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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA

FACULDADE DE ENGENHARIAS – FAE


DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – DEITIC

CESSAÇÃO DA VIGÊNCIA DA LEI

Luanda /2021
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA
FACULDADE DE ENGENHARIAS – FAE
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – DEITIC

Lista dos Integrantes do Grupo II

Anderson de Oliveira Neves Gonçalves Pereira 34820


Anderson Kennedy Barreiro Augusto 34649
Daniela Jacira Gaspar Flor 34225
Fernando Capita Wanda 34103
Francisco José da Graça Gaspar 34766
Tonylson da Silva Emiliano 34062
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................. 4

2.1. Criação .................................................................................................... 4

2.2. Vigência .................................................................................................. 4

2.3. Vacatio Legis .......................................................................................... 4

2.4. Contagem do Prazo ................................................................................. 4

2.5. Revogação da Lei .................................................................................... 4

2.5.1. Revogação ......................................................................................... 5

2.6. Regra Geral ............................................................................................. 5

2.7. Leis com Vigência Temporária ............................................................... 5

2.8. Aplicação da Norma Jurídica .................................................................. 6

2.9. Vigência da Lei no Espaço X Vigência da Lei no Tempo ...................... 6

2.9.1. Vigência da Lei no Espaço ............................................................... 6

2.9.2. Vigência da Lei no Tempo ............................................................... 7

3. CONCLUSÃO ............................................................................................ 8

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 9


1. INTRODUÇÃO

A vigência é a propriedade das regras jurídicas que estão prontas para propagar
efeitos, tão logo aconteçam no mundo fáctico, os eventos que elas descrevem. Há normas
que existem e que são válidas no sistema, mas não estão vigentes. A despeito de
ocorrerem os fatos previstos na hipótese da norma, não se desencadeiam as consequências
estipuladas no mandamento. Tais regras de direito não têm vigor, seja porque já o
perderam, seja porque ainda não o adquiriram. Em suma, a vigência é uma "característica
da norma que indica o lapso de tempo no qual a conduta por esta prescrita é exigível. Em
outras palavras, a vigência indica o período no qual as prescrições jurídicas têm efeito..."

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Vigência da Lei
É o chamado ciclo vital da lei.
Nasce → Tem Continuidade → Cessa

2.1. Criação
Consiste em três fases: elaboração, promulgação e publicação.
1 - Elaboração: processo legislativo
2 - Promulgação: nascimento (ordenar a publicação)
3 - Publicação: quando passa a vigorar com a publicação no Diário Oficial.
É na publicação que se dá o início da norma, eis que ninguém pode se escusar
alegando que não a conhece (art. 3º, LICC)

2.2. Vigência
Início: publicação.
Término: revogação ou prazo determinado para sua validade.
É o prazo através do qual se delimita o período de validade da norma. Art. 1º,
LICC: a lei vigora a partir de 45 dias após a sua publicação.
Esse prazo não é obrigatório, podendo haver outras disposições se assim for
conveniente para maior estudo e divulgação da norma. Ex.: art. 2044, CC

2.3. Vacatio Legis


Intervalo entre a publicação e a entrada da norma em vigor.
Angola adota o prazo único ou sistema sincrônico da vacatio legis. A lei entra em
vigor na mesma data em todo território nacional.

2.4. Contagem do Prazo


Inclui-se o dia da publicação e o último dia do prazo, passando a ter vigência no
dia subsequente.
Sábados, Domingos e Feriados: não tem importância! Decretos e regulamentos:
não possuem vacatio legis, eis que entram em vigor na data de sua publicação.

2.5. Revogação da Lei


Quando há a cessação da lei, ou seja, quando ela termina. Em certos casos, o texto
legislativo determina um período de vigência para a norma que veicula.

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Com a fluência desse prazo, a norma automaticamente é "expulsa" do
ordenamento jurídico, deixando de viger. No entanto, na maioria dos casos, não há um
lapso temporal de vigência pré-estabelecido. Nessas hipótese a vigência da norma se
prolonga até que norma posterior venha aboli-la ou substituí-la. A esse ato que põe fim à
vigência de uma norma dá-se o nome de revogação.

2.5.1. Revogação
É a supressão da força obrigatória da lei (art. 2º, LICC). 2 formas:

a) revogação expressa: a nova lei expressa claramente a perda de eficácia da


norma anterior. Ex.: art. 2045, CC;

b) revogação tácita: a nova lei torna-se incompatível com a anterior, ficando esta
última revogada. Ex.: Código Civil de 2002 revogou tacitamente a parte material da Lei
do Divórcio.
Revogação Expressa/Tácita
Existem duas (2) formas:
Ab-rogação: revogação TOTAL, perde a eficácia na sua totalidade. Ex.: art. 2045,
CC;
Derrogação: revogação PARCIAL, a antiga continua vigorando com alguns
pontos revogados pela nova lei. Ex.: CPC continua em vigor, entretanto, vem sofrendo
reformas parciais com o advento de determinadas leis (10.352/01, 10.358/01, 10.444/02).

2.6. Regra Geral


A lei é permanente e só deixará de existir se sobrevier outra norma que a
REVOGUE! DESUSO: não é o caso de revogação.

2.7. Leis com Vigência Temporária


Termo fixado para sua duração, Condição resolutiva: chamadas LEIS
CIRCUNSTANCIAIS, terminam em função de determinado acontecimento;
Consecução de seus fins: terminam após alcançarem a sua finalidade (Ex.: lei da
copa).

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2.8. Aplicação da Norma Jurídica
Como saber quando usar?
❖ Através da interpretação:
Inicialmente a interpretação era vista somente pela vontade do legislador, hoje a
norma alcançou outros sentidos valendo-se da vontade da própria lei mais a livre
pesquisa.
➢ Hermenêutica: ciência da interpretação das leis.

❖ Quanto as fontes ou origem:


➢ Autêntica: interpretação legislativa, feita pelo próprio legislador que reconhece
haver necessidade de criação por não mais ser aquela utilizada. Quase nunca ocorre;
➢ Jurisprudencial: fixada pelos tribunais. Grande influência nas decisões de 1º grau.
Inclui-se aqui as súmulas;
➢ Doutrinária: análise do texto de lei a luz de conceitos trazidos por todos aqueles
que utilizam-se do direito (juízes, advogados, promotores, estudantes, etc...).

❖ Quanto aos meios:


➢ Gramatical: interpretação literal. Exame do texto normativo através da linguística,
observando-se a pontuação, os parágrafos, a colocação das vírgulas, etc;
➢ Lógica: interpretação racional. O intérprete procura extrair o máximo de lógica na
finalidade da lei, extraindo qualquer elemento absurdo;
➢ Sistemática: a lei não existe sozinha. Deve ser interpretada de acordo com todo o
sistema;
➢ Histórica: investigação na origem da norma. Tudo que foi levado em consideração
para que ela tenha sido elaborada de tal forma (aspectos políticos, econômicos,
sociais);
➢ Sociológica: interpretação teleológica. Adaptação da norma as novas tendências
sociais.

❖ Quanto aos resultados:


➢ Declarativa: quando a lei pronuncia exatamente a vontade do legislador sem
restrições;
➢ Extensiva: o texto legal diz menos do que deveria, sendo necessário a ampliação
de seu campo de atuação;
➢ Restritiva: ocorre o inverso, o texto diz mais do que deveria, devendo ser imposta
certa limitação à norma.
2.9. Vigência da Lei no Espaço X Vigência da Lei no Tempo

2.9.1. Vigência da Lei no Espaço


Deve ser analisada sob dois planos: interno e o externo.

Interno: depende essencialmente do ente governamental que a emite.

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Externo: a lei Angolana tem vigência em todo território nacional. Regra da
territorialidade (arts. 7º, 10 e 17, ).

2.9.2. Vigência da Lei no Tempo


A lei deve indicar o momento de sua entrada em vigor assegurado o período de
vacatio legis (art. 2º, LINDB).

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3. CONCLUSÃO

Com o presente trabalho constatamos que toda e qualquer lei tem, e dever ser
determinística, apresentar um período de vigência para o seu cumprimento, até porque
tudo que tem um princípio deve ter um fim, ou seja um ciclo de vida. Porém o ser humano
deve procurar sempre cumprir com a lei independentemente do seu tempo de vigência.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Concurseria, Vigência da Lei, Conflito das Leis no Tempo e Eficácia da Lei no Espaço.
Newtown Square, Project Management Institute, Inc. 2017.

Fontes Electrônicas:

Wikipédia.Vigência, [2021]. Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Vig%C3AAncia/ Acesso em : 11 de Dezembro 2021.

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