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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA – ENSINO

FUNDAMENTAL CICLO II

THE IMPORTANCE OF ENVIRONMENTAL EDUCATION IN SCHOOLS -


BASIC EDUCATION CYCLE II

RESUMO

Vale a pena ressaltar que é de extrema importância a educação ambiental na


escola, por meio da aprendizagem e interação dos alunos, adquirem hábitos
saudáveis em relação a uma vida de qualidade. O presente artigo teve como
objetivo geral sensibilizar professores e alunos sobre a importância de mudar
hábitos e atitudes em relação à melhoria das condições ambientais. Como
parte desta pesquisa, verificou também a importância que a ação do homem
tem sobre o meio ambiente. Então, hoje em dia, é necessário que o homem,
por meio de conscientização, torna-se um cidadão crítico e reflexivo.
Constatou-se também por base teórica que a educação ambiental é
fundamental na educação, sendo responsabilidade do ser humano preservar e
cuidar do ambiente onde vive.

Palavras chaves: Educação. Meio Ambiente. Sociedade.

ABSTRACT
It’s Worth to stress that it is of extreme importance the environmental education
in the school, because by the learning and interaction the students acquire
healthy habists in relation to a quality life. The present Article had as general
objective to aware teachers and students about the importance of changing
habist and attitudes about improvement of environmental conditions. As part of
this research we also verified the importance that the action of the man has on
the environment. So, nowadays it is necessary that the man, through
conscientization, becomes a critical citizem and reflectivity before his actions.It
was also found that the theoretical basis for environmental educations is
fundamental in education, being responsibility of the human being to preserve
and care for the environment where he lives.

Keywords: Education.Environment.Society.
INTRODUÇÃO

O presente trabalho vem abordar um tema de extrema relevância tanto


no âmbito social, como político e ambiental, ou seja, da preservação do meio
ambiente, pois cuidar e preservar o meio ambiente são responsabilidade de
todos os seres humanos. Quanto mais tecnologia e transformações, mais o
homem vai se desfazendo de noções básicas e acaba por agredir o meio em
que vive.
De acordo com Falqueto (2007), sabe-se que é importante entender que
as questões ambientais envolvem a todos e por mais que as consequências
das irresponsabilidades ambientais sejam desiguais para as diferentes
camadas da sociedade, o motivo da crescente preocupação com a
preservação do meio ambiente é simples e atinge toda a população: lutar por
uma melhor qualidade de vida e pela sobrevivência das gerações futuras.
Sabe-se que o Meio Ambiente está sendo afetado por diversos fatores e
que isso significa um prejuízo de grande valia para a população mundial, em
todos os sentidos e podem-se reverter essas situações através de uma
educação voltada para o problema. Será que os educadores estão ao menos
envolvendo os alunos nessa luta, conhecendo a necessidade dela?
Pretende-se então propor para as escolas, educadores e alunos uma
parceria onde haja a contribuição de ambos para uma consciência ecológica,
onde possa se realizar propostas eficazes, onde possa ocorrer a transformação
da atual situação do meio ambiente.
Tem-se por objetivo demonstrar a importância em desenvolver a
educação ambiental, em sala de aula, podendo assim, incentivar os alunos e
professores a cuidarem e respeitarem o meio ambiente através de projetos e
atitudes que são vivenciadas no dia a dia.
Utilizou-se uma pesquisa bibliográfica, realizada por meio de pesquisas
através de livros, revistas, sites. Assim sabe-se que o papel do educador é
fundamental como mediador do conhecimento, pois o mesmo é uma reverência
na construção de atitudes, ações que permeiam a preservação, conservação
do patrimônio cultural, onde possa desenvolver uma prática social voltada a
uma educação ambiental onde realmente preserve-se a natureza.
1 O MEIO AMBIENTE

A humanidade vem crescendo em proporções assustadoras, e


aumentando junto com ela, a capacidade de intervir na natureza para a
satisfação de necessidades e desejos, surgindo dessa forma, tensões e
conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da tecnologia
disponível.
Contudo, o ser humano é dentre todas as espécies no mundo o que
apresenta a maior capacidade de adaptação ao ambiente natural. Essa
capacidade de adaptação só foi possível porque o homem sempre criou no seu
entorno um meio ambiente próprio, diferente do meio circundante natural que
denominamos cultural (DIAS, 2009).
A construção pelos seres humanos de um espaço próprio de vivência,
diferente do natural, se deu sempre a revelia e com a modificação do ambiente
natural. Então o ser humano resolveu para a sua sobrevivência, de um modo
ou de outro, modificar o ambiente natural em que vive.

