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Estranha Moral

EVANGELHO SEGUNDO
O ESPIRITISMO
CAP XXIII

Itens 7 e 8 – “Deixai os
mortos enterrar seus
mortos”
Estranha Moral

 Na época de Sócrates, falava-se do


daimon (Espírito protetor); hoje,
entendido como demônio.

 Com relação à doutrina evangélica,


especifiquemos duas dificuldades:

 1.ª) Os apóstolos escreveram os Evangelhos


 muito tempo depois da morte de Cristo;

 2.ª) Os problemas de tradução de uma língua para outra.

 Em vista do exposto, convém nos valermos das orientações dadas pelos


Espíritos benfeitores, a fim de lançarmos um pouco de luz nas trevas de
nossa ignorância.
Estranha Moral
 Moral - Da raiz latina mores =  LE- 629. Que definição se
costumes,
pode dar à moral?
conduta,comportamento, modo de
agir).  - A moral é a regra da boa
 A moral é a regra da boa conduta e, conduta e, portanto, da
portanto, da distinção entre o bem distinção entre o bem e o
e o mal. Funda-se na observação da  mal. Funda-se na
lei de Deus.
observação da lei de Deus.
 Estranho - De o verbo estranhar, O homem se conduz bem
achar extraordinário, oposto aos quando faz tudo em vista
costumes, ao hábito. Achar diferente
do que seria natural esperar-se. Fora
do comum, desusado, anormal.
Misterioso, enigmático.
Estranha Moral
 Quando os profetas se referiam ao mal
 usavam palavras fortes e enérgicas,
 para despertar os homens imersos
 na ilusão dos sentidos e da
 materialidade.

 A moral pregada pelos grandes mestres assume, às vezes, contornos


estranhos, aparentemente em contradição com a suavidade que flui da
mensagem básica do amor

 As vozes do alto devem necessariamente


 adaptar-se aos limites da linguagem
 humana e ao grau de adiantamento
 dos seres em cada época histórica.
Estranha Moral
Deixai os mortos enterrar os seus mortos

 E a outro disse Jesus:


segue-me. E ele lhe disse:
Senhor, permite-me que
vá eu primeiro enterrar
meu pai. E Jesus lhe
respondeu: deixa que os
mortos enterrem os seus
mortos, e tu vai e anuncia
o reino de Deus. (Lucas,
ix: 59-60).
Estranha Moral

 Nas circunstâncias em que foram


 Jesus lho ensina,
ditas, essas palavras não exprimem dizendo: Não te
uma censura àquele que considera preocupes com o corpo,
um dever de piedade filial ir enterrar
o seu pai; elas encerram um sentido pensa antes no Espírito;
mais profundo, um sentido espiritual vai ensinar o reino de
Deus; vai dizer aos
 A vida espiritual, com efeito, é a homens que a pátria
verdadeira vida; é a vida normal do
espírito; sua existência terrestre não deles não é a Terra, mas
é senão transitória e passageira; é o céu, porquanto
uma espécie de morte comparada ao
esplendor e à atividade da vida somente lá transcorre a
espiritual. verdadeira
Kardec,vida.
A- ESE
Estranha Moral
 "Nesse momento, todos virão abrigar-
se sob a mesma bandeira, a caridade,
e as coisas serão restabelecidas na
terra, segundo a verdade e os
princípios que vos ensinei.”

 A fraternidade se consolidará através


da fé esclarecida.
 Por isso prometeu e cumpriu
enviando-nos O Consolador, o
Espiritismo, para nos ensinar o que Ele
não pôde fazê-lo antes, por causa do
nosso pouco entendimento, e para nos
lembrar daquilo que já havia nos
ensinado e que, por causa do nosso
egoísmo e orgulho, esquecemos.
Estranha Moral
 Ele, na verdade, nos
convida à terapia da
renovação espiritual.

 Quando entendemos esse


convite perguntamos:
Jesus afastará nossas cruzes?  

   Certamente que não, mas seus ensinamentos transformam-se em


instrumentos poderosos para deixá-las mais leves. Contudo, para
usarmos os ensinamentos como recursos na superação das nossas
dificuldades, precisamos estudá-los a fim de compreendê-los e,
compreendendo-os, refletir sobre eles para, depois, podermos
vivenciá-los em plenitude.
Estranha Moral
 O Espiritismo é a moral.

 Seu lema não é exclusivo como o do catolicismo que diz "Fora da Igreja não há salvação".

 O Espiritismo diz "Sem caridade,


sem amor, sem transformação
moral, sem correção de si mesmos,
não se elevam os seres, não se
elevam as almas até seu Criador e,
por isso, a ciência espírita e os
espíritos de luz e de verdade
repetem, em todas as partes,
como admirável advertência moral.”

'Sede, hoje, melhores que ontem e amanhã, melhores que hoje.’ 


Tradução de Débora Z. Vitorino. Texto do livro A luz que nos guia,
de Amalia Domingo Soler, século XIX.

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