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29 de abril de 2021
Discentes:
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Índice
I. Introdução............................................................................................................. 3
O Idadismo .................................................................................................................... 3
A Reforma ................................................................................................................... 10
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I. Introdução
Todas as ações que incentivem o tratamento diferenciado ou inferiorização de
um indivíduo ou conjunto de indivíduos, devido à sua idade, cor, sexo, etnia,
nacionalidade, orientação sexual, opinião política, ou outro fator diferente, são
consideradas discriminação. Pode ocorrer em diferentes contextos, como político,
religioso, étnico, sexual e social, que é o mais comum. Estes tipos de discriminação
podem dar origem à exclusão social.
O Idadismo
O termo idadismo surgiu pela primeira vez em 1969, pelo psicólogo americano
Robert Butler. Em termos gerais, o idadismo passa por ser um preconceito social
baseado somente numa característica, a idade. Este preconceito manifesta-se com
atitudes e práticas negativas em relação aos indivíduos, não existindo uma idade
específica para este tipo de discriminação, mas sim fatores sociais que acentuam em
determinados grupos etários (Marques, Discriminação da Terceira Idade, 2016).
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Segundo o gerontologista Palmore, a seguir ao racismo e ao sexismo, o idadismo
é um dos maiores preconceitos, atualmente. Como é possível compreender, o idadismo
aumenta de acordo com o envelhecimento progressivo da população. Desta maneira,
esta discriminação assenta num raciocínio em que se determina o valor de um indivíduo
de acordo com a sua idade. A informação científica pode contribuir para a rutura de
todas as ideias pré-concebidas e as pré-noções que a sociedade tem em relação à idade
e aos mais velhos, porém esta parece não ter sido ainda assimilada pelos mais jovens.
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Vários estudos, indicam que a diversidade de idades dentro das organizações
aumenta a probabilidade de haver um clima de discriminação etária maior. Dentro das
organizações existem fatores como o ambiente, as horas de trabalho e a funções
desempenhadas, que influenciam a questão da idade. Ainda a respeito desta, na relação
com o trabalho, alguns investigadores caracterizam-na como uma relação conflituosa,
mas no bom sentido, ou seja, afirmam que esta relação entre trabalho e idade
proporciona uma competição saudável tanto a nível individual como a nível
organizacional. Por isso, podemos aferir que existe estereótipos para ambos os grupos
etários (jovens e adultos). (Cabral, 2012)
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II. Apresentação do Objeto e dos Objetivos da Investigação
Objeto de Estudo: Os Setores Económicos Mais Afetados com o Preconceito Social
Idadismo
Por fim o idadismo inclui também uma componente mais comportamental e que
está relacionada com atos mais efetivos em relação as pessoas mais velhas. Este tipo de
comportamento, tem como exemplo, o abuso e maus-tratos que têm alvo os indivíduos
deste grupo etário. (Marques, Discriminação da Terceira Idade, 2016)
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significado único e explicito, este é, pois, um conceito muito “aberto” que pode ter
vários entendimentos, dependendo de pessoa para pessoa e do que se quer tratar e
falar. Trabalho pode ser interpretado de uma maneira emocional, lembrando, portanto,
dor, tortura, suor do rosto e fadiga, como também de uma forma racional,
interpretando-o como o homem em ação de sobrevivência e realização (Albornoz,
1986). Até no dicionário português esta palavra apresenta mais que um significado,
podemos em contexto com este estudo, defini-la, afirmando que esta se trata de uma
“atividade coordenada de carácter físico e intelectual, necessária a qualquer tarefa,
serviço ou empreendimento” (Albornoz, 1986).
Associado a este conceito, achamos também que vale apena falar sobre os
setores económicos, analisando o conceito destes. Os setores económicos, são três, o
primário, o secundário e o terciário. O primário tem como objetivo produzir a matéria-
prima para depois abastecer o setor secundário, as suas atividades produtivas são a
agricultura, a pecuária e o extrativismo, o setor secundário é, pois, o que diz respeito á
indústria, à produção de bens a partir dos materiais vindos das atividades do setor
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primário, neste setor constam então as fábricas e tudo o que envolva a criação de algo,
como por exemplo a construção civil, a geração de energia, a produção de máquinas,
entre outros. Por fim temos o setor terciário, que fazem parte, os serviços e o comércio.