[“...] o termo “meio ambiente” tem sido utilizado para indicar um


“espaço” (com seus componentes bióticos e abióticos e suas
interações) em que um ser vive e se desenvolve, trocando energia e
interagindo com ele, sendo transformado e transformando-o. No caso
do ser humano, ao espaço físico e biológico soma-se o “espaço”
sociocultural (BRASIL, 2001, p. 31).

E assim, a humanidade vem crescendo em proporções assustadoras, e


aumentando junto com ela, a capacidade de intervir na natureza para a
satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgindo dessa forma,
tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da
tecnologia disponível (BRASIL, 2001).

A tecnologia empregada evoluiu rapidamente com conseqüências


indesejáveis que se agravam com igual rapidez. A exploração dos
recursos naturais passou a ser feita de forma demasiadamente
intensa. De onde se retirava uma árvore, agora retiram-se centenas.
Onde moravam algumas famílias, consumindo alguma água e
produzindo poucos detritos, agora moram milhões de famílias,
exigindo imensos mananciais e gerando milhares de toneladas de lixo
por dia. Essas diferenças são determinantes para a degradação do
meio onde se insere o homem. Sistemas inteiros de vida vegetal e
animal são tirados de seu equilíbrio. E a riqueza, gerada num modelo
econômico que propicia a concentração da renda, não impede o
crescimento da miséria e da fome. Algumas das conseqüências
indesejáveis desse tipo de ação humana são, por exemplo, o
esgotamento do solo, a contaminação da água e a crescente
violência nos centros urbanos (BRASIL, 2001, p. 19-20).

Assim o homem aprendeu a criar ferramentas que multiplicavam suas


capacidades limitadas, e ao mesmo tempo compreendeu que a sua resistência
ao meio ambiente hostil era mais facilmente superada com a formação de
grupos, que, organizados em torno de um objetivo, multiplicavam suas
capacidades individuais.
Foi através dessas capacidades que aos poucos o ser humano foi
ampliando suas conquistas e modificando o meio em que vive. Algumas
atividades interferem na natureza de modo a transformá-la para melhor
satisfazer as suas necessidades que se caracteriza pelo trabalho, onde em sua
essência, tem como objetivo maior a manutenção da espécie humana no
ambiente natural, melhorando as suas condições de existência na sua
qualidade de vida.
Porem com o passar do tempo o homem e sua ganância por obter
maiores lucros e menos prejuízos, mais comodidade fizeram com que ele se
tornasse escravo do Ter esquecendo-se do Ser, contribuindo assim para a sua
própria ruína, ou seja, destruindo aos poucos o meio em que vive, causando
diversos problemas ao ambiente (GIODA, 2009).
Na verdade, é preciso perceber, que os problemas ambientais atuais,
são bem vastos e abrangem diversas áreas importante, principalmente em
nosso país: Brasil, como a fauna, em que uma grande parte de animais já se
encontram em extinção e outras ainda ameaçadas de ser extinguidas, entre
outros fatores que se apresentam nesse meio (GIODA, 2009).
Outro fator importante também, é o caso da nossa flora, onde se fazem
derrubadas sem freio de árvores e muitas delas nativas, como também as
queimadas, que representam atualmente um dos principais fatores que
contribuem para a redução da floresta em todo o mundo, além de aumentar a
concentração de dióxido de carbono na atmosfera, agravando o aquecimento
do planeta.

O fogo afeta diretamente a vegetação, o ar, o solo, a água, a vida


silvestre, a saúde pública e a economia. Há uma perda efetiva de
macro e micronutrientes em cada queimada que chega a ser superior
a 50% para muitos nutrientes. Além de haver um aumento de pragas
no meio ambiente, aceleração do processo de erosão, ressecamento
do solo entre vários outros fatores. A queimada não é de todo
desaconselhada desde que seja feita sob orientação (GIODA, 2009,
p. 02).

