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Manual de Administração
Marit Korkman
Ursula Kirk
Sally Kemp
Visão geral
Introdução ao NEPSY–II
A segunda edição do NEPSY (NEPSY–II) é a revisão do NEPSY (Korkman, Kirk & Kemp, 1998), um ins-
trumento abrangente projetado para avaliar o desenvolvimento neuropsicológico em crianças em idade
pré-escolar e escolar. O nome NEPSY é formado da palavra neuropsicologia, com o NE de neuro e o PSY
de psicologia [Psychology]. Os resultados obtidos a partir da avaliação com o NEPSY–II informam o
diagnóstico e auxiliam no planejamento da intervenção com relação a diversos transtornos da infância.
Em especial, o NEPSY–II fornece aos profissionais uma perspectiva no que diz respeito às dificuldades
acadêmicas, sociais e comportamentais. A compreensão abrangente dos pontos fortes e fracos cognitivos
da criança pode facilitar o desenvolvimento de Planos de Educação Individuais (Individual Education
Plans, IEPs) adequados e orientar as decisões de intervenção e atribuição.
O NEPSY–II é composto por diversos subtestes neuropsicológicos que podem ser usados em várias com-
binações, de acordo com as necessidades da criança e a experiência do examinador. Ampla variedade
de subtestes foi incluída para avaliar o desenvolvimento neuropsicológico em seis domínios funcionais:
Aprendizado e Memória, Atenção e Função Executiva, Linguagem, Percepção Social, Processamento
Visuoespacial e Sensório-motor.
Diversos recursos do NEPSY–II o tornam extremamente útil para avaliar crianças e adolescentes. Pri-
meiro, os subtestes foram projetados especificamente para crianças na faixa etária dos 3 aos 16 anos,
fornecendo ao profissional avaliações do funcionamento cognitivo adequadas à idade. Segundo, os
subtestes foram normatizados em uma única amostra estratificada adequadamente. Isso proporciona
visão abrangente dos processos neuropsicológicos em crianças e dos padrões de alterações quantitativas
e qualitativas no desempenho neuropsicológico, relacionadas à idade. Em terceiro lugar, vale ressaltar
que o NEPSY, foi desenvolvido considerando quatro ordens diferentes de administração dos subtestes,
para limitar os efeitos da ordem dos subtestes nos dados normativos. Isso possibilita flexibilidade na sele-
ção e na ordem de administração dos subtestes. Quarto, o NEPSY–II foi padronizado em conjunto com
diversas medidas de validade, incluindo a Escala Wechsler de Inteligência para Crianças – Quarta Edição
(WISC–IV; Wechsler, 2003), o Differential Abilities Scales – Second Edition (DAS–II; Elliott, 2007), o Teste de
Desempenho Individual de Wechsler – Segunda Edição (WIAT–II; Harcourt Assessment, 2005), a Escala de
Memória Infantil (CMS; Cohen, 1997) e o Sistema de Função Executiva de Delis-Kaplan (D-KEFS; Delis,
Kaplan, & Kramer, 2001). As comparações entre essas avaliações e os resultados obtidos com o NEPSY–II
permitirão ao examinador avaliar as relações entre os desempenhos neuropsicológico, intelectual e da
memória nas crianças ou nos adolescentes. E, finalmente, o NEPSY–II foi desenhado para ajudar a iden-
tificar os déficits cognitivos relacionados a transtornos que normalmente são primeiro diagnosticados na
infância e que podem limitar o sucesso acadêmico.
Os tipos mais comuns de avaliação usando o NEPSY–II são a Avaliação Geral, para obter visão geral
da situação neuropsicológica da criança, a Avaliação Diagnóstica, baseada nas principais suspeitas
diagnósticas ou motivos de encaminhamento, a Avaliação Seletiva, quando o examinador seleciona os
subtestes com base nas necessidades clínicas, e a Avaliação Completa, para se obter ampla avaliação
neuropsicológica. Os resultados da avaliação são expressos em escores ponderados ou percentis. O perfil
de desempenho dos principais escores ponderados representa os padrões relativos aos pontos fortes e
fracos que podem ficar evidentes no desempenho da criança nos subtestes do NEPSY–II dentro dos seis
domínios e entre eles. Esses padrões podem ser comparados àqueles dos diferentes diagnósticos eviden-
ciados nas crianças. Além disso, muitos dos subtestes têm escores processuais e de contraste que, pela
decomposição de seus componentes, possibilitam a análise mais profunda do desempenho da criança.
A análise qualitativa do comportamento da criança durante a avaliação, em combinação com as obser-
Finalidade e uso
O NEPSY–II foi desenhado para fornecer uma avaliação centrada na suspeita diagnóstica específica ou
nos motivos de encaminhamento e para possibilitar a realização de testagem ampla que fornecerá infor-
mações detalhadas ou abrangentes do funcionamento neuropsicológico da criança.
Os escores dos subtestes estão organizados em seis domínios funcionais para auxiliar no diagnóstico
diferencial dos transtornos da infância, como o do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), do
Espectro Autista (incluído aqueles com características da Síndrome de Asperger), Específico de Leitura,
Específico de Aritmética, Específico de Leitura e Escrita, entre outros transtornos do desenvolvimento
ou adquiridos. O NEPSY–II possibilita que os profissionais se concentrem em habilidades cognitivas
específicas relacionadas aos motivos gerais do encaminhamento (por exemplo, prontidão escolar). O exa-
minador não precisa administrar todos os subtestes, apenas aqueles que forem pertinentes para o motivo
do encaminhamento. Os escores dos subtestes, em vez de escores globais de índice ou domínio, são
usados para determinar os pontos fortes e fracos da cognição da criança. Isso permite que o examinador
encurte ou prolongue a avaliação, conforme desejar, e a personalize de acordo com a necessidade de cada
criança. Além dos escores primários e processuais, as informações sobre a frequência dos comportamen-
tos clinicamente relevantes podem ser quantificadas.
