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07/06/2020
ESQUEMATIZAÇÃO
Introdução;
Capítulo 1: revisão da literatura;
Capítulo 2: componente preventiva do enriquecimento ilícito;
Capítulo 3: o enriquecimento ilícito dos agentes público no ordenamento jurídico moçambicano;
Capítulo 4: o enriquecimento ilícito no direito comparado;
Capítulo 5: apresentação e discussão de dados; Conclusão e Recomendações
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INTRODUÇÃO
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CONT.
Foram avançadas duas hipóteses, das quais uma foi considerada válida que estabelecia que
mecanismos de combate ao crime de enriquecimento ilícito e recuperação de activos no ordenamento
jurídico moçambicano não são eficazes.
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CONT.
Justificativa Problema
O que motiva o autor a investigar o presente Daí que coloca-se a seguinte pergunta de partida: Será
tema é o facto de sistemática e repetidas vezes, que os mecanismos de combate ao crime de
depararmo-nos com situações de agentes enriquecimento ilícito e recuperação de activos no
públicos que exercem cargos de chefia, ordenamento jurídico moçambicano são eficientes?
apresentar um património muito superior ao do
seu rendimento mensal, sem que se conheça a
proveniência lícita de tal riqueza.
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CONT.
De acordo com o Ministério da Administração Estatal (2005), o Distrito de Cuamba, está localizado
na parte Sul da Província do Niassa, a 295Km de Lichinga, confinado a norte com os distritos de
Mandimba e Matarica, a Sul com os distritos de Micanhelas e Guruè, este último da Província da
Zambézia, a Este com os distritos de Lalaua e Malema da Província de Nampula e com o Distrito de
Guruè na Província de Nampula e a Oeste com o Distrito de Micanhelas, distrito este que faz fronteira
com o vizinho Malawi.
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METODOLOGIA
A metodologia é a ciência que estuda os métodos. Segundo Gil (2008:163), define a metodologia como sendo
“procedimentos a ser seguidos na realização de uma pesquisa. A metodologia de demostrar como o trabalho vai ser
realizada para atingir os objectivos avançados”.
Método de abordagem: Neste trabalho usou-se o método indutivo. Este método permite ao autor generalizar os
resultados desta pesquisa.
Quanto aos objectivos: A pesquisa quanto aos objectivos é uma pesquisa exploratória.
Quanto a abordagem: Quanto a abordagem, a pesquisa é qualitativa, por ser uma forma adequada para entender a
natureza de um fenómeno.
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CONT.
Quanto aos procedimentos técnicos: Pesquisa quanto aos procedimentos técnicos é o estudo de campo, na medida
em que foi realizado com a perspectiva de aprofundar uma realidade específica, que é o enriquecimento ilícito em
Moçambique, caso das Autoridades Tributaria de Cuamba.
Quanto a abordagem: Quanto a abordagem, a pesquisa é qualitativa, por ser uma forma adequada para entender a
natureza de um fenómeno.
As técnicas de colecta de dados: Este trabalho foi aplicado a entrevista, como a técnica de colecta de dados.
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CONT.
Universo: O trabalho foi constituído por 40 elementos, que perfizeram o universo. Entende-se
universo a população que está sendo pesquisada, mas que deve possui a mesma característica. Neste
trabalho, considerou-se população funcionários da Autoridade Tributaria e Munícipes da vila de
Mueda.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Enriquecimento ilícito verifica-se nas situações em que alguém apresenta bens e valores
desproporcionais aos seus rendimentos e cuja origem não pode provar (Centro de Integridade Pública –
CIP, 2008).
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ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
“O enriquecimento ilícito é a transferência de bens, valores ou direitos, de uma pessoa para outra, quando não é
caracterizada uma causa jurídica adequada.” (Henz, 2002)
Exemplo: cobrança de tarifas, por instituição financeira ou por empresa de telefonia, não previstas na legislação ou
que não atendam a serviços efetivos.
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REQUISITOS DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
A doutrina identifica alguns requisitos para que se configure o enriquecimento ilícito a saber:
b) Conduta comissiva ou omissiva: existindo assim um enriquecimento ilícito mediante uma acção no sentido lacto, que
compreende o “facere” ou o “non facere” indevido do agente;
c) Obtenção de vantagem patrimonial pelo agente: o património do agente não precisa necessariamente aumentar, basta
que ele receba uma vantagem pecuniária indevida.
d) Ilicitude da vantagem obtida: ressalta-se que o agente público é enriquecido licitamente todos os meses quando recebe
sua remuneração.
e) Existência de um nexo causal entre o exercício funcional e a vantagem indevida: (nexo de oficialidade) não há
improbidade quando a vantagem indevida decorre da actuação do agente público como particular (Magno, 2005).
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NOÇÃO DE AGENTES PÚBLICOS
E a lei no 10/2017 de 1 de Agosto (Estatuto geral dos funcionários e agentes do Estado) no seu n. º 1 do
artigo 3 assevera que “são funcionários os cidadãos nomeados para lugar do quadro do pessoal e que
exercem actividades nos órgãos centrais e locais do estado” e o n.º 2 diz que são agentes do Estado “ os
cidadãos contratados ou designados nos termos da lei ou por outro título não compreendido no numero 1
daquele artigo, para o desempenho de certas funções na administração pública”.
