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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB


POLO HUMBERTO DE CAMPOS
CURSO DE LICENCIATURA EM FILOSOFIA

JÔINA OLIVEIRA PEREIRA

A ESTÉTICA NA COMTEMPORANEIDADE: ARTE COMO CULTURA DE MASSA

HUMBERTO DE CAMPOS
2023
JÔINA OLIVEIRA PEREIRA

A ESTÉTICA NA COMTEMPORANEIDADE: ARTE COMO CULTURA DE MASSA

Monografia apresentada ao Curso de Filosofia da Universidade Estadual do


Maranhão, como requisito parcial para o grau de Licenciatura em Filosofia.

Orientador: Prof. Me. Simey Fernanda Furtado Teixeira

HUMBERTO DE CAMPOS
2023
JÔINA OLIVEIRA PEREIRA

A ESTÉTICA NA COMTEMPORANEIDADE: ARTE COMO CULTURA DE MASSA

Monografia apresentada ao Curso de Filosofia da Universidade Estadual


do Maranhão, como requisito parcial para o grau de Licenciatura em
Filosofia.

Orientador: Prof. Me. Simey Fernanda Furtado Teixeira

Aprovada em:

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________
Orientador: Prof. Me. Simey Fernanda Furtado Teixeira

__________________________________________
1º Examinador:
Profa. Ma.

__________________________________________
2º Examinador:
Prof. Esp.
AGRADECIMENTOS
RESUMO

Palavras-chave:
ABSTRACT

Keywords:
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11

2 ESTÉTICA: A FILOSOFIA DA ARTE.....................................................................12


2.1. Conceitos-chaves da Estética.................................................................................15
2.2. Fragmentos Históricos da Evolução Estética..........................................................17
2.3.

3 A ESTÉTICA NA CONTEMPORANEIDADE
3.1. A Indústria Cultural e a Autonomia do Sujeito

3.2. Massificação e Ideológia: Capitalismo e Cultura de Massa

3.3. Sentidos do Desenvolvimento Indústrial e Tecnológico para o Consumo

3.3.1. Marketing e Consumismo: A Cultura do Supérfulo

4 CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS
9

1 INTRODUÇÃO

A estética é considerada uma das áreas mais importantes da filosofia


da arte e da cultura, pois estuda os princípios, as formas e as condições de
produção e recepção da obra de arte. Com o avanço da tecnologia e das
mídias digitais, a arte e a cultura de massa têm se tornado cada vez mais
influentes na sociedade contemporânea.
Dessa forma, torna-se fundamental a compreensão de como essas formas de
expressão se relacionam com a estética contemporânea.
A presente monografia tem como objetivo analisar a relação entre a
estética contemporânea, a arte e a cultura de massa. Com base nos autores Adorno
(2008), Walter Benjamin (1987) e entre outros filosofos que fundamentam o tema
pesquisado. Para isso, serão abordados conceitos-chave da estética, como também
fragmentos históricos de evolução estética, visando entender como a estética se
desenvolveu ao longo do tempo.
Serão analisados também os principais aspectos da estética na
contemporaneidade, com destaque para a indústria cultural e a autonomia do
sujeito, a massificação e a ideologia, o desenvolvimento industrial e tecnológico
para o consumo, bem como o marketing e o consumismo, a cultura do
supérfluo.
A partir dessas reflexões, espera se contribuir para uma compreensão
critica da relação entre a estética contemporânea, a arte e cultura de massa,
assim como refletir sobre os desafios e perspectiva para a produção e
recepção da arte na sociedade contemporânea.
Sobre pesquisa científica Gil (2010, p.17), discorre que “é o procedimento
racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas
que são propostos”. Ancorada no caráter científico da pesquisa, as hipóteses em seu
decorrer, podem ser confirmadas ou refutadas onde ambas contribuem para o
desenvolvimento científico levando a elaboração e novas hipóteses e à busca de novas
respostas. (LAKATOS; MARCONI, 1991).
10

2 ESTÉTICA: A FILOSOFIA DA ARTE

A filosofia tem várias áreas de interesse, dentres elas temos o campo da


estética. Entretanto, a palavra estética nos gera várias incógnitas. Quando falamos a
palavra estética o que pensamos? Será que a estética trata somente sobre tratamento
de beleza, tratamento cirugico? Salientamos, que a partir de Braumgarten, em sua obra
Aesthetica, publicada entre os anos de 1750 e 1758, temos a estética como novo
campo da filosofia, ou seja, a autonomia de um connhecimento sensível em relação ao
conhecimento lógico.(Baumgarten, 1963, apud Kirchof, 2016)
No entando, os filosofos do século VXIII, não compreendiam sobre a definição
dessa nova disciplina na qual Baumgarten definia como a ciência do belo, e se voltava
principalmente para a contemplação das artes (belas artes), pois o belo é aquilo que
comove, já a estética é um tipo de pensamento que refelete sobre aquilo que nos
emociona.
Segundo Baumgarten (1993, apuld Cecim, 2014) diz que, o conceito de belo
tem um papel fundamental quando aplicado com rigor filosófico ao
conhecimento sensível no campo teórico: o belo diz respeito ao pináculo do
aprimoramento do conhecimento sensível. O belo corresponde, assim, à síntese
da perfeição do conhecimento sensível. (BAUMGARTEN,1993, APULD CECIM,
2014 p. 4)

Desta forma, o autor supracitado, trata a estética como uma nova área de
conhecimento,dentro da sensibilidade, pois tal conhecimento se relaciona com o
conhecimento conceitual e o abstrato gerando então uma gnosiologia superior, ou seja
um estudo sobre o conhecimento humano.
Nesse sentindo, essa nova definição da estética no campo filosófico, trouxeram
inquietações ao tema, já que o campo da subjetividade em que a estética está inserida
como filosofia da arte dispõem conceitos fundamentais sobre emoções e experiências
dos sujeitos com a arte.

