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O que é o Espiritismo?

Allan Kardec criou o neologismo Espiritismo, palavra que até então


não existia, para designar a este novo conjunto de ideias, definindo assim:
“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos
Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
“O Espiritismo é, ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma
doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se
estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as
consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.”
O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos, como
qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai ter às bases
fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma e a vida futura. Mas, não é
uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rituais, nem templos.
“Sem ser religião, o Espiritismo se prende essencialmente às ideias
religiosas, desenvolve-as naqueles que não as têm incertas.”

Fonte: Doutrina Espírita para Principiantes - Luis Hu Rivas (página


31)

Principais Objetivos do Espiritismo

1 – Realizar o progresso espiritual da humanidade.

“Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual,


somos seres espirituais vivendo uma experiência humana.”
Teilhard de Chardin

L.E. 23. Que é o espírito?


“O princípio inteligente do Universo.”

L.E. 24. É o espírito sinônimo de inteligência?


“A inteligência é um atributo essencial do espírito. Uma e outro,
porém, se confundem num princípio comum, de sorte que, para vós, são a
mesma coisa.”

L.E. 799. De que maneira pode o Espiritismo contribuir para o


progresso?
“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele
faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros
interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem
perceberá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro.
Abolindo os prejuízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande
solidariedade que os há de unir como irmãos.”

“Afasta o homem da visão materialista e suas consequências mais


visíveis: o apego à vida e às coisas materiais, o consumismo, o niilismo e
seus nefastos desdobramentos, principalmente o suicídio que é epidêmico,
atualmente.”
http://www.mundoespirita.com.br/?materia=influencia-do-
espiritismo-no-progresso-da-humanidade

2 – Transformar o homem num ser de bem e consequentemente a


sociedade.

L.E. 918. Por que indícios se pode reconhecer em um homem o


progresso real que lhe elevará o Espírito na hierarquia espírita?
“O Espírito prova a sua elevação, quando todos os atos de sua vida
corporal representam a prática da Lei de Deus e quando antecipadamente
compreende a vida espiritual.”
Verdadeiramente, homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e
caridade, na sua maior pureza.

3 – Reviver o Cristianismo puro sob as bases dos ensinamentos


de Jesus.

“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu


nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto
vos tenho dito.”
João 14:26

“Eu vos enviarei o Consolador, o Espírito de Verdade, que virá


restabelecer todas as coisas, isto é, que, dando a conhecer o sentido
verdadeiro das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos poderão
enfim compreender, porá termo à luta fratricida que desune os filhos do
mesmo Deus. Cansados, afinal, de um combate sem resultado, que consigo
traz unicamente a desolação e a perturbação até o seio das famílias,
reconhecerão os homens onde estão seus verdadeiros interesses, com relação
a este mundo e ao outro. Verão de que lado estão os amigos e os inimigos da
tranquilidade deles. Todos então se porão sob a mesma bandeira: a da
caridade, e as coisas serão restabelecidas na Terra, de acordo com a verdade
e os princípios que vos tenho ensinado.”

O Evangelho segundo o Espiritismo (Cap. XXIII, item 16)

4 – Dar ao homem uma fé sólida baseada na razão.

“Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas


as épocas da Humanidade.”

Evangelho segundo o Espiritismo (Cap. XIX, item 6)

“Se algum dia a ciência provar que o Espiritismo está errado em


determinado ponto, abandone esse ponto, e siga com a ciência”.
Allan Kardec

Tópicos retirados do Livro: Doutrina Espírita para Principiantes


- Luis Hu Rivas
(página 31)
Princípios Fundamentais

• A Existência de Deus
o Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas

L.E. 4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?


“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa.
Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão
responderá.”
Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo
existe, logo, tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito
tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

L.E. 1. Que é Deus?


“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”

• A Imortalidade da Alma
o Somos em essência Espíritos seres inteligentes da
criação

L.E. 83. Os Espíritos têm fim? Compreende-se que seja eterno o


princípio donde eles emanam, mas o que perguntamos é se suas
individualidades têm um termo e se, em dado tempo, mais ou menos
longo, o elemento de que são formados não se dissemina e volta à
massa donde saiu, como sucede com os corpos materiais. É difícil de
conceber-se que uma coisa que teve começo possa não ter fim.
“Há muitas coisas que não compreendeis, porque tendes limitada a
inteligência. Isso, porém, não é razão para que as repilais. O filho não
compreende tudo o que a seu pai é compreensível, nem o ignorante
tudo o que o sábio apreende. Dizemos que a existência dos Espíritos
não tem fim. É tudo o que podemos, por agora, dizer.”

• A reencarnação
o Criado simples e ignorante, o Espírito decide e cria seu
próprio destino usando o livre arbítrio. Seu progresso é
consequência das experiencias adquiridas em diversas
existências, evoluindo constantemente, tanto em
inteligência como em moralidade
L.E. 115. Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus?
“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. (...)”

“Em verdade, em verdade, lhes digo: ninguém pode ver o Reino de Deus se
não nascer de novo.” (João: Cap. 3, vv. 1 a 12)

• A Pluralidade dos Mundos Habitados


o Os diferentes orbes do Universo constituem as diversas
moradas dos Espíritos

“Há muitas moradas na casa do Pai”. (João, Cap.14, v. 2).

L.E. 55. São habitados todos os globos que se movem no Espaço?


“Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em
inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm
por espíritos muito fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo
o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para
eles criou Deus o Universo.”
Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo
final da Providência. Acreditar que só os haja no Planeta que habitamos fora duvidar da
sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de ele ter
dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista. Aliás, nada há, nem na
posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à
suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares
de milhões de mundos semelhantes.

• A Comunicabilidade dos Espíritos


o Os Espíritos são os seres humanos desencarnados.
Através dos médiuns podem comunicar-se com o
mundo material.

Quando pode ocorrer a comunicação:


1. Quando a pessoa está dormindo
2. Por meio de um médium

A obsessão espiritual passou a ser oficialmente aceita pela Medicina como


possessão e estado de transe – item F.44.3 do CID 10 (Código Internacional
de Doenças)
• A Moral Espírita
o Baseada no Evangelho de Jesus, é a máxima moral para
a vida.

37 Respondeu Jesus: " 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração,
de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'.
38 Este é o primeiro e maior mandamento.
39 E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'.

Mateus 22:37-39

“Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles.”

Lucas 6:31

Fonte: Doutrina Espírita para Principiantes - Luis Hu Rivas


(página 31)

O que é Ecologia?
O naturalista alemão Ernst Heinrich Philipp August Haeckel (1834—
1919) empregou o termo Ecologia pela primeira vez em seu livro A
Morfologia Geral dos Organismos em 1866.
Ecologia (oecologie) nasce da combinação das palavras gregas oikos
(casa) e logos (estudo). Significa, literalmente, estudo da casa. Ernst Haeckel
cunhou esta expressão para designar uma nova Ciência que procura
investigar as relações entre todos os seres vivos existentes, e destes com o
meio que os cercam.
Haeckel percebeu a necessidade de ir além dos limites impostos pela
Biologia para investigar com mais atenção o funcionamento dos
ECOSSISTEMAS — expressão que só viria a aparecer no século seguinte
— e a relação de interdependência entre todos os seres da natureza.

Espiritismo e Ecologia – André Trigueiro


(Página 20, A Ciência Ecológica)

Princípios Ecológicos
Interdependência

Todos os membros de uma comunidade ecológica estão interligados


numa vasta e intrincada rede de relações, a teia da vida. Eles derivam suas
propriedades essenciais, e, na verdade, sua própria existência, de suas
relações com outras coisas. A interdependência - a dependência mútua de
todos os processos vitais dos organismos - é a natureza de todas as relações
ecológicas. O comportamento de cada membro vivo do ecossistema depende
do comportamento de muitos outros. O sucesso da comunidade toda depende
do sucesso de cada um de seus membros, enquanto o sucesso de cada
membro depende do sucesso da comunidade como um todo.

