros constituintes principais, que
também seguem as condições do sistema condizente. Sendo assim, os principais
componentes são:

2. Sistema de água gelada com chiller à água


Fan-coil
Termostato
Válvulas de controle de vazão de água
Rede de tubos de distribuição de água gelada
Bombas de água gelada
Chiller condensação a água
Bomba de água de condensação
21
Rede de tubos de distribuição de água de condensação
Torre de arrefecimento ou resfriamento

As principais características do sistema dizem respeito à versatilidade do sistema


como um todo, já que este pode ser instalado em qualquer lugar, podendo ser em contato
com o meio externo ou até no subsolo do local desejado. Podendo alcançar capacidades
frigoríficas variando de 20 a 600 TR. Outro tipo de classificação de chiller, varia de acordo
com o tipo de compressor adotado.
Falando mais a respeito dos compressores, sabe-se que são os componentes
mais caros que estão envolvidos dentro do sistema de refrigeração, onde estes possuem
basicamente o mesmo princípio de operação e finalidade.
Basicamente, temos três fases em sua operação: sucção, compressão e
descarga. Na sucção, o gás preenche de forma contínua a área entre lóbulos dos rotores até
o instante em que os lóbulos ultrapassagem a região de entrada; na compressão, o volume
entre os lóbulos é reduzido e o gás é comprimido gradativamente até o ponto de descarga,
quando o gás comprimido é descarregado (SALVADOR, 1999).
Quanto aos compressores, existem certas classes de tais variando conforme o
processo de compressão do gás refrigerante, concepção mecânica estrutural do sistema e
outras características particulares de cada compressor. Definidos em fase de projeto, para
com o tipo de equipamento que se deseja fabricar, sendo assim temos muitos tipos e
diferentes concepções de equipamentos utilizados dentro do campo de refrigeração e
climatização. Sendo os principais:
Alternativo
Rotativo
Scroll
Parafuso
Centrífugos

No quadro da figura 2.11, podemos ver algumas características particulares de


cada um, que vão desde a capacidade de compressão de gás, até sua aplicabilidade como
um todo.
22

Figura 2.11 – Quadro de características inerentes a cada tipo de compressor.

Fonte: https://www.refrigeracao.net/Topicos/compressores.htm, acessado em 10/09/2019.

Sabendo-se que os outros tipos de dispositivos do equipamento chiller em si, não


variam muito em detrimento de outros sistemas de refrigeração mais comuns, vamos nos
ater com outros componentes chave do processo. Vamos seguir uma sequência de
escoamento do fluído refrigerante ( compressor, condensador, dispositivo de expansão,
evaporador) para explanar os outros componentes associados.
Saindo do compressor, temos o fluído refrigerante escoando para a unidade
condesadora do chiller, sendo assim temos o fluído trocando calor com o fluído de
resfriamento secundário. O fluído de resfriamento secundário (água) por sua vez, vai operar
em um ciclo que passa por condensador e torre de resfriamento ou arrefecimento. Diferente
do fluído de refrigeração padrão, a água vai sempre operar por meio de dois circuitos distintos
na operação de um chiller de condensação à água. Já com relação ao ciclo, sabe-se que o
ciclo de condensação (condensador/torre de resfriamento) é um ciclo aberto, ou seja, onde
há contato direto do fluído de resfriamento secundário (água) com o ar externo. Esse contato
direto com o ar externo, é uma das interações que conferem a troca de calor necessária para
o resfriamento da água. A outra parte mais importante do processo de resfriamento, se dá
por conta de um processo físico natural da própria água que é a evaporação da mesma,
proporcionando remoção de calor do processo á uma temperatura próxima da temperatura
de bulbo úmido. Sendo assim, podemos definir o processo de resfriamento como o
contrafluxo de ar succionado por meio de hélices (acopladas em bombas na parte superior
das torres) passando pela venezianas na parte lateral das mesmas e então entrando em
contato com a água (ainda quente após sair do condensador) passando por uma entrada na
23
área superior da torre e é pulverizada (aumentando sua área de contato), caindo por
gravidade e trocando calor com o ar que toma o sentido oposto (contrafluxo). Depois a água
já resfriada, se deposita na bacia da torre de resfriamento (figura 2.12) e então segue o fluxo
para retornar ao condensador e trocar calor com o fluído de refrigeração novamente.

Figura 2.12 – Componentes de uma torre de resfriamento

Fonte: https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/entidades-diversas/alpina-
termoplasticos-ltda/produtos/refrigeracao-ventilacao-e-exaustao/torre-de-resfriamento-
tratamento-de-agua, acessado em 11/09/2019.

Voltando para o condensador, a água sofre um novo processo de troca de calor


e aumenta sua temperatura. No entanto, o fluído de refrigeração é resfriado no processo e
vai então para o dispositivo de expansão, que pode ser de várias formas que atendam os
requisitos e particularidades de cada sistema. Os tipos mais encontrados são:
Tubo capilar
Válvula de expansão termostática
Válvula de expansão automática
Válvula de expansão eletrônica
Todos esses dispositivos tem como função expandir o gás para que este perca
pressão e mude de fase (vapor+liquído). Contanto, alguns destes conseguem controlar o
fluxo de refrigerante na entrada do evaporador, para que consigam regular os setpoints de
saída do gás superaquecido do evaporador. Onde a VEA (válvua de expansão automática),
24
controla o setpoint de pressão de saída válvula, adequando-se as mudanças de carga
térmica no evaporador. Já a VET (válvula de expansão termostática) se utiliza de outra forma
para poder controlar o fluxo de refrigerante para atender variações de carga térmica do
evaporador, pois a VET possuí um diafragma que é responsável por identificar as pressões
de saída da válvula (adequando internamente à pressão do evaporador) e de saída do
evaporador, podendo assim identificar o balanço de superaquecimento do evaporador por
meio da pressão de saída do mesmo, regulando o fluxo de refrigerante condizente a cada
demanda.
Por fim, temos a VEE (válvula de expansão eletrônica) que tem a mesma
funcionalidade das mencionadas anteriormente, porém trabalha com um algoritmo
alimentado por sensores que indicam as temperaturas e pressões de saída do evaporador,
para assim equalizar o fluxo de fluído refrigerante na entrada do mesmo, sendo a mais
utilizada nos chillers atuais.
Após passar pelo dispositivo de expansão, agora temos o fluido de refrigeração
escoando em direção ao evaporador e mudando sua fase ao fim da troca de calor. Este
alcança a fase de vapor superaquecido e o fluído de refrigeração secundário (água), é então
resfriada e segue para os fan-coils (unidades condicionadoras de ar interno). Esse tipo de
equipamento trabalha sempre em conjunto com sistema de resfriamento secundário, já que
o fluído de refrigeração empregado na troca de calor com o ar interno, será a água. A água
passa por dentro por dentro da unidade, trocando calor com o ar em movimento, com
configuração de trocador podendo variar de acordo com a finalidade e difusão necessária. A
respeito da difusão, esse tipo de equipamento pode ser bem versátil pois conseguem ter
modelos de insuflamento de várias formas difentes, como por exemplo: Hi-wall, Cassete,
Built-in. Assim como pode ser uma unidade mais robusta para atender um ambiente de carga
térmica elevada, sendo empregados no próprio conjunto de ramais de dutos. Vale ressaltar,
que a importância do equipamento vai além da simples troca de calor entre o fluído de
refrigeração (advindo da unidade evaporadora do chiller) e o ar interno do ambiente, já que
o ar é succionado com auxílio de um ventilador (fan) e então passa por um processo de
filtragem até poder passar para o trocador de calor.
Um outro componente auxiliar que tem enorme importância em todo o
processo, é a bomba de circulação de água gelada, sendo este o elemento que proporciona
o escoamento da água recém saída da unidade evaporadora do chiller, para a entrada dos
fan-coils, por meio da rede de tubos de distribuição de água gelada.
Bombas são máquinas geratrizes cuja finalidade é realizar o deslocamento de
um líquido por escoamento. Sendo uma máquina geratriz, ela transforma o trablaho
mecânico que recebe para seu funcionamento em energia, que é comunicada ao líquido sob
25
as formas de energia de pressão e cinética (MACINTYRE, 1997). Os tipos de bombas podem
ser definidas em três grandes grupos, são elas: bombas de deslocamento positivo,
turbobombas ou hidrodinâmicas e as bombas especiais. A seguir, vamos falar um pouco
mais sobre cada tipo, focando na aplicação condizente à análise desse presente trabalho.

