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Materiais Não Metálicos

do Equipamento Interno do Veículo PV


Determinação da Emissão de Combinações Orgânicas 3341
VOLKSWAGEN 55 03 1
Caso haja divergência entre o conteúdo desta tradução e do original, prevalece o disposto neste último.

Referências:
A presente Especificação de Ensaio aplica-se a ensaios para controle de
amostras e de produção em série.

Sumário Página
1 Generalidades 1
2 Preparação do material de ensaio 1
3 Aparelhos e condições de ensaio 2
4 Execução do ensaio 2
5 Calibração 3
6 Avaliação 3

1 Generalidades
1.1 Finalidade
A presente Especificação de Ensaio (PV) define as emissões de combinações orgânicas de
materiais não-metálicos, situados na zona de influência direta ou indireta do compartimento de
passageiros em veículos automotores.
A soma de todos os valores resultantes das substâncias emitidas após uma desagregação
cromatográfica em fase gasosa e uma detecção feita por detector de ionização térmica representa
a medida para o potencial de emissão de um material. Após aclimatização a 120 ºC, o material de
ensaio deve ser submetido a uma análise executada pela técnica “head-space”.
1.2 Requisitos
Os respectivos locais de retirada de material de ensaio, bem como os requisitos correspondentes
e as determinações específicas referentes ao acabamento, estão assinalados no desenho e/ou
constam da Condição Técnica de Fornecimento (TL) correspondente.
No caso de componentes compostos de diferentes materiais, poderá vir a ser requerido um ensaio
em separado para cada tipo de material.

Continuação páginas 2 a 4

3ª Revisão
2ª Revisão
1ª Revisão 03.95 Revisada
1ª Edição Data Tradução Verificado Aprovado
12.87

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Materiais Não Metálicos
PV do Equipamento Interno do Veículo
3341 Determinação da Emissão de Combinações Orgânicas

2 Preparação do material de ensaio


O transporte e o armazenamento do material de ensaio devem ser feitos em embalagem de
polietileno revestido de alumínio.
A retirada do material de ensaio deve ser realizada imediatamente após a entrega da remessa de
material, ou em estado equivalente. Devem ser registradas data e hora, tanto da entrega de
remessa quanto da retirada do material de ensaio.
Via de regra, não deve ser feito condicionamento do material de ensaio, exceção feita a materiais
naturais (algodão, madeira, couro, lã). Antes de sua pesagem, esses materiais devem ser
submetidos à secagem, em estado fragmentado, sobre cloreto de cálcio (CaCl2) , durante 24 h.
O material de ensaio deve ser retirado do componente no ponto determinado, abrangendo toda a
seção transversal do mesmo. Deve ser fragmentado em pedaços, pesando mais de 10 mg e
menos de 25 mg, sem provocar o aquecimento do material de ensaio. Caso necessário, também
poderá ser determinado um outro processo de preparação do material de ensaio no desenho e/ou
na TL Esse processo deve ser mencionado na indicação dos resultados do ensaio.
A quantidade de material de ensaio a ser pesada depende do tamanho do frasquinho “head-
space”, cujo conteúdo mínimo deve ser de 5 ml. Devem ser pesados 1,000 g+ 0,001 g de material
de ensaio (ou seja, erro de pesagem máximo 0,1 %) por 10 ml de volume do frasquinho. As partes
metálicas devem ser removidas antes da pesagem.
As substâncias orgânicas aderentes a elementos metálicos, tais como verniz, adesivos e
similares, devem ser removidas mecanicamente e depois pesadas.
As partículas de ensaio devem ser pesadas e colocadas em um frasquinho “head-space” (no
mínimo, 3 frasquinhos para cada material de ensaio); em seguida, o frasco deve ser
hermeticamente fechado mediante utilização de um septo revestido de camada de teflon, voltada
para o interior do frasquinho.

3 Aparelhos e condições de ensaio


3.1 Aparelhos de ensaio
Cromatógrafo para fase gasosa para operação de absorção por coluna capilar, com emissor de
ensaio “head-space”, detector de ionização térmica (FID) e computador/ integrador.
Coluna separadora capilar WCOT, com uma fase de separação de 100% de polietilenoglicol (o
chamado tipo Wax, por exemplo DB-Wax, Carbowax,...);
0,25 mm Ø int., 0,25 µm espessura de película, 30 m de comprimento.
Balança laboratorial com precisão de 0,1 mg.
Ponta microlitro, 5 µl, retirada do material de ensaio no corpo de vidro.
3.2 Condições de medição
Programa GC de temperatura do forno 3 min de isotermia a 50º
aquecimento para 200 ºC, a uma taxa de
12K/min;4 min de isotermia a 200 ºC.
Temperatura do injetor 200 ºC
Temperatura do detector 250 ºC
Relação de Split aprox. 1 : 20
Gás de sustentação hélio
Velocidade média do gás de sustentação (22 a 27) cm/s
Observação:
A substância 2,6-Di-terciário-butil-4-metilfenol (BHT) deve apresentar um tempo de retenção
inferior a 16 min.

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4 Execução do ensaio
Imediatamente antes da medição, os frasquinhos devem ser aclimatizados a 120 ºC ± 1ºC no
emissor de ensaio “head-space”, durante 5 h ± 5 min, para concentração das substâncias
existentes no ar acima do material de ensaio; em seguida, devem ser analisados com o auxílio do
mesmo. Devem ser analisados, no mínimo, 3 corpos de prova de material de ensaio a cada vez.
O coeficiente reativo deve ser determinado através da formação do valor médio dos valores
sinalizados resultantes de, no mínimo, 3 medições com frasquinhos de ensaio vazios.
A dosagem deve transcorrer de forma idêntica e reproduzível em todas as análises dos corpos de
prova, do coeficiente reativo e das soluções de calibração.
Uma vez por semana, a coluna de separação deve ser aquecida até a sua temperatura máxima,
por 15 min, para expurgo térmico.

