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Angola: Cessação dos Contratos de Trabalho

Cessação da vigência da lei


Conforme o artigo 7.° do código civil n.° "Quando se não destine a ter vigência temporária,a lei só
deixa de vigorar se for revogada por outra lei.
Existem algumas modalidades da cessação
Como:
Revogação e caducidade
Na revogação encontramos a revogação tácita e expressa
Total e parcial
- Caducidade: A lei deixa de vigorar quando ocorre um facto que ela própria prevê.
-Revogação: A lei cessa a sua vigência por efeito duma lei posterior de valor hierárquico.
-Revogação expressa: A nova lei declara que revoga a lei anterior
-Revogação tácita: Resulta duma incompatibilidade entre As leis nova e antiga.
-Revogação total: A lei anterior cessa totalmente a sua vigência também se denomina ab-rogação
-Revogação parcial só uma parte de lei deixa de vigorar fala-se também de derrogação...

Vigência
A vigência é a propriedade das regras jurídicas que estão prontas para propagar
efeitos, tão logo aconteçam no mundo fáctico, os eventos que elas descrevem. Há
normas que existem e que são válidas no sistema, mas não estão vigentes. A despeito
de ocorrerem os fatos previstos na hipótese da norma, não se desencadeiam as
consequências estipuladas no mandamento. Tais regras de direito não têm vigor, seja
porque já o perderam, seja porque ainda não o adquiriram [1]. Em suma, a vigência é
uma "característica da norma que indica o lapso de tempo no qual a conduta por esta
prescrita é exigível. Em outras palavras, a vigência indica o período no qual as
prescrições jurídicas têm efeito..." [2].
Início da vigência
Geralmente, uma norma entra em vigor no momento de publicação do texto legal que
a veicula. No entanto, pode ser estabelecido no próprio texto legislativo que a norma
só passará a viger após certo período de tempo contado a partir da publicação. Tal
período é denominado vacatio legis. Como explica Dimitri Dimoulis, "justifica-se por
razões de divulgação das novidades jurídicas, permitindo que os operadores jurídicos
preparem-se para a aplicação da nova regulamentação" [3].

Fim da vigência
Em certos casos, o texto legislativo determina um período de vigência para a norma
que veicula. Com a fluência desse prazo, a norma automaticamente é "expulsa" do
ordenamento jurídico, deixando de viger. No entanto, na maioria dos casos, não há um
lapso temporal de vigência pré-estabelecido. Nessas hipótese a vigência da norma se
prolonga até que norma posterior venha aboli-la ou substituí-la. A esse ato que põe fim
à vigência de uma norma dá-se o nome de revogação.

Vigência e aplicação das normas jurídicas


Como ensina Paulo de Barros Carvalho, "não devemos confundir vigência e aplicação
das normas jurídicas. Norma vigente pode não ser aplicada, ao mesmo tempo em que
nos deparamos com a aplicação de regras que já perderam seu vigor para o futuro.
(...) Nessa hipótese, tais normas passarão a ter apenas vigor sobre acontecimentos
anteriores à sua revogação, não podendo, portanto, alcançar fatos novos que
porventura ocorram. Nada obstante, continuam válidas no sistema, para aplicação a
sucessos passados, sobre os quais concentrarão o inteiro teor de sua vigência" [4].
Ademais, embora uma norma vigente deva ser normalmente aplicada, a sua não
aplicação não altera seu status de vigente. Trata-se de uma questão de eficácia social
da norma, inexistindo alteração do mundo social que o legislador prescreveu.
Nelson Rosenvald chama a atenção para a diferenciação entre vigência formal e
vigência material. A formal é por ele descrita como aquela que diz respeito a
elaboração pelo órgão competente e com respeito aos procedimentos legais, cita ele,
exempli gracia, o quórom de aprovação. Já a vigência material remete a qualidade
reconhecida pela norma que foi elaborada em harmonia com o sistema jurídico, não
violando preceitos elementares estabelecidos para a sua elaboração.

Vigência sincrônica
Pelo Princípio da vigência sincrônica entende-se que a obrigatoriedade da lei é
simultânea, porque entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e
cinco dias após sua publicação, não havendo data estipulada para sua entrada em
vigor. Está previsto no ordenamento jurídico pátrio com previsão expressa no artigo 1°
da Lei de Introdução ao Código Civil que dispõe: Art. 1°. Salvo disposição contrária, a
lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada. O princípio da vigência sincrônica é utilizado em toda a extensão territorial
do país. Para as embaixadas se estende o prazo para 3 meses, sob a justificativa de
atender os que se imigraram para países distantes em sentido de estarem cientes das
alterações, não podendo alegar o desconhecimento da lei. Como indica o artigo 3° da
Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro: Art. 3°. Ninguém se escusa de cumprir a
lei, alegando que não a conhece.

Referências

↑ CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 23. ed. São Paulo,
2011, pp. 116-118.

↑ DIMOULIS, Dimitri. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 4. ed. rev., ampl.


e atual. São Paulo: RT, 2011, p. 192.

↑ DIMOULIS, Dimitri. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 4. ed. rev., ampl.


e atual. São Paulo: RT, 2011, p. 194.

↑ CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 23. ed. São Paulo,
2011, p. 121.

