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GRANDE LOJA

DO

RIO DE JANEIRO

Ritual do Gráu de
Mestre - Maçom
( GR.-. 3 )

B R A S I L
RIO DE JANEIRO
D. F.
— 1942 —
GRANDE LOJA
D O

RIO DE JANEIRO

Ritual do Gráu de
Mestre - Maçom
( GR 3 )

B R A S I L
RIO DE JANEIRO
D. F.
— 1942 —
Grande l o j a do Rio de Janeiro
N» l i

Este exemplar, cuja autenticidf.de gorgnto, fica entregue


à Loj '- Simb ao
Or '- de , da obediência desta
Grande Loja, aos d..4..#.....dias de
de 1 9 r á u & ^ v - -).

'aneiro

Grande Secretario

u presente"exemplar é destinado ao uso pessoríl do Ir'-

...» de na LojSimb'-

ao Or '- de

da Jurisdição da Grande Loja do Rio de Janeiro.

Venerável M«*tr«

Orador
(Timbre da Loja)

Secretário

Selado e timbrado por mim Chanceler


Ritual do Gtàu 3.°
PRELIMINARES

Votado o Aprendiz ao Trabalho material do desbastar da Pedra Bruta-

PeÍa Í r ° ? m P a n h e Í r 0 a ° t r a b a l h ° i n m e c t u a l > P - a a realização da


Pedra Cubica, cabe ao Mestre o trabalho espiritual, expresso claramente
na missão que lhe compete de espalhar a Luz e reunir o que 'está esparso'
Consagrado a firmeza de carater, à Moral que não transige com o dever'
o Grau d e Mestre-Maçom faz do iniciado um ser que se sobrepõe a si m e s '
mo, que se liberta das baixas contigências gregárias p a r a viver nos outros
isto e, espalhar a luz e fazer da Fraternidade humana a mais forte, a mais
pura e tangível realidade.
Morrendo para os vícios, erros e paixões, liberto que está da influên-
cia das ilusões, o Mestre renasce, no estado de inocência, no Amor que
fortalece, „ a Verdade, que dignifica, e na Virtude, que sublimiza, park no
cumprimento do dever, sacrificar-se pela Humanidade. Este, o programa
real da Maçonaria Simbólica, que o Mestre deve realizar para com seus U r '
encontrar a Palavra Perdida, que opera o Milagre da Resurreição.

DA LOJA D E QVÍESTRES.

A Loja de Mestres chama-se - Camara do Meio. - Suas paredes são


completamente pretas, semeadas de espaço a espaço, d * lágrimas prateadas
agrupadas em 3,5 e 7, e de tíbias cruzadas, encimadas por uma caveira '
A Loja, nao recebendo luz do exterior, é, somente, iluminada por nove
velas de cera amarela: três no Trono do V e n / . Mestre; três em cada um dos
dos Altares dos Vigilantes; todas elas formam, entre si, um triângulo equi
latero. Uma lâmpada fosca de luz ténue, penderá do centro do teto da
Loja, por sôbre o esquife.
No Altar dos Juramentos, o Livro da Lei, sôbre o qual descançarão
• Compasso e o Esquadro, este com os ramos por sob as pernas daquele.
No centro d o Templo, um esquife coberto com pano preto e, por sôbre
este, um ramo de acácia.
Os panos e as cortinas dos Altares são, também, pretos, com lágrimas
e orlas prateadas.

No mais, a Loja mantém a mesma disposição da de Aprendiz, send«


«ue, apenas, o s malhetes trarão um laço de crepe no cabo.
DOS TÍTULOS

Em Loja de Mestres-Macous, o Ven.". Mestre tem o título de Respei-


tabilissimo Mestre; os Vigilantes "o de Venarabilissimo Ir.-, e os outros
Mestres o de Venerável Ir.'..

INDUMENTÁRIA

Todos os Mestres deverão estar vestidos de preto, cobertos com chapéu


de feltro preto de abas largas e moles, caldas sobre os olhos; luvas bran-
cas, Avental, iFita e espada à cinta.
Em rigor, o traje dos Mestres deveria ser um balandrau preto c o m -
prido. sendo que o Ven.'. Mestre se revestiria de um manto de veludo preto.
O AVENTAL c de pele branca, quadrangular, de 35/40 centímetros,
com abêta triangular. E' orlado de fita, de cinco centímetros de largura,
e franjas douradas, tendo três rosetas da-tôr da orla: duas, no corpo, e uma.
na abêta.
Os Aventais dos Oficiais, que serão de propriedade da Loja, trarão,
em-vez-das roseta,s, os distintivos dos respectivos cargos.
A FITA é de seda chamalotada azul celeste, de 12 centímetros de
largura orlada de vermelho, tendo pendente da extremidade a Jóia, que é
um Esquadro sobposto a um Compasso, aberto em 45ü. E' usada a tiracolo,
da direita para a esquerda.
Os Oficiais usarão a mais um Colar de fita, terminando em ponta,
sobre o peito, e da qual pende a jóia do cargo. Todas as jóias serão de
prata, ou prateadas.

PREPARAÇÃO DO CANDIDATO

O candidato estará com o braço e o pé esquerdos nús. Na mão direita,


um Esquadro e, em torno da cintura, uma corda branca dando três voltas.
Trará o Avental de Ofompanheiro-Maçom.
Depois de. assim, preparado, o Exp-.'. lêr-lhe-á, para excitar-lhe a
imaginação:
"Meu Ir.'.,
Ao seizes recebiãd) Maçom, fostes encerrado em uma Câmara, onde o
símbolo da Morte se vos manifestou, por formas várias, como que a vos dizer
que era morrendo para os vidos. preconceitos e obscurantismo, que pode-
ríeis alcançar a iniciação maçónica.
Hoje, vosso trabalho acurado, vosso; zelo pela Ordem e o devotamento
que mostrastes por vossos Ur.'., permitem-nos que vos admitamos a parti-
cipar de mistérios mais profundos e que vos iniciemos no grau de Mestrü,
talvez, entre todos, o que representa, com, mais propriedade e mais perfei-
ção, os antigos Mistérios do Egito.
Outrora, o iniciado nos Mistérios ãe Osiris aprendia que, além cia exis-
tência das forças misteriosas que vos foram reveladas no grau ãe Compa-
nheiro, havia a possibilidade, para o homem, cie viver uma vida diferente
da vida física.
Ensinavü-se-lhe que a entrada e a saída da existência são guardadas pelo
terrível mistério da morte; para exprimir, simbolicamente, esse mistério, o
iniciado era envolvido em faixas e colocado em um ataúde, onde ouvia cân-
ticos fúnebres, que se elevavam em sua honra: depois dessa cerimônia
triste e majestosa, o iniciarão renascia, Uma nova Luz era-lhe, então, reve-
lada e seu cérebro, fortalecido pela vitória sobre os terrores da morte,
abria-se à compreensão ãe idéias mais elevadas e devotamentos mais puros
e mais fraternais.
Hoje, graças à dedicação dos Ilr.'. que nos precederem, as ciências pro.
fanas transformaram a vicia social. O domínio das forcas morais sobre as
físicas saiu das antigas universidades, dos templos fechados para: entrar
nos laboratórios e, como o pelicano que dá seu sangue para alimentar sua
progénie, o sábio contemporâneo, o verdadeiro vidente na Humanidade,
ainda cega, dispensa aos profanos sua ciência c sua dedicação.
A. tradição dos símbolos é, também, uma ciência viva. Ela permite
àquele que a possue adaptar seus conhecimentos às necessidades ãe seusi
irmãos, soerguer uma sociedade que naufraga, amparar e reanimar um co-
ração sem coragem, e projetar a luz até onde as próprias trevas parecem
ter seu domínio absoluto.
Em tempos idos. narrava-se ao iniciado a história cie Osíris, seu es-
quartejamento, sua reconstituição por Isis, e as danças simbólicas cios ini-
ciadores revelavam os mistério# que a palavra era incapaz de traduzir.
Cacia centro de ensinamento possuía uma história simbólica, lenda frí-
vola, na aparência, mas profunda de analogias, que sei ria üp. base al toda
concepção dos Mistérios.
A Maçonaria, herdeira direta ãessas antigas fraternidades iniciáticas, não
falta, também, sua história simbólica. Vamos narrar-vos. meu Ir.', a lenda
de Hiram e, se a não fizessemos preceder das considerações que, aqui) vos
faço, essa lenda pareceria um conto banal ãe cousas antigas e pouco inte-
ressantes, e vossa atenção não seria despertada e incitada a quebrar as
cascas da lenda, para descobrirdes, em seu âmago, a> semente nutritiva e li-
bertadora ãe vossa intelectualidade.
A Lenda ãe Hiram contem a chave das maiores adaptações simbólicas
que a Ordem Maçónica possa preencher. Sob o ponto de vista social, é a
adaptação da inteligência aos diversos gêneros de trabalho; a, divisão das
forças sociais, concorrendo para a harmonia do todo, e o lugar ciado ao
Mestre, por seu saber, em seu completo desenvolvimento. Sob o ponto cl&
vista moral, ensina a lei terrível qu,e faz com que aquele que auxiliastes
e instruístes se revolte contra vós e procure matar-vos, segundo a fórmula
da BESTA HUMANA: "O INICIADO MATARÁ O INICIADOR'.
8
Praticamente, enfim, é a certeza de que todo sacrifício é a chave <te
uma satisfação futura; o ramo cie acácia que guiará os irmãos ao túmulo
daquele que se sacrificou por êles, dando uma lição, eternamente viva, para
o cérebro que a compreende e, além de tudo, (• um ensinamento que poderá
ser transmitido à Humanidade, qualquer que seja a evolução da sociedade
profana.
Que nossos antigos lit.', ão século XVII tenham visto, nessa Lenda,
uma representação mitológica da marcha do Sol; que outros tenham des-
coberto nela adaptações filosóficas, isso nada importa, pois toda a história
verdadeiramente simliólica é a CHAVE UNIVERSAL ãe todas as mani-
festações físicas, morais e espirituais.
Agora, meu Ir.'., compreendereis a razão de ser dos Mistérios, de que
Mes pwrticipar, e sabereis porque a Maçonaria deve respeitar a tradiçãd)
c os símbolos, que foram confiados ao.9 Mestres Iniciadores."
Abertura dos Trabalhos
(Terminada a entrada regular, estando todos de
pé, sem estarem à ordem, o M.\ de CC . verifica
se todos os lugares estão preenchidos e comunica
ao Ven.'. Mestre).

VEN.\ — (!) — Em Loja meus Ilr.'. (Todos ficam à ordem) — Sen-


temo-nos.
Venerab.'. Ir.". I o Vig."., qual c vosso primeiro dever em Loja
de Mestres?
I o VIG.'. — Vêr se o Templo está coberto.
VEN.'. — Certificai-vos disso, Venerab.'. Ir.'.
I o VIG '. — Ven.'. Ir.'. G.'. do Templo, cumpri vosso dever.

(O G. . do T.'., de espada desembainhada, entrea-


bre a porta do T. ., verifica se o Cobr.'. está a pos-
tos, fecha a porta e nela dá a bateria de grau com
o punho da espada, sendo correspondido, do lado
de fora, pelo Cobr.'.).

G . . DO T.'. — (depois da verificação). _ Venerab.'. Ir.'. I o Vig.".


estamos a coberto das indiscrições profanas" e, assim, podemos
trabalhar com toda segurança.
VEN.'. — Qual o vosso segundo dever, Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'.?
1° VIG.'. — Verificar se todos os presentes são MM.'. MM.'..
VEN.'. — Fazei a verificação.
I o VIG.'. — (!) — De pé e à ordem, VVen.'. Ur.'.

(Todos ficam de pé e íi ordem, voltados para o Or.".,


de forma que não vejam o que se passa no Oc.".
Os VVig.'., percorrendo as respectivas CCoL'., pro-
cedem à verificação e, em caso de necessidade, a
farão pelo trolhamento completo. Terminada a
verificação, os VVig '. voltam para seus lugares).

20 VIG-'. — (!T — Venerab.'. Ir.'. I o Vig/., todos os W e n . " , nr.".


de minha Col.'. são Mestres Maçons.

