Conceitos Básicos de Conceitos Básicos de Estatística Estatística

07/04/2023, 18:49 Ead.
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
APLICADA
CONCEITOS BÁSICOS DE
ESTATÍSTICA
Autor: Me. Raimundo Almeida
Revisor: Hugo Estevam De Sales Câmara
INICIAR
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introdução
Introdução
Nesta unidade, vamos trabalhar com os conceitos básicos da estatística
descritiva: a distribuição de frequências e histogramas, análise de gráficos e
tabelas, além de medidas de tendência central e dispersão. A partir desse
conteúdo você conseguirá analisar gráficos de relatórios analíticos,
compreender diagramas específicos da engenharia e ciências afins e resumir
bases de dados através de gráficos e tabelas. No fim dessa unidade, você já
terá os conceitos básicos para o desenvolver-se na disciplina, realizar os
trabalhos acadêmicos ao longo do seu curso e para seu desenvolvimento
profissional. Aproveite seu tempo para resolver bastante e aprofundar seus
conhecimentos através de pesquisas e outras leituras. Bom estudo!
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Conceitos Básicos
da Estatística
Antes de iniciarmos nossos estudos, vamos a alguns conceitos que serão

importantes para a nossa trajetória.
Dados são conjuntos de observações (gênero, respostas de

pesquisas, medidas, dentre outros);
Estatística é a ciência que descreve procedimentos para coletar,
organizar, resumir, analisar e apresentar dados;
População é o conjunto de todos os indivíduos sob investigação
(pessoas, medidas, escores, dentre outros);
Censo é o conjunto dos dados obtidos de todos os membros da
população;
Amostra é o subconjunto de todas as medidas da população.
Na tabela a seguir, você encontrará duas importantes classificações dos

dados. Ambas serão muito utilizadas ao longo desta e das demais unidades.
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CLASSIFICAÇÃO 1 DEFINIÇÃO EXEMPLO
Números que
representam
QUANTITATIVOS As idades em anos.
contagens ou
medidas.
Estados da Região
Nomes ou rótulos
Nordeste do Brasil;
que não são números
Classificação da
QUALITATIVOS que representem
estatura de uma pessoa
contagens ou
em alta, média ou
medidas.
baixa.
Quadro 1.1 - Classificação de dados
Fonte: Elaborado pelo autor.
CLASSIFICAÇÃO
DEFINIÇÃO EXEMPLO
2
Número de ovos que

DADOS
Valores exatos. uma galinha bota
DISCRETOS
dentro um período.
Questões que envolvem

renda, gasto, vendas,
Qualquer valor entre faturamento, dentre
DADOS
dois limites outras, que podem
CONTÍNUOS
quaisquer. assumir qualquer valor
em um intervalo
contínuo.
Quadro 1.2 - Classificação de dados
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A classificação das variáveis será utilizada nesta e nas unidades posteriores. É

a partir dela que definiremos os métodos apropriados para tratamento das
informações.
praticar
Vamos Praticar
Na tabela a seguir estão descritas informações sobre um grupo de quatro amigos.
Para cada uma das variáveis, reflita se estas são qualitativas ou quantitativas e, para
o caso das quantitativas, se são discretas ou contínuas.
NOME IDADE SEXO PESO (Kg) CIDADE
Alessandra 39 FEMININO 59,7 RECIFE
Maurício 42 MASCULINO 80,3 SALVADOR
Jéssica 35 FEMININO 65,8 NATAL
Thiago 28 MASCULINO 75,4 RECIFE

Tabela - Base de dados
Fonte: Elaborada pelo autor
a) Idade é uma variável quantitativa contínua.

b) Peso é uma unidade quantitativa discreta.
c) Cidade é uma variável quantitativa.
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d) Sexo é uma variável quantitativa discreta.

e) Idade é uma variável quantitativa discreta.
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Distribuição de
Frequências
Ao se trabalhar com uma grande massa de dados, é comum categorizá-los e

organizá-los em classes. Uma distribuição de frequências é uma tabela que
indica a frequência absoluta (número de registros) ou a frequência relativa
(percentual de registros) de cada classe. Para exemplificar, considere o
conjunto de 30 registros de idades de familiares do professor Paulo Andrade:
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15 16 22 40 50
80 97 30 30 32
32 32 0 65 7
15 16 22 38 50
80 100 30 30 32
32 32 3 7 8
Tabela 1.1 - Registros de idades de familiares do prof. Paulo Andrade
Fonte: Elaborada pelo autor.
Para o exemplo, consideramos agrupar os dados em 5 classes. Sendo assim, o

primeiro passo consiste em calcular a amplitude de classe:
´
(valor máximo) − (valor m i nimo)
Amplitude de classe =
número de classes
Para o nosso exemplo:

