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Síndrome de Asperger

Informação Geral

ATA – ESCALA DE AVALIAÇÃO


DE TRAÇOS AUTÍSTICOS
3 DE SETEMBRO DE 201912 DE FEVEREIRO DE 2021 /
AUDREY BUENO
A escala ATA (AVALIAÇÃO DE TRAÇOS AUTÍSTICOS) é um
questionário utilizado por profissionais da área da saúde
para averiguar a possibilidade da presença de autismo em
crianças, assim como a escala CARS (acesse a CARS aqui
(https://sindromedeasperger.blog/2019/09/03/cars-escala-de-
pontuacao-para-autismo-na-infancia/)).

Costuma ser aplicada a crianças a partir dos 2 anos de idade


e é considerada uma ferramenta pré-diagnóstica bastante
confiável. Sua utilização é fácil, de modo que possa ser
preenchida também pelos próprios pais.

Vale lembrar, no entanto, que escalas de avaliação não


substituem o diagnóstico formal feito por um profissional
qualificado, geralmente um neurologista, um psiquiatra ou
um neuropediatra, sendo ferramentas de apoio à
investigação clínica.

Sua pontuação é feita da seguinte forma: são 23 subescalas,


cujas pontuações variam de 0 a 2 cada, sendo “0” quando não
há presença de qualquer dos comportamentos citados
naquela subescala, “1” quando a criança apresenta apenas
um dos vários subitens citados ou “2” quando apresentar dois
ou mais subitens. O atingimento de 15 pontos sugere a
presença de transtorno autista, sendo mais severo quanto
maior for a pontuação.
Exemplo de preenchimento e pontuação:

I. INTERAÇÃO SOCIAL (= 2 pontos, pois dois itens ou


mais foram assinalados nessa subescala)

1. Não sorri
2. Ausência de aproximações espontâneas X
3. Não busca companhia X
4. Busca constantemente seu cantinho (esconderijo)
5. Evita pessoas X
6. É incapaz de manter um intercâmbio social (conversa
com trocas, pergunta e resposta)
7. Isolamento intenso

II. AMBIENTE (= 1 ponto, pois somente um item foi


assinalado nessa subescala)

1. Não responde às solicitações X


2. Mudança repentina de humor
3. Mantém-se indiferente, sem expressão
4. Risos compulsivos
5. Birra e raiva frequente
6. Excitação motora ou verbal (ir de um lugar a outro,
falar sem parar)

III. PESSOAS AO SEU REDOR (= zero pontos, porque


nenhum item foi assinalado nessa subescala)

1. Utiliza-se do adulto como um objeto (por exemplo,


levando a mão do adulto até o interruptor, para acender
a luz)
2. O adulto lhe serve como apoio para conseguir o que
deseja (por exemplo, faz a perna do adulto de ponte para
o carrinho passar)
3. O adulto é essencialmente um meio para suprir uma
necessidade (por exemplo, a aproximação tem o objetivo
principal de pedir coisas)
4. Se o adulto não responde às suas demandas, atua
interferindo na conduta desse adulto (por exemplo,
desliga a TV que o adulto esteja assistindo, ameaça
quebrar algo, joga coisas no adulto, toma coisas da mão do
adulto como pirraça)
Pode ser útil aos pais que desconfiam que seu filho ou filha
esteja no espectro do autismo, e que pensam em buscar uma
avaliação profissional, antecipar-se no preenchimento da
escala, como parâmetro que os ajude a estimar a maior ou
menor probabilidade de confirmarem suas suspeitas, e levar
a escala preenchida à primeira consulta, para auxiliar o
médico na investigação.

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De qualquer modo, independentemente da pontuação


obtida, se a criança apresentar qualquer dificuldade no seu
desenvolvimento, em especial problemas com a fala,
coordenação motora, aprendizado, andar na ponta dos pés,
fixação em objetos ou assuntos específicos por período de
tempo que pareça exagerado, comportamento repetitivo,
choro excessivo ou dificuldades na interação social, é sempre
recomendada uma avaliação profissional.
ATA – Autistic Traits
Assessment (Avaliação de
Traços Autistas)

Nome da
criança:_______________________________________________________________________

Idade: _________

Data da aplicação: ____/____/____

Responda as questões de acordo com sua percepção sobre a


criança. Marque um X sobre os comportamentos que você
observa na criança.

I. INTERAÇÃO SOCIAL

1. Não sorri
2. Ausência de aproximações espontâneas
3. Não busca companhia
4. Busca constantemente seu cantinho (esconderijo)
5. Evita pessoas
6. É incapaz de manter um intercâmbio social (conversa com
trocas, pergunta e resposta)
7. Isolamento intenso

II. AMBIENTE

1. Não responde às solicitações


2. Mudança repentina de humor
3. Mantém-se indiferente, sem expressão
4. Risos compulsivos
5. Birra e raiva frequente
6. Excitação motora ou verbal (ir de um lugar a outro, falar
sem parar)
III. PESSOAS AO SEU REDOR

1. Utiliza-se do adulto como um objeto (por exemplo, levando


a mão do adulto até o interruptor, para acender a luz)
2. O adulto lhe serve como apoio para conseguir o que deseja
(por exemplo, faz a perna do adulto de ponte para o carrinho
passar)
3. O adulto é essencialmente um meio para suprir uma
necessidade (por exemplo, a aproximação tem o objetivo
principal de pedir coisas)
4. Se o adulto não responde às suas demandas, atua
interferindo na conduta desse adulto (por exemplo, desliga a
TV que o adulto esteja assistindo, ameaça quebrar algo, joga
coisas no adulto, toma coisas da mão do adulto como pirraça)

IV. RESISTÊNCIA A MUDANÇAS

1. Insistente em manter a rotina (por exemplo, prefere fazer


sempre o mesmo passeio ou comer sempre a mesma coisa)
2. Grande relutância em aceitar fatos que alteram sua rotina,
tais como mudanças de atividade, horário ou mobília
3. Apresenta resistência a mudanças, persistindo na mesma
resposta ou atividade (por exemplo, brincar sempre do
mesmo jeito)

V. BUSCA DE UMA ORDEM RÍGIDA

1. Ordenação dos objetos de acordo com critérios próprios e


pré-estabelecidos
2. Prende-se a uma ordenação espacial (cada coisa tem um
lugar próprio rígido para ficar)
3. Prende-se a uma sequência temporal (por exemplo, só
pode por a meia depois da blusa)
4. Prende-se a uma correspondência pessoa-lugar (por
exemplo, a mesma pessoa precisa sentar sempre no mesmo
lugar)
VI. CONTATO VISUAL

1. Desvia o olhar, não olhando nos olhos ou olhando sempre


rapidamente
2. Olha para outra direção quando é chamado
3. Expressão do olhar vazio e sem vida (sem expressão de
emoções, indiferente)
4. Quando segue os estímulos com os olhos, somente o faz de
maneira intermitente (não contínua, ou seja, com pausas)
5. Fixa os objetos com um olhar periférico, não central (olhar
de lado, com a cabeça um pouco virada e não de frente)
6. Dá a sensação de que não olha

VII. MÍMICA INEXPRESSIVA

1. Se fala, não utiliza a expressão facial, gestual ou vocal com


a frequência esperada
2. Não mostra uma reação antecipatória (como um ‘suspense’
pelo que vai acontecer)
3. Não expressa através da mímica ou olhar aquilo que quer
ou o que sente
4. Imobilidade facial

VIII. DISTÚRBIOS DE SONO

1. Não quer ir dormir (relutância frequente, choro, birra,


resistência intensa e prolongada)
2. Levanta-se muito cedo
3. Sono irregular (em intervalos)
4. Troca o dia pela noite
5. Dorme poucas horas