Bombas de deslocamento positivo

As bombas volumétricas ou de deslocamento positivo são aquelas em que a


energia é fornecida ao líquido sob a forma de pressão, não havendo portanto a necessidade
de transformação como no caso das bombas centrífugas. Assim sendo, a movimentação do
líquido é difretamente causada pela movimentação de um órgão mecânico da bomba, que
obriga o líquido a executar o mesmo movimento de que ele está animado. O líquido,
sucessivamente, enghe e depois é expulso de espaços com volume determinado no interior
da bomba (MATTOS, 1998).
Esse tipo de bomba, possui características particulares em questão de princípio
construtivo e de funcionamento, que propiciam uma gama diferente de aplicações e
condições para a operação de tais. Sendo assim, elas são conhecidas por proporcionar o
movimento e deslocamento do fluído através de quantidades constantes para cada ciclo de
rotação executado pelo eixo do equipamento. Podendo variar de acordo com a aplicação e
princípio construtivo de cada bomba, portanto algumas utilizam dispositivos diferentes para
realizar o processo descrito anteriormente, sendo os principais: palhetas, pistões,
engrenagens, parafusos, lóbulos e alguns outros. Fazendo com que o fluído seja admito e
expandido no interior da bomba e depois seja forçado pelos elementos outrora descritos e
seja assim direcionado para a descarga da bomba. Os principais tipos de bombas de
deslocamento positivo, variam entre as do tipo alternativas e as rotativas.

Figura 2.13 – Subdivisões das bombas de deslocamento positivo

Fonte: (MATTOS, 1998).


26

As bombas alternativas (figura 2.14) conseguem que o fluído escoado preencha


os espaços internos da bomba, para que seja então expelido pelo movimento do pistão que
vai aplicar forças de igual direção em relação ao fluído. Quanto a aspiração do fluído, sabe-
se que o movimento do pistão confere uma diferença de pressão interessante ao processo
de aspiração e descarga do fluído, pois a câmara passa a ter uma pressão menor que a do
reservatório de sucção e então propicia a diferença de pressão para a abertura da válvula
de sucção, deixando a válvula de descarga fechada. Já quanto ao processo de descarga do
fluído, o movimento conferido pelo pistão faz com que o mesmo passe pelo corpo da bomba
impulsionado pelo movimento do pistão que proporciona a abertura da válvula de descarga.
Ainda existem as bombas de deslocamento positivo do tipo rotativo, esse tipo de
equipamento recebe na verdade um nome que abrange uma série de bombas com ação de
trabalho hidráulico viabilizado por meio de movimento rotacional de elementos designados.
Portanto, elas podem ser divididas com base nos elementos rotantes empregados. Algumas
das principais são (figura 2.15), as bombas de engrenagens, lóbulos, parafusos e palhetas.
E é graças a esse princípio construtivo e forma de funcionamento, que essas bombas
conseguem atuar com uma gama de viscosidade de fluídos bem diversificada, atingindo uma
faixa de até 50000 SSU.

Tabela 2.1 - Figura esquemática de limites e parâmetros usuais em tipos de bombas rotativas.

TIPO (rotativas) BOMBAS DE ENGRENAGEM BOMBAS PARAFUSO BOMBAS DE PALHETAS

VAZÃO (m³/h) 148 á 1100 23 á 910 até 86

PRESSÃO LIMITE
400 3000 2500
(psig)
VISCOISIDADE
5.000.000 100.000.000 100.000
MÁXIMA (SSU)
1200 (para aplicações
ROTAÇÃO (rpm) 1800 3500 com até 500 SSU de
viscosidade)
Bombeamento de fluídos
Bombeamento de produtos
viscosos, porém com Aplicações restritas a
viscosos, como em na estocagem
APLICAÇÕES possibilidade de operação em fluídos viscosos de alto
de produtos de petróleoe sistemas
USUAIS maiores rotações e vazões, valor lubrificante, para
de lubrificação de grandes
como em aplicações de sistemas de lubrificação
máquinas
oleodutos
Fonte: Elaborado pelo autor.
27
Figura 2.14 – Esquematização dos principais tipos de bombas alternativas.

Fonte: (MACINTYRE. 1997).


28
Figura 2.15 – Exemplificação de bombas rotativas de variados tipos.

Fonte: (MATTOS, 1998).

Turbobombas ou bombas dinâmicas

Esse tipo de bomba tem como princípio de funcionamento, a transmissão de


energia mecânica para o fluído por meio de um rotor (também conhecido como impelidor),
ou seja, a movimentação do fluído é produzida a partir da rotação desse dispositivo com um
número de pás variando de acordo com o impelidor e a carcaça. Sendo assim, os diferentes
tipos de turbobombas variam de acordo com a forma que o impelidor interage, cedendo
energia mecânica ao fluído, bem como na forma com que o fluído sai pelo mesmo. Entre os
tipos de turbombombas, podemos dividi-las em quatro outros tipos de bombas, que são as
centrífugas, de fluxo axial, de fluxo misto e por fim as periféricas ou regenerativas.
As bombas centrífugas recebem esse nome, pois a transformação de energia
conferida ao fluído dentro da câmara interna da bomba se dá por meio da força centrífuga
(que puxa o fluído para o centro em um movimento circular). Esse tipo de equipamento é o
mais utilizado comercialmente, devido a versatilidade e faixa de abrangência em aplicações,
sendo uma bomba de princípio construtivo simplificado. O mesmo princípio, faz com que a
bomba centrífuga necessite ser escorvada previamente (o fluído necessita estar presente no
interior da carcaça da bomba) ao funcionamento. Portanto o ar não pode ser expelido pela
bomba, já que existem folgas entre rotor, carcaça e coletor. Sendo assim, o ar só é eliminado
quando existe uma diferença de pressão entre o interior da carcaça e o fluído do reservatório,
esse diferencial proporciona a saída de ar do sistema. O movimento de rotação executado
pelo rotor em virtude do fluído conduzido pelas pás do mesmo, gera uma força centrífuga
29
que por sua vez proporciona um gradiente de pressão no rotor como um todo. O gradiente
de pressão mencionado tem uma configuração, tal que a zona de maior pressão se localiza
nas extremidades e a de menor pressão se localize no centro do rotor (na entrada), sendo
este o motivo pelo qual o fluído se direciona para a saída do rotor e para à boca de recalque
da bomba. Em outras palavras, essa diferença de pressões gerada pelo movimento de
rotação, entre a entrada do rotor (interior da bomba) e o reservatório em que está contido o
fluído. Concede o escoamento do fluído pelo canal de aspiração do equipamento.
As bombas desse tipo possuem pás cilíndricas (simples curvatura), com
geratrizes paralelas ao eixo de rotação, sendo essas pás fixadas a um disco e a uma coroa
circular (rotor fechado) ou a um disco apenas (rotor aberto, para bombas de água suja e
esgotos, na indústria de papel e celulose e na petroquímica) (MACINTYRE,1997). Percebe-
se então que as áreas de aplicação ao qual se submetem esses equipamentos, estão
diretamente relacionados com o dispositivo difusor empregado. No caso de outras
aplicações, restritas por condições de viscosidade, presença de sais, oxidantes, sólidos em
suspensão, entre outras particularidades de cada fluído a ser bombeado. Além do caso da
bomba centrífuga radial, existe um outro conjunto de bombas mais específicas, que são as
do tipo Francis. Essas bombas possuem um rotor com palhetas do tipo de Francis (tais quais
as turbinas com palhetas Francis), que conferem maior desempenho pelo fato das palhetas
possuírem curvatura em dois planos de atuação.