Desta forma o que Baumgarten (1993, apud Cecim, 2014) se refere


notadamente, em seus escritos da Estética, ao termo belos pensamentos como
equivalentes ao belo conhecimento, pois se trata de um conhecimento sensível
que atinge a ideia do objeto, sua unidade e harmonia apenas por intermédio da
faculdade superior. Já na filosofia Wolffiana a estética por parte de Baumgarten:
sustenta a possibilidade de elevar nossas percepções da obscuridade e
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confusão em que se encontram para o estado de distinção e clareza através


das operações intelectuais e lógicas da apercepção. Se apenas por meio da
experiência (o exercício estético aludido por Baumgarten) podemos vir a
perceber as coisas sensíveis, é somente através da nossa apercepção que
podemos atingir a unidade estética que caracteriza o belo propriamente dito.
(BAUMGARTEN, 1993, APULD CECIM, 2014, p. 8)

Nessa perpectiva, a estética busca compreender o mundo atráves de


elementos essênciais que os compõem, ou seja, o belo, sublime e o pitoresco.
A humanidade tem como ponto de partida sobre as questões da estética a
interpretação do mundo através das sensações pelo gosto, beleza, as quais a arte
propociona, com técnicas e elementos conceituais.
Porem, Platão define a arte e a filosofia como “imitação”, considerando que a
poesia corrompia o entendimento dos homens e atrapalhava sua educação, exceto os
filosósfos que conheceiam sua essência em natureza, e somente os fenômenos supra
sensivéis a qual teremos acesso pelos pensamentos, localizados na metafísica e são
considerados como ideias da verdadeira realidade.
O filosófo não usava o termo estética, mas considerava o belo como perfeição
na ideia de suprema beleza. Para Friedrich Schlegel “naquilo que chamamos filosofia
da arte habitualmente falta uma coisa ou outra, ou filosofia ou então a arte”.( 1997,
p.11)
Portanto os Parametros Curriculares Nacionais (1997) afirma: “Desde o início
da história da humanidade a arte sempre esteve presente em praticamente todas as
formações culturais.” Inicialmente, isso se deu muito mais por uma necessidade de
adaptação, de transformação do meio em favor do homem. (BRASIL, 1997, apud
WANDSCHEER, 2011, p.2)
Para Friedrich Schlegel, a produção dos poetas e a reconstrução dos seus
ritmos tornaram-se arte, porém os primeiros românticos não eram possivel enquanto
concretização de obras, seus escritos costumam a ser críticos, cartas, fragmentos,
dialógos, ou ainda traduções.(1997, p. 16)

Pois, tem todos em comum o fato de remeter a um outro ausente: a tradução


original, os fragmentos a um todo, as cartas e os dialógos a um referente
externo do qual eles tratam, a estética ao texto literário, ou a totalidade do
sistema literário. Há falta pois a origem é, por definição aquilo que sempre falta.
12

(ANTOINE BERMAM apud, FRIEDRICH SCHLEGEL, 1997, p.16)

Desta forma se entende que a arte apresentava uma falha, pois não conseguia
obter uma coisa e nem a outra. Assim se refletiu sobre a estética na época pré
romantismo, que levou o desenvolviemento dos trabalhos de filosofos posteriores,
principalmente os que surgiram no final do século XIX.
Portanto tem a necessidade de compreender que precisamos da filosofia da
arte para produzir, apreciar e criticar a arte. Pois a estética em sua grande relevância
possibilita o desenvolvimento da compreensação de beleza como uma estrutura
entocável. Como cita Platão a seguir:

Para Platão, o Belo está pautado na noção de perfeição, de verdade. Para ele,
a Beleza existe em si mesma, no mundo das ideias, separada do mundo
sensível (que é o mundo concreto, no qual vivemos). Assim, as coisas seriam
mais ou menos belas a partir de sua participação nessa ideia suprema de
Beleza, independentemente da interferência ou do julgamento humano.
( FRIEDRICH SCHLEGEL, 1997, p.16)

Assim, busca-se encontrar nos textos platônicos e Aristotélicos desdobramentos


para o que hoje chamamos de estética, esses filosofos não escreveram suas obras
usando os termos estética, falaram sobre temas que na atualidade de certa forma está
relacionada com a estética, tais como: reflexões sobre arte, beleza, sensibilidade e a
relação dessas coisas com a filosofia. Ou seja, a estética existente nas obras dos
filosofos não estava vinculada ao termo “filosofia da arte”, por que a palavra estética
não siguificava uma disciplina para eles. Portanto a etimologia da palavra “estética” vem
do grego "aisthésis", que suguinifica experiência, sensibilidade, conhecimento sensível,
sentimento, sensação, percepção. (LACERDA, et. al, 2018, p. 1)

Segundo as Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação Básica do


Estado do Paraná (2008) diz que: Estética é o campo da Filosofia que reflete e
permite a compreensão do mundo pelo seu aspecto sensível.“A atitude
problematizadora e investigativa, característica da Filosofia, volta-se também
para a realidade sensível. Compreender a sensibilidade, a representação
criativa, a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas
determinam as relações do homem com o mundo e consigo mesmo, é objeto do
conteúdo estruturante Estética.” (PARANÁ, 2008, p. 59)

Desta forma, é necessário a compreensão sobre a estética como disciplina


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fiosofica que se dedica sobre a sensibilidade na arte. Haja visto, que os temas de
interesse da estética é justamente a sensibilidade, subjetividade, a beleza, a feiura, o
gosto, a qual nos permitem compreender sobre a dimensão da arte e suas
possibilidades. Mas, não se trata sobre o pensamento que a estética como
aproximação do campo de produção artística, ou seja, ela é um dialogo com os artístas
e não um direcionamento.
Nesse sentido a filosofia da arte busca entender como se dá a organização em
que está interligados os elementos que fundamentam as diversas formas do fazer
artístico. Pois, a arte é a forma de como o homem mostra um conceito e se exprime,
desde os tempos mais antigos até a atualidade.

2.1 Conceitos-chave da Estética

Baumgarten foi um dos primeiros filósofos a explorar a relação entre a


percepção sensorial e a experiência estética. Seus conceitos-chave ajudaram a
estabelecer a estética como uma disciplina acadêmica que influenciou muitos outros
filósofos e artistas ao longo dos séculos a medida que defedeu “a existência da
verdade estética, paralela à já aceita verdade lógica”, como cita Kirchof (2012, p. 28) .
Sua teoria sobre as aptidões da faculdade inferior permitiu a evolução do
conceito de percepção estética (cognitio sensitiva,) que é a forma pela qual se define a
estética. Tal percepção se diferencia de uma restrita admiração dos objetos, em face de
um novo olhar voltado para as aptidões receptivas e criteriosas de compreensão da
sensibilidade. Essa concepção desencadeia a habiidade psicológica humana que
permite a contemplação do belo.

Segundo Kirchof, devido às suas inovações(...), a cognição perceptiva,


em Baumgarten, adquire funções criativas, discriminatórias e
semióticas, que o filósofo liga, em alguns de seus escritos, aos efeitos
produzidos pela obra de arte no espírito humano. Em poucos termos,
Baumgarten funda a percepção estética, chamada, ainda de forma bastante
reducionista, de belo. (KIRCHOF, 2012, p. 59).
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Além dele, vários filósofos exploraram a relação entre a percepção sensorial e a


experiência estética ao longo da história. Entre eles, podemos citar Immanuel Kant, que
em sua obra Crítica da Faculdade do Juízo, discutiu a natureza da beleza e a relação
entre a percepção sensorial e o juízo estético. Friedrich Nietzsche, em sua obra O
Nascimento da Tragédia explorou a natureza da arte trágica e sua relação com a
percepção sensorial, e Maurice Merleau-Ponty, que em sua obra Fenomenologia da
Percepção discutiu a relação entre a percepção sensorial e a experiência estética na
filosofia da fenomenologia. Esses filósofos e muitos outros contribuíram para o
desenvolvimento da estética como disciplina acadêmica e influenciaram a forma como a
arte e a experiência estética são compreendidas e apreciadas hoje em dia.
Os conceitos-chave desempenham um papel fundamental na produção
científica, pois fornecem uma estrutura conceitual para a análise e compreensão dos
fenômenos estudados. Eles permitem que os pesquisadores se comuniquem de
maneira clara e precisa e ajudam a estabelecer uma linguagem comum dentro de uma
determinada disciplina. Além disso, são frequentemente usados para construir teorias e
modelos explicativos que podem ser testados e refinados por meio do método
científico.Eles ajudam os pesquisadores a formular perguntas de pesquisa relevantes e
a desenvolver hipóteses que possam ser testadas empiricamente.
Ademais, salientamos que Baumgartem (1993) destaca alguns conceitos
chaves: como a sensibiidade, a percpção, beleza e a arte. Para ele a sensibilidade é a
capacidade humana de experimentar e apreciar a beleza. Ou seja, a percepção, é a
forma como a mente interpreta e processa as informações sensoriais e atraves dela
que podemos experiementar a beleza e a arte. Haja visto que a beleza é a harmonia
entre as sensações sensoriais e a mente, sendo ela uma experiência subjetiva e que
cada indivíduo tem uma percepção única do que é belo. Portanto, a beleza é uma
perfeição sensível, que é reconhecida imediatamente e sem conceito. E a arte é uma
forma de comunicação que utiliza a sensibilidade e a percepção para transmitir uma
mensagem. Pois, ela permite que a humanidade expresse o que deve ser apreciado e
valorizado, e assim a percepção interpreta as sensações e as transforma em
conhecimento. É através dela podemos experimentar a beleza e a arte.
Na contemporaneidade a estética se difundi atraves da Interdisciplinaridade em
15

que se baseia por várias áreas de conhecimento como a filosofia, a história da arte, a
sociologia, entre outras. Desta forma busca valorizar a diversidade cultural e a
multiplicidade de perspectivas, reconhecendo que a interpretação e o significado da
arte são influenciados pelo contexto social, político e histórico. E, ainda
contextualização a arte e a experiência estética, reconhecendo que o significado da arte
é influenciado pelo contexto em que é criada e recebida, com a participação ativa
enfatiza a importância do espectador na experiência estética, reconhecendo que a arte
não é apenas um objeto passivo, mas uma forma de interação e comunicação.
Assim, a estética contemporânea desconstroi as narrativas dominantes e os
valores culturais, buscando subverter as normas estabelecidas. Isso pode envolver a
exploração de temas como identidade, poder, gênero e raça.
Por fim, os conceitos-chave ajudam a moldar a forma como a arte e a estética
são percebidas e apreciadas, influenciando a forma como as pessoas experimentam e
valorizam a arte em suas vidas.

