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• Em casos de pelos 3 índices não unitários faz sentido fazer a análise por “clusters”.
Terceiro passo: Procure na tabela 1.4 (pág. 34 a 35 do livro WISC IV Avaliação Clínica e Intervenção.
Editora Pearson) ou na tabela 1 (pág. 128 e 129 do livro WISC IV Interpretação Clínica Avançada.
Editora Pearson).
Quarto passo: Analise a discrepância QIT-GAI: calcule a diferença entre o QIT e o GAI, subtraindo-se
o escore composto do GAI do escore composto do QIT (QIT – GAI = anote esse valor).
Sexto passo: O valor absoluto da diferença de pontuação da criança dever ser igual ou superior ao
valor crítico para ser estatisticamente significativo.
Sétimo passo: Tabela 3 (pág.130) do livro WISC IV Avaliação Clínica e Intervenção: fornece a
porcentagem de crianças na amostra normativa do WISC-IV que obteve discrepância igual ou maior
entre o QIT e o GAI (frequência acumulada).
• Tabela 3: se a frequência acumulada for de 10% para baixo confirma que a diferença
significativa encontrada entre o QIT e GAI é rara, ou seja, é sim significativa.
• Tabela de frequência acumulada para amostra de um grupo especial (Tabela 4, pág. 131 a
132): Superdotados; Retardo mental leve ou moderado; Transtorno de Aprendizagem;
Transtorno de Aprendizagem combinados com Déficit de Atenção e Hiperatividade;
Regra 4: Quando calcular o GAI (se isso for possível), pode-se tentar calcular o CPI
para comparar as duas medidas.
Terceiro passo: procure na tabela 1.9 (pág. 43 a 44 do livro WISC IV Avaliação Clínica e Intervenção.
Editora Pearson) ou tabela 1 (pág. 184 do livro Interpretação Clínica Avançada. Editora Pearson).
Quarto passo: analisar se há discrepância entre GAI e CPI. Para analisar a frequência acumulada dessa
comparação, olhar na tabela 1.10 (pág. 44 a 45 do livro WISC IV Avaliação Clínica e Intervenção.
Editora Pearson) ou tabela 2 (pág. 185 do livro Interpretação Clínica Avançada. Editora Pearson).
Média
160
QI E Índices WISC IV 90 a 109
150
140
130 123
120 116
111
110
100
100
90 85
80
70
60
50
40
ICV IOP IMO IVP QIT
Interpretação: Coeficiente de Inteligência Total classificado como média superior (QIT = 111), com
diferenças significativas entre os resultados obtidos no Índice de Memória Operacional (IMO = 85,
média inferior) e os resultados dos Índices de Organização Perceptual (IOP = 116, média superior) e
Compreensão Verbal (ICV = 123, superior). Embora os escores alcançados tenham indicado esse
coeficiente de inteligência total (QIT = 111, média superior), vale ressaltar que a fidedignidade de tal
resultado pode ser questionada, em razão da discrepância presente entre os referidos índices, que
podem interferir nesse valor para análise geral. Em outras palavras, as discrepâncias sugerem que
outras variáveis possam estar comprometendo seu desempenho, a ponto de interferirem no QI
alcançado. No caso de Pingo, foi possível perceber que as dificuldades referentes ao Índice de
Memória Operacional interferem no seu desempenho.
Nesse sentido, Pingo apresentou uma variação muito grande entre os quatro diferentes índices da
escala WISC IV, impossibilitando a interpretação de forma fiel do QIT. Entretanto, a performance nos
Índices de Compreensão Verbal (ICV) e de Organização Perceptual (IOP) se mostraram bastante
semelhantes, sem discrepâncias. Sendo assim, essas pontuações podem ser combinadas e
produzirem um Índice de Capacidade Geral (GAI). O GAI difere do QIT uma vez que não é influenciada
pela performance das tarefas que avaliam velocidade de processamento e memória de trabalho. O
GAI reflete o raciocínio e abstração verbal e visual.
Além dos mais, a performance nos Índices de Memória Operacional (IMO) e de Velocidade de
Processamento (IVP) também se mostraram bastante semelhantes, sem discrepâncias. Essas
pontuações podem ser combinadas em um único índice, o Índice de Proficiência Cognitiva (CPI). O
CPI reflete a proficiência da criança para tratamento de certos tipos de informação. Um
processamento avançado, através da velocidade rápida e um bom controle mental, facilita o
raciocínio fluido e a aquisição de um novo material, reduzindo as demandas cognitivas de novas
tarefas.
Pingo demonstrou um Índice de Capacidade Geral (GAI) de 123 pontos, classificando a sua habilidade
intelectual geral como “superior”. Contudo, ele apresentou Índice de Competência Cognitiva (CPI) de
91 pontos, classificando o processamento rápido e controle mental na “média”. Quanto aos
intervalos de confiança e percentis, tanto do GAI como CPI, tais dados são demostrados na Tabela 1.
Foi possível perceber que o CPI de Pingo se encontra na faixa “Média”, significativamente abaixo de
seu GAI que está na faixa “superior” (diferença de 32 pontos, ocorrendo em menos do que 0.6% da
população), podendo então sugerir que a velocidade e o controle mental não estão facilitando o
raciocínio fluido e a aquisição de um novo material. Desta forma, em muitas situações Pingo pode
não demonstrar suas reais capacidades de raciocínio uma vez que não o faz de maneira rápida ou
pode perder o foco.
Em relação ao Índice Compreensão Verbal (ICV), a criança apresentou inteligência cristalizada e
raciocínio verbal fluido do tipo abstrato acima do esperado, indicando que apresenta facilidades nas
habilidades de memória de conceitos ensinados e capacidade de identificação de semelhança entre
objetos. Importante ressaltar que de acordo com a história de vida relatada pela família e pela escola,
foi possível perceber que Pingo obteve estimulação cognitiva ambiental adequada, estudando
sempre em escolas que o estimulavam, além da estimulação da família. Outro fator importante a ser
ressaltado é que não houve em tais provas interferência de processamento auditivo, sendo que a
criança conseguiu compreender e executar aquilo que lhe foi solicitado. É importante ressaltar
também que apesar de Pingo apresentar habilidades de compreensão de regras sociais, por vezes,
ele burla tais regras conscientemente em benefício próprio.
No que se refere ao Índice de Organização Perceptual (IOP), Pingo demonstrou inteligência fluida e
processamento visual acima do esperado, tendo facilidades nas habilidades de resolução de
problemas sem pouco ou nenhum conhecimento prévio. Além disso, exibiu raciocínio não verbal
fluido do tipo abstrato dentro do esperado. Contudo, comparando o desempenho de Pingo nas
provas que exigem raciocínio verbal com as de raciocínio não verbal do tipo abstrato, percebe-se que
flutuações do foco atencional interferiram na sua produção.
Quanto ao Índice Memória Operacional (IMO), os resultados do teste indicaram prejuízo leve na alça
fonológica da memória operacional, indicando dificuldades em manter e manipular informações a
curto prazo. Além disso, Pingo solicitou repetições e esclarecimentos adicionais nas atividades
neuropsicológicas aplicadas no consultório, especialmente nos substestes do ICV, indicando que em
provas que exigem demandas cognitivas aumentadas de sua memória de curto e longo prazo e que
incluem certa necessidade de raciocínio, dificuldades da memória operacional interferem em seu
desempenho. Importante ressaltar que no quesito atenção seletiva auditiva, Pingo não apresentou
dificuldades nas provas realizadas. Contudo, clinicamente, durante todas as sessões da avaliação