Tabela 2.2 – Figura esquemática de limites e parâmetros usuais em tipos de bomba centrífugas.
CENTRÍFUGAS HORIZONTAIS COM
HORIZONTAIS DE VERTICAIS DE
TIPO HORIZONTAIS, SUCÇÃO CARCAÇA PARTIDA
MÚLTIPLOS MÚLTIPLOS
(centrífugas) AXIAL, ROTOR EM AXIALMENTE, ROTOR
ESTÁGIOS ESTÁGIOS
BALANÇO DE DUPLA SUCÇÃO
VAZÃO LIMITE 1500 (voluta simples) e
1000 600 30000
(m³/h) 45000 (voluta dupla)
ALTURA
MANOMÉTRICA 220 150 1200 400
(m)

ROTAÇÃO (rpm) 1750 a 3550 1750 a 3550 1750 a 3550 1750 a 3550

Aplicações em Aplicações em Aplicação em


APLICAÇÕES Aplicação em indústrias de abastecimento de água, alimentação de extração de
USUAIS processos e outras recirculação de água de caldeiras, serviços de água de poços
resfriamento alta pressão profundos
Fonte: Elaborado pelo autor.
30
Figura 2.16 – Bomba centrífuga em corte com impelidor transversal e entrada normal à saída.

Fonte: (MATTOS, 1998).

Figura 2.26 – Bomba centrífuga com seus componentes descritos.

Fonte: (MACINTYRE, 1997).


31
Outra turbobomba com uma gama aplicações interessantes são as bombas
de fluxo misto, o fluxo de entrada do fluído no rotor é axial, com curvatura da extremidade
de palheta do rotor inclinada para com o eixo. Onde o bordo das pás é de dupla curvatura e
o bordo de saída é paralelo ao eixo. Sendo assim, a saída do fluído se dá por um plano
perpendicular ao bordo de saída com o eixo. Contanto, o nome fluxo misto se deve a
característica de transmissão de energia de pressão ao fluído, já que no caso anterior,
tínhamos bombas que conferiam essa energia por meio da ação da força centrífuga por
exclusividade. Já no caso das bombas de fluxo misto, existe também o componente da força
de arrasto agindo no fluído em movimento.

Figura 2.17 – Rotor com pás curvadas para o centro do rotor, usado em bombas de fluxo misto.

Fonte: (MACINTYRE,1997).

Ainda dentro do grupo de bombas de fluxo misto, existem as bombas semi-


axiais que possuem uma geometria de rotor um pouco mais distinta em comparação as
outras bombas de fluxo misto. Estas possuem um bordo de pás curvas, em formato de hélice
cônica, reversa, com superfície duplamente curvada. Garantindo um bordo de saída
inclinado suficientemente em relação ao eixo, com rotor em formato cônico. Isso confere uma
faixa de operação de grande descarga, porém limitações quanto à altura de elevação de
fluído.
Prosseguindo com a análise dos tipos de turbobombas, chegamos pôr fim às
bombas axiais que conduzem o fluído por meio das pás de rotor em paralelo com o eixo
adotado e se sua geometria se altera para uma configuração de hélices cilíndricas, que
conduzem à formação de um movimento de vórtices forçados. Sendo assim, estas
diferentemente das bombas centrífugas, conferem energia cinética ao fluído por meio de
forças de arrasto (teoria de vórtices forçados, ou teoria da sustentação). Portanto, consegue-
se uma vazão de saída elevada se consideradas as cargas fornecidas para a realização de
trabalho no fluído. Vale ressaltar, que esse tipo de equipamento possui saída de fluído
sempre paralela ao eixo de trabalho, podendo ter diversos modos construtivos com eixo
vertical, inclinado ou até mesmo no sentido horizontal.
32

Tabela 2.3 – Parâmetro de velocidade específica em função do tipo de bomba em função de vazão,
altura manométrica e rotação.

Fonte: (MATTOS,1998).

Figura 2.18 – Esquematização e terminologia de uma bomba axial, com eixo vertical padrão, em
acordo com a norma brasileira ABNT NBR 10131:2015.

Fonte: (MACINTYRE, 1997).


33
Tabela 2.4 – Parâmetros de operação em Q (vazão), H (carga) com relação ao tipo de bomba.

Fonte: (MATTOS,1998).

3. Sistema de refrigeração chiller do natal shopping

Os sistemas de grande porte ou sistemas necessitam de algum tipo de controle


rigoroso de temperatura, umidade e filtragem, tais como ―shopping centers, ―data centers,
[...], geralmente são utilizados sistemas de expansão indireta, também chamados de
sistemas de água gelada. Nos sistemas de água gelada o equipamento de refrigeração é
instalado em uma área da edificação, chamada de Central de Água Gelada (CAG). A central
de água gelada incorpora equipamentos denominados de ―chillers que produzem o
resfriamento da água. A água gelada, produzida nos ―chillers, é bombeada e distribuída,
por uma rede de tubulações, para todas as áreas que serão condicionadas como estas
tubulações transportam água gelada são isoladas termicamente. No sistema de água gelada,
o resfriamento do ar é realizado por outros equipamentos denominados de ―fan-coils, que
são compostos por um ventilador que realiza a movimentação do ar e por uma serpentina na
qual circula a água gelada, os equipamentos ―fan-coils podem ser de grande porte,
instalados em casas de máquinas e com a distribuição do ar por dutos ou, ainda, podem ser
aparentes de pequeno porte. (THEMOPRESSAR,2014).
No natal shopping como um todo, faz-se uso de um sistema de refrigeração
composto por chillers para áreas de convivência comum à circulação de clientes (mall), além
do uso de selfs contained para climatização da área física destinada à administração do
shopping. Baseado nessa ampla faixa de ativos pertencentes ao shopping, sabendo
também, que não existe mão de obra suficiente para o controle e gestão desses ativos, uma
empresa terceirizada (Ecogen) detém a função de manutenção e controle dos dados
referentes ao funcionamento dos chillers. Os profissionais dessa empresa foram
34
responsáveis por me passar todo o conhecimento relativo ao controle operacional, assim
como em relação à disposição e função dos dispositivos presentes no sistema. Dentre as
rotinas operacionais, destaca-se o acionamento do equipamento, que é feito por meio de um
software. Proporcionando ao operador, uma gama de informações relativas ao
funcionamento de cada equipamento (como por exemplo, pressão de óleo no compressor,
vazão de ar pelo fan, temperatura do ar de recirculação, entre outros inúmeros fatores
relativos aos outros dispositivos componentes do sistema).
Quanto aos chillers presentes no Natal Shopping, sabe-se que estão confinados
em uma área técnica localizada em uma área com nível mais baixo em relação ao primeiro
piso do mall. Assim como as bombas de circulação de água gelada e de condensação, que
estão também presentes nessa área técnica. Com relação aos chillers, sabe-se que são
quatro equipamentos, sendo dois do tipo dois passos com potência de 400 TR. Onde este
possui uma configuração diferente, em que as tubulações de entrada e saída ficam somente
em uma lateral da máquina (figura 3.1), proporcionando maior facilidade na manutenção.
Existe ainda, o chiller de um passo (figura 3.2) com potência de 388 TR e por fim o chiller
com associação de compressores (Figura 3.3), que se trata de um equipamento mais antigo
que fica em stand-by, para suprir alguma necessidade ou emergência.