O NEPSY–II foi revisado com quatro objetivos inter-relacionados: (1) aumentar a cobertura dos domínios,
pela adição e aprimoramento de medidas de atenção e função executiva, memória visual e processa-
mento visuoespacial e pela criação das medidas de percepção social; (2) melhorar a sensibilidade clínica
através do uso de escores primários e processuais em nível de subteste, desenvolver subtestes clinica-
mente sensíveis e coletar dados dos vários grupos clínicos; (3) melhorar as propriedades psicométricas,
incluindo os valores mínimos e máximos dos subtestes e a fidedignidade e a validade do instrumento;
e (4) melhorar a usabilidade por meio de maior flexibilidade na administração dos subtestes e da incor-
poração de baterias de referência. Para obter outras informações sobre as revisões do NEPSY de 1998 em
relação ao NEPSY–II, consulte o Manual Clínico e Interpretativo.
Escores fornecidos
Os escores do NEPSY–II são classificados como escores primários, processuais ou de contraste, ou como
observações de comportamento. Os escores primários estão disponíveis em todos os subtestes e descre-
vem as habilidades gerais ou principais envolvidas no subteste. Os escores processuais fornecem infor-
mações mais específicas sobre as habilidades daquele componente que são necessárias para a conclusão
da tarefa ou que exercem influência no desempenho. Os escores de contraste utilizam a métrica de escore
ponderado para comparar os escores dentro dos subtestes ou entre eles, e assim, fornecer informações
sobre o desempenho de uma habilidade ou capacidade de maior nível responsável pelo controle de uma
habilidade de nível inferior ou mais básico. As observações de comportamento oferecem dados quantita-
tivos sobre comportamentos comuns observados em crianças.
A maioria dos subtestes do NEPSY–II gera escores múltiplos, que podem refletir o desempenho geral, a
velocidade do desempenho, as frequências de erros ou as medidas de habilidades dos subcomponentes
necessárias para a conclusão da tarefa. Múltiplos escores possibilitam ao profissional compreender
totalmente os processos cognitivos subjacentes que afetam o desempenho da tarefa. Os escores são apre-
sentados como escores ponderados, percentis, percentagens acumuladas ou percentagens da amostra
normativa. Os escores primários e processuais são descritos como escores ponderados, percentis ou
percentagens acumuladas. Os percentis são usados para os escores de erros e para aqueles com intervalo
restrito ou distribuições assimétricas dos escores (brutos) totais. Em algumas situações, o examinador
pode querer descrever um único escore total para subteste que tem diversas medidas (escore combinado)
ou comparar o desempenho entre medidas (escore de contraste). Os escores combinados são obtidos de
dois escores em um subteste e descrevem o desempenho entre duas variáveis. Os de contraste são escores
ponderados que descrevem a diferença entre escores dentro dos subtestes ou entre eles. As percentagens
acumuladas e as percentagens da amostra de padronização são usadas nas observações de comporta-
mento e em alguns escores processuais.
Informações sobre a interpretação dos escores estão descritas no Manual Clínico e Interpretativo.
Durante a avaliação
A avaliação envolve mais do que administração, correção e interpretação do desempenho no teste. É
processo contínuo que oferece diversas oportunidades para capturar, em microcosmo, as situações, os
comportamentos e os tipos de tarefas que facilitam o sucesso ou o insucesso da criança em casa e na
escola. Isto exige estreita atenção com relação ao que a criança faz (desempenho) e a maneira como ela o
faz (processo).
Manter a parceria de trabalho estabelecida na entrevista pré-avaliação é parte importante do processo.
Postura relaxada e informal e fala em tom de conversa podem ajudar a se obter um desempenho ideal.
Incentivar a criança a descrever o que foi “fácil” ou “difícil” em alguns subtestes, ou o que ela fez para que
ficasse fácil, pode fornecer uma perspectiva com relação à natureza das dificuldades que ela enfrenta.
Perguntar “O que podemos fazer para ficar mais fácil?” ou propor modificações às tarefas pode fornecer
uma perspectiva sobre o tipo de adaptações ou sugestões que a criança consideraria úteis. As informa-
ções obtidas desta forma podem ser proveitosas para identificar quais áreas necessitam de intervenção e
determinar qual tipo de intervenção é necessário.
Parte igualmente importante do seguimento é observar a criança nas tarefas de sala de aula e durante os
intervalos e anotar suas próprias observações sobre estes comportamentos. Esta conscientização dupla
pode ser uma fonte significativa de informações. Os Protocolos de Registro do NEPSY–II têm espaços para
anotar as observações de alguns comportamentos específicos, mas o registro de observações adicionais
também pode ser importante para compreender o desempenho da criança. Tais observações podem estar
relacionadas à maneira como a criança aborda a tarefa. Por exemplo: Apressa-se para começar a tarefa
sem dedicar tempo para planejá-la? Trabalha tão devagar que não tem tempo suficiente para concluí-la?
O examinador precisa mudar as tarefas com mais frequência para manter a atenção da criança? Ela se
cansa facilmente e precisa de intervalos adicionais? Ela tenta tirar o examinador da tarefa introduzindo
assuntos irrelevantes? Isto ocorre mais frequentemente em alguns tipos de tarefa ou ao longo de todo o
teste? Qual o grau de dificuldade ou de facilidade para a criança retornar à tarefa em curso?
Também é importante observar a facilidade ou a dificuldade com tarefas novas ou desconhecidas. Por
exemplo: A criança entende o que a tarefa exige com pouca explicação e treino, ou precisa de frequentes
repetições? Quais estratégias a criança usa para solucionar novos problemas? Quais comportamentos
estão relacionados ao sucesso ou ao fracasso em um item ou tarefa? O examinador precisa falar extrema-
mente devagar e explicar com muito cuidado para ser compreendido?
As observações relacionadas ao comportamento social e emocional da criança também podem ser úteis.
Por exemplo: A criança persiste ou desiste ao fracassar? Ela mantém contato visual apropriado? Sente-se
confortável com o examinador ou parece tensa e distante? Ela “invade” o espaço pessoal do examinador?
