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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

ROSELENE RODRIGUES SANTOS 1

RESUMO: Toda criança possui o direito à educação em uma instituição escolar e


nela continuar para que consiga concluir até a série disponibilizada pela mesma.
Atualmente garantida para todos, a escola algumas vezes não consegue alcançar o
objetivo indicado: uma educação de qualidade para todos, onde consigam crescer e
adicionar conhecimentos novos, pois existe alunos que possuem habilidades
diferentes. Cada aluno é único, deste modo, existe diferentes níveis de
aprendizagem em uma mesma turma. Ter o conhecimento das dificuldades é fácil, o
desafio do educador é em descobrir as possibilidades de cada um e estimulá-los
para evoluir na formação do conhecimento. Trabalhar com crianças com dificuldades
de aprendizado tem provocado a procura por respostas, a entender o que pode estar
ocorrendo com as mesmas e encontrar mecanismos para melhorar possibilitando
que cada indivíduo seja agregado na sociedade. Faz parte do cotidiano das escolas
buscar saídas para as dificuldades de aprendizagem dos alunos e conseguimos ter
cidadãos alfabetizados, letrados e capazes de interagir na sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem; Dificuldades; Escola

1 Introdução
As dificuldades de aprendizagem diariamente são um assunto vivenciado por
educadores dentro do contexto escolar. É um tema que precisa de atenção devido a
existência de crianças que apresentam problemas de aprendizagem na escola.
Estas crianças por muitos anos têm sido ignoradas, mal diagnosticadas e mal
tratadas. A dificuldade de aprendizagem é uma das grandes preocupações dos
educadores, uma vez que em muitos casos não conseguem encontrar solução para
este problema.
As crianças com problemas de aprendizagem instituem um desafio em
assunto de diagnóstico e educação. Não é raro, entretanto, encontrar educadores,
que consideram, no início determinados alunos como preguiçosos e
desinteressados. Essa atitude não apenas classifica o aluno, mas também oculta a
prática docente do professor, que confere ao aluno alguns adjetivos por ausência de
conhecimento a respeito do assunto em questão. Desconhecendo, por completo,
que essas mesmas crianças podem exibir algum problema de aprendizagem, de

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Pós-Graduação Lato-Sensu em Psicopedagogia com Ênfase em Educação Especial. Especialização
em Psicopedagogia Institucional pela Faculdade de Educação São Luís. E-mail da autora: Roselene
Rodrigues Santos roselene.1@hotmail.com. Orientador: Prof. Ms. Mário Marcos Lopes
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ordem orgânica, social, psicológica ou outra. Por fim, são inúmeras as variáveis, que
antes de rotular os seus alunos, é indispensável ao professor para conhecer os
problemas mais comuns no processo de ensino-aprendizagem. Assim, irá conseguir
expandir o seu horizonte de reflexão e, por conseguinte, as suas percepções e a
visão do todo também.
A forma de ensinar compreende a observação da criança na sala ou em
outras atividades que a mesma realiza como Educação Física, Educação Artística
Corporal, Musical... e nos seus períodos de lazer. Precisamos averiguar como a
criança brinca, ouvir as conversas das crianças entre si, ouvir o que ela tem a dizer,
como ela manipula objetos diferentes, como ela se movimenta e aprende os
diferentes conteúdos, empregando o seu corpo.
A falta desta visão global do ser humano, talvez seja a maior dificuldade no
relacionamento entre educadores e crianças com problemas de aprendizagem,
exatamente devido a tendência contemporânea de analisar a criança parte por parte,
como se ela fosse só um cérebro, um ouvido, um nariz ou um par de olhos.
É fácil conferir a uma criança uma deficiência cognitiva a partir de uma
resposta inadequada que ela dá, mais se essa mesma resposta fosse produzida por
um adulto, a interpretação seria muito diferente.
Todas as crianças na verdade, são pedras preciosas, que na sua alegria e
simplicidade nos ensinam a viver, e quando confiamos na sua capacidade cognitiva
e em seu potencial elas conseguem aprender.
Esta produção textual diante do exposto possui como desígnio abordar a
respeito das dificuldades de aprendizagem, suas principais causas e o papel da
família e do professor diante do tema mencionado.
A metodologia empregada neste trabalho será qualitativa, sendo utilizado
pesquisa em revistas e periódicos relacionados ao assunto proposto.