2.2 Fragmetos Histórico da Evolução da Estética

Como a estética é uma disciplina que investiga as manifestaçõs artísticas e os


sentimentos que ela expressa. Podemos dizer que a arte se faz presente na história da
humanidade, desde o período pré historico, com base nos registros das pinturas
rupestres nas cavernas, desta forma é percepitel que sua presença historicamente se
faz em todas as civilizações.
A estética foi introduzida na filosofia por Alexander Baumgartem, e o termo
estética referia – se a cognição por meio dos sentidos, ou seja, conhecimento sensivel.
Porém, mas tarde passou a usar o termo como referencia a percepção da beleza,
especialmente na arte. Para Baumgartem a estetica tem exigências próprias em termos
de verdade, pois alia a sensação e o surgimento da racionalidade.(BAUMGARTEN,
1993, apud CECIM, 2014, p. 11 )
Para Menezes (2017) a estética para completa a lógica e deve dirigir a
faculdade do conhecer pela sensibilidade. Outro filosofo que deu continuidadea,
utilizando a palavra estética para designar o julgamento da beleza tanto na arte quanto
na natureza foi Immanuel Kant (1724-1804), a qual diz que o sentimento da beleza,
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quer de uma obra artística, quer da natureza, é expresso num juizo, e o filosofo nomeia
como juízo estética ou juízo do gosto. (KANT, 1995)
Há pouco tempo ampliou-se o conceito de estética. Desta forma, além de fazer
os julgamentos e considerar as atitudes acerca dos objetos avaliados que o individuo
tem ao apreciar uma obra de arte. A estética integrou-se a outros valores, que não se
limita somente a beleza no sentido único. Portanto, como ramo da filosofia buscou
estudar racionalmente os valores das obras e como ocorre o despertar dos sentimentos
provocados no homem na apreciação das artes.
A história das artes denomina a estética como renascentista, realista e
socialista. A qual acorre em periodos diferentes, e a visão da estética se configura de
acordo com o tempo em que está situada.
Portanto a estética renascentista vislumbra sobre a ideia de que a beleza é
característica das coisas, consideramdo a ordem, harmonia e expressa seus valores
matemáticamente na proporção exata. A estética realista, se configura a realidade
social e cotidiana, buscando uma relação autentica com os aspectos do cotidiano. Já a
estética socilaista faz sua relação aos aspectos politicos com ideologias socialista, as
suas obras mostram a felicidade.
Atuallmente utiliza-se o termo estética em vários sentidos cuturalmente,
socialmente e históricamente, por exemplo “uma clínica de estética, esta irá cuidar dos
aspectos da aparência exterior do homem/e ou mulher, afim de deixa-los mais belo,
dentro dos padrões estéticos da sociedade, tendência do momento”, neste sentindo a
palavra estética tem a conotação de beleza.
Por esta razão o belo e o feio se tornam questões filosóficas. Pois
objetivamente a beleza depende de quem analisa, desta forma para Platão a beleza é a
unica coisa que resplandece no mundo. Por um lado reconhece o caratér sensível do
belo, e por outro lado, sua essência ideal e objetiva. (PLATÃO, apud FRIEDRICH
SCHLEGEL, 1997, p. 20)
O período Classicismo retoma com as técnicas artísticas para inferir regras no
fazer artíticos a partir do belo, de forma que se estende mais que o platonismo,
fundando assim a estética normativa. Assim as suas obras, difundi de objetos
agradáveis a apreciação dos sujeitos em sua variedade. Pois é valorizado neste
17

período o equilibrio, pureza e rigor da forma, perfeição e o senso de proporção.


Os filósofos impiristas do século XVIII, acreditavam que o conhecimento eram
obtidos através de experiências sensíveis.

Locke e Hume relativizam a beleza, uma vez que ela não é uma qualidades das
coisas, mas só o sentimento na mente de quem as contempla. Por isso, o
julgamento de beleza depende tão somente da presença ou ausência de prazer
em nossas mentes. Todos os julgamentos de beleza, portanto, são verdadeiros,
e todos os gostos são igualmente válidos. Aquilo que depende do gosto e da
opinião pessoal não pode ser discutido racionalmente, donde o ditado: "Gosto
não se discute". O belo, portanto, não está mais no objeto, mas nas condições
de recepção do sujeito. (ARANHA, 1986 Apud Pierre 2017, p.2)

Assim, os filosófos impirista conjecturam que o julgamento da beleza para o


nosso “eu”, depende da presença e ausencia do prazer incutido em nossa mente,
portanto, para eles todos os gostos são verdadeiros e igualmente válidos, pois a opnião
pessoal não se contesta racionalmente.
Desta forma, o belo não é visto como objeto, pois com essa ótica, ele passa ter
seu valor inssubistituível, dependendo de quem aprecia. Na atualidade, podemos
enfatizar sobre a música, as quais várias delas não tem boa receptividade e criticadas,
com a atual cultura, será que o gosto não se diverge? Será que o belo não pode ser
discutido também?
No século XVIII, na tentaiva de superar a dualidade – objetividade e
subjetividade. O idealismo transcendental, Kant afirma que o belo é aquilo que agrada
universalmente, ainda que não se possa justificar intelectualmente. [...], não pode ser
uma propriedade objectiva das coisas, mas nasce da relação entre o objecto e o sujeito,
não estando também o sublime nas coisas, mas no homem. (MENESES, 2013, p. 62)
Por exemplo, se a beleza é objetiva ou subjetiva, ela vai se debruçar sobre
sobre os julgamentos estéticos. Para o filosófo idealista, o objeto (belo) é uma ocasião
de prazer e as quais reside no sujeito a necessidade de apreciar o objeto.
Assim, o princípio do juízo estético surge como o sentimento do sujeito e não
como conceito de objeto, porém é despertado no individuo pela presenca do objeto
(belo) mesmo sendo um sentimento subjetivo e individual, mas, exitem a possbilidade
da universalização desse juízo, pois fatores atuantes subjetivos da faculdade julgar são
as mesmas em cada indivíduo. Pois assim o sujeito supera essa dualidade, objetivo e
ubjetivo, ou seja, nem um e nem outro, sempre ocorre os dois ao mesmo tempo.
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Entretanto, para o filosofo idealista, o belo é uma qualidade que atribue – se