IX. ALTERAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO

1. Seletividade alimentar rígida (ex.: come o mesmo tipo de


alimento sempre)
2. Come outras coisas além de alimentos (papel, insetos)
3. Quando pequeno, não mastigava
4. Apresenta uma atividade ruminante (fica um tempo longo
com a comida na boca, de um lado para o outro, antes de
engolir)
5. Vômitos
6. Come grosseiramente, esparrama a comida ou a atira
7. Rituais (por exemplo, esfarelar alimentos antes da
ingestão)
8. Ausência de paladar (falta de sensibilidade gustativa)

X. CONTROLE DOS ESFÍNCTERES

1. Medo de sentar-se no vaso sanitário


2. Utiliza os esfíncteres para manipular o adulto (por
exemplo, ameaça fazer xixi no local errado de propósito)
3. Utiliza os esfíncteres como estimulação corporal, para
obtenção de prazer
4. Tem controle diurno, porém o noturno é tardio ou ausente

XI. EXPLORAÇÃO DOS OBJETOS (APALPAR,


CHUPAR)

1. Morde e engole objetos não alimentares


2. Chupa e coloca as coisas na boca
3. Cheira tudo
4. Apalpa tudo, examina as superfícies com os dedos de
forma minuciosa

XII. USO INAPROPRIADO DOS OBJETOS

1. Ignora os objetos ou mostra um interesse momentâneo


2. Pega, golpeia ou simplesmente os atira no chão
3. Conduta atípica com os objetos (segura indiferentemente
nas mãos ou gira)
4. Carrega insistentemente consigo determinado objeto
5. Se interessa somente por uma parte do objeto ou do
brinquedo
6. Coleciona objetos estranhos
7. Utiliza os objetos de forma particular (pouco usual) e
inadequada
XIII. ATENÇÃO

1. Quando realiza uma atividade, fixa a atenção por curto


espaço de tempo ou é incapaz de fixá-la
2. Age como se fosse surdo
3. Tempo de latência de resposta aumentado, entende as
instruções com dificuldade.
4. Resposta retardada
5. Muitas vezes dá a sensação de ausência

XIV. AUSÊNCIA DE INTERESSE PELA


APRENDIZAGEM

1. Não quer aprender


2. Cansa-se muito depressa, ainda que de atividade que goste
3. Esquece rapidamente
4. Insiste em ser ajudado, ainda que saiba fazer
5. Insiste constantemente em mudar de atividade

XV. FALTA DE INICIATIVA

1. É incapaz de ter iniciativa própria


2. Busca a comodidade
3. Passividade, falta de interesse
4. Lentidão
5. Prefere que outro faça o trabalho para ele

XVI. ALTERAÇÃO DE LINGUAGEM E


COMUNICAÇÃO

1. Mutismo
2. Estereotipias vocais (fazer sempre os mesmos sons)
3. Entonação incorreta
4. Ecolalia imediata e/ou retardada (repetir palavras ou falas
que acabou de ouvir, imediatamente ou algum tempo depois)
5. Repetição de palavras ou frases que podem (ou não) ter
valor comunicativo
6. Emite sons estereotipados quando está agitado e em outras
ocasiões, sem nenhuma razão aparente
7. Não se comunica por gestos
8. As interações com o adulto nunca são um diálogo

XVII. NÃO MANIFESTA HABILIDADES E


CONHECIMENTOS

1. Ainda que saiba fazer uma coisa, não a realiza porque não
quer, mesmo que solicitado
2. Não demonstra o que sabe, até ter uma necessidade
primária ou um interesse específico
3. Aprende coisas, porém somente as demonstra em
determinados lugares e com determinadas pessoas
4. Às vezes, surpreende por suas habilidades inesperadas

XVIII. REAÇÕES INAPROPRIADAS ANTE A


FRUSTRAÇÃO

1. Reações de desagrado intenso caso seja esquecida alguma


coisa
2. Reações de desagrado intenso caso seja interrompida
alguma atividade que goste
3. Desgostoso quando os desejos e as expectativas não se
cumprem
4. Reações de birra