Nessas circunstâncias, o autoconhecimento do examinador permitirá que ele avalie a qualidade das inte-
rações da criança tendo a si próprio como referência (Holmes-Bernstein & Waber, 1990).
Administração do teste
Tempo de administração
A Avaliação Geral de crianças em idade pré-escolar dura aproximadamente 45 minutos, e de escolares,
cerca de 1 hora. A Completa, aproximadamente 90 minutos nas pré-escolares e cerca de 2½ a 3½ horas
nas escolares. Como as Avaliações Diagnósticas e Seletivas são personalizadas de acordo com as neces-
sidades da criança, a seleção dos subtestes e o tempo de administração podem variar. Após selecionar os
subteste, o tempo de avaliação pode ser previsto consultando-se as estimativas de tempo de cada subteste
nas Tabelas 2.2 e 2.3. Será mais fácil selecionar os subtestes para a Avaliação Seletiva após conhecê-los,
assim pode ser útil administrá-los em algumas crianças que estão usando o NEPSY–II pela primeira vez.
Conhecer os procedimentos de administração, o distúrbio, o temperamento, o estilo de trabalho e o
comportamento da criança pode aumentar ou encurtar o tempo de administração. Os tempos descritos
nas Tabelas 2.2 e 2.3 não incluem o tempo de correção e interpretação, mostrando apenas o tempo real
utilizado para administrar o teste.
Aprendizado e Memória
Compreendendo Instruções 7 7 8 7 7 7 8 8 7 7 6 6
Nomeando e Identificando Partes do Corpo 5 4 — — — — — — — — — —
Nomeando Rápido 4 3 7 7 7 6 2 2 2 2 2 2
Processamento Fonológico 6 6 8 8 8 8 6 6 6 6 5 5
b
Produzindo Palavras 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 6 6
Repetindo Pseudopalavrasa — — 4 4 4 4 4 4 4 4 — —
Sequências Oromotorasa 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 — —
Percepção Social
Reconhecendo Emoções 5 5 5 5 7 7 7 7 6 7 6 6
Teoria da Mente 11 12 13 13 12 11 10 11 11 11 10 10
Processamento Visuoespacial
Aprendizado e Memória
Compreendendo Instruções 7 7 8 9 9 6 7 8 6
Nomeando e Identificando
— — 5 4 — 4 — — —
Partes do Corpo
Nomeando Rápido 5 3 7 6 5 7 3 7 4
Processamento Fonológico 8 6 8 8 7 6 6 7 7
Produzindo Palavras — 6 — — — — — — —
Percepção Social
Reconhecendo Emoções 7 8 8 7 8 6 6 7 6
Teoria da Mente 12 13 18 15 12 11 11 13 11
Processamento Visuoespacial
Precisão Visuomotora 4 3 4 4 4 4 3 4 3
Tocando na Ponta dos Dedos 4 4 4 5 4 4 3 5 3
Observação. TDAH = Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade; SA = Síndrome de Asperger; TEA = Transtorno do Espectro Autista; DA = deficiência auditiva; DE = distúrbios emocionais; TEL = Transtorno Específico de Linguagem; TA = Transtorno
Específico de Aprendizagem com Prejuízo na Matemática; DI = Deficiência Intelectual leve; TELE = Transtorno Específico de Leitura e Escrita.
Observação. Os tempos dos subtestes do NEPSY–II foram baseados no 75º percentil. Não foram relatados dados para o NEPSY de 1998.
Avaliações diagnósticas
Quando um escore primário ou processual, o motivo do encaminhamento ou a suspeita diagnóstica
indicarem um problema específico, recomenda-se a realização da Avaliação Diagnóstica para investigá-lo
mais profundamente. Os problemas ou transtornos podem ser de atenção, de linguagem ou de coordena-
ção motora. As Avaliações Diagnósticas incluem baterias de referência com os subtestes essenciais para o
diagnóstico de transtornos específicos. A seleção dos subtestes para inclusão nas Avaliações Diagnósticas
foi determinada pelos seus desempenhos psicométricos e clínicos. O desempenho dos subtestes da Ava-
liação Diagnóstica pode ser expresso como escores ponderados, percentis ou percentagens acumuladas.
Quando não existir bateria de referência para determinado transtorno do desenvolvimento que motivou
encaminhamento, a Avaliação Geral deve ser escolhida. Subtestes adicionais podem ser acrescenta-
dos conforme apropriado para abordar os sintomas existentes. Os quadros clínicos adquiridos (por
exemplo, traumatismo cranioencefálico, excisão de tumor cerebral) devem ser examinados com a
Avaliação Completa.
A Tabela 2.5 descreve os subtestes recomendados para cada bateria de referência da Avaliação Diagnós-
tica. O Assistente de correção e planejador de avaliação do NEPSY–II auxilia na seleção dos subtestes.
As baterias de referência incluem Defasagens de aprendizado – Leitura, Defasagens de aprendizado
– Matemática, Atenção/Concentração, Manejo Comportamental, Atrasos/Transtornos da Linguagem,
Atrasos/Transtornos Perceptuais e/ou Motores, Prontidão Escolar e Dificuldades Sociais/Interpessoais.
Diversas baterias contêm recomendações para outros testes além dos subtestes sugeridos. Os subtestes
adicionais podem ajudar a responder dúvidas referentes ao desempenho nos subtestes recomendados e
são indicados entre parênteses. O Capítulo 1 do Manual Clínico e Interpretativo apresenta discussão mais
detalhada destas baterias.