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O ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DOS AGENTES PÚBLICO NO
ORDENAMENTO JURÍDICO MOÇAMBICANO
As convenções internacionais das quais Moçambique é parte recomendam aos Estados a adoptarem
medidas legislativas visando a punição do enriquecimento ilícito enquanto acto de corrupção. O
artigo 20 da convenção das Nações Unidas contra a corrupção com epígrafe “Enriquecimento ilícito”
aprovado pela Resolução no31/2006 de 29 de Dezembro em conjugação com o artigo 8 da carta da
União Africana sobre a prevenção e combate a corrupção, aprovada pela Resolução n o30/2006 de 29
de Agosto e artigo 17 do Protocolo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
(SADEC) contra a corrupção aprovada pela Resolução no 33/2004 de 9 de Junho.
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O ENRIQUECIMENTO ILÍCITO NO DIREITO COMPARADO
A maneira de Moçambique, Portugal também enfrentou serias dificuldades para tipificar o crime de
enriquecimento ilícito, mas por imperativos legais e princípios lógicos, acabou por tipificar através do
projecto de Lei n.º 25/XI-1ª proposta pelo partido comunista português com o seguintes teor:
Artigo único (Aditamento ao Código Penal) É aditado ao Código Penal aprovado pelo Decreto-Lei n.º
400/82, de 3 de Setembro, com as alterações que lhe foram posteriormente introduzidas, um novo artigo
na secção I (Da corrupção) do capítulo IV (Dos crimes cometidos no exercício de funções públicas) com o
n.º 374.º - A.
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APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE DADOS
Na parte de introdução, avançamos que a técnica de colecta de dados é a entrevista estruturada. De acordo com
amaneira de fazer análises nas pesquisas qualitativas, que envolve a entrevista, essa é feita na base de análise de
conteúdo. O autor questionou ao participante se, já ouviu falar de enriquecimento ilícito?
Todos entrevistados responderam que já ouviram a se falar de enriquecimento ilícito. O enriquecimento ilícito é um
fenómeno que se vive em quase todas as sociedades e em Moçambique é um facto real e ocorre em várias situações.
Estas respostas dos entrevistados mostram que o enriquecimento ilícito faz sentir na vida dos moçambicanos e de modo
particular na Cidade de Cuamba.
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CONT.
A segunda pergunta: Sendo um mal que enferma a sociedade moçambicana, criando enormes prejuízos
financeiros ao Estado, sabe dizer quais são os mecanismos de combate a este mal?
De todos entrevistados mostraram que tem noções da existência de instrumentos legais que prevê o combate ao
enriquecimento ilícito. O Código penal, o Código civil, a Constituição da República entre outras legislações, foram
apontados como mecanismos de combater o enriquecimento ilícito.
A terceira pergunta: Se a resposta da pergunta anterior for positiva, acha que estes mecanismos são eficazes,
atento a realidade moçambicana?
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CONT.
Demonstraram que os mecanismos são eficazes, mas o problema é da sua aplicabilidade, que é fraco. Lhes parece que o
fiscalizador, o aplicador se tornou num “autêntico árbitro e jogador” em simultâneo, como mostra a entrevista do T.A.1
em anexo.
A quarta pergunta: Quais deviam ser as medidas a serem aplicadas aos funcionários, que através das mais diversas
formas de fraude enriquecem ilicitamente?
Os entrevistados responderam que a punição de acordo com as leis, deveria ser aplicada a todos infractores ou os que
cometem o enriquecimento ilícito. Esta punição deveria ser a exoneração, expulsão, demissão de acordo com a
gravidade de cada caso.
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CONCLUSÃO
Dos aspectos identificados no desenrolar deste trabalho, constata-se que sem embargo de existir um quadro
regulador no nosso ordenamento jurídico moçambicano relativo a prevenção e a punição do
enriquecimento ilícito dos agentes públicos, constitui um dos veículos chave à prática daquele acto
(Enriquecimento ilícito), pois nos termos de código penal, ninguém pode ser punido sem que a lei
qualifique tal acto como sendo crime.
No que concerne a componente preventiva, constata-se que não existem mecanismos eficazes para que se
possa fazer uma fiscalização incisiva sobre as declarações de bens dos titulares de órgãos públicos, sendo o
teor destas ainda marcado pelo “secretismo” o que não se compadece com a transparência que deve nortear
a actividade administrativa do Estado.
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RECOMENDAÇÕES
Tendo feito a revisão da literatura e análise de dados, neste trabalho candidato avança como recomendações os
seguintes:
O Ministério Público deve investigar e acusar as pessoas suspeitas, cujos seus rendimentos não conseguem justificar
os bens que possuem;
A Assembleia da República, deve regulamentar os mecanismos de denúncia ou queixa por parte dos cidadãos, sempre
que desconfiem a existência de enriquecimento ilícito;
O Governo deve submeter o mais rápido possível, a lei de recuperação dos activos em caso de enriquecimento ilícito;
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MUITO OBRIGADO!!!
ABERTO SESSÃO DE QUESTIONÁRIO!
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