2 CONCEITO DE APRENDIZAGEM
Aprender é um processo extenso, complexo e continuo que começa desde
nosso nascimento e vai ocorrendo segundo nosso amadurecimento biológico e
psicológico. Para Gómez e Terán (2009, p.31) “a aprendizagem sugere uma
construção que acontece através de um processo mental que decorre da aquisição
de um novo conhecimento”, entretanto o processo de aprendizagem compreende
também para além dos aspectos cognitivos, as relações sociais uma vez que é
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continuamente na relação com determinao objeto ou com o outro que a


aprendizagem sucede. Segundo Osti (2012, p. 33) a aprendizagem abrange:

[...] um processo constante de equilíbrio e desequilíbrio, uma reorganização


interna do que é contraído para em seguida adquirir conhecimentos novos,
incide, então, na transformação dos esquemas cognitivos.

A aprendizagem desta forma é um processo de constituição de


conhecimentos, onde estamos sucessivamente aprendendo seja para gerar novos
pensamentos e experiências ou para ressignificar o que já conhecemos e/ou
entendemos. Gómez e Terán (2009, p. 30) garantem também que “aprender é um
processo complicado e multifacetado em todos os seres humanos que expõe
bloqueios e inibições”, assim podemos concluir que nem sempre a aprendizagem
acontece de forma natural e tranquila, pois mesmo que apresentemos facilidade
para compreender e assimilar certas coisas, sempre existirá algumas que teremos
mais dificuldade para aprender, porém essa dificuldade não quer dizer que a
aprendizagem não possa acontecer.
Aprendizagem é um artifício de modificação do comportamento alcançado por
mediação da experiência construída por variáveis emocionais, relacionais,
neurológicos e ambientais (SILVA, 2011). Aprender é a decorrência da influência
recíproca entre o meio ambiente e composições mentais. Segundo a nova
solenidade educacional, estabelecida na aprendizagem, o educador é coautor do
processo da aprendizagem dos alunos. A informação é arquitetada e reconstruída
sucessivamente nesse aspecto centrado na aprendizagem. (JOSÉ & COELHO,
1989)
Conforme Visca (1991), a aprendizagem idealiza uma edificação
intrapsíquica, considerando os elementos genéticos e as modificações ocasionadas
do desenvolvimento da espécie, derivadas das precondições biológicas, das
categorias afetuosas e das circunstâncias do meio, ou seja, a aprendizagem se
sintetiza em seu contexto aos aspectos do ser humano.

3 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Alguns estudiosos em relação a dificuldade de aprendizagem, a esboçam
como “[...] problemas neurológicos que comprometem a capacidade do cérebro para
compreender, recordar ou transmitir informações.” (SMITH; STRICK, 2012, p.14).
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Assim, os autores tratam da dificuldade de aprendizagem de maneira restrita como


um problema neurológico. É apresentada por Osti (2012, p. 47) uma outra visão a
respeito do tema que garante:

As dificuldades de aprendizagem compreendem diversos fatores, uma vez


que abrangem a complexidade do ser humano. Espera-se que podem ser
decorrentes de um problema fisiológico, um grande estresse vivido pela
criança, como, problemas familiares causado pela perda de algum parente,
separação dos pais, doenças, problemas com alcoolismo ou drogas, falta de
alimentação, falta de estímulos e material, dislexias, psicopatias, alterações
no desenvolvimento cerebral, desequilíbrios químicos, tédio na sala de aula,
baixa autoestima, problemas patológicos como TDH (transtorno de déficit de
atenção/ hiperatividade), hereditariedade, problemas no ambiente doméstico
e/ou escolar.