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Classificando Animais 7–16 (X) X (X) X
Estátua 3–6 X X X X X X X X
Fluência em Desenhos 5–12 X (X) X X
Inibindo Respostas 5–16 X X X X X X
Relógios 7–16 X X (X) X
Linguagem
Compreendendo Instruções 3–16 X X X X X X
Nomeando e Identificando Partes do Corpo 3–4 X
Nomeando Rápido 3–16 X X X X X X X
Processamento Fonológico 3–16 X X (X)
Produzindo Palavras 3–16 X (X) X X
Repetindo Pseudopalavras 5–12 X
Sequências Oromotoras 3–12 X X X
Percepção Social
Reconhecendo Emoções 3–16 (X) X (X) (X) X
Teoria da Mente 3–16 X (X) X
Processamento Visuoespacial
Construindo com Blocos 3–16 3–6 X X 3–6
Copiando Desenhos 3–16 X X X X X X X X
Encontrando Caminhos 5–12
Flechas 5–16 (X) (X) (X)
Quebra-cabeças de Imagens 7–16 X X (X)
Quebra-cabeças Geométricos 3–16 7–16 X X X
Sensório-motor
Imitando Posições da Mão 3–12 (X) X X X
Precisão Visuomotora 3–12 X X (X) X X X
Sequências Motoras Manuais 3–12 X X X (X)
Tocando na Ponta dos Dedos 5–16 X X X
20/09/2019 11:56
Avaliações seletivas
Na Avaliação Seletiva, o examinador escolhe os subtestes de que necessita para determinada avaliação.
Quando a Avaliação Geral sugere transtorno que envolve função complexa ou afeta componentes de
diversos domínios, é recomendada a continuação da avaliação usando subtestes relacionados e de outros
domínios. Nesses casos, os subtestes selecionados devem avaliar os subcomponentes da habilidade
em questão. A escolha de subtestes deve basear-se nas constatações teóricas e de pesquisas referentes
às características dos diversos transtornos, e, principalmente, nos déficits primários que podem estar
subjacentes ao comprometimento em questão (consulte o Capítulo 6 do Manual Clínico e Interpretativo).
As descrições dos subtestes do NEPSY–II, incluindo informações das áreas cognitivas avaliadas, estão
descritas por domínio na Tabela 2.6.
Ainda não existe clareza total em relação aos déficits subjacentes a alguns transtornos do neurodesenvol-
vimento. Nesses casos, podem-se selecionar subtestes dos diferentes domínios que pareçam estar logi-
camente relacionados ao problema apresentado. Além disso, analisar a execução da tarefa pode ajudar a
identificar o componente de base que contribui para o problema. Por exemplo, a habilidade grafomotora
necessária para escrever e desenhar pode ser adicionalmente avaliada com subtestes que examinam a
coordenação motora fina, a produção de sequências rítmico-motoras, a integração visuomotora e a per-
cepção espacial.
Memória para Desenhos MD 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a memória espacial para novos materiais visuais. Mostra-se uma grade
Memória Tardia MTD 5–16 com quatro a dez desenhos em uma página para uma criança e, depois, a página é tirada de vista. A criança escolhe
para Desenhos os desenhos de um conjunto de cartões e coloca os cartões em uma grade no mesmo local mostrado anteriormente.
A tarefa tardia avalia a memória visuoespacial de longo prazo.
Memória para Faces MF 5–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a codificação das características faciais, o reconhecimento e a
Memória Tardia para Faces MTF discriminação faciais. A criança olha para uma série de faces e, em seguida, são mostradas três fotografias por
vez, a partir das quais ela escolhe uma face vista anteriormente. A tarefa tardia avalia a memória de longo prazo
para faces.
Memória para Lista ML 7–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar aprendizado e memória verbais, taxa de aprendizado e papel da
de Palavras interferência na recordação do material verbal. Uma lista de palavras é lida para a criança várias vezes, e ela tem
MTL
Memória Tardia para Lista que recordá-las após cada apresentação. A tarefa tardia avalia a memória de longo prazo para palavras.
de Palavras
Memória para Nomes MN 5–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de aprender os nomes de crianças ao longo de três ensaios.
Memória Tardia MTN Mostram-se seis ou oito cartões com desenhos de crianças para a criança enquanto se lê o nome da criança do
para Nomes desenho. Depois, os cartões são mostrados novamente e é pedido a ela que se recorde do nome da criança do
cartão. A tarefa tardia avalia a memória de longo prazo para nomes.
Repetindo Frases RF 3–6 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de repetir frases de complexidade e extensão crescentes.
Uma série de frases é lida para a criança e ela precisa recordar cada frase imediatamente após a apresentação.
Classificando Animais CA 7–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de formular conceitos básicos, transferir esses conceitos para
ação (classificar em categorias) e mudar o conjunto de um conceito para outro. A criança separa os cartões em dois
grupos de quatro cartões usando diversos critérios de classificação de iniciativa própria.
Estátua ES 3–6 Esse subteste foi desenhado para avaliar a persistência motora e a inibição de respostas. É pedido à criança que
mantenha a posição do corpo com os olhos fechados durante um período de 75 segundos e que iniba o impulso de
responder às distrações sonoras.
Fluência em Desenhos FD 5–12 Esse subteste objetiva avaliar o comportamento produtivo da criança através da sua capacidade de gerar desenhos
únicos, conectando até cinco pontos, apresentados em duas matrizes: estruturada e aleatória. A criança desenha
tantos desenhos quantos conseguir em cada matriz dentro de um tempo-limite especificado.
Inibindo Respostas IR 5–16 Esse subteste cronometrado foi desenhado para avaliar a capacidade de inibir respostas automáticas em favor de
novas respostas e a capacidade de alternar entre os tipos de resposta. A criança observa uma série de formas ou
flechas em branco e preto e nomeia a forma ou direção ou uma resposta alternativa, dependendo da cor, da forma
ou da flecha.
Relógios RL 7–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar planejamento, organização, habilidades visuoespaciais e visuoperceptivas
e o conceito de tempo em relação a relógios analógicos. Para cada item de desenho, a criança desenha a imagem de
um relógio e coloca os ponteiros onde o examinador indicar. Para itens visuais, a criança lê a hora nos relógios que
têm ou não têm números.
Linguagem
Compreendendo Instruções CI 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de receber, processar e executar instruções orais de
complexidade sintática crescente. Para cada item, a criança aponta para estímulos apropriados em resposta a
instruções orais.