Figura 3.1 - Chiller de dois passos/ tubulações de entrada e saída

Fonte: Elaborado pelo autor.


35
Figura 3.2 – Chiller de um passo

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 3.3 – Chiller de quatro compressores

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.1 Componentes do sistema chiller


Sabe-se que ao contrário do conjunto evaporador, o condensador é usado em um
circuito aberto de água, ligado às torres de resfriamento. Contanto tem-se o problema
relacionado à formação de incrustação no interior dessa tubulação. Quanto a torre de
resfriamento, esta é responsável por resfriar água, que troca calor para o ar externo e
novamente retorna ao condensador para retirar calor do fluido refrigerante, fazendo com
que haja a mudança para a fase líquida.
Na realidade do natal shopping, existem quatro torres de resfriamento mais
antigas (figura 3.4), com potência de 400 TR, que são feitas de alvenaria, com
configuração que facilita a manutenção, ao contrário das novas torres de
36
resfriamento da expansão (figura 3.5). Tendo como principal deficiência, uma
dificuldade operacional vigente em questão da realização de manutenções, já que
são fechadas.

Figura 3.4 e 3.5 – Torres de resfriamento em alvenaria e novas torres de resfriamento da


expansão.

Alguns outros componentes secundários, mas não menos


importantes, foram listados em imagens. Como por exemplo, as bombas de
água de condensação e circulação de líquido, mostradas por meio das Fig.
3.6 e 3.7.

Figura 3.6 Bombas de água de condensação e circulação (BACCs)

Fonte: Elaborado pelo autor.


37
Figura 3.7 – Bombas de água de condensação (BACs)

Fonte: Elaborado pelo autor.

Alguns equipamentos extremamente importantes no processo de controle


operacional, também foram registrados, como é o caso dos termopares, onde dispomos de
dois tipos, os mais modernos de tomada em pontos da tubulação de entrada e outros
baseados no termômetro de mercúrio padrão. Outros componentes de controle operacional
que se tornam imprescindíveis são, válvula de controle, atuador e termostato, onde estes
têm como função, controlar a temperatura através do ajuste da vazão de água. Em uso nos
chillers existem válvulas motorizadas de bloqueio com atuadores de ação ‘on-off’ ou ‘uma
via’, na qual só tem a opção de abrir ou fechar. Já nos fancoils existem válvulas de 3 vias,
de ação proporcional com interligação entre os termostatos que possibilitam as palhetas ir
fechando fatiadamente, podendo controlar o fluxo de água gelada e consequentemente a
temperatura de refrigeração, conferindo a opção por inverter o fluxo no equipamento.

3.2 Funcionamento do sistema


O acionamento das bombas de água condensada e água gelada, se dá por
meio do software WellCare. O mesmo aciona o chiller e as bombas primárias e
secundárias. Onde a água desce das torres e então entra no chiller por meio da
tubulação de água condensada, onde por sua vez, a água será aquecida até
aproximadamente 35ºC, fazendo com que a mesma suba até a torre de
resfriamento que irá pulveriza-la (para aumentar a área de contato e assim facilitar
a troca de calor com o ar). Então a água segue para o chiller pela bomba primária,
nesse momento a água passa pela condensadora do chiller, que contém um
trocador de calor de duzentos canos de cobre, com até três passes. O fluído
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refrigerante do sistema é o R-134A que tem como função a troca de calor com a
água que está passando pela tubulação, essa água sai pela tubulação e irá se
juntar com a água do outro chiller de um passo, os dois chillers estão ligados em
paralelo, e assim depois dessa junção vai para a tubulação que segue para bomba
secundária e essa manda a água para os fancoils.
Os compressores do chiller de um passo são herméticos do tipo parafuso
com deslocamento positivo e velocidade variável.
Quanto as bombas, existem sempre destinadas três bombas (figura 3.12)
para alimentar um chiller, uma delas fica em stand by caso haja necessidade de
abastecer a bomba um ou dois por falhas, a tubulação fica interligada na bomba
um e dois, quando se abre o registro da bomba três, que fica em stand by, ela
alimenta a bomba que está com defeito e não está funcionando. Existe também um
rodízio de bombas, que é adotado para que todas estejam em funcionamento,
mudando apenas a periodicidade de um pra outro, no caso no chiller de dois passos
(não-automatizado), o rodízio tem uma periodicidade de 15 dias.

4. Estudo de caso e aplicação de metodologia

Durante o período em que estive trabalhando como estagiário no setor de


manutenção, tive a oportunidade de acompanhar um estudo de caso referente a um
problema de vazamento de bombas centrífugas de condensação (figura 4.1) de uma CAG
(central de água gelada). Partindo desse estudo de caso preliminar, essa parte do trabalho,
consiste em atribuir conceitos e metodologias de projeto, em busca do princípio de solução
especificado. Sendo esse, feito com análise nos parâmetros de projeto do equipamento,
condições específicas e definição de configuração material. Baseando o trabalho de
aplicação das metodologias no conceito de Simultaneous Engeneering, sendo este centrado
no trabalho objetivo, integral e flexível. Onde o foco, está ligado à diminuição do tempo de
desenvolvimento de projeto e busca por soluções. Quanto ao problema apresentado durante
o funcionamento dos equipamentos, constatou-se um vazamento característico, de forma
efusiva pelo selo mecânico dos equipamentos, onde desparafusamos as juntas de entrada
axial e radial do rotor e começamos a desmontar cada parte da carcaça que nos
proporcionou maior facilidade em identificar como o vazamento estava ocorrendo. Logo
abaixo, fiz alguns registros fotográficos (figuras 4.2, 4.3, 4.4 e 4.5) que facilitam a
visualização dos componentes envolvidos e dos procedimentos adotados.
39
Figura 4.1 – Bomba centrífuga de condensação.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 4.2 – Desmontagem do acoplamento bomba/motor elétrico e juntas

Fonte: Elaborado pelo autor.


40

Figura 4.3 – Desmontagem do rotor/ junta radial/ Figura 4.4 – Entrada axial do rotor desmontado

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 4.5 – Acoplamento bomba /motor elétrico desmontado.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Lista de requisitos para problema


Após uma concepção inicial das funcionalidades do projeto, performance e
especificações restritivas, chegamos à um ponto chave no desenvolvimento do projeto.
Sendo assim, algumas questões começam a ser listadas e consideradas para as próximas
41
etapas de esclarecimento do problema. As tarefas constituintes dessa fase são as
identificação das especificações que influenciam na solução, configuração e arranjo do
sistema, bem como a formulação e documentação das especificações e indicações
quantitativas. Todas essas tarefas nos levam até a um documento que nos fornecem todas
as informações relevantes para a concepção da solução.

Natal Folha 1
Lista de requisitos de uma bomba centrífuga de aspiração axial
BR Página 1

E (exigência)/D (desejo) Requisitos Responsável


Geometria:
E Diâmetro efetivo do rotor - 287 mm.
E Diâmetro nominal do rotor - 315 mm.
E Eixo escalonado com diâmetros variando de 50 a 60 mm.
E As flanges são PN 16 de dimensões em conformidade com EN 1092-2.
E Número de pás do rotor: 6 (Já que o ângulo de inclinação do bordo de saída
das pás é de 20º, de acordo com Carlo Malavasi).
E Carcaça em formato de caracol (voluta), com diâmetro de recalque 100 mm e
diâmetro de sucção em 125 mm (axial).

Cinemática:
D Mudança na frequência rotacional do eixo da bomba adequada à vazão de
refrigerante no condensador. Allan Vieira
E Vazão volumétrica nominal (caudal): 206 m³/h.
E Frequência de rotação em minutos: 1750 rpm.