Deste modo, a dificuldade de aprendizagem é vai além dos fatores


neurológicos, compreendendo também fatores psicológicos, biológicos e ambientais.
Notamos, assim que estas dificuldades podem vir a ser ocasionadas tanto por
fatores intrínsecos como fatores extrínsecos ao ser humano, já que “um cérebro com
estrutura normal, com condições neuroquímicas e funcionais apropriadas e com um
elenco genético correspondente, não denota 100% de garantia de aprendizado
normal.” (Rotta, 2006, p.113). Isto visto que a aprendizagem não depende somente
desses fatores, outros aspectos como as incitações que serão proporciondas a
criança e o ambiente em que esta reside são determinantes também para seu
desenvolvimento e aprendizagem.
Para Correia e Martins (2017), num ponto de vista orgânico, as dificuldades
de aprendizagem são desordens neurológicas que comprometem a recepção,
processamento e emissão de informações, existindo considerável modificação entre
as capacidades potenciais do aluno e as consequências de sua produção
acadêmica. As dificuldades de aprendizagem numa perspectiva educacional,
representam uma incapacidade ou barreira para aquisição da leitura, da escrita, do
cálculo e das habilidades alusivas às relações sociais. Deste modo, Dificuldade de
Aprendizagem é um termo extenso que aborda diversos conflitos decorrentes ou não
de distúrbios no Sistema Nervoso Central, circunstâncias que são próprias de cada
indivíduo e que podem ou não permanecer por toda a sua vida.
Para Smith e Strick (2012) dentre os fatores orgânicos que colaboram para a
dificuldade de aprendizagem estão: desnutrição, falhas ou modificações no
desenvolvimento cerebral, patologias como encefalite e meningite, hereditariedade,
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desequilíbrios químicos e em certos casos as lesões cerebrais podem também ser


responsáveis pela dificuldade. Já os fatores ambientais compreendem os estímulos
proporcionados a criança tanto no contexto familiar como no escolar, materiais e
metodologia de ensino. Gómez e Terán (2009, p. 102) alertam em relação aos
aspectos psicológicos que:

As crianças respondem de forma emocional perante variadas ocasiões


como divórcios, superproteção, rivalidade entre irmãos, problemas
familiares, morte de pessoas próximas, circunstâncias novas, etc.
Necessitamos estar muito atentos às reações das crianças, procurando a
maneira de auxiliá-las a manejar e organizar estas situações, já que podem
ser comprometidos em diferentes áreas da sua vida, inclusive a
aprendizagem.

Este aspecto abrange sobretudo a autoestima, ansiedade e como a criança


consegue se autorregular em relação às suas vivências sejam elas positivas ou
negativas. Smith e Strick (2012, p. 27) descrevem levando em consideração que a
aprendizagem passa pelo sistema nervoso central que “[...] especialistas confiam
que desenvolvem dificuldades de aprendizagem porque em alguns indivíduos partes
de seus cérebros unicamente amadurecem mais devagar que o habitual.”, este
aspecto é muito importante para ser considerado, porque cada ser humano é
exclusivo e por mais que sejam instituídos certos padrões para o desenvolvimento
que são parecidos para a maioria, não serão todos que alcançarão se adequar
dentro destes, pois cada ser humano é diferente do outro, ou seja, amadurecemos e
respondemos aos estímulos de formas diferenciadas.
Gómez e Terán (2009) expõem também que podem se originar durante a
gravidez, algumas disfunções e alterações do sistema nervoso central por meio de
doenças virais, alcoolismo, tabagismo, falta de nutrientes, drogas, entre outros;
durante o parto devido a falta de oxigenação, desnutrição, baixo peso, infecções
neonatais e prematuridade; e depois o parto devido a acidentes e traumas
neurológicos, intoxicações, infecções e desnutrição.
Nesse ponto é preciso evidenciar a diferença entre distúrbio de aprendizagem
e dificuldade de aprendizagem. Osti (2012), elucida que a diferença entre estes dois
termos é muito sutil, e menciona que o distúrbio se alude a um problema mais
intenso com um comprometimento neurológico e orgânico maior, e a dificuldade de
aprendizagem procede de problemas como carência de motivação e excitação,
inadaptação, uma vez que estes problemas não se localizam apenas no aluno e por
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isso mesmo a dificuldade pode ser trabalhada na sala de aula, entretanto senão for
tratada pode virá um distúrbio. A autora ainda especifica que o diagnóstico da
dificuldade de aprendizagem,

[...] precisa ser realizado por uma equipe interdisciplinar abrangendo o


médico da criança, um psicólogo, pedagogo, psicopedagogo, terapeuta, e
compreendendo também o professor e a família. Apenas por meio de uma
anamnese concretizada com a família da criança, diferenciando a queixa
exposta pelo professor, realizando um exame clínico que busque averiguar
possíveis disfunções neurológicas no sistema nervoso central, uma
avaliação psicopedagógica que identifique o nível e as condições de
aprendizagem dessa criança e de um exame psicológico tendo como
finalidade avaliar características pessoais, patologias, é que será possível
ter a certeza e confirmar uma dificuldade de aprendizagem ou um distúrbio
de aprendizagem. (Osti, 2012, p.56)

