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CONSEQUÊNCIAS DA

DOUTRINA ESPÍRITA NA
DIMENSÃO DA FÉ

1
CONSEQUÊNCIAS DO ESPIRITISMO

“O Espiritismo se apresenta sob três aspectos


diferentes: o das manifestações, o dos
princípios e da filosofia que delas decorrem e
o da aplicação desses princípios. Daí, três
classes, ou, antes, três graus de adeptos: 1º os
que creem nas manifestações e se limitam a
comprová-las; para esses, o Espiritismo é uma
ciência experimental; 2º os que lhe percebem
as consequências morais; 3º os que praticam
ou se esforçam por praticar essa moral.”
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 93 ed. Brasília: FEB, 2019. p. 469.

2
CONSEQUÊNCIAS DO ESPIRITISMO

“Três períodos distintos apresenta o


desenvolvimento dessas ideias: primeiro, o da
curiosidade, que a singularidade dos
fenômenos produzidos desperta; segundo, o
do raciocínio e da filosofia; terceiro, o da
aplicação e das consequências. O período da
curiosidade passou; a curiosidade dura pouco.
Uma vez satisfeita, muda de objeto. O mesmo
não acontece com o que desafia a meditação
séria e o raciocínio. Começou o segundo
período, o terceiro virá inevitavelmente.”
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 93 ed. Brasília: FEB, 2019. p. 466.

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CONSEQUÊNCIAS DO ESPIRITISMO

“O Espiritismo progrediu principalmente


depois que foi sendo mais bem compreendido
na sua essência íntima, depois que lhe
perceberam o alcance, porque tange a corda
mais sensível do homem: a da sua felicidade,
mesmo neste mundo. Aí a causa da sua
propagação, o segredo da força que o fará
triunfar. Enquanto a sua influência não atinge
as massas, ele vai felicitando os que o
compreendem.”
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 93 ed. Brasília: FEB, 2019. p. 466.

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CONSEQUÊNCIAS DO ESPIRITISMO
“Nela [referindo-se a filosofia espírita]
encontro, por meio unicamente do raciocínio,
uma solução racional para os problemas que no
mais alto grau interessam ao meu futuro. Ela me
dá calma, firmeza, confiança; livra-me do
tormento da incerteza.”
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 93 ed. Brasília: FEB, 2019. p. 466.

“Provai, finalmente, que as consequências do


Espiritismo não são tornar melhor o homem e,
portanto, mais feliz, pela prática da mais pura
moral evangélica, moral a que se tecem muitos
louvores, mas que muito pouco se pratica.”
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 93 ed. Brasília: FEB, 2019. p. 466-467.

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CONSEQUÊNCIAS DO ESPIRITISMO
“Fora presumir demais da natureza humana supor que
ela possa transformar-se de súbito, por efeito das ideias
espíritas. A ação que estas exercem não é certamente
idêntica, nem do mesmo grau, em todos os que as
professam. Mas, o resultado dessa ação, qualquer que
seja, ainda que extremamente fraco, representa sempre
uma melhora. Será, quando menos, o de dar a prova da
existência de um mundo extracorpóreo, o que implica a
negação das doutrinas materialistas. Isto deriva da só
observação dos fatos, porém, para os que
compreendem o Espiritismo filosófico e nele veem
outra coisa, que não somente fenômenos mais ou
menos curiosos, diversos são os seus efeitos.”
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 93 ed. Brasília: FEB, 2019. p. 470.

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CONSEQUÊNCIAS DO ESPIRITISMO
“O primeiro e mais geral consiste em desenvolver o
sentimento religioso [...]. Daí lhe advém o desprezo pela
morte. Não dizemos o desejo de morrer; longe disso,
porquanto o espírita defenderá sua vida como qualquer
outro, mas uma indiferença que o leva a aceitar, sem
queixa, nem pesar, uma morte inevitável, como coisa
mais de alegrar do que de temer”
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 93 ed. Brasília: FEB, 2019. p. 470.

“O segundo efeito, quase tão geral quanto o primeiro, é a


resignação nas vicissitudes da vida. O Espiritismo dá a
ver as coisas de tão alto, que, perdendo a vida terrena três
quartas partes da sua importância, o homem não se aflige
tanto com as tribulações que a acompanham.”
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 93 ed. Brasília: FEB, 2019. p. 470.

