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A SÉRIA BUSCA NO JOGO: DO LÚDICO NA MATEMÁTICA.

Ana Cristina Gomes Araujo

Resumo
A presença do tema “jogos” nos congressos e encontros tem sido cada vez maior. Os
jogos estão presentes nas propostas de ensino da Matemática. Desta forma o ensino de
matemática requer contribuições de outras áreas para avaliação dos erros cometidos em nome da
melhoria do ensino. As perspectivas de mudanças na aprendizagem seria substituir um ser
humano fácil de moldar e dirigir a partir do exterior por num ser humano que seleciona, assimila,
processa, interpreta, e confere significações e configurações aos estímulos. Para Paulo Freire
(1986), a educação é vista como elemento libertador que confere ao homem instrumentos
intelectual e, esse novo elemento incorporado ao ensino da matemática seria o jogo, tendo como
objetivo de estudo, buscar razões do uso do jogo, por sua vez o professor precisa ficar atento aos
modismos e fazer uma análise prévia das condições apresentadas. Os teóricos: Piaget, Leontiev,
Elkonin, e outros contribuíram para o aparecimento do jogo nas propostas do ensino de
matemática, para, facilitar a aprendizagem. O desenvolvimento cognitivo é a sustentação da
aprendizagem promovendo situações desafiadoras para os sujeitos em situação escolar. As
situações de jogos são consideradas como parte das atividades pedagógicas, sendo o elemento
que possibilita colocar em ação um pensamento que ruma para uma nova estrutura. O jogo deve
possibilitar um salto na compreensão dos conceitos matemáticos. Ele auxilia na produção de
conhecimentos porque está impregnado de conteúdos culturais e aplicação de conhecimentos
adquiridos socialmente. Dessa forma o jogo, no ensino da Matemática, passa a ter o caráter de
material de ensino quando promotor de aprendizagem com a finalidade de desenvolver habilidades
de resolução de problemas, estabelecendo planos de ação, executando jogadas, segundo este
plano e avaliando sua eficácia nos resultados obtidos. O jogo como atividade: o sério e o lúdico se
encontram na Matemática Na prática do jogo temos que nos perguntar se ele está sendo
empregado com bases teóricas que garantam um ensino com maior embasamento científico,
tornando-o mais lúdico e propiciando o tratamento dos aspectos afetivos que caracterizam o ensino
e a aprendizagem como uma atividade. O jogo pode ser considerado como possibilidade de
explorar um determinado conceito, colocando-o para o aluno de forma lúdica. Possibilitar o aluno
executar ações que sejam realizadas com base em um motivo explícito e estiverem de acordo com
um objetivo. Em materiais concretos como o geoplano, material dourado, réguas de cuisenaire,
blocos lógicos, ábacos, cartas de prega, sólidos geométricos, quadros de frações equivalentes,
jogos de encaixe, quebra-cabeças. Para Kishimoto, o jogo como atividade: o sério e o lúdico se
encontram na Matemática e o professor se encarrega de organizar situações de ensino, elaborar
ações a serem executadas como métodos adequados. Para isso ele deve considerar os objetivos,
as capacidades do aluno, os elementos culturais, os instrumentos (materiais e psicológicos)
capazes de colocar o pensamento da criança em ação. Neste quadro de considerações, o material
de ensino integra-se em três pontos: o aluno que aprende o objeto de conhecimento que constitui o
conteúdo da aprendizagem. O professor que favorece a aprendizagem.

Palavras chave: jogos, ensino da matemática, aprendizagem.

MOURA, M. O. A séria busca no jogo: do lúdico na matemática. Revista da Sociedade Brasileira


de Educação Matemática (SBEN). Ano II n. 3, p. 17-24, 2º semestre de 1994.

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