100 − 0
Amplitude de classe = = 20
5
Determinaremos os limites de classe, iniciando como valor mínimo e

somando, sucessivamente, a amplitude de classe. Esses limites servirão para
delimitar cada uma das classes da nossa distribuição.
Limite 1: 0
Limite 2: 0 + 20 = 20
Limite 3: 20 + 20 = 40
Limite 4: 40 + 20 = 60
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Limite 5: 60 + 20 = 80
Limite 6: 80 + 20 = 100
A partir dos limites, poderemos escrever cada uma das classes:
Classe 1: [ 0 , 20 ]
Classe 2: ( 20 , 40 ]
Classe 3: ( 40 , 60 ]
Classe 4: ( 60 , 80 ]
Classe 5: ( 80 , 100 ]
O intervalo (20 , 40 ] anterior corresponde ao conjunto de valores

compreendidos entre 20 e 40, incluindo o 40 e não incluindo o 20. Essa
notação é comum na representação de intervalos reais.
De modo geral, podemos definir matematicamente o intervalo ( a , b ] como:
( a ,b ] = {x ∈R | a<x≤b}.
Por fim, contamos a frequência de cada uma das classes, que corresponde
ao número de valores que estão situados em cada uma das classes em
questão.
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Classe Frequência Absoluta
[ 0 , 20 ] 9
( 20 , 40 ] 14
( 40 , 60 ] 2
( 60 , 80 ] 3
( 80 , 100 ] 2
Total 30
Tabela 1.2 - Distribuição de frequência absoluta da Idade de 30 familiares do prof.
Paulo
Uma outra tabela comum no universo da Estatística Descritiva é a

Distribuição de Frequência Relativa, que consiste em tabular a proporção
de dados em cada classe. No exemplo anterior, a frequência relativa
associada à classe ( 20 , 40 ] é dada por:
^ncia de classe
freque
^ncia relativa =
freque
^ncias de todas as classes
soma das freque
14
= = 0, 467 = 46, 7
9 + 14 + 2 + 3 + 2
Realizando os cálculos das frequências relativas para as demais classes,

podemos organizar a distribuição desejada.
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Classe Frequência Relativa
[ 0 , 20 ] 30,0%
( 20 , 40 ] 46,7%
( 40 , 60 ] 6,7%
( 60 , 80 ] 10,0%
( 80 , 100 ] 6,7%
Total 100,0%
Tabela 1.3 - Distribuição de frequência relativa da idade de 30 familiares do prof.
Paulo
Uma última tabela bastante conhecida é a Distribuição de Frequência

Acumulada . Para cada classe, associamos o somatório da frequência
daquela classe com as frequências das classes anteriores. No exemplo das
idades, a classe possui frequência acumulada igual a 83,3% (que é a soma das
frequências 30,0%, 46,7% e 6,7%). Sendo assim, observe a distribuição
acumulada final:
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Classe Frequência Acumulada
[ 0 , 20 ] 30,0%
( 20 , 40 ] 76,7%
( 40 , 60 ] 83,3%
( 60 , 80 ] 93,3%
( 80 , 100 ] 100,0%
Tabela 1.4 - Distribuição de frequência acumulada das idades de 30 familiares do
prof. Paulo
A seguir, trabalharemos com histogramas, que consiste em um modelo de

gráfico utilizado para representar distribuições de frequência.
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saiba
mais
Saiba mais
Uma ferramenta muito útil e essencial no dia
a dia de qualquer profissional da área de
exatas é o Excel . De modo bastante simples,
podemos tabular dados e representá-los
graficamente. No site você encontrará um
tutorial para representação de gráficos
utilizando o Excel. Aproveite para aprimorar
suas habilidades!
ACESSAR
Histograma
Um histograma é um gráfico que tem por objetivo visualizar o
comportamento de uma distribuição de frequências. Para ilustrar, considere o
exemplo a seguir.
Uma rede de fábricas produz parafusos para distribuição nas cidades da