García, J. (2010) também avigora que o diagnóstico da dificuldade precisa ser


realizado de forma diferenciada em relação aos outros transtornos próximos, pois
uma pessoa pode ter além da dificuldade outro transtorno e assim ser necessário
classificar ambos, tendo conhecimento que se tratam de dois transtornos
superpostos. Podemos destacar alguns exemplos:

- a deficiência mental ou os transtornos generalizados do desenvolvimento;


o transtorno por déficit de atenção e hiperatividade (attention deficit
hyperactivity disorder: ADHD); - outros transtornos da infância, meninice ou
adolescência, como o mutismo seletivo ou o transtorno por déficit de
atenção indiferenciado; - os transtornos da fala [...], como a gagueira e a
linguagem confusa; (GARCÍA, J., 2010, p. 73)

É retratada por Osti (2012), as dificuldades de aprendizagem são


compreendidas como um grupo heterogêneo de transtornos que podem prejudicar
crianças, adolescentes e adultos se despontando através de atrasos ou dificuldades
na escrita, leitura e cálculo. Neste estudo abordaremos de forma específica as
dificuldades em leitura e escrita.

3.1 AS PRINCIPAIS CAUSAS DA DIFICULDADE DA APRENDIZAGEM


Correia e Martins (2017) cita que existe um conjunto de fatores pré ou
perinatais que podem causar a dificuldade de aprendizagem, dentre eles, podemos
destacar: o uso de álcool e/ou drogas na gestação, anoxia (privação de oxigênio) no
momento do nascimento e exageros de radiação. E também fatores pós-natais,
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como por exemplo: tumores, traumatismos cranianos, ausência de cuidado ou


negligência e abuso físico.
As possíveis causas das dificuldades de aprendizagem, considerando o que
assinalam Polity e Coreia, não podem ser aferidas de modo isolado, ao contrário, é
imprescindível avaliar esses fatores, constituindo o cruzamento entre eles. Isso
permite identificar a complexidade da ocasião e não a determinar somente a partir
de condições comportamentais ou educacionais exibidas pelo educando e pelo
processo pedagógico.
São várias as determinantes que dão origem à dificuldade de aprendizagem e
cada criança exibe uma menor dificuldade ou maior dificuldade para conseguir
aprender determinada coisa em seu dia a dia escolar, pois há tempos remotos a
aprendizagem e a formação do conhecimento ocorrem naturalmente e de maneira
instintiva do ser humano. Todavia, certas dificuldades acontecem com o tempo e
conseguem ser superadas com a ajuda dos pais e dos professores e avaliadas
somente como o ajustamento da criança aos modelos de avaliação da escola. O
problema em alguns casos se amplia tornando-se constante, devido a origem do
problema possuir propriedades em alguns outros pontos, como ocorre com a
dificuldade da leitura que pode apresentar problemas com exercícios em aritmética,
por que cuja leitura e entendimento sejam imprescindíveis.
Inquietações que vão em desacordo com a normalidade deste procedimento,
independente dos graus cognitivos do indivíduo, são também ponderadas como
dificuldades de aprendizagem. Desta forma a criança é emoldurada no nível de
portador de determinada dificuldade de aprendizagem por causa do seu baixo nível
intelectual, mencionando que os problemas de aprendizagem são aqueles que se
colocam ao baixo nível intelectual, não possibilitando ao indivíduo consagrar suas
possibilidades.
Segundo Martin e Marchesi (1996) a dificuldade de aprendizagem é em
decorrência dos diversos determinantes que alcançam a população e se exibe de
maneira heterogênea, bem como, dentro do conjunto de dificuldade de
aprendizagem podem ser achados mais minuciosamente, alunos com por exemplo
problemas que ocorrem de acordo com determinada situação de aprendizagem
(exibindo empenho em algumas ocasiões e não em outras), problemas de
comportamento, problemas de comunicação (problema na fala e na linguagem),
problemas emocionais, problemas físicos, de audição, de visão, e finalmente,
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problemas diversos como a presença ao mesmo tempo de mais de um dos


problemas citados anteriormente.

