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Resumo Direito 2 - DINFA

UD1 – Direito Penal Militar


Assuntos A, B e C:
Bem Jurídico: bens materiais ou imateriais protegidos por lei.
A diferença entre crime e contravenção penal reside na importância dos bens
jurídicos tutelados e, assim, na qualidade e quantidade das sanções aplicadas aos
infratores.
Crime comum: (reclusão ou detenção) +/ou multa
Contravenção: prisão simples +/ou multa
A diferença entre os crimes comuns e militares se deve ao órgão da justiça
encarregados de proceder ao seu julgamento
Art 124 da CF/88: Compete à Justiça Militar processar e julgar os crimes militares
definidos em lei.
Crime Militar: é toda violação complexa e acentuadamente anormal dos deveres e
obrigações militares, previstas no COM.
Transgressão Disciplinar: é uma violação prevista nos regulamentos disciplinares das
Forças Armadas.
Crime propriamente militar: Só está previsto no CPM e só pode ser praticado por
militar.
Crime impropriamente militar: Está previsto tanto no CPM quanto no CP.
Crimes Militares em Tempos de Paz – Art 9º CPM:

 Inciso I: qualquer pessoa


 Inciso II: militar da ativa
 Inciso III: militar da reserva, reformado ou civil
Art 9º § 1º: Os crimes de que se trata este artigo quando dolosos contra a vida e
cometidos por militares contra civil, serão competência do Tribunal do Júri.
Lei Penal no tempo: (Art. 1º CPM): Não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal.
Princípio da retroatividade da lei mais benigna: (Art. 5º, inciso XL da CF/88): Se
alguma lei posterior for favorável ao agente, será ocorrido retroatividade, mesmo que
o agente já tenha sido condenado.
TEMPO do Crime: (Art 5º CPM): é importante para saber qual norma valia no
momento temporal do crime: considera-se praticado o crime no momento da ação ou
omissão, ainda que outro seja o do resultado.
Exemplo: O Sgt Rufus, Adj OD, discutiu com o Sgt Dia/1ª Cia e desferiu-lhe um tiro com
a sua Pst 9mm. Após ser socorrido no hospital da cidade, o militar faleceu dois dias
depois. Tempo do crime = momento do disparo.
LUGAR do Crime (Art. 6º CPM): importante para definir competência jurisdicional:
considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa,
no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se
produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Assuntos D e E:
Aspecto Formal: somente o comportamento humano positivo (ação) ou negativo
(omissão) pode ser crime.
Aspecto Material: é a conduta humana que lesa ou expõe a perigo bem jurídico
protegido pela lei penal.
Aspecto Analítico: crime é toda ação típica, antijurídica e culpável.

 TÍPICO: conduta humana que produz um resultado previsto como crime na


norma penal. (previsto em lei)
 ANTIJURÍDICO – ação humana contrária ao direito, ou seja, à ordem jurídica
(Art. 42 do CPM – excluem a antijuridicidade)
 CULPÁVEL: ação humana, dolosa ou culposa, passiva de imputação aos
penalmente responsáveis e que consistirá no pressuposto para aplicação da
pena. (Art. 38,39 e 48 excluem culpabilidade)
Crime doloso: quando o agente quis o resultado (dolo direto) ou assumiu o risco de
produzi-lo (dolo indireto). Art 33, I. do CPM
Crime culposo: quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção, diligência
ordinária ou especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o
resultado que podia prever (culpa inconsciente) ou, prevendo-o, supõe levianamente
que não se realizaria ou que poderia evitá-lo (culpa consciente). Art 33, II, do CPM.

Culpa:
 Imprudência: ação insensata de um fato perigoso ou proibido.
 Negligência: é um não agir – ausência de precaução e cuidados que a situação
exige
 Imperícia: erro por desconhecimento ou falta de prática de pessoa legalmente
habilitada (perito)
Iter Criminis: cogitação, preparação, execução -> consumação
Não Punível Punível
Tentado: considera-se tentado o crime “quando, iniciada a execução, este não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.”

Circunstância Alheias Vontade Própria


Esgotou os atos de Tentativa Perfeita Arrependimento Eficaz
execução (+)
Não esgotou os atos de Tentativa Imperfeita Desistência Voluntária
execução (-)

Exclusão de Crime: (Art 42 COM)

 Estado de necessidade
 Legítima defesa
 Estrito cumprimento do dever
 Exercício regular do direito
Exclusão de Culpabilidade:

 Atuam sobre a potencial consciência da ilicitude: Art 36 e Art 38


 Atuam sobre a exigibilidade de conduta diversa: Art 38 a e Art 39
 Atuam sobre a imputabilidade: Art 48 inimputáveis, Art 49 embriaguez e Art
50 menoridade.