região Norte do Brasil. A seguir, você pode verificar o número médio de caixas
de produtos produzidas diariamente por cada uma das 20 fábricas da rede.
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17 32 24 0 40
24 33 25 12 15
3 16 30 18 30
7 25 25 31 19
Tabela 1.5- Distribuição do número médio de caixas produzidas por dia em cada
fábrica
A partir da tabela anterior, categorizaremos os 20 dados em 8 classes com

amplitude igual a 5 caixas.
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Classes Frequência Absoluta Frequência Relativa
[0,5] 2 10%
( 5 , 10 ] 1 5%
( 10 , 15 ] 2 10%
( 15 , 20 ] 4 20%
( 20 , 25 ] 5 25%
( 25 , 30 ] 2 10%
( 30 , 35 ] 3 15%
( 35 , 40 ] 1 5%
Total 20 100%
Tabela 1.6 - Distribuição de frequência do número médio de caixas produzidas
por dia em cada fábrica
A partir do diagrama de frequências, construímos o histograma:
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Figura 1.1 - Distribuição do número de caixas de parafusos produzidas por

cada uma das 20 fábricas.
A seguir, você encontrará outros histogramas para auxiliar na compreensão.
Para cada exemplo, tente identificar o número de classes, a amplitude de
cada classe, os limites inferiores e superiores de cada classe e a classe que
possui maior frequência.
Exemplo 1
Figura 1.2 - Distribuição da temperatura média diária da câmara de um

frigorífico da cidade de Natal - RN - Abril de 2018 (ºC).
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Esse histograma representa a distribuição da temperatura média diária da

câmara de um frigorífico, as quais foram divididas em 6 classes de amplitude
igual a 2ºC.
Exemplo 2
Figura 1.3 - Distribuição dos salários dos 132 funcionários da empresa FTW
em janeiro de 2020
Histograma de 5 classes representando a frequência dos salários dos 132
funcionários da empresa FTW em janeiro de 2020.
praticar
Vamos Praticar
Agora é sua vez de praticar! Utilizando papel milimetrado ou Excel, construa um
histograma de frequências absolutas para o conjunto a seguir, utilizando o
agrupamento dos dados em 3 classes.
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3 3 6 9 12 14 15 18 18 18 18
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Gráficos e Tabelas
Gráficos e tabelas estão presentes constantemente em nosso dia a dia. Seja

nos jornais, na TV ou revistas científicas, o uso dessas ferramentas estatísticas
facilita a nossa compreensão quanto à informação que se deseja passar.
Representar graficamente significa construir um desenho que compile, de

maneira clara, o comportamento e a relação das variáveis em estudo. Para
esboçá-los, podemos elaborar tabelas que nos forneçam os valores que
estarão presentes na representação. A seguir, você verá uma sequência de
tipos de gráficos e uma recomendação quanto ao seu uso.
Polígono de Frequência
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Figura 1.4 - Polígono de frequência da idade de 30 parentes do prof. Paulo

Andrade em julho de 2018
É obtido ao ligarmos os pontos médios das classes de um histograma. O
exemplo a seguir corresponde ao polígono de frequência obtido a partir do
exemplo dos 30 parentes de Andrade (2018), apresentado anteriormente.
Polígono de Frequência Relativa
Figura 1.5 - Polígono de Frequência Relativa da idade de 30 parentes do prof.

Paulo Andrade em julho de 2018
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É uma variação do polígono de frequência no qual utilizamos a frequência

relativa no eixo vertical. Muito útil quando queremos comparar mais de um
dado. Nesse caso, é sugerido esboçar os polígonos no mesmo plano.
Ogiva
Figura 1.6 - Ogiva de Frequência Relativa da idade de 30 parentes do prof.

Paulo Andrade em julho de 2018
Dessa vez, no eixo horizontal, consideramos o limite superior das classes do
histograma e, no eixo vertical, consideramos as frequências acumuladas. Na
figura a seguir, por exemplo, concluímos que 25 dos parentes de Andrade
(2018) têm idade inferior a 60 anos.
Gráficos de Barras
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Figura 1.7 - Número de Médicos por mil habitantes por região do Brasil - 2012
Usado para representação da frequência de dados qualitativos. Esses dados
qualitativos são listados no eixo vertical e a frequência no eixo horizontal.
Nesses casos, a frequência pode ser absoluta (número inteiro) ou relativa (em
dados percentuais).
Gráficos de Colunas
Figura 1.8 - Número de Médicos por mil habitantes por região do Brasil -
2012
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Análogo ao gráfico de barras, porém, com dados qualitativos no eixo

horizontal. A frequência deve ser indicada no eixo vertical. Nesses casos, a
frequência pode ser absoluta (número inteiro) ou relativa (em dados
percentuais), conforme ilustra o gráfico.
Gráfico de Setores (ou de Pizza)
Figura 1.9 - Número de Médicos por região do Brasil - 2012.

