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APRENDIZAGEM
1 O QUE É APRENDIZAGEM
Existem diversos conceitos sobre o que é aprendizagem, porém, entendemos que pode
ser mais bem definida como um processo evolutivo e constante, que envolve um conjunto de
modificações no comportamento do indivíduo. Existem diversos fatores que são
fundamentais para que a aprendizagem ocorra: saúde física e mental, motivação,
maturação, inteligência, concentração e memória são alguns deles.
Quando algum desses fatores não se encontra ajustado, ou mesmo quando há uma
inadequação pedagógica, pode ocorrer uma dificuldade de aprendizagem.
A Aprendizagem é um processo que se realiza no interior do indivíduo e se manifesta
por uma mudança de comportamento relativamente permanente.
Causas sensoriais – são todos os distúrbios que atingem os órgãos dos sentidos, que são os
responsáveis pela percepção que o indivíduo tem do meio exterior. Qualquer problema que
afete os órgãos responsáveis pela visão, audição, gustação, olfato, tato, equilíbrio, reflexo
postural, ou os respectivos sistemas de condução entre esses órgãos e o sistema nervoso,
causará problemas no modo de a pessoa captar as mensagens do mundo exterior e, portanto,
dificuldade para ela compreender o que se passa ao seu redor.
Causas educacionais – o tipo de educação que a pessoa recebe na infância irá condicionar
distúrbios de origem educacional, que a prejudicarão na adolescência e na idade adulta, tanto
no estudo quanto no trabalho. Portanto, as falhas de seu processo educativo terão
repercussões futuras.
Causas socioeconômicas – não são distúrbios que se revelam no aluno. São problemas que
se originam no meio social e econômico do indivíduo. O meio físico e social exerce influência
sobre o indivíduo, podendo ser favorável ou desfavorável à sua subsistência e também às
suas aprendizagens.
Todas essas causas originam distúrbios, que irão constituir-se nos diferentes
problemas de aprendizagem.
A presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica necessariamente em
um Transtorno de Aprendizagem. Os Transtornos de Aprendizagem compreendem uma
inabilidade específica com a leitura, escrita ou matemática em indivíduos que apresentam
resultados significativamente abaixo do esperado para o seu nível de desenvolvimento,
escolaridade e capacidade intelectual.
Os Transtornos de Aprendizagem, como a dislexia, a discalculia, entre outros,
interferem no processo de aquisição e manutenção de informações de uma forma acentuada
provocando perturbações (distúrbios) mais acentuadas no aprender da criança do que as
dificuldades de aprendizagem.
- Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz
trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler
um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi
comprovado pela medicina.
- Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões
de letras, consequentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a
letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.
6.1 Escrita
• antipatiza com a escrita e evita aprendê-la;
• as tarefas escritas são curtas ou incompletas, frequentemente, caracterizadas por sentenças
breves, vocabulário limitado;
• atrasos na aprendizagem da escrita;
• cópia imprecisa;
• dificuldade em preparar esboços gerais e organizar o trabalho escrito.
• dificuldade para recordar as formas das letras e dos números;
• em testes, é mais bem-sucedido em questões de múltipla escolha do que em ensaios
• erros bizarros de ortografia (não-fonéticos); o estudante pode ser incapaz de decifrar a
própria escrita;
• espaçamento desigual entre letras e palavras;
• fraca ortografia (escreve foneticamente);
• frequentes inversões de letras e números;
• idéias nas tarefas escritas são mal organizadas, não logicamente apresentadas;
• não consegue localizar erros no próprio trabalho;
• omissão de letras das palavras e de palavras das sentenças;
• os trabalhos escolares são sujos e incompletos; muitas rasuras e apagamentos;
• persistem problemas com a gramática;
• pouco desenvolvimento do tema; os estudantes estão mais propensos a escrever listas
rápidas de pontos ou eventos do que a oferecer detalhes ou desenvolver idéias, personagens
ou trama;
ou preenchimento de espaços em branco.
6.2 Leitura
• a compreensão para o que está sendo lido é consistentemente fraca ou deteriora-se,
quando as sentenças se tornam mais longas e mais complexas;
• antipatiza com a leitura, evitando-a.
• atrasos significativos para aprender a ler;
• com frequência, perde-se durante a leitura;
• confunde letras de aparência similar (b e d, p e a);
• confunde palavras de aparência similar (preto e perto);
• dificuldade com conceitos matemáticos de nível superior.
• dificuldade na citação de nomes de letras;
• dificuldade para analisar sequências de sons; erros frequentes de sequência (como ler
“sabe” como “base”);
• dificuldade para reconhecer e recordar palavras que vê (mas pode pronunciá-las
foneticamente);
• fraca compreensão das idéias principais e dos temas;
• fraca memória para a palavra impressa ( também para sequências de números, diagramas,
• fraca retenção de novas palavras no vocabulário;
• inverte as palavras (lê mala por lama);
• lê muito lentamente. A leitura oral deteriora-se após algumas sentenças (devido ao declínio
na capacidade para recuperar rapidamente sons da memória);
• problemas para associar letras a sons, discriminar os sons nas palavras, mesclar sons para
formar palavras;
• tem problemas para encontrar letras em palavras ou palavras em sentenças;
• tenta “adivinhar” palavras estranhas, ao invés de usar habilidades de análise da palavra;
ilustrações, etc.);
7 DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO