Você está na página 1de 12

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

OTACÍLIO COSTA
INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

REJANE FÁTIMA SPITZA

INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho apresentado a disciplina Prática


Profissional, do Centro Universitário FAVENI, no
Curso de Educação Especial, como pré-requisito
para aprovação.

OTACILIO COSTA
2023
ORIENTAÇÕES DE PROJETO DE INTERVENÇÃO

1. TÍTULO
Inclusão na Educação Infantil.

2. APRESENTAÇÃO
Este projeto tem por objetivo abordar a inclusão na Educação Infantil, tendo
em vista que a chegada de uma criança especial em uma sala de aula é algo
bastante desafiador, pois, traz transformações e adaptações à escola que o
recebe e depende de como a escola encara a situação, depende da atitude
dos professores e de todos os envolvidos no processo de educação que
essa criança está inserida.

[...] a educação infantil, proposta nos espaços da creche e pré-escola,


possibilitará que a criança com deficiência experimente aquilo que
outros bebês e crianças da mesma idade estão vivenciando:
brincadeiras corporais, sensoriais, músicas, estórias, cores, formas,
tempo e espaço e afeto. Buscando construir bases e alicerces para o
aprendizado, a criança pequena com deficiência também necessita
experimentar, movimentar-se e deslocar-se (mesmo do seu jeito
diferente); necessita tocar, perceber e comparar; entrar, sair, compor
e desfazer; necessita significar o que percebe com os sentidos, como
qualquer outra criança de sua idade. (BERSCH; MACHADO, 2007,
p.19)

A Educação Infantil deve estar voltada para os princípios da inclusão,


garantindo à criança, desde o início de sua escolarização, as condições
básicas para seu ingresso e percurso na educação.
No Brasil, no final dos anos 80, a Constituição Federal (1988) previa, no
Capítulo III, Seção I, Artigo 206, inciso I – “Igualdade de condições para o
acesso e permanência na escola”. Já no Artigo 208 apontava, no inciso III –
“Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente, na Rede Regular de Ensino”.
Sabemos da importância do ambiente escolar principalmente quando o
inserido é uma criança especial, então como acontece à inclusão na
educação infantil através das atividades da rotina diária?
Para Veiga (2008), ao ingressar em outro ambiente provedor de cuidados e
educação, agora destinados a um grupo maior de crianças, seja creche, seja
pré-escola ou centro de Educação Infantil, a criança deficiente pode sentir-se
insegura ou abandonada. Pode precisar de um tempo para perceber que
sua educação e cuidados estão sendo agora compartilhados com pessoas
estranhas ao seu convívio, mas com as quais ela poderá estabelecer laços
afetivos seguros e confiáveis. Deve considerar as especificidades dessa
criança na comunicação, na locomoção, na realização das atividades de
higiene e alimentação, no estabelecimento dos relacionamentos sociais e no
aprendizado.
A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as
pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria,
equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a
equiparação de oportunidades para todos. ( SASSAKI,1997, p. 40)

Por isso a educação deve assumir a função social, cultural e política,


garantindo e promovendo a oportunidade de convívio com a diversidade e
singularidade de todos na comunidade de forma aberta, flexível e
acolhedora.

3. OBJETIVOS

O Objetivo geral
Analisar como acontece a inclusão no Centro de Educação Infantil Valdecir
José Carvalho, através de pesquisa com os professores deste educandário.

Os objetivos específicos
 Buscar literaturas que possibilitem entender melhor a inclusão em sala
de aula.
 Pesquisar como acontecem os momentos de interação na sala de aula,
através de pesquisa com as professoras de sala de aula.
 Saber como é a visão dos professores sobre a inclusão na educação
infantil.
4. METODOLOGIA
A presente pesquisa segue à técnica de pesquisa bibliográfica, com a
observação direta da pesquisadora, e questionário para as professoras que
trabalham direto com as turmas que tem crianças especiais e tem como
referência uma abordagem quantitativa, que aqui assume como exploratória,
por obter informações mediante resultados práticos, obtidos em observação
e análise de questionário com o grupo de professores participantes que são
no total de sua.
O questionário a ser aplicado tem as seguintes perguntas
1- Quanto tempo você tem de experiência na educação?
2- Qual sua formação?
3- Você participa de formação continuada?
4- Como se encontra a estrutura física da escola onde você trabalha, está
adaptada para receber crianças especiais? 
5- Qual a participação dos pais, alunos e comunidade nos assuntos da
escola?
6- O que você entende por inclusão? 
7- Questão sobre como acontece a inclusão, na escola em que você
trabalha?  
A pesquisa será realizada no Centro de Educação infantil Valdecir José
Carvalho, com as professoras das turmas de Pré I e Pré II, na cidade de
Otacílio Costa.

5. CRONOGRAMA
O que fazer? Quando Fazer? Responsáveis:
Datas:
Elaboração do projeto 01/02/2023 a Rejane Fátima Spitza
28/02/2023
Visita ao CEI Valdecir para 01/03/2023 Rejane Fátima Spitza
conhecer melhor a
realidade a ser estudada.
Conhecer as salas de pré I 02/03/2023 Rejane Fátima Spitza
e os professores.
Explicação e entrega do 03/03/2023 Rejane Fátima Spitza
questionário aos
professores
Coleta e Análise dos Dados 10/03/2023 Rejane Fátima Spitza
Término do projeto 20/03/2023 Rejane Fátima Spitza

6. RECURSOS NECESSÁRIOS
Os recursos necessários serão:
 Recursos financeiros: Impressão de materiais para o estudo: R$50.00;
Deslocamento da pesquisadora ao CEI: R$ 30.00
 Recursos humanos: Professores do CEI Valdecir.
Recursos materiais: Livros, artigos na internet.

7. RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se com este estudo contribuir para a inclusão no CEI Valdecir, pois
é um tema que se vem a nos tendo ganhar espaço dentro das salas de aula,
pois incluir é comprometer-se com a disseminação de novos paradigmas em
relação à inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais e
de todo e qualquer cidadão no ensino regular, gratuito e de qualidade.
Entendemos que só através da democratização da informação e da
desconstrução de preconceitos relativos à educação inclusiva
conseguiremos contribuir de forma eficaz para a importância de se repensar
a educação como direito de todo cidadão brasileiro.

8. REFERÊNCIAS
BERSCH, R.; MACHADO, R. Conhecendo o aluno com deficiência física. In:
SCHIRMER, C. R.; BROWNING, N.; BERSCH, R.; MACHADO, R.
Atendimento educacional especializado: Deficiência física.
SEESP/SEED/MEC. Brasília, 2007. p.15-24.

BRASIL, Constituição 1988. Constituição: República Federativa do Brasil


Brasília. 1988.

SASSAKI, R. K. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. Rio de


Janeiro: WVA, 1997.

VEIGA, M.M. A Inclusão de criança deficientes na educação infantil. Revista


Paidéia.2008
RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

Para elaborar o estudo teve-se a análise bibliográfica e documental onde se


buscou em livros, artigos, periódicos e internet, e com a pesquisa de campo
onde conta-se com a participação ativa dos sujeitos que integram a realidade
pesquisada.  
O projeto foi desenvolvido no CEI Valdecir, onde no 01/03 me apresentei na
escola pedindo autorização e conversando com a diretora.
Fui bem recebida por todos da escola, ficando a vontade para realizar o estudo,
fui apresentada as professoras de pré escolar, onde expliquei a forma que iria
conduzir a pesquisa com elas através do questionário, elas foram atenciosas e
receptivas.
No dia 02/03, depois de ser autorizada pela diretora conheci melhor a escola e
conversei com as professoras as quais se demonstraram interessadas em
responder o questionário para saber mais delas perante o processo de inclusão
neste Centro de Educação Infantil. 
No dia 10/ 03 voltai na escola para recolher os questionários respondidos e
agradecer a participação das professoras.
 Assim dentro das questões elaboradas e entregas aos professores, a primeira
e segunda questão foi referente ao tempo de atuação na área da Educação e
se possui formação pedagógica na área da educação infantil e na educação
especial, sendo que as duas trabalham com crianças especiais. 
 O Professor A: possui 18 de experiência em educação, sendo a maioria em
sala de aula e formação em pedagogia e duas pós-graduações uma em gestão
escolas e em outra em educação especial.  
 O Professor B: possui 10 anos de experiência em educação, sendo a maioria
em sala de aula e a formação é em magistério e pedagogia. 
 Para que o professor seja um agente que promova a inclusão dentro e fora da
escola, é necessário que este profissional tenha um forte embasamento
teórico. E isto deve acontecer desde a sua formação inicial, se tornando assim
um processo contínuo. 
Na terceira questão sobre a formação o Professor A e B disseram que a rede
municipal investe em capacitação no município tendo encontros mensais para
aperfeiçoamento com a Coordenadora de Educação especial, esses encontros
são realizados por temas e geram horas de curso. 
Dessa forma, se houver um programa de formação de professores para a
educação especial, o professor poderá levar suas dúvidas, angústias e
inseguranças para serem discutidas com o formador e com os seus pares. Ao
voltar para sua sala de aula com novas propostas e atitudes, poderá testá-las
imediatamente e verificar os resultados, refletir sobre eles. 
 
O assessoramento ao professor de classes inclusivas é uma condição
indispensável ao sucesso do trabalho, sendo necessário valer o que
as Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica
prevêem, desde a sua formação de base até o acompanhamento do
seu cotidiano. (Paulino, 2006, p. 42). 
 