Nomeando e Identificando NCE 3–4 Esse subteste foi desenhado para avaliar a nomeação por confronto e o reconhecimento de nomes, componentes
Partes do Corpo básicos da linguagem receptiva e expressiva. Para os itens de Nomeação, a criança nomeia as partes do corpo em
ICE
uma figura de uma criança ou em seu próprio corpo. Para os itens de Identificação, a criança aponta para as partes
correspondentes do corpo em uma figura, conforme o examinador as diz em voz alta.
Nomeando Rápido NR 3–16 Esse subteste cronometrado foi desenhado para avaliar o rápido acesso semântico e a produção de nomes de cores,
formas, tamanhos, letras ou números. Mostra-se para a criança uma matriz de cores e formas; de cores, formas e
tamanhos ou de letras e números. Ela as nomeia em ordem o mais rapidamente possível.
Processamento Fonológico PF 3–16 Esse subteste é composto por duas tarefas de processamento fonológico projetadas para avaliar a consciência
fonêmica. Reconhecimento de Segmentos de Palavras requer a identificação de palavras a partir de seus
segmentos. A Segmentação Fonológica é um teste de elisão. Foi desenhado para avaliar o processamento
fonológico no nível de segmentos de palavras (sílabas) e de sons de letras (fonemas). Pede-se para a criança repetir
uma palavra e, depois, criar uma nova palavra omitindo uma sílaba ou um fonema ou substituindo um fonema por
outro em uma palavra.
Produzindo Palavras PP 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a produtividade verbal através da capacidade de gerar palavras dentro de
categorias específicas semânticas e de letra inicial. A criança recebe uma categoria semântica ou de letra inicial e é
pedido que produza o maior número de palavras possível em 60 segundos.
Repetindo Pseudopalavras RP 5–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar a codificação e a decodificação fonológica. A criança repete
pseudopalavras apresentadas em voz alta.
Sequências Oromotoras SO 3–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar a coordenação oromotora. A criança repete as sequências articulatórias até
que o número exigido de repetições seja alcançado.
Teoria da Mente TM 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de compreender funções mentais como crença, intenção,
trapaça, emoção, imaginação e fingimento, a capacidade de entender que os outros têm seus próprios
pensamentos, ideias e sentimentos, que podem ser diferentes dos nossos, e a capacidade de compreender como
a emoção se relaciona com o contexto social e reconhecer a emoção apropriada considerando os vários contextos
sociais. Na tarefa Verbal, são lidos vários cenários ou são mostradas imagens para a criança e, em seguida, são feitas
perguntas que requerem conhecimento do ponto de vista do outro indivíduo. Na tarefa Contextual, é mostrada
uma imagem que representa um contexto social e é pedido à criança que escolha uma fotografia dentre quatro
opções que mostre a emoção apropriada de uma das pessoas na imagem.
Processamento Visuoespacial
Construindo com Blocos CB 3–16 Esse subteste cronometrado foi desenhado para avaliar as habilidades visuoespaciais e visuomotoras de modo a
reproduzir construções tridimensionais a partir de modelos ou de desenhos bidimensionais.
Copiando Desenhos CD 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar as habilidades motoras e visuoperceptuais associadas com a capacidade de
copiar figuras geométricas bidimensionais. A criança copia as figuras exibidas no Caderno de Respostas.
Encontrando Caminhos EC 5–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar o conhecimento das relações espaciais-visuais e da direcionalidade e a
capacidade de usar esse conhecimento para transferir uma rota de um mapa esquemático simples para um mapa
mais complexo. Um mapa esquemático com uma casa-alvo é mostrado à criança e pede-se que ela encontre aquela
casa em um mapa maior com outras casas e ruas.
Flechas FL 5–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de julgar a orientação da linha. A criança olha para uma série
de flechas dispostas em torno de um alvo e indica a(s) flecha(s) que aponta(m) para o centro do alvo.
Quebra-cabeças de QI 7–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar discriminação visual, localização espacial e varredura visual e a capacidade
Imagens de desconstruir uma imagem nas partes que a constituem e reconhecer as relações das partes com o todo. Uma
grande imagem dividida por uma grade e quatro imagens menores tiradas das seções da imagem maior são
apresentadas para a criança. Ela deve identificar a localização na grade da imagem maior a partir da qual cada uma
das imagens menores foi tirada.
Quebra-cabeças QG 3–16 Esse subteste foi desenhado para avaliar rotação mental, análise visuoespacial e atenção aos detalhes. Uma
Geométricos imagem de uma grade grande contendo várias formas é apresentada à criança. Para cada item, ela deve combinar
duas formas fora da grade com duas formas dentro da grade.
Sensório-motor
Imitando Posições da Mão IM 3–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar a capacidade de imitar posições das mãos/dedos. A criança imita várias
posições das mãos demonstradas pelo examinador.
Precisão Visuomotora PV 3–12 Esse subteste cronometrado foi desenhado para avaliar a velocidade e a precisão grafomotora. A criança usa sua
mão preferida para desenhar linhas dentro de trilhas o mais rapidamente possível.
Sequências SM 3–12 Esse subteste foi desenhado para avaliar a habilidade de imitar uma série de sequências de movimentos rítmicos
Motoras Manuais usando uma ou ambas as mãos. A criança repete uma série de movimentos da mão demonstrada pelo examinador
até que o número de movimentos necessário seja realizado.
Tocando na Ponta TD 5–16 Esse subteste cronometrado tem duas partes. A primeira parte foi desenhada para avaliar a destreza e a velocidade
dos Dedos motora dos dedos da criança. A segunda parte serve para avaliar a programação motora rápida. A criança copia
uma série de movimentos dos dedos demonstrada pelo examinador o mais rápido possível.