7
CONSEQUÊNCIAS DO ESPIRITISMO

“O terceiro efeito é o de estimular no


homem a indulgência para com os defeitos
alheios. Todavia, cumpre dizê-lo, o
princípio egoísta e tudo que dele decorre
são o que há de mais tenaz no homem e,
por conseguinte, de mais difícil de
desarraigar. Toda gente faz
voluntariamente sacrifícios, contanto que
nada custem e de nada privem.
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 93 ed. Brasília: FEB, 2019. p. 471.

8
PODER DA FÉ

“[...] entende-se como fé a confiança que se tem na


realização de uma coisa, a certeza de atingir
determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez
que permite se veja, em pensamento, a meta que se
quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que
aquele que a possui caminha, por assim dizer, com
absoluta segurança.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 254.

“[...] fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de


que essa vontade pode obter satisfação.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 259.

9
FÉ ROBUSTA E FÉ VACILANTE

“A fé robusta dá a perseverança, a energia e os


recursos que fazem se vençam os obstáculos,
assim nas pequenas coisas, que nas grandes.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 254.

“Da fé vacilante resultam a incerteza e a


hesitação de que se aproveitam os adversários
que se têm de combater; essa fé não procura os
meios de vencer, porque não acredita que possa
vencer.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 254.

10
FÉ ROBUSTA E FÉ VACILANTE

“A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a


paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto
de apoio na inteligência e na compreensão das coisas,
tem a certeza de chegar ao objetivo visado.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 254.

“A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a


estimula o interesse, torna-se furibunda e julga suprir,
com a violência, a força que lhe falece.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 254.

“A calma na luta é sempre um sinal de força e de


confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e
dúvida de si mesmo.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 254.
11
FÉ (ROBUSTA) ≠ PRESUNÇÃO

“Cumpre não confundir a fé com a


presunção. A verdadeira fé se conjuga à
humildade; aquele que a possui deposita
mais confiança em Deus do que em si
próprio, por saber que, simples
instrumento da vontade divina, nada pode
sem Deus. Por essa razão é que os bons
Espíritos lhe vêm em auxílio.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 254.

12
FÉ SINCERA E FÉ APARENTE

“A fé sincera é empolgante e contagiosa;


comunica-se aos que não na tinham, ou,
mesmo, não desejariam tê-la. Encontra
palavras persuasivas que vão à alma, ao
passo que a fé aparente usa de palavras
sonoras que deixam frio e indiferente
quem as escuta. Pregai pelo exemplo da
vossa fé”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 258.

13
FÉ HUMANA E FÉ DIVINA

“A fé é humana ou divina, conforme


o homem aplica suas faculdades à
satisfação das necessidades terrenas,
ou das suas aspirações celestiais e
futuras.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 259.

14
FÉ RACIOCINADA E FÉ CEGA

“Do ponto de vista religioso, a fé consiste na


crença em dogmas especiais, que constituem as
diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de
fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou
cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem
verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a
cada passo se choca com a evidência e a razão.
Levada ao excesso, produz o fanatismo.
Assentando no erro, cedo ou tarde desmorona;
somente a fé que se baseia na verdade garante o
futuro, porque nada tem a temer do progresso das
luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade,
também o é à luz meridiana.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 255.

15
FANATISMO E DESCRENÇA

“O fanatismo é torpe descaracterização da fé,


exteriorizando demência da faculdade de pensar.
A descrença sistemática é conflito emocional, de
curso largo, a inquietar o equilíbrio da razão.”
FRANCO, Divaldo. Filho de Deus. 10 ed. – Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, 2014. p.
127.

“Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da


cegueira. Amai a Deus, mas sabendo porque o amais;
crede nas suas promessas, mas sabendo porque
acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas
compenetrados do fim que vos apontamos e dos meios
que vos trazemos para o atingirdes.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 258.

16
AQUISIÇÃO DA FÉ

“Sem dúvida, a fé não se prescreve, nem, o que


ainda é mais certo, se impõe. Não; ela se adquire e
ninguém há que esteja impedido de possuí-la,
mesmo entre os mais refratários.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 255.

“As provas, no entanto, chovem-lhes ao derredor;


por que fogem de observá-las? Da parte de uns, há
descaso; da de outros, o temor de serem forçados a
mudar de hábitos; da parte da maioria, há o
orgulho, negando-se a reconhecer a existência de
uma força superior, porque teria de curvar-se diante
dela.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 255.