Representa frequências de dados qualitativos a partir de setores de um
círculo. Cada setor possui área proporcional à frequência relativa de cada um
dos dados. Na figura acima, por exemplo, podemos concluir que
aproximadamente metade dos médicos do Brasil estava na região Sudeste
em 2012.
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reflita
Reflita
Em muitas situações, desejamos
deixar os gráficos mais interessantes e
atrativos para o leitor, de modo que
desperte nele um interesse maior pelo
conteúdo que se está sendo
transmitido. Nesses casos, podemos
optar pelo uso de infográficos , que
consistem em gráficos nos quais são
inseridos elementos visuais mais
elaborados. Por exemplo, em alguns
casos, o autor troca os elementos do
gráfico por ícones com design mais
divertido, insere imagens de fundo e,
até mesmo, combina vários formatos
de gráficos em um só. Reflita sobre tal
assunto.
Diagrama de Dispersão
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Figura 1.10 - Dados experimentais de tempo e altura de um corpo em um

lançamento vertical para cima
Gráfico utilizado para representação de dados quantitativos, no qual, em cada
um dos eixos, representamos uma das variáveis. Os pares de dados são
representados por pontos no gráfico.
Esse tipo de gráfico é muito útil quando queremos verificar a existência de

relação entre duas variáveis. No exemplo acima, podemos perceber a
existência de uma relação quadrática entre as variáveis tempo e altura.
praticar
Vamos Praticar
O condomínio Viver Bem realizou uma pesquisa de intenção de votos para os
candidatos (X e Y) para síndico. Na figura a seguir, você verificará o número de
condôminos que possuem intenção de voto para cada um dos candidatos.
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Figura - Número de Moradores que Declararam

Intenção de Voto por Candidato a Síndico do
Condomínio VIVERBEM Fonte: Elaborada pelo
autor.
Avalie as asserções a seguir e a relação existente entre elas.
I. O gráfico apresentado está incorreto.
PORQUE
II. É inadequado para representação dos dados de intenção de votos, uma vez que
leva o eleitor a entender que o candidato X está com grande quantidade de votos
acima do candidato Y.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
a) As asserções I e II são corretas, e II é uma justificativa da I.

b) As asserções I e II são corretas, e II não é uma justificativa da I.
c) A asserção I é falsa e a asserção II é verdadeira.
d) A asserção I é verdadeira e a asserção II é falsa.
e) As asserções I e II são falsas.
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Medidas de
Tendência Central e
Dispersão
As medidas estudadas nesta seção servem para descrever, de forma geral,

nosso conjunto e dados. As medidas de tendência central resumem, em um
só número, nosso conjunto. As medidas de dispersão servem para
“quantificar” a variação dos meus dados.
Medidas de Tendência Central

As medidas de tendência central são aquelas que buscam representar o
ponto de equilíbrio dos dados. São números que resumem, de alguma forma,
o nosso conjunto. As mais importantes medidas de tendência central são a
média, a mediana e a moda.
Média
A média aritmética é a mais utilizada das medidas para a representação de
um conjunto de dados, podendo ser facilmente calculada conforme fórmula a
seguir:
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x1 +x2 +...+xN
X =
N
Exemplo:
Catarina realizou quatro provas de Espanhol no decorrer do ano em um curso

de Idiomas, com as notas a seguir:
1ª prova = 8,0;
2ª prova = 7,7;
3ª prova = 9,0;
4ª prova = 6,3.
Para encontrar a média aritmética simples, somamos todas as notas e

dividimos pela quantidade de provas realizadas.
8,0 + 7,7 + 9,0 + 6,3
X = = 7, 75
4
Dessa forma, a média das notas de Catarina foi 7,75.
Média Ponderada
A média ponderada é baseada na multiplicação de um peso a cada
observação do conjunto de dados dividido pela soma dos pesos, ou seja, pode
ser encontrada através da seguinte fórmula:
x1 (P1 )+x2 (P2 )+...+xN (PN )
X =
P1 + P2 + ... + PN
Exemplo:
Roberto participou de um concurso onde foram realizadas provas de