5 Calibração
Para a determinação quantitativa da emissão total de carbono, bem como da quantidade de
substâncias isoladas, devem ser estabelecidas curvas de calibração segundo o método do padrão
externo.
Para a emissão total de carbono, deve ser utilizada acetona como substância de calibração; para
as substâncias isoladas, devem ser utilizados os próprios materiais das respectivas substâncias.
Após instalação de uma nova coluna e após cada modificação efetuada no aparelho, deve ser
executada uma calibração básica com 7 concentrações de calibração. Além disso, a cada 4
semanas, deve ser feita uma calibração de controle com pelo menos 3 concentrações.
Para a calibração básica com acetona, devem ser preparadas 7 soluções de calibração com as
concentrações 0,1 g, 0,5 g, 1 g, 5 g, 10 g, 50 g e 100 g de acetona por litro em n-butanol. Para a
calibração de controle, devem ser preparadas, no mínimo, 3 concentrações de 0,5 g, 5 g, e 50 g
de acetona por litro. Antes deve ficar assegurado que no n-butanol utilizado não ocorram picos ao
mesmo tempo que a acetona.
Para as substâncias isoladas, devem ser preparadas soluções de calibração nas mesmas
concentrações que para a calibração de controle de acetona, sendo que, a cada vez, deve ser
utilizado um solvente que não apresente picos durante o tempo de retenção da referida substância
isolada e cujo ponto de ebulição se situe abaixo de 120ºC.
Todas as substâncias utilizadas na calibração devem apresentar, no mínimo, qualidade p.a.
Nas medições de calibração, devem ser injetados com uma seringa de 5µl, a cada vez, 2 µl+ 0,02
µl (ou seja, com um erro de injeção de, no máximo, 1%) por 10 ml de volume do frasquinho, em
um frasquinho “head-space” vazio, não fechado hermeticamente. Ao encher a seringa, deve ser
verificado que não permaneceram bolhas de ar no êmbolo. Imediatamente após, o frasquinho
deve ser hermeticamente fechado, conforme descrito no item 2.
Os corpos de prova de calibração devem ser aclimatizados a 120 ºC no emissor de ensaio “head-
space”, durante 1 h, e em seguida analisados conforme a Prescrição Geral de Ensaio, sendo que
a programação de temperatura do cromatógrafo para fase gasosa pode ser interrompida após a
eluição do solvente. Devem ser efetuadas pelo menos 3 medições para cada solução de
calibração.
A partir de uma aplicação das áreas apuradas para cada uma das substância de calibração em
contraposição às concentrações das soluções de calibração (em g/l), pode ser calculada uma reta
de compensação, cuja ascensão representa o fator de calibração k [ k(G) para a emissão total, e
k(i) para a emissão de substância isolada]. No caso, deve ser aplicado o método de quadrados de
erros menores. Nesse método de cálculo, o coeficiente de correlação k deve ser superior a 0,995.

6 Avaliação
A partir dos dados registrados pelo cromatógrafo para fase gasosa, devem ser obtidos os valores
da área de pico (peak) total, bem como das áreas dos picos correspondentes às substâncias
isoladas, indicadas no desenho e/ou na TL.

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Para calcular a área total de pico, devem ser adotados somente os picos
-- cuja altura seja superior ao triplo do ruído da linha básica e
-- cuja área seja maior que 10% da área do pico de acetona na solução de calibração com a
concentração de 0,5 g/l.
O limite de detecção do processo de análise deve fornecer uma área de pico e uma altura de pico
inferior, em cada caso, a 10% do respectivo valor obtido para a acetona ao ser analisada uma
solução de calibração com uma concentração de 0,5 g/l de acetona.
Os valores de emissão almejados devem ser obtidos dos resultados de medição da seguinte
forma:

• Emissão total de carbono EG

Obtido a partir da área total de pico, resultante da análise do material de ensaio, e do fator de
calibração k(G) da calibração da acetona.
EG = área total de pico - área de pico do componente reativo x 2 x 0,6204
k(G)
A unidade perfaz: µgC/g (µg carbono por g de material de ensaio).
O fator dois é estabelecido pela referência ao "material de ensaio g" e deve ser obtido
mediante a colocação de 1 g de material de ensaio, porém, 2 µl de solução de calibração no
frasquinho de 10 ml.
O fator 0,6204 representa o índice de massa do carbono na acetona.

• Emissão de substância isolada Ei

Obtido a partir da área de pico, resultante do processo de análise do corpo de prova para
adetecção da substância isolada i, e do fator de calibração k(i) da calibração da substância
isolada.
Ei = área de pico da substância isolada i x 2
k(i)
A unidade perfaz: µg/g (µg de substância i para cada g de material de ensaio).
O fator dois é estabelecido pela referência ao “material de ensaio g" e resulta da colocação de
1 g de material de ensaio, porém, 2 µl de solução de calibração no frasquinho de 10 ml.
Não devem ser determinados os valores médios obtidos pelos resultados das 3 medições de uma
peça, mas sim todos os 3 valores de medição devem preencher os requisitos. Isto é necessário
para garantir que os requisitos foram atendidos em todas as partes do componente.

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