XIX. RESPONSABILIDADES

1. Não assume nenhuma responsabilidade, por menor que


seja
2. Para chegar a fazer alguma coisa, há que se repetir muitas
vezes ou elevar o tom de voz

XX. HIPERATIVIDADE/ HIPOATIVIDADE

A criança pode apresentar desde agitação, excitação


desordenada e incontrolada, até grande passividade, com
ausência total de resposta. Estes comportamentos não têm
nenhuma finalidade.
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1. A criança está constantemente em movimento
2. Mesmo estimulada, não se move
3. Barulhento, a maioria das coisas que faz geram
ruído/barulho
4. Vai de um lugar a outro, sem parar
5. Fica pulando (saltando) no mesmo lugar
6. Não se move nunca do lugar onde está sentado

XXI. MOVIMENTOS ESTEREOTIPADOS E


REPETITIVOS

Ocorrem em situações de repouso ou atividade, com início


repentino.

1. Balança-se
2. Olha e brinca com as mãos e os dedos
3. Tapa os olhos e as orelhas
4. Dá pontapés
5. Faz caretas e movimentos estranhos com a face
6. Fica rodopiando ou rodando objetos
7. Caminha na ponta dos pés ou saltando, arrasta os pés, anda
fazendo movimentos estranhos
8. Torce o corpo, mantém uma postura desequilibrada,
posições estranhas, pernas dobradas, cabeça recolhida aos
pés, extensões violentas do corpo

XXII. IGNORA O PERIGO

1. Não se dá conta do perigo


2. Sobe em todos os lugares
3. Parece insensível à dor
XXIII. APARECIMENTO DOS SINTOMAS
ANTES DOS 36 MESES (DSM-IV)*

* Nota do blog: o último item da escala (XXIII) não possui


subescalas/subitens e refere-se à visão geral dos sintomas
assinalados no decorrer da escala. Se os sintomas assinalados
nos itens anteriores já estavam presentes antes dos 3 anos
(36 meses) de idade, marque 2 pontos para o item XXIII. Se
apareceram depois dessa idade, não pontuar este item.

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Informações Adicionais
ATA , CARS , ESCALA DE AVALIAÇÃO DE
TRAÇOS DE AUTISMO

19 comentários sobre “ATA –


ESCALA DE AVALIAÇÃO DE TRAÇOS
AUTÍSTICOS”

1. Pingback: CARS – ESCALA DE PONTUAÇÃO PARA


AUTISMO NA INFÂNCIA | Síndrome de Asperger

2. Mauro Sergio
19 DE SETEMBRO DE 2019 ÀS 08:01
O meu teste deu neurodiverso 122 de 200 e neurotípico
111 de 200, atribuindo as duad características. Meu filho é
autista, tem 5 anos, e vejo nele a mim mesmo. Parece que
eu adivinho o que ele pensa, temos as mesmas manias. Na
minha família há mais pessoas assim. Recebi o diagnóstico
com 39 anos e hoje eu rememoro minha infância e vejo
que o que eu pensava até hoje nao bate muito com o que
as outras pessoas pensam. Minha mulher que percebeu a
semelhança entre meu filho e eu, embora eu tb tenha
percebido, mas achei pura coincidência. Agora me sinto
mais recluso, sem a necessidade de estar perto das
pessoas, inclusive da minha própria mulher. Hoje, meus
livros e meu violão me bastam.

RESPONDER
Audrey Bueno
19 DE SETEMBRO DE 2019 ÀS 22:52
Sabendo das suas características, é importante
analisar o que é possível ser feito para que você se
sinta bem, e também para conseguir ter uma vida em
família mais harmoniosa. Crianças e mães de crianças
precisam muito do afeto do pai e marido. É claro que
damos o que nos é possível dar, mas numa família
temos sempre que tentar um meio termo entre os
esforços. Se você se sente muito ansioso e recluso, isso
pode ser indício de depressão. Medicações podem
ajudá-lo a se sentir melhor e a conviver melhor
também. Obrigada pelo comentário.