Assunto F:
Penas Principais (Art. 55):

 Reclusão: Art. 59
 Detenção
 Prisão
 Impedimento – Art 63 e 183
 Suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função: Art 64/CPM, Ex:
Art 198, 201 e 324/CPM
 Reforma: Art 65/CPM
Penas Acessórias (Art 98):

 Perda de posto e patente


 Indignidade para o oficialato
 Incompatibilidade com o oficialato
 Exclusão das Forças Armadas – praça com estabilidade
 Perda da função pública
 Inabilitação para o exercício de função pública
 Suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela
 Suspensão dos direitos políticos
Fixação da pena:
Art 69: Tipo de crime, tipo de dolo, grau de culpa, pessoa do réu. (Decisão do Juiz)
Agravantes: Art 53 §2º, Art 70 e 71 do CPM
Atenuantes: Art 53 §3º e 72 do CPM
Causas especiais: Art 76 do CPM
Pena-Base (PB): Pena do Crime + Art. 69 (1ª fase)
Pena Alterada (PA): PB + (Agravantes – Atenuantes) (2ª fase)
Pena Final: PA + causas especiais de aumento ou diminuição da pena (majorantes e
minorantes) (3ª fase)
Sempre são considerados os agravantes para a pena-base do juiz.
Não podem ser considerados caso já constituam elementares ou qualificadoras do tipo
penal. Ex: Art. 202 – embriaguez em serviço (não se pode considerar o agravante de
embriaguez pois ele já é elementar do crime).
Reincidência: considerada sempre que não tenham decorridos cinco anos do
cumprimento ou extinção da pena de condenação anterior.
As atenuantes sempre são consideradas para a pen-base do juiz.
Não se pode aplicar uma atenuante se o próprio artigo já prevê um caso semelhante.
Exemplo: Art 205 §1º.
Causas especiais do aumento ou diminuição de pena:

 Genéricas: Art. 20, 30, 35 e 41


 Específicas: Art. 205, 209, 226 e 240
Extinção da Punibilidade (Art 123)
Prescrição: perda do poder de punir do Estado:
a) Da pretensão punitiva: referência é a pena máxima prevista para o crime
cometido, é contada a partir da consumação do crime.
b) Pretensão executória: referência é o tempo da pena fixado na sentença.

Assunto G:
Tipo Penal: o núcleo do tipo é sempre um verbo, o qual constitui a conduta humana
proibida.
Crimes contra a autoridade ou disciplina militar (Art 149 a 182)

 Motim e Revolta (Art. 149)


 Violência contra superior ou militar de serviço (Art. 157)
 Desrespeito a superior (Art. 160) – diferente de desacato (Art. 289)
 Recusa de obediência (Art. 163) – Não confundir com descumprimento de
missão (Art. 196)
 Rigor excessivo (Art. 174) – Não confundir com maus tratos (Art. 213)
 Violência aviltante (Art. 176) – humilhação com violência
Crimes contra o serviço militar e o dever militar (Art. 183 a 204):

 Insubmissão: não se apresenta da data de incorporação ou se apresenta mas


antes de ter sido oficialmente incorporado se ausenta do quartel.
 Deserção: Prazo de graça é o tempo entre o início da contagem e a
consumação (oito dias). O Cmt da SU é responsável por fazer a parte de
ausência
 Abandono de posto
 Descumprimento de missão
 Embriaguez em serviço
 Dormir em serviço
 Exercício de comércio
Crimes contra a pessoa (Art. 205 a 213)

 Homicídio
 Lesão corporal
 Maus tratos
HONRA SUBJETIVA – é própria; é a dignidade; aquilo que cada um sente a respeito de seus
próprios atributos; afetada pela INJÚRIA.

HONRA OBJETIVA - é alheia; é a reputação; aquilo que os outros pensam do indivíduo em


relação aos seus atributos; afetada pela CALÚNIA e DIFAMAÇÃO

Calúnia: é a falsa imputação a alguém de fato criminoso.

Difamação: atribuir fato negativo que não seja crime.

Injuriar: atribuir palavras ou qualidades negativas (xingar).

Crimes contra a liberdade (Art. 222 a 231)

 Constrangimento ilegal
Violação de domicílio (Art 226): casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, em exceção:
a) Durante o dia, com observância das formalidades legais
b) A qualquer hora do dia ou da noite para acudir vítima de desastre ou quando
alguma infração penal está ali sendo praticada ou na sua iminência
Crimes Sexuais (Art. 232 a 237)

 Estupro (Art.232)
 Atentado violento ao pudor (Art. 233)
 Corrupção de menores (Art. 234)
 Ato de libidinagem (Art. 235)

UD 2 – Direito Processual Penal Militar


Assunto A:

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