Avaliação completa
A Avaliação Completa, composta pela administração de todos os subtestes da idade, é especialmente útil
quando a criança é encaminhada para exame minucioso do desenvolvimento neurológico por causa de
lesão ou de disfunção cerebral (por exemplo, paralisia cerebral, epilepsia, hidrocefalia ou traumatismo
cerebral), de fatores de risco para o desenvolvimento (como muito baixo peso de nascimento, asfixia
de parto ou exposição intrauterina a álcool ou drogas), de infecções do sistema nervoso central ou de
tratamentos médicos que podem afetar o sistema nervoso central (como quimioterapia e radioterapia).
Quando restrições de tempo ou de habilidade da criança dificultarem a aplicação da Avaliação Completa,
a Avaliação Geral pode ser administrada para estabelecer uma linha de base inicial.
Para se obter análise abrangente do funcionamento neuropsicológico de crianças em acompanhamento
por razão de grave dificuldade de aprendizado ou de transtornos do desenvolvimento, a realização da
Avaliação Completa é aconselhada.
Materiais
Os materiais incluídos no kit do NEPSY–II estão listados a seguir. O examinador deve equipar-se com
cronômetro, lápis ou caneta e aparelho para reprodução dos arquivos de áudio para os subtestes Atenção
Auditiva e Conjunto de Respostas e Repetindo Pseudopalavras, disponíveis para download no site da
Pearson Clinical Brasil*. Os materiais necessários para cada subteste estão descritos no Protocolo de
Registro.
Materiais do NEPSY–II
Manual de Administração Cartões Classificando Animais (8)
Manual Clínico e Interpretativo Cartões Memória para Desenhos (22)
Livro de Estímulos 1 Cartões Memória para Nomes (8)
Livro de Estímulos 2 Grade de Memória
Protocolos de Registro (3–4 anos) Áudio dos subtestes
Protocolos de Registro (5–16 anos) Blocos vermelhos (12) na caixa de blocos
Cadernos de Respostas (3–4 anos) Lápis na caixa de blocos
Cadernos de Respostas (5–16 anos) Crivo de Correção para os subtestes de desenhos
* Os áudios dos subtestes Atenção Auditiva, Conjunto de Respostas e Repetindo Pseudopalavras se encontram disponíveis para download na página do produto no site www.pearsonclinical.com.br
Procedimentos-padrão
O NEPSY–II foi desenhado para avaliar os processos neuropsicológicos pertinentes para o funcionamento
da criança dentro e fora da escola. As instruções de cada subteste foram elaboradas para se obter níveis
ótimos de desempenho. O grau ideal de flexibilidade e de liberdade está indicado nas instruções de cada
subteste deste manual. Portanto, é importante seguir cuidadosamente as instruções para que se obte-
nham resultados que possam ser interpretados de acordo com as normas nacionais. Desvios dos proce-
dimentos-padrão, incluindo alteração da apresentação de um item do subteste, alteração das instruções
dadas à criança, repetição de exemplos além do recomendado ou ensinar conceitos não apresentados nos
exemplos de treinamento, podem reduzir a validade dos resultados.
Cumprir os procedimentos-padrão inclui usar um tom de voz natural de conversação, estimular o inte-
resse nas tarefas e reforçar o empenho da criança. Esta forma de apresentação contribui para se criar
ambiente de apoio durante a testagem e para se desenvolver sentimento de competência na criança, em
vez de sentimento de fracasso. Administrar os subtestes de forma rígida ou desinteressada diverge dos
procedimentos-padrão. Se for necessário se desviar dos procedimentos-padrão, anote isto no Protocolo
de Registro e interprete os resultados com cautela.
Muitos subtestes seguem os procedimentos de administração tradicionais, mas alguns exigem prática
para que o examinador se torne proficiente na administração e na correção dos itens e no registro das
respostas. É essencial conhecer os materiais e as exigências das tarefas dos subtestes para que os pro-
cedimentos-padrão possam ser seguidos e a avaliação avance sem atrasos indevidos entre os subtestes.
Os subtestes a seguir exigem prática antes de serem administrados: Imitando Posições da Mão, Inibindo
Respostas, Lista de Palavras – Interferência, Sequências Motoras Manuais, Memória para Desenhos,
Sequências Oromotoras, Teoria da Mente (Item 6) e Tocando na Ponta dos Dedos. Outros subtestes
exigem atenção especial no registro das respostas; estes são: Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas,
Classificando Animais, Compreendendo Instruções, Memória para Nomes, Nomeando Rápido, Quebra-
-cabeças Geométricos, Quebra-cabeças de Imagens e Relógios.
Condições físicas
O ambiente físico para a testagem pode afetar o desempenho da criança. Para evitar distrações e inter-
ferência, conduza os testes em sala silenciosa, com iluminação adequada e bem ventilada. Via de regra,
apenas o examinador e a criança devem estar na sala durante o teste. No entanto, ocasionalmente, pode-
-se permitir a presença do acompanhante adulto para facilitar a testagem.
A disposição das cadeiras é elemento importante que contribui para administração eficiente. O examina-
dor e a criança precisam estar sentados em mesa ou carteira com superfície lisa e alturas suficientes para
permitir que a criança trabalhe confortavelmente. A maioria dos subtestes exige que o examinador se
sente diretamente em frente à criança. Vários subtestes contêm itens que exigem que o examinador ou a
criança apontem para as respostas nas páginas do Livro de Estímulos. Nesses casos, o Livro de Estímulos
geralmente fica deitado para que o examinador possa ver as respostas da criança; entretanto, alguns sub-
testes são apresentados na vertical, com o cavalete aberto. Nesses casos, pode ser necessário mudar para
uma posição que facilite a administração e o registro correto das respostas.
6. S N 0 1
7. S N 0 1
B
N
8. S 0 1
8
1 2 3
5–6 sr 9. 0 1
NT
1 2 3
A
r 10. 0 1
F
1 2 3
11. 0 1
F
1 2 3
12. 0 1
T
1 2 3 4
13. 0 1
M M R
1 2 3 4
14. 0 1
F T M
1 2 3 4
15.