'1
— 10 —-

I o VIG. . — Respeitab.'. Mestre, todos os W e n . ' . Ur.', de ambas as


CCol.\ são Mestres Maçons.
VEN.'. — Também o são os do Or.". (!) — Sentemo-nos, W e n . ' .
Ilr.'.
(!) — Ven.'. Ir.". 2 o Diác.'., qual é vosso lugar em Loja? ,
2 DI AC.". — (levantando-se e à ordem) À direita do Venerab.'.
o

Ir.'. I o Vig.'., para transmitir suas o,rdens ao Venerab.'. Ir.'. 2 o


Vig.'. e vêr se todos os W e n . ' . Ilr.'. conservam-se nas CCol.*.,
com o devido respeito, ordem e disciplina.
VEN.'. — Onde tem assento o Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'.?
2 o DIÁC-'. — À vossa direita e abaixo do sólio. (Saúda e senta).
VEN.'. — Para que ocupais esse lugar, Ven.'. Ir.'. I o Diác.'.?
I o DIÃC.'. — (levantando-se e à ordem) Para transmitir vossas
ordens ao Venerab.'. Ir.'. I o Vig?. e a todos os VVen.'. Ilr.*.,
a-fim-de que os trabalhos se executem com presteza, regulari-
dade e perfeição.
VEN.'. — Onde tem assento o Venerab.'. Ir.'. 2 o Vig. .?
I o DIÁC.'. — No Sul, Respeitab .'. Mestre. (Saúda e senta-se).
VEN.'. — Para que ocupais êsse lugar, Venerab.'. Ir.'. 2 o Vig.'.?
2 o VIG.'. — Para melhor observar 0 Sol em seu meridiano, chamar
os Obreiros para o trabalho e manda-los à recreaçãci, a-fim-de
que a construção se faça com ordem e exatidão.
VEN,'. — Onde tem assento a Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'.?
2 o VIG-'. — No Ocidente, Respeitab.'. Mestre.
VEN.'. — Para que ocupais êsse lugar, Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'.?
I o VIG.'. — Assim como o Sói se oculta no Ocidente, para terminar
o dia, assim, também, aqui tenho assento, para fechar a Loja,
pagar os Obreiros e despedi-lo® contentes e satisfeitos.
VEN.'. — Onde é o lugar do Respeitab.'. Mestre?
I o VIG.'. — No Oriente.
VEN.'. — Para que?
I o VIG.'. — Assim como o Sói nasce no Oriente, para começar sua
carreira e iniciar o dia, iluminando-o com seus raios, assim, t a m -
bém, ai tem assento o Respeitab.'. Mestre, para abrir a Loja,
dirigí-la em seus trabalhos e esclarece-la com as luzes de sua
sabedoria maçónica.
VEN.'. — Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'., para que nos reunimos aqui?
I o VIG.'. — Para procurarmos a Palavra Perdida, Respeitab.'. Mes-
tre. . *
VEN.'. — E a que horas começam os MM.'. MM.", os seus trabalhos?
I o VIG.'. — Ao meio-dia, Respeitab.'. Mestre.
VEN.'. — Que horas são, Venerab.'. Ir.'. 2 o Vig.'.?
2 o VIG.". — Meio-dia, Respeitab.'. Mestre.
VEN .'. — ü ! — !! i _ i n
— 11 —
(Todos ficam de pé e à ordem. O I o Diác.'. sobe
os degraus do Trono, saúda o Ven."., que, desco-
brindo-se, dá-lhe, regularmente, a P.\ S.\ come-
çando pelo ouvido esquerdo. O I o Diác.'., depois
de saudar o Ven."., vai levar a p..". S-'. ao 1° Vig.'.,
que, com as mesmas formalidades, a envia, por in-
termédio do 2o Diác.'., ao 2° Vig.\),

S» VIG — (depois de recebida a P.\ S.\) — (!) — Tudo está justo


e perfeito em minha Gol.'., Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'.
1° VIG.'. __ ( ! ) — Tudo está justo e perfeito em ambas as CCol.'.,
Respeitab.'. Mestre.

(Neste momento, o Ex-Ven. . mais moderno ou, em


sua ausência, o I o Diác.'., vai, acompanhado peío M.\
de CC.\ e pelas LDiác.'., postar-se ante o Altar dos
Juramentos, todos voltados para o Or.'. Os
DDiáe cruzam os bastões à altura da cabeça, por
sôbre o Altar. O Ex-Ven.'. (ou o I o Exp.'.) saúda
o Ven.'., abre o Livro da Lei no ponto apropriado
e, depois, de lêr os versículos, sobrepõe-lhe o E.\
e o C.'., aquele com os ramos voltados para o Or.',
e êste com as pernas voltadas para o Oc.'. e por
sôbre os ramos do E.'.).

VEN.'. — (Descobrindo-se, no que é imitado por todos) — Em nome


do G.'. A.'. D.'. U. . e em honra de S . João, nosso Padroeiro e
sob os auspícios da Sereniss.'. Gr. - . Loj.', do Rio de Janeiro
e em virtud'e dos poderes que me foram conferidos, declaro aberta
esta Loja e seus trabalhos em plena força e vigor. Que tudo,
neste Augusto Templo, seja tratado com interesse e ao influxo
dos sãos princípios da Moral e da Razão.

(O I o Vig.'. levanta a Col.'. de seu Altar e o 2 o


Vig.'. abaixa a do seu. Todos cobrem-se).

VEN.'. — A mim, VVen.'. Ilr.'., pelo Sinal, pela Bateria e pela


Aclamação.
TODOS — (depois de executada a Bateria) — Huzzé! Huzzé! Huzzét
VEN.'. — Sentemo-nos, VVen.'. I l r / .

(Os que se acham junto ao, Altar dos Juramentos


saúdam o Ven.'. e voltam para seus lugares. De
passagem, o I o Diác.'. abre o Painel da Loja d e
Mestres).

I
— 12 —-

V E N . ' . — Ven.'. Ir.'. Secr.'., dai-nos conta da Ata de nossos últimos


trabalhos. (!) — Atenção, W e n . ' . Ilr.'.

(O Secr.'. procede a leitura da Ata, finda a qual:)

VEN/. — W e n . ' . Ur.', se tendes alguma observação a fazer sôbre a


Ata Que acaba de ser lida, a palavra vos será concedida.
I
i
(Se houver alguma observação, está será submetida,
conjuntamente com a Ata, à aprovação da Loja.
Reinando silêncio, anunciado pelos VVig".'.:)

VEN.'. — Os VVen '• Ilr '. que aprovam a Ata (em caso de observa-
ção, acrescenta: com a observação do Ven.". Ir. . F. . . ) quei-
ram fazer o sinal.

(Depois de aprovada a Ata, o M.'. de CC. . a leva


à assinatura do Ven.'. e do Orador, restituindo-a,
em seguida, ao Secr.'. que, também, a assinará . O
Secr.'. lerá o Expediente a que o Ven.'. dará, sem
submeter.à discussão, o devido destino. .Havendo
Decreto do Gr.\ Mestre, êste será lido pelo Ora-
dor, estando todos de pé e à ordem. Findo o Ex-
pediente, o Ven.'. faz anunciar que o S.'. de PP.',
e II.'. vai circular, sendo sua coleta decifrada pelo
Ven."., que dará destino conveniente aos assuntos re-
colhidos. Em seguida, passa-se à Ordem do Dia,
finda a qual, circulará o Tr.\ de Solid.', e, após,
é concedida a palavra a bem geral).
iniciação
(Depois de terminado o Expediente e corridos os
escrutínios incluídos na Ordem do Dia:).

mnHif m concrari° nao surgiram, até hoje i>ara


Z T consentimento
vosso
V T a d e l l b
,
e r a ç ã 0 ' d i z e i ~ ™ se concordais em manter
manter

(Se houver alguma objeção, esta, sem ser discutida


e i n a t a m e n t e , submetida à votação da Loja q „ è
resolvera por maioria de votos presentes. Havendo
revogaçao de consentimento, os trabalhos de e x a l
íaçao sao suspensos, comunicando-se ao candidato
que sua recepção foi adiada. Sendo mantido e
remando silencio, anunciado pelos W i g . .:)

YEN." _ ven.". Ir.'. Exp.'., ide preparar o candidato fazei lhP *


e x p o r ã o que vos compete e, depois, vinde entrega lo à en L d a
do Templo, ao Ven.'. Jr.\ MV. de CC.\ entrada

(Cumprida à ordem, o Exp . . conduto candidato


a porta do Templo, onde o Cobridor o trolha O
Exp.- volta ao Templo e o M. . de CC. indo subs-
titui-lo, bate como Comp.1.).

G - D ° T - — (desembainhando a espada) — Venerab ' Ir " 2°


c o m o <?omp.-. (batem à porta do Templo.

IO V i " 7 COm° COmP '' batem à POrta d° Templ0' Venerab '- Ir-
10 ^Jmpto ReSpeÍtab-'- Mestre' como ComP-'- batem à porta do
VEN. - . _ Mandai vêr quem assim bate.

(O G '. do Temp. ., recebida a ordem do I o Vig.\,


entreabre a porta, mantendo-a assim para que sé
ouça, do lado de fora, o que se diz no interior. De-
pois de informado:)

DO T.\ _ E' nosso Ven/. ir.". M.'. de CC\ conduzindo o


Ir. . Comp. . F . . que terminou o tempo de estudos das nossas
tradições e ciências e pede para ser exaltado ao Sublime Grau
de Mestre-Maçom.
— 1 4 —-

VEN.'. — (Cora yózforte) — Porque o Ven.\ Ir.'. M.". de CC.'. vem per,
turbar nossa dôr? Ela deveria ind zi-lo a afastar daqui qual-
quer Ir.', maxíme um Comp.'.. Meus VVen.'. Jlr.'., talvez ê.sse
Comp.'. seja urn d'c,s que causaram nossa dôr! Armemo-nos.
(Todos desembainham as espadas).
Quem sabe se .foi a vontade divina que entregou um crimi-
noso à nossa justiça?! (pausa). Ven.\ Ir.'. I o Diác.'., ide com o
Ven.'. Ir.'. Terrivel e mais três VVen.'. Ilr.'.^ todos armados,
e apoderai-vos dêsse Comp.'.; examinai-o da cabeça aos pés e,
sobretudo, vêde se as suas mãos estão puras e sem mácula. Ti-
rai-lhe o Avental e trazei-m'o, caso verifiqueis que nele não
existia vestígio algum do crime que foi praticado.

(Todos os Ilr. . voltam a ponta das espadas para


o sólo e ficam em atitude de recolhimento. O I o
Diác '-, saindo com os demais, segura o candidato
pela corda que o envolve e, ao mesmo tempo, reti-
ra-lhe o Avental. Seguro o candidato pelos ou-
tros Ilr.'., o I o Diác.'. procede ao exame ordenado,
depois do que, entrando no Templo, diz:).

I o DIAC.'. — Respeitais.Mestre, vossas ordens foram cumpridas


N?da encontrei sobre o Co"np.'. que possa torna-lo suspeito de
criminoso. Suas vestes, suas mãos estão limpas e aqui está seu
Avental pari. que verifiqueis que sua brancura não tem nenhu-
ma nódoa.
VEN.'. — VVen.'. Ilr,'., permita o G.\ A.'. D.'. U.:. que seja vã
minha suspeita e que êsse Comp,'. não seja daqueles que deve-
mos punir! E* preciso, porém, que o recebamos com todas as
precauções e procedamos às mais minuciosas pesquizas, por-
que, embora inocente, êle não deve ignorar a causa de nossa
dôr. Pelas respostas que der a nosso» interrogatório, poderemos
firmar nosso juízo. Se sois da mesma opinião, manifestai-vos.

(Todos manífestain-se, simbolicamente).


VEN.'. — Ir.'. I o Diác.'., ante o consentimento dqs VVen.'. Ilr.'., ide
perguntar ao Comp.'. quais seu nome, idade, em que tem traba-
lhado e como poude conceber a esperança de ser recebido entre
nós.
(O I o Diác.'., depois de iníormado, transmite as
respostas ao G.'. do T.\, que as passa, diretamente,
ao Ven.'.).

G.'. DO T.'. —• Diz o Comp.'. chamar-se F . . . , c o m . . . anos de


idade, que trabalhou na Pedra Cúbica, no interior do Templo,
exercitando-se nas ciências e no estudo da letra IÓD Concebeu

confirma nossas s u s p e i t ^ C o ^ a b e T ^ T r T t
certo que por meio do crime que cometeu Eis, W e n Ilr ' a
prova de sua audácia e de seu crime' '

o Comp/ Venerab ' ' 10 Vlg.-.. ide examinar cuidadosamente


.#
(O lo Vig. . depois de cumprida a ordem, volta-se
para o interior- do Templo e diz:).

10 VIG. . __ Respeitab.-. Mestre, é extrema a audácia do Comp • •


seu proceder traduz excessiva malvadez. Estou convencido c p i
ele vem espiar o que aqui se passa e iludir nossa boa fé (Depois
de exammar mais de perto a mão direita do Comp.'.) Ceus!
E ele (agarrando o Comp.". pela corda e com vóz ameaçadora,
- Fala, desgraçado! C o m o deste a P.\ de P ^ Quem t'a
comunicou? ^ m t a

C0Mmim ~ Nã ° a COnheÇ°- QU6m me acom P a n h a vô-la dará por

1« V I G . . - Respeitab/. Mestre, o Comp.'. confessa não conhecer a P •


de P. . e diz que seu condutor a dará por êla
YEN.". — Pedi-a, então, ao condutor.
10 \ ~ (depOÍS d e r e c e b i d a a p de P. . dada pelo M / . de
,nnxT • - ~ R e s p e i t a b '- Mestre^ a P.". de P.". está certa
VEN. . __ Franqueai o ingresso ao Comp.'.

(O M.\ de CGV., segurando a corda que circunda


a cintura do Comp.'., .fáJo entrar de costas).

VEN.". VVen/. Ur.'., que escoltais o Comp.', não deixeis de vi-


gia-lo. Ioe, com ele, para o Ocidente.

(Todos vão para o Oe. ., onde o M. . de CC/. en-


trega a corda ao Exp.\, depois do Comp/. ter se
voltado para o Or.'.).

VEN.-. _ Companheiro, grande é vossa temeridade e indiscrição


apresentando-vos, aqui, 110 momento em qtre, justamente, des-
confiamos de todos os Companheiros. A dôr e a consternação
que divisais em nossos semblantes, os restos mortais, encerra-
dos nêste esquife, tudo deve lembrar-vos a imagem da morte.
Se ela houvesse sido o tributo à natureza, senti-la-iamos, mas
nãq nos afligiríamos tan f o, nem nos veríamos compelidos a punir
um crime e a vingar o assassinato do extermoso amigo, que foi
nosso querido Mestre. (Pausa) — Tomastes parte nêste horri-
— l e -
vel crime? Sereis, por acaso, do número dos maus Companhei-
ros que o cometeram? Vêde sua obra!

(O M.\ de CC.\ retira o pano que cobre o esquife


e mostra ao Comp.". o corpo nele encerrado).

COMP. . —
VEN.'. — Com certeza já ouvistes falar das cerimônias antigas que
a Maçonaria guarda por tradição. Os sinais de luto e cons-
ternação, que vedes em trono, prendem-se a essas tradições, e
os instrumentos à solta traduzem a preocupação e a confusão,
que reina entre os Obreiros do Templo. Para que melhor pos-
sais compreender os motivos de nossa dôr, ides passar peta ceri-
monial de exaltação a Mestre-Maçom.
VEN.'. — Ir.'. M.'. de CC."., fazei o Companheiro praticar sua via-
gem.

(O M.\ de CC.'. toma o Companheiro pela mão


direita, parte em viagem pelo N.'., Or.', e S.'. e,
passando pelo Oc.'., continua a marcha pelo N.\,
entra no Or.'., abeirando-se, pelo lado Norte, do
Trono. Nessa viagem, o Comp.'. vai ladeado pelos
Ilr. . que o escoltam e seguido pelo Exp.'., que se-
gura a corda. O órgão executará uma marcha
lenta. Chegados ao Trono, o M.\ de CC '. manda
o Comp.'. dar leve pancada no ombro direito do
(Ven.'. Mestre, que encostando o Malhete no pei,
to do Comp.'., diz:).