Forças:
E Carregamento da união cubo-eixo submetido somente à torção pura, ou
seja livre da ação de momento fletor e esforço cortante ( PAHL, 2005).
E Deverá ser possível atingir a deformação plástica e a possível destruição da
união (PAHL,2005).
E Eixo deve suportar sem avarias ou desalinhamentos, as vibrações
resultantes do movimento rotativo.
E Empenamento resultante da montagem caixa de gaxeta e eixo, não deve ser
maior que 1,5 grau (MACINTYRE,1997).
42
Natal Folha 1
Lista de requisitos de uma bomba centrífuga de aspiração axial
BR Página 2

E (exigência)/D (desejo) Requisitos Responsável


Energia:
E Potência elétrica necessária ao funcionamento: 37 kW (50 cv).
E Tensão necessária ao funcionamento: 380/660V.
E Corrente nominal: 70,6/40,7 A.
E Ligação "estrela-triângulo" (Y-Δ).

Material:
E Corpo da bomba: Ferro fundido/ASTM A48-40 B.
D Rotor: EN-GJL-200/ASTM A48-30 B (Aço inoxidável).
E Elemento vedante: Borracha EPDM.
E Anel de desgaste: Bronze (CuSn10).
D Eixo: Aço inoxidável. (D)
Allan Vieira
Sinal:
Variáveis a serem medidas:
E Vazão no recalque da bomba centrífuga
E Pressão superficial ao longo do comprimento e da chaveta
E Pressão de operação do equipamento
D Fácil acesso aos pontos de medição (PAHL, 2005).
43
Natal Folha 1
Lista de requisitos de uma bomba centrífuga de aspiração axial
BR Página 3

E (exigência)/D (desejo) Requisitos Responsável


Segurança e ergonomia:
E Operação da bomba automatizada. (E)
D Utilização de inversor de frequência. (D)
E Princípio de trabalho deve levar em conta, condicionantes ambientais
(baixo ruído, baixos níveis de vibração). (E)
D Utilização de soft starter para prevenção de choques elétricos. (D)

Manufatura e controle:
E Primar pela utilização de peças padronizadas, com intercambiabilidade
simplificada por componentes presentes no comércio. (E)
E Manufatura separada de todos os componentes. (E)
D Usar grau de qualidade de usinagem 8 para união cubo-eixo. (D)
E Utilizar batimento radial e axial ao eixo vislumbrando os assentamentos dos Allan Vieira
rolamentos com relação à linha de centro do eixo, não sendo maior que 1
centésimo. (E)

Montagem e transporte:
E Realizar montagem da união cubo-eixo, com folga grande em relação ao
fundo do rasgo no eixo e com ajuste interferente nas laterais. (E)
D Utilizar ajuste indeterminado para montagem dos rolamentos junto ao eixo,
com tendência leve para interferência, devido a ação de cargas rotativas
relativamente elevadas. (D)
D Montagem dos aneis de retenção e vedagem com ajuste deslizante para
impedir a perda de água na junção da caixa de gaxeta e eixo. (D)
E O conjunto bomba-motor elétrico deve ser montado em uma base plana
com altura não superior a 30 centímentros do solo. (E)
44
Natal Folha 1
Lista de requisitos de uma bomba centrífuga de aspiração axial
BR Página 4

E (exigência)/D (desejo) Requisitos Responsável


Uso e manutenção:
E Peças sujeitas a desgaste, em baixa escala.
E Fácil acesso do conjunto bomba-motor.
E Juntas parafusadas vertical e horizontal (entrada axial) com torque aplicado
por igualdade e aperto/afrouxamento cruzado, direcionado para o centro da
junta.
D Inspeção do empeno do conjunto rotativo eixo-rotor não pode ultrapassar
0,038 mm (MATTOS,1998).
E Valores de folga diametral para anéis de desgaste definidos de acordo com
a tabela 4.1.
E Aneis de retenção quanto ao ajuste no eixo especificados pelas tabelas 4.2 e
4.3.
D Plano de manutenção, operação e controle para o conjunto deve Allan Vieira
especificado antes do início de operação dos componentes.
D Verificação mensal das condições do conjunto carcaça e rotor.

Tabela 4.1 – Determinação de folga diametral e tolerância dimensional de acordo com o diâmetro
do anel de desgaste adotado.

Fonte: MATTOS,1998.
45
Tabela 4.2 – Referência de variação de tolerância dimensional com relação ao diâmetro interno do
anel retentor e eixo.

Fonte: MATTOS,1998.

Tabela 4.3 – Referência de tolerância dimensional entre diâmetro externo do anel retentor e caixa.

Fonte: MATTOS,1998.

Estrutura de função
Entre as etapas de elaboração da lista de requisitos, que representa o princípio
de isolamento de projeto, chegamos ao próximo ponto que consiste na identificação dos
principais problemas intrínsecos as condições e parâmetros de projeto. Como princípio de
funcionamento de uma bomba centrífuga, temos algumas informações relevantes no que diz
respeito a operação e função do equipamento. Este será empregado, no processo de conferir
energia de pressão para o fluído de resfriamento secundário (água) que entra pela bomba e
é acelerado (tem sua energia cinética aumentada) quando entra pelo rotor (elemento
difusor). Sendo assim, o princípio físico existente é o de transformação de energia cinética
em energia potencial de pressão para realizar o deslocamento do fluído de um ponto com
altura negativa (ponto na linha de sucção) em relação ao reservatório superior (torre de
resfriamento). Portanto, se fizermos uma abordagem ampla de toda a compreensão de
funcionamento do equipamento teremos diversas funções desempenhadas pelos mais
46
diversos componentes. Sendo assim podemos dividir suas tarefas realizadas e ordena-las
como funções derivadas de uma função abrangente (função global de funcionamento do
equipamento), uma analogia correta nos levaria a considerar as funções primárias de “encher
a carcaça da bomba com água, antes de ligar o equipamento (escorva)”, “rotacionar o eixo”,
“admitir fluído pelo orifício do rotor” e assim por diante. Então teremos funções constituintes
de uma função global (conferir energia cinética ao fluído e transformar em energia potencial
de pressão, bombeando-o até o reservatório superior). Podemos agora iniciar a elaboração
da estrutura de função, iniciando por meio da formulação do problema global (figura 4.6).
Essa formulação pode ser compreendida como um fluxo material de água que é succionada
ininterruptamente para um dispositivo que rotaciona já que está unido ao eixo, então a água
entra pelo rotor e têm sua velocidade aumentada (aumento da energia cinética do fluxo de
material), já que o fluído é succionado axialmente e é direcionado pelas palhetas do rotor
para a periferia (força centrífuga), onde esse princípio é explicado pelo gradiente de pressões
existentes entra sucção (menor pressão) e extremidades (maior pressão). Após a saída da
extremidade, o fluxo material de água se direciona até a voluta (parte constituinte da bomba
em formato característico de “caracol”), onde o mesmo tem sua energia cinética convertida
em energia potencial de pressão (princípio explicado pela diferença de pressão entre
recalque e sucção) por meio da geometria da voluta, que tende a desacelerar o fluxo de
material e aumentar sua energia potencial.

Figura 4.6 – Formulação do problema e função global de acordo com a lista de requisitos.

Formulação do problema: Inf. Grau de Pa


BOMBEAR
Pb,
ÁGUA
Fluxo material de água que é “succionada”, Pa,
Vb
“acelerada até uma velocidade variável”, Vb
“desacelerada e pressurizada”, com vazões de
entrada e saída controladas pela frequência de
“rotação” do eixo acoplado ao rotor.
Funções:
Fluxo de material Índices e simbologia: Pb, Pa, Vb,
Fluxo de sinal Va.
Succionar S

Acelerar A
Energia P - Pressão
Desacelerar D Fronteira do sistema V - Velocidade

Rotacionar R
a – Alta
b – Baixa
Fonte: Elaborado pelo autor.
47

Depois de elaborada a formulação do problema e definição da função global


simplificada, podemos elaborar a função global detalhada com a presença das subfunções
presentes e os fluxos de material, energia e sinal compreendidos.