Como proferem Martin e Marchesi (1996, p. 41):

As dificuldades de aprendizagem seriam ligadas à dificuldade das crianças


em por em exercício, hábitos de planejamento e controle dos processos
cognitivos, abarcados na efetivação de certa atividade. São consideradas
como níveis de menor realização, essas dificuldades em decorrência do
emprego inadequado das estruturas do processamento da informação; e
não derivado de deficiências de aptidão ou inteligência.

Passando pelos diversas causa da dificuldade de aprendizagem um dos mais


corriqueiros está relacionado às crianças com hiperatividade, que na maioria das
vezes, sentem-se abandonadas, pelos professores e pais que repetidamente não
tem paciência e os mesmos principiam a exibir fatores distintivos da hiperatividade
como: agitação continuada na sala de aula, mexendo-se muito na cadeira,
retorcimento de pés e mãos, corre com frequência, sobe em objetos em
circunstâncias impróprias, não consegue em brincar em silêncio e comumente está
não para ou atua como se estivesse ligado por um motor, conversa
demasiadamente, possui dificuldade em aguardar sua vez e obstrui ou intromete-se
nos argumentos de outras crianças.
A hiperatividade está associada desde o começo de vida e segue a criança
durante o seu desenvolvimento tendo choques negativos, porque os adultos se
separam por causa da condição de dificuldade em trabalhar com a ocasião, em que
a criança fica desobediente e não responde aos elementos corriqueiros de disciplina,
danificando portanto seu desenvolvimento intelectual, uma vez que não consegue
ficar concentrada e nem seguir o compasso normal da turma, ficando eliminado das
atividades e danificando mais ainda seu processo de aprendizagem.
No que diz respeito à dificuldade de aprendizagem, podemos destacar outra questão
que precisa de atenção, que danifica o desenvolvimento escolar da criança é em
analogia à linguagem, onde a dificuldade se desponta com a palavra proferida e
causa interferência na escrita ou na leitura; a exposição desta deficiência ocorre no
processo da linguagem, uma vez que composição de sentenças mesmo curtas, a
aprendizagem da fala, linguagem simples e uma gramática fundamental, fica mais
complicado em relação as outras crianças com a mesma idade.
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Outro razão que prejudica também a aprendizagem da criança, é a deficiência


motora, ou seja, a criança não consegue fica controlada inteiramente, não possuindo
um choque negativo a propósito da capacidade intelectual, porém causa
interferência no desenvolvimento escolar, causando um problema na comunicação
por meio da escrita, quer dizer, a criança não consegue registrar as coisas, não
forma as letras de maneira adequada e as frases fogem das linhas, precisando de
uma enorme meditação para que estas crianças deem conta de fazer um trabalho
admissível e legível.

Medeiros e Dias (2001, p. 54) comentam :

A ausência de domínio motor pode ser ocasionada pelas falhas elementares


na conexão dos órgãos sensoriais, exibindo-se por dispraxia ou agnosia, ou
até mesmo às dificuldades de controle motor. Os modelos característicos de
movimentos atrapalhados abarcam a falta de desenvoltura manual e de
equilíbrio. A criança pode apresentar a impressão que está com fraqueza
muscular, hipotonia ou ausência de energia física.

A circunstância é muito complexa em decorrência da ponderação dos


problemas ocasionados devido a esta dificuldade, já que toda a atividade,
independente da matéria, que precise que a criança escreva, fica difícil a prática de
qualquer que seja a atividade durante as aulas, já que o problema é suscitado em
volta da escrita, perante a escassez de coordenação motora.
Podemos elencar também na conjuntura das dificuldades de aprendizagem, a
dislexia - o termo é empregado para reconhecer um distúrbio de aprendizagem da
leitura, escrita, ortografia e redação - e abrangem também as decorrências, as
dificuldades para escrever números, não ocasionada por deficiência mental sensorial
ou metal, mas devido a uma demora no amadurecimento de alguns campos do
cérebro. Sendo essas áreas as responsáveis pelo alargamento da leitura e da
escrita, a criança não consegue entender os signos que faz a leitura e escuta, não
tem a percepção perfeita do que está lendo e até embaraça sons e letras. Deste
modo, a dislexia é considerada como progressiva, se não for tratada de maneira
adequada por especialistas como psicólogos, fonoaudiólogos e médicos desta
especialidade.
Cada vez mais, os problemas de leitura e escrita chamam a atenção dos
setores de necessidades especiais que fazem parte das escolas, para que dessa
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forma evita-se o progresso do problema que no futuro pode vir a ser um obstáculo
grave ao desenvolvimento educacional da criança (SNOWLING E STACKHOUSE,
2004). Descobrir a dislexia já na adolescência é um processo muito difícil e
movimenta com a autoestima que no transcorrer dos anos está diminuída quando a
criança batalha para conseguir ler mas não tem resultado.
O conhecimento em torno dos problemas que fazem parte das dificuldades de
aprendizagem é primordial para o professor notar e conseguir reconhecer o
problema característico de determinada criança, sendo despontado de maneiras
diferenciadas, sendo também este um caminho para a evasão escolar.