VEN.'. — Que vem lá?


M.'. DE CC.'! — E' um Comp.'. que findou seu tempo de estudos e
deseja ser exaltado ao Grau de Mestre-Maçom.
VEN.'. — Que esperança o conduz para conseguir seu fim?
M.\ DE CC.'. - - Confia na P.\ de P.\
VEN.'. — Como a dará, se a não conhece?
M.'. DE CC.'. — Eu a darei por êle. (Dá a P.". de P.'.).
VEN.'. — Passe!

(O M. . de CC-'. conduz o Comp.'. para o Oc ' ) .

VEN.'. — (Depois do Comp.'. estar entre CCol.'.) _ Ven.'. Ir.'. M.\ do


C.'., fazei o Comp.'. aproximar-se do Altar dos Juramentos.

(O M. . de CC-'. faz o Comp.'. dar os PP.', de


Comp.'. e ajoelhar-se junto ao Altar dos Juramen- y

tos).
— 17 —

VEN.'.;— (!) _ De pé e à ordem> V V e n • IIr •

dos d l s T o b r L 0 ^ ' 0 ~ RePetÍ COmÍg ° VOSS° jurament0 - <T«-

PRESENOA m f 3 ™ P O R M I N H A L I V R E VONTADE E EM
I f m A o ™ * - * D '- U ' E D E S T À L O J A CONSAGRADA
M E S T M R E V E L A R SEGREDOS DO GRAU DE
P O S S ' A ^ " S S L f F A Z E R o s c u m p r i r o s DEVERES IM.
POSTOS AOS MESTRES. SE EU FÔR PERJURO, SEJA MEU
Sha^'tt A P " L/- A ° - E OUTRA AO S,-. E M I ,
NHÃS E. . A. . E R. . A C / . E ESTAS L.\ AO V / . QUE O G »
A. . D. . U. . ME AJUDE A CUMPRIR ÊSTE JURAMENTO.
TODOS — Assim seja! (Cobrem-se).
VEN.". - Sentemo-nos, V V e n / . I l r / . (Pausa) - V e n / Ir • 1° Diác '
•examinai o Neófito nos T T / . de A p r / , e C o m p / . .
1« DIÁC/. _ (Depois de cumprida a ordem) - Respeitab/. Mestre
os TT. . estão certos. (Volta para sem lugar)
VEN/. - Levantai-vos, I r / . C o m p / . (Pausa). Ides ,agora, represem
tar o maior homem do mundo maçónico, nosso Respeitabilíssimo
Mestre Hiram, assassinado quando a construção do Templo de
Saio,mão atingira seu maior grau de perfeição.

(O Ir/, que estava deitado no esquife saí. Todos


formam um círculo suficientemente largo, em tor-
no do esquife, ficando o Ven/., com o Maço, no lado
do Or/., o 1° Vig.'., com o Esquadro, no lado do
Oc . e 2 o Vig/., com a régua de 24 polegadas, no la-
do do S.\. Se houver mais de um Companheiro, so-
mente um será submetido ao cerimonial, ficando os
outros ao lado esquerdo do 2.° Vig/.).

VEN/. - David, rei de Israel, tencionava erigir um Templo ao Eterno


e, para êsse fim, acumulou imensos tesouros. Desviando-se po-
rém, do caminho da Virtude, .faltou-lhe a proteção do G.\ A / .
D v U. .. Assim, a glória da edificação coube a seu filho Salo-
mao, que, ai.tes de dar início à construção de tão suntuoso T e m -
plo, pediu a seu aliado e amigo Hiram, rei de Tiro, que lhe
enviasse o mais célebre arquiteto de seu reino. Foi enviado Hi-
ram-Abib, grande perito em arquitetura, a quem Salomão,, conhe-
, cendo-lhe as virtudes e os talentos, confiou a direção dos Obrei-
ros, cercando-o de todas as honras de que era merecedor.
C o m o os trabalhos eram imensos e os Obreiros, vindo, de v á -
rios países, não tinham o, mesmo preparo, Hiram, para perfeita
distribuição dos serviços, divid'iu~os em três classes — Aprendizes,
Companheiros e Mestres, tudo de acordo com o preparo e com-
petência de cada um. Os pontos de reunião eram: para os
— IB —

Aprendizes, a Col.", do Norte; para os Companehiros, a Col.', do


Sul e, para os Mestres, a Câmara do Meio.
Pela dedicação e pelo esforço empregado, os Qperários mais
estudiosos iam subindo de categoria e, com esta, recebiam aumen -
to de salários. Dentre os Companheiros mais hábeis e mais dig
nos, pretendia Salomão, ao término da construção., elevar a
Mestre os que, realmente, merecessem, a-fim-de que, ao volta-
rem para seu país? pudessem angariar mais facilmente a vida,
como Mestres de outras construções.
Quase ao terminar a construção do Templo, quinze Compa-
nheiros, que, ainda, não tinham completado o tempo de estudos,
desejosos de regressarem à Pátria, combinaram arrancar de Hi-
ram a P.'. de M-'., para que, muito e.nbora sem conhecimentos
precisos, pudessem frequentar a Câmara do Meio.
Conseguido que fosse êsss intento, regressariam ao pais de
origem e, aí, seriam reconhecidos e tidos como Mestre, obtendo
melhores salários.
Dos quinze Companheiros, apenas três levaram avante o pro-
jeto, pois os doge outros, logo arrependidos da combiração, falta-
ram ao encontro. Três irmãos, J.'. J.', e J.'., peneiraram no T e m -
plo e foram ocupar, respectivamente as portas do. Sul, do Oci-
dente e do Oriente, poa: uma das quais deveria sair Hiram, ao
terminar as orações, que fazia, no Santuário.
Ao sair pela porta do Sol. J."., interceptando-lhe os passos,
exige-lhe a P ' - de M.'., ao que lhe responde Hiram: "Não é
por êste meio que a podereis receber; tende paciência e completai
vosso tempo com zelo e diligência e lá chegareis. Além disso,
só a recebereis em presença dos reis de Israel e de Tiro, pois jurei
só revela-la em presença de ambos". Raivoso .com esta resposta
e desejando intimidar o Mestre, J.'. dá-lhe uma pancada com
a régua. Hiram, desviando o rosto, é atingido na garganta.

(O M. . de CC.'. leva, então, 0 Comp.'. à presença


do 2o Vig-.'., que, segurando-o pela corda, diz-lhe,
três vezes, em voa forte:)

2 o VSG — Dai-me a P.\ de Mestre!


COMP.'. — Não!

(Depois da terceira intimação, o 2 o Vig". dá, na


garganta Comp."., uma leve pancada com a Régua.
Em seguida, o Comp.'. é levado para junto do I o
Vig.'.)

VEN.'. — (Continuando) — Hiram piecipita-se para a porta do


Oc.'., a-fim-de fugir às iras de J.'., mas, a embargar-lhe os pas-
SOS, encontra J.'. que, íazendo-lhe a mesma intimação e rece-
bendo a mesma resposta, dá-lhe forte pancada no coração com
a pcnta do Esquadro, ferindo-o no peito.

(O I o Vig.'., depois de segurar o Comp. '. pela corda


e de fazer-lhe, por três vezes, a intimação "Dái-me
a P.". de M. a que o Comp.'. responderá; "Não",
dá-lhe. com o Esquadro, leve pancada no peito. Em
seguida, o Comp.'. é levado para junto do Ven'.,
de modo que fique bem próximo e de costas para o
esquife).

VEN.'. — (Continuando) — Atordoado, mas, ainda, senhor de suas


forças Hiram procura sair pela porta do Or.'., onde J.'., como
os dois outros contrariado por -vêr.inútil sua traição, dá-lhe, com
o Malho, forte pancada na cabeça, prostando-o- morto.

(O Ven.'. dá, com o Malhete, leve pancada na cabeça


do Comp '. O I o Vig '- e o 2 o Diác.'., de m lado,
e o 2o Vig. • e 2o Diác.'., do outro, amparam o
Comp.'. que, neste momento, é deitado no esquife
e coberto, pelo 2o Diác. ., copi um manto preto, de
modo que o rosto fique descoberto. Deve haver
muito cuidado para que o Comp não se machu-
que. Silêncio profundo. Deitado o Comp.'., to-
dos voltam para seus lugares e, em seguida, faz-se
ouvirf na Câmara do Meio, rumor surdo de vozes
abafadas).

VEN.'. — Venerab.'. Ir.'. 2 o Vig."., qual a causa dêsse tumulto?


20 VIG.'. - Já passou de Meio-dia e os Obreiros reclamam seus
salários. A

VEN.'. — E os trabalhos prosseguem?


2o y I G . \ — Todo trabalho está parado por estar ausente nosso
grande Mestre.
VEN ' - Ausente nosso querido Mestre, êle que é o primeiro a com-
parecer ao trabalho?! (Pausa) Fizestes a chamada, Vene-
rab.'. Ir.".* 2 o Vig-'-?
•jo v i G . ' . — Sim, Respeitab.'. Mestre, mas a ela não responderam
três Obreiros, J.'. J - - J-
VEN ' - Justamente os três maus Companheiros. Isto faz-me lem-
brar certos boatos, que correm, a seu respeito,. Por isso, estou
apreensivo, temendo que haja sucedido alguma desgraça
a nosso querido Mestre. (Pausa).
VVenerab.'. Ilr.'. I o e 2 o W i g . ' . , mandai investigar peia ci-
dade e procurai obter notícias de nosso Ir.', e Chefe. (Longa
pausa).
Tivestes noticias do Ocidente, Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'.?
1« VIG.'. — Nenhuma notícia tenho do paradeiro de nosso Mestre,
Respeitab.'. Mestre.
VEN.'. — E vós, Venerab.'. Ir. - . 2 o Vig.'., obtivestes algum indício
do Sul?
VIG.'. — Infelizmente, Respeitab.'. Mestre, nenhum indício foi
encontrado daquele a quem procuramos.
VEN — VVenerab.'. Ilr.'. W i g - ' - , dobrai o número de pesquizado-
res e enviai aos mais longíquos arrabaldes d'a. cidade. (Longa
Pausá).
Nenhuma notícia do Sul?
20 v i G . ' . — Nenhuma, Respeitab.'. Mestre.
VEN.'. — E vós, Venerab.', Ir.'. I o Vig.'., tendes alguma comunica-
ção do Ocidente?
1» v i G — Ah!, Respeitab.'. Mestre, tenho tristes e dolorosas notícias
do Ocidente! Agindo, segundo vossas instruções, meus Compa-
nheiros e eu partimos em direção a Oeste; chegados a Jopa, sou-
bemos que três indivíduos, cujos sinais correspondiam aos dos
três Companheiros 'desaparecidos, procuraram obter passagem
para a Etiópia. Cientes, porém, do fechamento daquele porto e
vendo falhado seu intento, intewiaram-se no país. Então, deci-
dimo-nos a seguí-los. Vencidos e prostrados pela canícula do
meio dia, fomos forçados a procurar um pouco de sombra à
entrada de uma grande gruta. Mal havíamos repousado, quan-
do ouvimos uma voz, que dizia: "Ai de mim! Preferia ter a
garganta cortada, a língua arrancada e meu corpo enterrado
nas arêias da práia, onde a maré faz fluxo e refluxo, do que tier
sido cúmplice do assassinato de nosso Respeitab.'. Mestre Hi-
ram-Abib".
Prestando mais atenção, ouvimos uma segunda voz que se
lamentava: — "E su, desgraçado que sou! Preferia que me
arrancassem o coração para servir de postos aos abustres a ter
sid'o cúmplice do assassinato de tão excelente Mestre".
Apurando, ainda mais, a atenção, ouvimos uma terceira voz
que, desesperada, exclamava: — "Não culpem-se. <5 miserável
sou eu! Foi o meu golpe de malho que o matou! Quizera antes
que me dividissem o corpo ao meio sendo uma parte lançado
ao meio-dia e outra ao setentrião d o que ter sido o infame assas -
sino. de nosso Mestre Hiram-Abib".
Adquirida a certeza de que, ali, estavam aqueles a quem
1 procurávamos e sendo justa a nossa causa, precipitamo-nos na
gruta, agarramos os desalmados e os trouxemos para subme-
te-los aq vosso julgamento.
VEN.'. — Todos nós louvamos vosso zelo. e diligência. Por acaso,
em caminho para cá, esses infames disseram alguma cousa que
nos possa esclarecer sôbre o lugar em que se encontra nosso
Mestre?
I o VIG.". — Um deles, mais Comunicativo que os outros, disse que
haviam escondida seu corpo sob uma pilha de materiais; te-
mendo, porém, que o descobrissem, conduziram-no, ao cair da
noite, para o Monte Mória onde o enterraram, assinalandoi a
sepultura com um ramo de acácia. x
VEN.". — Meus VVen.'. III-.'., eis as tristes e dolorosas notícias, que
nos comunica o Venerab.'. Ir.". I o Vig."..
(Para o I o Vig.'.) — Mandai conduzir esses desgraçados para fora
dos muros da cidade, para que cada um seja punido com as
próprias sentenças que proferiram. E nós, meus VVen.'. Ilr.".,
Caminhemos, no mais absoluto silêncio, e procuremos descobrir
o corpo de nosso excelente Mestre. Se conseguirmos encon-
trá-lo, dar-lhe-emos sepultura cond"igna de sua posição e de
seus elevados méritos.

(Todos colccam-se em volta do esquife, for-


mando grande círculo).