Vigência da Lei, Conflito das Leis no Tempo e Eficácia da Lei no Espaço Direito Civil
Vigência da Lei
É o chamado ciclo vital da lei.
Nasce  Tem Continuidade  Cessa
Criação
Consiste em três fases: elaboração, promulgação e publicação.
1 - elaboração: processo legislativo
2 - promulgação: nascimento (ordenar a publicação)
3 - publicação: quando passa a vigorar com a publicação no Diário Oficial.
É na publicação que se dá o início da norma, eis que ninguém pode se escusar alegando
que não a conhece (art. 3º, LICC)
Vigência
Início: publicação.
Término: revogação ou prazo determinado para sua validade.
Conceito
É o prazo através do qual se delimita o período de validade da norma. Art. 1º, LICC: a
lei vigora a partir de 45 dias após a sua publicação.
Esse prazo não é obrigatório, podendo haver outras disposições se assim for
conveniente para maior estudo e divulgação da norma. Ex.: art. 2044, CC
Vacatio Legis
Intervalo entre a publicação e a entrada da norma em vigor.
Angola adota o prazo único ou sistema sincrônico da vacatio legis. A lei entra em vigor
na mesma data em todo território nacional.
Contagem do Prazo
Inclui-se o dia da publicação e o último dia do prazo, passando a ter vigência no dia
subsequente.
Sábados, Domingos e Feriados: não tem importância! Decretos e regulamentos: não
possuem vacatio legis, eis que entram em vigor na data de sua publicação.
Revogação da Lei
Quando há a cessação da lei, ou seja, quando ela termina. Em certos casos, o texto
legislativo determina um período de vigência para a norma que veicula. Com a fluência
desse prazo, a norma automaticamente é "expulsa" do ordenamento jurídico, deixando
de viger. No entanto, na maioria dos casos, não há um lapso temporal de vigência pré-
estabelecido. Nessas hipótese a vigência da norma se prolonga até que norma posterior
venha aboli-la ou substituí-la. A esse ato que põe fim à vigência de uma norma dá-se o
nome de revogação.
Regra Geral
A lei é permanente e só deixará de existir se sobrevier outra norma que a REVOGUE!
DESUSO: não é o caso de revogação.
Leis com Vigência Temporária
Termo fixado para sua duração, Condição resolutiva: chamadas LEIS
CIRCUNSTANCIAIS, terminam em função de determinado acontecimento;
Consecução de seus fins: terminam após alcançarem a sua finalidade (Ex.: lei da copa).
Revogação
É a supressão da força obrigatória da lei (art. 2º, LICC). 2 formas:
a) revogação expressa: a nova lei expressa claramente a perda de eficácia da norma
anterior. Ex.: art. 2045, CC;
b) revogação tácita: a nova lei torna-se incompatível com a anterior, ficando esta última
revogada. Ex.: Código Civil de 2002 revogou tacitamente a parte material da Lei do
Divórcio.
Revogação Expressa/Tácita
Existem duas (2) formas:
Ab-rogação: revogação TOTAL, perde a eficácia na sua totalidade. Ex.: art. 2045, CC;
Derrogação: revogação PARCIAL, a antiga continua vigorando com alguns pontos
revogados pela nova lei. Ex.: CPC continua em vigor, entretanto, vem sofrendo
reformas parciais com o advento de determinadas leis (10.352/01, 10.358/01,
10.444/02).
Aplicação da Norma Jurídica
Como saber quando usar?
Através da interpretação.
Inicialmente a interpretação era vista somente pela vontade do legislador, hoje a norma
alcançou outros sentidos valendo-se da vontade da própria lei mais a livre pesquisa.
Hermenêutica: ciência da interpretação das leis.
Quanto as fontes ou origem:
Autêntica: interpretação legislativa, feita pelo próprio legislador que reconhece haver
necessidade de criação por não mais ser aquela utilizada. Quase nunca ocorre;
Jurisprudencial: fixada pelos tribunais. Grande influência nas decisões de 1º grau.
Inclui-se aqui as súmulas;
Doutrinária: análise do texto de lei a luz de conceitos trazidos por todos aqueles que
utilizam-se do direito (juízes, advogados, promotores, estudantes, etc...).
Quanto aos meios:
Gramatical: interpretação literal. Exame do texto normativo através da linguística,
observando-se a pontuação, os parágrafos, a colocação das vírgulas, etc;
Lógica: interpretação racional. O intérprete procura extrair o máximo de lógica na
finalidade da lei, extraindo qualquer elemento absurdo;
Sistemática: a lei não existe sozinha. Deve ser interpretada de acordo com todo o
sistema;
Histórica: investigação na origem da norma. Tudo que foi levado em consideração para
que ela tenha sido elaborada de tal forma (aspectos políticos, econômicos, sociais);
Sociológica: interpretação teleológica. Adaptação da norma as novas tendências sociais.
Quanto aos resultados:
Declarativa: quando a lei pronuncia exatamente a vontade do legislador sem restrições;
Extensiva: o texto legal diz menos do que deveria, sendo necessário a ampliação de seu
campo de atuação;
Restritiva: ocorre o inverso, o texto diz mais do que deveria, devendo ser imposta certa
limitação à norma.
Vigência da Lei no Espaço X Vigência da Lei no Tempo
Vigência da Lei no Espaço
Deve ser analisada sob dois planos: interno e o externo.
Interno: depende essencialmente do ente governamental que a emite.
Externo: a lei brasileira tem vigência em todo território nacional. Regra da
territorialidade (arts. 7º, 10 e 17, LINDB).
Vigência da Lei no Tempo
A lei deve indicar o momento de sua entrada em vigor assegurado o período de vacatio
legis (art. 2º, LINDB).

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