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“Perturbações de Aprendizagem”
Ladislav Kocs (1974, citado por Cruz, 2009), o investigador que identificou a
discalculia, em 1974, divididiu-a em seis subtipos:
-discalculia verbal: dificuldade na nomeação de quantidades matemáticas;
- pratognóstica: dificuldade na enumeração de quantidades matemáticas;
- léxica: dificuldade na leitura de símbolos/problemas matemáticos;
- gráfica: dificuldade na escrita de símbolos matemáticos;
- ideognóstica: dificuldade na realização de operações mentais e na compreensão de
conceitos matemáticos;
-operacional: dificuldade na realização de operações e cálculos numéricos.
m 199 , surge pela primeira vez, com a Portaria n.o 2/9 , uma refer ncia P, devido
necessidade de regulamentar a atuação destas entidades. Neste documento a P é
definida por Ruivo e Almeida (2002) como:
“aç es desen ol idas em articulação com as equipas de educação especial, dirigidas
às fam lias e crianças entre os e os anos de idade, com defici ncia ou em situação
de alto risco, em complemento da ação educati a desen ol ida no mbito dos conte tos
educativos normais formais ou informais, em que a criança se encontra inserida.”
A Portaria n.º 1102/9 vem definir a P como a ação, ou ações dirigidas s crianças
entre os 0 e os anos, com defici ncia ou em situação de alto risco, assim como s suas
fam lias, garantindo condições de educação, para os alunos ue fre uentam as
associações e cooperativas de ensino especial.
A partir do Despacho conjunto n.º 91/99 foram introduzidas mudanças significativas,
principalmente nas uestões concetuais devido a experi ncias desenvolvidas e
investigação realizada, alterando-se assim ob etivos e pr ticas da P. grande mudança
ocorreu, principalmente, na forma de atuação, ue deixa de assumir a criança como
“foco” nico e passa a incluir o contexto familiar numa perspetiva mais abrangente,
exigindo “maior envolvimento da fam lia em todo o processo de intervenção,
estabelecimento de relações de confiança entre profissionais e fam lias, a criação de
novas din micas de trabalho em e uipa”. modelo de organização passou a ser
integrado, as responsabilidades das atuações dos diversos sectores passam a ser
compartilhadas em e uipa multidisciplinar. e uipa dever ser constitu da por
profissionais de diversas formações. criança é integrada num processo de
referenciação, e a sua sinalização pode ser feita pela fam lia, por serviços ou por
elementos da comunidade. s e uipas de intervenção precoce direta fazem a seleção
através de critérios delineados previamente. s programas realizados por e uipas
técnicas recolhem dados, ue devem incluir diagn stico global da situação da criança;
identificação dos recursos da criança e da fam lia; designação dos apoios a prestar;
identificação da data de in cio da execução do plano; periodicidade da avaliação.
partir da recolha desses dados elaboram o Plano ndividualizado de poio am lia
(P ), com vista a recolher todo o hist rico da criança.
Em 2018, com o Decreto-Lei nº 54/2018, definem-se claramente os apoios
especializados para alunos com necessidades educativas especiais de car cter
permanente, em todos os n veis de ensino, desde a educação pré-escolar até ao final do
ensino secund rio, de todas as escolas, p blicas e privadas. ste decreto promove a
ade uação dos processos educativos s N dos alunos com limitações significativas
aos v rios n veis atividade e participação em um ou v rios dom nios da vida,
decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de car cter permanente, resultando
em dificuldades continuadas ao n vel da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade,
da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social.