VEN.'. — Meus VVen.'. Ilr.'., giremos em trono dos restos de nosso


saudosq Mestre Hiram-Abib, com o sinal de Apr.'.. (Todos fa.
zem uma volta em torno do esquife).
Ir.'. I o Vig.'., procurai 1.'. o corpo de nojsso Mestre com o
T.'. de Apr.'.
I VIG.'. — (depois de segurar a M ". d ", do Comp.'., como Apr.'.,
o

larga-a) — Não posso, Respeitab.'. Mestre; escapa-se-me da


mão.
VEN.'. — VVen.'. Ilr.'., giremos em torno dos restos de nosso sau-
doso Mestre Hiranj-Albib, com o S.'. de Comp.'. (Todos fazem uma
volta em torno do esquife).
Venerab.'. Ir.'. 2 o Vig.'., procurai 1.'. o corpo de nosso Mes-
tre, com o T.'. de Comp.'.
2 o VIG.'. — (depois de segurar a m.'. d.', do Comp.'., larga-a) — Não
posso, Respeitab.'. Mestre; escapa-se-me da mão.
-VEN.". — W e n Ilr.'., giremos em torno dos restos de nosso saudoso
Mestre Hiram-Abib com o S-'- de Mestre. (Todos fazem urna
volta em torno do esquife. Durante a viagem, o órgão executa
música solene).
W e n e r a b . ' . Ilr.'. W i g . ' . , tendo falhado vossas tentativas,
existe, ainda, um meio especial, que vou executar, com vosso auxí-
lio e que é o de segurar a m-'. d.\ com a g-'- de M. • e 1., pelos-
c - p - d e p . " . , que são: M-'- agarradas, significando, umao
indissolúvel entre os MM.'. MM.'.; P.\ unido a P.\, significando
que todos os MM.'. MM.', caminham juntos para um so laeal; J. .
unido a J.'. significando que ambos rendem o mesmo culto ao G. .
A.'. D.'. U.'.; m-'. e.-. sôbre o o-'- d. „ significando o amparo que
todos os MM.'. MM.', devem-se mutuamente e, finalmente, p-•
unido a p-'-, significando, que os corações dos MM.'. MM.', de-
vem abrigar as mesmas virtudes e os mesmos sentimentos de
fraternidade.
(A medida que vai dizendo os diversos P.'.
' jig p.\, o Ven.'. vai executando os movimen-
tos correspondentes, de modo que, ao termi-
nar e com o auxílio dos VVig.'., esteja o
Comp de pé. Depois de unir P. . contra
P.\ e haver explicado êste último P , dará,
ao ouvido do Comp -, a P. . S. . de Mestre,
Todos voltam para seus lugares. O I o Diác.".
faz brilhar o candelabro místico).

VEN' — Ven.'. Ir.'. M.\ de CC.'., fazei o Neófito caminhar como


Mestre, a-fim-de poder aproximar.se do Altar dos Juramentos,
onde o fareis ajoelhar-se.

(O M ' . de CC.'. faz o Neófito dar os pp.'.


de Mestre, de modo a que, no último, esteja
em face do Altar dos Juramentos, onde se
ajoelhará colocando, em seguida, a m. . d
sôbre o L.\ da L.".).

VEN.'. — (!) — De pé e à ordem, VVen.'. Ilr.',. O novo Mestre


vai prestar seu solene juramento.

(Todos levaniam-se, à ordem, e desco.


brem-se).

VEN '- (descendo do Trono e indo se postar em face do Neófito)


Repeti vosso juramento:
E-U, F . . . . , JURO E PROMETO DE MINHA LIVRE VON-
TADE É EM PRESENÇA DO D.'. A.'. D-'- U.'. E DESTA LOJA,
CONSAGRADA A S. JOÃO, NOSSO PADROEIRO, NUNCA REVE-
LAR OS SEGREDOS DO GR.'. DE M.'. M.'.; CUMPRIR E FAZER
CUMPRIR TODAS AS OBRIGAÇÕES INERENTES A ÊSTE GR.'.;
SE EU FOR PERJURO, SEJA MEU C-'. DIVIDIDO AO M.'. E
L.'. UMA PARTE AO fí.'. E OUTRA AO S.'.; MINHAS E.'. A.'. K
R.\. A C.'. E ESTÁS L / . AO V-'-. QUE Ó G / . A.'. D.'. U.\ ME
AJUDE A CUMPRIR ÊSTE JURAMENTO.
TODOS — Assim seja!
'VEN.'. Agora que conheceis as .forças astrais e a imortalidade,
aprendei a dirigir as vibrações de vossa alma em prol da Hu-,
manidade; estudai, incessantemente, porque um Mestre não pode
deixar de instruir-se, a-fim-de poder sabiamente esclarecer aos
que trabalham sob sua direção. (Pausa) — Estareis, sempre,
pronto a, com vosso trabalho e vossas luzes Qooperar na hon-
rosa missão que a Maçonaria tem sôbre a Terra?
NEÓFITO —
VEN.'. — (Extendendo, com a mão esquerda, a espada por sôbre a
cabeça do Neófito) _ A Gl.\ do G-'. A / . D.'. U.'. e em honra a
S. João, nosso Padroeiro e em virtude dos poderes de que me
acho investido, eu vos constituo e recebo Mestre-Maçom^ e vos
concedo a plenitude de todos os direitos maçónicos. (Dá, com
o Malhete, a bateria na lâmina da espada e, em seguida, levan-
tando o N e ó f i t o , dá-lhe o beijo fraternal e volta ao Trono).
( ! ) —'"sentemo-nos, VVen.'. U r / . (Pausa) — V e n / . Ir.;. M.'.
do CC.'. trazei o novo Mestre ao Trono. (Depois de cumprida a or.
d e m : ) — Meu Ven.'. Ir/., este é vosso Avental (entrega o Aven-
tal ao M / . de CC. • para que o coloque 110 Neófito que, em segui-
da, calça as luvas brancas) 1.
(entregando a espada ao NeóOto, que a cinge à çiMura) —
Recebei vossa espada. Símbolo, outrora, da força dos Cava-
leiros e do,s Nobres, para nós significa honra e lealdade. (En_
tregando-lhe o chapéu) - Como Mestre, tendes de conservar
~ vosso chapéu, à cabeça, quando em Loja de Mestres. (O Neo-
fitc cobre-se). Até agora, obedecieis, mas, de hoje em diante,
mandareis, como guia amigo e sincero. Essa autoridade, porem,
não vos eximis da obediência que vos é imposta, nem vos da
poderes discricionários de mando. O chapéu, embora consi-
derado substituto da coroa, traduz a perfeita igualdade entre
os Mestres; incute àquele que o usa o dever de governar de
acordo com a justa-vontade da coletividade. Assim, um Mestre,
que não se descobre nem se curva ante os desmandos e as arbi-
trariedades dos homens, não pode e nem deve dirigir sua Loja
a seu bel prazer, mas inspirando-se nas aspirações nobres e
elevadas de seus pares. Abstraindo-se de si próprio, dominan-
do se e não deixando-as influenciar por qualquer tendência in-
ferior o Mestre eleva-se à realeza dos Iniciados, livre que fica de
unicamente resolver pela mais esclarecida razão. Deveis, pois
envidar o máximo d'e vossos esforços para atingirdes este ideal
que vos conferirá a realeza real, da qual o vosso chapéu, a-pesar-
_ 24 — .' • V

de sua aparência material e grosseira, é o simbolo mais expres-


sivo... (Pausa):
Para serdes reconhecido Mestre-Maçom, tereis, como nos
graus anteriores, SS.'. T.'. e P P ' - .
O S.'. de ordem é êste ; o de-saudação faz-se as-
sim ; o de horror é e de socorro é
O T.'. dà-se por esta forma
A P.'. S.'. é 13 a P.'. de P ' . é , dada somente
quandose dá o T.'. ^
Depois'de serdes .reconhecido como Apr.', e Comp.'., per-
guntai: Q.'. I.'. M.'. L.'.? Se a resposta por favoravel, formai,
como voisso interlocutor, os C.'. PP.'. PP.', (explica como se faz),
e, nesta posição, dai a P-'. S.'. (Pausa).
Ven: Ir-'- M.'. de CC.'., conduzi o novo Mestre aos VVene-
rab.'. Ilr.'. Wig-'-, para que o apresentem aos VVen.'. Ilr.'. de
suas OCol.'., convidando-cs a, doravante, reconhecerem-no como
seu igual.
2 VIG.'. — (depois da chegada do Neófito ao seu Altar) — De pé e
o

à ordem, VVen.'. Ilr.'. de minha Col.'. (executada a ordem) —


De ordem do Respeitab.'. Mestre, vos apresento o Ven.'. Ir.'. F . . .
"e vos recomendo que, doravante, o tenhais como Mestre-Ma-
çom. (!) — Sentemo-nos, VVen.'. Ilr.'.
1° VIG-'. — (depois da chegada do Neófito a seu Altar) — De pé
e àp ordem, VVen.'. Ilr. - . de minha Col.'. (Executada a ordem) —
De ordem do Respeitab.'. Mestre, vos apresento o Ven.'. Ir.'.
F . . . ' . . . e vos recomendo que, doravante, o tenhais comci Mestre-
Mlaçom. (!) — Sentemo-nos, VVen.'. Ilr.'.
Respeitab.'. Mestre, o Ven.'. Ir.'. F foi apresentado a
todos os W e n . ' . Ilr.'. que, doravante, o reconhecerão como
Mestre-Maçom.

(O M.'. de CC-'- vai, como o Neófito, para


entre CCol. .).
VEN.'. — Rejubilemo-nos, VVen.'. Ilr.". pela exaltação do Ven.'.
Ir'- F (!) — De pé e à ordem. (Pausa). A mim pelo S.'. e
pela B.'.
(Todos descobrem-se, executam a ordem e
cobrem-se novamente).
VEN.'. — (!) — Sentemo-nos, VVen.'.. Ilr.'. (Pausa) — Ven.'. Ir.'.
M.'. de CC.'., fazei nosso novo Ven.'. Mestre gravar seu ne varietur
na Táboa da Loja.
(Executada a ordem, o M.'. de CC.'. conduz o
Neófito para um dos assentos da Col.'. do
Sul).
VEN.'. — Ven.'. Ir.'. Orador, tendes a palavra. Atenção, VVen.'.
Ilr.'. " .
ORADOR — (Se houver visitantes, saúda-os e depois, dirigindo-se
ao Neófito, lerá:) — Através do simbolismo, acabamos dte fazer-
vos conhecer, na recepção do terceiro grau, a lei geral e imutá-
vel, que submete a natureza à eterna evolução, e deixamos à
vossa meditação os ensinamentos que,' ainda, vos são preci-
sos para o desempenho da missão que vos confiamos.'
Tudo, no mundo, perece, exceto o sol da inteligência e do
amor, de que o Eterno sé fez o santuário, onde esborpám-se os
lances infernais do gênio do mal, que tende a secar as fontes da
felicidade humana.
A Maçonaria fez-se e fortificou-se para enfrentar, de viseira
erguida, a todos os males que enfraquecem o homem. Receben-
do-vos no grau supremo do simbolismo, ela o fez crente de que
sois digno de partilhar dos nossos trabalhos na guerra santa em
que, guiados pelo G.'. A.'. D.'. U.'., empenhamos todo nosso amor
em prol da Humanidade.
A datar de hoje, meu Ir.'., sois um verdadeiro élo da grande
cadêia universal, constituída, em toda a terra, pela Maçonaria;
desde hoje participareis dos trabalhos da Câmara do Meio, onde
os arquitetos da sociedade futura se reúnem física e mistica-
mente para dar, continuadamente, à Humanidade um pouco
mais de luz, um pouco mais de bem estar e um'pouco mais de
razão. . . .
Triunfastes da morte. Novo Hiram da Anunciaçao Social,
ides agora, traçar concientemente o plano de vosso monumento
intelectual,' pois não mais sois o Aprendiz que, penosamente, se
esforça para desbastar a pedra bruta; não sois mais.o Compa-
nheiro que, fortalecido com os ensinamentos intelectuais e com
as tradições maçónicas, prepara seu dinamismo cerebral; sois,
agora Mestre, conciente de vossa personalidade, chamado a
desempenhar, na Ordem, todas as funções administrativas das
Loias e a dirigir os Aprendizes nas pesquisas intelectuais, auxi-
liando vossos colegas - os Mestres, - no traçado das prancha»
simbólicas.
Vossa responsabilidade aumentou em virtude mesmo, da ex-
t e n s ã o d e vossas funções. Se a Ordem vos assegura, por toda
parte, passagem e proteção, ela espera, também, vosso .esforço
contínuo vosso trabalho ininterrupto em pról da libertaçao das
inteligências oprimidas, e vossa coragem a toda prova, quando
oreciso for arriscar-vos para salvar vossos Irmãos.
Irradiai, po,r toda parte, a luz que recebestes;_procurai na
sociedade profana," as inteligências livres, os corações bem f o r -
mados os espíritos elevados que, fugindo dos preconceitos e da
vida fácil, buscam uma vida nova e podem se tornar elementos
poderosos para a difusão dos princípios maçónicos; aprendei a
dominar-vos e fugi de todo .sectarismo, e, se vosso dever é comba-
ter os erros e ás superstições, que os impostores infligem à Hu-
manidade, ainda, na infância, evitai vos tornar sectário odioso
dos homens.
Filófoso, isto é, amigOi d'a sabedoria, guardai, sempre, o equi-
líbrio mental que caracteriza o homem são de espírito; lem-
brai-vos que Hiram levantou suas duas Colunas à entrada do
Templo cujo capitel descança, harmonicamente, sôbre B.'. e
J '., isto é, sobre a Força e a Beleza.
Não se constroe um edifício, apoiand'o-o sôbre uma única
coluna; sabei, pois, na construção moral e intelectual, que ides
empreender, equiiibrar, sempre, os ensinamentos da razão com
os sentimentos do coração. Lembrai-vc; que a Maçonaria corre
em auxílio dos desgraçados, quaisquer que sejam suas opiniões;
que, em -sua ação social, ela liberta as conciências e reanima a
coragem daqueles que nada mais esperam; e se, novo, Hiram,
estiverdes a ponto de receber o golpe fatal do Malho, vibrado
por inconcientes e revoltados, lembrai-os que todo,s os vossos
Ilr.'. saberão defender-vos e que", se sucumbirdes gloriosamente,
cumprindo vosso dever, todos os Mestres dedicados procurarão,
mais tarde, os vestígios de vossas obras, porquanto, o ramo de
acácia servirá pára reconhecerem os esforços que fizestes em prol
do desenvolvimento de nossa Ordeiít e da manifestação de vos-
sos esforços intelectuais.
Trabalhai, meu Ir.".; tende conciência de vossos deveres e,
.se, algum dia, o desânimo invadir vossa alma e vosso espírito
perder a coragem para lutar, lembrai-vos do dia de hoje, deste
dia solene e inesquecível, e dizei, até mesmo no momento em
que as carnes se desprendam dos ossos; "NÃO! EU NÃO MEN-
TIREI A MINHA MISSÃO! NÃO! A FRANQUEZA NÃO' INVA-
DIRÁ MEU ESPÍRITO! NÃO! EÜ NÃO PARAREI NA SENDA
DO PROGRESSO E DA PERFEIÇÃO, PORQUE A ACÁCIA ME
E' CONHECIDA!".
VEN.'. — (Depois de pequena pausa) — W e n e r a b '. Ilr.". VVig. - .,
anunciai aos VVen.'. Ilr.'. de vossas CCol.'., como eu anuncio
110 Or.'., que o Ven.'. Ir.'. Hospitaleiro vai fazer circular o Tron-
co de Solidariedade.