Português, Matemática, História e Inglês. Essas provas tinham peso 4, 3, 2 e 1,
respectivamente. Sabendo que Roberto tirou 9,0 em Português, 8,5 em
Matemática, 6,0 em História e 7,5 em Inglês, qual foi a média?
9,0(4)+8,5(3)+6,0(2)+7,5(1) 36+25,5+12+7,5
X = = = 8, 1
4 + 3 + 2 + 1 10
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Dessa forma, a média das notas de Roberto foi 8,1.
Mediana
A mediana é o valor que está no centro de um conjunto de valores ordenados.
Dessa forma, 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais à
mediana e os outros 50% são maiores ou iguais à mediana.
Se o número de elementos da amostra é ímpar, a mediana é dada pelo valor

central do conjunto de dados ordenados. Por exemplo, o conjunto {6, 2, 3, 11,
1, 8, 13}. Devemos ordenar os elementos e, em seguida, determinar o ponto
central.
{ 1, 2, 3, 6, 8, 11, 13}
Logo, a mediana para este conjunto de elementos é igual a 6.
Se o número de elementos da amostra é par, a mediana é dada pela média

dos valores centrais. Considerado o conjunto de dados anterior, se
acrescentarmos o valor 16, teremos os seguintes valores centrais:
{1, 2, 3, 6, 8, 11, 13, 16}
Logo, a mediana é dada por:

6 + 8
M d = = 7
2
Dessa forma, a mediana para este conjunto de elementos é igual a 7.
Moda
A última medida de tendência central a ser abordada neste capítulo é a moda.
Moda é definida como o valor mais frequente de um conjunto de dados, ou
seja, o valor de maior ocorrência dentre os valores observados. Caso não
exista um valor mais frequente, o conjunto de dados é denominado amodal. A
representação da moda é dada por Mo.
Exemplos:
07/04/2023, 18:49 Ead.br
Considere o conjunto de dados a seguir:
A = {3, 25, 7, 3, 1}
A moda para esse conjunto é: Mo = 3. É o número que aparece o maior

número de vezes.
B = {19, 25, 3, 25, 10, 19}
Neste exemplo, a moda é: Mo = 19 ou 25. Dessa forma, podemos dizer que o

conjunto B é bimodal, pois possui duas modas.
Medidas de Dispersão
Medidas de dispersão são parâmetros estatísticos usados para determinar o
quanto nossos dados variam. Esse indicador nos permite analisar a amostra
de uma forma mais assertiva, uma vez que as medidas de tendência central,
em alguns casos, escondem o nível de variação dos dados. Por exemplo, para
definir uma brincadeira adequada para uma festa de aniversário, não
podemos considerar apenas a média de idade dos convidados, uma vez que a
variação das idades pode ser grande, o que deve pesar no momento da
escolha da diversão.
As medidas de dispersão mais usadas são: amplitude, variância, desvio

padrão, coeficiente de variação, percentis e quartis.
Amplitude
Essa medida de dispersão é definida como a diferença entre a maior e a
menor observação de um conjunto de dados, isto é:
A = Xmaior - Xmenor
A amplitude é a medida de dispersão menos utilizada, uma vez que não leva
em consideração os dados intermediários do conjunto.
Exemplo:
07/04/2023, 18:49 Ead.br
As notas do aluno Matheus no ano de 2019 foram 4,0; 5,0; 9,0 e 10,0. Sendo
assim, a amplitude das notas deles é:
A = Xmaior - Xmenor = 10,0 – 4,0 = 6,0
Variância e Desvio Padrão

A variância consiste na média dos quadrados, das diferenças entre cada uma
das observações e a média aritmética da amostra.
Considere uma amostra representada por {x1, x2, …, xn} de n observações

numéricas. Existem duas fórmulas para calcular a variância.
A variância populacional é definida por:

2 2 2
(x1 − X ) +(x2 − X ) +... + (xn − X )
−− −− −−
V ar (x) =
n
onde ▁X é a média aritmética da distribuição.
Já a variância amostral é definida por:

2 2 2
(x1 − X ) +(x2 − X ) +... + (xn − X )
−− −− −−
V ar (x) =
n − 1
onde ▁X é a média aritmética da distribuição.
O desvio padrão é outra forma de analisar a regularidade de um conjunto de

valores. O desvio padrão de uma população é dado pela raiz quadrada da
variância.
−−−−−−−−−−−−−
2 2
−−−−−−−−−
2
(x1 − X ) +(x2 − X ) +... + (xn − X )
= √
2 −− −− −−
σ
n
Coeficiente de Variação
O coeficiente de variação é utilizado para verificar a variabilidade do nosso
conjunto de dados, calculado através da fórmula:
s
CV = . 100
X
−
07/04/2023, 18:49 Ead.br
Onde:
s = desvio padrão;
X = média dos dados.