Figura 4.7 – Função global expandida da bomba centrífuga.

Energia elétrica E1 Emec,rot


E’1 E’1
= =
Converter Transmitir R
Diminuir i, tensão

corrente E’2,Vb,P E2,Va,P


a D b A
Energia cinética = E2
Energia potencial,pressão = S
E’2

Água Pb,
Vb

Fonte: Elaborado pelo autor.

Como já possuímos um equipamento específico definido para a aplicação


requerida, trabalhamos com uma formatação mais difundida e econômica, nos projetos do
tipo. Contanto, essa abordagem inicial nos serve de base para compreender a interação das
subfunções intrínsecas ao funcionamento, levando sempre em consideração os tópicos
delimitados pela lista de requisitos. Com isso, podemos abordar outras subfunções
individualizadas, simplificando cada qual com sua particularidade. No entanto, pretendo
restringir a análise deste presente trabalho ao estudo de caso (que por sua vez, pode ser
compreendido como uma subfunção da função global expandida da figura 4.7) citado
anteriormente. Sendo assim, voltamos novamente à análise do vazamento de água (fluído
de resfriamento secundário) pela conexão entre carcaça e voluta, portanto chegamos à
subfunção vedação. Essa subfunção por sua vez ficará responsável por restringir o fluxo
material de água, portanto fiz uma análise de funcionamento do sistema e percebi que a
subfunção vedação deve receber o fluxo material das funções que ocorrem com contato da
conexão carcaça e voluta (conjunto eixo-rotor). Chegando à configuração mostrada por meio
da figura 4.8.
48

Figura 4.8 – Subfunção vedação, recebendo fluxo material das funções rotacionar, acelerar e
desacelerar.

Energia elétrica E1 Emec,rot


E’1 E’1
= =
Converter Transmitir R
Diminuir i, tensão
Vedação
corrente E’2,Vb,P E2,Va,P
a D b A
Energia cinética = E2
S
Energia potencial,pressão = E’2

Água Pb,
Vb

Fonte: Elaborado pelo autor.


Nos casos comuns à construção de estrutura de funções, nota-se que as
possibilidades configuração são maiores do que as já apresentadas. Contudo vale lembrar,
que as entradas de sinal estão sempre ligadas à variação de frequência do eixo de rotação
do motor elétrico, que por consequência é transmitida para o eixo da bomba, ou seja, toda a
sequência de sinais se resume ao uso de um equipamento externo emissor (podendo ser o
inversor de frequência, como se é ressaltado na lista de requisitos). Já com respeito às outras
possíveis mudanças em configuração de etapas ou inversão de funções, optei por não
realizá-las, pois o projeto e funcionamento do equipamento são pré-determinados, como já
fora mencionado.

Busca de principio de solução

Entre as maneiras mais comuns e convencionais na busca dos princípios de


solução, os métodos estarão atrelados às ferramentas convencionais de pesquisa
bibliográfica, análise de outros sistemas similares conhecidos, métodos de brainstorming,
bem como o uso de catalógos e ordenamento sistemático de soluções por princípios de
funcionamento. Nessa etapa de concepção do princípio de solução, costuma-se utilizar uma
compilação dos métodos outrotra citados para se obter as melhores avaliações de princípios
possíveis. Sendo estes, conectados com as subfunções específicas com cada caso.
Portanto, quando definimos princípios de solução para uma subfunção constituinte da função
global, estamos na verdade definindo um configuração que altera o problema como um todo,
mas que propõe a resolução da tarefa de uma maneira mais otimizada.
49

Tabela 4.4 – Relação de simbologia e tipos de função.

Fonte: (PAHL,2005).

Figura 4.9 – Princípios de solução ligados as devidas subfunções estabelecidas.


Princípio de trabalho
TRF 1 2 3 4 5 6 7 8
Subfunção
Elétrica Inversor de Soft starter
Diminuir frequência Ligação estrela- Partida
1 Ligação direta
corrente triângulo compensada
Elétrica
Mecânica Articulação por Roscas de Pinhão- Correias de Alavanca
barras transmissão cremalheira transmissão
2 Transmitir Eixo-Cubo
Mecânica
Mecânica Eletroimã Estricção elétrica Estricção
Motor elétrico 4 Motor elétrico 2 magnética
3 Converter
pólos pólos
Elétrica
Hidráulica
Rotacionar/ Rotor semi-
4 Rotor aberto Rotor fechado Lóbulos Palhetas Engrenagens Êmbolo Duplo parafuso
Acelerar aberto
Mecânica
Mecânica Válvula
reguladora de Tiristor-válvula
5 Desacelerar fluxo Carcaça-voluta
de bloqueio
Hidráulica

Selo mecânico
de dupla Selo mecânico Selo mecânico
Gaxeta dupla Selo mecânico
Selo mecânico Selo duplo de selagem, de dupla de dupla
6 Vedar Gaxeta com aneis em de dupla
simples expansão a gás multimolas com selagem em selagem não
EPDM selagem
vedação em sobre-pressão pressurizado
PTFE

Fonte: Elaborado pelo autor.

Seleção dos principios de funcionamento


A seleção dos princípios de funcionamento adequados ao funcionamento do
50
equipamento, passa sempre pela satisfação das necessidades da lista de requisitos, bem
como em parâmetros de custos aceitáveis. Sendo assim, decidi prezar pelos componentes
comerciais do equipamento do estudo de caso, que é a “NKG 150-125-315/287Y1F2AE-
SBAQE” da marca GROUNDFOS. Portanto, consultei o catalógo técnico da marca e obtive
algumas informações relevantes á individualização do problema chave (estudo de caso) e
avaliação das soluções encontradas previamente.
De acordo com o catálogo do fabricante, se trata de uma “Bomba centrífuga
monocelular não auto-ferrante, em conformidade com EM 5199, de dimensões e rendimento
nominal em conformidade com EM 2858. As flanges são PN 16 de dimensões em
conformidade com EM 1092-2. A bomba tem um orifício de aspiração axial, um bocal de
saída radial e um veio horizontal. Foi concebida segundo o princípio de construção
desmontável pela parte traseira, que permite a remoção do motor, do acoplamento, da caixa
de rolamentos e do impulsor sem causar interferências no corpo da bomba ou na tubagem.
O vedante de fole em borracha não equilibrado cumpre os requisitos da norma DIN EM
12756. A bomba está equipada com um motor assíncrono auto-ventilado, montado numa
base. A bomba e o motor estão montados numa base comum.
Também por meio do catalógo do fabricante, pude ter acesso à outras informações do
equipamento, como:

Vazão volumétrica – 206 m³/h


Rotação – 1750 rpm
Altura manométrica – 35 metros
Corpo da bomba – Ferro fundido/ ASTM A48-40 B
Impulsor – Ferro fundido / ASTM A48-30 B
Anel de Desgaste – CuSn10
Pressão máxima – 16 Bar
Diâmetro efetivo do impulsor – 287 mm
Impulsor Nominal – 315 mm
Diâmetro da seção passante do eixo escalonado – 50 mm.

Além de informações ilustrativas de esquematização dos componentes montados


e do esquema de ligação do motor elétrico padrão (figuras 4.10 e 4.11, respectivamente).
51

Figura 4.10 – Esquematização representativa das dimensões do acoplamento bomba/motor


elétrico.