(Feito o anúncio pelos VVig '., o Hosp.'. vai


para entre CCol.'.).

HOSP.'. — Venerab^. Ir.'. I o Vig.'-., o Tronco d<? Solidariedade está


entre CCol.'.
I o VIG.'. — Respeitab.'. Mestre, o Tronco de Solidariedade está entre •
CCol.'.
VEN.'. — Cumpri vosso dever, Ven.'. Ir.'. Hospitaleiro.

(Depois de feita a coleta, na ordem hierár-


quica das LL.'. e OOf.'. e, indistintamente,
entre os OObr.'., o Hosp.'. volta para entre
CCol. . e informa ao Vig.'. que "o Tr.'. de
Solid.', está suspenso". Transmitido o anúh-
cio pelos VVig.'.).
!

VEN.'. — Ide, Ven.'. Ir.'. Hospitaleiro, ao Altar do Ven.'. Ir.'. Tesou-


reiro para que, convosco, confira a coleta.

(Depois de conferida a coleta, o Tes.'. infor-


ma ao Ven:'. e êste anuncia, diretamente à
Loja, o valor da medalha cunhada recebida,
a qual é entregue, mediante guia do Secr.'.,
ao Hosp.'.).

VEN.', — V V e n e r a b ' . Ilr.'. VVig.'., anunciai em vossas CCol,'.,


como eu anuncio, no Or.'., que concederei a palavra a quem dela
queira fazer uso, sôbre o ato de exaltação ao Grau d'e M.'.
M.'. que a Loja acaba de realizar.

(Anunciado regularmente pelos VVig'., o


Ir.'., que desejar falar, pedirá a palavra por
intermédio do Vig '- de sua Col.'. e somente
poderá ocupar-se do ato da exaltação. Rei-
nando silêncio, anunciado pelos VVig.'., o
Ven.-. procede encerramento dos trabalhos).

ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS

VEN.'. — ( ! ) — VVenerab.'. Ur.'. I o e 2 o VVig.'., anunciai e m vos-


sas CCol.'., como eu anuncio no O r . ' , que vamos proceder ao.
encerramento de nossos trabalhos. (Pausa).
(Depois de feito o anúncio)' - Ven.'. Ir.'. 2 o D i á c . ' , qual é
vosso lugar em Loja?
2° DIAC.'. — (levantando-se e à ordem) - À direita do Altar do
Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'.
VEN.'. — Para que, Ven.'. Ir.'.?
ao DiAC • - Para transmitir suas ordens ao V e n e r a i - I r / . 2« Vig-'.
e vêr se t i s os W e n / . U r / - se conservam, nas CCol-, com o
devido respeito e disciplina. (Saúda e senta-se).
VEN- _ v é n i r . ' . 1° D i á c / , qual é vosso lugar em Loja?
lo DIÁC- • - (levantando-se e à ordem) - A vossa direita e abaixo
do sólio.
VEN.'. — Para que, Ven. - . Ir.'.? . . . . 10
IO DIÁC.-. - Para transmitir vossas ordens ao Venerab.• ir. • i
m t - . e a todos os W e n / . Ir/., a-fim-de que os trabalhas se
executem com prontidão e regularidade.
VEN/. — Qual o lugar do Venerab/. Ir. • 2 o Vig. .?
lo DIAC.'. - Ao Sul, Respeitab/. Mestre. (Sauda e senta-se)
VEN - - Para que ocupais êsse lugar, Venerab. •, Ir. . 2? Vig. .?
20 VIG - - Para melhor observar o SÓI em seu meridiano, chamai-
os Obreiros para o trabalho e manda-los à recreaçao, ^ - f m a - d e
que possamos, c o m p r o v e i t o e alegria,. coaher os bons frutos de
nossos labores.
VEN.'. — Onde tem assento o Venerab-'. Ir.'. I o Vig. •?
2o VIG/. — No Ocidente.
VEN • — Para que ocupais êsse lugar, Venerab. . Ir/. 1 Vig. ••
jo VIG - Para assinalar o ocaso do SÓI, fechar, por vossa ordem,
a Loja, pagar os Obreiros e certificar-me se estão plenamente
satisfeitos.
VEN.'. — Onde senta-se o Respeitab.'. Mestre?
1° VIG.'. — No Oriente.
VEN/. — Para que, Venerab.". Ir.'.?
lo VIG/. - Assim como o SÓI nasce do Or/, para começar sua car-
reira e iniciar o dia, assim, aí fica o Respeitab/. Mestre para
abrir.a Loja, guia-la em seus trabalhos e esclarecer a todos os
Wen.'. Ilr/. com as lu?es de sua sabedoria.
VEN.'. — Que idade tendes, Venerab.'. Ir.'.?
I o VIG- — (Dá a idade).
VEN - A que horas devem os W e n / . Mestres encerrar seus tra-
balhos?
1« VIG-'. — À meia-noite, Respeitab.'. Mestre.
VEN.'. — Que horas são, Venerab-• Ir.'. 2 o Vig.'-?
2 0 VIG--. —. Meia-noite em ponto, Respeitab.'. Mestre.

(O Ven '. dá a bateria, que é repetida pelos


VVig.'. A última pancada do 2o Vig.'., to-
dos ficam de pé e à ordem. Com o mesmo
ceremonial da abertura, transmite-se a P. •
S/. Depois do anúncio de "estar justo e per-
feito", o Ir.', que abriu o L.'. da L/., vai,
•> com as mesmas formalidades, se postar jun-
to ao Altar dos Juramentos).

VEN.". — Venerab.'. Ir.'. 1° Vig/,, estando tudo justo e perfeito, ten-


des minha permissão para fechar a Loja.

(Todos descobrem-se).

I o VIG.". — (!) _ Em nome do G.'. A.'. D.'. U.'. e em honra de S .


João, nosso Padroeiro, está fechada esta Loja de MM.". MM.'.

x (Todos cobrem-se).

VEN.". — A mim, .VVen.'. Ilr.'., pelo sinal, pela bateria e pela acla-
mação.
TODOS — (Depois de dada a bateria) — HUZZE'! HUZZE'! HUZZE'!

(Fechado em seguida o L.'. da L.'., os Ilr


que estão júnto ao Altar dos Juramentos, saú-
dam o Ven.'. Mestre e voltam para seus lu-
gares. De passagem, o I o Diác.'. fecha o Pai-
nel da Loja).

VEN.". — VVen-'. Ilr.'., os trabalhos estão encerrados e a Loja de


Mestre fechada. Antes, porém, de retirarmo-nos, j u remos o
mais absoluto segredo sôbre tudo quanto aqui, hoje, se passou

(Todos extendem a mão direita para a frente


e dizem: "EU JURO". O I o Vig. . abaixa a
Col.'. de seu Altar e o 2 o Vig '- levanta a do
seu).

VEN.'. —- Retiremo-nos em paz.

(Todos ficam de pé e à ordem. O Ven.'. sai,


seguido do Porta Espada e dos VVig.'., aos
quais seguem, em ordem inversa à da entra-
da, os demais Ilr.'. e, por último o M.". de
CC.'. À passagem dêste, o G.'. dò T ". apaga
as luzes e fecha' o Templo. O sijial de ordem
só será desfeito ao transpor a porta do Tem-
~ ~ ; pio. Durante a saida, o órgão executará uma
marcha apropriada).
Instruções
Para que as cerimônias da exaltação ao Grau de M.'. M.'.
não fiquem sobrecarregadas com extensas instruções, necessárias,
aliás, ao" preparo do, novo Mestre, o Ven.'. Mestre providenciará
para que as instruções abaixo sejam ministradas no mais breve
tempo, após a exaltação, sem, porém, afastar-se da ordem dos
trabalhos.

PRIMEIRA INSTRUÇÃO

<Explicação do Painel da Loja do Mestre)

VEN.'. — VVen.'. Ilr.'., nosso Ven.'-. Ir.'. Orador vai dar-vos a pri-
reira instrução, do terceiro grau, que consiste na explicação do
Painel da Loja de Mestres. Atentai bem nessa explicaçao, por-
que dela podereis inferir verdades que vos servirão de guia no
caminho dificil que ides percorrer como M.'. M.'.
Como sabeis, nosso querido Mestre H.'. A.', foi exumado pe-
los Ilr.'. encarregados de descobrir seu corpo. Depois de cum-
pridas .as sentenças que, para si próprios, pediram J. J- • e J.
Salomão ordenou que fosse «enterrado o corpo do saudoso
Mestre Efetuou-se a inumação tão próximo do Sanatus Sancto-
rum quanto o permitiam as Lais israelitas. Não foi sepultado
n o Sanetus Sanctorum, porque ali só tinha entrada o Sumo Sa-
c e r d o t e apenas uma vez por ano, quando, apos as abluçoes e
purificações, ia, no Dia da Expiação, festa religiosa dos hebreus
expiar os pecados do povo, visto como, pelas leis israelitas a
carne era considerada imunda.
Nesse dia, o Sumo. Sacerdote queimava incenso em^ honra e à
Glória do G.'. A.'. D.'. U.'. e rogava-lhe que, em S,ua Infinita
Sabedoria e B o n d a d e , derramasse a paz e a tranquilidade so-
bre a nação israelita, durante o ano que começava. _
Iiv. Orador, tende : a bondade de explicar o, Painel da
Loja de MM.'. Mlk.'..
ORADOR - Os instrumentos, com os quais foi assassinado nosso*
Mestre EL\ A ' , foram; â Régua, o Esquadro e o, Malho, cu;a
significação simbólica já conhecestes ao receberdes as instru-
ções do Grau de Companheiro.
Os ornamentos da Loja d'e Mestre são: o, Pórtico, a Lâm-
pada Mística e o Pavimenta de Mosáico.
O PÓRTICO é a entrada para o Sanctus Sanctorum; a LÂM-
PADA MÍSTICA é a fonte luminosa que o ilumina e o, PAVI-
MENTO DE MOSAICO é o local por onde caminha o Sumo
Sacerdote.
O PÓRTICO é, também, uma recordação de nossos deveres
morais, pois, antes de transpô-lo, para chegarmos ao grau de
Mestre, devemos adornar e fortalecer nosso carater para poder-
mos compreender os mistérios e receber a recompensa da C-'.
do M.'.
A LÂMPADA MÍSTICA simboliza a irrádiaçao divma, cuja
luz penetra .os nossos mais íntimos pensamentos e sem a qual
tudo voltaria às mais densas trevas...
O PAVIMENTO DE MOSAíCO representa o Mundo, com suas
dificuldades e cc .itrcstes, cujo caminho percorremos com inter,
mitências de sombra e de luz, die alegria e tristezas, de felici-
dade e desdita.
A Caveira e as Tíbias cruzadas são emblema da mortalidade
e aludem à morte d.o Mestre, ocorrida três mil anos depois da
criação do mundo; são, também, uma lição sobre a fragilidade
das cousas terrenal e sôbre á vida efêmera do mundo físico.
Os utensílios do M-". M. - . são: o CORDEL, o LÁPIS e o
COMPASSO.
O CORDEL serve para marcar todos os ângulos d o edifício,
fazendo-os iguais e retos, para que os alicérces possam suportar
a estrutura.
Com O LÁPIS, o arquiteto hábil desenha a elevação e traça
os diversos planos para a construção e orientação dos Obreiros.
O COMPASSO serve para determinar, com certeza e preci-
são, os limites e as proporções das diversas partes da construção.
' ' Como, porém, não somos Maçons operativos, mas especula-
tivos, aplicamos, por analogia, todos êstes instrumentos à nossa
Moral. Assim, o Cordel nos indica a linha de eonduta, sem f a -
lhas, baseada nas verdades contidas no L.'. da L.'.. O Lápis nos
adverte que nossos atos, palavras e pensamentos são observa-
dos pelo Todo Poderoso a Quem devemos contas de nosso pro-
ceder nesta vida. Finalmente, o Compasso nos recorda Sua Jus-
tiça imparcial e infalível, mostrando-nos que é necessário dis-
tinguirmos o bem do mal, a justiça da iniquidade, a-fim-de fi-
carmos em condições de, com um compasso simbólico, apreciar
e medir, com justo valor, todos os atos qúe tivermos de praticar.
VEN.'. — Eis aí, VVen. - . Ilr.'., quanto nos ensina o Painel da Loja
de Mestre, cujo estudo deveis fazer com cuidado, pois resume o
caminho do Mestre para a perfeição.
Assim, concito-vos a seguirdes esses conselhos, a-fim-de que
não fiqueis Mestres apenas nas insígnias e no Diploma, mas tam_
bem, nos sentimentos e nas ações.
Está terminada a primeira instrução.