Além da flora, existe outro recurso que está preocupando mais do que
os outros dois recursos citados acima, que são os recursos hídricos, mas
principalmente a água; mais da metade dos rios do mundo diminuíram seu
fluxo e estão contaminados, ameaçando a saúde das pessoas. Esses rios se
encontram tanto em países pobres quanto ricos. Os rios ainda sobreviventes
são o Amazonas e o Congo.
Tem-se também a preocupação, com a ocupação do solo, o crescimento
populacional e o lixo; por termos apresentado um crescimento desorganizado,
ou seja, sem uma política de controle de natalidade, então vai aumentando o
número de pessoas, sem ter as mínimas condições básicas de moradia,
saneamento básico, assim aumentando consequentemente também o lixo
produzido por ela.
Dessa forma, é possível, então perceber o grande número de problemas
ambientais, que ameaçam não só o equilíbrio ecológico do planeta, como a
vida de sua biodiversidade, inclusive a vida humana. Isso nos impõe uma
reflexão mais cuidadosa sobre algumas questões existenciais de crucial
importância.

Com intuito de controlar os efeitos nocivos das atividades humanas e


incentivar ações positivas, foram realizadas algumas reuniões
mundiais como Estocolmo – Suécia 1972, Rio de Janeiro – Brasil
1992 e Johanesburgo – África do Sul 2002 que, propiciaram a
elaboração e promulgação de diversas leis de âmbito nacionais entre
os países participantes. No Brasil, em 1981 foi estabelecida a Política
Nacional de Meio Ambiente que, culminou com a inclusão na
Constituição Federal do Brasil de 1988 do artigo 225 Meio Ambiente
e, posteriormente outras Leis complementares de caráter protetivo
aos recursos naturais. Trata-se de uma conquista sem precedentes
da população brasileira que, se assumida na íntegra por outras
nações pode resultar em um processo afetivo de re-valoração da Vida
através da utilização sustentável dos recursos naturais (GATTÁS,
et.al. 2004, p. 91).

Dessa forma em todos os lugares o tema meio ambiente e os recursos


naturais tornam-se uma prioridade, um dos componentes mais importantes
para o planejamento político econômico e em todos os níveis e sentidos de
todos os governos. Percebe-se então que todos estão imbuídos no mesmo
espírito: cuidar do meio ambiente, sem contar no potencial econômico e os
fatores estratégicos, pois os países de grande porte econômico, detém o maior
poderio dos grandes empreendimentos transacionais que governos e ambiente
capazes de influir fortemente nas decisões ambientais que governos e
comunidades deveriam tomar, especialmente quando envolvem o uso dos
recursos naturais (BRASIL, 2001).
Assim sendo reconhece-se o empenho de todos os governos,
autoridades, comunidades em busca de uma solução para melhorar o meio
ambiente.
Apesar de todas as pessoas serem hoje alertadas que o maior bem
estar não esta ligado diretamente proporcional à maior quantidade de bens
consumidos. Mas mesmo assim, o atual modelo econômico estimula um
consumo crescente e irresponsável condenando a vida na Terra a uma rápida
destruição. No entanto há uma necessidade grande de se estabelecer um limite
a esse consumo (BRASIL, 2001).
Assim para se pensar em mudança e transformação dessa realidade, é
preciso que todos reconheçam a grande importância da educação,
principalmente a dos brasileiros, para que possam agir de modo responsável e
com sensibilidade, para que possam estar conservando o ambiente saudável
no presente e para o futuro; saibam então exigir e respeitar os direitos
próprios e os de toda a comunidade, tanto local como internacional; e se
modifiquem tanto interiormente, como pessoas, quanto nas suas relações com
o ambiente (BRASIL, 2001).

2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS

É importante destacar a necessidade da Educação Ambiental nas


escolas de ensino fundamental, médio e superior. Não no sentido de haver
uma cadeira específica para tal, mas entrelaçada em todas as demais
disciplinas.
De acordo com Quintas (2000 p.15)

O fazer educativo ambiental que se realiza de modo coerente com a


tradição teórica crítica e emancipatória implica a compreensão de
que, em seu processo de concretização, alguns princípios se tornam
indispensáveis como: o entendimento de que a educação é
instrumento mediador de interesses e conflitos, entre atores sociais
que agem no ambiente, usam e se apropriam dos recursos naturais
de modo diferenciado, em condições materiais desiguais e em
contextos culturais, simbólicos e ideológicos específicos; a percepção
de que os problemas compreendidos como ambientais são
mediados pelas dimensões naturais, econômicas, políticas,
simbólicas e ideológicas que ocorrem em dado contexto histórico e
que determinam a apreensão cognitiva de tais problemas.