Reciclagem

A natureza cíclica dos processos ecológicos é um importante princípio


da ecologia. Os laços de realimentação dos ecossistemas são as vias ao longo
das quais os nutrientes são continuamente reciclados. Sendo sistemas
abertos, todos os organismos de um ecossistema produzem resíduos. Mas o
que é resíduo para uma espécie é alimento para outra, de modo que o
ecossistema como um todo permanece livre de resíduos. As comunidades de
organismos têm evoluído dessa maneira ao longo de bilhões de anos, usando
e reciclando continuamente as mesmas moléculas de minerais, de água e de
ar.

Aqui, a lição para as comunidades humanas é óbvia. Um dos principais


desacordos entre a economia e a ecologia deriva do fato de que a natureza é
cíclica, enquanto nossos sistemas industriais são lineares. Nossas atividades
comerciais extraem recursos, transformam-nos em produtos e em resíduos,
e vendem os produtos para os consumidores, que descartam ainda mais
resíduos depois de ter consumido os produtos. Os padrões sustentáveis de
produção e de consumo precisam ser cíclicos, imitando os processos cíclicos
da natureza. Para conseguir esses padrões cíclicos, precisamos replanejar
num nível fundamental nossas atividades comerciais e nossa economia.

Parceria

A parceria é uma característica essencial das comunidades


sustentáveis. Num ecossistema, os intercâmbios cíclicos de energia e de
recursos são sustentados por uma cooperação generalizada. Na verdade,
vimos que, desde a criação das primeiras células nucleadas há mais de dois
bilhões de anos, a vida na Terra tem prosseguido por intermédio de arranjos
cada vez mais intrincados de cooperação e de coevolução. A parceria - a
tendência para formar associações, para estabelecer ligações, para viver
dentro de outro organismo e para cooperar - é um dos 'certificados de
qualidade' da vida.

Nas comunidades humanas, parceria significa democracia e poder


pessoal, pois cada membro da comunidade desempenha um papel
importante. Combinando o princípio da parceria com a dinâmica da mudança
e do desenvolvimento, também podemos utilizar o termo 'coevolução' de
maneira metafórica nas comunidades humanas. À medida que uma parceria
se processa, cada parceiro passa a entender melhor as necessidades dos
outros. Numa parceria verdadeira, confiante, ambos os parceiros aprendem
e mudam - eles coevoluem. Aqui, mais uma vez, notamos a tensão básica
entre o desafio da sustentabilidade ecológica e a maneira pela qual nossas
sociedades atuais são estruturadas - a tensão entre economia e a ecologia. A
economia enfatiza a competição, a expansão e a dominação; ecologia
enfatiza a cooperação, a conservação e a parceria.

Flexibilidade

A flexibilidade de um ecossistema é uma consequência de seus


múltiplos laços de realimentação, que tendem a levar o sistema de volta ao
equilíbrio sempre que houver um desvio com relação à norma, devido a
condições ambientais mutáveis. Por exemplo, se um verão inusitadamente
quente resultar num aumento de crescimento de algas num lago, algumas
espécies de peixes que se alimentam dessas algas podem prosperar e se
proliferar mais, de modo que seu número aumente e eles comecem a exaurir
a população das algas. Quando sua principal fonte de alimentos for reduzida,
os peixes começarão a desaparecer. Com a queda da população dos peixes,
as algas se recuperarão e voltarão a se expandir. Desse modo, a perturbação
original gera uma flutuação em torno de um laço de realimentação, o qual,
finalmente, levará o sistema peixes/algas de volta ao equilíbrio.

O princípio da flexibilidade também sugere uma estratégia


correspondente para a resolução de conflitos. Em toda comunidade haverá,
invariavelmente, contradições e conflitos, que não podem ser resolvidos em
favor de um ou outro lado. Por exemplo, a comunidade precisará de
estabilidade e de mudança, de ordem e de liberdade, de tradição e de
inovação. Esses conflitos inevitáveis são muito mais bem-resolvidos
estabelecendo-se um equilíbrio dinâmico, em vez de decisões rígidas. A
alfabetização ecológica inclui o conhecimento de que ambos os lados de um
conflito podem ser importantes, dependendo do contexto, e que as
contradições no âmbito de uma comunidade são sinais de sua diversidade e
de sua vitalidade e, desse modo, contribuem para a viabilidade do sistema.

Diversidade

Nos ecossistemas, o papel da diversidade está estreitamente ligado à


estrutura em rede do sistema. Um ecossistema diversificado será flexível,
pois contém muitas espécies com funções ecológicas sobrepostas que
podem, parcialmente, substituir umas às outras. Quando uma determinada
espécie é destruída por uma perturbação séria, de modo que um elo da rede
seja quebrado, uma comunidade diversificada será capaz de sobreviver e de
se reorganizar, pois outros elos da rede podem, pelo menos parcialmente,
preencher a função da espécie destruída. Em outras palavras, quanto mais
complexa for a rede, quanto mais complexo for o seu padrão de
interconexões, mais elástica ela será.

Nos ecossistemas, a complexidade da rede é uma consequência da sua


biodiversidade e, desse modo, uma comunidade ecológica diversificada é
uma comunidade elástica. Nas comunidades humanas, a diversidade étnica
e cultural pode desempenhar o mesmo papel. Diversidade significa muitas
relações diferentes, muitas abordagens diferentes do mesmo problema. Uma
comunidade diversificada é uma comunidade elástica, capaz de se adaptar a
situações mutáveis.

No entanto, a diversidade só será uma vantagem estratégica se houver


uma comunidade realmente vibrante, sustentada por uma teia de relações. Se
a comunidade estiver fragmentada em grupos e em indivíduos isolados, a
diversidade poderá, facilmente, tornar-se uma fonte de preconceitos e de
atrito. Porém, se a comunidade estiver ciente da interdependência de todos
os seus membros, a diversidade enriquecerá todas as relações e, desse modo,
enriquecerá cada um dos seus membros, bem como a comunidade como um
todo. Nessa comunidade, as informações e as ideias fluem livremente por
toda a rede, e a diversidade de interpretações e de estilos de aprendizagem -
até mesmo a diversidade de erros - enriquecerá toda a comunidade.
Sustentabilidade

Surge como consequência de todos os outros princípios.

Fonte: A Teia da Vida: uma nova compreensão dos sistemas vivos


– Fritjof Capra
(página 223 – Epílogo: Alfabetização Ecológica)

Qualidade de um sistema que é sustentável; que tem a capacidade de


se manter em seu estado atual durante um tempo indefinido, principalmente
devido à baixa variação em seus níveis de matéria e energia; desta forma não
esgotando os recursos de que necessita.
Fonte: Dicionário brasileiro de ciências ambientais.

Pontos em Comum
Meados do século XIX

Não se tem notícia se um sabia da existência do outro, mas o fato é


que o professor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (que chamaremos
aqui de Allan Kardec, pseudônimo utilizado por ele para assinar as obras
básicas da Codificação) e o naturalista alemão Ernst Heinrich Haeckel
tinham muita coisa em comum.
Ambos possuiam múltiplas habilidades profissionais e obtiveram
sucesso e reconhecimento em vida. Nasceram e trabalharam em países
fronteiriços (França e Alemanha) e divulgaram suas novas descobertas na
mesma época, num intervalo de apenas nove anos (Kardec lançou O livro
dos espíritos em 1857, enquanto Haeckel cunhou a expressão Ecologia em
1866). Ambos simpatizavam com a Teoria da Evolução de Darwin e, cada
um a seu modo, perceberam rapidamente que incomodavam a Igreja
Católica, em particular o Santo Ofício.

Visão Sistêmica
A Ecologia amadureceu como ciência, e um marco importante foi a
proposição, pelo biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy, em 1937, de uma
mudança radical: contrapondo o reducionismo cartesiano, ele desenvolveu a
Teoria Geral dos Sistemas, propondo que o ambiente passasse a ser
observado como uma totalidade integrada e enfatizando a inter-relação e
interdependência entre os seus componentes, sendo impossível estudar seus
elementos isoladamente. O autor definiu sistema como um conjunto de
elementos interdependentes que interagem, com objetivos comuns,
formando um todo maior que a soma das partes, e no qual cada um dos
elementos componentes se comporta, por sua vez, como um sistema, cujo
resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se
funcionassem independentemente.