aos objetos para exprimir o estado da subjetividade, pois desta forma, não há uma ideia
e regras para produzir objetos belos, ou modelos exemplares que são inimitavéis, mas
sim, um sentimento de cada sujeito sobre o que faz e aprecia.
Mais tarde, já no século XIX, a beleza muda de face e de aspectos através dos
tempos, neste período o filosófo Hengel introduz o conceito de história ao estudo do
obejto (belo). Tais mudanças são refletidas na arte, mas depende da cultura a qual está
inserida e da exigência interna da visão de mundo. (MENESES, 2013, p.54)
No mundo capitalista, a estética deve apreciar as propriedades específicas de
uma obra. Pois o peso, tamanho e a materia que a obra é produzida reflete no valor de
troca da mesma, mas a experiência estética do objeto (belo) é gratuita e sem valor
econômico, assim é classsificada a atitude estética pelo capitalismo. Todavia a
gratuidade da estética não é inutil, ou seja, apreciar o belo é gratituito, mas isso não
significa que não tenha valor.
A arte se faz presente na vida dos indivíduos afim de suprir a necessidade
humana e social como um componente, e assim o caracteriza os indivíduos como seres
humanos, mesmo não pretendendo obter conhecimentos lógicos sobre a verdade, ou a
ação imediata e tão pouco julgar em termos de utilidades ou determinados fins.
Existe sujeitos que ao apreciar uma obra de arte, a julguem como inútel, mas a
obra não é inútil no sentido amplo, todavia para tal sujeito a julga como inútel no sentido
capitalista. É importante salientar que a arte não deve ser julgada apenas pela ótica
capitalista, mas sim deverá ser apreciada pelo seu valor que expressa em sua essência
em sua estética.
Essa atitude desinteressada é chamada na história da filosófia como
contemplativa, mas é importante enfatizar que a contemplação não está oposta a ação,
ou seja uma percepção ativa sobre a antecipação ou a reconstrução da experiência. Se
baseia so na obra de arte, que é conhecida como um sujeito que conhece, que aprecia
e se deleita com a aobra de arte. Mas, por fim se baseia tanto na obra quanto no
sujeito.
Assim, quando apreciamos uma obra de arte, fazemos o juízo de valores. Para
Kant o juiz de valor trata da avaliação criada a partir dos nossos gostos e percepções
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individuais. Por isso, pode resultar numa avaliação pejorativa e ter por base fatores
culturais, sentimentais e ideológicos.(MENESES, 2013, P. 58)
Contrapondo o juízo de fato, define que as coisas são como ela são, decreve
algo como ele é, de forma objetiva. Já o juízo de valor define o objeto pelos aspectos do
bom, agradavél, bonito e ruim. E assim, percebe-se que a estética estará interligada ao
juízo de valor. Pois é no juízo de valor que se tem o juízo moral e o juízo estético. Desta
forma compreende que a arte se valia ao juízo de valor e o mesmo configura a cultura,
fazendo-se necessário diferenciar a arte da cultura.
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3 A ESTÉTICA NA CONTEMPORANEIDADE

A estética é um campo de estudo da filosofia dedicado a compreender e refletir


sobre arte, beleza e percepção estética. Filósofos como Platão e Aristóteles têm lidado
com essas questões desde a antiguidade. No entanto, com a "Crítica do Juízo" de
Immanuel Kant (1790), a estética ganhou um lugar de destaque na filosofia e tornou-se
uma disciplina independente.
Outros filósofos como Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger, Theodor Adorno e
Jacques Derrida começaram a desenvolver teorias estéticas a partir da obra de Kant.
Esses filósofos buscavam entender a arte e a estética. Entendiam que a estética não
era apenas uma questão de gosto ou beleza mais também uma dimensão fundamental
da experiência humana e da compreensão do mundo.
Em sua origem, a estética contemporânea está ligada às mudanças que
ocorreram na sociedade especialmente a partir da Segunda Guerra Mundial, o que
ocasionou mudanças significativas na forma como os produtos culturais são
produzidos, distribuídos e consumidos. Com o surgimento da cultura de massa e das
novas tecnologias, a estética contemporânea passou a abranger uma multiplicidade de
expressões artísticas, desde a arte digital até intervenções urbanas e performáticas.
A Escola de Frankfurt teve grande influência no surgimento da estética
contemporânea, principalmente no entendimento da arte como forma de resistência
política e social,

“surgida no século XX, mais precisamente em 1920, a Escola de Frankfurt foi


formada por pensadores do “Instituto para Pesquisa Social da Universidade de
Frankfurt”. Pautada nas ideias marxistas e freudianas, essa corrente de
pensamento formulou uma teoria crítica social interdisciplinar. Ela aprofundou
em temas diversos da vida social nas áreas da antropologia, psicologia, história,
economia, política, etc.”. (BEZERRA, 2023).

Seus principais representantes foram: Theodor Adorno, Max Horkheimer e


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Walter Benjamin. Em sua obra “Teoria Estética” (2009), Adorno argumenta que a arte é
uma forma de crítica social e que as culturas de massa industrializadas, como o cinema
e a televisão ameaçavam a capacidade da arte de resistir ao domínio ideológico.
Defendeu que a verdadeira arte deve ser crítica e que sua autonomia é fundamental
para consubstanciar sua essência.

Portanto Horkheimer (2002, apud ) argumenta em sua obra “Eclipse da Razão”,


que a arte é uma forma de resistência contra a instrumentalização do
pensamento, sendo uma ferramenta essencial para a exposição do domínio
ideológico.
Porem, Benjamin (1994, apud) em seu livro "A Obra de Arte na Era de sua
Reprodutibilidade Técnica” observa como a tecnologia e a reprodução em
massa afetam a aura e a autenticidade da obra de arte, argumentando que a
arte deve se adaptar às novas formas de produção em massa.

A ideologia frankfurtiano defendia a importância da arte como forma de


resistência política e social e como meio de reflexão crítica sobre a sociedade e seus
valores. Sua influência se manifesta em muitos teóricos estéticos contemporâneos que
se preocupam com questões de dominação ideológica, resistência política e produção
cultural de massa.
Desta forma, a concepção da estética contemporânea difere da estética
clássica, que se dedica à busca da beleza e da harmonia, e da estética moderna, que
valoriza a originalidade e a individualidade do artista. Portanto, a estética
contemporânea valoriza a experimentação, a desconstrução de conceitos
estabelecidos e a interação com o espectador. A estética moderna é marcada pela
dissolução das fronteiras entre arte e vida, entre arte e política e entre a arte e a
tecnologia. (JAMESON,1991, P. 67)
Na contemporaneidade a estética filosófica tornou-se cada vez mais plural,
abrangente e interdisciplinar e reflete a complexidade e diversidade das produções
artísticas e culturais de nosso tempo. A mesma caracteriza-se pela busca de novas
formas de expressão, pela valorização da subjetividade e pela diversidade e interação
com outras áreas do conhecimento como a sociologia, a antropologia, a psicologia e a
história. Neste sentido Adair (2023) afirma que: “a arte contemporânea se prolonga até
aos dias atuais, período esse denominado de pós-modernismo, propondo expressões
22

artísticas originais a partir de técnicas inovadoras”. (AIDAR, 2023, p. 03)