3.2 A FAMÍLIA DIANTE DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM


A família tem sido a maior influência para o desenvolvimento do caráter e da
personalidade das pessoas. Deste modo, podemos mencionar que as crianças
necessitam sentir que fazem parte de uma família. O aprendizado não é obtido
apenas na escola, é edificado pela criança em contato com o mundo que a rodeia,
com a sociedade, junto com sua família. A família é o primeiro vínculo com a criança
sendo responsável por grande parte da sua aprendizagem e educação, e através
desta aprendizagem que é colocada no mundo cultural, simbólico e principia a
estabelecer seus saberes.
A atenção instituída às crianças é extremamente importante na etapa de
desenvolvimento para detectar problemas que atrapalham o domínio de habilidades
escolares fundamentais, sendo um dos pontos primordiais, o acompanhamento no
desenvolvimento da leitura, escrita e raciocínio lógico. Porém, na maioria das vezes
a criança com dificuldades necessita enfrentar suas restrições por vários anos, antes
de conseguir descobrir a melhor forma para adequar os mecanismos educacionais
ajustados a cada dificuldade, sendo este processo longo e em muitas vezes não
apresenta efeitos aceitáveis.
O diagnóstico de problemas de aprendizagem comumente é percebido em
idade escolar, onde o aluno é posto perante atividades de complexidades maiores.
Os familiares quando recebem a notícia, ficam ansiosos, sem saber o que fazer em
frente a esta problemática, já que não perceberam nada até então.
Acompanhamento e ajustamento dos pais neste processo de descobrimento,
são dados fundamentais para o desenvolvimento dos filhos na escola, se por um
acaso a atuação escolar não esteja sucedendo de maneira normal, uma vez que o
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problema na fala, dificuldade em armar quebra-cabeça, o retardamento para proferir


as primeiras palavras, usar talheres, distinguir formas e letras ou contar, é
importante mencionar que nem sempre um simples retrocesso no que foi
discriminado denote necessariamente um problema de dificuldade de aprendizagem.
O seu comportamento imprevisível é uma das causas mais difíceis em se
lidar com crianças que possui dificuldade de aprendizagem, quer dizer, em alguns
minutos são muito competentes em outros ficam totalmente perdidas. Isso pode
acontecer em qualquer momento ou durante uma atividade, podem se esquecer de
coisas banais, e outras ás vezes lembrar de coisas nem tão importantes, sendo este
aspecto corriqueiro às crianças que expõem dificuldade, como também ter a
capacidade de desempenhar a leitura com completa perfeição. Todos estes
aspectos citados fazem parte do dia a dia da criança com dificuldade de
aprendizagem.
É necessário que a família diante da comprovação das dificuldades de
aprendizagem na criança, revejam suas atitudes e ajuste rotinas como por exemplo:
o momento, lugar em que ajuda a criança nas atividades escolares, questionando se
é apropriado ou não, horário, como estão instigando as crianças em casa; se estão
pondo em risco o relacionamento com o filho ao permanecerem agitados ao terem
que ensinar uma atividade em casa; como atuam perante do não entendimento dos
filhos em relação às instruções que estão sendo oferecidas; se estão incitando a
criança a desenvolver bons hábitos de estudo em casa; e assim por diante.
Por fim é imprescindível auxiliar e buscar orientações apropriadas para ajudar
o filho a ter um melhor desempenho no ambiente escolar, de maneira que não seja
árduo e com constrangimentos em qualquer ambiente. Em determinadas ocasiões
será imperioso buscar ajuda de uma equipe multiprofissional.