17
FÉ INATA E FÉ APRENDIDA

“Em certas pessoas, a fé parece de algum modo


inata; [...] Essa facilidade de assimilar as verdades
espirituais é sinal evidente de anterior progresso.
Em outras pessoas, ao contrário, elas dificilmente
penetram, sinal não menos evidente de naturezas
retardatárias. As primeiras já creram e
compreenderam; trazem, ao renascerem, a intuição
do que souberam: estão com a educação feita; as
segundas tudo têm de aprender: estão com a
educação por fazer. Ela, entretanto, se fará e, se não
ficar concluída nesta existência, ficará em outra.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 255.

18
FÉ INATA E FÉ APRENDIDA

“A fé expressa-se mediante a confiança que o


Espírito adquire em torno de algo. Apresenta-se
natural e adquirida. No primeiro caso, é
espontânea, simples, destituída de reflexão ou de
exigência racional, característica normal do ser
humano. Na segunda acepção, é conquista do
pensamento que elabora razões para estabelecer os
seus parâmetros e manifestar-se. Robustece-se com
a experiência dos fatos, tornando-se base dos
comportamentos lógicos e das realizações
significativas do pensamento e da experiência
humana.”
FRANCO, Divaldo. Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda. 1 ed. – Pelo Espírito Joanna de
Ângelis. Salvador: LEAL, 2021. p. 189.

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FÉ INATA E FÉ APRENDIDA

“A fé [...] manifesta-se de maneira natural e


racional.
A primeira encontra-se ínsita no homem, enquanto a
outra é adquirida através do raciocínio e da lógica.
A fé religiosa, pois, surge espontaneamente ou resulta
de uma elaboração mental que os fatos confirmam.
Virtude, portanto, conquista pessoal, descortina os
horizontes amplos da vida, facultando paz e
estimulando à luta.
Aquisição intelectual se transforma em uma luz sempre
acesa a conceder claridade nas circunstâncias mais
complexas da vida.”
FRANCO, Divaldo. Filho de Deus. 10 ed. – Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, 2014. p.
127-128.

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FÉ INABALÁVEL

“A fé necessita de uma base, base que é a


inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E,
para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo,
compreender. [...] A fé raciocinada, por se apoiar
nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa.
A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém
tem certeza senão porque compreendeu. Eis por
que não se dobra. Fé inabalável só o é a que pode
encarar de frente a razão, em todas as épocas da
Humanidade.
A esse resultado conduz o Espiritismo, pelo que
triunfa da incredulidade”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 256.

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A FÉ: MÃE DA ESPERANÇA E DA
CARIDADE
“Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa;”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 258.

“A esperança e a caridade são corolários da fé e


formam com esta uma trindade inseparável.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 258.

“Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos


nobres que encaminham o homem para o bem. É a
base da regeneração.”
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. 131 ed. Brasília: FEB, 2018. p. 258.

“Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta


em si mesma.” (Tiago 2:17) 22
COMBUSTÍVEL DA FÉ
“A fé é parte ativa da natureza espiritual do homem, cujo
combustível deve ser mantido por meio da oração, da
meditação frequente e do esforço por preservá-la.”
FRANCO, Divaldo. Filho de Deus. 10 ed. – Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, 2014. p. 128.

“Sustenta a tua fé com a lógica do raciocínio claro.


Concede-lhe tempo mental, aprofundando reflexões em
torno da vida e da sua superior finalidade.
Exercita-a, mediante a irrestrita confiança em Deus e na
incondicional ação do bem.
A fé é campo para experiências transcendentes, que
dilatam a capacidade espiritual do ser.”
FRANCO, Divaldo. Episódios Diários. 10 ed. – Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, 2016. p.
191.

23
FORÇA DA FÉ

“O homem sem fé é semelhante a barco sem


bússola em oceano imenso.
Quando bruxuleia a fé, e se apaga por falta do
combustível que a razão proporciona, ei-lo a
padecer a rude provação de ter que seguir em
plena escuridão, sem apoio nem
discernimento.
A fé pode ser comparada a uma lâmpada
acesa colocada nos pés, clareando o
caminho.”
FRANCO, Divaldo. Episódios Diários. 10 ed. – Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, 2016.
p. 190.

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