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SEGUNDA EDIÇÃO

Manual de Administração

Marit Korkman
Ursula Kirk
Sally Kemp

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Visão geral

Introdução ao NEPSY–II
A segunda edição do NEPSY (NEPSY–II) é a revisão do NEPSY (Korkman, Kirk & Kemp, 1998), um ins-
trumento abrangente projetado para avaliar o desenvolvimento neuropsicológico em crianças em idade
pré-escolar e escolar. O nome NEPSY é formado da palavra neuropsicologia, com o NE de neuro e o PSY
de psicologia [Psychology]. Os resultados obtidos a partir da avaliação com o NEPSY–II informam o
diagnóstico e auxiliam no planejamento da intervenção com relação a diversos transtornos da infância.
Em especial, o NEPSY–II fornece aos profissionais uma perspectiva no que diz respeito às dificuldades
acadêmicas, sociais e comportamentais. A compreensão abrangente dos pontos fortes e fracos cognitivos
da criança pode facilitar o desenvolvimento de Planos de Educação Individuais (Individual Education
Plans, IEPs) adequados e orientar as decisões de intervenção e atribuição.
O NEPSY–II é composto por diversos subtestes neuropsicológicos que podem ser usados em várias com-
binações, de acordo com as necessidades da criança e a experiência do examinador. Ampla variedade
de subtestes foi incluída para avaliar o desenvolvimento neuropsicológico em seis domínios funcionais:
Aprendizado e Memória, Atenção e Função Executiva, Linguagem, Percepção Social, Processamento
Visuoespacial e Sensório-motor.
Diversos recursos do NEPSY–II o tornam extremamente útil para avaliar crianças e adolescentes. Pri-
meiro, os subtestes foram projetados especificamente para crianças na faixa etária dos 3 aos 16 anos,
fornecendo ao profissional avaliações do funcionamento cognitivo adequadas à idade. Segundo, os
subtestes foram normatizados em uma única amostra estratificada adequadamente. Isso proporciona
visão abrangente dos processos neuropsicológicos em crianças e dos padrões de alterações quantitativas
e qualitativas no desempenho neuropsicológico, relacionadas à idade. Em terceiro lugar, vale ressaltar
que o NEPSY, foi desenvolvido considerando quatro ordens diferentes de administração dos subtestes,
para limitar os efeitos da ordem dos subtestes nos dados normativos. Isso possibilita flexibilidade na sele-
ção e na ordem de administração dos subtestes. Quarto, o NEPSY–II foi padronizado em conjunto com
diversas medidas de validade, incluindo a Escala Wechsler de Inteligência para Crianças – Quarta Edição
(WISC–IV; Wechsler, 2003), o Differential Abilities Scales – Second Edition (DAS–II; Elliott, 2007), o Teste de
Desempenho Individual de Wechsler – Segunda Edição (WIAT–II; Harcourt Assessment, 2005), a Escala de
Memória Infantil (CMS; Cohen, 1997) e o Sistema de Função Executiva de Delis-Kaplan (D-KEFS; Delis,
Kaplan, & Kramer, 2001). As comparações entre essas avaliações e os resultados obtidos com o NEPSY–II
permitirão ao examinador avaliar as relações entre os desempenhos neuropsicológico, intelectual e da
memória nas crianças ou nos adolescentes. E, finalmente, o NEPSY–II foi desenhado para ajudar a iden-
tificar os déficits cognitivos relacionados a transtornos que normalmente são primeiro diagnosticados na
infância e que podem limitar o sucesso acadêmico.
Os tipos mais comuns de avaliação usando o NEPSY–II são a Avaliação Geral, para obter visão geral
da situação neuropsicológica da criança, a Avaliação Diagnóstica, baseada nas principais suspeitas
diagnósticas ou motivos de encaminhamento, a Avaliação Seletiva, quando o examinador seleciona os
subtestes com base nas necessidades clínicas, e a Avaliação Completa, para se obter ampla avaliação
neuropsicológica. Os resultados da avaliação são expressos em escores ponderados ou percentis. O perfil
de desempenho dos principais escores ponderados representa os padrões relativos aos pontos fortes e
fracos que podem ficar evidentes no desempenho da criança nos subtestes do NEPSY–II dentro dos seis
domínios e entre eles. Esses padrões podem ser comparados àqueles dos diferentes diagnósticos eviden-
ciados nas crianças. Além disso, muitos dos subtestes têm escores processuais e de contraste que, pela
decomposição de seus componentes, possibilitam a análise mais profunda do desempenho da criança.
A análise qualitativa do comportamento da criança durante a avaliação, em combinação com as obser-

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vações em casa e na escola, pode ajudar a esclarecer a natureza dos problemas e fornecer a base para o
desenvolvimento de um plano adequado de intervenção. As observações de comportamento do NEPSY–II
encontradas na criança avaliada podem ser quantificadas e comparadas com a frequência observada
nas amostras normativa e clínica. Os diversos níveis de escores que podem ser utilizados para avaliar o
desempenho da criança possibilitam o ajuste da avaliação para o nível que for mais útil ao examinador.

Finalidade e uso
O NEPSY–II foi desenhado para fornecer uma avaliação centrada na suspeita diagnóstica específica ou
nos motivos de encaminhamento e para possibilitar a realização de testagem ampla que fornecerá infor-
mações detalhadas ou abrangentes do funcionamento neuropsicológico da criança.
Os escores dos subtestes estão organizados em seis domínios funcionais para auxiliar no diagnóstico
diferencial dos transtornos da infância, como o do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), do
Espectro Autista (incluído aqueles com características da Síndrome de Asperger), Específico de Leitura,
Específico de Aritmética, Específico de Leitura e Escrita, entre outros transtornos do desenvolvimento
ou adquiridos. O NEPSY–II possibilita que os profissionais se concentrem em habilidades cognitivas
específicas relacionadas aos motivos gerais do encaminhamento (por exemplo, prontidão escolar). O exa-
minador não precisa administrar todos os subtestes, apenas aqueles que forem pertinentes para o motivo
do encaminhamento. Os escores dos subtestes, em vez de escores globais de índice ou domínio, são
usados para determinar os pontos fortes e fracos da cognição da criança. Isso permite que o examinador
encurte ou prolongue a avaliação, conforme desejar, e a personalize de acordo com a necessidade de cada
criança. Além dos escores primários e processuais, as informações sobre a frequência dos comportamen-
tos clinicamente relevantes podem ser quantificadas.
O NEPSY–II foi revisado com quatro objetivos inter-relacionados: (1) aumentar a cobertura dos domínios,
pela adição e aprimoramento de medidas de atenção e função executiva, memória visual e processa-
mento visuoespacial e pela criação das medidas de percepção social; (2) melhorar a sensibilidade clínica
através do uso de escores primários e processuais em nível de subteste, desenvolver subtestes clinica-
mente sensíveis e coletar dados dos vários grupos clínicos; (3) melhorar as propriedades psicométricas,
incluindo os valores mínimos e máximos dos subtestes e a fidedignidade e a validade do instrumento;
e (4) melhorar a usabilidade por meio de maior flexibilidade na administração dos subtestes e da incor-
poração de baterias de referência. Para obter outras informações sobre as revisões do NEPSY de 1998 em
relação ao NEPSY–II, consulte o Manual Clínico e Interpretativo.

Escores fornecidos
Os escores do NEPSY–II são classificados como escores primários, processuais ou de contraste, ou como
observações de comportamento. Os escores primários estão disponíveis em todos os subtestes e descre-
vem as habilidades gerais ou principais envolvidas no subteste. Os escores processuais fornecem infor-
mações mais específicas sobre as habilidades daquele componente que são necessárias para a conclusão
da tarefa ou que exercem influência no desempenho. Os escores de contraste utilizam a métrica de escore
ponderado para comparar os escores dentro dos subtestes ou entre eles, e assim, fornecer informações
sobre o desempenho de uma habilidade ou capacidade de maior nível responsável pelo controle de uma
habilidade de nível inferior ou mais básico. As observações de comportamento oferecem dados quantita-
tivos sobre comportamentos comuns observados em crianças.
A maioria dos subtestes do NEPSY–II gera escores múltiplos, que podem refletir o desempenho geral, a
velocidade do desempenho, as frequências de erros ou as medidas de habilidades dos subcomponentes
necessárias para a conclusão da tarefa. Múltiplos escores possibilitam ao profissional compreender
totalmente os processos cognitivos subjacentes que afetam o desempenho da tarefa. Os escores são apre-
sentados como escores ponderados, percentis, percentagens acumuladas ou percentagens da amostra
normativa. Os escores primários e processuais são descritos como escores ponderados, percentis ou
percentagens acumuladas. Os percentis são usados para os escores de erros e para aqueles com intervalo
restrito ou distribuições assimétricas dos escores (brutos) totais. Em algumas situações, o examinador
pode querer descrever um único escore total para subteste que tem diversas medidas (escore combinado)
ou comparar o desempenho entre medidas (escore de contraste). Os escores combinados são obtidos de
dois escores em um subteste e descrevem o desempenho entre duas variáveis. Os de contraste são escores
ponderados que descrevem a diferença entre escores dentro dos subtestes ou entre eles. As percentagens
acumuladas e as percentagens da amostra de padronização são usadas nas observações de comporta-
mento e em alguns escores processuais.
Informações sobre a interpretação dos escores estão descritas no Manual Clínico e Interpretativo.

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Qualificações do usuário e segurança do teste
Devido às complexidades de administração, interpretação e diagnóstico do teste, os examinadores
que usam o NEPSY–II devem ter formação em nível de pós-graduação e experiência na administração
e interpretação de instrumentos clínicos padronizados. O treinamento deve abranger uma visão geral
dos princípios de avaliação, incluindo o estabelecimento e a manutenção da comunicação, a obtenção
do desempenho ideal, o seguimento de procedimentos de administração padronizados, a compreensão
de estatísticas psicométricas, a correção e a interpretação de testes e a manutenção da segurança dos
mesmos. Embora um técnico ou assistente de pesquisa qualificado possa administrar os subtestes e pon-
tuá-los sob supervisão, os resultados devem ser interpretados apenas por indivíduos com pós-graduação
ou treinamento profissional adequado com relação à avaliação. Os examinadores também devem ter
experiência em testagem de crianças com idades, formação linguística e históricos clínicos, culturais ou
educacionais semelhantes aos das que serão submetidas ao teste.
O examinador que pretende usar o NEPSY-II para testagens deve ter treinamento adequado em neuro-
psicologia e avaliações neuropsicológicas. Deve conhecer os Standards for Educational and Psychological
Testing (Standards; American Educational Research Association [AERA], American Psychological Associa-
tion [APA], & National Council on Measurement in Education [NCME], 1999). O usuário será responsável
por garantir que os materiais do teste, incluindo os protocolos de registro, permaneçam em segurança
e sejam liberados apenas com permissão por escrito dos pais ou responsáveis, para profissionais que os
manterão sob sigilo adequado.
A análise dos resultados para os clientes e seus pais ou responsáveis é conveniente e incentivada na
prática clínica. Esta análise não deve incluir a divulgação ou a reprodução dos itens dos testes, dos pro-
tocolos de registro ou de outros materiais que possam comprometer a segurança, a validade e o valor do
teste como ferramenta de medição, ou violar a lei de direitos autorais. Isto não se aplica à reprodução do
Protocolo de Registro preenchido para ceder as informações do prontuário do cliente a outro profissional
qualificado. As qualificações do usuário, restrições de direitos autorais e questões de segurança dos testes
são coerentes com as diretrizes estabelecidas nos Standards.

Avaliação de crianças usando o NEPSY–II


Antes da avaliação
Antes de começar a avaliação, é importante ter em mente três aspectos do desenvolvimento da criança:
1. Os históricos de desenvolvimento, médico, social e educacional e o nível atual de desempenho na
escola (consultar o Anexo G do Manual Clínico e Interpretativo);
2. Os fatores de risco genéticos, bem como os pré e perinatais;
3. O ambiente no qual ela está inserida e as exigências que lhe são feitas em casa e na escola.
Uma boa avaliação requer a coleta de histórico completo, de resultados de teste e de observações de com-
portamento em casa e na escola, bem como do parecer de profissionais médicos ou psicólogos, educa-
dores, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, quando necessário. Essas informações
fornecerão um panorama mais completo do funcionamento da criança nos diferentes ambientes do que
aqueles que estariam disponíveis a partir de uma única fonte ou apenas com base nas sessões do teste.
Para realizar um histórico completo, é importante que se conheça o motivo do encaminhamento, como
descrito pelos pais, professores e profissionais médicos ou psicólogos. Para auxiliar na obtenção das
informações para o histórico completo, um formulário de anamnese clínica reproduzível está dispo-
nível no Anexo G do Manual Clínico e Interpretativo. A entrevista inicial com os pais é essencial para
analisar o problema apresentado pela criança e conhecer suas habilidades, seus passatempos, suas
atividades de lazer e seus relacionamentos com colegas. É necessário colher a história do nascimento,
os marcos e os fatores de risco do desenvolvimento, incluindo a exposição a agentes teratogênicos, os
eventos estressantes ou traumáticos ou as experiências positivas que podem ter afetado o seu funcio-
namento, bem como o histórico familiar de problemas neurológicos, de desenvolvimento, sociais, psi-
cológicos e de aprendizagem. Outras informações básicas, como a composição da família, a formação e
a profissão dos pais, o relacionamento da criança com os familiares e seu comportamento diante deles,
também podem ser úteis para compreendê-la. A entrevista com os pais serve como consentimento
informado sobre os procedimentos que serão realizados com base no motivo de encaminhamento, no
histórico completo e na entrevista.
Igualmente importante é entrevistar a criança para obter a sua perspectiva do porquê da avaliação, ouvir
os objetivos que ela possa ter em relação ao processo e estabelecer bom clima para que examinador e
criança possam trabalhar em conjunto para compreender suas facilidades (pontos fortes), suas dificulda-
des (pontos fracos), o que lhe parece ser difícil (déficits) e o que pode ser feito para superar ou contornar
esses problemas (acomodação).