Na quarta questão como se encontra a estrutura física da escola onde você
trabalha, está adaptada para receber crianças especiais? 
Professor A: os recursos são mínimos para manutenção somente e o
essencial, não recebemos reformas e manutenção há mais de 10 anos. 
 Professor B: a estrutura física recebeu manutenção há 10 anos, precisando de
alguns reparos. 
Segundo Moran (2000), existem duas razões para se estudar a infraestrutura
da escola, a primeira trata das condições físicas de trabalho, diz respeito aos
meios disponíveis para um trabalho mais confortável, menos desgastante, mais
prazeroso, mais produtivo e saudável para o trabalhador. A segunda razão é a
de que estamos falando de educação, um trabalho de importância inegável,
afinal melhor infra estrutura está relacionado com melhor qualidade do ensino. 
 Na quinta pergunta qual a participação dos pais, alunos e comunidade nos
assuntos da escola? 
 Professor A: a escola está inserida numa comunidade de grande
vulnerabilidade social, porém muitos participam e representam as famílias nas
várias atividades entre escola e família. 
 Professor B: a comunidade, pais e alunos são bem participativos e sempre que
solicitando comparecem a escola contribuindo para a aprendizagem dos
alunos.
Na sexta questão o que você entende por inclusão? 
Professor A: a inclusão é um processor que necessita estar sendo sempre
trabalhado na escola com o objetivo de garantir o direito de todos a o acesso
ao conhecimento e aprendizagem 
 Professor B: a inclusão se dá em todos os momentos que acontece a
interação entres as crianças e o professor precisar ser o mediador deste
processor contribuindo para que as crianças criem laços afetivos na educação
infantil. 
Para Perrenoud (1999, p. 2) quase que a totalidade das ações humanas exige
algum tipo de conhecimento, às vezes superficial, outras vezes aprofundado,
oriundo da experiência pessoal, do senso comum, da cultura partilhada em um
círculo de especialistas ou da pesquisa tecnológica ou científica.  
Quanto mais complexas, abstratas, mediatizadas por tecnologias, apoiadas e
modelos sistêmicos da realidade forem consideradas as ações, mais
conhecimentos aprofundados, avançados, organizados e confiáveis, elas
exigem.  
Na última questão sobre como acontece a inclusão, na escola em que você
trabalha?  
Professor A: na escola não acontecem muitos momentos que favoreçam a
inclusão dos alunos, são atividades por salas onde cada professor é quem
trabalha a inclusão a escola em si, não oferece ações inclusivas para as
crianças. 
Professor B: a inclusão acontece mais dentro da sala através das atividades e
brincadeiras com a turma.  
Como nos diz o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (Brasil,
1998, p. 36): “O principal desafio da Escola Inclusiva é desenvolver uma
Pedagogia centrada na criança, capaz de educar a todas, sem discriminação,
respeitando suas diferenças” Tendo em vista o que fora refletido anteriormente,
a inclusão propriamente dita não se resume na tentativa de inserir o aluno
numa classe regular de ensino. Isso não é educação inclusiva. Nesse caso, o
aluno está integrado, porém não incluído. Faz-se necessário não apenas
coloca-lo numa sala de aula, sem o devido apoio de profissionais auxiliares,
mas proporcionar-lhe meios que possibilitem seu pleno desenvolvimento junto
aos outros colegas. 
O Processo de inclusão será possível através de uma avaliação constante de
nossas práticas, onde a ação transformadora é decisiva no processo de uma
cultura inclusiva. É essa prática inclusiva que pretende levar as crianças à
“autonomia” e os professores a busca pelo conhecimento e constante e
aperfeiçoamento.  
 Para que realmente aconteça a inclusão, é muito importante uma boa
formação para os professores possibilitando assim a compreensão de
enfoques curriculares, metodológicos e estratégias pedagógicas que
possibilitem a construção coletiva do conhecimento. 
 O conceito de Escola inclusiva deveria enquadrar-se nesta perspectiva de
escola aberta a todos, sendo fator de inclusão dos alunos, e de professores
que devem possuir competência que ultrapassam o mero domínio dos
conhecimentos da sua área de saber a transmitir aos alunos. 
Através desta pesquisa fiquei mais próxima da realidade das salas de aula
hoje, onde aprendi bastante sobre o tem inclusão.
CARTA DE APRESENTAÇÃO

Otacílio Costa, 01 de março de 2023.

Ilmo. (a) Sr. (a) Diretor (a)


______ _______________________________

Servimo-nos desta para apresentar o (a) Sr (a). Rejane Fátima Sptiza, aluno (a)
do (a) Curso de Educação Especial.

Solicitamos a colaboração de V.Sa. no sentido de que seja autorizada a


realização das Atividades Práticas nesta Instituição, em cumprimento das
exigências curriculares, facilitando-lhe a oportunidade de vivenciar a realidade
educacional, condição imprescindível para futura atuação profissional.

Sem mais para o momento,


DECLARAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO

Declaramos para devido fins que Rejane Fátima Sptiza, inscrito (a) no CPF nº
008234840 50, portador (a) do RG nº 7757192, realizou a Prática Pedagógica
nos dia (s) 01/03 à 20/03 no mês de março de 2023 na
instituição_________________________________________________, CNPJ
ou Número da portaria____________________________________.

_______________________________________________________________
Assinatura por extenso do (a) responsável da instituição.

Carimbo do responsável Carimbo oficial da instituição


(Diretor (a), Vice-diretor (a) ou Coordenador)

Você também pode gostar