RESPONDER
Krishna Martins
20 DE SETEMBRO DE 2019 ÀS 18:45
Dividir o tempo entre interesses pessoais e a
atenção aos entes queridos: eis uma coisa que eu
acho difícil até hoje! É difícil, mas muito
importante, é algo a ser perseguido com afinco e
reflexão.
3. Fernanda Lima Da Silva Ferreira
4 DE NOVEMBRO DE 2019 ÀS 14:07
Não tem para adultoz?

RESPONDER
Audrey Bueno
4 DE NOVEMBRO DE 2019 ÀS 14:52
Não há escalas similares de avaliações para adultos.
Um dos motivos é que o adulto, por já ter desenvolvido
recursos alternativos e estratégias de sobrevivência
para lidar com suas dificuldades, acaba por mascarar
diversos dos seus sintomas. Além disso, conforme o
sistema nervoso se desenvolve ao longo da vida, alguns
dos traços mais clássicos autistas não estarão mais
presentes ou não terão a mesma intensidade que a
observada na infância. Tudo isso é especialmente
verdade quando trata-se de autismo leve (pois nos
casos severos e moderados, os sintomas continuarão
mas evidentes). Por exemplo, o adulto autista leve
(funcional, sem prejuízo da fala ou cognição), poderá
não mais apresentar certas estereotipias motoras ou
vocais da infância, poderá ter aprendido a olhar
melhor nos olhos, a resistência e dificuldade de
aprendizado escolar já não será mais evidente por já
ter passado pela fase escolar, dentre outras coisas.
Assim, a avaliação de autismo em adultos deve ser
feita por um profissional qualificado (geralmente um
psiquiatra com conhecimento em autismo leve – um
pouco difícil de encontrar, melhor buscar um por
indicação ou algum que você tenha informação prévia
sobre o tipo de conhecimento no currículo), que irá se
basear no relato da história de vida e dificuldades da
pessoa para chegar ao diagnóstico. Existem, no
entanto, algumas ferramentas informais online
(questionários e listas de traços) que, embora não
tenham valor diagnóstico oficial, podem oferecer uma
estimativa da chance da pessoa estar no espectro do
autismo. Deixo a seguir dois links com os respectivos
artigos que falam sobre isso. Um deles é específico
sobre mulheres e o outro é para adultos
independentemente do sexo. Obrigada pelo
comentário e seja sempre bem-vinda ao blog.

https://sindromedeasperger.blog/2018/01/19/diagnosti
co-de-autismo-depois-de-adulto/

https://sindromedeasperger.blog/2017/10/02/lista-de-
tracos-em-mulheres-com-a-sindrome-de-asperger-
por-samantha-craft/

RESPONDER
4. Pingback: Psicoterapia em Pacientes com a Síndrome de
Asperger | Síndrome de Asperger

5. Isaelle cristina lima dos santos


12 DE MARÇO DE 2021 ÀS 11:26
Meu filho tem 4 anos e 8 meses autista verbal. Deus 39
pontos.

RESPONDER
6. Adenolso
7 DE ABRIL DE 2021 ÀS 10:39
Meu filho tem 13 anos, aos 3 anos foi diagnoticado com
asperger e tdah. Fez tratamento com fono, psicologia
cognitiva, terapia comportamental até seus 9 anos. Por
questões financeira parou e só agora está retornando. Já
tentamos vários tipos de remedios para o tdah, mas
nenhum conseguiu parar ele já não sabemos o que fazer
para melhorar a qualidade de vida dele. É muito
inteligente, carinhoso, conversa normalmente, mas no
meio da conversa vem com um assunto que não tem nada
a ver com o assunto. Gostaríamos de receber alguma
orientarão sobre o assunto.