Ecologia e Espiritismo: são ciências sistêmicas que procuram investigar,


cada qual com sua ferramenta de observação, as relações que sustentam e
emprestam sentido à vida. Essa visão sistêmica da realidade se revela de
forma tão explícita nas duas ciências, que o que aparece em certas obras
espíritas poderia perfeitamente embasar alguns postulados ecológicos.
Em A gênese, uma das obras básicas da Doutrina Espírita, a relação de
interdependência preconizada pelos ecologistas aparece descrita da seguinte
maneira por Allan Kardec: “Assim, tudo no universo se liga, tudo se
encadeia, tudo se acha submetido à grande e harmoniosa lei de unidade”.
Em outro trecho, afirma:
“De sorte que as nebulosas reagem sobre as nebulosas, os sistemas
reagem sobre os sistemas, como os planetas reagem sobre os planetas, como
os elementos de cada planeta reagem uns sobre os outros, e assim
sucessivamente, até ao átomo.”
A percepção de uma realidade sistêmica em um universo no qual a
figura de Deus está presente é traço comum em todas as doutrinas ou
tradições religiosas, e nisso também se inclui o Espiritismo. O físico
austríaco Fritjof Capra afirma que:
“A percepção da ecologia profunda é percepção espiritual ou religiosa.
Quando a concepção de espírito humano é entendida como o modo de
consciência no qual o indivíduo tem a percepção de pertinência, de
conexidade, com o cosmos como um todo, torna-se claro que a percepção
ecológica é espiritual na sua essência mais profunda.”

E quanto ao Ecocídio?
“O termo "ecocídio" foi cunhado pela primeira vez em 1970 pelo
biólogo Arthur W. Galston, referindo-se ao uso de herbicidas como o Agente
Laranja durante a Guerra do Vietnã, que causou danos generalizados às
florestas e à biodiversidade.”
ChatGPT

Negacionismo Climático Organizado

Quem deveria ser processado por “postericídio”? Poderíamos começar


examinando a estabelecida rede internacional de organizações, devidamente
financiadas, dedicadas ao negacionismo climático organizado. O epicentro
dessa atividade está nos Estados Unidos. Um conjunto de grupos
conservadores de reflexão tem deliberadamente enganado o público e os
tomadores de decisões políticas sobre as realidades da mudança climática. O
negacionismo climático ideologicamente motivado por esse conjunto tem
sido financiado pela indústria de combustíveis fósseis, que incluem, por
exemplo, a Koch Industries e a ExxonMobil. Esse negacionismo climático
tem exercido um impacto significativo sobre a opinião pública e tem
impedido a legislação para combater a mudança climática.

Fonte: O Correio da Unesco – Mudanças climáticas: Os desafios


éticos

Tribunal Penal Internacional reconhece ecocídio como crime


contra a Humanidade

Desde a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas


(COP21), realizada em Paris, em 2015, os tribunais internacionais de
Direitos da Natureza tentam qualificar o ecocídio, dentro do pressuposto
jurídico, como o quinto crime internacional. Os outros quatro crimes
internacionais, reconhecidos e punidos pelo Tribunal Penal Internacional,
são o genocídio, os crimes de guerra, os crimes de agressão e os crimes
contra a humanidade.

“A ideia de ecocídio existe há 50 anos e foi evocada pela primeira vez quando
os americanos usaram dioxina nas florestas durante a Guerra do Vietnã.
Agora queremos reviver essa ideia que considera que atentar
gravemente contra ciclos vitais para a vida na Terra e ecossistemas deve
ser considerado um crime internacional.”

“Será um longo trabalho, porque reconhecer os direitos da natureza e


do ecossistema implica em reconhecer que o homem não é o ‘dono’ da
vida sobre a Terra, o que pressupõe uma nova concepção do Direito,
baseada numa realidade onde o homem é interdependente de outras
espécies e do ecossistema. E isso implica também em reconhecer nossos
deveres em relação às gerações futuras”, enfatizou Valérie Cabanes (A
jurista em Direito Internacional).

https://observatorio-eco.jusbrasil.com.br/noticias/434878796/tribunal-
penal-internacional-reconhece-ecocidio-como-crime-contra-a-humanidade

Extinções em massa
Antropoceno

O termo "Antropoceno" combina as palavras gregas "anthropos", que


significa "humano", e "kainos", que significa "novo" ou "recente". Assim, o
Antropoceno pode ser entendido como uma época geológica caracterizada
pelo impacto humano dominante.
Os defensores do conceito argumentam que os humanos se tornaram uma
força geológica poderosa, alterando a composição atmosférica, a estrutura
do solo, a biodiversidade e os padrões climáticos do planeta. Alguns dos
principais eventos associados ao Antropoceno incluem:
• Queima de combustíveis fósseis,
• Urbanização acelerada,
• Agricultura intensiva,
• Desmatamento e a
• Poluição generalizada.
No entanto, é importante observar que o termo "Antropoceno" ainda é objeto
de debate científico e não foi formalmente reconhecido como uma época
geológica pelos órgãos internacionais responsáveis pela classificação do
tempo geológico, como a Comissão Internacional de Estratigrafia. A
discussão em torno do Antropoceno destaca a necessidade de entender e
enfrentar os desafios ambientais causados pelas atividades humanas.

Fatores do Aquecimento Global

Fatores Naturais

Atividade Solar

A atividade solar pode influenciar o clima, mas as contribuições


observadas até hoje são mínimas para o atual processo de aquecimento
global. Entre o principal ciclo solar de 11 anos, temos um máximo e mínimo
do brilho do Sol, o qual varia em aproximadamente 0,1% na média entre os
dois períodos.

https://www.saberatualizado.com.br/2019/12/a-atividade-solar-e-
responsavel-
pelo.html#:~:text=Como%20explorado%2C%20a%20atividade%20solar,m
%C3%A9dia%20entre%20os%20dois%20per%C3%ADodos.

Composição Atmosférica

Vulcanismo

Será que os gases expelidos pelos vulcões têm um impacto, a longo prazo,
na nossa atmosfera? No mês passado, em plena erupção do vulcão em La
Palma, a euronews esteve nas Ilhas Canárias para falar com duas cientistas
especializadas em vulcanologia.

Numa estrada rural no limite da zona de segurança em redor do vulcão, Ana


Pardo Cofrades e Catherine Hayer medem regularmente a quantidade de
dióxido de enxofre, dióxido de carbono e outros gases emitidos pelo vulcão,
desde o início da erupção em Setembro.
No pico da atividade, o vulcão emitiu três mil toneladas de CO2 por dia. Em
comparação com as emissões humanas, trata-se de uma quantidade
minúscula.

"Se compararmos este valor com as emissões produzidas pelo transporte


aéreo, que representam 330 mil toneladas por dia, as emissões de um vulcão
de pequena ou média dimensão como o de La Palma deverão ser
responsáveis por um centésimo das emissões do setor aeronáutico. É
absolutamente insignificante", sublinhou a cientista.

O CO2 emitido por todos os vulcões do mundo é inferior a 1% das emissões


dos humanos.

https://pt.euronews.com/green/2022/01/17/qual-o-impacto-do-co2-emitido-
pelo-
vulcoes#:~:text=O%20CO2%20emitido%20pelos%20vulc%C3%B5es,se%
20de%20uma%20quantidade%20min%C3%BAscula.

Fatores Antropogênicos

Emissão de Gases de Efeito Estufa

Efeito estufa é um fenômeno atmosférico natural responsável pela


manutenção da vida na Terra. Sem a presença desse fenômeno, a temperatura
na Terra seria muito baixa, em torno de -18ºC, o que impossibilitaria o
desenvolvimento de seres vivos.

Clorofluorcarbono (CFC):
Os clorofluorcarbonetos (CFC) são compostos artificiais que possuem
carbono, flúor e cloro em sua estrutura. Eles são gasosos e possuem um efeito
muito nocivo à camada de ozônio por reagirem com o gás ozônio e
transformá-lo em gás oxigênio ocasionando a degradação dela.