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Avaliar o nível intelectual da criança também é importante, porque fornecerá a linha de base para a
interpretação dos resultados do NEPSY–II. Se um teste de inteligência recente não estiver disponível,
recomenda-se a inclusão de um como parte da avaliação. De modo semelhante, a administração de
determinados testes de desempenho escolar em combinação com o NEPSY–II pode ajudar a correlacionar
os resultados com o funcionamento acadêmico da criança.

Durante a avaliação
A avaliação envolve mais do que administração, correção e interpretação do desempenho no teste. É
processo contínuo que oferece diversas oportunidades para capturar, em microcosmo, as situações, os
comportamentos e os tipos de tarefas que facilitam o sucesso ou o insucesso da criança em casa e na
escola. Isto exige estreita atenção com relação ao que a criança faz (desempenho) e a maneira como ela o
faz (processo).
Manter a parceria de trabalho estabelecida na entrevista pré-avaliação é parte importante do processo.
Postura relaxada e informal e fala em tom de conversa podem ajudar a se obter um desempenho ideal.
Incentivar a criança a descrever o que foi “fácil” ou “difícil” em alguns subtestes, ou o que ela fez para que
ficasse fácil, pode fornecer uma perspectiva com relação à natureza das dificuldades que ela enfrenta.
Perguntar “O que podemos fazer para ficar mais fácil?” ou propor modificações às tarefas pode fornecer
uma perspectiva sobre o tipo de adaptações ou sugestões que a criança consideraria úteis. As informa-
ções obtidas desta forma podem ser proveitosas para identificar quais áreas necessitam de intervenção e
determinar qual tipo de intervenção é necessário.
Parte igualmente importante do seguimento é observar a criança nas tarefas de sala de aula e durante os
intervalos e anotar suas próprias observações sobre estes comportamentos. Esta conscientização dupla
pode ser uma fonte significativa de informações. Os Protocolos de Registro do NEPSY–II têm espaços para
anotar as observações de alguns comportamentos específicos, mas o registro de observações adicionais
também pode ser importante para compreender o desempenho da criança. Tais observações podem estar
relacionadas à maneira como a criança aborda a tarefa. Por exemplo: Apressa-se para começar a tarefa
sem dedicar tempo para planejá-la? Trabalha tão devagar que não tem tempo suficiente para concluí-la?
O examinador precisa mudar as tarefas com mais frequência para manter a atenção da criança? Ela se
cansa facilmente e precisa de intervalos adicionais? Ela tenta tirar o examinador da tarefa introduzindo
assuntos irrelevantes? Isto ocorre mais frequentemente em alguns tipos de tarefa ou ao longo de todo o
teste? Qual o grau de dificuldade ou de facilidade para a criança retornar à tarefa em curso?
Também é importante observar a facilidade ou a dificuldade com tarefas novas ou desconhecidas. Por
exemplo: A criança entende o que a tarefa exige com pouca explicação e treino, ou precisa de frequentes
repetições? Quais estratégias a criança usa para solucionar novos problemas? Quais comportamentos
estão relacionados ao sucesso ou ao fracasso em um item ou tarefa? O examinador precisa falar extrema-
mente devagar e explicar com muito cuidado para ser compreendido?
As observações relacionadas ao comportamento social e emocional da criança também podem ser úteis.
Por exemplo: A criança persiste ou desiste ao fracassar? Ela mantém contato visual apropriado? Sente-se
confortável com o examinador ou parece tensa e distante? Ela “invade” o espaço pessoal do examinador?
Nessas circunstâncias, o autoconhecimento do examinador permitirá que ele avalie a qualidade das inte-
rações da criança tendo a si próprio como referência (Holmes-Bernstein & Waber, 1990).

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Após a avaliação
As próximas etapas são pontuar e interpretar os resultados, compartilhá-los com os pais, escolas e outros
profissionais envolvidos e fazer recomendações de intervenção. Os princípios e diretrizes para interpre-
tação estão descritos no Manual Clínico e Interpretativo. A comunicação dos resultados da avaliação
deve ir além do conteúdo do relatório. Uma sessão pós-avaliação com a criança pode ser útil. Durante
essa sessão, a conversa sobre a avaliação pode se concentrar nos objetivos que foram discutidos durante a
entrevista pré-avaliação, nas perspectivas que a criança pode ter tido durante a avaliação com relação aos
problemas que enfrenta e nos comportamentos que contribuem para o seu sucesso ou fracasso. A criança
pode dar sugestões sobre o que pode ajudá-la e o examinador pode enumerar as etapas ou os planos
que estão sendo recomendados. Essa sessão é importante para a criança se tornar participante ativa dos
planos e recomendações que estão sendo feitos. Também é sugerida uma sessão pós-avaliação com os
pais, para garantir a compreensão dos resultados, responder às suas dúvidas e manejar problemas que
porventura surjam em decorrência da avaliação ou das recomendações.

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Administração do teste

Considerações sobre a testagem


Seleção de subtestes
O NEPSY–II pode ser usado como ferramenta de avaliação em vários níveis. Os subtestes são selecionados
com base na idade, no motivo do encaminhamento, nas necessidades da criança, nas restrições de tempo
ou de ambiente no qual a avaliação acontece. A Avaliação Geral, composta por subtestes selecionados,
fornece visão geral da situação neuropsicológica da criança. As Diagnósticas ou Seletivas possibilitam
análise mais detalhada dos transtornos cognitivos específicos e são compostas por baterias de referência
ou subtestes selecionados pelo próprio examinador. A avaliação neuropsicológica abrangente pode ser
realizada usando a Avaliação Completa, que inclui todos os subtestes apropriados à idade da criança.
Embora não exista um conjunto de subtestes exigido para todas as crianças, as próximas seções apresen-
tam recomendações para a seleção e os níveis de avaliação.
A primeira consideração para a seleção é a idade da criança. Há diferença entre os subtestes para crianças
em idade pré-escolar e escolar. Os subtestes e as idades para as quais foram desenhados estão descritos
na Tabela 2.1.

Tabela 2.1 Idade para administração dos subtestes do NEPSY–II


Subteste Faixa etária Subteste Faixa etária
Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas 5–16 Memória para Nomes (Tardia) 5–16 (5–16)
Classificando Animais 7–16 Nomeando e Identificando Partes do Corpo 3–4
Compreendendo Instruções 3–16 Nomeando Rápido 3–16
Construindo com Blocos 3–16 Precisão Visuomotora 3–12
Copiando Desenhos 3–16 Processamento Fonológico 3–16
Encontrando Caminhos 5–12 Produzindo Palavras 3–16
Estátua 3–6 Quebra-cabeças de Imagens 7–16
Flechas 5–16 Quebra-cabeças Geométricos 3–16
Fluência em Desenhos 5–12 Reconhecendo Emoções 3–16
Imitando Posições da Mão 3–12 Relógios 7–16
Inibindo Respostas 5–16 Repetindo Frases 3–6
Lista de Palavras – Interferência 7–16 Repetindo Pseudopalavras 5–12
Memória Narrativa 3–16 Sequências Motoras Manuais 3–12
Memória para Desenhos (Tardia) 3–16 (5–16) Sequências Oromotoras 3–12
Memória para Faces (Tardia) 5–16 (5–16) Teoria da Mente 3–16
Memória para Lista de Palavras (Tardia) 7–12 (7–12) Tocando na Ponta dos Dedos 5–16

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Flexibilidade na seleção dos subtestes
A amostra normativa foi coletada usando diversas ordens de administração dos subtestes para limitar o
impacto dos efeitos de ordem. Isto possibilita máxima flexibilidade na administração dos subtestes. Os
examinadores podem escolher administrar as baterias de referência sugeridas ou desenvolver suas pró-
prias. Além disso, podem usar subtestes selecionados ou baterias curtas, conforme desejarem.

Tempo de administração
A Avaliação Geral de crianças em idade pré-escolar dura aproximadamente 45 minutos, e de escolares,
cerca de 1 hora. A Completa, aproximadamente 90 minutos nas pré-escolares e cerca de 2½ a 3½ horas
nas escolares. Como as Avaliações Diagnósticas e Seletivas são personalizadas de acordo com as neces-
sidades da criança, a seleção dos subtestes e o tempo de administração podem variar. Após selecionar os
subteste, o tempo de avaliação pode ser previsto consultando-se as estimativas de tempo de cada subteste
nas Tabelas 2.2 e 2.3. Será mais fácil selecionar os subtestes para a Avaliação Seletiva após conhecê-los,
assim pode ser útil administrá-los em algumas crianças que estão usando o NEPSY–II pela primeira vez.
Conhecer os procedimentos de administração, o distúrbio, o temperamento, o estilo de trabalho e o
comportamento da criança pode aumentar ou encurtar o tempo de administração. Os tempos descritos
nas Tabelas 2.2 e 2.3 não incluem o tempo de correção e interpretação, mostrando apenas o tempo real
utilizado para administrar o teste.

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Tabela 2.2 Tempos de administração dos subtestes do NEPSY–II por idade
Faixa etária

Subteste 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13–14 15–16

Aprendizado e Memória

Lista de Palavras – Interferência — — — — 7 8 7 8 8 6 7 7


Memória Narrativa 6 6 7 7 7 6 10 10 11 10 11 11
Memória para Desenhos 10 10 12 12 13 15 13 12 12 11 10 11
Memória Tardia para Desenhos — — 3 3 4 4 3 3 3 3 3 3
Memória para Faces — — 5 5 5 5 5 4 4 4 5 5
Memória Tardia para Faces — — 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3
Memória para Lista de Palavras e Memória Tardia
— — — — 8 8 8 8 8 8 — —
para Lista de Palavrasa
Memória para Nomes — — — — — — — — — — 6 6
Memória Tardia para Nomes — — — — — — — — — — 2 2
Memória para Nomes e Memória Tardia
c — — 7 7 7 7 7 7 7 7 — —
para Nomes
Repetindo Frases 4 4 4 4 — — — — — — — —
Atenção e Função Executiva

Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas — — 7 7 11 11 10 10 11 10 10 11


Classificando Animais — — — — 8 9 8 8 10 9 9 8
Estátua 3 3 3 3 — — — — — — — —
Fluência em Desenhosa — — 4 4 4 4 4 4 4 4 — —
Inibindo Respostas — — 8 8 11 11 10 10 10 9 8 8
Relógios — — — — 10 9 8 8 7 7 7 6
Linguagem

Compreendendo Instruções 7 7 8 7 7 7 8 8 7 7 6 6
Nomeando e Identificando Partes do Corpo 5 4 — — — — — — — — — —
Nomeando Rápido 4 3 7 7 7 6 2 2 2 2 2 2
Processamento Fonológico 6 6 8 8 8 8 6 6 6 6 5 5
b
Produzindo Palavras 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 6 6
Repetindo Pseudopalavrasa — — 4 4 4 4 4 4 4 4 — —
Sequências Oromotorasa 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 — —
Percepção Social

Reconhecendo Emoções 5 5 5 5 7 7 7 7 6 7 6 6
Teoria da Mente 11 12 13 13 12 11 10 11 11 11 10 10
Processamento Visuoespacial

Construindo com Blocos 7 9 10 11 11 11 11 11 10 10 10 9


Copiando Desenhos 7 8 10 8 9 8 9 9 7 8 8 9
Encontrando Caminhosa — — 4 4 4 4 4 4 4 4 — —
Flechas — — 6 6 7 6 6 5 6 5 5 5
Quebra-cabeças de Imagens — — — — 14 12 13 13 11 10 10 9
Quebra-cabeças Geométricos 8 9 9 9 11 12 10 10 10 10 9 9
Sensório-motor
Imitando Posições da Mãoa 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 — —
Precisão Visuomotora 4 4 4 4 4 3 4 3 3 3 — —
Sequências Motoras Manuaisa 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 — —
Tocando na Ponta dos Dedos — — 4 4 3 3 3 3 3 3 3 3
Observação. Os tempos dos subtestes do NEPSY–II foram baseados no 75º percentil.
a
As estimativas de tempo para os subtestes do NEPSY de 1998 foram baseadas na média entre todas as faixas etárias nas quais o subteste foi administrado.
b
Para a faixa de 3–12 anos, as estimativas de tempo foram baseadas na média desta faixa etária na padronização do NEPSY de 1998.
c
Para a faixa de 5–12 anos, as estimativas de tempo foram baseadas na média desta faixa etária na padronização do NEPSY de 1998 em referência aos subtestes Memória para Nomes e Memória Tardia para Nomes.