As principais correntes filosóficas contemporâneas de acordo com BEZERRA
(2023) são: Marxismo, Positivismo, Idealismo, Racionalismo, Existencialismo [...]. Cada
uma dessas correntes trouxeram diferentes pontos de vista sobre a arte e sua relação
com o mundo e o ser humano. O estudo dessas correntes e seu impacto na estética
filosófica favoreceram uma compreensão mais ampla e profunda da criação artística
atual e sua relação com a sociedade. Seus representantes mais expressivos são:
Robert Smithson (1938-1973): artista estadunidense. Marina Abramovic (1946-): artista
performática sérvia, Rebecca Horn (1944-): artista alemã, Richard Serra (1939-):
escultor estadunidense, Banksy (?): artista possivelmente britânico. (AIDAR, 2023, p.
04)

Ao longo dos anos os movimentos de arte moderna diversificaram consubstanciando-se


em novas formas de sua produção. Cada um tem suas próprias características e
objetivos estéticos.

Portanto Aidar (2023, p. 03) cita alguns exemplos: a) A arte de rua, também
conhecida como arte urbana ou street art, é um movimento que utiliza as ruas e
os muros da cidade como base para a expressão artística. A arte de rua pode
ser vista como uma forma de resistência cultural e política, bem como uma
forma de democratização da arte, pois torna a arte mais acessível a um público
mais amplo. b) A arte digital é um movimento que usa tecnologias digitais, como
computadores e software, para criar obras de arte. A arte digital pode variar de
imagens digitais com instalações e performances interativas. c) Land art é um
movimento que utiliza a natureza como fonte de sustentação e inspiração para
a criação de obras de arte. A Land Art é geralmente criada em paisagens
naturais, como montanhas, desertos, florestas, etc., e feita de materiais
naturais, como rochas, areia, solo, plantas, etc. d) A arte conceitual - concentra-
se nas ideias ou conceitos por trás de uma obra de arte em desfavor à sua
aparência externa A arte conceitual problematiza os conceitos tradicionais da
arte como beleza e habilidade artesanal. e se concentra na ideia por trás do
trabalho artístico. e) Arte minimalista Forma simples de se fazer arte, com o
mínimo de informação, recursos, ausência de narrativa reduzindo seus
aspectos ao nível essencial. (AIDAR, 2023, p. 07)

A arte no Brasil sempre sofreu a influência das tendências artísticas


internacionais em seus diversos tempos e campos artísticos. Iniciou-se com,

[...] o movimento neoconcretista na cidade do Rio de Janeiro, na década de


1950, do qual participaram Ferreira Gullar e Lygia Clark. A partir de então,
23

alguns artistas buscaram formas inovadoras de expressão, assim como


diferentes recursos e suportes para materializar a arte. (PAIVA ROSA, 2023).

Com o advento da Semana da Arte Moderna em 1922, a arte brasileira evoluiu


significativamente sendo esse evento, um divisor de águas na história da nossa cultura.
Segundo VARELA (2023) a semana foi,

“organizada por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do


Centenário da Independência, a semana teve como principal objetivo
declarar o rompimento com o tradicionalismo cultural associado às
correntes literárias e artísticas anteriores, como o parnasianismo, o
simbolismo e a arte acadêmica”.

A Arte Contemporânea brasileira é constituída por uma diversidade de


produções e técnicas artísticas, que favorecem a pluralidade cultural. Nela se
entrelaçam talentos produtivos em suas diversas manifestações. Dentre os principais
movimentos artísticos contemporâneos, destacam-se: Neoconcretismo, Tropicália,
Cinema Novo e Arte Povera ou “Poor Art”.
Para Sarmento (2023) são expoentes da arte contemporânea brasileira: Hélio
Oiticica (1937-1980), Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004), Almícar de
Castro (1920-2002), Aluísio Carvão (1920-2001), Franz Weissmann (1911-2005),
Hércules Barsotti (1914-2010), Willys de Castro (1926 - 1988), Cildo Meireles (1948-).
(SARMENTO, 2023, Revista Online)
A estética contemporânea permite a valorização e promoção da diversidade
cultural, bem como a reflexão crítica sobre questões sociais e políticas que envolvem a
produção artística atual. Consequentemente, a estética contemporânea é de grande
importância para promover a compreensão e valorização da arte em nosso tempo.

3.1 A Indústria Cultural e a Autonomia do Sujeito

A filosofia na contemporaneidade é compreendida a partir do século XIX até os


dias atuais, marcada pelos acontecimentos históricos: Revolução Francesa e a
Revolução Industrial.
Com o ínicio da Revolução Industrial na Inglaterra ainda no século XVIII, que
24

visava o proceso de desenvolvimento tecnológico da indústria, pois com a inserção da


tecnologia na indústria as produções eram mais rapidas e os custos mais baratos, e
isso ocasionou para a população mudancas siguinificativas, havendo um maior fluxo de
pessoa vindo do campo para a cidade.
Os pensamentos filosóficos, baseados na contemporaneidade buscavam
qualificar pela fenemenologia e hermenêutica, tais se refere aos siguinificados sobre os
fenômenos e as tecnicas de interpreta-los. Ou seja, a fenomenologia significa estudo
daquilo que aparece à consciência, buscando explorá-lo. E a hermenêutica é uma
palavra de origem grega que significa arte ou técnica de interpretar, esclarecer, revelar
o sentido dos livros e textos sagrados. (LYOTARD 1999, APUD SILVA, 2008, P. 4)

Segundo Lyotard (1999, apud Silva, 2008, p. 4) afirma que: Husserl combateu o
psicologismo e postulava constituir a fenomenologia "simultaneamente, uma
introdução lógica às ciências humanas, enquanto procura definir-lhe
eideticamente o objeto, anteriormente a qualquer experimentação", ao tempo
em que busca compreender o significado fundamental, especialmente quando
frente a uma análise crítica voltada à ferramenta mental. Desta forma diz ainda
que: A fenomenologia é uma meditação lógica, ultrapassando as próprias
incertezas da lógica, por meio de uma linguagem (logos) em que se exclua a
incerteza. Foi contra uma etapa do pensamento ocidental, contra o
psicologismo, o pragmatismo que a fenomenologia refletiu. Segundo o mesmo
autor, tal corrente filosófica"...começou por ser e continua sendo uma meditação
acerca do conhecimento, um conhecimento do conhecimento; e o célebre pôr
entre parênteses consiste, em primeiro lugar, em dispensar uma cultura, uma
história, em fazer todo o saber, elevando-se a um saber radical".