SEGUNDA INSTRUÇÃO

(Catecismo do, Mestre) •

VEN.'. — VVen.'. Ilr.'., vamos, hoje, dar a segunda instrução do


Grau de Mestre para nos recordarmos do dia memorável de nossa
exaltação a;" êste sublime grau e,' principalmente, para rememo-
rarmos OiS ensinamentos contidos em suas diversas fazes, a-fim-
de que transformemos os símbolos em realidade. (Pausa).
Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'., sois M.". M.'.?
I VIG-'. — Respeitab.'. Mestre, a a.', m.'. e.'. c.'.
o

VEN. - . — Porque me respondeis deste modo, meu Ir.'.?


I o VIG-'- — Porque a a.', é o símbolo de uma vida indestrutível,
cujos mistérios me foram desvendados.
VEN.'. — Venerab-'• Ir.'. 2 o Vig.'., onde fostes recebido Mestre?
2 o VIG.:. — Na C.'. do M.'., Respeitab.'. Mestre.
VEN.'. — Que lugar é êsse, meu Ir.'.?
2 o VIG.'. — E' o centro para onde convergem e onde se encontram
aqueles que, depois de estudarem e meditarem profundamente,
compreendem os Mistérios da Natureza.
VEN.'. — Que vistes, meu Ven.'. Ir.'., quando ali entrastes?
2 o VIG.'. Vi luto e consternação em todos o,s semblantes.
VEN.'. — Qual a causa dessa dôr?
2: VIG.'. — O assassinato de nosso Mestre H.'. A.'.
VEN.'. Venerab/. Ir.'. I o Vig-'-, por quem foi assassinado nosso
querido Mestre?
I o VIG.'. — Po,r três Companheiros traidores e perjuros, que qui-
zeram obter uma recompensa sem have-la merecido.
VEN.'. — Êsse assassinato foi efetivamente praticado?
I o VIG.'. — Não, Respeitab.'. Mestre. O assassinato de H.'. A.', é
uma fição simbólica, mas profundamente verdadeira pelos ensi-
namentos cue encerra e pelas deduções que dela se infere.
VEN.'. — Dizei-me, meu Ir.'., o que representa a morte de nosso
Mestre
10 VIG.'. — O assassinato de H.'. A.', simboliza a pura tradiçao
maçónica, isto é, a Virtude e a Sabedoria, postas, constantemente,
em perigo pela ignorância, pelo fanatismo e pela ambição «os
S Maçons que não sabem c o m p r e e n d a finalidade da f f f g f g

l i i S i l l í i P i ^ -fé §11
admitido? A - iluminado por tênue claridade.
2« VIG.'. — o tumulo* de H. . A- u»u""au * Tv/r^tro?
vFN Quais são as dimensões do túmulo de nosso Mestre?
^ . ^ pés de largura, cinco de profundidade e e sete de
comprimento. „
viTTM • _ A a u p aludem êsses algarismos/ .- ^
l o v i G . " 7 - l o s números sagrados propostos à meditaçao,dos Apren-
dizes, Companheiros e Mestres. lllo „ . A. ,
VEN —- Que relação têm êsses números com o tumulo de H. • A. ..
2o V I G _ O túmulo de HZ. A-'- encerra o segredo da ^ a n d e l n i .
ciacãói que só é desvendado pelos pensadores capazes de c o n -
c S r ; , antagonismos pelo ternário; de conceber a ^ . c e n
cia dissiminada pelas exterioridades f ensiveis e de aplicar a
Hn Qptpnário ao domínio da realizaçaO.
VEN • 1 v e n e r a i - . I r / . 1« VI*"-, cuai foi o, indicio c a e fez reco-
nhecer o túmulo de H-'- A.'.?
" l o v i G . - . - U m r p o de A.'., plantado na terra s o l v i d a de firesco.
VEN - Qual a significação simbólica desse ramo verdejante?
l o VIG. - - R e p r e s e n t a a sobrevivência de energias, que a morte

' VE^ P tanr U conduzidO para Junto do túmulo do Mestre, que


fizeste do ramo de A.'.?
10 VIG.". - Apoderei-me dele, por ordem dos que me conduziam.
VEN.'. — Que significa isso, meu Ir. .?
í o v i G • - Segurando a A / . , demonstrei que me ligava a tudo que
1 sobrevive d T tradição maçónica. Prometi, f t e m o d o estu-
dar com fervor, tudo que subsiste do passado, de seus ritos,
S i " m e s ; sem deixar-me influenciar pelas opmioes que
os classificam de arcaicos o,u nocivos. . _
VEN" - Venerab.-. Ir.'. 2° V i g . ' , a que prova fostes submettido.

v ^ - ^ t e me — L da suspeita de ter participado


do trama urdido pelos assassinos do Mestre.
VEN - - De que modo provastes vossa inocência?
1 Io VIG.". - Aproximando-me do cadaver a passos largos, sem re-
ceio c o m a conciência' tranquila.
V E N ' - A que se relaciona a marcha que executastes?
I o VIG • - A revolução anual do Sói, através dos signos do, zodaico
VEN • — Porque não parastes em vossa marcha, meu Ir. ..
Io V I G - - Porque ela é, também, a imagem da vida terrena que
se precipita, de uma vez, do nascimento à morte.
— 3d —

YEN.'. — Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'., como fostes recebido Mestre?


I o VIG.'. — Passando do E.'. ao C ' -
YEN.'. Porque o C-'. é utencílio particular dos Mestres?
10 v i g . ' . — Porque só êles sabem maneja-lo c o m precisão.
YEN.'. — Em que se baseiam os Mestres para usarem o C.'. com pre-
cisão?
I o VIG.'. — Medindo todas as cousas, levando, porém, em conta
sua relatividade. A razão do Mestre, fixa como, a cabeça do C.'.,
julga os acontecimentos de acordo com as causas ocasionais. O
julgamento do Iniciado inspira-se, não nas rígidas graduações
da Régua, mas num discernimento que se baseia na adaptação
rigorosa da lógica à realidade.
VEN-'. — Venerab.'. Ir '. 2 o Vig.'., qual é a insígnia dos Mestres?
2 o VIG.'. — O E.'. unido ao C ' -
VEN.'. — Que significa a união desses dois instrumentos?
2 o VIG.'. — O E.'. regula o trabalho do Maçom, que deve agir com
a máxima retidão, inspirado na mais escrupulosa equidade. O
C.'. dirige esta atividade, esclarecendo-a, a-íim-de que produza
a mais judiciosa e fecunda aplicação.
VEN.'. — Se u m Mestre se perdesse, onde o encontraiieis meu Ir.'.?
VIG-'- — Entre o E.\ e o C.'., Respeitab.'. Mestre.
VEN.'. — Porque, meu Ir.'.?
2 o VIG-'- — Porque o Mestre procurado distinguir-se-ia pela mora-
lidade de seus atos e pela justeza de seu raciocínio. E' sob êste
ponto de vista, que êle se conserva entre o E.'- e o € . ' .
VEN.'. — Que pro,curam os Mestres, Venerab.'. Ir.'. I o Vig-'-?
IO V I G . ' . , — A PALAVRA PERDIDA.
VEN.'. — Que palavra é essa?
p v i G . ' . — E' a chave do segredo maçónico, ou, melhor, é a com
preensão daquilo que permanece ininteligível aos profanos e aos
iniciados imperfeitos.
YEN ' Como perdeu-se a Palavra?
I VIG-'- — Pelos três grandes golpes, que sofreu a tradiçao viva
o

da Maçonaria, dos Companheiros indignos e perversos.


YEN ' — Podeis dizer-me, m e u Ir.'. ,como t o r n a r a m a enccntra-la?
X0 VIG '. — Tendo sido assassinado H.~. A.'., seus discípulos mais
fervorosos resolveram descobrir sua sepultura, que lhes foi reve-
lo d? por um ramo de A.'. Decidiram, então, desenterra-lo e
observar a primeira palavra que se lhes escapasse dos lábios,
à vista do cadaver, e o gesto que indistintamente fizessem, uns
aos outros, como, mistérios convencionais do grau.
YEN.'. — Qual é, Venerab.'. Ir.'. 2 o Vig."., a nova P.'. S - \ que subs-
tituiu a antiga?
2 o VIG.'. — M.\
VEN.'. — Que significa esta P . ' ?
— arc —

2o VIG. — A C.'. S.'. D.'. D.\ O.".


VEN.'. — Nunca se suspeitou da primitiva P ~ S . \ que os conjurados
tentaram arrancar a H.\ A.".?
2° VIG-'. — Sim, Respeitab-'. Mestre; acredita-se que ela corres-
ponda ao Tetragrama Sagrado, cuja pronúncia só era conhe-
cida do Sumo Sacerdote de Jerusalém.
VEN/. — Como se comunica a P-'- S.\, Venerab/. Ir.'. I o Vig.'.?
I o VIG-'. — Pelos c '. pp.'. PP '- do mestrado.
VEN.'. — Quais são êles?
I o VIG.'. — P.'. contra P-'- J'- contra J.'. P.'. contra P.' ; MM:-
DD.', unidas em G-'.; M.'. E.'. sobre o O.". D.", do Ir. •.
•VEN.'. — A que fazem alusáo estes PP.'. PP.'.?
1° VIG. • — A ressurreição de H.'. A.'.. A aproximação dos PP.',
indica que os MM.', não hesitam em correr em socorro de seus
Ilr.'.; os JJ.'., que se tocam, são promessas de intercessão em
caso de necessidade; os PP.', unem-se e m sinal d'e que abri-
gam as mesmas verd'ades e que seus corações batem em uní-
sono, animadois dos mesmos sentimentos; as M M ^ t t D . ' . ; em
G.-., indicam a união, indissolúvel que os liga, mesmo em meio
das maiores vicissitudes; finalmente. MM.'. EE.", sôbre os OO.
DD.', simbolizam que se amparam mutuamente numa possivel
queda.
VEN.'. — Qual é o sinal adotado pelos Mestres para reconhecerem-se,
Venerab.'. Ir.'. 2 o Vig.'.?
2 o VIG '- — E' o gesto de horror, que não puderam reprimir, quando
descobriram o cadaver de H.'. A.'.?
VEN.". — Tem os Mestres outro sinal, meu Ir.'.?
Z° VIG. - . — Sim, Respeitab.'. Mestre, ê o S-'- de S-'-, reservado para
os casos de extremo perigo. Executa-se com os DD.'. EE.', e as
MM.', sôbre a C ' - , com as PP-"- para C.'., gritando-se: "A.',
M.\ O.'. F.'. D '. V.'.".
VEN.'. — Êste S.'. de S.'. não tem uma variante?
2 o VIG-'. — Sim, Respeitab.'. Mestre, e é preferível por ser mais
discreta. Faz-se com a M.\ D.'. F-'. sôbre a T-'., abrindo-se,
em seguida os D. - . I.'. M.'. e A.', e pronunciando, sucessiva-
mente: S.'., C-'., J-'-
VEN.'. — Qual é a V.'. de que os MM.', se dizem F.'.?
2 o V I G . ' . E" Isis, p e r s o n i f i c a ç ã o d a N a t u r e z a , a M ã e Universal, V.'.
de Osiris, o deus invisivel, que ilumina as inteligências.
YEN.'. — Qual é a P.'. de P.'. do 3.° Grau, Venerab.'. Ir.'. I o Vig.'.?
I o VIG.'. T . ' . . A B i b l i a a s s i m d e n o m i n a aos t r a b a l h a d o r e s d e p e -
dra que c o l a b o r a r a m com os M a ç o n s de S a l o m ã o e com os d e
Hiram, rei de Tiro, na construção do Templo de Jerusalém.
VEN.'. — Como batiam os Mestres, meu Ir.'.?
I o VIG.'. — Po;: três pancadas, igualmente espaçadas, para recordar
a morte de H.'. A.'.; quando, porém, esta bateria foi atribuida
aos A Apr.'., os MM.'. MM.'., para distinguirem-se, repetiram-na
por t.\ v.'.
VEN.'. — Que idade tendes, Venerab.'. Ir.'. 2 o Vig.'.?
2° VIG. . — (diz a idade).
VEN.'. — Porque êste número?
2 o VIG-'. — O Apr.', inicia suas meditações pela Unidade e pelo Biná-
rio para demorar no Tternárioi, antes de conhecer o Quaternário,
cujo estudo é reservado ao Comp.'.. Êste parte do número
quarto para deter-se no cinco, antes de abordar o seis e prepa-
sar-se para o estudo do sete. Pertence ao Mestre o estudo
detalhado do setenário, aplicando o método pitagórico aos nú-
meros mais elevados. Daí ser sua idade iniciática a de s.'. e
mais.
VEN.'. — Como viajam os Mestres, meu Ir.'.?
2 o VIG.'. Do Or.', para o Oc.'. e do S.'. para o N . ' , Respeitab '.
Mestre.
VEN.'. — Porque?
2 o VIG.'. — Para espalharem a Luz e reunirem o que está disperso.
Ern outras palavras, para ensinarem o que sabem e aprende
rem o que ignoram, concorrendo, por toda parte, para que rei-
nem a harmonia e a fraternidade entre os homens.
VEN-'. — Como trabalham os Mestres, Venerab-'. Ir.'. I o Vig.'.?
I o VIG-". — Traçando os planes que os AApr.'. e os CComp.". execu-
tam. Êste traçado simbólico representa a preparo do FUTURO,
baseando-se nas lições e nas experiências do PASSADO.
VEN.'. — Qual o uso que os Mestres fazem da Trôlha?
jo v i G . ' . — Serve-lhes para encobrir as imperfeições do trabalho
dos AApr.". e dos CComp.'. Realmente, isto significa os sen-
timentos de indulgência que animam todo homem esclarecido
p e r a c o m c s f r a a u i z a s humanas, de que conhece as causas.
Os Mestres adotam como lema: A SABEDORIA NAO ESTA EM
CASTIGAR OS ERROS, MAS EM PROCURAR-LHES AS CAU-
SAS Ç AFASTA-LAS.
VEN ' — Onde recebem os Mestres o salário? _
IO VIG.'. — Na c . ' . do M . \ isto é, rio centro onde a inteligência e
iluminada pela Luz da Verdade.
V E N ' — Qual é o nome do Mestre-Maçom?
lo VIG.'. - Só vós sabeis, Respeitab.'. Mestre; vós e todos aqueles
que tiveram a elevada honra de dirigir os trabalhos de uma