Assim, a Educação ambiental no processo educativo é importantíssima


no que se diz respeito à transformação do sujeito ao ser trabalhado vários
temas, conceitos de nossa realidade, numa perspectiva crítica onde implica
socializar as relações entre educação, sociedade, trabalho e natureza,
em um processo global de aprendizagem (QUINTAS, 2000).
Portanto, a escola está voltada para as necessidades da comunidade,
onde a mesma prepara os indivíduos para atuar em sociedade, ou seja, formar
um cidadão consciente dos seus atos em relação ao meio ambiente.
A escola precisa estar preparada para trabalhar com a educação
ambiental dentro da sala de aula, uma vez que esta é um tema moderno e
presente na vida do aluno, apesar de muitas vezes ele não respeitá-lo.

Há outros componentes que vêm se juntar à escola nessa tarefa: a


sociedade é responsável pelo processo como um todo, mas os
padrões de comportamento da família e as informações veiculadas
pela mídia exercem especial influência sobre as crianças (BRASIL,
2001, p. 30).

A educação ambiental tem que fazer parte da vida do aluno, de sua


família, de sua comunidade, para que os resultados com preservação e
conscientização sejam alcançados com mais facilidade.

Quase todas as grandes organizações ambientais estão envolvidas


com educação e, geralmente, possuem comitês, escritórios ou
programas de educação específicos. Algumas organizações,
entretanto, especializaram-se em educação ambiental e atuam como
uma agência de informação, orientando as pessoas sobre onde e
como encontrar os materiais educacionais e as idéias que procuram.
(DASHEFSKY, 2001, p. 109).

É preciso desenvolver o Senso Crítico tanto nas comunidades


desprovidas de informação, as quais são geralmente alvos, dos que visam
manipulá-las, quanto nas que se dizem “estudadas”, mas que nos votam
mesmos corruptos de um passado recente. Porém, não se pode ter uma visão
pequena, devemos desenvolvê-lo nas crianças, pois assim estaremos evitando
este problema no futuro.
Segundo Alarção (2001), a função da escola é preparar o cidadão para a
vida para que os mesmos possam compreender que a escola é a própria vida,
um local de convivência, interação e transformação social. Atualmente, o papel
da escola esta voltado a um elemento de transformação social, pois, devido
aos problemas e valores socioculturais surgem à necessidade de um trabalho
em conjunto, desenvolvendo assim novas ações entre escola e comunidade,
onde há participação e envolvimento de professores e alunos por meio das
atividades executadas dentro e fora do ambiente escolar, ao criar condições
necessárias para, envolver diretamente a comunidade proporcionando-lhes
meios para melhorar sua qualidade de vida.
Segundo Paulo Freire (apud Guimarães 2005, p. 18), “os conhecimentos
educacionais não sejam apenas transmissão de conhecimentos aos indivíduos
que essa formação não seja somente “educação bancária”, mas que ao ser
inserido nesse contexto educacional”, os mesmos adquirem habilidades e
competências, que vão contribuir de certa forma para a sua formação e
atitudes adequadas ao utilizar os recursos naturais que a própria natureza lhes
oferece.
Porém, o que se espera de tais indivíduos é que os mesmos atuem
voltados para a transformação conscientes dos seus atos, para que possam se
tornar cidadãos críticos e reflexivos diante do aprender e o saber. Atualmente
muitas instituições e ambientalistas tem desenvolvidos projetos, organizações,
entre outras ações que garantam a preservação do planeta (GUIMARÃES,
2004).
Entretanto, essas ações são poucas para a real preservação do
ambiente em geral, pois precisa de uma mudança radical em relação do
comportamento do ser humano para que os mesmos tenham consciência de
que precisamos de um planeta saudável. Diante deste contexto o papel da
escola é fundamental na vida do seu educando para que por meio da
aprendizagem e ações que a mesma lhe oferece possa contribuir a uma
formação do individuo consciente. (SMA, 2003).
De acordo com Leis Diretrizes e Bases da Educação (1996), fomenta:
A educação ambiental será considerada na concepção dos conteúdos
curriculares nacionais de todos os níveis de ensino (...) implicara
desenvolvimento de hábitos e atitudes sadias de conservação
ambiental e respeito à natureza a partir do cotidiano a vida escolar e
sociedade.

Cabe ao cidadão analisar e perceber que as suas ações, atitudes estão


sendo prejudiciais ao meio ambiente, e que essa busca de novas tecnologias,
da modernidade e facilidade em consumir, cada vez mais, tem provocado um
enorme mau à natureza.
A escola poderá e deverá assumir seu papel diante dos problemas
ambientais como é estabelecido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais
(2001, p.35), estabelece que:

O trabalho de educação ambiental deve ser considerado a fim de


ajudar os alunos a construírem uma consciência global das questões
relativas ao meio para que possam assumir afinadas com os valores
à sua proteção e melhoria.