CFC + Luz + 2O3 → 3O2 + Cℓ

Antigamente esses gases eram muito mais utilizados em produtos


condicionadores de ar e aerossóis (principalmente perfume e inseticidas). No
Brasil o uso dos CFC’s em sprays inseticidas, perfumes e outros foi banido
em 1988 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
O composto de clorofluorcarbono mais conhecido é o freon, que foi
desenvolvido a fim de substituir a amônia (NH3) como gás de refrigeração
por ser menos tóxico. Porém, anos mais tarde foram descobertos os danos
que esses gases poderiam causar, na verdade estavam causando há bastante
tempo, para camada de ozônio. Isto ocorre também devido a estabilidade
destes compostos que podem ter tempo médio de vida no ambiente entre 75
e 380 anos, ou seja, há um efeito cumulativo.

Ozônio (O3):
A camada de ozônio é encontrada na estratosfera, região da atmosfera. Esta
camada tem a propriedade de absorver a radiação ultravioleta do Sol; por
este motivo, sem a proteção do ozônio, as radiações causariam graves danos
aos organismos vivos que habitam a superfície do planeta Terra.
É importante lembrar que não é o ozono em si o responsável pela proteção
contra os raios ultravioleta, mas o ciclo ozônio-oxigênio. Neste ciclo, há
grande absorção da radiação solar, transformada em energia térmica na
estratosfera. Os CFCs, conhecidos pelo efeito prejudicial à camada de
ozônio, por meio do cloro gasoso, têm o papel de paralisar o ciclo.

Metano (CH4):

Fontes do gás metano:

• Biótica
o Processo digestivo de animais herbívoros, carnívoros e
onívoros. O processo digestivo de ruminantes, como bovinos,
emite metano em maior quantidade.
o Fermentação por bactérias: Processo que acontece nos
pântanos, onde se tem um ecossistema rico em matéria orgânica
úmida em processo de decomposição.

• Abióticas
o Falhas geológicas: No manto terrestre está localizado a maior
concentração de metano da Terra, seja por uma falha geológica
que pode levar ao seu vazamento, seja por condições de
temperatura que favoreçam reações que o liberam.
o Combustíveis Fósseis: o metano é um dos hidrocarbonetos que
podem ser extraídos do petróleo."

O gás metano é um dos responsáveis pelo aceleramento do efeito estufa,


estando em menor quantidade na atmosfera, quando comparado com o
dióxido de carbono. No entanto, seu potencial energético é 60x maior, além
da alta capacidade de absorção de radiação infravermelha. Portanto, apesar
de o metano não possuir uma longa permanência na atmosfera, os danos
causados ao ambiente chegam a ser 20x maiores que os causados pelo
dióxido de carbono.

Óxido Nitroso (N2O):


O óxido nitroso possui a propriedade de retenção de calor cerca de 300 vezes
maior do que o CO2, ou seja, uma molécula de óxido nitroso é equivalente a
300 moléculas de CO2 na atmosfera. O óxido nitroso também possui impacto
na camada de ozônio, contribuindo para a sua degradação, sendo que ele
permanece mais de 100 anos na atmosfera até ser degradado naturalmente.
Estima-se que 5,3 teragramas (Tg) de óxido nitroso sejam emitidos pelo
homem em um ano (1 Tg é equivalente a 1 bilhão de kg).

Dióxido de Carbono (CO2):


Fontes:

• Respiração de animais, seres humanos e organismos vivos;


• Decomposição de seres vivos e materiais;
• Erupção vulcânica;
• Atividade humana (principalmente agropecuária e industrial);
• Queima de combustíveis fósseis (carvão, gás de usina de energia,
petróleo, veículos);
• Desmatamento e queimadas;
• Lavagem de polpa de celulose e papel.

A alta concentração de dióxido de carbono leva à poluição do ar, formação


de chuva ácida e desequilíbrio do efeito estufa (com consequente elevação
da temperatura da Terra), que traz consigo o derretimento de calotas de gelo
e a elevação dos níveis oceânicos, resultando em uma grande degradação
ambiental de ecossistemas e paisagens.
Tempo de permanência na atmosfera dos GEE’s

O CO2 perdura na atmosfera por até mil anos, o metano por cerca de
uma década e o óxido nitroso por aproximadamente 120 anos. Com base em
um cálculo de 20 anos, o metano é 80 vezes mais potente do que o CO2 como
causa do aquecimento global e o óxido nitroso é 280 vezes mais potente.

https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/voce-sabe-
como-os-gases-de-efeito-estufa-aquecem-o-planeta

Desmatamento e Queimadas

As áreas de florestas e os ecossistemas naturais são grandes


reservatórios e sumidouros de carbono por sua capacidade de absorver e
estocar CO2. Mas, quando acontece um incêndio florestal ou uma área é
desmatada, esse carbono é liberado para a atmosfera, contribuindo para o
aquecimento global.

https://www.wwf.org.br/nossosconteudos/educacaoambiental/conceit
os/efeitoestufa_e_mudancasclimaticas/#:~:text=Isso%20porque%20as%20
%C3%A1reas%20de,contribuindo%20para%20o%20aquecimento%20glob
al.

Poluição

Lixões
O Departamento de Economia do Sindicato Nacional das Empresas de
Limpeza Urbana (Selurb) fez um estudo sobre a permanência de lixões como
local de descarte do lixo no Brasil e a queima irregular de resíduos. A
pesquisa indica a má gestão do lixo como responsável por emitir 6 milhões
de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, montante é equivalente ao
gás gerado anualmente por 3 milhões de carros movidos a gasolina.

Essa relação existe, pois determinados processos envolvendo


resíduos podem emitir Gases do Efeito Estufa (GEE): a decomposição da
matéria orgânica libera gás metano, enquanto a queima descontrolada de
certos materiais produz dióxido de carbono, óxido nitroso e hexafluoreto
de enxofre.

https://www.creditodelogisticareversa.com.br/post/t-lixo-e-
aquecimento-global-entenda-a-relacao

Hexafluoreto de Enxofre [SF6] (efeito 32.000 vezes maior do que o


gás-estufa CO2, tem uma expectativa de duração na atmosfera de mais de
3200 anos.).

https://www.emsintese.com.br/2011/hexafluoreto-de-enxofre-uma-
molecula-para-odiar/

O que são os 5r’s?

Os 5 rs são um estilo de vida sustentável preocupado com a diminuição


geração de resíduos no planeta. As cinco palavras, repensar, recusar, reduzir,
reutilizar e reciclar, ajudam a construir um comportamento humano em
compromisso com meio ambiente.

• Repensar
• Recusar
• Reduzir
• Reutilizar
• Reciclar

REPENSAR : Seja um consumidor consciente

Quem nunca comprou alguma coisa por impulso? Quem nunca comprou
algo que já tinha? E o pior, quem nunca comprou algo que não precisava?

Todos nós já cometemos alguns desses erros em alguma fase da vida.


Muitas vezes não paramos e refletimos a real necessidade de adquirir tal
produto.

O consumo exagerado é uma das maiores causas para a degradação do


meio ambiente. Antes da compra é importante avaliar todo o ciclo de vida
do produto, desde a sua produção até o seu descarte, avaliando
principalmente, sua rotulagem ambiental. Adquirindo esse hábito de
repensar na hora de consumir um produto, além de ajudar minimizando os
impactos no meio ambiente. Essa ação ajuda também no seu orçamento.

O ato de repensar não envolve apenas os consumidores, envolve também as


empresas. As organizações devem repensar nos seus hábitos de consumo,
descarte do resíduo e a escolha por material para produção do produto.

RECUSAR: Prefira empresas ligadas a ideias sustentáveis

O segundo passo para minimizar a produção de resíduos é impedir que os


resíduos entrem em sua casa. A etapa “recusar” envolve dizer “não” para
desperdiçar sob a forma de descartáveis de uso único, como: sacolas,
canudo, lixo eletrônico, entre outros objetos de vida curta que possuem
uma única passagem para a lata de lixo.

Recuse coisas que você não precisa. Prefira empresas que firmam um
compromisso com o meio ambiente. Está ficando cada vez mais recorrentes
empresas que buscam substituir ações que provocam grande dano ao meio
ambiente e se ligando a ideias sustentáveis, para que no final do processo,
tenha um produto mais limpo.

A tendência daqui a pouco tempo é consumir apenas produtos das empresas


que têm uma postura de responsabilidade com os valores ambientais e
sociais. A moda é um mercado que está em alta, uma vez que eles
perceberam em seu público uma necessidade de entender sobre toda a
fabricação do produto.