Este terceiro setor tem crescido de forma exponencial, devido à revolução tecnológica
pela qual o mundo inteiro atravessa, desta forma, o que acontece hoje em dia, é que
existe uma supervalorização da informação, o que permite uma relação entre a
economia e as relações comerciais e de informações. Ainda com esta revolução
podemos notar uma sofisticação, especialização e eficiência dos serviços, como é o caso
do turismo, das telecomunicações, da informática, entre outros, que crescem de forma
abrupta e que, por isso, absorvem cada vez mais pessoas. (Brasil Escola , 2020)
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Começando por descrever a idade cronológica, esta diz respeito à idade
calendarizada, ou seja, aquela que distingue os mais velhos dos mais novos, a partir do
calendário natalício. Neste sentido quando falamos em “trabalhador mais velho”,
referimo-nos a trabalhadores com idades compreendidas entre os 40 e os 75 anos e,
dependendo do estudo em causa estes limites podem mudar, por exemplo no caso do
estudo do mercado de trabalho os limites dizem respeito a idades iguais ou superiores
a 50 anos ou 55 anos (Cabral, 2012). A idade funcional, por outro lado, baseia-se no
desempenho do individuo no trabalho, reconhecendo que as diferentes idades
proporcionam habilidades individuais distintas, ou seja, com o aumento da idade
cronológica, os indivíduos, como anteriormente visto, passam por mudanças físicas e
psicológicas que, necessariamente irão ser sentidas na saúde do próprio individuo e, que
afetarão as capacidade psíquicas e habilidades cognitivas e por consequência o próprio
desempenho do individuo. (Cabral, 2012). A idade psicossocial, também denominada
por idade subjetiva, refere-se à idade que o individuo sente ter, em termos de aparência
com de atos, este tipo de idade é muitas vezes referido como auto-perceção, por ser a
perceção que nós temos de nós próprios em relação a idade. Por fim a idade
organizacional, retrata o envelhecimento dos indivíduos em postos de trabalhos nas
organizações, esta refere-se á desclassificação dentro da empresa, à habilidade na
carreira ou à obsolescência (Cabral, 2012).
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Representações Sociais
O conceito de representação encontra-se muito presente no campo da filosofia,
sendo reintroduzido nas ciências humanas por Moscovici em 1961, na sua tese de
doutoramento e, foi neste estudo que se introduziu o conceito de representações
sociais. Moscovici afilia a ideia da representação no campo da sociologia aos trabalhos
de G. Simmel, a Max Weber, a Émile Durkheim, entre outros. (Borges)
A Reforma
Portugal é dos países com a idade mais alta de acesso à reforma, estando em
quarto no pódio, neste sentido a idade para se poder reformar atinge então atualmente
os 66 anos e 6 meses, mas com base nas estatísticas do Instituto Nacional de Estatística
de 2021, a nível da esperança média de vida aos 65 anos, podemos perceber que este
apresenta em media mais 19,7 anos, ou seja, espera-se que os indivíduos vivão até aos
84 ou 85 anos,(Quadro 2, Anexo), o que significa um aumento previsto da idade da
reforma para 2022, como já foi confirmado pelo governo e publicado no diário da
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Républica a 10 de Março de 2021, segundo o jornal Economia. Neste sentido a idade de
acesso à pensão de velhice irá aumentar para um mês.
Com os dados 2019, podemos ver que o índice de envelhecimento era de 16,32
% (Quadro 1, Anexo), logo é percetível que a população portuguesa se encontra
envelhecida e trabalha até muito tarde.
Como já visto anteriormente, definir uma idade concreta para “trabalhador mais
velho” não é direto nem objetivo, têm por de trás muitas outras implicações. Neste
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sentindo definimos essa idade como, os indivíduos com idades superiores a 55 anos. A
partir do Quadro 4, (Anexo), podemos perceber que existe um maior número de pessoas
não ativas no grupo etário daqueles que consideramos mais velhos, o que evidencia uma
clara diferença nesta questão de idades, ou seja, mais uma vez podemos comprovar que
os “mais velhos”, cada vez mais estão a perder lugar no mundo de trabalho.