Porque nem todos fazem ou procuram saber que um produto para


chegar ao mercado quantas árvores forma destruídas, quantas florestas foram
desmatadas, para satisfazer as “necessidades” do homem (FERREIRA, 2012).
Nos dias de hoje muitas Organizações Não Governamentais Ambientais
no Brasil, têm desenvolvidos ações que toda sociedade tem livre acesso de
participação no controle de métodos que garantam a preservação do meio
ambiente. Há também leis que punem pessoas ao prejudicarem e danificarem
o mesmo, apesar de que nem sempre há uma fiscalização eficaz em relação a
tal preservação (PHILIPPI; PELICIONI, 2002).
Segundo a Secretaria do Estado do Meio Ambiente (2003, p.44):

A educação ambiental é uma questão de cidadania. Conhecer,


sensibilizar, conscientizar e promover o engajamento em defesa do
meio ambiente dizem respeito não só à educação mas também à
cidadania: à educação é função da escola, por meio de vivencias
multi e interdisciplinares, proporcionam experiências que colocam o
aluno em contato com meio em que vive, permito-lhe compreender a
formação e o funcionamento da cidade, do ponto de vista dos
processos dinâmicos em que constituem os diversos ecossistemas
que a compõem; cidadania, porque á questão ambiental é pela
própria natureza, social.

Percebe-se então de que há necessidade de promover ações


significativas que possam realmente fazer a diferença na vida dos alunos, da
sociedade e do meio ambiente. Para se trabalhar nos anos finais do ensino
fundamental convém desenvolver o raciocínio crítico, prospectivo e
interpretativo das questões socioambientais bem como a cidadania ambiental
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2007).

Outro desafio ao educador ambiental está na capacidade de repensar


a estrutura curricular levantando os motivos históricos que
conduziram a determinada configuração disciplinar e sua importância
para o atendimento dos interesses dominantes na sociedade. Isso
pode facilitar a construção de atividades integradas, considerando as
possibilidades de cada escola e seus objetivos institucionais
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2007, p. 71).

Dessa forma, cabe ao educador junto a escola e seus alunos promover


projetos que realmente vão colaborar para a transformação do meio ambiente.

[...] é preciso, no âmbito escolar, conseguir a inserção da educação


ambiental no projeto político pedagógico e a consolidação de espaços
de participação institucionais, aglutinando Agendas 21 escolares,
COM-VIDAS17, grêmios, conselhos escola-comunidade, associações
de pais, entre outras formas coletivas de atuação legitimamente
construídas em todo o país e nas quais a discussão ambiental pode
ser inserida e potencializada. O desafio é grande e não deve ser visto
como desanimador ou angustiante. O prazer de ser educador
ambiental reside não na certeza dos resultados, mas na construção
permanente de novas possibilidades e reflexões que garantam o
aprendizado, o respeito às múltiplas formas de vida e ao planeta e a
esperança de que podemos, sim, construir um mundo melhor para
todos, igualitário, culturalmente diverso e ecologicamente viável
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2007, p. 71).

Pode-se adequar o projeto sobre a melhoria do meio ambiente a


projetos já existentes e trabalhados pela escola, é o professor a mola
propulsora que irá formular a melhor estratégia e o melhor método para que se
inicie a mudança de visão de mundo.

Qualquer que seja o projeto educativo é possível incluir a questão


socioambiental, desde que haja a intenção clara de reconhecer a
interdependência dos fenômenos que configuram a realidade,
descobrir caminhos coletivos para melhorar a qualidade de vida e
traçar estratégias educativas de comunicação de propósitos
sustentáveis (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2007, p. 101).

É preciso entender que não há uma fórmula para se trabalhar com a


educação ambiental, porém existem algumas dicas que podem ajudar a
realizar o projeto que será de grande valia para todos.
De acordo com o Ministério da educação (2007, p. 99-101), destaca
alguns parâmetros que podem nortear o trabalho do educador, tais como:

1 MAPEAMENTO

• Em que cenário atuo? – panorama social, político, ambiental, econômico,


cultural.
• Quais são os assuntos de maior interesse para o público com o qual atuo? –
mapear prioridades/afinidades locais. Quais são as temáticas que permitem
compreender a dinâmica de ocupação do espaço local? – extrair dados de
diagnósticos ambientais e socioeconômicos para justificar a ação.
• Quais são os interesses dos grupos locais?