VEN^- E vós, Venerab.'. Ir.". 2° V i g . p o d e i s responder à per-


gunta que fiz ao Venerab.'. Ir.'. I o Vig.".?
- óó —

90 v í G • - N ã o R e s p e i t a b . ' . Mestre, e peias m e s m a s razoes. A


c o m p r e e n s ã o ' m a i s elevada, que t e m u m M a s t r e - M a ç o m de seu
v e r d a d e i r o p a p e l é p r o c u r a r , n o seu íntimo,, o Mestre que esta
m o r t o , a - f i m - d e f a z ê - l o reviver, p a r a que êle ressuscite e m

V E N C a d - U M e u í V V e n . ' . U r . ' . , eis o n o s s o objetivo. Esforçai-vos,


c o m o Mestres simbólicos, e m t r a n s f o r m a r o s í m b o l o n a reali-
dade N u n c a desejeis ser a p e n a s titulares de d i p l o m a s n e m
p o r t a d o r e s de insígnias. M e t a m o r f o s e a i - v o s e m V E R D A D E I R A
Mestres, isto é, naqueles que, pelo p e n s a m e n t o e pe.a a ç ã o , se
encontram no caminho da Verdade.
Q,ue a I n f i n i t a S a b e d o r i a e a I n f i n i t a B o n d a d e do GW • A. .
D . ' . U.\ se d e r r a m e m sôbre nós, a - f i m - d e que p o s s a m o s realizar
a t r a n s f o r m a ç ã o d o S I M B Ó L I C O n o REAL.
Assim s e j a !
T G D U S — Assim s e j a ! _ o „ • TTr .
VEN.'. - Está dada a s e g u n d a I n s t r u ç ã o . Repousemos, V\en. . IIi. •

TERCEI RA INSTRUÇÃO

(Pum leitura a sós e meditação)

Noções de filosofia iniciática, relativas ao Grau de Mestre-Maçom

OS MISTÉRIOS DO NÚMERO " S E T E "

Para justificar sua idade iniciática, o Mestre não pode ignorar cousa
alguma das explicações que os antigos davam sôbre as propriedades intrín-
secas dos números.
O 2 Grau conduziu-o ao limiar do setenário. fazendo-o subir os sete
degraus do Templo. Compete-lhe, agora, partindo do percorrer toda
a série dos números superiores.
Comecemos por mostrar o prestígio excecional de que goza o numero
sete Já os Caldeus, construindo sete emalharias cúbicas na Torre de Baoel,
consideravam essa obra mais sagrada que as outras, pois o sentenano desse
edifício tinha por fim ügar a Terra ao Céu, porque a divindade se mani-
festava, aos olhos dos Magnos, por intermédio de unia admmistraçao uni-
versal.' composta de sete ministérios.
Estes departamentos correspondiam aos astros que percorrem a, abó-
bada celeste e que eram, naquele tempo, considerados mais ativos que as
estréias, fixas. Sói, Lua, Marte, Mercúrio Júpiter, Venus e Saturno parti-
lhavam do governo do mundo.
Personificado pelos poetas, por necessidade de dramatização mitoló-
gica, este setenário, em seguido, sutilizou-se no espírito dos metafísicos.
Em sen conjunto, o Templo de Baal apareceu, então, como símbolo fia
Causa Primária imanente, sendo cada um de seus sete planos consagrado
a uma das Causas Secundárias, organizadoras do Universo.
E' a essas causas setenarias que se atribue a Obra da Criação, tal
como, nos aparece nas diversas cosmogonias, das quais a Gnose Hebraica
é um espécime particular. Essas causas coordenadoras têm sua consagra-
ção nos sete dias da semana, símbolo submúltiplo cias sete épocas da Criação,
cujo culto remonta, no mínimo, à civilização babilónica.
E' a esta civilização que devemos, por transmissões sucessivas, as
noções misteriosas conservadas, sob forma de ensinamentos secretos, no
seio das Escolas Iniciáticas do Ocidente.
Os filósofos herméticos distinguiam sete influências distintas, que se
manifestam em todo ser organizado, quer se trate ão Macro cosmo (mundo
celeste, ou mundos grandes), quer Jo Microcosmo (mundo terrestre ou
mundos pequenos), representado pelo indivíduo humano, vegetal ou mineral.
Impunha-se-lhes uma distinção entre a natureza elementar ou rudi-
mentar, sujeita à lei' do quaternário dos elementos ( j á estudada no 1.°
Grau) e uma natureza mr.is elevada, em conseauência de um acordo vibra-
tório com as sete notas, que formam a gama da harmonia universal.
Conhecer estas notas é de importância caoital para aquele que aspira
iniciar-se na música das esferas, que Pitágoras pretendeu ter ouvido. Elas
correspondem aos dias da semana que. a despeito das revoluções religiosas,
continuam consagrados ao «etenário divino concebido, ha mais de cino mil
anos. pelos sábios da era remota da Verdadeira Luz.
Se este setenário procedesse, apenas, dos sete planetas e dos sete
metais, conhecidos dos antigos, não teria grar.de importância para nós, por
ter passado a sua época. E', porém, oriundo de uma concepção muito mais
elevada que a emanada de simples observações astronômicas primitivas,
ou, mesmo, cie uma metalurgia ainda na infância.
Vemos, com efeito, que entre os homens de uma mesma raça ha, de
fato sete tipos nitidamente caraterisados, quer no físico, quer na moral.
' Os astrólogos e o s quiromantes legaram-nos, a este respeito, tradições
preciosas oue representam a aplicação geral da Lei do Vetenário, da qual
os verdadeiros iniciados devem compreender todo o alcance. Um Mestre
não atingirá, jamais, o Mestrado, se não compreender que tudo quanto
existe é ao mesmo tempo, único: tríplice e sétuplo.
" D e m o - a l g u n s ' e x e m p l o s para clareza do que acabamos de expor.

A TRINDADE SETENÁRTA

Golo ca das em triângulo, três rosetas de seda decoram o- Avental dos


Mestres, Estas rosetas representam simbolicamente três-anéis entrelaça-
dos para formar a trindade, onde se encontra o setenário.
— 4(í —

Nada mais simples do que esta represen-


tação muda, evocadora de conceitos filosóficos,
cuja exposição forneceria matéria para uma série
de numerosos volumes.
Oontentar-nos-emos, porém- em dar nesta
instrução, apenas, as indicações precisas e c o n -
cisas, destinadas a guiarem o s aspirantes ao
verdadeiro Mestrado intelectual.
1 o) — Círculo de ouro — Sói, centro imu-
tável de onde irradia toda a atividade. Espírito que anima a matéria — o
Enxofre dos alquimistas, — F o g o interior, individual, — Elemento g e r a -
dor de côr rubra: sangue, ação, calor e luz.
2 o) Círculo de prata — Lua, astro variável, espelho receptivo de
influências; molde prático que determina toda a formação; — Substância
passiva, esposa do espirito; — o Mercúrio dos herméticos, veículo da ati-
vidade espiritual, que penetra em todas as cousas; — Espaço, côr azul: ar,
sentimento, sensibilidade.
3 0) _ Círculo de Bronze ou de Chumbo, — Saturno, deus precipitado
do céu, que reina sôbre o que é> pesado, material, — materialidade, p o s i -
tivismo, .energia material, — Côr amarela, tendente a o b s c u r e c e s s e , p a s -
sando ao cinzento è ao negro; arcabouçu ou carcassa óssea, base sólida de
toda a construção, rocha que fornece pedra bruta, ponto de partida da
Grande Obra.
40) _ interferêr.cia de 1 e 2. O Filho, nascido "da união do Pai e da
Mãe. Jupiter, oposto a Saturno, por Êle destronado, corresponde à espiri-
tualidade. E' êle que ordena e decide, projetando o raio, a centelha da
Vontade. Côr de púrpura ou violeta (complementar da a m a r e l a ) ; idealis-
mo, conciencia, responsabilidade, auto-direção.
5 0) _ Espaço central, no qual as três cores primitivas se sintetizam
na luz branca. Estrela Flamejante, Mercúrio dos Sábios, quintessência, —
Éter vivente, sôbre o qual tudo age e reflete. Fluido de atração, grande
agente do magnetismo.
6_o) Domínio da interferência de 2 e 3. — Venus, a vitalidade, -o
orvalho geraidor dos seres. Côr verde: doçura, ternura, sensibilidade
física.
7 » ) — Interferência de .1 e 3 — Atividade material — Marte, neces-
sidade de ação, motricidade que despende e consome a energia vital. F o g o
devorador, côr de chama, amarelo-vermelho-escarlate; instinto de conser.
vação, egoismo, ferocidade mas, também, potência inquebrantável de
realização.
Este setenário, assim esboçado, encontra-se até nos sete pecados c a -
pitais,) cuja Orgulho,
distinção prejudicial
se funda em dados oriundo
quando iniciáticos.
de uma vaidade frívola,
a

ligado ao Sói, porque, como êle, ofusca os fracos.


.— 42 —

b) — Preguiça, proveniente da passividade lunar, elaiiguecida em


inércia abusiva;
c) — Avareza, vício essencial dos saturninos, previdentes e prudentes
em excesso;
d) — iOula própria dos jupitevinnos, indivíüuos hospitaleiros e gene-
rosos, que cuidam muito do próprio eu;
e) —• Inveja, tormento dos mercurianos, agitados, que jamais se sa-
tisfazem e não podem deixar de ambicionar aquilo que nãc
possuem;
f ) — Luxuria, proveniente do exagero das qualidades de Venus;
g ) — Cólera, enfim, que é> o defeito de Marte, de que exalta a v i o -
lência e os transportes.
Note-se que 1 se põe a 6, 2 a 7 e 3 a 4, enquanto 5 a nada se opõe,
assegurando o equilíbrio geral.
Se fosse suprimido um só desses pecados capitais, o equilíbrio do
mimdo material romper-se-ia. Nada demonstra melhor a importância do
setenário, tal como o concebem o? iniciados.

A OCTÜADA SOLAR

O número oito que é o dos Kabirim semíticos, encontra-se no emblema


babilónico doj Sol, cujos raios se repartem numa dupla cruz. Verticais e
horizontais* estão colocados seus raios rígi-
dos, que se referem ao quaternário dos
elementos, bem como aos eMtos físicos da
luz e do calor. Os raios oblíquos indicam,
ao contrário, pela ondulação, que estão vi-
vos e como, além disso, são triplos, fazem
alusão ao duodenário (4x3) das divisões
da eclíptica, como veremos mais tarde.
0 Sol eia considerado, pelos antigos,
como um dos sete agentes coordenadores
do mundo, mas se lhe atribuía, por outro lado, uma influência permanente,
essencialmente reguladora. E' êle que assegura a ordem das estações, a
sucessão regular do dia e da noite, de modo que, por extensão, todo o fun-
cionamento normal fosse considerado como obra sua. O deus-luz tem horror
à desordem, que reprime por toda parte. E' por isso que êle favorece o r a -
ciocínio lúcido, que coordena as idéias segundo as leis de uma lógica sã.
Modera as paixões, a - f i m - d e qüe elas não possam perturbar a serenidade
de que êle é o prodigalizador. Intervém até no organismo, quando tudo
não funciona normalmente. A medicina foi, por isso, colocada sob a égide
do ,deus-regulador, cujo filho, Asclépios ou Esculápio, tem o poder de curar,
restabelecendo a harmonia do ritmo vital, tornado discordante pela enfer-
midade.
— 42
A virtude solar tende a dissipar todos os males;1, ela faz penetrar a
clareza no entendimento, a paz no espírito e restitue a saúde ao corpo.
Sua ação é reparadora, de tal forma, que o Sol foi considerado como o grande
amigo dos viventes, seu salvador ou Redentor. Nesta qualidade, convém
grupar sua irradiação em cruz ou, melhor, em dupla cruz. O Cristianismo
imbuiu-se dessas idéias antiquíssimas.
Um Sói cujos, raios formam oito feixes de luz, decorava o Orador das
Lojas do século X V I I I . ftsse emblema exprimia, com muita propriecla.de.
àquele que vela pela aplicação da lei e deve fazer a luz, n<1 espírito do.
Neófitos, sôbre os mistérios da iniciação.
Observemos, ainda, 4 ue o nosso algarismo 8 deriva de dois quadrados

superpostos ou se tocando por um dos ângulos

Esta última forma é oriunda da letra Het fenícia, oitava letra do alfabeto
primitivo que, simplificada, tornou-se o nosso H (também oitava letra) e
o nosso 8. Ela lembra-nos um quadrado duplo e longo, isto é, um quaãrt-
longo, que representa a Loja ou. mais exatamente, o santuário inviolável
do supremo ideal maçónico.
Além disso, 8 ê o cubo de 2, que se pode repre-
sentar. graficamente, pela figura à margem, que
mostra a realização da OCTOADA, unidade superior
e perfeita, no domínio das três dimensões. Oito tor-
na-se, assim, o número ca coesão construtiva, fonte
da solidez da Grande Obra Maçónica.

A ENÊADA OU TRÍPLICE TERNÁRIO

Se. numa Loja. oito é o número do Orador e sete o do Mestre que dirige
os trabalhos, nove é o número adequado ao Secretário, encarregado do tra-
çado que assegura a continuidade da Obra.
Simbólicamnete, o traçado executa-se sobre uma prancha dividida em
9 quadros, cuja ordem numérica determina a significação.
A s três filas de números correspondem aos graus de Aprendiz, Com-
panheiro e Mestre. Referem-se, também, à idéia, à voDtade e ao Ato. As
colunas verticais exprimem, em compensação, a tripli-
eidade inerente a toda manifestação unitária, na qual
distinguem-se. necessariamente, três termos:
1 « — o SUJEITO, agente, princípio de ação, causa
ativa, centro de emanação;
2 o — o VERBO, atividade, trabalho, emanação ra-
diante;
3 / — O OBJETO, resultado, obra terminada, ato afetuado.
Aplicando-se estas noções gerais a cada um dos termos do tríplice
ternário, chega-se às seguintes interpretações:
1) 0 princípio pensante, centro de emissão do pensamento. '
2) — O pensamento, ato, ação de pensar;
3) — A idéia, pensamento Yormulado ou emitido;
4) — O princípio votivo, centro de emissão da vontade;
5) — A energia volitiva, a ação de querer;
6) — O voto, o desejo, a volição desejada;
— O princípio ativo, dispondo do poder executivo, dirigente e rea-
lizador ;
8) — A atividade operante;
9) — O ato realizado e sua repercussão permanente; a experiência
do passado, semente do futuro.
Não lia palavras capazes de traduzir o que êsse agrupamento de n ú -
meros sugere aos iniciados. Isto iaz parte dos segredos incomunicáveis.
Para não haver confusão entre domínios e categorias, necessária se torna
uma concepção clara e bem nitida.
É o que se cihama, simbolicamente, trabalhar na prancha de desenho
ou lá boa de traçar.