P é também contemplada neste decreto (no artigo 2 .o), com o ob etivo de promover
nas escolas de agrupamentos de refer ncia, a colocação de docentes desta rea. Por
conseguinte, cabe P ter como ob etivos assegurar a prestação de serviços ao n vel do
Ministério da ducação, articulando simultaneamente com a segurança social, os
serviços de sa de e reforçar as e uipas técnicas ue t m financiamento da segurança
social.
m 2009, o Decreto- ei n.o 2 1/2009 entra em vigor devido revogação do Despacho
Conjunto n.o 891/99. Neste decreto foi criado o Sistema Nacional de Intervenção
Precoce ( N P ) ue foi desenvolvido com um ob etivo de deteção precoce (artigo 1.o)
de forma a garantir condições de desenvolvimento das crianças. ste serviço abrange
crianças dos 0 aos anos, com “alterações nas funções do corpo ue limitam a
participação nas atividades t picas para a respetiva idade e contexto social ou com risco
grave de atraso de desenvolvimento, bem como as suas fam lias” (artigo 3.o).
NP funciona numa atuação con unta e organizada dos v rios ministérios
( rabalho, olidariedade ocial, a de e ducação), com a participação e envolvimento
da comunidade e da fam lia, tendo por base um con unto de medidas de apoio integrado
ue visa a criança e a fam lia através de ações implementadas de natureza reabilitativa e
preventiva no mbito da educação, da sa de e da ação social. Com a implementação
deste Decreto- ei, o Plano de ntervenção ndividual (P ) começa a designar-se por
Plano ndividual de ntervenção Precoce (P P), embora continue a ser regido pelos
mesmos princ pios. N P propõe ue estes planos se am elaborados por uipas
ocais de ntervenção ( ), multidisciplinares, ue representem todos os serviços ue
se encontram inclu dos na intervenção. P P deve ser o instrumento regulador e
orientador para as fam lias e a e uipa envolvida, com o ob etivo de constituir um
diagn stico ade uado, considerando os problemas, mas tendo como alicerce o potencial
de desenvolvimento da criança e as alterações ue serão pass veis de se introduzir no
meio para o desenvolvimento desse mesmo potencial.
Para além da elaboração do P P, compete s , segundo o Decreto-Lei n.o 281/2009,
artigo 7.o:
a dentificar as crianças e fam lias imediatamente eleg eis para o SNIPI;
b ssegurar a igil ncia às crianças e fam lias que, embora não imediatamente
eleg eis, requerem a aliação peri dica, de ido à nature a dos seus fatores de risco e
probabilidades de e olução
c ncamin ar crianças e fam lias não eleg eis, mas carenciadas de apoio social d
laborar e e ecutar o em função do diagn stico da situação
e dentificar necessidades e recursos das comunidades da sua área de inter enção,
dinamizando redes formais e informais de apoio social;
f rticular, sempre que se justifique, com as comiss es de proteção de crianças e
jo ens e com os n cleos da ação de sa de de crianças e jo ens em risco ou outras
entidades com ati idade na área da proteção infantil
g) Assegurar, para cada criança, processos de transição adequados para outros
programas, ser iços ou conte tos educati os
rticular com os docentes das crec es e jardins -de-inf ncia em que se encontrem
colocadas as crianças integradas em .
Com o reconhecimento da import ncia ue a intervenção precoce assume, com a
Portaria n.o 293/2013 foi alargado o Programa de poio e ualificação do istema
Nacional de ntervenção Precoce na nf ncia, adiante designado Programa de poio e
ualificação N P (P N P ), tendo em vista o reforço da rede da e a
ualificação da intervenção no mbito do NP. s destinat rios das ações
desenvolvidas por este programa mant m-se, tal como no Decreto- ei n.o 2 1/ 2009, as
crianças com idades compreendidas entre os 0 e os anos de idade “com alterações nas
funções ou estruturas do corpo ue limitam a participação nas atividades t picas para a
respetiva idade e contexto social ou com risco grave de atraso de desenvolvimento, bem
como as suas fam lias”. Neste sentido, apesar dos contextos educativos destinados a esta
faixa et ria serem diversos em Portugal, existindo diferença entre a fase da Creche (até
aos 2 anos) e a fase do Pré-escolar (dos 3 aos anos), considera-se segundo as
rientações Curriculares para a ducação Pré-escolar ( C P , 201 ), ue h uma
unidade em toda a pedagogia e que o trabalho profissional tem fundamentos comuns.
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