Em relação às capacidades dos filhos as atitudes dos pais têm um efeito


poderoso sobre a forma como as crianças veem a si esmas. Aquelas que se
veem como necessariamente capazes e responsáveis normalmente têm
pais que também as veem dessa forma. As pesquisas evidenciam,
entretanto, que as crianças com dificuldades de aprendizagem algumas
vezes possuem pais que as veem como frágeis, abandonadas, inseguras ou
até mesmo, incapazes (SMITH; TRICK, 2001, p. 240)

A importância da participação da família no processo de aprendizagem é


notória, a necessidade de se elucidar e instrumentalizar os pais quanto as suas
possibilidades em auxiliar seus filhos com dificuldades de aprendizagem bem como
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fazê-lo. Segundo Martins (2001, p. 28) “essa problemática causa nos pais
sentimentos de ansiedade e angústia por se sentirem incapazes de como trabalhar
essa situação de forma adequada”.
Deste modo, a oferta de apoio adequado dos pais para com os filhos é fator
importantíssimo nesse processo de reconhecer as dificuldades, porque coopera de
maneira emocional na vida dos filhos, além de se sentirem mais valorizados pela
família.
A educação do contexto familiar causa influência na ampliação da
autoconfiança da criança, compondo e edificando-a, enquanto ser humano
completo. As aspirações, os desejos e as expectativas familiares que abrangem a
criança, geram bem-estar e equilíbrio quando dosados e colocados à disposição de
maneira adequada. Todo educador tem o conhecimento que o apoio da família é
decisivo no desempenho escolar da criança.

3.3 O PAPEL DO PROFESSOR EM RELAÇÃO ÀS DIFICULDADES DE


APRENDIZAGEM
Para que o professor tenha a capacidade de realizar seu papel de
educador para atender as necessidades educativas de alunos nos quais as
aprendizagens não aconteceram é importante identificar as Dificuldades de
Aprendizagem de maneira antecipada, ou seja, o mais rápido possível. Uma
observação ponderada do comportamento exposto pela criança ajuda nesse
processo, sendo que todas as pessoas que possuem contato com o aluno tanto
dentro como fora do ambiente escolar precisam ficar atentas aos sinais presentes no
comportamento exposto nos diversos ambientes, já que todos os fatores colaboram
com a identificação das Dificuldades de Aprendizagem.
O professor e os demais alunos neste sentido desempenham um papel
importante, auxiliando no desenvolvimento do autoconceito do aluno que possui
dificuldade de aprendizagem, que na maioria das vezes tem uma imagem negativa
de si mesmo. A respeito dos comportamentos e reações das crianças com
dificuldades de aprendizagem:

A maioria destas crianças apresentam estruturas depressivas do seu


funcionamento psíquico, isto significa que se sentem desvalorizadas na sua
autoimagem, usando as expressões como "sou burro", "não sou nada bom",
"não faço nada bem" se sentem inseguras "não sei se consigo, faço isto ou
faço aquilo?", apresentam rara tolerância à frustração, largando de forma
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rápida à primeira contrariedade ou respondendo de forma agressiva


contra os outros, adiantam negativamente as circunstâncias escolares,
especialmente de teste ou avaliação formal "vou falhar, amanhã não vou
conseguir", possuem dificuldades em inserir pensamento entre o sentir e
o agir, pelo que a modificação dos comportamentos (instabilidade,
hiperatividade ou agressividade ou, mais raro, pela inibição e retirada) e
esta é a melhor imagem assinalada desta ocasião. (CAMPOS, 2003, p. 1)