A DÉCADA

Em hebráico, TRADIÇÃO chama-se "QUABBALAH". e por isso, de-


nomina-se CABALA à filosofia que se transmite, iniciaticamenté, de gera-
ção em geração. Baseia-se ela sobre as especulações numéricas resumidas
na teoria dos SÉPHIROTH (números) cujo fim é ligar o Relativo ao Abso-
luto, o Particular ao Universal, o Finito ao Infinito, a Terra ao Céu. Esta
união obtem-se por meio da DÉCADA, da qual cada termo recebeu sua
denominação característica.
1) — Coroa ou Diadema — Unidade, Centro, Princípio de onde tudo
dimana e encerra tudo em potência, em germe ou semente. 0 Pai, Font»,
ponto cie partida de toda atividade. Agente pensante' e conciente que diz:
Ehlveli — eu. sou!
2) — Sabedoria — Pensamento criador, emanação imediata do Pai.
seu primogênito, o Filho, Palavra, Verbo, Logos ou Razão Suprema.
3) — Inteligência, Compreensão — Concepção e geração da idéia. Isis,
Virgem-Mãe. que >dá a luz à imagem original dc todas as cousas.
4) — Graça, Misericórdia, Mercê, Grandeza, Magnificência — Bondade
criadora, que incita os seres à existência. Poaer que dá e espalha - a vida.
5) — Rigor, Severidade, Punição, Temor, Julgamento — Governo,
administração da vida adquirida. Dever, auto-domínio moral que reprime,
que modera. Diecreção, reserva que obriga à restrição.
6) — Beleza, — Ideal, segundo o qual as cousas tendem a constituirem-
se. Sentimento, Desejo, Aspiração, Volição no estado estático.
— 44 —-

7) — Vitória, Triunfo, Firmeza — Discernimento que dissipa o CAOS,


coordena as forças construtoras do mundo, dirige sua aplicação e assegura
seu Progresso. O G.\ A.'. D. - . U.\.
8) — Esplendor, Glória — Coordenação,.Lei, Justiça imanente; Lógica
das cousas; encadeamento necessário cias causas e dos efeitos.
9) _ Base, Fundamento, Víano imaterial, segundo o qual tudo ate
constroi. Potencialidade latente. Prancheta de traçar. Fantasma preexis-
tente do que deve ser.
10) _ Reino, Criação — A Pedra da perpétua transformação. Apa-
rência, Fenomenal idade. Matéria fonte de todas as ilusões e de todas as
imposturas.
O décimo Sephiro (número) torna a reduzir à unidade os nove pre-
cedentes; figura o plano sobre o qual se ergue o portador (la Coroa, isto é,
o Homem universal, o Grande Adão espiritual, cujo corpo é assim, distri-
buído entre os Sephiros (números) :
SABEDORIA, cerebro; Inteligência,
garganta, orgãos da palavra; Graça., braço
direito; Rigor, braço esquerdo; Beleza, peito,
coração; Vitória, perna direita; Esplendor.
perna esquerda; Base, orgãos da geração.
A DÉCADA SEFIRÓTICA (numérica)
é comparável ã arvore da vida das antigas
cosmogonias, conforme mostra a figura à
margem, baseada nesta concepção.
Os três primeiros números constituem
uma tríada intelectual, que se reflete numa
segunda tríada moral ou psíquica, que, por
sua vez, é apoiada por uma última tríada
dinâmica ou física. A coluna central 1, 6, 9 e
10 é neutra ou andrógina, conciliadora das
oposições da direita e da esquerda, isto é.
entre 2, 4, 7, figurando a Col.'. J.\, mas-
culino-ativa, e 3, 5, 8, a Col.'. B.'. femenino-passiva.
O simbolismo Maçónico concorda, in tot um. com o q.ue a Cabala tem
de essencial. Sob êste ponto de vista, vamos mostrar a coincidência da
árvore ãa viãa e a hierarquia dos Oficiais de uma Loja Maçónica, da árvore
dos Séçhiroth com a organização e a hierarquia.
1) —a Coroa ocupa o lugar do Ven.\ Mestre, dirigindo os Trabalhos,
que os ramos do Esquadro ligam a 2, isto é, à Sabedoria, à Razão, — o
Orador, e a 3, Inteligência, compreensão, que registra, — o Secretário..
4) — Graça e 5) — Rigor, correspondem ao Hospitaleiro e ao Te-
soureiro.
6) — Beleza, cabe ao M.'. de Cerimonias, coordenador de todas as for-
malidades do ritual.
45 —
1) — Vitória, Firmeza e 8) — Esplendor, Ordem, são próprias dos
1.° e 2.° Vigilantes, enquanto que 9) — Base ou Fundamento refere-se ao
Experto, guarda das Tradiçõe®

10) — Reino, ou mundo profano, é o domínio do Ir.-. Cobridor, que


velá, exteriormente pela segurança dos trabalhos.

O NÚMERO ONZE

q número onze foi, sempre, considerado particularmente misterioso,


talvez porque exprime a reunião de 5 e 6, que são os algarismos do Mi-
crocosmo e do Macrocosmo.

0 verdadeiro iniciado deve concentrar sôbre si as energias espalhadas


e difusas do ambiente; disporá, assim, de uma potência ilimitada, prove-
niente das forças invisíveis ou astrais, no sentido iniciático' da palavra. O
Maçom, que se vota, de todo coração e com toda sua inteligência, à exe-
cução do plano do Grande Arquiteto, pode executar um trabalho muito
superior aos seus recursos pessoais, porque com êle se mantém solidárias
todas as energias que são postas em atividade pela mesma boa vontade.
A Cadeia de União é efetiva para todo o adepto sincero que tendo realizado
o equilíbrio ( 8 ) , recebe, na medida da corrente que soube estabelecer,
transmitindo-a.

Para completar o estudo do número onze, deve-se, além de considera-lo


como a soma de 5 e 6, decompo-lo em 4 e 7, 3 e 8, 2 e 9 e 1 e 10, atribuindo
a êsses números o valor que êles têm no trípice ternário e na arvore dos
números.

4 e 7 fazem resaltar a potência de 11. de um poder de vontade inque-


brantável, f i x o e positivo ( 4 ) , associado ao discernimento que, colocando
cada qual em seu lugar, sabe dirigir com! tino e mandar, estabelecendo a
harmonia ( 7 ) .

3 e 8 significam a Inteligência (3) unida à boa administração (8).

2 e 9 representam a irradiação da Sabedoria ( 2 ) , acumulada sôbre a


prancha de traçar (9) . O iniciado prevê, atua e influe sôbre tudo o que
deve acontecer; daí, seu poder irresistível.
1 e 10 nos mostram, enfim, a sintése da década. Restabelecida a U n i -
dade, o Todo presta-se à execução das maravilhas da " c a u s a Única", de
que trata a Táboa de Esmeralda de Hermes Trimegista.

Por outras palavras: "Penetremos até o centro e tudo nos obedecera'

O DUADENÁRIO

Doze corresponde ã divisão mais antiga e mais natural do círculo, dada


— 46 —-

por dois diâmetros que se cortam em ângulos retos


e por quatro arcos, do mesmo raio quo o da cir-
cunferência. traçados tomando-se como centro os
extremos da cruz, como nos mostra a figura à
margem.
Esta divisão é aplicada ao Céu, onde deter-
mina doze espaços iguais, que o Sói percorre, re-
gularmente, em sua trajetória anual aparente, em
torno da terra.
As Constelações, que coincidiram, outrora,
com estes espaços, lhe deram seus nomes, tirados de animais ou de seres
animados.
Assim formou-se o ãuoãenário zodiacal, cujo simbolismo é de máxima
importância, porque o ano se torna o protótipo de todos os eidos, emwe-
matizando tanto as fa^es da vida humana com as da Iniciação.
Nos Mistérios de Cêres, o Iniciado partilhava, de fato, dos destinos
da semente confiada ao solo. Como esta. êle deveria sofrer a influência
solar para desenvolver-se e frutificar, denois do <xue tomava a passar por
êsse encadeamento de transformações de que resulta o ciclo da vida. Cada
Signo do zoidiaco tem, sob este ponto de vista, significação particular qu e
será compreendida depois cie algumas indicações gerais sobre o simbolismo
dos doze Signos.

Esta figura resume as tradições sôbre o zodíaco, cujos signos têm es-
treita ligação com o setenário dos planetas- considerando o Sol como tendo
— 47 —-

morada no Leão e a Lua no Cancer. Os outros domínios ou esferas de in-


fluência dividem-se do modo seguinte:

• Mercúrio — Gêmeos — Virgem


Venus — Touro — Balança
Marte — Áries — Escorpião
Jupiter —• Peixes — Sagitário
Saturno — Aquário — Capricórnio
P o r outro lado, cada signo participa da natureza de um dos quatro
elementos, donde a seguinte classificação.
Fogo — Áries — Leão — Sagitário
Terra — Touro — Virgem — Capricórnio
Ar — Gêmeos — Balança — Aquário
Água — Cancer —• Escorpião — Peixes
Cada signo é, deste modo, caraterisado por um Planeta e por um
elemento. Vejamos, agorà, o que se infers destes dados em relação à i n i -
ciação .
Os doze Pentaclos seguintes, uninco o Elemento e o Planeta ao Signo,
elucidarão a questão:
X Á R I E S — FOGO — M A R T E . Trata-se do fogo construtivo inte-
rior, estimulando o crescimento e o desenvol-
v i m e n t o . Entorpecido no inverno, desperta na
primavera, fazendo germinar a semente e p r o -
vocando a eclosão dos rebentos. Representa a
iniciativa individual- que se desenvolve sob o
impulso de uma influência exterior, como a
energia encerrada no germe entra em função
sob a ação do Sói.
Símbolo - O ardor iniciático conduzin-
do à procura da Iniciação.

II - TOURO - TERRA - VENUS . A Matéria receptiva, na qual

se efetua a fecundação. Elaboração interior.


Símbolo - 0 Recipiendário, judiciosamente preparado, foi admitido

às provas.
I l l — GEMEOS — A R — MERCÚRIO. .ç.Os filhos da Terra fecunda-
da pelo Fogo. O duplo Mercúrio dos Alquimistas, simbolizado por duas
cabeças. Vitalidade construtiva. Sublimação da matéria na flôr que
murcha.
Símbolo — o Neófito recebe a Luz.

IV _ OANiCER — ÁGUA — LUA, A seiva entumece as formas que


atingem à plenitude. A vegetação é luxuriante E' a estação das folhas,
das ervas e dos legumes, mas os cereais e os frutos estão, ainda, verdes.
Dias longos, esplendentes de luz.
Símbolo — 0 Iniciado instrue-se, assimilando os ensinamentos
iniciáticos,

V — LEÃO — FOGO — SOL. Terminada a ação construtora do ardor


interior de Aries, o Fogo exterior intervem para resecar e matar toda a
constituição aquosa, cozendo e amadurecendo o envólucro dos germes
A razão implacável exerce sua crítica severa sôbre todas as noções
recebidas.
Símbolo — O Iniciado julga, por si próprio e com severíãade, as idéias
que puderem, seduzi-lo.

\
VI — VIRGEM — TERRA — MERCÚRIO. A substância fecundada,
esposa virginal do Fogo fecundador, dá à luz e recupera sua virgindade.
A colheita está madura; o calor é menos tórrido.
Símbolo — Tendo feito sua escolha, o Iniciado reúne os materiais• <*«•
construção para desbata-los e talha-los segundo o seu destino.

VII — BALANÇA — AR — VENUS. Equilíbrio das forças constru-


toras e destrutivas. Maturidade: o fruto no máximo de seu sahor.
Símbolo — 0 Companheiro em estado ãe desenvolver seu máximo de
atividade utilmente empregada.

VIII - ESCORPIÃO — ÁGUA - MARTE. A massa aquosa fermen-


ta. Os elementos de construção vital dissociam-se, atraídos por novas com-
binações. Desorganização revolucionária. O Sol precita sua queda para o
outro hemisfério.
Símbolo — Conluio dos maus companheiros. Hiram c ferido ãe morte.

I X _ SAGITÁRIO - FOGO - JUPITER. O espírito animador des-


taca-se do cadaver e paira nas alturas. A natureza toma um aspecto
desolador.
Símbolo — Os obreiros abandonados, sem direção, lamentam-se e
dispersam-se à procura do corpo do Mestre assassinado.

X — CAPRICÓRNIO — T E R R A — SATURNO. Nada mais vive; a


substância terrestre está inerte, passiva, mas é, ainda, fecunãávcl.
Símbolo — Descobre-se o túmulo de Hiram.

X I — AQUÁRIO — A R — SATURNO. 03 elementos, construtivos r e -


constituem-se na terra adormecida, mas em preparo de novos esforços ge-
radores; ela satura-se de dinamismo vitalizante.
Símbolo — O cadaver de Hiram é desenterrado e forma-se a cadeiai
para resus cita-lo.
X I I — P E I X E S " — ÁGUA — JUPITER. O gelcH çfuebra-»e; a n«y«
funde-se, impregnando o solo de fluidos próprios a serem vitalizados. Os
dias dilatam-se rapidamente; o reino da Luz impera.
Símbolo — Hiram é levantado, toma a si; a Palavra PerMda é
encontrada.

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