Capítulo 2: Administração do teste 9

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Tabela 2.3 Tempos de administração dos subtestes do NEPSY–II por grupo especial
Grupo especial

Subteste TDAH SA TEA DA DE TEL TA DI TELE

Aprendizado e Memória

Lista de Palavras – Interferência 8 9 9 9 9 7 8 8 8


Memória Narrativa 10 13 11 10 10 8 10 8 10
Memória para Desenhos 15 14 15 15 16 12 12 14 14
Memória Tardia para Desenhos 4 4 4 4 3 3 4 3 4
Memória para Faces 5 5 6 6 6 4 4 5 5
Memória Tardia para Faces — 2 — — — — — — —
Memória para Nomes — 6 — — — — — — —
Memória Tardia para Nomes 3 3 3 3 4 3 2 3 3
Repetindo Frases — — 6 3 4 3 — 3 —
Atenção e Função Executiva
Atenção Auditiva e
10 11 10 10 12 10 9 10 9
Conjunto de Respostas
Classificando Animais 10 8 8 9 11 7 9 9 9
Estátua — — 2 4 3 4 — 3 —
Inibindo Respostas 10 12 14 10 13 10 11 11 10
Relógios 10 9 8 10 10 7 8 7 9
Linguagem

Compreendendo Instruções 7 7 8 9 9 6 7 8 6
Nomeando e Identificando
— — 5 4 — 4 — — —
Partes do Corpo
Nomeando Rápido 5 3 7 6 5 7 3 7 4
Processamento Fonológico 8 6 8 8 7 6 6 7 7
Produzindo Palavras — 6 — — — — — — —
Percepção Social

Reconhecendo Emoções 7 8 8 7 8 6 6 7 6
Teoria da Mente 12 13 18 15 12 11 11 13 11
Processamento Visuoespacial

Construindo com Blocos 12 12 10 10 13 10 11 11 12


Copiando Desenhos 8 9 4 7 6 3 7 8 7
Flechas 6 8 8 6 7 5 6 5 6
Quebra-cabeças de Imagens 14 11 10 15 13 12 10 9 13
Quebra-cabeças Geométricos 11 10 12 12 13 10 10 9 10
Sensório-motor

Precisão Visuomotora 4 3 4 4 4 4 3 4 3
Tocando na Ponta dos Dedos 4 4 4 5 4 4 3 5 3
Observação. TDAH = Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade; SA = Síndrome de Asperger; TEA = Transtorno do Espectro Autista; DA = deficiência auditiva; DE = distúrbios emocionais; TEL = Transtorno Específico de Linguagem; TA = Transtorno
Específico de Aprendizagem com Prejuízo na Matemática; DI = Deficiência Intelectual leve; TELE = Transtorno Específico de Leitura e Escrita.
Observação. Os tempos dos subtestes do NEPSY–II foram baseados no 75º percentil. Não foram relatados dados para o NEPSY de 1998.

10 NEPSY–II Manual de Administração

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Avaliações gerais
Comorbidades são frequentes em crianças com transtornos do desenvolvimento. Por exemplo, os trans-
tornos de aprendizagem verbal tendem a se sobrepor aos transtornos de atenção (Holborow & Berry, 1986;
Gilger, Pennington, & DeFries, 1992; Stanford & Hynd, 1994) e aos problemas de coordenação motora e
visuomotora (Denckla, 1985; Denckla & Rudel, 1978; Korkman & Pesonen, 1994). Assim, recomenda-se a
Avaliação Geral para a maioria dos casos, independentemente do motivo do encaminhamento. A Avalia-
ção Geral oferece visão ampla do desempenho da criança nos cinco domínios funcionais. Os subtestes
incluídos nesta avaliação representam amostra daqueles com melhor desempenho em cada um dos cinco
domínios. A seleção levou em consideração as suas propriedades psicométricas e clínicas. O resultado
de todos eles é expresso em escores ponderados ou percentis. Os subtestes incluídos na Avaliação Geral
estão descritos na Tabela 2.4.

Tabela 2.4 Subtestes do NEPSY–II incluídos na Avaliação Geral


3–4 anos 5–16 anos
Compreendendo Instruções Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas
Copiando Desenhos Compreendendo Instruções
Estátua Copiando Desenhos
Memória Narrativa Estátua (5–6)
Nomeando Rápido Inibindo Respostas
Precisão Visuomotora Lista de Palavras – Interferência (7–16)
Quebra-cabeças Geométricos Memória Narrativa
Memória para Faces (Tardia)
Nomeando Rápido
Precisão Visuomotora (5–12)
Quebra-cabeças Geométricos

Avaliações diagnósticas
Quando um escore primário ou processual, o motivo do encaminhamento ou a suspeita diagnóstica
indicarem um problema específico, recomenda-se a realização da Avaliação Diagnóstica para investigá-lo
mais profundamente. Os problemas ou transtornos podem ser de atenção, de linguagem ou de coordena-
ção motora. As Avaliações Diagnósticas incluem baterias de referência com os subtestes essenciais para o
diagnóstico de transtornos específicos. A seleção dos subtestes para inclusão nas Avaliações Diagnósticas
foi determinada pelos seus desempenhos psicométricos e clínicos. O desempenho dos subtestes da Ava-
liação Diagnóstica pode ser expresso como escores ponderados, percentis ou percentagens acumuladas.
Quando não existir bateria de referência para determinado transtorno do desenvolvimento que motivou
encaminhamento, a Avaliação Geral deve ser escolhida. Subtestes adicionais podem ser acrescenta-
dos conforme apropriado para abordar os sintomas existentes. Os quadros clínicos adquiridos (por
exemplo, traumatismo cranioencefálico, excisão de tumor cerebral) devem ser examinados com a
Avaliação Completa.
A Tabela 2.5 descreve os subtestes recomendados para cada bateria de referência da Avaliação Diagnós-
tica. O Assistente de correção e planejador de avaliação do NEPSY–II auxilia na seleção dos subtestes.
As baterias de referência incluem Defasagens de aprendizado – Leitura, Defasagens de aprendizado
– Matemática, Atenção/Concentração, Manejo Comportamental, Atrasos/Transtornos da Linguagem,
Atrasos/Transtornos Perceptuais e/ou Motores, Prontidão Escolar e Dificuldades Sociais/Interpessoais.
Diversas baterias contêm recomendações para outros testes além dos subtestes sugeridos. Os subtestes
adicionais podem ajudar a responder dúvidas referentes ao desempenho nos subtestes recomendados e
são indicados entre parênteses. O Capítulo 1 do Manual Clínico e Interpretativo apresenta discussão mais
detalhada destas baterias.

Capítulo 2: Administração do teste 11

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12
Tabela 2.5 Subtestes recomendados para as baterias de referência da Avaliação Diagnóstica
Bateria
Defasagens de Atrasos/Transtornos
Defasagens de aprendizado Manejo Atrasos/Transtornos Perceptuais Dificuldades sociais/
Subteste Idades aprendizado – Leitura – Matemática Atenção/Concentração Comportamental da Linguagem e/ou Motores Prontidão Escolar Interpessoais
Aprendizado e Memória
Lista de Palavras – Interferência 7–16 X X X X X
Memória Narrativa 3–16 X X
Memória para Desenhos e Memória Tardia
3–16 X X X (X)
para Desenhos
Memória para Faces e Memória Tardia para Faces 5–16 X X X
Memória para Lista de Palavras e Memória Tardia
7–12 X

NEPSY–II Manual de Administração


para Lista de Palavras
Memória para Nomes e Memória Tardia para Nomes 5–16 X X
Repetindo Frases 3–6 X X X X
Atenção e Função Executiva
Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas 5–16 X X X X X X X

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Classificando Animais 7–16 (X) X (X) X
Estátua 3–6 X X X X X X X X
Fluência em Desenhos 5–12 X (X) X X
Inibindo Respostas 5–16 X X X X X X
Relógios 7–16 X X (X) X
Linguagem
Compreendendo Instruções 3–16 X X X X X X
Nomeando e Identificando Partes do Corpo 3–4 X
Nomeando Rápido 3–16 X X X X X X X
Processamento Fonológico 3–16 X X (X)
Produzindo Palavras 3–16 X (X) X X
Repetindo Pseudopalavras 5–12 X
Sequências Oromotoras 3–12 X X X
Percepção Social
Reconhecendo Emoções 3–16 (X) X (X) (X) X
Teoria da Mente 3–16 X (X) X
Processamento Visuoespacial
Construindo com Blocos 3–16 3–6 X X 3–6
Copiando Desenhos 3–16 X X X X X X X X
Encontrando Caminhos 5–12
Flechas 5–16 (X) (X) (X)
Quebra-cabeças de Imagens 7–16 X X (X)
Quebra-cabeças Geométricos 3–16 7–16 X X X
Sensório-motor
Imitando Posições da Mão 3–12 (X) X X X
Precisão Visuomotora 3–12 X X (X) X X X
Sequências Motoras Manuais 3–12 X X X (X)
Tocando na Ponta dos Dedos 5–16 X X X

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Avaliações seletivas
Na Avaliação Seletiva, o examinador escolhe os subtestes de que necessita para determinada avaliação.
Quando a Avaliação Geral sugere transtorno que envolve função complexa ou afeta componentes de
diversos domínios, é recomendada a continuação da avaliação usando subtestes relacionados e de outros
domínios. Nesses casos, os subtestes selecionados devem avaliar os subcomponentes da habilidade
em questão. A escolha de subtestes deve basear-se nas constatações teóricas e de pesquisas referentes
às características dos diversos transtornos, e, principalmente, nos déficits primários que podem estar
subjacentes ao comprometimento em questão (consulte o Capítulo 6 do Manual Clínico e Interpretativo).
As descrições dos subtestes do NEPSY–II, incluindo informações das áreas cognitivas avaliadas, estão
descritas por domínio na Tabela 2.6.
Ainda não existe clareza total em relação aos déficits subjacentes a alguns transtornos do neurodesenvol-
vimento. Nesses casos, podem-se selecionar subtestes dos diferentes domínios que pareçam estar logi-
camente relacionados ao problema apresentado. Além disso, analisar a execução da tarefa pode ajudar a
identificar o componente de base que contribui para o problema. Por exemplo, a habilidade grafomotora
necessária para escrever e desenhar pode ser adicionalmente avaliada com subtestes que examinam a
coordenação motora fina, a produção de sequências rítmico-motoras, a integração visuomotora e a per-
cepção espacial.

Tabela 2.6 Descrições dos subtestes do NEPSY–II por domínio


Domínio Subteste Abreviação Idades Descrição
Aprendizado e Memória
Lista de Palavras LP 7–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a memória de trabalho verbal, repetição e recordação de palavras após a
– Interferência interferência. São apresentadas duas séries de palavras para a criança e pede-se para ela repetir cada sequência
após sua apresentação. Depois, ela deve lembrar de cada série na ordem da apresentação.
Memória Narrativa MNA 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a memória para material verbal organizado sob condições de recordação livre,
recordação com pistas e reconhecimento. A criança ouve uma história, e pede-se para que ela repita a história. Depois,
são feitas perguntas para a criança de modo a extrair os detalhes ausentes da recordação da história.

Memória para Desenhos MD 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a memória espacial para novos materiais visuais. Mostra-se uma grade
Memória Tardia MTD 5–16 com quatro a dez desenhos em uma página para uma criança e, depois, a página é tirada de vista. A criança escolhe
para Desenhos os desenhos de um conjunto de cartões e coloca os cartões em uma grade no mesmo local mostrado anteriormente.
A tarefa tardia avalia a memória visuoespacial de longo prazo.
Memória para Faces MF 5–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a codificação das características faciais, o reconhecimento e a
Memória Tardia para Faces MTF discriminação faciais. A criança olha para uma série de faces e, em seguida, são mostradas três fotografias por
vez, a partir das quais ela escolhe uma face vista anteriormente. A tarefa tardia avalia a memória de longo prazo
para faces.

Memória para Lista ML 7–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar aprendizado e memória verbais, taxa de aprendizado e papel da
de Palavras interferência na recordação do material verbal. Uma lista de palavras é lida para a criança várias vezes, e ela tem
MTL
Memória Tardia para Lista que recordá-las após cada apresentação. A tarefa tardia avalia a memória de longo prazo para palavras.
de Palavras
Memória para Nomes MN 5–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de aprender os nomes de crianças ao longo de três ensaios.
Memória Tardia MTN Mostram-se seis ou oito cartões com desenhos de crianças para a criança enquanto se lê o nome da criança do
para Nomes desenho. Depois, os cartões são mostrados novamente e é pedido a ela que se recorde do nome da criança do
cartão. A tarefa tardia avalia a memória de longo prazo para nomes.
Repetindo Frases RF 3–6 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de repetir frases de complexidade e extensão crescentes.
Uma série de frases é lida para a criança e ela precisa recordar cada frase imediatamente após a apresentação.

Capítulo 2: Administração do teste 13

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Tabela 2.6 Descrições dos subtestes do NEPSY–II por domínio (continuação)
Domínio Subteste Abreviação Idades Descrição
Atenção e Função Executiva
Atenção Auditiva e AA 5–16 Esse subteste tem duas partes. Atenção Auditiva foi desenhado para avaliar a atenção auditiva seletiva e a
Conjunto de Respostas capacidade de sustentá-la (vigilância). Conjunto de Respostas foi desenvolvido para avaliar a capacidade de mudar
CR 7–16
e manter um conjunto novo e complexo envolvendo a inibição de respostas aprendidas anteriormente e a resposta
correta a estímulos correspondentes ou contrastantes. A criança ouve uma série de palavras e toca no círculo
apropriado quando ouve a palavra-alvo.

Classificando Animais CA 7–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de formular conceitos básicos, transferir esses conceitos para
ação (classificar em categorias) e mudar o conjunto de um conceito para outro. A criança separa os cartões em dois
grupos de quatro cartões usando diversos critérios de classificação de iniciativa própria.
Estátua ES 3–6 Esse subteste foi desenhado para avaliar a persistência motora e a inibição de respostas. É pedido à criança que
mantenha a posição do corpo com os olhos fechados durante um período de 75 segundos e que iniba o impulso de
responder às distrações sonoras.

Fluência em Desenhos FD 5–12 Esse subteste objetiva avaliar o comportamento produtivo da criança através da sua capacidade de gerar desenhos
únicos, conectando até cinco pontos, apresentados em duas matrizes: estruturada e aleatória. A criança desenha
tantos desenhos quantos conseguir em cada matriz dentro de um tempo-limite especificado.
Inibindo Respostas IR 5–16 Esse subteste cronometrado foi desenhado para avaliar a capacidade de inibir respostas automáticas em favor de
novas respostas e a capacidade de alternar entre os tipos de resposta. A criança observa uma série de formas ou
flechas em branco e preto e nomeia a forma ou direção ou uma resposta alternativa, dependendo da cor, da forma
ou da flecha.

Relógios RL 7–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar planejamento, organização, habilidades visuoespaciais e visuoperceptivas
e o conceito de tempo em relação a relógios analógicos. Para cada item de desenho, a criança desenha a imagem de
um relógio e coloca os ponteiros onde o examinador indicar. Para itens visuais, a criança lê a hora nos relógios que
têm ou não têm números.
Linguagem
Compreendendo Instruções CI 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de receber, processar e executar instruções orais de
complexidade sintática crescente. Para cada item, a criança aponta para estímulos apropriados em resposta a
instruções orais.

Nomeando e Identificando NCE 3–4 Esse subteste foi desenhado para avaliar a nomeação por confronto e o reconhecimento de nomes, componentes
Partes do Corpo básicos da linguagem receptiva e expressiva. Para os itens de Nomeação, a criança nomeia as partes do corpo em
ICE
uma figura de uma criança ou em seu próprio corpo. Para os itens de Identificação, a criança aponta para as partes
correspondentes do corpo em uma figura, conforme o examinador as diz em voz alta.
Nomeando Rápido NR 3–16 Esse subteste cronometrado foi desenhado para avaliar o rápido acesso semântico e a produção de nomes de cores,
formas, tamanhos, letras ou números. Mostra-se para a criança uma matriz de cores e formas; de cores, formas e
tamanhos ou de letras e números. Ela as nomeia em ordem o mais rapidamente possível.
Processamento Fonológico PF 3–16 Esse subteste é composto por duas tarefas de processamento fonológico projetadas para avaliar a consciência
fonêmica. Reconhecimento de Segmentos de Palavras requer a identificação de palavras a partir de seus
segmentos. A Segmentação Fonológica é um teste de elisão. Foi desenhado para avaliar o processamento
fonológico no nível de segmentos de palavras (sílabas) e de sons de letras (fonemas). Pede-se para a criança repetir
uma palavra e, depois, criar uma nova palavra omitindo uma sílaba ou um fonema ou substituindo um fonema por
outro em uma palavra.

Produzindo Palavras PP 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a produtividade verbal através da capacidade de gerar palavras dentro de
categorias específicas semânticas e de letra inicial. A criança recebe uma categoria semântica ou de letra inicial e é
pedido que produza o maior número de palavras possível em 60 segundos.
Repetindo Pseudopalavras RP 5–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar a codificação e a decodificação fonológica. A criança repete
pseudopalavras apresentadas em voz alta.
Sequências Oromotoras SO 3–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar a coordenação oromotora. A criança repete as sequências articulatórias até
que o número exigido de repetições seja alcançado.

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Tabela 2.6 Descrições dos subtestes do NEPSY–II por domínio (continuação)
Domínio Subteste Abreviação Idades Descrição
Percepção Social
Reconhecendo Emoções RE 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de reconhecer emoções (feliz, triste, raiva, medo, nojo e
neutro) a partir de fotografias de faces de crianças em quatro tarefas diferentes. Na primeira tarefa, a criança
simplesmente afirma se duas fotografias retratam ou não faces com a mesma emoção. Na segunda, ela seleciona
duas fotografias de faces com a mesma emoção dentre 3 a 4 fotografias. Na terceira, a criança seleciona uma
dentre quatro faces que representa a mesma emoção da face na parte superior da página. E, finalmente, uma face é
mostrada brevemente para a criança e, de memória, ela seleciona duas fotografias que mostram a mesma emoção
da face apresentada anteriormente.

Teoria da Mente TM 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de compreender funções mentais como crença, intenção,
trapaça, emoção, imaginação e fingimento, a capacidade de entender que os outros têm seus próprios
pensamentos, ideias e sentimentos, que podem ser diferentes dos nossos, e a capacidade de compreender como
a emoção se relaciona com o contexto social e reconhecer a emoção apropriada considerando os vários contextos
sociais. Na tarefa Verbal, são lidos vários cenários ou são mostradas imagens para a criança e, em seguida, são feitas
perguntas que requerem conhecimento do ponto de vista do outro indivíduo. Na tarefa Contextual, é mostrada
uma imagem que representa um contexto social e é pedido à criança que escolha uma fotografia dentre quatro
opções que mostre a emoção apropriada de uma das pessoas na imagem.
Processamento Visuoespacial
Construindo com Blocos CB 3–16 Esse subteste cronometrado foi desenhado para avaliar as habilidades visuoespaciais e visuomotoras de modo a
reproduzir construções tridimensionais a partir de modelos ou de desenhos bidimensionais.
Copiando Desenhos CD 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar as habilidades motoras e visuoperceptuais associadas com a capacidade de
copiar figuras geométricas bidimensionais. A criança copia as figuras exibidas no Caderno de Respostas.
Encontrando Caminhos EC 5–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar o conhecimento das relações espaciais-visuais e da direcionalidade e a
capacidade de usar esse conhecimento para transferir uma rota de um mapa esquemático simples para um mapa
mais complexo. Um mapa esquemático com uma casa-alvo é mostrado à criança e pede-se que ela encontre aquela
casa em um mapa maior com outras casas e ruas.

Flechas FL 5–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de julgar a orientação da linha. A criança olha para uma série
de flechas dispostas em torno de um alvo e indica a(s) flecha(s) que aponta(m) para o centro do alvo.
Quebra-cabeças de QI 7–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar discriminação visual, localização espacial e varredura visual e a capacidade
Imagens de desconstruir uma imagem nas partes que a constituem e reconhecer as relações das partes com o todo. Uma
grande imagem dividida por uma grade e quatro imagens menores tiradas das seções da imagem maior são
apresentadas para a criança. Ela deve identificar a localização na grade da imagem maior a partir da qual cada uma
das imagens menores foi tirada.

Quebra-cabeças QG 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar rotação mental, análise visuoespacial e atenção aos detalhes. Uma
Geométricos imagem de uma grade grande contendo várias formas é apresentada à criança. Para cada item, ela deve combinar
duas formas fora da grade com duas formas dentro da grade.
Sensório-motor
Imitando Posições da Mão IM 3–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de imitar posições das mãos/dedos. A criança imita várias
posições das mãos demonstradas pelo examinador.
Precisão Visuomotora PV 3–12 Esse subteste cronometrado foi desenhado para avaliar a velocidade e a precisão grafomotora. A criança usa sua
mão preferida para desenhar linhas dentro de trilhas o mais rapidamente possível.
Sequências SM 3–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar a habilidade de imitar uma série de sequências de movimentos rítmicos
Motoras Manuais usando uma ou ambas as mãos. A criança repete uma série de movimentos da mão demonstrada pelo examinador
até que o número de movimentos necessário seja realizado.
Tocando na Ponta TD 5–16 Esse subteste cronometrado tem duas partes. A primeira parte foi desenhada para avaliar a destreza e a velocidade
dos Dedos motora dos dedos da criança. A segunda parte serve para avaliar a programação motora rápida. A criança copia
uma série de movimentos dos dedos demonstrada pelo examinador o mais rápido possível.

Avaliação completa
A Avaliação Completa, composta pela administração de todos os subtestes da idade, é especialmente útil
quando a criança é encaminhada para exame minucioso do desenvolvimento neurológico por causa de
lesão ou de disfunção cerebral (por exemplo, paralisia cerebral, epilepsia, hidrocefalia ou traumatismo
cerebral), de fatores de risco para o desenvolvimento (como muito baixo peso de nascimento, asfixia
de parto ou exposição intrauterina a álcool ou drogas), de infecções do sistema nervoso central ou de
tratamentos médicos que podem afetar o sistema nervoso central (como quimioterapia e radioterapia).
Quando restrições de tempo ou de habilidade da criança dificultarem a aplicação da Avaliação Completa,
a Avaliação Geral pode ser administrada para estabelecer uma linha de base inicial.
Para se obter análise abrangente do funcionamento neuropsicológico de crianças em acompanhamento
por razão de grave dificuldade de aprendizado ou de transtornos do desenvolvimento, a realização da
Avaliação Completa é aconselhada.

Capítulo 2: Administração do teste 15

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Ordem dos subtestes
Para organizar as várias ordens de administração dos subtestes, apresentamos em ordem alfabética as
instruções no Livro de Estímulos e no Manual de Administração. A ordem na qual os subtestes serão
administrados deve ser planejada antecipadamente para garantir que as tarefas variem o suficiente para
manter o interesse e a atenção da criança, e para que o tempo decorrido entre as tarefas imediatas e
tardias dos subtestes de memória seja adequado. É essencial administrar as tarefas imediatas e tardias na
mesma sessão, mesmo que isso exija intervalo adicional durante a sessão. Quando o subteste de memória
exigir intervalo, deve-se anotar, em espaço próprio no Protocolo de Registro, a hora do término da admi-
nistração da tarefa imediata. O registro da hora de finalização ajudará a acompanhar a duração adequada
do intervalo (geralmente entre 20 e 30 minutos) antes da administração da tarefa tardia. Quando se faz
uso de uma bateria que contém tarefas imediatas e tardias, é necessário que o tempo entre a conclusão da
tarefa imediata e o início da tarefa tardia seja respeitado.

Materiais
Os materiais incluídos no kit do NEPSY–II estão listados a seguir. O examinador deve equipar-se com
cronômetro, lápis ou caneta e aparelho para reprodução dos arquivos de áudio para os subtestes Atenção
Auditiva e Conjunto de Respostas e Repetindo Pseudopalavras, disponíveis para download no site da
Pearson Clinical Brasil*. Os materiais necessários para cada subteste estão descritos no Protocolo de
Registro.

Materiais do NEPSY–II
Manual de Administração Cartões Classificando Animais (8)
Manual Clínico e Interpretativo Cartões Memória para Desenhos (22)
Livro de Estímulos 1 Cartões Memória para Nomes (8)
Livro de Estímulos 2 Grade de Memória
Protocolos de Registro (3–4 anos) Áudio dos subtestes
Protocolos de Registro (5–16 anos) Blocos vermelhos (12) na caixa de blocos
Cadernos de Respostas (3–4 anos) Lápis na caixa de blocos
Cadernos de Respostas (5–16 anos) Crivo de Correção para os subtestes de desenhos

Diretrizes dos testes


As seguintes diretrizes e sugestões se referem à preparação dos materiais de teste e ao controle dos mes-
mos durante a sessão.
◾◾ Antes da sessão, organizar os materiais para ter fácil acesso durante a sessão. Colocar os materiais
que não estiverem em uso fora do campo de visão da criança.
◾◾ Marcar as informações pertinentes no Protocolo de Registro. Por exemplo, se estiver
testando uma criança de 7 anos, destacar os pontos de partidas específicos da idade e outras
informações relacionadas.
◾◾ Determinar quais dos subtestes serão administrados e a ordem de administração, de modo a garantir
o intervalo apropriado entre as tarefas de memória imediata e tardia.
◾◾ Ao organizar o Livro de Estímulos, verificar se a capa está voltada para o examinador, para que a
página adequada esteja voltada para a criança. As páginas são viradas na direção da criança. O Livro
de Estímulos tem um cavalete para seu apoio na vertical. Contudo, alguns subtestes são apresentados
com o Livro de Estímulos deitado.
◾◾ A criança não pode ver as páginas do Manual de Administração; muitas instruções dos subtestes
também listam as respostas corretas no texto.
◾◾ Usar prancheta para garantir que a criança não veja o Protocolo de Registro; a maioria das páginas
contém as respostas corretas.

* Os áudios dos subtestes Atenção Auditiva, Conjunto de Respostas e Repetindo Pseudopalavras se encontram disponíveis para download na página do produto no site www.pearsonclinical.com.br

16 NEPSY–II Manual de Administração

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◾◾ O kit tem duas caixas de blocos idênticas. Uma caixa contém os blocos usados no subteste
Construindo com Blocos. A segunda contém os lápis usados nos subtestes Relógios, Copiando
Desenhos, Fluência em Desenhos e Precisão Visuomotora. Não abra nenhuma das caixas na frente da
criança, a menos que isso seja indicado pelas instruções do subteste.
◾◾ Administrar o subteste Teoria da Mente antes do Construindo com Blocos ou de qualquer subteste
que requeira o uso do lápis.
◾◾ Pausar o áudio no final do subteste Atenção Auditiva, para dar as instruções para o subteste
Conjunto de Respostas.
◾◾ Os Cadernos de Respostas são usados para administrar os subtestes Relógios, Copiando Desenhos,
Fluência em Desenhos e Precisão Visuomotora. Verificar se o Caderno de Respostas que está em uso
é apropriado para a idade, conforme indicado na capa de cada um. Em cada subteste, o caderno deve
ficar dobrado, para que apenas uma página fique visível de cada vez.