2. ARTICULAÇÃO
• Quais são as possibilidades de integração com outras áreas do
conhecimento?
• Quais são os conceitos fundamentais que tenho que considerar para
problematizar e sistematizar as discussões?
• Suportes e formatos menos usuais na escola podem compor projetos que
articulam conceitos sob diferentes olhares, como mostras fotográficas,
espetáculos teatrais e musicais, oficinas, ciclos de vídeos, artes plásticas,
campanhas, mutirões, diálogos com a comunidade, e outras iniciativas.
• Continuidade do processo educativo: é possível projetar-se em parcerias para
além dos muros da escola?
• O envolvimento da comunidade pode iniciar pelas famílias dos alunos?

3. COMUNICAÇÃO PERMANENTE
• Garantir maior visibilidade e repercussão da ação educativa – sensibilizar,
informar, implicar (envolver) as pessoas no trabalho.
• Orientar-se pelo entendimento crítico sobre o sentido do que se faz, por que
se faz e para quê – contextualizar a importância da ação para os envolvidos.

4. REGISTRO
• Tem o significado de sistematizar a trajetória metodológica dos projetos, seus
objetivos, o contexto em que foram formulados e realizados, os atores
envolvidos e a avaliação – o que não deu certo e o que precisa melhorar. O
registro é fundamental para sedimentar a ação educativa e criar referências.
Esse conjunto de ações, pensado não isoladamente no âmbito de uma
disciplina, pode criar bases para um modo de estreitar a relação da escola com
o conjunto da sociedade inserindo o conhecimento na dinâmica vivida fora da
sala de aula. Afinal, o que faz a educação um parâmetro para a qualidade de
vida é o fato de que ela promove o processo permanente de entendimento e
comunicação com a vida.
A possibilidade de sermos bem-sucedidos nessa tarefa depende muito
da nossa capacidade de sermos categóricos para convencer o coletivo sobre a
necessidade de mudança. E isso significa identificar um propósito para cada
ação e tecer a rede de significados que as articulam em função de um objetivo
comum. Essa é a trama da educação.
Portanto, é preciso existir constantemente uma transformação social
precisa em relação à maneira de cada um pensar a si próprio, o meio, a
sociedade, e no futuro; transformação nos valores, crenças, ações, adquirindo
assim uma mudança que permite adquirir uma nova postura ética responsável
e solidária em prol do meio ambiente (DIAS, 2006).
CONCLUSÃO

Diante de toda reflexão e pesquisa constatou-se a importância da


preservação do Meio Ambiente, pois temos que cuidar deste bem natural para
que ele não venha deixar de existir no futuro, ou seja, destruído pelo ser
humano.
O meio ambiente é o lugar onde se vive, ou seja, é a nossa casa,
portanto é necessário haver uma conscientização sobre como se deve fazer
para que essa “casa” seja mais limpa e assim seja mais respeitada.
Vale a pena ressaltar também que é de extrema importância que o
educador e a equipe pedagógica tenham uma bagagem teórica sobre
“Preservação do Meio Ambiente” e uma pratica criativa ao proporcionar
momentos de conscientização em relação ao ensino aprendizagem.
Assim, ensinar a preservar e valorizar a natureza é contribuir para ter
uma vida saudável, longa, próspera e cheia de conhecimento.
Por que todo cidadão precisa no seu dia a dia de ar limpo, água,
alimentos para poder assim ter lazer e entre outras necessidades básicas,
possam ter uma vida de qualidade.
Contudo a escola deve ser a primeira a dar o exemplo em atitudes de
preservação ao meio ambiente, ela deve estar disposta a colaborar com as
ações que favoreçam a preservação da qualidade do meio ambiente em sua
instituição, uma vez que isto é previsto por lei.
Portanto, verificou-se também que atualmente a sociedade tem mudado
algumas atitudes em relação a preservação do meio ambiente devido as
catástrofes ambientais que vem ocorrendo nos dias de hoje.
Assim por meio da conscientização do beneficio que a natureza oferece
e que sem estes bens naturais são impossíveis ter vida na terra, é que todos os
cidadãos e em especial a escola deve estar a frente de projetos especiais para
modificar a atual situação que se encontra o meio em que se vive.
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