Abraços,

RESPONDER
Audrey Bueno
9 DE ABRIL DE 2021 ÀS 22:32
Olá. A orientação que possa dar é tentar sempre
buscar novos profissionais, se notar que não tem
progresso com o atual, e na especialidade mais
indicada. no caso, psiquiatria infantil,
preferencialmente com um psiquiatra que entenda da
síndrome de Asperger. O TDAH costuma estar
presente em 60% dos casos em que há diagnóstico de
Asperger. Além disso, é preciso ver com esse
profissional mais especializado se medicação para
TDAH é a mais indicada pra ele. Pode ser que esta
medicação o esteja acelerando ainda mais, já que é um
psico-estimulante. Você poderia ver com o médico se
não seria o caso tentar uma outra linha de medicação,
como a da classe reguladora de humor. Às vezes, essa
agitação do seu filho pode ser ansiedade, causada
também pela dificuldade de regulação do humor
típica do autismo e, se for, um humor mais brando
poderia aliviar todo o resto dos sintomas. Sugiro
investir na busca de um profissional especialista em
autismo na área de psiquiatria infantil e tentar
regular a medicação dele primeiro, para depois
pensar em terapias psicológicas, primeiro porque se o
problema for na química do cérebro a terapia
psicológica não vai resolver e segundo porque para
que ele tenha um melhor aproveitamento de terapias
psicológicas é preciso que o sistema neuroquímico do
cérebro dele esteja mais bem ajustado. Se for buscar
um novo profissional para o seu filho, dê preferência a
algum por indicação. Espero ter ajudado. Um abraço.
RESPONDER
7. Cristiane
21 DE FEVEREIRO DE 2022 ÀS 10:11
Tenho um filho que aos 3 anos, a fonoaudiologa apontou
traços de Autismo como responsável pelo atraso da fala,
então fizemos uma avaliação com neuropsicologa onde
ela informa que deu 5 na escala ATA para autismo, deu
tbm TDAH e TOD, estou tão perdida, qual seria o nível de
autismo dele, seria Asperger? É possível a criança ter os
três transtornos juntos?

RESPONDER
Audrey Bueno
23 DE FEVEREIRO DE 2022 ÀS 01:33
Resposta enviada por e-mail.

RESPONDER
8. Pingback: Psicoterapia em Pacientes com a Síndrome
de Asperger – Acordo Coletivo: Cidadania

9. Ana Claudia
20 DE JULHO DE 2022 ÀS 14:41
Olá Bom dia. Meu filho passou com a Neuropsicologa, e
dos quatro testes ATA, AQ-10 CARS ASQ, deu indicativo
para TEA no ATA. Comportamento adaptativo: habilidades
de desempenhar tarefas cotidianas, habilidades que
envolvem autonomia pessoal e social, percepção sensorial
e manutenção de relacionamentos e comunicações. –
Paciente apresentou “atraso” neste domínio. Será que
com isso é confirmado que ele é autista? Fez
encaminhamento para Fono, Psicologo e psicopedagoga