Procedimentos-padrão
O NEPSY–II foi desenhado para avaliar os processos neuropsicológicos pertinentes para o funcionamento
da criança dentro e fora da escola. As instruções de cada subteste foram elaboradas para se obter níveis
ótimos de desempenho. O grau ideal de flexibilidade e de liberdade está indicado nas instruções de cada
subteste deste manual. Portanto, é importante seguir cuidadosamente as instruções para que se obte-
nham resultados que possam ser interpretados de acordo com as normas nacionais. Desvios dos proce-
dimentos-padrão, incluindo alteração da apresentação de um item do subteste, alteração das instruções
dadas à criança, repetição de exemplos além do recomendado ou ensinar conceitos não apresentados nos
exemplos de treinamento, podem reduzir a validade dos resultados.
Cumprir os procedimentos-padrão inclui usar um tom de voz natural de conversação, estimular o inte-
resse nas tarefas e reforçar o empenho da criança. Esta forma de apresentação contribui para se criar
ambiente de apoio durante a testagem e para se desenvolver sentimento de competência na criança, em
vez de sentimento de fracasso. Administrar os subtestes de forma rígida ou desinteressada diverge dos
procedimentos-padrão. Se for necessário se desviar dos procedimentos-padrão, anote isto no Protocolo
de Registro e interprete os resultados com cautela.
Muitos subtestes seguem os procedimentos de administração tradicionais, mas alguns exigem prática
para que o examinador se torne proficiente na administração e na correção dos itens e no registro das
respostas. É essencial conhecer os materiais e as exigências das tarefas dos subtestes para que os pro-
cedimentos-padrão possam ser seguidos e a avaliação avance sem atrasos indevidos entre os subtestes.
Os subtestes a seguir exigem prática antes de serem administrados: Imitando Posições da Mão, Inibindo
Respostas, Lista de Palavras – Interferência, Sequências Motoras Manuais, Memória para Desenhos,
Sequências Oromotoras, Teoria da Mente (Item 6) e Tocando na Ponta dos Dedos. Outros subtestes
exigem atenção especial no registro das respostas; estes são: Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas,
Classificando Animais, Compreendendo Instruções, Memória para Nomes, Nomeando Rápido, Quebra-
-cabeças Geométricos, Quebra-cabeças de Imagens e Relógios.

Condições físicas
O ambiente físico para a testagem pode afetar o desempenho da criança. Para evitar distrações e inter-
ferência, conduza os testes em sala silenciosa, com iluminação adequada e bem ventilada. Via de regra,
apenas o examinador e a criança devem estar na sala durante o teste. No entanto, ocasionalmente, pode-
-se permitir a presença do acompanhante adulto para facilitar a testagem.
A disposição das cadeiras é elemento importante que contribui para administração eficiente. O examina-
dor e a criança precisam estar sentados em mesa ou carteira com superfície lisa e alturas suficientes para
permitir que a criança trabalhe confortavelmente. A maioria dos subtestes exige que o examinador se
sente diretamente em frente à criança. Vários subtestes contêm itens que exigem que o examinador ou a
criança apontem para as respostas nas páginas do Livro de Estímulos. Nesses casos, o Livro de Estímulos
geralmente fica deitado para que o examinador possa ver as respostas da criança; entretanto, alguns sub-
testes são apresentados na vertical, com o cavalete aberto. Nesses casos, pode ser necessário mudar para
uma posição que facilite a administração e o registro correto das respostas.

Capítulo 2: Administração do teste 17

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Estabelecer e manter a comunicação
Na medida do possível, a avaliação deve ser uma experiência agradável para a criança. Realizar a
administração do subteste de forma descontraída e amigável e apresentá-lo como se fosse uma conversa
informal, pode ajudar a reduzir o estresse e auxiliá-la a obter seu melhor desempenho. Os subtestes do
NEPSY–II podem ser apresentados como “coisas divertidas para fazer” em vez de “testes”. Os procedimen-
tos de administração foram desenhados para serem interessantes e envolventes. É possível incentivar as
crianças a testar itens e tarefas difíceis sem precisar pressioná-las.
Para se estabelecer o rapport com as crianças mais jovens, é importante que a abordagem seja feita
lentamente. Muitas vezes, a melhor conduta é concentrar primeiro a atenção nos acompanhantes adultos.
Isto pode ajudar a deixar a criança mais confiante e permitir que ela observe como o examinador se
relaciona com as pessoas. O examinador deve aproveitar ocasiões para olhar e sorrir para ela. Se a criança
tentar interagir, ele deve responder de maneira descontraída e amigável. No primeiro encontro com uma
criança mais jovem, pode ser útil fazer um elogio (por exemplo, “que vestido lindo” ou “que boné legal”).
Declarações positivas no primeiro encontro podem ajudar a estabelecer o rapport. Algumas crianças têm
ansiedade de separação ou medo de estranhos. Se isso ocorrer, o acompanhante adulto pode permanecer
na sala durante a avaliação. Contudo, é importante certificar-se que o adulto compreende a importância
de não interferir na sessão para que o desempenho da criança não seja afetado. O examinador deve
solicitar ao acompanhante adulto que permaneça em silêncio e, de preferência, fora do campo de visão
da criança. No entanto, com grupos de crianças com deficiência (consultar “Testagem nos grupos de
crianças com deficiência, a seguir”), pode ser necessário que a criança comece a sessão sentada no colo do
acompanhante.
Com crianças de todas as idades, parte importante do rapport é dizer, antes da avaliação, o que elas
devem esperar. Por exemplo, para uma criança mais jovem, pode-se dizer: [nome da criança], nós vamos
brincar com alguns jogos e eu vou lhe fazer algumas perguntas. Acho que você vai gostar dos jogos.
Com crianças mais velhas, pode ser dito: Nós vamos fazer muitas coisas diferentes, como desenhar e
brincar de jogos de palavras. Muitas serão divertidas e eu acho que você vai gostar. Algumas são fáceis,
outras são difíceis. Faça o melhor que você conseguir.
As crianças podem ficar ansiosas com a avaliação, em virtude de suas experiências prévias. Deve-se ten-
tar reduzir a ansiedade por estar sendo avaliada. Por exemplo, pode-se tranquilizá-las dizendo que não
receberão nota no teste. As crianças testadas em hospitais podem associar o “teste” com exames médicos
ou físicos dolorosos, e podem ficar com medo de que a aplicação do NEPSY–II cause dor. É importante
tranquilizá-las desde o início dizendo-lhes que não serão solicitadas a fazer nada que possa doer.
Reforços podem ser oferecidos, desde que isso não mude a natureza ou a dificuldade da tarefa. Como
regra geral, deve-se elogiar o esforço (por exemplo, Você se esforçou bastante), em vez do desempenho.
As crianças jovens podem precisar de reforços frequentes (como elogios e adesivos) para manter o esforço
durante toda a avaliação. Se a criança tiver dificuldade e ficar frustrada com uma tarefa específica,
podem-se fazer comentários, como: Esta é difícil mesmo; acho que você vai gostar mais desta outra.

Testagem nos grupos de crianças com deficiência


Antes de testar uma criança com deficiência, é importante conhecer as suas limitações e o seu modo de
comunicação. Isto pode ser feito analisando os registros, colhendo histórico clínico detalhado, entrevis-
tando os pais, conversando com a criança em entrevista informal e, se possível, observando-a brincar.
Esse conhecimento é essencial, porque pode ser necessário desviar-se dos procedimentos-padrão, e isto
requer planejamento. Deve-se ter flexibilidade para conseguir equilibrar as necessidades de uma criança
especial com a manutenção dos procedimentos-padrão. É importante ter em mente que a criança deve
vir em primeiro lugar e que os procedimentos-padrão é que devem sofrer flexibilização. Caso contrário,
a criança pode sentir-se derrotada, aumentando os erros nos testes, o que pode levar a interpretações
imprecisas dos resultados.
Embora possa ser necessário modificar os procedimentos dos testes, é preciso lembrar que, se estas alte-
rações afetarem o desempenho da criança, os dados normativos não poderão ser utilizados. No entanto,
as informações obtidas na testagem modificada podem fornecer informações qualitativas valiosas sobre
os pontos fortes da criança. Frequentemente nas avaliações neuropsicológicas, a interpretação qualita-
tiva, a análise de erros e a identificação das limitações da criança são tão ou mais importantes do que os
escores quantitativos (Kaplan, 1988).
Quando for necessário modificar os procedimentos de administração padronizados (por exemplo, tradu-
ção para a língua de sinais ou acomodações com base em limitações físicas), estes ajustes podem afetar
os escores do teste e a maneira como eles devem ser interpretados (consulte Standards; AERA et al., 1999).
Quando ocorrerem modificações, o examinador precisará usar o seu bom senso clínico para avaliar o
efeito dos procedimentos modificados nos dados normativos. As modificações dos procedimentos-padrão
devem ser descritas no relatório final da avaliação. Informações sobre o desempenho de crianças com
diversos diagnósticos estão disponíveis no Manual Clínico e Interpretativo.

18 NEPSY–II Manual de Administração

AF•Manual_Administracao_0154234354_AdminMnl_PT-BR_2019_P3.indd 18 20/09/2019 11:56


Crianças com problemas de atenção
Avaliar crianças com dificuldade para participar da tarefa pode ser um desafio para o examinador.
O tempo de atenção pode ser curto, elas podem ficar distraídas e responder impulsivamente ou ficar
inquietas ou hiperativas. Além disso, a testagem pode ser mais demorada pela necessidade de intervalos
frequentes e de várias sessões. As seguintes sugestões podem ajudar na testagem de crianças com proble-
mas de atenção.
◾◾ Permitir intervalos sempre que necessário.
◾◾ Aplicar o teste em sala silenciosa com poucos distratores.
◾◾ Lembrar a criança repetida vezes para esperar que os materiais estejam organizados antes de pegá-
los e que as instruções estejam completas antes de responder.
◾◾ Se ela estiver tocando nos materiais do teste enquanto espera ou escuta as instruções, pedir-lhe para
colocar as mãos na mesa ou no colo.
◾◾ Mudar de posição para envolver a criança novamente nas atividades (por exemplo, realizar parte do
teste sentados no chão).
◾◾ Para crianças mais velhas com dificuldade de esperar, pedir que parem e pensem antes de responder
(com exceção dos subtestes cronometrados, como Inibindo Respostas).
◾◾ Usar o nome da criança ou tocar-lhe na mão para alertá-la a ouvir cuidadosamente assim que iniciar
as instruções.
◾◾ Ter adesivos ou outros pequenos reforços semelhantes para incentivar crianças de todas as idades a
continuar trabalhando.
◾◾ Quanto aos adolescentes, redirecioná-las conforme necessário para manter a comunicação e a fluidez
do teste.

Crianças com Transtorno Específico de Linguagem


Como o NEPSY-II tem orientações verbais, é essencial estar ciente que crianças com Transtorno Especí-
fico de Linguagem podem ter dificuldade em processar a linguagem oral complexa ou usá-la para respon-
der. As seguintes sugestões podem ajudar na testagem dessas crianças.
◾◾ Se parecer que a linguagem receptiva está comprometida, o examinador deve verificar se a criança
está olhando para ele enquanto dá as instruções.
◾◾ Falar de forma clara e mais lenta do que o usual, usando o nome da criança no começo
das instruções.
◾◾ Um toque na mão pode alertá-la a ouvir com atenção.
◾◾ Simplificar as instruções verbais conforme necessário. Por exemplo, há, nas instruções do subteste
Memória para Nomes, as seguintes frases: Eu vou mostrar para você figuras de algumas crianças e
lhe dizer o nome delas. Tente lembrar os nomes. Repita cada nome depois de mim. Esta é a Maria.
Para crianças com comprometimento da linguagem, simplesmente pode-se dizer: O nome desta
menina é Maria. Agora você repete. Assim, evita-se confundir o desempenho da memória com as
restrições da linguagem.
◾◾ Observar atentamente a presença de sinais de confusão, como pedir frequentemente para repetir,
dar respostas fora do contexto ou repetir palavras que foram incorretamente ouvidas (por exemplo,
vermelho em vez de cabelo).
◾◾ Repetir os exemplos de treinamento se necessário, para garantir que a criança compreenda a tarefa.
Muitos subtestes permitem a repetição dos exemplos de treinamento; naqueles que não o permitirem,
anotar se houver treinamento adicional e levar isto em consideração ao interpretar os escores.
◾◾ Usar pistas visuais frequentemente, como apontar para materiais, demonstrar a tarefa e
escrever instruções.
◾◾ Reduzir os distratores sonoros o máximo possível.
◾◾ Os subtestes de linguagem podem ser frustrantes para crianças com dificuldades de linguagem, mas
para fins diagnósticos, é importante administrá-los o mais completamente possível.
◾◾ Tranquilizar a criança, validando seus sentimentos de frustração: Eu sei que é difícil, mas vamos
tentar mais um pouco. Crianças com dificuldades de fala podem atender aos critérios de interrupção
logo no início dos subtestes de linguagem. Registrar literalmente as respostas ao longo de toda a
avaliação, para análise posterior dos erros semânticos e sintáticos.

