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A PSICOPEDAGOGIA E O AUTISMO
BOTELHOS/MG
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
A PSICOPEDAGOGIA E O AUTISMO
Trabalho de conclusão de
curso apresentado como
requisito parcial à
obtenção do título
especialista em
Psicopedagogia
Institucional, Clínica e
Educação Infantil.
BOTELHOS/MG
2022
A PSICOPEDAGOGIA E O AUTISMO
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que
o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído,
seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas
consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados
resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste
trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou
violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de
Serviços).
____________________________
val.danzigerferreira@gmail.com
INTRODUÇÃO
O autismo é considerado um transtorno do desenvolvimento em que os
sintomas são detectados na infância, geralmente antes dos 3 anos. O autismo
é considerado um distúrbio cerebral que afeta a capacidade de entender, falar
e se comunicar, ou seja, geralmente afeta a forma como uma pessoa interage
com outras pessoas da sociedade. Geralmente este distúrbio ocorre em
meninos e muitas pessoas associam autismo infantil com retardo mental, mas
é importante notar que eles nem sempre se manifestam juntos, então algumas
pessoas com autismo não têm retardo mental e eventualmente desenvolverão
linguagem e inteligência. A causa do autismo permanece desconhecida, no
entanto, acredita-se que vários fatores estejam envolvidos no surgimento do
transtorno. São eles: vírus, intolerância imunológica, toxinas e poluição,
influências genéticas e muito mais.
Este trabalho será centrado no autismo, pois professores e pessoas que
trabalham em ambientes escolares muitas vezes não sabem como lidar com o
autismo e, por falta de conhecimento sobre o autismo, muitas delas estão
sujeitas a tratamento preconceituoso. Portanto, o objetivo deste trabalho é
mostrar como a psicopedagogia pode ajudar as pessoas com autismo a se
integrarem ao ambiente escolar, bem como explicar o autismo e a
psicopedagogia. O autismo varia em gravidade, do mais leve ao mais grave, e
muitas vezes está associado a outras síndromes. É importante ressaltar que,
para o tratamento do autismo, é importante ter acompanhamento médico, que
deve levar em consideração todas as características do paciente e até mesmo
analisar seu histórico familiar.
O acompanhamento médico de crianças com autismo é complexo porque
as crianças com autismo vivem isoladas e os profissionais de saúde têm que
ter muito cuidado para conquistar a confiança dessa criança autista para poder
avançar no tratamento. Como as pessoas com autismo têm dificuldade em se
comunicar, evitam fazer novos amigos e estão sempre isoladas. Eles também
evitam o contato físico frequente. Os psicopedagogos podem trabalhar com
pessoas com autismo nas escolas para ajudá-las a se adaptarem à escola.
AUTISMO
O primeiro estudo sobre o autismo foi realizado pelo psiquiatra Leo
Kanner em 1943, quando estudou o comportamento de um grupo de crianças
que não correspondia aos diferentes comportamentos descritos nos livros de
psiquiatria da época. A pesquisa passou e onze casos foram analisados. Ele
enfatizou "o isolamento social inerente de crianças com autismo", que ele
identificou como tendo dificuldade em se comunicar e manter relações sociais.
Em 1949, ele definiu a condição como autismo em crianças pequenas. Após
vários estudos, ele percebeu que o autismo deveria seguir um caminho
diferente da esquizofrenia infantil. De acordo com Orrú:
Até 1989, dizia-se, estatisticamente, que a síndrome
acometia crianças com idade a cada dez mil nascidas.
Manifestava-se, majoritariamente, em indivíduos do sexo
masculino, sendo a cada quatro casos confirmados três do sexo
masculino e um caso para o feminino (ORRÚ, 2012, p.23)
PSICOPEDAGOGIA
A psicopedagogia foi introduzida no Brasil na década de 1970 para
ajudar crianças com dificuldades de aprendizagem. No momento de seu
surgimento, esse campo de atuação estava relacionado à aplicação da
psicologia à pedagogia, mas é importante ressaltar que a psicopedagogia vai
além da intersecção desses dois campos, pois possui um campo de atuação
próprio. Os psicopedagogos devem investigar as possíveis causas das
dificuldades de aprendizagem humana. Muitas vezes, um psicopedagogo não
atua sozinho, pois precisa do apoio de outros profissionais para diagnosticar e
tratar com sucesso um sujeito.
Ela contempla uma abordagem ampla e integrada
do sujeito a fim de compreender o seu aprender em todos
os sentidos, a saber, em relação ao significado de
aprender, à construção da estruturação lógica, a um
aprisionamento do corpo, a uma ressignificação de um
organismo com problemas e outros. (WOLFFENBUTTEL,
2005, p.18)
AS INTERVENÇÕES PSICOPEDAGOGICAS
Os psicopedagogos precisam entender as diferentes formas de
desenvolvimento humano para entender onde estão as lacunas e agir sobre
elas. Mesmo um psicopedagogo experiente não pode fazer um diagnóstico
apenas com base em sua experiência, pois todo mundo é um, ou seja, todo
mundo tem suas próprias características. Portanto, mesmo que o
psicopedagogo suspeite que a patologia é a patologia do sujeito, pode se
enganar ao considerar apenas a verdade criada pela história dos casos
anteriores, se o psicopedagogo possui deficiências que não sabe identificar
que o sujeito precisa estar no mesmo tratamento de esfregaço em que
funciona. Em suma, os psicopedagogos precisam conhecer o desenvolvimento
normal para saber o que é “diferente” e orientar sua atuação.