Fonte: CATALÓGO TÉCNICO GROUNDFOS.

Figura 4.11 Esquema de ligação padrão Y-∆ , do motor elétrico.

Fonte: CATALÓGO TÉCNICO GROUNDFOS.

Sendo assim, de acordo com as informações obtidas e os princípios de solução


encontrados na figura 4.9, podemos nortear a configuração do equipamento e selecionar os
princípios de solução encontrados para a subfunção “vedar”, fugindo um pouco do método
tradicional. Onde este opta por avaliar combinações de princípios para avaliação posterior
de funcionamento completo. Contudo, para a nossa análise não é necessário já que
dispomos das informações técnicas suficientes do equipamento. Nos permitindo focar no
estudo de caso individualizado.
52
Fazendo um estudo dos valores de mercado para os princípios de vedação pré-
selecionados, de algumas marcas atuantes. Cheguei à formulação da tabela 4.5.

Figura 4.12 – Lista de seleção e avaliação dos princípios de funcionamento.


Lista de seleção e avaliação de princípios de funcionamento
Avaliar solução conforme os critérios definidos á baixo:
Sim (+)
Solução de acordo com o número

Não (-)
definido - [linha][coluna]

Informações insuficientes (?)


Verificar lista de requisitos (!)

Compatível com o problema proposto


Satisfeitas as exigências da lista de requisitos
Em princípio realizável
Custo aceitável
Atende diretamente às medidas de segurança
A B C D E Observações
11 + + + + + Custo inicial elevado, porém compensado à longo prazo
12 + + + + -
13 + + + + -
14 + + + + -
15 - - - ? - Submete a bomba à picos de tensão e corrente da linha
21 - - - + -
22 + - - + +
23 + + + + + Tal como no equipamento estudado
24 + - - - + Níveis de vibração e combinação de princípios inviáveis
25 - - - ? -
26 + - - ? -
31 + + + + + Motor WEG PLUS 22, utilizado
32 + - + + -
33 + + - - - A longo prazo se torna inviável para combinação de princípios
34 - - - + -
35 - - - - -
41 + - + + - Rotor aberto diminui a eficiência hidraúlica
42 + + + + + Tal como no equipamento estudado
43 + - + + + Escoamento turbulento dificulta a condução do fluído
44 + - + + +
45 + - + - +
Atendem ao problema proposto, mas descaracterizam o
46 + - + + +
produto como bomba centrífuga
47 + - + + +
48 + - + - +
51 - - + - +
52 + + + + + Tal como no equipamento estudado
53 - + + - -
61 + - + + + Tal como no equipamento estudado
62 + - + + + Não compatível para operação em 16 bar
63 + + + + +
64 + + + + + Maior fator de segurança e manutenabilidade
65 + + - - +
Este selo possui uma vida útil maior e é resistente a agentes
66 + + + - +
corrosivos
67 + + - - + Não vantajoso ao projeto
Sobre-pressão faria com que o selo reduzisse a possibilidade
68 + + + + + de contato de partículas sólidas no fluído, com o eixo de
transmissão
Fonte: Elaborado pelo autor.
53
Tabela 4.5 – Valores de mercado pesquisados para os princípios de vedação selecionados.
SELO MECÂNICO SELO MECÂNICO SELO DUPLO MULTI- SELO MECÂNICO
TIPOS SIMPLES COM DE DUPLA MOLAS, COM DUPLO
VEDAÇÃO EM SELAGEM VEDAÇÕES EM PRESSURIZADO,
MARCAS PTFE PTFE COM VEDAÇÃO
EM PTFE
JOHN CRANE 250,00 579,00 690,00 800,00

SELOBRAS 225,00 485,00 635,00 680,00

TECHNO SEAL 230,00 525,00 620,00 780,00

Fonte: Elaborado pelo autor.


Propostas de solução para o estudo de caso

Fazendo uma comparação com os dois princípios de vedação propostos, temos


a vedação por meio de gaxetas e selo mecânico. Quanto ao primeiro princípio, segundo
MATTOS (1997, P.253) “Nas caixas de gaxetas, a selagem entre o eixo ou a luva de eixo e
a parte estacionária da caixa é feita por meio de anéis de gaxetas, colocados entre as duas
superfícies e mantidos apertados pela sobreposta da caixa de gaxetas”. Havendo um
vazamento controlado pela pressão da sobreposta com relação aos anéis vedantes. Esse
mesmo vazamento é proposital, já que este é aproveitado como lubrificante e refrigerante
das superfícies vedantes, que por sua vez estão submetidas à temperaturas e pressões mais
elevadas. Contudo, esse aperto da sobreposta aumenta o atrito existente entre os anéis e
os deteriora mais rapidamente, podendo comprometer o eixo ou a luva. Contudo, no caso
analisado, notou-se que os anéis de EPDM apresentaram um desvio irrisível de circularidade
e boa integridade estrutural, mas apresentava deposição de óxido de ferro na superfície
passante do eixo (por onde ocorria o vazamento). De acordo com CASTRO (2014), o limite
aceitável para vazamento por gaxeta é de até 60 gotas por minuto, para que os anéis não
comprometam o funcionamento da caixa de gaxetas. Sendo assim, notei que a causa para
o problema identificado na verdade partiu de uma combinação de fatores. O primeiro fator
está relacionada á qualidade da água que é utilizada pelas bombas, onde segundo GENTIL
(2011, P.189) “teores elevados de íon ferro (II), Fe 2+, que pela ação de bactérias ferro-
oxidantes são oxidados e posteriormente precipitados como tubérculos nas tubulações”, algo
conivente com o observado nos relatórios de qualidade, 2 meses antecedentes ao ocorrido
[concentração observada foi de 2 ppm, discrepante dos 1 ppm especificados por GENTIL
(2011)]. Essa deposição de oxidos de ferro, foi perceptível quando as juntas radial e axial
foram abertas. Este fato me levou a pensar em algum outro fator implicante na aceleração
do processo de corrosão. Com isso, levantei uma hipótese relacionada ao pH da água, visto
que de acordo com a figura 4.14, quanto mais temos um pH menor, existe uma taxa de
corrosão mais elevada. Isso explicaria muito da desgradação acentuada dos componentes
internos da bombas (feitos em ferro fundido) e da parte interna da tubulação de
54
condensação, algo que consequentemente afetaria na degradação mais acentuada do eixo
(feito em aço 1045). Contanto nos relatórios de qualidade da água ao qual tive acesso não
percebi nenhuma alteração significativa, fora do que se considera como um pH neutro
(próximo a 6). Outra hipótese levantada, se deve ao fato da presença de sólidos em
suspensão no fluído em escoamento, que leva a um processo erosivo na superfície do eixo
de aço-carbono. Já que com o aumento da velocidade do fluxo, temos um aumento da taxa
de corrosão-erosão.

Figura 4.13 – Esquematização de posição de gaxetas e sobreposta.

Fonte: (MATTOS,1997).

Figura 4.14 – Correlação entre o pH da água e a taxa de oxidação do ferro.

Fonte: (GENTIL,2011).

Portanto, prefiri optar pelo princípio de vedação com selo mecânico, onde
segundo MATTOS (1997, P.253) “as superfícies de selagem são localizadas em um plano
perpendicular ao eixo e usualmente consistem de duas superfícies adjacentes altamente
polidas; uma superfície é ligada ao eixo e a outra à parte estacionária da bomba. Estas
superfícies altamente polidas são mantidas em contato contínuo por molas formando um
selo fluido entre as partes rotativas e estacionárias com muito pequenas perdas por atrito”.
Sendo assim, por meio desse princípio contrutivo (figura 4.15), os selos possuem muitas
vantagens quando comparados com as gaxetas, já que não são suceptíveis a vazamentos
55
por minímos que sejam, além de suportarem diferentes condições de operação. Atuando
com pressões mais altas, além de trabalharem com frequências de rotação mais elevadas.
Resistindo muito mais à abrasão e desgaste por si só. Contudo, temos um problema
relacionado diretamente com oxidação e desvio de circularidade no caso da gaxeta, ao qual
propiciava folgas diametrais indesejadas, que por sua vez levaram a formação de óxido
metálico na superfície do eixo passante.