Capítulo 2: Administração do teste 19

AF•Manual_Administracao_0154234354_AdminMnl_PT-BR_2019_P3.indd 19 20/09/2019 11:56


Crianças surdas ou com deficiência auditiva
Com relação a crianças surdas ou com deficiência auditiva, pode ser necessário usar um intérprete trei-
nado no método de comunicação da criança. Modificações nos subtestes também podem ser feitas durante
a administração (por exemplo, adição de distratores físicos no subteste Estátua). Muitas das sugestões para
crianças com Transtorno Específico de Linguagem também podem ser aplicadas às surdas ou com defici-
ências auditivas. Consulte o Capítulo 5 do Manual Clínico e Interpretativo para discussão aprofundada do
desempenho de crianças com deficiências auditivas no NEPSY–II.

Crianças com transtornos motores


As seguintes diretrizes e sugestões podem ajudar na testagem de crianças com transtornos motores.
◾◾ Ter um lápis largo, triangular ou com “garra” de borracha para uso da criança.
◾◾ Se houver hemiplegia, avaliar as habilidades motoras apenas do lado hígido.
◾◾ Na hemiparesia, no entanto, avaliar ambos os lados, quando possível.
◾◾ Escolher subtestes com poucas exigências físicas (como Inibindo Respostas, Memória Narrativa,
Nomeando e Identificando Partes do Corpo, Produzindo Palavras).
◾◾ Se o controle motor insatisfatório for comprometer o resultado de um teste que não foi desenhado
para avaliar habilidade motora (por exemplo, Construindo com Blocos), deve-se registrar o
desempenho dentro dos limites de tempo especificados, mas permitir tempo extra para avaliar
clinicamente a habilidade de resolver problemas. A criança que talvez não consiga resolver um item
rapidamente devido a restrições motoras pode conseguir fazê-lo se não houver limites de tempo.

Crianças com Transtorno do Espectro Autista


As crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) variam muito nas habilidades de linguagem e
atenção, nível de perseverança e presença de padrões estereotipados de comportamento. Seguem suges-
tões que podem ajudar na avaliação de crianças com TEA.
◾◾ Reservar uma sessão extra para o rapport antes de iniciar a testagem. Isso permitirá que a criança se
ajuste à mudança na rotina e à nova situação.
◾◾ Deixar o cuidador ou pai/mãe ficar na sala pelo menos no início da avaliação.
◾◾ Descobrir antecipadamente se a criança tem algum interesse específico (por exemplo, trens). Essa
conduta deve ser evitada se a criança tiver tendência à perseveração. Algumas crianças podem ser
redirecionadas. Nesse caso, o interesse especial da criança pode ser usado como reforço. Por exemplo,
se concluir a tarefa, ela pode ser recompensada vendo um livro sobre trens. Adesivos e outros
pequenos reforços podem ser úteis.
◾◾ Fazer intervalos frequentes ou, se necessário, agendar várias sessões curtas para concluir a avaliação.
◾◾ Seguir também todas as precauções sugeridas para crianças com Transtorno Específico de
Linguagem. Crianças com TEA frequentemente têm déficits de linguagem expressiva e receptiva.
◾◾ Observar os cuidados normalmente tomados na avaliação de criança com problemas de atenção,
visto que, crianças com TEA também apresentam dificuldade de atenção.
◾◾ Usar instruções simples e telegráficas.
◾◾ Lembrar à criança de fazer contato visual com o examinador, para se garantir que está acompanhando,
pois crianças com TEA costumam ter problemas para iniciar e/ou manter o contato visual.
◾◾ Pedir à criança que olhe os materiais do teste, se espontaneamente não o fizer.

20 NEPSY–II Manual de Administração

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Administração
Pontos de Partida, Regras Reversas, Regras de Interrupção e
Pontos de Parada (PARE)
Alguns subtestes têm um Ponto de Partida para todas as idades. No entanto, a maioria tem mais de um Ponto
de Partida para diferentes idades, e isto está especificado nas instruções. Deve-se começar com a criança
no item ou ensaio projetado para sua faixa etária. Nos subtestes com Pontos de Partida para a idade, a Regra
Reversa pode ser aplicável. Nesses casos, se a criança não completar corretamente os dois primeiros itens
administrados, deve-se reverter até que dois itens consecutivos de escores perfeitos sejam obtidos. Depois,
deve-se continuar com a administração na sequência normal a partir do próximo item não administrado.
Compreendendo Instruções, Construindo com Blocos, Imitando Posições da Mão, Processamento Fonoló-
gico, Sequências Motoras Manuais e Sequências Oromotoras têm Regras Reversas específicas; é importante
prestar atenção especial a isto no Capítulo 3 e no Protocolo de Registro, para administrá-las corretamente.
Muitos subtestes têm Regras de Interrupção. A Regras de Interrupção determina quando parar a adminis-
tração do subteste; normalmente depois do número exigido de itens consecutivos ter recebido escores 0.
Se o examinador não tiver certeza sobre como pontuar uma resposta e não conseguir determinar rapida-
mente se deve interromper ou não, é melhor administrar os itens adicionais até ter certeza que a Regra de
Interrupção foi alcançada.
Além das Regras de Interrupção, os subtestes Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas, Copiando
Desenhos, Inibindo Respostas, Memória Narrativa, Memória para Desenhos, Nomeando Rápido, Pro-
cessamento Fonológico, Produzindo Palavras, Quebra-cabeças Geométricos e Reconhecendo Emoções,
têm Pontos de Parada (PARE) para crianças mais jovens. Mesmo que a criança não tenha alcançado os
critérios de interrupção, a administração deve ser interrompida depois que todos os itens para aquela
faixa etária especificada forem aplicados.
Para facilitar a administração, os ícones de Ponto de Partida, Regra Reversa, Regra de Interrupção e Ponto
de Parada (PARE) estão ilustrados no Livro de Estímulos, nos Protocolos de Registro e neste Manual.

Aplicação dos Pontos de Partida, das Regras Reversas, das Regras


de Interrupção e dos Pontos de Parada (PARE)
A Figura 2.1 ilustra um exemplo no qual a Regra Reversa não se aplica. Neste exemplo, o examinador ini-
ciou o subteste Reconhecendo Emoções no Item 9, Ponto de Partida apropriado para a faixa etária de 5–6
anos, e o escore da criança foi de 1 ponto nos Itens 9 e 10 (ver A ). Assim, o examinador não precisou admi-
nistrar os itens reversos. A criança recebeu os créditos com relação aos itens reversos não administrados
(Itens 1–8; ver B ), e o subteste foi interrompido após cinco itens consecutivos de escore 0 (ver C ).

6. S N 0 1

7. S N 0 1
B
N
8. S 0 1
8
1 2 3
5–6 sr 9. 0 1
NT
1 2 3
A
r 10. 0 1
F
1 2 3
11. 0 1
F
1 2 3
12. 0 1
T
1 2 3 4
13. 0 1
M M R
1 2 3 4
14. 0 1
F T M
1 2 3 4
15.
T A NT
0 1 C
1 2 3 4
16. 0 1
T M NJ
1 2 3 4
7–16 sr 17. 0 1
R NT M
1 2 3 4
r 18. 0 1
F NT NJ
1 2 3 4
19. 0 1
T T M
1 2 3 4
20. 0 1
F R NT

Figura 2.1 Regra Reversa não se aplica


Capítulo 2: Administração do teste 21

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No exemplo ilustrado na Figura 2.2, o escore da criança foi 1 ponto no Item 9, o primeiro item adminis-
trado, mas reprovou no Item 10 (ver A ). O examinador administrou os itens anteriores em sequência
reversa, começando do 8, em que a criança reprovou, até ser aprovada em dois itens consecutivos (ver B ).
O examinador concedeu crédito para os itens reversos não administrados, e o teste continuou no Item 11
(ver C ) até a criança pontuar 0 em cinco itens consecutivos (ver D).

3. S N 0 1

4. S N 0 1

5. S N 0 1 /5

6. S N 0 1
B
7. S N 0 1

8. S N 0 1
1 2 3
5–6 Tr 9. 0 1
NT
1 2 3 A
r 10. 0 1
F
1 2 3
11.
F
0 1 C
1 2 3
12. 0 1
T
1 2 3 4
13. 0 1
M M R
1 2 3 4
14.
F T M
0 1 D
1 2 3 4
15. 0 1
T R NT
1 2 3 4
16. 0 1
T M NJ
1 2 3 4
7–16 Tr 17. 0 1
R NT M
1 2 3 4
r 18. 0 1
F NT NJ
1 2 3 4
19. 0 1
T T M

Figura 2.2 Item Ponto de Partida é aprovado, mas Itens Adjacentes são reprovados

22 NEPSY–II Manual de Administração

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No exemplo da Figura 2.3, a criança foi aprovada no Item 9, mas reprovada no Item 10 (ver A ). O examina-
dor, então, administrou os itens anteriores em sequência reversa, começando do 8, e a criança foi aprovada
(ver B ). Após obter dois escores consecutivos de 1 (Itens 8 e 9), a criança atendeu ao critério de continu-
ação. Ela recebeu os créditos para os Itens 1–7, e o examinador avançou para o Item 11, continuando o
subteste até que cinco itens consecutivos de escore 0 foram alcançado (ver C ).

5. S N 0 1

6. S N 0 1

7. S N 0 1 /7
B
8. S N 0 1
1 2 3
5–6 Tr 9. 0 1
NT
1 2 3
A
r 10. 0 1
F
1 2 3
11. 0 1
F
1 2 3
12. 0 1
T
1 2 3 4
13. 0 1
M M R
1 2 3 4
14. 0 1
F T M
1 2 3 4
15. 0 1
T R NT
1 2 3 4
16. 0 1
T M NJ
1 2 3 4
7–16 Tr 17.
R NT M
0 1 C
1 2 3 4
r 18. 0 1
F NT NJ
1 2 3 4
19. 0 1
T T M
1 2 3 4
20. 0 1
F R NT
1 2 3 4
21. 0 1
R NT NJ
1 2 3 4
22. 0 1
NJ NT

Figura 2.3 Item do Ponto de Partida e Item Adjacente são aprovados

Capítulo 2: Administração do teste 23

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Quando a Regra Reversa instruir para “ir para o Item 1”, deve-se reverter ao Item 1 e administrar os
itens na sequência até atingir a Regra de Interrupção, mesmo se isso ocorrer antes do Ponto de Partida
original. Se a criança não atender à Regra de Interrupção antes dos itens do Ponto de Partida original,
deve-se continuar administrando os próximos itens após o Ponto de Partida original até alcançar a Regra
de Interrupção. Se a criança alcançar a Regra de Interrupção antes de atingir os itens do Ponto de Partida,
não são concedidos créditos aos itens administrados além da interrupção, mesmo se os pontos forem
conquistados. Não conceder pontos para os itens depois do ponto de interrupção, mesmo se as respos-
tas da criança merecerem crédito.
No exemplo da Figura 2.4, a criança foi aprovada no Item 9, mas reprovada no Item 10 (ver A ). Portanto,
o examinador reverteu para o Item 1 e seguiu adiante (ver B ). A criança alcançou a Regra de Interrupção
no Item 7 (ver C ). Ela não recebeu créditos pelos itens administrados depois do Ponto de Interrupção do
Item 6 e obteve escore total de 1 ponto.

Reconhecimento de Segmentos de Palavras

Item Dizer Resposta Escore


1. va-ca 1 2 3 4 0 1 B
2. ga-to 1 2 3 4 0 1
3. ca-ma 1 2 3 4 0 1
4. me-sa 1 2 3 4 0 1
C
5. s-ol 1 2 3 4 0 1
6. flo-res 1 2 3 4 0 1
7. n-ó 1 2 3 4 0 1

8. l-ua 1 2 3 4 0 1

5–6 s r 9. pa-pai 1 2 3 0 1
A
r 10. tele- 1 2 3 0 1
11. -nião 1 2 3 0 1

12. sa-lão 1 2 3 0 1
13. -ua 1 2 3 0 1

PF – Escore Total
(máx = 45)

Figura 2.4 Critério de Interrupção alcançado durante o Procedimento Reverso

24 NEPSY–II Manual de Administração

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Os subtestes Imitando Posições da Mão, Nomeando e Identificando Partes do Corpo e Teoria da Mente
têm, cada um, duas tarefas. Nunca se deve pular a segunda tarefa do subteste, ou não será possível cal-
cular os escores totais e os escores de contraste. No exemplo da Figura 2.5, a criança atingiu o Ponto de
Interrupção da Tarefa Verbal do subteste Teoria da Mente no Item 9 (ver A ). Assim, o examinador seguiu
para o Item 16 e administrou todos os itens da Tarefa Contextual do subteste Teoria da Mente (ver B ).
O escore total de Teoria da Mente foi a soma dos escores obtidos nas tarefas Verbal e Contextual.

e Tarefa Verbal
Item Resposta Escore

5–6 s 1. biscoitos 0 1

2. a boneca 0 1

3. audição 0 1 2

7–8 sr 4. demonstração manual 0 1 2

r 5. Ming 0 1

9–16 sr 6. lápis 0 1

r 7. ele se sentiu mal 0 1 2


A
8. parque de diversões 0 1

9. ele está usando um terno 0 1 2

10. 0 1

f Tarefa Contextual
Item Resposta Escore
ET A B C D
16. A B C D 0 1
17. A B C D 0 1
18. A B C D 0 1 B
19. A B C D 0 1
20. A B C D 0 1
21. A B C D 0 1
TM – Contextual TM – Total
(Máx = 6) (Máx: 28)