T A NT
0 1 C
1 2 3 4
16. 0 1
T M NJ
1 2 3 4
7–16 sr 17. 0 1
R NT M
1 2 3 4
r 18. 0 1
F NT NJ
1 2 3 4
19. 0 1
T T M
1 2 3 4
20. 0 1
F R NT
3. S N 0 1
4. S N 0 1
5. S N 0 1 /5
6. S N 0 1
B
7. S N 0 1
8. S N 0 1
1 2 3
5–6 Tr 9. 0 1
NT
1 2 3 A
r 10. 0 1
F
1 2 3
11.
F
0 1 C
1 2 3
12. 0 1
T
1 2 3 4
13. 0 1
M M R
1 2 3 4
14.
F T M
0 1 D
1 2 3 4
15. 0 1
T R NT
1 2 3 4
16. 0 1
T M NJ
1 2 3 4
7–16 Tr 17. 0 1
R NT M
1 2 3 4
r 18. 0 1
F NT NJ
1 2 3 4
19. 0 1
T T M
Figura 2.2 Item Ponto de Partida é aprovado, mas Itens Adjacentes são reprovados
5. S N 0 1
6. S N 0 1
7. S N 0 1 /7
B
8. S N 0 1
1 2 3
5–6 Tr 9. 0 1
NT
1 2 3
A
r 10. 0 1
F
1 2 3
11. 0 1
F
1 2 3
12. 0 1
T
1 2 3 4
13. 0 1
M M R
1 2 3 4
14. 0 1
F T M
1 2 3 4
15. 0 1
T R NT
1 2 3 4
16. 0 1
T M NJ
1 2 3 4
7–16 Tr 17.
R NT M
0 1 C
1 2 3 4
r 18. 0 1
F NT NJ
1 2 3 4
19. 0 1
T T M
1 2 3 4
20. 0 1
F R NT
1 2 3 4
21. 0 1
R NT NJ
1 2 3 4
22. 0 1
NJ NT
8. l-ua 1 2 3 4 0 1
5–6 s r 9. pa-pai 1 2 3 0 1
A
r 10. tele- 1 2 3 0 1
11. -nião 1 2 3 0 1
12. sa-lão 1 2 3 0 1
13. -ua 1 2 3 0 1
PF – Escore Total
(máx = 45)
e Tarefa Verbal
Item Resposta Escore
5–6 s 1. biscoitos 0 1
2. a boneca 0 1
3. audição 0 1 2
r 5. Ming 0 1
9–16 sr 6. lápis 0 1
10. 0 1
f Tarefa Contextual
Item Resposta Escore
ET A B C D
16. A B C D 0 1
17. A B C D 0 1
18. A B C D 0 1 B
19. A B C D 0 1
20. A B C D 0 1
21. A B C D 0 1
TM – Contextual TM – Total
(Máx = 6) (Máx: 28)
4 10
TM – Escore
Ponderado/Percentil
13
Treinamento e prática
Alguns subtestes têm orientações com demonstração, treinamento ou prática antes da administração
dos itens. Estas orientações estão descritas neste Manual e/ou no Livro de Estímulos. Salvo especificação
contrária, as demonstrações e os exemplos de treinamento podem ser repetidos pelo menos uma vez e a
criança pode praticar o quanto for necessário. Isto ajuda a criança a conhecer as tarefas originais e for-
nece uma garantia de que ela as compreende. Dessa forma, ela pode alcançar o seu melhor desempenho.
É necessário demonstrar, treinar e permitir a prática apenas em relação aos itens especificados, exata-
mente conforme indicado. Fornecer ajuda adicional não é compatível com os procedimentos-padrão de
administração e pode resultar em avaliação incorreta do nível funcional da criança. Se limitações físicas
decorrentes de deficiência, traumatismo ou doença exigirem modificação dos procedimentos-padrão,
essas limitações e os seus motivos devem ser registrados no Protocolo de Registro. Conforme dito ante-
riormente, esses escores devem ser interpretados com cautela.
Incentivar e perguntar
Como regra geral, o incentivo é permitido para se obter o desempenho da criança. Quando dicas e/
ou incentivos são feitos, deve-se anotar no Protocolo de Registro com D ou I, respectivamente. Alguns
subtestes têm instruções específicas para perguntas e incentivos. Elas estão incluídas nas instruções dos
subtestes neste Manual ou no Livro de Estímulos. Nesses casos, devem-se seguir essas instruções, em vez
de diretrizes mais gerais.
Ao incentivar ou perguntar, é importante concentrar-se na tarefa ou nos esforços da criança, em vez de
focar-se na habilidade ou no sucesso (veja os exemplos a seguir).
◾◾ Se a resposta da criança a qualquer item for vaga, pedir esclarecimento, dizendo: E o que mais? ou
Explique o que você quer dizer.
◾◾ Se a criança não responder ou hesitar enquanto estiver respondendo, dizer: Pode tentar, Continue
ou Tente mais uma vez. Se a criança não responder a estes incentivos ou continuar hesitando, dizer:
Muito bem, vamos tentar o próximo; e avançar para o próximo item do subteste.
Testando os limites
É importante seguir os procedimentos-padrão de administração durante o teste. Contudo, quando
informações da entrevista inicial da criança e do histórico escolar ou médico sugerirem que ela apresenta
funcionamento em nível abaixo do esperado para a idade, os procedimentos de administração podem ser
modificados. Nesses casos, também pode-se usar o Ponto de Partida para crianças mais jovens naqueles
subtestes que têm Regra Reversa. A decisão de modificar os procedimentos-padrão deve ser tomada
com cautela. Todas as alterações feitas nos procedimentos-padrão devem ser registradas no Protocolo de
Registro, juntamente com os motivos, para que se tenha uma visão realista do nível funcional da criança.
Nessas situações, as normas referentes à idade não podem ser aplicadas diretamente.