Para o filosófo, essa filosofia buscou justificar no século XX, as exigências dada
pela ciência na atualidade. E ainda tenta compreender o ponto de apoio para as
pesquisas científicas, sejam elas concretas ou empíricas, partindo da realidade de
forma notável, com base nos questionamentos ou com uso de métodos extremos e o
inacabamento essencial existente no fenômeno.
Neste sentido, a relação diversa entre vários pensamentos filosóficos existentes
na contemporaneidade é essencial para compreender a coexistência da filosofia em
expansão na atualidade. Assim, as diversas escola e correntes filosóficas se
interrelacionam mesmo divergindo suas concepções e pensamentos. Pois a estética
contemporânea constitui-se das correntes filosóficas que vai desde o positivismo até os
pensamentos filosóficos que critica as bases do estruturalismo.
25

Entretanto a Teoria Crítica que surge no século XX na Alemanha baseada na


filosofia marxista pelos principais filósofos Max Horkheimer, Teodor Wiesengrund
Adorno, Herbert Marcuse e Walter Benjamim a qual suas concepções se opunha aos
pensamentos positivismo e iluminismo, favorece o surgimento da Escola de Frankfurt.

Para Nobre (2008, apud Gomes 2010, p. 4) A Teoria Crítica é denominada por
intelectuais de diversa áreas (filosofia, sociologia, economia, psicologia, música, entre
outras), que eram participantes do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, e seus
objetivos eram realizar pesquisas científicas críticas, sobre os processos imanentes de
dominação da sociedade, além dos obstáculos e as possibilidades efetivas de
emancipação social.

Como a Teoria Crítica visava a transformação social, através dos pensamentos


que provocavam mudanças na sociedade acerca da arte, não como uma neutralidade,
mas sim como ponto para reiniciar novos pensamentos.

Portanto Nobre (2008, apud Gomes 2010, p. 4) diz que: Na concepção de teoria
crítica de Adorno, é que não faz mais sentido uma teoria emancipadora da
consciência de classe proletária, [...], mas, sim uma teoria crítica da semi
formação da classe burguesa vigente, decifrada em sua forma social
determinada, entre outras coisas, como ordenamento de adequação, de
sujeição aos termos existentes da reprodução social.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial e a queda do nazismo, para os filósofos


não teve significativas, pois suas ideias de revolucionar estavam atreladas a uma
estrutura econômica. Pois Friedrich Pollock escreveu no livro Dialética do
Esclarecimento (1947) que a mudança estrutural do funcionamento e a intervenção do
“capitalismo de Estado” na organização da produção, distribuição e consumo tinha
adquirido o caráter de um verdadeiro planejamento [...]. (NOBRE, 2008, APUD GOMES
2010, P. 8)
O livro Dialética do Esclarecimento (1947) serviu como marco para representar
a mudança que a Teoria Crítica trouxe como orientação reflexiva sobre a indústria
cultural. Após o fim da Segunda Guerra Mundial e a queda do nazismo, Max
Horkheimer, Teodor W. Adorno, fizeram sua própria versão sobre a conceituação da
Dialética do Esclarecimento, a qual os filósofos a chamaram de “capitalismo
administrado”, pois suas especulações acerca de suas ideias não tiveram bons
significados com o fim da guerra e a vitória de seus aliados.
26

Para Gomes (2010, p. 10) a nova concepção dos filósofos de um capitalismo


administrado, ou seja, de um sistema que se fecha em si mesmo e que,
portanto, bloqueia estruturalmente qualquer possibilidade de superação da
dominação pela via da ação transformadora ou emancipatória da razão
iluminista. A grande novidade é que não se trata mais de um sistema
econômico auto regulado pelo mercado, mas de um sistema controlado de fora,
por forças políticas que penetram na cultura e acabam agindo de forma sutil na
burocracia “instrumental” do capitalismo.

Portanto a Dialética do Esclarecimento tem um sentido teórico-crítico próprio,


pois se trata da negação crítica da visão racionalista, idealista e progressista da
história que se firmava como teoria hegemônica da sociedade burguesa, [...]
(1967). (GOMES, 2010. P. 10)

As ideias dos filósofos teóricos críticos convergem aos sujeitos sobre os


processos aderidos pela indústria cultural a que direciona o percurso de uma sociedade
para um estado desumano. Theodor W. Adorno e Max Horkneimer desenvolve o
conceito de Indústria Cultural no final do século XIX e ínicio do século XX após suas
análisarem sobre os avanços da tecnologia e os impactos que elas provocaram com a
Revolução Indústrial e o capitalismo no meio artístico.
A análise sobre os meios de comunicação para Indústria Cultural traz em seus
mecanismos os que gerariam lucro e controle social como os filmes, novelas, livros,
programas de rádio, televisão e várias modalidades culturais (debates, espetáculos,
exposições) como produto da cultura de massa. Para a estética a exploração das
imagens, dos mitos pelos processos criativos possibilita o encontro para o caminho da
fantasia ou o fantástico.
Pois, a mídia ao divulgar as imagens expõe visualidade da contemporaneidade,
incluindo assim os mais diversos estilos, atuais ou antigos, de base nobre ou popular,
agregando valores diferenciados dentro da estética através da visão imagística.
Romanelli (2010) sobre o conceito de visualidade, esta pode ser definida
como parte de uma linguagem de artes, que envolvem os elementos estéticos visuais e
desenvolvem a visão e outras formas perceptivas de visualizar as coisas, como por
exemplo, pelo tato. GÓES (2016, apud Romanelli, 2010, p. 23)
A escola de Frankfurt com os estudos realizados pelos pesquisadores da época
buscaram explicar com acontecia o desenvolvimento social, haja visto que a teoria
Maxista não era suficientemente suficiente para explorar os fatos que ocorria dentro do
contexto social capitalista do século XX.
27

