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Introdução:
O jogo das operações é um jogo de cartas que tem como proposta desenvolver
o raciocínio lógico, estratégias de resolução de operações aritméticas e utilização de
propriedades através da construção de expressões numéricas (ARAUJO, 2002). O
cálculo exigido nas jogadas proporciona a construção, reconstrução e organização do
pensamento matemático. Este jogo pode ser trabalhado com alunos do Ensino
Fundamental a partir do quarto ano, em grupos de 2 a 6 alunos.
O professor dividiu a turma em grupo e em onde foi dado um nome para sua
equipe, logo em seguida o professor mostrou as tabelas e entregou cinco cartelas para
cada grupo. Em cada rodada o professor sorteou uma das fichas e os alunos para que
eles encontrassem o resultado, que através de operações entre eles que resultou no
número mostrado pelo professor onde o grupo que acertou marcou 2 pontos, à medida
que o jogo foi se desenvolvendo foi ficando mais desafiador. Venceu o jogo quem
marcou mais pontos.
Um bom uso de jogos em sala de aula requer que tenhamos uma noção clara do
que se quer explorar no momento da execução e de como realizá-los. É importante
direcionar para quem, onde e para qual realidade vamos aplicar os jogos.
“Nas aulas da professora Elieth eu aprendi muitas coisas como o jogo dos
Múltiplos e dos divisores além de ser legal a gente aprende bem mais fácil [...]”
ALUNA B.L “
“As aulas foram muito boas nós tivemos bingo com feijão e gostei muito [...]”
ALUNO P.H.
“Tivemos um bingo de múltiplos: gostei do bingo por ser uma brincadeira, mas
foi daí que eu fui aprender os múltiplos direito, adorei [...]” ALUNA W.G.
Resultados Alcançados:
Percebi que as atitudes dos alunos tendem a mudar dependendo da atitude do
professor, e o diálogo é a melhor forma de ensinar. É importante adotar uma postura de
autoridade para que os alunos possam se comportar de maneira educada e respeitosa nas
aulas.
10%
90%
Fonte da autora-2023
Quanto aos resultados obtidos nessa turma constatei que 90% dos alunos
obtiveram aprovação nos conteúdos trabalhados. Esse índice foi medido através de
avaliação individual e 10 sem consulta. Além da avaliação, no último dia de aula, os
alunos escreveram um parágrafo a respeito de suas percepções sobre as atividades
propostas e a totalidade dos alunos elogiou e relatou que gostaria que a professora da
turma continuasse utilizando esses recursos.
Planejar atividades extracurriculares e jogos pode ser bastante difícil para os
professores, mas vale a pena na forma de entusiasmo e interesse dos alunos. Além disso,
estas atividades não só desenvolvem conteúdos conceituais ou processuais, mas também
desenvolvem conteúdos comportamentais como respeito, autoconfiança, independência,
socialização e cooperação, e potencializam a formação dos estudantes cidadãos.
Considerações Finais:
Para esses alunos, o uso de jogos é muito importante para sua memorização
durante o processo de ensino e para melhorar sua autoestima, que já está baixa porque
fazem muitas anotações naquele momento. A inevitabilidade do fracasso escolar deu
lugar à inevitabilidade da incompletude e ao desejo de todos de alcançar o máximo
desempenho. O sucesso acadêmico é resultado do esforço e trabalho individual e
coletivo de todos.
Quando nos sugerimos a trabalhar com os jogos para o ensino de matemática o
tempo precisou ser secundário na relação com o aprendizado. O projeto definido no
início do ano não poderia ser integralmente cumprido, no entanto, tínhamos a
consciência de que aquela turma sairia do 4º e 5º ano diferente do que entrou e que
desenvolveriam habilidades e competências necessárias para a autonomia exigida no
ensino fundamental II.
Saímos desta experiência com a certeza de que para haver uma mudança de
comportamento do aluno, o professor também precisa se mover. E, além disso, há a
necessidade do compromisso com a educação de todos os envolvidos com ela (família,
direção, supervisão, alunos, professores...) e, a partir disto, a certeza de que o
desenvolvimento da autonomia, das funções superiores, do trabalho coletivo, do
respeito mútuo, das relações interpessoais, promove também a tolerância e a cooperação
mútua necessária no espaço escolar e em toda sociedade.
Referências:
DINIZ, Maria Ignez; MILANI, Estela & SMOLE, Kátia Stocco. Cadernos do Mathema
Jogos de Matemática de 6° a 9° ano, Porto Alegre: Artmed, 2007.