O mercado de sapatos sustentáveis, por exemplo, está crescendo


exponencialmente e está surgindo, cada vez mais, marcas que além de
declarar seu resultado financeiro, declaram também o que fazem para
minimizar o impacto ambiental, suas metas e causas que defendem.

Alguns exemplos de marca dos sapatos sustentáveis:

Urban flowers
Kasulo
Vegalli
Insecta Shoes
Ahimsa
Largue as sacolas plásticas, as embalagens não recicláveis e as lâmpadas
incandescentes e prestem atenção nas empresas com uma pegada
sustentável.

REDUZIR: Preste atenção na durabilidade dos produtos

Existem várias ações que podemos tomar para reduzir o nosso consumo.
Creio que a principal delas seja comprar produtos que tenham uma maior
qualidade e durabilidade, mesmo que isso saia por hora, um pouco mais
caro.

Evite o desperdício e adquira hábitos que diminuirá os impactos ao meio


ambiente, como:

• imprimir frente e verso no papel


• trocar roupas entre os amigos e familiares
• usar canecas ao invés dos copos plásticos
• dar preferência para as embalagens retornáveis
• usar lâmpadas econômicas
• de preferência para coador de pano para fazer seu café

Esses são só alguns exemplos que poderíamos adaptar no nosso dia a dia
para que possamos reduzir o nosso consumo.

REUTILIZAR: Dê uma nova utilidade para o seu produto e cumpra mais


um dos 5 rs da sustentabilidade

Hoje em dia, quase não vemos mais a reutilização dos produtos. Tudo que
não serve mais é rapidamente descartado. A ação da reutilização é a que
mais precisa ser entendida e colocada em prática por nós.

Reaproveitar o produto significa dar uma nova utilidade para um item já


usado, dessa forma, evitando um novo processo de produção daquela
mercadoria. Aumentando a sua vida útil é possível produzir menos
resíduos, impactando de forma positiva no meio ambiente.

Use sua criatividade para transformar seus produtos em material de


artesanato a partir de embalagens de vidro, papel, plástico, metal, cd’s,
entre outros. As empresas também buscam a utilizar esse R da
sustentabilidade, uma vez que ajuda a empresa a diminuir seus custos de
aquisição, já que não será necessário adquirir a matéria-prima para
fabricação.

RECICLAR: um dos 5 rs da sustentabilidade mais comentados.

Essa ação é imprescindível colocar em prática o mais rápido possível. A


reciclagem consiste na transformação do resíduo sólido que não seria
aproveitado em um novo produto. No processo, existem mudanças em seus
estados físicos, físico-químico ou biológico, de modo a atribuir
características ao resíduo para que este se torne novamente matéria-prima
ou produto.

Além de contribuir economizando água e nossas matérias-primas, gera


emprego e renda para a população. A coleta seletiva deve fazer parte da
realidade de todas as casas e já que, dessa forma, estaríamos contribuindo
para acelerar o processo para esses trabalhadores além diminuindo a
quantidade de lixo descartado.

https://www.mt.senac.br/ecos/dicas/210/#:~:text=O%20que%20s%C
3%A3o%20os%205,em%20compromisso%20com%20meio%20ambiente.

Consequências do Aquecimento Global


Temperaturas mais altas

À medida que a concentração dos gases de efeito estufa aumenta, o


mesmo acontece com a temperatura da superfície global. A última década
(2011-2020) é a mais quente já registrada. Desde os anos 1980, cada década
tem sido mais quente do que a anterior. Quase todas as áreas têm tido mais
dias quentes e ondas de calor. Temperaturas mais elevadas aumentam o
número de doenças relacionadas ao calor e dificultam o trabalho ao ar livre.
Incêndios começam com mais facilidade e se espalham mais rapidamente
quando as condições estão mais quentes. As temperaturas no Ártico
aumentaram pelo menos duas vezes mais rápido do que a média global.

Tempestades mais severas


Tempestades destrutivas têm se tornado mais intensas e frequentes em
muitas regiões. Conforme as temperaturas aumentam, mais umidade
evapora, agravando chuvas e inundações extremas e causando tempestades
mais destrutivas. A frequência e a dimensão das tempestades tropicais
também são afetadas pelo aquecimento do oceano. Ciclones, furacões e
tufões se alimentam da água quente na superfície do oceano. Com
frequência, essas tempestades destroem casas e comunidades, causando
mortes e enormes perdas econômicas.

Aumento da seca

As mudanças climáticas afetam a disponibilidade de água, tornando-a


mais escassa em mais regiões. O aquecimento global agrava os períodos de
seca em regiões onde a falta de água já é comum e leva a um risco maior de
secas agrícolas, afetando plantações, e secas ecológicas, aumentando a
vulnerabilidade dos ecossistemas. Os períodos de seca também podem
causar destrutivas tempestades de areia e poeira, que podem mover bilhões
de toneladas de areia entre continentes. Os desertos estão crescendo,
reduzindo a área cultivável. Muitas pessoas agora enfrentam a ameaça de
não ter água suficiente regularmente.

Um oceano cada vez mais quente e maior

O oceano absorve a maior parte do calor gerado pelo aquecimento


global. A taxa de aquecimento do oceano aumentou muito nas duas últimas
décadas, em todas as profundidades. À medida que essa temperatura sobe, o
volume dele aumenta, já que a água se expande quando aquecida. O
derretimento de placas de gelo também provoca o aumento do nível do mar,
ameaçando comunidades litorâneas e insulares. Além disso, o oceano
absorve dióxido de carbono, evitando que ele se concentre na atmosfera. No
entanto, mais dióxido de carbono deixa a água mais ácida, ameaçando a vida
marinha e recifes de corais.

Perda de espécies

As mudanças climáticas representam riscos para a sobrevivência de


espécies na terra e no oceano. Esses riscos aumentam com a elevação das
temperaturas. Agravado pelas mudanças climáticas, o mundo está perdendo
espécies a uma taxa 1.000 vezes maior do que em qualquer outro momento
na história da humanidade. Um milhão de espécies estão em risco de
extinção nas próximas décadas. Incêndios florestais, clima extremo, além de
doenças e pragas invasoras estão entre as várias ameaças relacionadas às
mudanças climáticas. Algumas espécies conseguirão se deslocar e
sobreviver, mas outras não.

Não haverá comida suficiente

As mudanças no clima e o aumento de eventos climáticos extremos


estão entre as razões por trás do crescimento global da fome e da subnutrição.
A pesca, a agricultura e a criação de gado podem ser destruídas ou se
tornarem menos produtivas. Com o oceano ficando mais ácido, os recursos
marinhos que alimentam bilhões de pessoas estão em risco. As mudanças na
cobertura de neve e gelo em várias regiões árticas prejudicam o
abastecimento de alimentos provenientes do pastoreio, da caça e da pesca. O
estresse térmico pode diminuir a quantidade de água e as áreas de pastagem,
causando o declínio da produção agrícola e afetando o gado.

Mais riscos para a saúde


As mudanças climáticas são a maior ameaça à saúde que a humanidade
enfrenta. Os impactos climáticos já estão prejudicando a saúde, com poluição
do ar, doenças, eventos climáticos extremos, deslocamento forçado, pressões
sobre a saúde mental e aumento da fome e subnutrição em locais onde as
pessoas não conseguem cultivar ou encontrar alimentos suficientes. A cada
ano, fatores ambientais tiram a vida de cerca de 13 milhões de pessoas. A
mudança dos padrões climáticos está expandindo o número de doenças, e os
eventos climáticos extremos aumentam as mortes e dificultam a manutenção
dos sistemas de saúde.