RESPONDER
Audrey Bueno
20 DE JULHO DE 2022 ÀS 17:03
Olá, Ana Claudia! As escalas de avaliação de traços de
autismo, como a ATA e a CARS, são ferramentas de
auxílio no diagnóstico, levantando – ou não – uma
primeira suspeita. Porém, a confirmação diagnóstica
só pode ser dada por um profissional com CRM, ou
seja, formado em medicina. A especialidade médica de
preferência para avaliação e obtenção do diagnóstico
de autismo é a psiquiatria, ou seja, para confirmar se
seu filho é autista, você precisará procurar um
psiquiatra infantil. Tente encontrar um por indicação,
pois mesmo os psiquiatras, que são os profissionais
mais indicados para esse tipo de diagnóstico, não são
todos eles conhecedores do quadro, ainda mais se for
autismo leve, que é sempre mais difícil de
diagnosticar, requerendo um conhecimento mais
especializado do profissional. Como segunda
alternativa, um neurologista seria o outro profissional
que poderia fornecer um diagnóstico, mas há ainda
menos neurologistas especializados em autismo que
psiquiatras, de modo que, novamente, tente sempre
encontrar indicações para minimizar o risco de passar
com profissionais que não entendem do quadro e
podem dizer coisas incorretas, não perceber casos
mais leves de autismo ou até fornecer diagnósticos
completamente equivocados. Não deveria ser assim,
mas essa é a realidade em se tratando de autismo, que
ainda é bastante incompreendido pelos profissionais
de saúde mental. Então, é preciso paciência e, às vezes,
persistência na busca de uma segunda ou terceira
opinião médica.
Psicólogos, neuropsicólogos, fonoaudiólogos ou
psicopedagogos costumam atuar mais no tratamento, e
não no diagnóstico, pois não podem fornecer
diagnóstico oficial de autismo, já que não são médicos.
O que estes profissionais fazem é averiguar se faz
sentido a suspeita e se há, portanto, a necessidade de
encaminhar a criança para um psiquiatra ou
neurologista, mas a avaliação destes profissionais não
é central para o diagnóstico, já que o psiquiatra que
conheça autismo em crianças é quem dará a palavra
final e será responsável por “bater o martelo”, ou seja,
pela avaliação principal. Por isso, talvez o caminho
inverso seja mais econômico, rápido e certeiro:
procurar avaliação de um psiquiatra infantil que
conheça autismo e seguir as orientações dele sobre
quais outros profissionais precisariam ser procurados

😉
para tratamento depois, após confirmação diagnóstica.
Obrigada pelo comentário e seja sempre bem-
vinda ao blog.
RESPONDER
Leila
23 DE SETEMBRO DE 2022 ÀS 20:34
Nao concordo que seja o psiquiatra a bater o
martelo. Pois, nem todo Psiquatra tem expertise em
autismo. Seria interessante encaminhar a um
neuropediatra que tenha expertise em autismo.

Audrey Bueno
25 DE SETEMBRO DE 2022 ÀS 16:08
Na verdade, Leila, seja um psiquiatra, seja um
neuropediatra, a realidade é que é muito difícil
encontrar um profissional com expertise em
autismo. O que acontece é que o psiquiatra costuma
ter uma chance um pouco maior de fazer um
diagnóstico correto porque ele tem uma
compreensão mais abrangente acerca de
transtornos relacionados à mente, o que o ajuda a
diferenciar o autismo de outros transtornos que
afetam o comportamento e o pensamento, cujos
sintomas podem assemelhar-se ao autismo. Já o
neuropediatra costuma ser menos treinado em
relação a isso, tanto que existe um número maior
de relatos de diagnósticos incorretos ou de não
identificação do autismo por neuropediatras do
que por psiquiatras. De qualquer modo, sem
dúvida, é importante o empenho em buscar um
profissional que tenha conhecimento específico
sobre autismo, pois apenas as formações
convencionais em neuropediatria ou psiquiatria
não garantem que o profissional esteja realmente
capacitado para fazer uma avaliação diagnóstica de
autismo.
10. André S.F.
31 DE JANEIRO DE 2023 ÀS 22:46
Qual a relação entre Ata, CARS e DSM-5?

RESPONDER
Audrey Bueno
1 DE FEVEREIRO DE 2023 ÀS 00:59
André S.F., ambas as escalas de avaliação (ATA e CARS)
foram criadas com base na informação oferecida pelas
edições de DSM das épocas, em que foram
desenvolvidas, anteriormente ao DSM-V, somadas a
conhecimento clínico de profissionais de saúde mental
e pesquisadores diferentes épocas. A ATA foi
desenvolvida com base no DSM-III. Num estudo, a
CARS chegou a ter 100% de correlação com o DSM-IV.
Atualmente, considera-se a validade de ambas as
escalas acima de 92%. Apesar das atualizações no
DSM-V, as escalas continuaram válidas e bastante
correlacionadas. Espero ter ajudado. Obrigada pelo
comentário.

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