4 10

TM – Escore
Ponderado/Percentil

13

Figura 2.5 Interrupção da Tarefa Verbal de Teoria da Mente

Capítulo 2: Administração do teste 25

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Diretrizes de tempo e tempo-limite
A administração do teste pode ser distribuída em mais de uma sessão. Quando são necessárias sessões
separadas, é preferível programá-las dentro de curtos intervalos entre 1 a 2 semanas.
A maioria dos subtestes do NEPSY–II é curta para que a avaliação possa ser realizada rapidamente entre
um subteste e outro. Esta alteração frequente no ritmo ajuda a manter o interesse da criança e a compen-
sar fadiga ou sentimento de fracasso, que contribuiriam para desempenho abaixo do ideal. Intervalos
breves podem ser feitos se a criança estiver cansada ou sobrecarregada. As tarefas que ela não esteja
disposta a realizar quando apresentadas pela primeira vez podem ser administradas em outro momento.
Essas etapas podem facilitar a testagem e ajudar na obtenção do melhor desempenho. As etapas devem
ser anotadas no Protocolo de Registro para serem consideradas na interpretação dos resultados.
Muitos subtestes do NEPSY–II não são cronometrados. Recomenda-se, no entanto, uma diretriz geral
de tempo, de modo a se manter um ritmo de administração regular e evitar ansiedade quando a
criança não responder ou parecer não estar disposta a tentar um item. A regra geral é seguir para o
próximo item se a criança não responder em aproximadamente 10 segundos. O cronômetro deve ser
mantido no campo de visão da criança durante todo o teste para que a sua presença não seja distrativa
quando for necessário usá-lo.
Em alguns subtestes, a velocidade de apresentação dos itens é importante (ou seja, Lista de Palavras
– Interferência, Memória para Lista de Palavras, Sequências Motoras Manuais e Sequências Oro-
motoras). E em outros, é o tempo de exposição por item que deve ser observado (ou seja, nas Tarefas
Imediatas de Memória para Desenhos, Memória para Faces e Memória para Nomes e no subteste
Reconhecendo Emoções).
Em alguns subtestes, há regras específicas de tempo-limite nas instruções. Neles, o tempo-limite de
cada item deve ser rigorosamente seguido. O tempo-limite deve ser registrado de forma arredondada
para o segundo mais próximo. Não é necessário interromper a criança ativamente envolvida em um item
porque o tempo-limite acabou. Contudo, o escore desse item será baseado no que foi realizado dentro
do tempo-limite. Quando um item receber tempo adicional, esse tempo deve ser registrado no Protocolo
de Registro juntamente com o desempenho para fins qualitativos. No entanto, a criança receberá ponto
apenas para as respostas finalizadas dentro do tempo-limite.
Para outros subtestes, o escore é baseado em parte no tempo que a criança demora para concluir um item
(por exemplo, Construindo com Blocos, Inibindo Respostas, Nomeando Rápido e Precisão Visuomotora).
O escore de Tocando na Ponta dos Dedos é baseado completamente no tempo que a criança leva para
concluir todos os itens.

Treinamento e prática
Alguns subtestes têm orientações com demonstração, treinamento ou prática antes da administração
dos itens. Estas orientações estão descritas neste Manual e/ou no Livro de Estímulos. Salvo especificação
contrária, as demonstrações e os exemplos de treinamento podem ser repetidos pelo menos uma vez e a
criança pode praticar o quanto for necessário. Isto ajuda a criança a conhecer as tarefas originais e for-
nece uma garantia de que ela as compreende. Dessa forma, ela pode alcançar o seu melhor desempenho.
É necessário demonstrar, treinar e permitir a prática apenas em relação aos itens especificados, exata-
mente conforme indicado. Fornecer ajuda adicional não é compatível com os procedimentos-padrão de
administração e pode resultar em avaliação incorreta do nível funcional da criança. Se limitações físicas
decorrentes de deficiência, traumatismo ou doença exigirem modificação dos procedimentos-padrão,
essas limitações e os seus motivos devem ser registrados no Protocolo de Registro. Conforme dito ante-
riormente, esses escores devem ser interpretados com cautela.

Incentivar e perguntar
Como regra geral, o incentivo é permitido para se obter o desempenho da criança. Quando dicas e/
ou incentivos são feitos, deve-se anotar no Protocolo de Registro com D ou I, respectivamente. Alguns
subtestes têm instruções específicas para perguntas e incentivos. Elas estão incluídas nas instruções dos
subtestes neste Manual ou no Livro de Estímulos. Nesses casos, devem-se seguir essas instruções, em vez
de diretrizes mais gerais.
Ao incentivar ou perguntar, é importante concentrar-se na tarefa ou nos esforços da criança, em vez de
focar-se na habilidade ou no sucesso (veja os exemplos a seguir).
◾◾ Se a resposta da criança a qualquer item for vaga, pedir esclarecimento, dizendo: E o que mais? ou
Explique o que você quer dizer.
◾◾ Se a criança não responder ou hesitar enquanto estiver respondendo, dizer: Pode tentar, Continue
ou Tente mais uma vez. Se a criança não responder a estes incentivos ou continuar hesitando, dizer:
Muito bem, vamos tentar o próximo; e avançar para o próximo item do subteste.

26 NEPSY–II Manual de Administração

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◾◾ Se a criança indicar claramente, verbalmente ou por sinais não verbais, que não consegue responder
o item (ou seja, se indicar que não sabe a resposta ou não consegue executar a tarefa), não solicitar
mais do que uma vez. Dizer: Muito bem, vamos continuar ou Esta é difícil. Talvez você goste mais da
próxima; e avançar para o próximo item ou subteste.
◾◾ Se a criança conseguir realizar corretamente um item na finalização do tempo-limite ou se continuar
trabalhando em um item além do tempo-limite, reconhecer o esforço e dizer: Esta não foi fácil. Você
se esforçou bastante.

Autocorreções e repetição de item


Se a criança responder incorretamente ou disser “Não sei”, mas depois responder corretamente antes
do próximo item ser administrado, registrar a autocorreção no Protocolo de Registro. O registro da auto
-correção é especialmente importante nos subtestes Inibindo Respostas e Nomeando Rápido e devem
ser realizados à medida que os itens são pontuados. A resposta deve ser pontuada conforme descrito nas
instruções do subteste.
Na maioria dos subtestes, os itens e as instruções podem ser repetidos uma vez, se a criança pedir ou
indicar de alguma forma que precisa da repetição (dizendo, por exemplo “Hã?”, “Como?”) ou que não
compreendeu (por exemplo, com expressão de dúvida). Essas solicitações devem ser anotadas no Pro-
tocolo de Registro, e o item deve ser repetido, se permitido. Deve-se proceder dessa maneira para que
problemas, como lapsos de atenção ou dificuldades de memória, não interfiram na avaliação de outra
habilidade, como análise fonêmica. Nos subtestes Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas, Compre-
endendo Instruções, Repetindo Pseudopalavras e todos do domínio Aprendizado e Memória, os itens
não podem ser repetidos. As percentagens acumuladas relacionadas à idade quanto ao número de vezes
que a criança pediu para repetir em diversos subtestes são disponibilizadas como parte das Observações
de Comportamento e incluídas no Anexo D do Manual Clínico e Interpretativo.

Testando os limites
É importante seguir os procedimentos-padrão de administração durante o teste. Contudo, quando
informações da entrevista inicial da criança e do histórico escolar ou médico sugerirem que ela apresenta
funcionamento em nível abaixo do esperado para a idade, os procedimentos de administração podem ser
modificados. Nesses casos, também pode-se usar o Ponto de Partida para crianças mais jovens naqueles
subtestes que têm Regra Reversa. A decisão de modificar os procedimentos-padrão deve ser tomada
com cautela. Todas as alterações feitas nos procedimentos-padrão devem ser registradas no Protocolo de
Registro, juntamente com os motivos, para que se tenha uma visão realista do nível funcional da criança.
Nessas situações, as normas referentes à idade não podem ser aplicadas diretamente.
A modificação do Ponto de Partida pode ser útil porque uma criança que alcança sucesso no início de um
subteste pode estar disposta a experimentar itens mais difíceis. Isto pode permitir que ela alcance algum
sucesso no início, em vez de fracasso. Além disso, podem-se obter informações sobre o nível no qual o
funcionamento está intacto. Da mesma forma, se parecer que a criança não compreende as instruções ou
exigências da tarefa usando os procedimentos-padrão de administração, é possível oferecer demonstra-
ções, treinamento e prática adicionais. Isto pode ajudar a determinar se uma criança consegue aprender
com mais treino e experiência com um subteste ou grupo de subtestes. Esse tipo de informação pode ser
útil para estimar a capacidade de aprendizado da criança, bem como para fazer recomendações sobre os
métodos instrucionais e planejamento de estratégias de adaptação.
Para crianças que começaram nos itens anteriores ao Ponto de Partida para a idade, independentemente
do seu desempenho nos itens anteriores a estes, deve-se conceder crédito total aos itens anteriores se a
criança obtiver escores perfeitos no Ponto de Partida para a idade e nos itens subsequentes. Na Figura 2.6, o
examinador iniciou o subteste Flechas no Item 1 com uma criança de 10 anos, em vez do Item 5, o Ponto de
Partida desta idade. A criança obteve um escore de 1 ponto nos Itens 1–3 e 0 ponto no Item 4, antes de obter
escores de 2 nos Itens 5 e 6. O examinador continuou até a criança atender ao Critério de Interrupção de 5
escores consecutivos de 0. O examinador concedeu corretamente o crédito total (4 pontos) para os Itens 1–4,
embora a criança tivesse obtido o escore de 3. O escore total da criança no subteste Flechas foi 10.

Capítulo 2: Administração do teste 27

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Item Resposta Escore

5–8 s 1. 1 2 3 4 0 1

2. 1 2 3 4 0 1

3. 1 2 3 4 0 1

4. 1 2 3 4 0 1 4
9–16 sr 5. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

r 6. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

7. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

8. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

9. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

10. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

11. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

12. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

13. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

14. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

15. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

16. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

17. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

18. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 0 1 2

19. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

20. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2

21. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 0 1 2

FL – Escore Total
(máx = 28)

10

Figura 2.6 Escores Perfeitos no Item do Ponto de Partida e no Item Adjacente modificando escores nos Itens
Administrados Anteriormente

28 NEPSY–II Manual de Administração

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Se a criança não conseguir acompanhar a velocidade da apresentação ou se o tempo-limite dos itens
for muito exigente para ela, os itens podem ser apresentados mais lentamente ou receber tempo
adicional para sua conclusão. Estas modificações podem fornecer informações sobre o que a criança
consegue fazer com e sem restrições de tempo, bem como uma estimativa de como a velocidade
de processamento e produção afeta o desempenho. Contudo, é importante observar que, se essas
modificações forem feitas, os dados normativos não podem ser aplicados aos escores do subteste.
Portanto, antes de testar os limites, é fundamental que o examinador siga os procedimentos-padrão o
máximo possível e marque o ponto no qual se desviou deles. Depois, o desempenho da criança pode
ser pontuado até o ponto do desvio.
Se a criança tiver dificuldade para manter-se na tarefa, auxílios motivacionais, como adesivos, brindes,
elogios pelo esforço ou algum outro reforço podem ser usados ao longo do teste. Em cada momento, é
essencial registrar as modificações que foram feitas para se obter uma visão realista do que a criança
consegue ou não fazer e em quais condições.

Preenchimento do Protocolo de Registro


Registro de respostas
No Protocolo de Registro, todos os subtestes têm espaço específico para anotar as informações necessá-
rias para que se obtenham escores primário, processual, combinado e de contraste aplicáveis, bem como
Observações de Comportamento. Adicionalmente, informações sobre a administração, como Pontos de
Partida, Regras Reversas, Regras de Interrupção, Pontos de Parada (PARE), tempos-limite e outras que
facilitam a administração correta do teste, estão descritas em cada subteste.
O Protocolo de Registro oferece uma página para resumo do desempenho da criança no NEPSY–II. A
página de resumo tem seção para anotar as informações demográficas e desenhar os gráficos com os
resultados dos escores primários, criando-se uma representação visual do desempenho da criança em
cada um dos seis domínios.

Preenchimento de Observações de Comportamento


Na página Observações de Comportamento, as observações qualitativas de comportamento realizadas
durante a avaliação podem ser quantificadas e comparadas às Percentagens Acumuladas para a idade.
As percentagens de todas as Observações de Comportamento são encontradas no Anexo D do Manual
Clínico e Interpretativo.
Em muitos subtestes, estão listados os comportamentos que podem ocorrer quando as crianças estive-
rem realizando uma tarefa, resolvendo um problema ou respondendo a perguntas. As instruções para
registro desses comportamentos estão descritas no Capítulo 3, e há espaço para registrá-los nos Proto-
colos de Registro. Embora o registro dos comportamentos especificados seja opcional, incentivamos que
seja feito, porque tais observações podem agregar importantes informações à avaliação total do funcio-
namento da criança. Antes de interpretar os comportamentos, consulte a tabela apropriada no Anexo D
do Manual Clínico e Interpretativo para a frequência observada em crianças típicas de diferentes idades.
Por exemplo, alguns comportamentos (como preensão imatura do lápis e comportamentos motores
qualitativos) foram observados mais frequentemente em crianças mais jovens do que nas mais velhas no
grupo normativo.
Também incentivamos o registro de todos os demais comportamentos que forem observados, como
estratégias para resolução de problemas e condutas refletivas ou impulsivas de respostas. O registro
de todos esses comportamentos pode ser útil para compreender os problemas que podem surgir
dentro e fora da escola e para planejar as intervenções comportamentais e educacionais. Por exemplo,
se a criança agiu impulsivamente tentando alcançar os materiais, respondendo antes de concluir as
instruções ou realizando as tarefas com pressa, talvez seja adequado recomendar o uso de métodos de
modificação do comportamento, como as técnicas de “parar e pensar”. Também pode-se recomendar
que o professor mostre os materiais, dê as instruções e peça para a criança repetir as instruções antes de
entregar os materiais a ela.