Pobreza e deslocamento

As mudanças climáticas aumentam os fatores que levam as pessoas à


pobreza e as mantêm nessa situação. Inundações podem assolar favelas
urbanas, destruindo casas e meios de subsistência. O calor pode dificultar o
trabalho ao ar livre. A escassez de água pode afetar a agricultura. Na última
década (2010–2019), eventos relacionados ao clima provocaram o
deslocamento estimado de, em média, 23,1 milhões de pessoas por ano,
deixando muitos mais vulneráveis à pobreza. A maioria dos refugiados vem
de países que estão mais vulneráveis e menos preparados para se adaptar aos
impactos das mudanças climáticas.
Fonte: https://www.un.org/pt/climatechange/science/causes-effects-climate-
change

Consumismo

Segundo o espiritismo, o consumismo pode representar um vício ou


instabilidade espiritual do encarnado e até mesmo uma relação de processo
obsessivo.
De acordo com Aldeniz Leite, comunicador do programa Jesus e o
Logos, a preocupação excessiva e falta de paz se não estiver adquirido coisas
novas, são sinais de quem possui um transtorno de compulsão por compras.
Esse transtorno recebe o nome de oniomania, palavra do grego oné
(compra) e manía (fúria). Além das preocupações em excesso, o indivíduo
afetado também sente sintomas de abstinência como ansiedade, inquietação
e tremores.

https://radioboanova.com.br/consumismo-segundo-o-espiritismo/

Oniomania

Oniomania é a condição caracterizada pela compulsão de comprar.


Ela também é comumente chamada de transtorno do comprar compulsivo ou
compulsão por compras. Antes da ascensão da tecnologia a oniomania era
associada ao comprar compulsivo em lojas físicas. Porém, agora engloba a
compulsão de comprar coisas pela internet.
Os oneomaníacos também usam das compras para suprimir emoções
desconfortáveis, mesmo que momentaneamente. Porém, é comum que o
indivíduo passe por episódios de depressão ou ansiedade associados ao ato
de comprar.
A condição pode ser perigosa, entrando nesse ciclo vicioso onde
comprar alivia emoções negativas, mas também as desencadeiam.
A oniomania é considerada um Transtorno do Controle dos Impulsos
(TCI), assim como a cleptomania. É estimado que, nos Estados Unidos, cerca
de 8% da população conviva com a condição e que dentro desse número,
90% sejam mulheres.
Os sintomas da oniomania podem ser variados, mas geralmente
envolvem gastar mais do que se tem. Os episódios da condição são
frequentes e usados para suprir algum tipo de emoção negativa ou estresse e
são seguidos por euforia. Porém, logo após, o pico de euforia desce e é
substituído por sentimentos de culpa e vergonha.
A oniomania também pode gerar dívidas que não podem ser pagas e
que aumentam de acordo com a condição. É comum que os oneomaníacos
tenham diversas tentativas falhas de parar de comprar.
As compras são majoritariamente de objetos desnecessários, mas que
trazem um imenso prazer ao paciente.
Pessoas com o transtorno sabem que o que fazem é errado, mas não
conseguem parar. Por isso, é comum que escondam suas compras.

https://www.ecycle.com.br/oniomania/

Ter e ser

A psicologia sociológica do passado recomendava a posse como forma


de segurança. A felicidade era medida em razão dos haveres acumulados, e
a tranquilidade se apresentava como sendo a falta de preocupação em relação
ao presente como ao futuro.
Aguardar uma velhice descansada, sem problemas financeiros,
impunha-se como a grande meta a conquistar.
A escala de valores mantinha como patamar mais elevado a fortuna
endinheirada, como se a vida se restringisse a negócios, à compra e venda de
coisas, de favores, de posições.
Mesmo as religiões, preconizando a renúncia ao mundo e aos bens
terrenos, reverenciavam os poderosos, os ricos, enquanto se adornavam de
requintes, e seus templos se transformavam em verdadeiros bazares, palácios
e museus frios, nos quais a solidariedade e o amor passavam desconhecidos.
A felicidade se apresentava possível, desde que se pudesse comprá-la.
Todos os programas traziam como impositivo prioritário o prestígio social
decorrente da posse financeira ou do poder político.
Cunhou-se o conceito irônico de que o dinheiro não dá felicidade,
porém ajuda a consegui-la. Ninguém o contesta; no entanto, ele não é tudo.
O imediatismo substituiu os valores legítimos da vida, e houve uma
natural subestima pelos códigos éticos e morais, as conquistas intelectuais,
as virtudes, por parecerem de somenos importância.
Não se excogitava, então, averiguar se as pessoas poderosas e
possuidoras de coisas eram realmente felizes, ou se apenas fingiam sê-lo.
Não se indagava a respeito das reais ambições dos seres, e o quanto
dariam para despojar-se de tudo, a fim de serem outrem ou fazerem o que
lhes aprazia e não o que se lhes impunham.
Embora os avanços da Psicologia profunda, na atualidade, ainda
permanecem alguns bolsões de imposição para que o homem tenha, sem a
preocupação com o que ele seja.
O prolongamento da idade infantil, em mecanismos escapistas da
personalidade, faz que a existência permaneça como um jogo, e os bens,
como as pessoas, tornem-se brinquedos nas mãos dos seus possuidores.
Os homens, entretanto, não são marionetes de fácil manipulação. Cada
indivíduo tem as suas próprias aspirações e metas, não podendo ser movido,
pelo prazer insano ou com bons propósitos que sejam, por outras pessoas.
Esses atavismos infantis não absorvidos pela idade adulta, impedindo
o amadurecimento psicológico encarregado do discernimento, são
igualmente responsáveis pela insegurança que leva o indivíduo a amontoar
coisas e a cuidar do ego, em detrimento da sua identidade integral. Sem que
se dê conta, desumaniza-se e passa à categoria de semideus, desvelando os
caprichos infantis, irresponsáveis, que se impõem, satisfazendo as
frustrações.
O amadurecimento psicológico equipa o homem de resistências contra
os fatores negativos da existência, as ciladas do relacionamento social, as
dificuldades do cotidiano.
A vida são todas as ocorrências, agradáveis ou não, que trabalham pelo
progresso, em cuja correnteza todos navegam na busca do porto da
realização.
Importante, desse modo, é manter-se o equilíbrio entre ser e
exteriorizar o que se é, sem conflito comportamental, eliminando os estados
de tensão resultantes da insatisfação ou do comodismo, assim, realizando-se,
interior e exteriormente.
Nesta luta entre o ego artificial, arquetípico, e o eu real, eterno e
evolutivo, os conteúdos ético-morais da vida têm prevalência, devendo ser
incorporados à conduta que os automatiza, não mais gerando áreas
psicológicas resistentes à autorrealização, e liberando-as para um estado de
plenitude relativa, naturalmente, em razão da transitoriedade da existência
física.
É óbvio que não fazemos a apologia da escassez ou da miséria, na
busca da realização pessoal. Tampouco, propomos o desdém à posse,
levando a mente a ilhas onde se homiziam o despeito e a falsa
autossuficiência.
A posse é uma necessidade para atender objetivos próprios, que não
são únicos nem exclusivos. Os recursos amoedados, o poder político ou
social são mecanismos de progresso, de satisfação, enquanto conduzidos
pelo homem, qual locomotiva a movimentar os canos que se lhe submetem.
Quando se inverte a situação, o iminente desastre está à vista.
Os recursos são para o homem utilizá-los, ao invés deste se lhes tornar
servil, arrastado pelos famanazes dos interesses subalternos que, de
auxiliares da pessoa de destaque, passam à condição de controladores das
circunstâncias, aprisionando nas suas hábeis manobras aquele que parece
conduzi-las. . .
Não é a posse que o envilece. Ela faculta-lhe o desabrochar dos valores
inatos à personalidade, e os recalques, os conflitos em predominância
assomam, prevalecendo-lhe no comportamento.
Eis aí a importância do amadurecimento psicológico do indivíduo, que
lhe proporciona os meios de gerir os recursos, sem se lhes submeter aos
impositivos.
Quando se tem a sabedoria de administrar os valores de qualquer
natureza, a benefício da vida e da coletividade, não apenas se possui,
sobretudo se se é livre, nunca possuído pelas enganosas engrenagens dos
metais preciosos, dos títulos de negociação, dos documentos de consagração
e propriedade, todos, afinal, perecíveis, que mudam de mão, que são fáceis
de perder-se, destruir-se, queimar-se. . .
A integridade e a segurança defluem do que se é, jamais do que se tem.