Neste sentido podemos então perceber que, no trabalho muitas vezes são os
mais velhos, os mais discriminados, não só pela idade, mas também pelas capacidades
físicas e todas as consequências que vêm com o aumento da idade. Desta forma, leva a
que, socialmente, as pessoas comecem a olhar para estes com pena e não com respeito
e, assim acontece no trabalho também. (Vicente, 2011).
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entrar ou reentrar no mercado de trabalho, não só pela ambiguidade do método de
recrutamento das empresas como também pelo nível de exigência absurdo. (Guilherme,
2016)
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III. Modelo de análise e hipóteses
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acontece com a idade pois, a discriminação relacionada com as idades dos indivíduos no
mercado de trabalho é, efetivamente, uma forma de preconceito.
Hipótese 3 - Não foi observada qualquer relação entre o desenvolvimento social, mas
existe influência do desenvolvimento económico.
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IV. Operacionalização dos conceitos
Enunciado da
Conceito Dimensão Indicador
Pergunta
Média de idade por Em que área trabalha
Atividade económica ou já trabalhou?
setor económico
Encontra-se
Taxa de empregabilidade
atualmente
nos +60 anos
empregado?
Já alguma vez foi
Desenvolvimento vítima de algum
económico Preconceito no local de
preconceito no local
trabalho
Emprego de trabalho?
Tenciona continuar a
Taxa de possíveis trabalha quando
trabalhadores em idade atingir a idade da
de reforma reforma?
Qual o distrito onde
Área de Residência População por distrito
reside?
Desenvolvimento
Participação cívica Taxa de alfabetização Qual o seu nível de
humano
escolaridade?
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VI. Anexo
Quadro 1 - Índice de envelhecimento em 2019
N.º
Portugal PT 163,2
Continente 1 165,9
Região Autónoma dos Açores 2 97,2
Região Autónoma da Madeira 3 129,5
PT
Ano
2018 - 2020 HM 19,69 &
H x
M x
2017 - 2019 HM 19,61
H 17,70
M 21
2016 - 2018 HM 19,49
H 17,58
M 20,88
2015 - 2017 HM 19,45
H 17,55
M 20,81
2014 - 2016 HM 19,31
H 17,44
M 20,73
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Quadro 3 - População Empregada por setor económico na EU e em Portugal, entre 2008-
2019, (%)
Quadro 4 –Taxa de População ativa, por grupo etário, em Portugal, (2010-2019), (%)
Anos
35-44 45-54 55-64 65 ou
mais
2010 90,8 85,0 54,3 16,6
2011 90,8 83,6 53,6 14,5
2012 90,6 84,5 53,3 14,6
2013 90,1 84,8 54,4 13,4
2014 91,3 84,9 55,3 11,9
2015 91,6 84,9 57,0 11,6
2016 91,9 85,6 58,4 11,1
2017 92,0 86,6 61,5 11,3
2018 92,2 86,8 63,4 11,5
2019 92,4 87,7 64,4 11,7
Fonte: Institutos Nacionais de Estatística, PORDATA
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Quadro 5 – Ofertas de Emprego (média anual) disponíveis por setores económicos, em
Portugal, (2010-2020), Milhares
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VII. Bibliografia
I. Bibliografia Académica
Palmore, E. (2001). The Ageism Survey: First findings. The Gerontologist, 41, pp.
572-575.
Guilherme, P. A. (2016). Idadismo nos trabalhos mais velhos: o caso num serviço
público português [Dissertação de mestrado em Psicologia, ISCTE-IUL].Repositório Iscte.
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II. Referências da Informação Não-Académica
Artigos de Jornal
Eco, S. (2021). Idade da reforma sobe um mês. Para se reformar em 2022 terá de
trabalhar até aos 66 anos e sete meses. Retirado a 26 de abril de 2021, de
https://eco.sapo.pt/2021/03/10/idade-da-reforma-sobe-um-mes-para-se-reformar-
em-2022-tera-de-trabalhar-ate-aos-66-anos-e-sete-meses/
Jornal Económico, S. (2020, 2021). Portugal entre países europeus com idade
mais alta de acesso à reforma. Retirado a 26 de abril de 2021, de
https://eco.sapo.pt/2020/02/01/portugal-entre-paises-europeus-com-idade-mais-alta-
de-acesso-a-reforma/
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