−
Medidas de Posição Relativa

Percentis são medidas que dividem os dados em 100 grupos, cada um deles
contendo cerca de 1% do conjunto. Por explicar, o décimo segundo percentil,
P , tem 12% dos dados abaixo dele.
12
De modo geral, para calcular o percentil que corresponde ao valor x, você

deve utilizar a seguinte fórmula:
número de valores menores que x
percentil do valor x = ⋅ 100
número total de valores
Ao aplicar a fórmula, arredonde o resultado para o inteiro mais próximo. Para

converter um percentil em um valor de dado, utilizando a fórmula a seguir.
k
L = ⋅ n
100
Em que:
L= localizador que nos fornece a posição de um valor (ou seja, a posição do

dado procurado, uma vez que ordenemos nossa base);
Pk = k-ésimo percentil;
n= número total de valores do conjunto.
07/04/2023, 18:49 Ead.br
saiba
mais
Saiba mais
Este vídeo é parte de uma série de aulas, que
traz explicações sobre Estatística. Nele, você
conhecerá os tópicos abordados nesta
disciplina e entenderá as principais áreas da
estatística. Para saber mais sobre o conteúdo
dessa unidade, recomendo assistir o vídeo.
ASSISTIR
Quartis
Quartis são medidas que dividem os dados em 4 grupos, cada um contendo
cerca de 25% do conjunto. Os três números são denotados por Q , Q e Q . 1 2 3
O primeiro quartil (Q ) separa os 25% menores valores dos 75% maiores

1
valores. O terceiro quartil (Q ) separa os 75% menores valores dos 25%

3
maiores valores. O segundo quartil (Q ) sempre coincide com a mediana, pois

2
separa o conjunto em dois grupos de tamanhos iguais. Para calcular algum

quartil, aplique a fórmula de cálculo de um percentil, assumindo as seguintes
igualdades: Q = P , Q = P e Q = P .
1 25 2 50 3 75
praticar
V P ti
praticar
07/04/2023, 18:49 Ead.br
Vamos Praticar
Analise o conjunto de dados:
2 3 5 5 7
7 9 9 12 12
13 13 15 16 18
18 22 23 24 24
26 26 30 32 35
O conjunto de dados “a” contém 25 números listados já em ordem crescente.

Utilizando os conceitos já estudados nessa unidade, calcule o valor do
segundo quartil do conjunto de dados e assinale a alternativa
correspondente:
a) 7.
b) 15.
c) 18.
d) 24.
e) 26.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
Introdução à Estatística - Atualização da

Tecnologia - Capítulos 1, 2 e 3.
Mario F. Triola.
Editora: LTC.
ISBN: 9788521634256.
Comentário: Neste livro, você encontrará outros
exemplos e aplicações de todo o conteúdo trabalhado
na unidade, além de inúmeros exercícios para
fortalecer e fixar seu aprendizado.
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WEB
Estatística - Ensinem Estatística antes de

Cálculo.
Ano: 2009.
Comentário: Neste TedTalk, o professor Arthur
Benjamin alerta para uma forma de tornar o
aprendizado de Matemática essencial na vida das
pessoas. Em sua crítica, ele ressalta o fato dos
currículos dos cursos superiores em Ciências Exatas
dedicarem seu conteúdo de matemática para os pilares
que conduzem o Cálculo Diferencial e Integral. Em
outras palavras, ele afirma que o aprendizado de
Estatística e Probabilidade é o caminho para um
conhecimento mais moderno e alinhado com o que se
espera dos profissionais do futuro.
ACESSAR
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conclusão
Conclusão
A partir de agora, você já apto a trabalhar com distribuições de frequência,
realizar a análise de gráficos e tabelas, além de calcular média, mediana,
moda e algumas medidas de dispersão.
Para fixar definitivamente o conteúdo lido, é importante que você se dedique

a realizar exercícios sobre os temas aqui trabalhados. Como toda disciplina da
área de exatas, dedicação e aplicação são fundamentais para a otimização do
seu aprendizado.
Bons estudos!
referências
Referências
Bibliográficas
DEVORE, J. L. Probabilidade e estatística para engenharia e ciências . São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
MONTGOMERY, D. C., RUNGER, G. C. Estatística aplicada e probabilidade

para engenheiros . Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 2003.
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TRIOLA, M. F. Introdução à Estatística : atualização da tecnologia. 11. ed. Rio

de Janeiro, LTC, 2013.
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Conceitos Básicos de Conceitos Básicos de Estatística Estatística