Joana de Ângelis – O Homem Integral

https://search.nepebrasil.org/book-
part/?chapter=12&book=204&id=9774

"QUEM NÃO RENUNCIAR A TUDO QUE TEM NÃO PODE


SER MEU DISCÍPULO"

O homem profano só conhece o ter, ou os teres, isto é, certo número


de objetos quantitativos, que estão ao redor dele, no plano horizontal, e que
ele considera ingenuamente como sendo seus bens. O profano total nada sabe
do seu íntimo ser, de algo que não é dele, mas que é ele mesmo. Pode alguém
ser milionário no plano horizontal dos seus teres, e ser ao mesmo tempo
mendigo indigente na zona vertical do seu ser. De tanto ter, não chega a ser
alguém.
Outros, mais avançados, resolvem renunciar a todos os seus teres e se
isolam no puro ser, isto é, na divina essência do seu eterno Eu, sua alma, seu
Cristo interno. E, de tão enamorados desse seu verdadeiro ser, desprezem
soberanamente todos os ilusórios teres dos profanos. São os ascetas, os
místicos, os yoguis, os austeros desertores de todas as coisas periféricas, os
impávidos bandeirantes da verdade central. E, por mais tenebrosa que a
outros pareça essa noite da renúncia absoluta e incondicional, ela é solene e
grandiosa, porque possui a fascinante sacralidade das noites estreladas...
(...) as palavras do Mestre não admitem vestígio de dúvida; são
inexoravelmente claras: "Quem não renunciar a tudo que tem não pode ser
meu discípulo" – tudo, sem exceção de coisa alguma! O episódio trágico do
jovem rico é uma ilustração clássica para essa verdade austera.
Tudo quanto o homem possui em bens terrestres torna-o dependente e
escravo; mas o reino dos céus é somente para as almas completamente livres.
Enquanto o homem tem algo que o mundo lhe possa tirar, ou deseja
algo que o mundo lhe possa dar, não é definitivamente livre, e por isto não
pode ser discípulo do Cristo. Os nossos teres quantitativos nos excluem do
reino dos céus – o nosso ser qualitativo nos fez entrar no reino de Deus.
Aproximamo-nos de Deus na razão direta do que somos, e na razão inversa
do que temos.
O ter é nosso, o ser é de Deus.
Mas, em que consiste esse ser?
Consiste na consciência da verdade sobre nós mesmos. Se
conhecermos a verdade sobre nós mesmos, seremos livres. "Conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará. E, se o Filho do homem vos libertar, sereis
realmente livres. " Essa verdade libertadora sobre nós mesmos, porém, está
na experiência íntima da nossa essencial identidade com Deus – "eu e o Pai
somos um" – e na completa harmonia da nossa vivência cotidiana com essa
verdade suprema.

O Sermão da Montanha – Humberto Rohden (Capítulo 25)

https://search.nepebrasil.org/book-
part/?chapter=25&book=131&id=5274

Minimalismo
(estilo de vida)

Conforme Joshua Millburn em documentário, todas as coisas que


fazem parte do cotidiano precisam ter um propósito, agregando de alguma
forma valor à vida, caso contrário, faz-se necessário estar disposto a se
desfazer delas. Identificando o propósito do minimalismo, é notório que, ao
ter uma vida mais simplificada, há mais tempo para o que realmente é
importante (A DOCUMENTARY ABOUT THE IMPORTANT THINGS,
2016). A priori, torna-se necessário conceituar o minimalismo, que, segundo
Bruna Mesa e João Mar, é um conceito que teve início nos Estados Unidos,
usado por artistas que começaram a utilizar poucos elementos para compor
suas obras, conceito esse que foi se expandindo para outras áreas e se
tornando um estilo de vida, que visa diminuir o consumo.
Paulo Alves, no documentário Mente Minimalista, destaca que o
minimalismo, diferente do que muitos pensam, é um estilo de vida
voluntário, fruto de reflexões de seus adeptos, e é escolhido por tomada de
consciência, sendo que, pessoas com uma vida difícil financeiramente, não
são consideradas, necessariamente, minimalistas, pois em qualquer
oportunidade de ascensão financeira, irão consumir de forma desenfreada,
diferente do minimalista, que pode ficar milionário que não vai querer
consumismo e luxos (MENTE MINIMALISTA: UM DOCUMENTÁRIO
SOBRE MINIMALISMO, 2020).
Vale ressaltar que o minimalismo se opõe ao consumismo e que possui
uma diferença do conceito de consumo, visto que o consumo é comprar as
coisas que são essenciais, já o consumismo é a prática que ultrapassa o que
é realmente necessário, em que as pessoas passam a viver com excessos, o
que retrata bem o mundo, em que o ritmo entre consumir e descartar as coisas
estão cada vez mais acelerados (MENTE MINIMALISTA: UM
DOCUMENTÁRIO SOBRE MINIMALISMO, 2020).
“O minimalismo não nega o consumo ou o capitalismo. Não se opõe
ao ato da compra em si, mas sim ao ato de compra sem reflexão acerca das
necessidades do indivíduo”.

https://seer.uniacademia.edu.br/index.php/gestao/article/download/29
41/1983

Viver com o essencial (não é deixar de ter o que é importante)


1. Atente-se as possíveis tralhas (desapego, por que tenho isso?)
2. Organize as coisas assim que puder (quando tem uma coisa fora
do lugar, pode atrair tralha)
3. Comprar as coisas de necessidade básica (poupa dinheiro,
reserva de emergência, férias, investimento)
4. Aprenda a falar não (tarefas desnecessárias)
5. Roupas (qualidade x quantidade, roupas com tecnologia ->
evitar passar ferro)
6. Não esqueça das outras áreas da vida (não negligenciar)

Gasto consciente (3, 5)

Relação entre Ser Humano e Natureza

A de Descartes, considera a natureza como um conjunto de objetos


disponíveis aos seres humanos. O filósofo do século XVII – contemporâneo
de Galileu e considerado um grande idealizador da modernidade – defendeu
o estabelecimento de ciências da vida semelhantes às ciências físicas
emergentes. Ele defende a ideia de uma “máquina animal”. Os seres vivos
não são nada além de matéria inerte organizada de forma complexa. Somente
o ser humano tem uma alma substancial distinta do corpo, tornando-se a
única espécie respeitável. O restante da natureza, viva ou inerte, é parte do
mundo dos objetos à disposição da humanidade. Descartes não tem qualquer
consideração pelo meio ambiente, o vê de forma utilitária e o considera um
recurso infinito que os seres humanos podem se valer sem quaisquer
escrúpulos.
Podemos ver até que ponto essas suposições levaram à exploração
descarada da natureza em todas as suas formas: agricultura, pesca, pecuária
intensiva, esgotamento mineral, poluição de todos os tipos.
A ciência ecológica é outra abordagem, que transmite uma visão do
mundo completamente diferente. Em 1937, o botânico britânico Arthur
George Tansley propôs o conceito de ecossistema, que revolucionaria a
relação científica com a natureza. Esse conceito refere-se a todas as
interações das espécies vivas entre si, e de todos os organismos vivos com o
ambiente físico: o solo, o ar, o clima etc. Neste contexto, o homem
redescobre-se como parte da natureza, como um elemento do ecossistema.
Além disso, esse ecossistema é um ambiente finito, com recursos limitados,
tanto antes quanto depois da intervenção das atividades humanas.
Fonte: O Correio da Unesco – A Mudança Climática: Questões
Filosóficas e Éticas. (julho-setembro 2019, página 7) por Bernard Feltz
(Biólogo e filósofo belga, é professor emérito da Universidade Católica de
Louvain. Sua pesquisa se concentra na filosofia da ecologia, em questões
bioéticas e nas relações entre a ciência e a sociedade. Atualmente, ele é o
representante da Bélgica no Comitê Intergovernamental de Bioética da
UNESCO (Intergovernmental Bioethics Committee – IGBC).