Com respeito aos tipos de princípios previamente, selecionados na fase de


“seleção e avaliação dos princípios de funcionamento” (figura 4.12), farei uma avaliação dos
princípios em separado para que possamos elucidar qual tipo de selagem mecânica
devemos fazer escolha.
I. Selos simples: Não são recomendados para aplicações com fluído corrosivo,
devido a exposição de seus componentes em contato direto.
II. Selos duplos: Servem como alternativa aos selos simples em aplicações
envolvendo fluídos abrasivos que podem desgastar as faces de vedação (as
faces devem ser polidas) e corrosivos que exigiriam metalurgia custosa na
estrutura de um selo simples.
III. Selo duplo pressurizado: Basicamente um líquido com função seladora é
colocado no interior das faces de vedação, sendo compatível com o fluído a
ser vedado, sendo posicionado entre o selo primário e o selo secundário, a
uma pressão superior à do fluído.
IV. Selo de dupla selagem com expansão a gás: Este selo possui um princípio
parecido com o selo de dupla selagem pressurizado, as mudanças estão
relacionadas ao gás que é inerte e serve como barreira, mas que está em uma
pressão próxima a da atmosfera ou menor.

Estes são os princípios de funcionamento básicos presentes em selos


mecânicos, variando basicamente em relação aos materiais empregados nos anéis de
vedação e na sede estacionária de composição. Além da configuração e quantidade de
molas, já que estas estão relacionadas à absorção de cargas rotativas e desvios de forma
do equipamento. Sendo assim, proponho que o tipo de anel vedativo rotante, seja feito em
PTFE, que é um material não-abrasivo com reatividade quase nula em reação a formação
de óxidos e de custo mais acessível se comparado a outros materiais de mesmas
propriedades.

Portanto, creio que a melhor solução dentre as previamente selecionadas na figura 4.12,
56
seria a de um selo mecânico com sede de aço inox, multi-molas (torna o selo mais resistente
a pressão e dificulta a ocorrência de desvios de circularidade) e anel vedante rotante feito
em PTFE (teflón, que é extremamente resistente à oxidação)(figura 4.16). No entanto, para
o funcionamento correto do sistema de vedação, são necessárias ações complementares.
Sendo estas, o desbaste na seção do eixo danificada, bem como a fabricação de uma luva
de eixo para se obter o diâmetro original da seção desbastada. Quanto as características
dessa operação, temos um eixo em aço 1045 com diâmetro de 50 mm e comprimento de
100 mm, portanto se realizará um torneamento nessa seção com valor igual a 2 mm. Já com
relação à luva de eixo, existe a necessidade que a mesma seja resistente á oxidação e
adotou-se o aço inox 304 para a operação, com diâmetro externo de 50 mm e diâmetro
interno de 48 mm. Sendo assim, fiz uma breve levantamento de custos dessas operações,
ilustrados pela figura 4.17. As outras opções selecionadas, também foram satisfatórias, de
acordo com a figura 4.12, mas combinadas às operações complementares aos custos
empregados, não são tão vantajosas quanto a proposta supracitada.

Figura 4.15 – Selo mecânico com vista em corte

Fonte: (FERRAZ, 2008).

Figura 4.16 – Selo mecânico do tipo SB-OTT, com sede em inox e anel vedante secundário em
PTFE.

Fonte: https://selobras.com.br/produto/selo-mecanico-sb-o/, acessado em 12/11/2019.


57

Figura 4.17 – Valores referenciais para os serviços requeridos de algumas empresas sediadas em
Natal-RN.
EMPRESA JUAREZ
TORNEARIA E
TORNEARIA SÓ TORNEARIA DO
WE TORNEARIA SERVIÇOS DE TORMEC
INOX LEÃO
SERVIÇO SOLDA

DESBASTE DA
SEÇÃO 40,00 110,00 50,00 80,00 100,00
DANIFICADA
CONFECÇÃO DE
LUVA PARA A 480,00 600,00 550,00 380,00 640,00
SEÇÃO

OBS: Valores com referência nas dimensões de diâmetro do eixo em 50 mm, e comprimento da seção em 100
mm. Material do eixo em aço 1045. Bucha em aço inox 304, com 50 mm de diâmetro externo e 48 mm de
diâmetro interno.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Embora tenha feito opção por um princípio de solução em específico, algumas


outras ações são também benefícas ao funcionamento do sistema. Sendo o uso de filtros
nas juntas axial e radial da tubulação de água de condensação, como de extrema
importância. Já que, o sistema notadamente possui um problema de formação de tuberculos
nas tubulações, que por sua vez são arrastados pra dentro da bomba, aumentando erosão
no rotor, carcaça e o próprio selo. Diminuindo também a eficiência do equipamento como um
todo.
58
5. Conclusões
Durante a fase de pesquisas e definição de tema ao qual o trabalho seria
desenvolvido, me deparei com a possibilidade de trazer uma abordagem nova em um
âmbito até então, pouco explorado. Portanto, esse fato me motivou a explorar
metodologias novas de concepção, descrição e escolhas de projeto para um estudo
de caso concreto. Tendo uma importância notável, quando avaliamos todas as
diretrizes de funcionalidade e performance de um produto ou equipamento qualquer.

Com relação a abordagem no nosso estudo de caso (vazamento em sessão


passante do eixo em uma bomba centrífugra pura), podemos agora discernir a
concepção de solução como um conjunto de métodos que se dão por meio de
isolamento de caso, elaboração das estruturas de função, bem como busca por
princípios de solução iniciais e avaliação das soluções propostas. Sendo assim, esse
tipo de abordagm nos propícia uma possibilidade de trabalhar de forma concisa, clara,
objetivando um trabalho integral, com flexibilidade e voltado para a otimização do
projeto. Nos levando á um projeto mais eficiente, com menor tempo de
desenvolvimento e de maior qualidade, processo conhecido como simultaneous
engineering.
6. Referências

ÇENGEL, Yunus A.; BOLES, Michael A..Termodinâmica. São Paulo: Mc


Graw Hill, 1998.

STOECKER, W.F., SainzJabardo, J.M., Refrigeração industrial. Ed. Edgard


Blücher, 2002.

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7. Anexos

ANEXO 1 – Foto elaborada pelo autor da oficina onde a manutenção da


bomba foi realizada.
ANEXO 2 – Fotos elaboradas pelo autor da seção passante do eixo,
acometida pelo vazamento estudado.
ANEXO 3 – Foto elaborada pelo autor do eixo desmontado.
ANEXO 4 – Foto elaborada pelo auto do pós desbaste da seção danificada.
ANEXO 5 – Fotos elaboradas pelo autor do rotor desmontado.
ANEXO 6 – Bomba centrífuga estudada em vistas e em perspectiva com
modelo 3D renderizado.
ANEXO 7 – Bomba centrífuga e motor elétrico em vistas explodidas de seus
componentes.
7.1 – Anexo 1

7.2 – Anexo 2
7.3 – Anexo 3
7.4 – Anexo 4
7.5 – Anexo 5
7.6 - Anexo 6

Vista inferior Vista frontal

Perspectiva em 3D renderizado Vista superior


Vista lateral esqueda Vista Posterior

Vista lateral direita


7.6 Anexo 6
Vista explodida da bomba “NKG 150-125-315/287Y1F2AE- SBAQE”
Vista explodida do motor elétrico

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