A ação consciente do professor no que diz respeito em relação à


aprendizagem desta criança e à sua própria autoestima, tendo em vista toda essa
realidade, é decisiva para que ela se sinta segura na realização de certas atividades
em sala de aula. Isso demanda estratégias de intervenção acertadas em sala de
aula, segundo as necessidades levantadas e debatidas com outros profissionais da
escola, do sistema de ensino e das famílias.
Os novos entendimentos buscam colocar os problemas de aprendizagem em
um campo abrangente, que permita a avaliação de toda a complexidade que as
dificuldades de aprendizagem contêm. Desta forma, o professor, usando o seu
conhecimento técnico, não consegue avaliar as dificuldades de aprendizagem por
uma exclusiva perspectiva e enquadrar o aluno em uma categoria característica que
determine como alguém que não consegue aprender.
Todavia não cabe ao professor, emitir opiniões fundamentado somente em
suas observações. É imprescindível uma avaliação mais intensa, calcada em
observação constante e análise do processo de aprendizagem, bem como do
comportamento do educando, que pode explanar indícios de que alguma coisa não
está bem. O professor a partir de suas observações, requer aos membros da equipe
pedagógica que façam suas próprias observações e finalmente busca-se a parceria
com outros profissionais, constituindo uma equipe multidisciplinar de avaliação e
diagnóstico.
É muito importante que a escola entenda que o aluno com dificuldade de
aprendizagem não é incapaz de aprender, ao contrário ele vai vivenciar frustração
demorada na vida acadêmica, conduzindo-o à evasão escolar e colocando-o em
circunstâncias de vulnerabilidade perante da própria vida. É papel da escola
preparar e apropriar a metodologia de trabalho de maneira a atender às
necessidades do aluno, inseri-lo na comunidade escolar extinguindo rótulos e
independentemente de suas dificuldades ou problemas. Assim, afirma-se que um
indivíduo que não consegue os objetivos da proposta curricular não pode ficar à
margem ou passar despercebido, pois as consequências das dificuldades de
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aprendizagem cogitam um futuro doloroso para suas vítimas. Compete à escola,


gerar o sucesso, assegurar a aprendizagem e a elaboração do conhecimento.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o presente trabalho conclui-se que a criança com Dificuldade de


Aprendizagem necessita de mais atenção, apoio e observação, sendo o professor o
responsável em mediar a aprendizagem e as interações com outros colegas. Não
basta simplesmente ficar à frente na sala de aula, simplesmente passando as
informações, sem ter o conhecimento das opiniões, ansiedades e dúvidas dos
alunos. O verdadeiro professor é aquele que irá motivar o aluno a buscar
informações, a ser tornar um pesquisador em constante aprendizagem.
A criança que vive num espaço estimulador vai estabelecendo de forma
prazerosa seu conhecimento do mundo. Quando a escrita faz parte de seu mundo
cultural também edifica conhecimento a respeito da escrita e a leitura. Ler é
conhecer. Quando mais tarde ela aprender a ler a palavra, já enriquecida por tantas
leituras antecedentes, apropria-se de mais um instrumento de conhecimento do
mundo.
É possível observar que este processo acontece de forma diferente em
crianças com Dificuldades de Aprendizagem, onde o seu desenvolvimento cognitivo
e intelectual passam por transformações por causa de algumas dificuldades que
podem ter variadas causas como foi mencionado no decorrer deste trabalho.
As dificuldades de aprendizagem quando não são tratadas de forma
apropriada podem vir a afetar a vida escolar da criança. A família é primordial no
sentido de identificar o que está originando a dificuldade, pois os mesmos podem e
precisam auxiliar o professor a ajudar o aluno, ao lado de um profissional, que irão
buscar estratégias que consigam direcionar o aluno para uma aprendizagem
eficiente e de qualidade.
A criança com dificuldade de aprendizagem, necessita se sentir segura no
ambiente em que sucede a aprendizagem, dessa forma ela terá uma maior
confiança em se expressar, o aluno carece de atividades que sejam de seu
interesse, desse modo o professor deve sugerir atividades que sejam interessantes
e adaptadas as suas próprias capacidades, é muito importante também que as
atividades sejam realizadas de maneira cooperativa possibilitando uma interação
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social permitindo que seus colegas o auxiliem a compreender melhor a atividade e


despertar algum interesse em relação a ela, pois quando um aluno consegue
desenvolver bem uma tarefa e recebe o reconhecimento pelo trabalho realizado
abre-se um caminho novo para uma dedicação maior por que quando um aluno
entende que o professor confia nele, as chances de desenvolvimento acresce.
Não compete apenas ao professor ficar em sala de aula, à frente, em um
patamar maior, ele precisa ser o mediador e facilitador de uma aprendizagem que
beneficie a todos, e ser, especialmente, um observador para conseguir identificar
aqueles que carecem de mais atenção, de um acompanhamento característico.

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