Tipos de Ecologistas

Rasos

Há que se observar que, se a maioria daqueles que defendem os


direitos da natureza aceita que os seres humanos têm direitos que os
animais não possuem, como direito à vida, à liberdade e à integridade
física, na verdade devem ser considerados antropocêntricos, especistas.
O especismo, que é uma expressão criada por Richard Ryder em
1970, no artigo intitulado “Experiments on animals”:
“Especismo é o preconceito baseado na espécie (como o racismo
é baseado na raça e o sexismo no gênero): se da espécie humana,
possui direitos, tem dignidade, é um fim em si; se não integrante da
espécie humana, não tem direitos, não possui dignidade, é apenas
instrumento, meio para a satisfação de interesses humanos.”
Para Lenio Streck, “Especismo, por analogia ao racismo e ao
sexismo, (...) é a atitude preconceituosa de considerar os seres de sua
própria espécie como superiores, de modo a não levar em consideração
o sofrimento dos demais seres vivos.”
Dentro da sua visão antropocêntrica, refere-se à natureza como
um bem da sociedade, sendo o meio ambiente um “direito” dos seres
humanos e, em virtude disso, deve ser protegido.

Profundos
O termo “Deep Ecology” foi cunhado por Arne Naess em 1972. E que
essa corrente filosófica tem cunho ecocêntrico, porquanto seu núcleo é o
ecossistema e, não, os indivíduos:
“[...] o que importa é proteger o ecossistema marinho e não os seus
integrantes; o ecossistema amazônico e não os animais ou vegetais
individualmente considerados. Por outros termos: o todo é maior do que as
partes. Denomina-se, pois, Ética Ecocêntrica.”
Os adeptos do ecocentrismo, por reconhecerem valor intrínseco a
seres não-humanos, como animais, plantas e entes inanimados (como
as montanhas), não se dizem antropocêntricos, rompendo com a tese
[antropocêntrica] de Kant.

https://periodicos.ufba.br/index.php/RBDA/article/view/17661/1152
3
Para além do Antropocentrismo: Uma Proposta de Reflexão
Ana Paula Barbosa-Fohrmann, Sandra Filomena Wagner Kiefer

Consumo de Carne

Atualmente existem no planeta cerca de 23 bilhões de aves - 1,5


bilhão de bovinos, 1 bilhão de porcos e ovelhas.
Para criar um quilo de bife uma vaca precisa comer até 25 quilos de
grãos e usar até 15000 litros de água.
Poderíamos nutrir mais 3,5 bilhões de pessoas se usássemos aquilo
que usamos para alimentar os animais.
A indústria da carne produz cerca de 15% dos gases de efeito estufa
produzidos por humanos.
Matam-se cerca de 74 bilhões de animais por anos.

Em poucas palavras - Kurzgesagt

129 –É um erro alimentar-se o homem com a carne dos


irracionais?

- A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes


consequências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É
de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade
da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores
nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a
necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos.
Temos de considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da
harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano.
Suas peças não podem ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos
graves. Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos,
dedicadamente, pelo advento dos tempos novos em que os homens terrestres
poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos
inferiores.

O consolador (Emmanuel / Francisco Cândido Xavier)

“Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia.


Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério
na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou
o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe
dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos
outros.”

Cartas e Crônicas – Irmão X (Capítulo 4 – Treino para a Morte)

Futuro da Alimentação

“(...) Todos os Ministérios, inclusive o da União Divina, não os


dispensam (alimentos), diferindo apenas a feição substancial. Na
Comunicação e no Esclarecimento há enorme dispêndio de frutos. Na
Elevação o consumo de sucos e concentrados não é reduzido, e, na União
Divina, os fenômenos de alimentação atingem o inimaginável.”
Nosso Lar – Capítulo 18 (Amor, Alimento das Almas)

O espírito Patrícia do livro Violetas na Janela, relata eu por não comer


carne enquanto encarnada precisou de pouco tempo para se adequar a
realidade espiritual. Aprendendo a se alimentar pela respiração.

Psicosfera
Sob esse aspecto ela é o retrato fiel, exato do Espírito. É por esse
intermédio que os encarnados sentem o indivíduo e reagem bem ou não à sua
presença e os desencarnados identificam e reconhecem quem procuram.

O meio ambiente interfere na aura. Ele é sensível, como já visto, ao


ambiente interno e externo uma vez que pela interação de ambos, o Espírito
age e reage instabilizando-se ou harmonizando-se. Traços da personalidade,
saúde, interesses e questões pessoais, estados emocionais negativos,
ansiedade, falta de autoestima, circunstâncias do momento, fatos e efeitos
distantes, globais (noticiários) exercem efeitos imediatos, alterando a aura na
proporção em que o Espírito capta e trabalha ou não as situações. A
manutenção deles drena energias e leva o ser a exteriorizar-se nesses
sentimentos que cultiva.

https://cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=1082

Articulando ao redor de si mesma, as radiações das sinergias


funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático,
a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica
de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circula as irradiações que lhe
são peculiares.
André Luiz (Mecanismos da Mediunidade X)

(...) O homem ingere e disparte mais terrível poluição, venenosa quão


irrefreável graças ao cultivo de lamentáveis atitudes em que persevera e se
compraz: referimo-nos à poluição mental que interfere na ecologia
psicosférica da vida inteligente, intoxicando de dentro para fora e
desarticulando de fora para dentro.
Estando a Terra vitimada pelo entrechoque de vibrações, ondas e
mentes em desalinho, como decorrência do desamor, das ambições
desenfreadas, dos ódios sistemáticos, as funestas consequências se fazem
presentes não apenas nas guerras externas e destrutivas, mas também nas
rudes batalhas no lar, na família, no trabalho, nas ruas da comunidade, no
comportamento.
Joana de Ângelis (Após a Tempestade, Cap. III)
Você pode Salvar o Planeta?

Exibição do Vídeo do Kurzgesagt

Frases Importantes!
Mais importante do que cuidar do planeta para os nossos filhos e netos,
é cuidar melhor dos nossos filhos e netos para o planeta.
Autoria desconhecida

A ilusão de que vivemos separados afasta-nos da cosmovisão e


transforma nos principais adversários da vitalidade do planeta.
[Os Prazeres da Alma – Hammed, página 98]

“A lei do progresso não se aplica somente ao homem; é universal. Há,


em todos os reinos da Natureza, uma evolução que foi reconhecida pelos
pensadores de todos os tempos. (...) Cada elo dessa cadeia representa uma
forma da existência que conduz a uma forma superior, a um organismo mais
rico, mais bem adaptado às necessidades, às manifestações crescentes da
vida; mas, na escala da evolução, o pensamento, a consciência e a liberdade
só aparecem passados muitos graus. Na planta a inteligência dormita; no
animal ela sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se
consciente.”
O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Leon Denis
IX – Evolução e Finalidade da Alma

História/Estória sobre desapego

Um cidadão fez voto de desapego e pobreza. Saiu Índia afora em busca


de todos os sábios, medindo na verdade o desapego de cada um. Levava
apenas uma tanga no corpo e outra para troca, sempre necessário.
Estava convencido de não encontrar quem ganhasse de si em
despojamento, quando soube de um velho guru, bem ao norte, aos pés do
Himalaia. Tomando as direções, parte ao encontro do velho sábio.
Quando lá chegou, tristeza e decepção! Encontrou terras bem
cuidadas, um palácio faustoso, muita riqueza, muita pompa. Indignado,
procura pelo guru. Um velho servo lhe diz que ele está em uma ala dos
magníficos jardins com seus discípulos, estudando desapego. Como era
costume da casa ter gentileza para com os hóspedes, o servo convida o
andarilho para o banho, repouso e refeição, antes de se dirigir à presença do
sábio.
Achando tudo muito estranho, o desapegado aceita a sugestão. Toma
um bom banho, lava sua tanga usada, coloca-a para secar no quarto e sai em
busca do guru. Completamente injuriado, queria contestar e desmascarar
aquele que julgava um impostor, pois em sua concepção desapego não
combinava com posses.
Aproxima-se do grupo, que ouve embevecido as palavras do mestre e
fica ruminando um ardil para atacar o guru, quando, correndo feito um doido,
chega um dos serviçais gritando:
– Mestre, mestre, o palácio está pegando fogo, um incêndio tomou
conta de tudo. O senhor está perdendo uma fortuna! O sábio, impassível,
continua sua prédica. O desapegado viajante das duas tangas dá um salto e
sai em desabalada carreira, gritando:
– Minha tanga, minha tanga, o fogo está destruindo minha tanga…
(Autor desconhecido)

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