A modificação do Ponto de Partida pode ser útil porque uma criança que alcança sucesso no início de um
subteste pode estar disposta a experimentar itens mais difíceis. Isto pode permitir que ela alcance algum
sucesso no início, em vez de fracasso. Além disso, podem-se obter informações sobre o nível no qual o
funcionamento está intacto. Da mesma forma, se parecer que a criança não compreende as instruções ou
exigências da tarefa usando os procedimentos-padrão de administração, é possível oferecer demonstra-
ções, treinamento e prática adicionais. Isto pode ajudar a determinar se uma criança consegue aprender
com mais treino e experiência com um subteste ou grupo de subtestes. Esse tipo de informação pode ser
útil para estimar a capacidade de aprendizado da criança, bem como para fazer recomendações sobre os
métodos instrucionais e planejamento de estratégias de adaptação.
Para crianças que começaram nos itens anteriores ao Ponto de Partida para a idade, independentemente
do seu desempenho nos itens anteriores a estes, deve-se conceder crédito total aos itens anteriores se a
criança obtiver escores perfeitos no Ponto de Partida para a idade e nos itens subsequentes. Na Figura 2.6, o
examinador iniciou o subteste Flechas no Item 1 com uma criança de 10 anos, em vez do Item 5, o Ponto de
Partida desta idade. A criança obteve um escore de 1 ponto nos Itens 1–3 e 0 ponto no Item 4, antes de obter
escores de 2 nos Itens 5 e 6. O examinador continuou até a criança atender ao Critério de Interrupção de 5
escores consecutivos de 0. O examinador concedeu corretamente o crédito total (4 pontos) para os Itens 1–4,
embora a criança tivesse obtido o escore de 3. O escore total da criança no subteste Flechas foi 10.
5–8 s 1. 1 2 3 4 0 1
2. 1 2 3 4 0 1
3. 1 2 3 4 0 1
4. 1 2 3 4 0 1 4
9–16 sr 5. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
r 6. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
7. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
8. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
9. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
10. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
11. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
12. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
13. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
14. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
15. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
16. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
17. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
18. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 0 1 2
19. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
20. 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2
21. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 0 1 2
FL – Escore Total
(máx = 28)
10
Figura 2.6 Escores Perfeitos no Item do Ponto de Partida e no Item Adjacente modificando escores nos Itens
Administrados Anteriormente
24 8
Feliz (F) Erros – Total Feliz –
(5–6: máx = 5) (7–16: máx = 9) Erros – Percentil
0 26–50
Triste (T) Erros – Total Triste –
(5–6: máx = 8) (7–16: máx = 15) Erros – Percentil
3 26–50
Neutro (NT) Erros – Total Neutro –
(5–6: máx = 8) (7–16: máx = 15) Erros – Percentil
4 <2
Medo (M) Erros – Total Medo –
(5–6: máx = 7) (7–16: máx = 15) Erros – Percentil
3 2–5
2 51–75
LP Repetição – LP Recordação –
Escore Total Escore Total Repetição – Escore Total (Faixa de Escore Ponderado)
Recordação – Escore Total
(máx = 20) (máx = 40) (Escore Ponderado)
13 11
LP – Repetição – LP – Recordação –
Escore Ponderado Escore Ponderado
6 4
WI Rec
AF•Manual_Administracao_0154234354_AdminMnl_PT-BR_2019_P3.indd 31 20/09/2019 11:56
Representação gráfica do perfil dos escores
Todos os escores ponderados primários podem ser representados nos gráficos fornecidos na página de
resumo. Para criar um gráfico de escore, deve-se colocar um ponto no local do gráfico que corresponder
ao valor. Um exemplo de gráficos dos escores primários está ilustrado na Figura 2.10.
Aprendizado e Memória
MNA – Recor-
Escore LP – Repetição LP – Recordação dação Livre & ML e MTL MN e MTN Escore
Ponderado – Total – Total Pistas – Total MD – Total MTD – Total MF – Total MTF – Total Corretos – Total MN – Total MTN – Total – Total RF – Total Ponderado
19 19
18 18
17 17
16 16
15 15
14 14
13 13
12 12
11 11
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
Atenção e Função Executiva Linguagem
CA Classifi-
Escore AA Corretos AA – CR Corretos CR CA IRN IRI Tempo IRI IRM Tempo IRM IR NR – Tempo NR – PP – PP – Letra
cação
FD –
IRN Tempo RL – CI – de Realiza- Combi- PF – RP – Escore
Ponde- – Total Combi- – Total Combi- Correta – Combi- de Realiza- Combi- de Realiza- Combi- de Realiza- Combi- CA Erros ES – Semântica Inicial –
Total Total Total ção – Total Total – Total
Total Ponderado
rado (5–12) nado (7–12) nado Total nado ção – Total nado ção – Total nado ção – Total nado – Total Total nado Total
19 19
18 18
17 17
16 16
15 15
14 14
13 13
12 12
11 11
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
Percepção Social Processamento Visuoespacial Sensório-motor
TM – PV – Tempo TD Mão TD Mão Não TD
Escore RE – Total CB – CDP – FL – QG – Total IM – de Reali- PV – Dominante Dominante TD Repetições Sequências Escore
Ponderado Total (5–6) Total Total Total QI – Total (7–16) Total zação – Total Combinado Combinado Combinado Combinado Combinado Ponderado
19 19
18 18
17 17
16 16
15 15
14 14
13 13
12 12
11 11
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
Observações de Comportamento
Percentagem Percentagem
Escores (Brutos) Percentagens da amostra Escores (Brutos) Percentagens da amostra
Totais acumuladas de padronização Totais acumuladas de padronização
Hipotonia Oromotora S NT
Má-articulação Estável S NT
Processamento Fonológico
Má-articulação Estável S NT
Diversos comportamentos listados são simplesmente descritos como presentes ou ausentes. Se o com-
portamento foi observado durante o teste, deve-se marcar a caixa apropriada (consulte a Figura 2.11). A
Tabela D.2 do Manual Clínico e Interpretativo lista a percentagem da amostra normativa para a qual este
comportamento foi observado. Para obter a percentagem da amostra que não demonstrou determinado
comportamento durante o teste, conforme indicado por N na página de Observações de Comportamento
do Protocolo de Registro, subtrai-se a percentagem da amostra indicada na Tabela D.2 de 100%.