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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/ SAÚDE


ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE SAÚDE DE LUANDA
CURSO DE ANÁLISES CLÍNICAS

DOCENTE: ROSA FILIPE


DISCIPLINA: GESTÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS
LUANDA, JUNHO DE 2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO À GESTÃO
1.1. Conceito
1.2. Objectivos
1.3. Funções da gestão
1.3.1. Planeamento
1.3.1.1. Níveis de planeamento
1.3.1.1.1. Estratégico ou institucional
1.3.1.1.2. Táctico ou intermédio
1.3.1.1.3. Operacional
1.3.2. Organização
1.3.3. Direcção
1.3.4. Controlo
1.4. Áreas de gestão
1.1. Conceito

Processo de se conseguir obter resultados (bens e serviços) com os esforços dos


outros.
A gestão envolve todo um conjunto de trâmites que são levados a cabo para
concretizar um projecto.
1.2. Objectivos

Objectivo: orientar a empresa para determinados resultados chaves:


• Rentabilidade positiva
• Satisfação do cliente
• Qualidade do produto
• Diminuição de custo
1.3. Funções da gestão

1.3.1. Planeamento
Processo que determina antecipadamente o que deve ser feito e como deve ser feito.
Envolve a definição dos objectivos e metas sobre as tarefas a realizar e a seleção dos
recursos (humanos, financeiros, materiais, tecnológicos) necessários para atingir as
metas e objectivos delineados.
1.3.1.1. Níveis de planeamento
1.3.1.1.1. Estratégico ou institucional

Processo através do qual a gestão de topo define os propósitos globais da


organização e a forma de os alcançar. São objectivos de longo prazo. Envolve toda
a organização (membros do conselho de administração, conselhos de gestão e
direcção geral).

1.3.1.1.2. Táctico ou intermédio

Processa-se ao nível da gestão intermédia e resulta do desdobramento dos planos


estratégicos. São objectivos de médio prazo e são dirigidos para os vários
departamentos. (Diretores de departamentos).

1.3.1.1.3. Operacional

Predominam a componente técnica, traduzindo-se na execução de rotinas e


procedimento, direcionado a curto prazo. Envolve os supervisores chefes, chefes de
serviços e chefes de turnos.
1.3.2. Organização
Trata-se de adequar as actividades às pessoas e aos recursos da organização, definir
o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, o que é preciso
para a realização da tarefa para atingir os objectivos propostos.
1.3.3. Direcção
Compete traçar as diretivas e as orientações necessárias, definindo as operações e
tarefas a executar de modo a que seja possível alcançar os objectivos pré-estabelecido
e eventualmente tomar medidas corretivas.
A direcção envolve:
• Motivação- Habilidade de influenciar as pessoas para trabalharem com
entusiasmo a fim de atingir metas para o bem comum, com um carácter que
inspire confiança. Motivação é uma das preocupações fundamentais de um
gestor.
• Liderança- A liderança é uma competência essencial em qualquer
atividade profissional. Em um laboratório de análises clínicas, o bom gestor
é aquele que não só exerce bem as suas atividades, mas também tem o
poder de incentivar as pessoas e de proporcionar um bom ambiente de
trabalho.
• Comunicação-Dirigir é comunicar, influenciar comportamentos na busca
de objetivo pretendido, selecionar as formas mais adequadas e seguras para
que as ordens sejam entendidas.
Comunicação no ambiente de trabalho evita que informações sejam
divulgadas de forma inadequada.

Elementos da comunicação:
• Emissor– Pessoa ou grupo de pessoas que emite uma mensagem;
• Receptor– Pessoa ou grupo de pessoas que recebe a mensagem;
• Mensagem– Conjunto significativo de ideias, um texto;
• Código– a maneira pela qual a mensagem é organizada, sendo formada por
um conjunto de sinais, combinados de acordo com regras, conhecidas tanto
pelo emissor como pelo receptor da mensagem;
• Canal de comunicação – Meio pelo qual circula a mensagem. O canal deve
garantir o contrato entre emissor e receptor;
1.3.4. Controlo
Processo de comparação entre o desempenho actual e os padrões previamente
definidos com vista à execução das medidas correctivas eventualmente necessárias.
A sua finalidade e evitar que as coisas corram mal.
1.4. Áreas de gestão em laboratório clínico

• Diretoria– Administração (documentação e regulamentação) e Sector


Financeiro;
• Recursos Humanos– Admissão, Treinamento e Reciclagem de
Funcionários (qualidade de serviços), Folha de Pagamento, Benefícios,
Penalidades;
• Gestão de Informática– Instalação, execução e atualização de softwares
(intercomunicação entre equipamentos e emissão de laudos);
• Produção Laboratorial– Execução dos exames e procedimentos;
• Gestão de equipamentos– Calibragem, testes e execução dos ensaios;
• Gestão de materiais– Compra, controle, verificação da validade e eficácia
dos reagentes.
SUMÁRIO

2. SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE EM ANGOLA


2.1. Níveis de assistência
2.1.1. Nível primário ou cuidados primários de saúde (CPS)
2.1.2. Nível secundário ou rede hospitalar polivalente
2.1.3. Nível terciário ou rede diferenciada
2.2. Laboratório clínico
2.3. Organigrama de um laboratório
2. SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE EM ANGOLA

O Sistema Nacional de Saúde (SNS) é o conjunto de estabelecimentos Públicos e


Privados cujo objectivo é garantir a prestação de serviços de saúde à população.
O atendimento público de saúde em Angola é gratuito e obrigatório, e a rede privada
é obrigada a prestar atendimento de primeiros socorros, independentemente do poder
aquisitivo do paciente.

A saúde é um direito fundamental de todo ser humano.


2.1. Níveis de assistência

O sistema de saúde em Angola é basicamente dividido em 3 (três) níveis de


assistência: primário, secundário e terciário.
2.1.1. Nível primário ou cuidados primários de saúde (CPS)
Representado pelos Postos, centros de saúde, hospitais municipais, postos de
enfermagem e consultórios médicos, constituem o primeiro ponto de contacto da
população com o Sistema de Saúde.

2.1.2. Nível secundário ou rede hospitalar polivalente


Constituída pela rede hospitalares e regionais de menor dimensão, mas onde é já
possível o diagnóstico de determinadas patologias assim como o seu tratamento. São
administradas pelos governos provinciais.

2.1.3. Nível terciário ou rede diferenciada


Constituída pelos hospitais de referência e nacionais. Este nível de cuidados é
normalmente prestado em hospitais de maior dimensão e maior polivalência de
especialidades. Depende do Ministério da Saúde (MINSA).
A prestação de cuidados de saúde é feita pelos sectores público, privado e da
medicina tradicional.
2.2. Laboratório clínico

Serviço destinado à análise de amostras de paciente, com a finalidade de oferecer


apoio ao diagnóstico e terapêutico, compreendendo as fases pré-analítica, analítica e
pós-analítica.

Profissionais do laboratório clínico (multidisciplinar)


• Patologista clínico;
• Bioquímico;
• Biomédico;
• Farmacêuticos;
• Enfermeiro;
• Engenheiros clínicos, entre outros.
2.3. Organigrama de um Laboratório

É uma ilustração que representa a estrutura formal da empresa, como estão


organizados os setores e como estão definidas as suas hierarquias.
Permite a descentralização das funções, possibilitando tornar os sectores mais
dinâmicos, estabelecendo hierarquia a autoridade.

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