Capítulo 2: Administração do teste 29

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Cálculo da idade cronológica
A informação da idade da criança é necessária para administrar os subtestes e os itens corretos e para
encontrar as tabelas equivalentes de dados normativos. Para obter a idade exata da criança na época do
teste, a data do teste e a data de nascimento da criança devem ser registradas nos espaços apropriados do
Protocolo de Registro, conforme ilustrado na Figura 2.7. Se a criança foi testada em duas sessões, apenas
a data do primeiro teste deve ser usada para o cálculo. Subtrai-se, então, a data de nascimento da data
do teste. Deve-se assumir que todos os meses têm 30 dias e não arredondar os dias da idade para o mês
seguinte. Por exemplo, a idade de 3 anos, 5 meses e 29 dias não deve ser arredondada para 3 anos e 6
meses.

Ano Mês Dia


2008 14
Data do teste 2009 02 18
Data de
nascimento 2001 06 12
Idade ao
realizar o teste 7 8 6

Figura 2.7 Cálculo da idade cronológica

Obtenção de escores ponderados e percentis em subtestes


Depois de se obter os escores brutos totais de cada subteste (consulte a seção de correção de cada sub-
teste no Capítulo 3 para ver as instruções específicas para obtenção dos escores brutos totais), deve-se
buscar a tabela apropriada no Anexo A do Manual Clínico e Interpretativo. Os escores ponderados são
baseados na idade da criança (conforme calculada no Protocolo de Registro). A idade da criança em anos
e meses determina qual página da tabela deve ser usada. Todas as páginas da Tabela A.1 fornecem os
escores ponderados e percentis das faixas etárias em intervalos de 6 meses ou 1 ano. Os subtestes estão
listados na tabela de acordo com a ordem alfabética no domínio. Em cada subteste, o escore (bruto) total
pode ser encontrado na coluna com o nome do subteste. Depois, lendo a partir desse escore até a coluna
da extrema esquerda ou direita é possível encontrar o escore ponderado ou percentil equivalente do
subteste. Deve-se inserir o escore ponderado do subteste na caixa apropriada na página do Protocolo de
Registro. Os percentis são descritos em intervalos. A Figura 2.8 apresenta um exemplo de uma página
do Protocolo de Registro do subteste Reconhecendo Emoções preenchida com base nos escores de uma
criança de 12 anos e 0 meses de idade.

30 NEPSY–II Manual de Administração

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RE – Escore Total RE –
(5–6: máx = 25) (7–16: máx = 35) Escore Ponderado

24 8
Feliz (F) Erros – Total Feliz –
(5–6: máx = 5) (7–16: máx = 9) Erros – Percentil

0 26–50
Triste (T) Erros – Total Triste –
(5–6: máx = 8) (7–16: máx = 15) Erros – Percentil

3 26–50
Neutro (NT) Erros – Total Neutro –
(5–6: máx = 8) (7–16: máx = 15) Erros – Percentil

4 <2
Medo (M) Erros – Total Medo –
(5–6: máx = 7) (7–16: máx = 15) Erros – Percentil

3 2–5

Raiva (R) Erros – Total Raiva –


(5–6: máx = 7) (7–16: máx = 14) Erros – Percentil

2 51–75

Nojo (NJ) Erros – Total Nojo –


(5–6: máx = 4) (7–16: máx = 11) Erros – Percentil
1 51–75

Figura 2.8 Obtenção de escore ponderado e percentis em Reconhecendo Emoções

Obtenção de escores combinados e de contraste


Com relação aos subtestes com escores ponderados combinados e de contraste, primeiro é necessário
obter os percentis ou os escores ponderados apropriados que compõem o escore combinado ou de con-
traste. Estes escores estão indicados no Protocolo de Registro e na seção de correção dos respectivos sub-
testes no Capítulo 3 deste Manual. Depois de obter os escores dos subtestes normatizados, o examinador
deve verificar a tabela apropriada de escores combinados ou a de escores de contraste, nos Anexos B e C,
respectivamente, do Manual Clínico e Interpretativo.
Em cada tabela, devem ser encontrados os escores obtidos pela criança em relação aos escores indicados.
Lendo a linha e a coluna a partir dos escores, deve-se localizar a célula da tabela na qual os escores se
encontram. Este é o escore combinado ou de contraste.
Na Figura 2.9, a criança obteve escore ponderado de 6 em Repetição e escore ponderado de 4 em Recorda-
ção em Lista de Palavras – Interferência. O Escore Ponderado de Contraste em LP Repetição vs.
Recordação é 5.

LP Repetição – LP Recordação –
Escore Total Escore Total Repetição – Escore Total (Faixa de Escore Ponderado)
Recordação – Escore Total
(máx = 20) (máx = 40) (Escore Ponderado)

13 11

LP – Repetição – LP – Recordação –
Escore Ponderado Escore Ponderado

6 4

LP Repetição vs. Recordação


Contraste – Escore Ponderado

Figura 2.9 Obtenção de escore combinado

Capítulo 2: Administração do teste 31

WI Rec
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Representação gráfica do perfil dos escores
Todos os escores ponderados primários podem ser representados nos gráficos fornecidos na página de
resumo. Para criar um gráfico de escore, deve-se colocar um ponto no local do gráfico que corresponder
ao valor. Um exemplo de gráficos dos escores primários está ilustrado na Figura 2.10.

Aprendizado e Memória
MNA – Recor-
Escore LP – Repetição LP – Recordação dação Livre & ML e MTL MN e MTN Escore
Ponderado – Total – Total Pistas – Total MD – Total MTD – Total MF – Total MTF – Total Corretos – Total MN – Total MTN – Total – Total RF – Total Ponderado
19 19
18 18
17 17
16 16
15 15
14 14
13 13
12 12
11 11
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
Atenção e Função Executiva Linguagem
CA Classifi-
Escore AA Corretos AA – CR Corretos CR CA IRN IRI Tempo IRI IRM Tempo IRM IR NR – Tempo NR – PP – PP – Letra
cação
FD –
IRN Tempo RL – CI – de Realiza- Combi- PF – RP – Escore
Ponde- – Total Combi- – Total Combi- Correta – Combi- de Realiza- Combi- de Realiza- Combi- de Realiza- Combi- CA Erros ES – Semântica Inicial –
Total Total Total ção – Total Total – Total
Total Ponderado
rado (5–12) nado (7–12) nado Total nado ção – Total nado ção – Total nado ção – Total nado – Total Total nado Total
19 19
18 18
17 17
16 16
15 15
14 14
13 13
12 12
11 11
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
Percepção Social Processamento Visuoespacial Sensório-motor
TM – PV – Tempo TD Mão TD Mão Não TD
Escore RE – Total CB – CDP – FL – QG – Total IM – de Reali- PV – Dominante Dominante TD Repetições Sequências Escore
Ponderado Total (5–6) Total Total Total QI – Total (7–16) Total zação – Total Combinado Combinado Combinado Combinado Combinado Ponderado
19 19
18 18
17 17
16 16
15 15
14 14
13 13
12 12
11 11
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1

Figura 2.10 Representação gráfica de escores primários

32 NEPSY–II Manual de Administração

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Utilização da página de Observações de Comportamento
Se forem feitas Observações de Comportamento durante a avaliação, elas poderão ser comparadas às
Percentagens Acumuladas observadas nas amostras normativa e clínica (ver instruções sobre como pon-
tuar as Observações de Comportamento no Capítulo 3; consultar a Figura 2.11). Para os comportamentos
anotados, inserir o número de observações (por subteste) na coluna de Escore (bruto) total na página
de Observações de Comportamento. As Tabelas D.1 e D.4 do Manual Clínico e Interpretativo fornecem
percentagens destes escores nos intervalos: ≤ 2%, 3–10%, 11–25%, 26–75% e > 75% das amostras normativa
e clínica. Observação: É preciso ter cautela ao interpretar o desempenho computado nas Observações
de Comportamento de crianças com habilidades muito baixas, pois é possível que não se tenha admi-
nistrado um número suficiente de itens para permitir a avaliação da significância dos comportamentos,
devido à Regra de Interrupção. A Tabela 2.7 lista as Observações de Comportamento pontuadas no
NEPSY–II.

Observações de Comportamento
Percentagem Percentagem
Escores (Brutos) Percentagens da amostra Escores (Brutos) Percentagens da amostra
Totais acumuladas de padronização Totais acumuladas de padronização

Aprendizado e Memória Percepção Social

Lista de Palavras – Interferência Reconhecendo Emoções

Pede para Repetir – Total Comentários Espontâneos – Total

Memória para Desenhos e Memória Sensório-motor D.1 ou D.4 D.2 ou D.5


Tardia para Desenhos
Imitando Posições da Mão
Violação de Regra – Total 1 3–10
Memória para Faces e
Espelhamento S NT
Memória Tardia para Faces
Usa a outra mão para ajudar S NT
Comentários Espontâneos – Total 0 26–75
Sequências Motoras Manuais
Repetindo Frases
Mudança de Frequência
Pede para Repetir – Total

Atenção e Função Executiva D.1 ou D.4 D.2 ou D.5


Excesso de Movimento S NT

Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas Perseveração S NT

Comportamentos Distraído/Desatento 1 26–75 Perda de Assimetria no Movimento S NT


Comportamento Distraído de Movimentar-se
na Cadeira/Levantar-se 0 26–75 Movimento do Corpo S NT

Inibindo Respostas Bate na Mesa com Força S NT

Tocando na Ponta dos Dedos


IRN Aponta para o Estímulo – Total 0 26–75
Mudança de Frequência 0 26–75
IRI Aponta para o Estímulo – Total 2 11–25
Guia Visual S ✓NT 45
IRM Aponta para o Estímulo – Total 2 26–75
Linguagem
Posição Incorreta S ✓NT 82

Compreendendo Instruções Postura S ✓NT 92


Pede para Repetir – Total 3 11–25 Espelhamento ✓S NT 4
Sequências Oromotoras Extravasamento S ✓NT 91
Mudança de Frequência

Hipotonia Oromotora S NT

Má-articulação Estável S NT

Processamento Fonológico

Pede para Repetir – Total 2 11–25


Repetindo Pseudopalavras

Má-articulação Estável S NT

Figura 2.11 Página de Observações de Comportamento preenchida

Capítulo 2: Administração do teste 33

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Tabela 2.7 Observações de Comportamento do NEPSY–II por domínio
Domínio Subteste Idades Observação de Comportamento
Aprendizado e Memória Lista de Palavras – Interferência 7–16 Pede para Repetir

Memória para Desenhos e Memória 3–16 Violação da Regra


Tardia para Desenhos
Memória para Faces e Memória Tardia 5–16 Comentários Espontâneos
para Faces
Repetindo Frases 3–6 Pede para Repetir

Atenção e Função Executiva Atenção Auditiva e Conjunto 5–16 Comportamentos Distraídos/Desatento


de Respostas Comportamento Distraído de Movimentar-se na Cadeira/Levantar-se
Inibindo Respostas 5–16 Aponta para o Estímulo
Linguagem Compreendendo Instruções 3–16 Pede para Repetir
Processamento Fonológico 3–16 Pede para Repetir
Repetindo Pseudopalavras 5–12 Má-articulação Estável
Sequências Oromotoras 3–12 Mudança de Frequência
Hipotonia Oromotora
Má-articulação Estável
Percepção Social Reconhecendo Emoções 3–16 Comentários Espontâneos
Sensório-motor Imitando Posições da Mão 3–12 Espelhamento
Usa a Outra Mão para Ajudar

Precisão Visuomotora 3–12 Preensão do Lápis


Sequências Motoras Manuais 3–12 Mudança de Frequência
Excesso de Movimento
Perseveração
Perda de Assimetria do Movimento
Movimento de Corpo
Bate na Mesa com Força
Tocando na Ponta dos Dedos 5–16 Mudança de Frequência
Guia Visual
Posição Incorreta
Postura
Espelhamento
Excesso de Movimento

Diversos comportamentos listados são simplesmente descritos como presentes ou ausentes. Se o com-
portamento foi observado durante o teste, deve-se marcar a caixa apropriada (consulte a Figura 2.11). A
Tabela D.2 do Manual Clínico e Interpretativo lista a percentagem da amostra normativa para a qual este
comportamento foi observado. Para obter a percentagem da amostra que não demonstrou determinado
comportamento durante o teste, conforme indicado por N na página de Observações de Comportamento
do Protocolo de Registro, subtrai-se a percentagem da amostra indicada na Tabela D.2 de 100%.

34 NEPSY–II Manual de Administração

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