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Conceitos Básicos de Conceitos Básicos de Estatística Estatística

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Antes de iniciarmos nossos estudos, vamos a alguns conceitos que serão

Dados são conjuntos de observações (gênero, respostas de

Na tabela a seguir, você encontrará duas importantes classificações dos

CLASSIFICAÇÃO 1 DEFINIÇÃO EXEMPLO

Número de ovos que

Questões que envolvem

A classificação das variáveis será utilizada nesta e nas unidades posteriores. É

NOME IDADE SEXO PESO (Kg) CIDADE

Alessandra 39 FEMININO 59,7 RECIFE

Maurício 42 MASCULINO 80,3 SALVADOR

Jéssica 35 FEMININO 65,8 NATAL

Thiago 28 MASCULINO 75,4 RECIFE

a) Idade é uma variável quantitativa contínua.

d) Sexo é uma variável quantitativa discreta.

Ao se trabalhar com uma grande massa de dados, é comum categorizá-los e

Para o exemplo, consideramos agrupar os dados em 5 classes. Sendo assim, o

Para o nosso exemplo:

Determinaremos os limites de classe, iniciando como valor mínimo e

Limite 6: 80 + 20 = 100

A partir dos limites, poderemos escrever cada uma das classes:

O intervalo (20 , 40 ] anterior corresponde ao conjunto de valores

De modo geral, podemos definir matematicamente o intervalo ( a , b ] como:

Classe Frequência Absoluta

Uma outra tabela comum no universo da Estatística Descritiva é a

Realizando os cálculos das frequências relativas para as demais classes,

Classe Frequência Relativa

Uma última tabela bastante conhecida é a Distribuição de Frequência

Classe Frequência Acumulada

A seguir, trabalharemos com histogramas, que consiste em um modelo de

Uma rede de fábricas produz parafusos para distribuição nas cidades da

A partir da tabela anterior, categorizaremos os 20 dados em 8 classes com

Classes Frequência Absoluta Frequência Relativa

A partir do diagrama de frequências, construímos o histograma:

Figura 1.1 - Distribuição do número de caixas de parafusos produzidas por

Figura 1.2 - Distribuição da temperatura média diária da câmara de um

Esse histograma representa a distribuição da temperatura média diária da

Gráficos e tabelas estão presentes constantemente em nosso dia a dia. Seja

Representar graficamente significa construir um desenho que compile, de

Figura 1.4 - Polígono de frequência da idade de 30 parentes do prof. Paulo

Polígono de Frequência Relativa

Figura 1.5 - Polígono de Frequência Relativa da idade de 30 parentes do prof.

É uma variação do polígono de frequência no qual utilizamos a frequência

Figura 1.6 - Ogiva de Frequência Relativa da idade de 30 parentes do prof.

Análogo ao gráfico de barras, porém, com dados qualitativos no eixo

Gráfico de Setores (ou de Pizza)

Figura 1.9 - Número de Médicos por região do Brasil - 2012.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 1.10 - Dados experimentais de tempo e altura de um corpo em um

Esse tipo de gráfico é muito útil quando queremos verificar a existência de

Figura - Número de Moradores que Declararam

Avalie as asserções a seguir e a relação existente entre elas.

I. O gráfico apresentado está incorreto.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.

a) As asserções I e II são corretas, e II é uma justificativa da I.

As medidas estudadas nesta seção servem para descrever, de forma geral,

Medidas de Tendência Central

Catarina realizou quatro provas de Espanhol no decorrer do ano em um curso

Para encontrar a média aritmética simples, somamos todas as notas e

Dessa forma, a média das notas de Catarina foi 7,75.

Roberto participou de um concurso onde foram realizadas provas de

Dessa forma, a média das notas de Roberto foi 8,1.