Desta forma com as mudanças que estavam a contecendo na sociedade, a


Indústria Cultura se torna aliada afim de saciar os interesses dos índividuos, ela trás
como ferramenta e mecanismos próprios como controle desses sujeitos. A sua
organização visava padronizar, homogenizar e fortalecer os gastos realizados pelos
consumidores em massa.
Assim a ideologia dominante passa a controlar massivamente como manobra a
população dominada, pois o principal objetivo da Indústria Cultural é o lucro. Desta
forma o sujeito sem autonomia é controlada por uma ideologia dominante. Portanto o
filosófo Kant introduziu na filosofia o termo autonomia que siguinifica “determinar a
interdependência da vontade em relação a qualquer desejo ou objeto do desejo e a sua
capacidade de determinar-se em conformidade com uma lei própria, que é a da razão”
(ABBAGNANO 1999 apud SENA, 2015, p. 3).
Porem, o termo autonomia utilizado por Kant não faz parte apenas de seus
pensamentos, mas de todos que tinha ideias críticas na época do “Século das Luzes”.
Segundo ele não era interessante submeter todo o conhecimento à crítica da razão,
mas também confrontar a razão à crítica, portanto com isso poder determinar os seus
limites. Essa postura crítica frente à própria realidade exige que o sujeito seja o artífice
do próprio conhecimento e não um ente passivo. (ABBAGNANO 1999 apud SENA,
2015, p. 3).
Com essa visão filosófica a autonomia aproxima o conhecimento ao sujeito, de
forma que seja um sujeito ativo nesse processo. E não um indíviduo caracteristico
“Tabula Rasa, ou seja, o individuo que seu conhecimento é preenchido por elementos
exteriores, com aquisição do conhecimento, na maioria das vezes como um ente
passivo. Esse tipo de visão, além de acentuar a dependência intelectual, impede o
exercício da autonomia do pensamento e da construção do próprio conhecimento.
(ABBAGNANO 1999 apud SENA, 2015, p. 3).
Pois a autonomia do sujeito depende da aquisição do conhecimento, o nível de
conhecimneto adquirido determina os seus limites na autonomia. Assim o
desenvolvimento da autonomia está atrelado ao conhecimento adiquirido pelo pelo
indíviduo interligado ao processo de aprendizagens.
A segunda edição da Crítica da Razão Pura de Kant, apresenta um novo
28

método de como acontece a relação entre o sujeito e o objeto, a qual ficou conhecida
como “Revolução Copernicana”, a mesma defende a ideia que o sujeito se fundamenta
apriori da ciência moderna e trata as possibilidades do conhecimento de forma segura.
Neste caso é o sujeito que faz os comando na aquisição do conhecimento segundo o
pensamento Kantiano. A mudança ocasionada pela Revolução Copernicana possibilita
a autonomia do sujeito para adquiri conhecimentos novos e apartir daí surge novos
caminhos e entendimentos que possibilitam o nível de inteligencia mais avançado.
Para Adorno os fatos que aconteceram na segunda Guerra Mundial, deixou
muitos traumas, colocando a tese iluminista em perigo. Assim os filosofos modernos
viabilizam a ideia potencializadas pelo esclarecimento, pois após a guerra o intelecto
não era mais visto com segurança, de forma que quem conduzia o intelecto era a razão
e assim a capacidade autonoma passou a ser dúvidosa, com os questionamento
gerados Adorno e Horkheimer apresenta a Dialética do Esclarecimento, afim de traçar
percursos novos para se chegar ao conceito, tornando acessivel as análises reflexivas.
Nas últimas análises da Dialética do Esclarecimento obtiveram resultados
súbitos da razão, registrados no contexto histórico da Indústria Cultural, a qual foi um
dos temas de maior pesquisa para os filosófos, que inseriram a razão em sequência
geradora de problemas. Os filosófos modernos passaram então e observa os novos
fatos de forma um a priori atestos individuais e/ou coletivo, devendo seguir uma ordem
de metamorfose.

Na Indústria Cultural, Adorno vê a cristalização da cultura e sua completa


submissão à ordem do capital, que uniformiza seus produtos e os oferece a um
público igualmente homogêneo, numa sociedade que “permanece irracional
apesar de toda racionalização” (ADORNO,1985, P. 117 APUD SENA, 2015, P.
7)

Neste sentido a Indústria Cultural, segue a lógica dos resultados, ocasionando


uma queda de posição mediante a qualidade obtida nos produtos que são produzidos
para satisfazer a necessidade do mercado exigente. Adorno (1985) vê a educação
como um elemento fundamental na propagação do esclarecimento, destacando a
necessidade de se construir um modelo educacional voltado para “a contradição e a
resistência”, o que deve ser feito não apenas restringindo-se à teoria, mas através de
procedimentos práticos. (ADORNO,1985, P. 183 APUD SENA, 2015, P. 12)
29

A autonomia acontece atráves dos processos educativos que estimulam e


afasta
atos mainupuladores e entre outros, desta forma teremos pessoas emancipadas e aptos
para construir com responsabilidade paradigmas políticos e culturais. Neste sentido,
veremos a força e a serventia da educação dentro de uma sociedade.

3.2 Massificação e Ideológia: Capitalismo e Cultura de Massa

3.3 Sentidos do Desenvolvimento Indústrial e Tecnológico para o Consumo

3.3.1 Marketing e Consumismo: A Cultura do Supérfulo


30

REFERÊNCIA

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