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MUSICAAL
M O D E R N I S T A
J O S E M I G U E L WISNIK
O ARREGAÇO
171
libe
Ocasiäo
do
"cstouro"
1ibertário e desrecalcante
por sacrificialmente à
"tempestade de:ichi,
de jii
lirismo".'
ofe oferccer
sacrilici.
Vinteé aDo
à se
onforme narrou, mais
ois, na conlercnciaa"O movimento modernista de Mas
ictou
quc
ri.a
com a Semana,
siona
dura convulsionada,
convulsionada
seu
caráter
fracassante
mesmo, e utópico, por escancarar s u a a m b i c ã o e a t e
imites
r
o
seus ruîngy
o pocma fala conosco, hoje, quando lnterrogamos
Brasil.
o d limites,da e
stino
modernismo e do
dc. do
gigantesco "oratório
Escrito à maneira de
um prof.
tOda a oral e
população de SãoCoral
sinfônico, cuja execuçao mobilizasse
de 550 mil vozes aquela altura), reunida em Pauly
em torno
de confronto no vale do AnhangabasPOS POSh.
Osta-
dos em posições
banda formada por "cinco
mil instrumentistas" (com orques
tra e
conjunto ingovernável de cordas, sopros e percussões ad libitu
mpondo u
re-
gido penosamente por "maestros... Vindos do estrangeiro").
secomporta como a narrativa dramatica de um evento musieal
poema
do
qual ele fosse, ao mesmo tempo, o texto e a partitura, incluindo in.
dicações de ritmo, de instrumentação e de dinämica, além da alusão
usão
a gêneros musicais, a naipes corais e orquestrais. Mais que um ora-
tório profano que representa a cidade, é uma representação em que a
própria cidade atua um oratório profano. Na contramão do caráter
unívoco, concorde e altissonante desse gênero de celebrações, se faz
de contrapontos em choque, de embates dissonantes e derrisórios.
O título alude ao centenário da Independência que se avizinhava,
associado, no entanto, não às "margens plácidas" do Ipiranga (do m
no, do grito e do riacho), mas às fibras entremeadas e contlagrad
ae um tecido social as-
ponto de se romper sobre o leito oculo
a
Sombrado do
Anhangabaú. Uma referência às comemoraçoes a olo-
geticas e patrióticas de datas cívicas, mas invocando ja unld nação
VOcal e
instrumental semelhante à das obras monumel
VIla-Lob0s Suas
tos vio-
europeus com
indígenas ("Só aguentam o rubato a t o lancinante
inos, flautas, clarins, a bateria e mais borés e maracas
grupo das
moder
172
Op
errados" no fundo do valee se debate heroicamente, mes-
s e s" e n t e r r a d e
inuete, Senectudes
das "Se
touete, das burguesia endinheira-
tremulinas"-a
Weisflog, Livraria
Weisflog, Alves). Contraposta a todos, a massa dos assim
Livraria Alv
amados "Sandapilários indiferentes", formada por trabalhadores e
desempregados, ocupa o viaduto do Chá, avessa às batalhas campais
e mais interessada em árias de ópera italiana ou
da cultura de elite
na emergente música popular urbana (como a marcha carnavalesca
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da Semana dc Arte
Mrale
n e r v o s o
núcleo
núcl
a
ser
o o fronteiras c
Ironteiras
cuullttu
urra i s e ic classe. Enquante
viria
bolica
na.
mas
do q u e
alémde
indo
suas
convencionalismos
n a l i s m o s
convencionais
c
opressiv,
o n v e n c
de
onais (o
i o n a
marcha fim.
marcha
i
pleonasnoépr
priy,
fúncbre, Scguini
dos
("Temos n
nossos
o s s O S coros so no tom de d
c a d é n c i a
voves coros
uma
as
("Temos
assunmem
sital) ininterrupto
cipó/.[...]
] ória
Glória aos
Glóri iguais! Um é
c r s e m d o
utrina
de
de cipoj
convenci
ncionais!"
d o u t r i n a
um O r
O r i
i e
e n
n t
t a
a l
l i
i s
s m
m o
o s
s
desafinados
os
os
Somos
Somos manifess
Para o s so/ como a manifestação.
desge
como
um
Todos
são despontam
dos! modernistas
somos
as
Juvenilidades
nilidades Auriverd
" J u v e n i l i d a d e s "
araras O
rada
flâmulas
das
frat música do Universl
musica Univer
franjadas a
As Todos para
dos colibris,
[../ "ignorâncias iluminadas", buse
iluminadas"
rubis de
por meio de meta
errantes por
m e s m a s
Chamando-se
a si sonham
errantes
multifário
do infinito, e n t r e magnólias e rosas..
lvoradas entre
alvoradas
gosto das
t a r d o - r o m â n t i c a s
("Magia ão de
Pão de Icaros sobre aa toalha
lcaros sobre too
aos
alguéns../
visível
estelário de autoflageh.
Apelos do exCruciante processo
num
e entram
extática do azull")
conservadars
contra o paredao
da grita
chocam
medida que se
das "chatezas ho
cão à num
duelo coral, o
Dioco
cordão da diferença
tanático) e o um descompas
fosse ao m e s m o tempo
"Hino à Alegria" tropical que
não existia) ou,
ainda,
escola de samba (que ainda
sado enredo de 1S50,
lettre. Postos de través em meio a
uma parada gay
muito avant la
indiferentes" (a palavra
alude a antigos carregau
Os "Sandapilários
convivendo cotialkn
res de detuntos nos enterros pobres),
mesmo
d
participam
mente com a morte, como indica sua designação,
da canção popuk
exaltação de que acompanha a emergência massa
m-posta
como
te Moderna -
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mais, nem
idealmente, a socieda
idealmentc
de massas industrializada, com
ais, ne
sCus maestros "v)
vindos do estrangeiro"; assim também, a política ve-
us c a f é com leite das oligarquias, ou o que se chamou depois de
tha,oo
lha, Velha, senil e tremulina, não dá mais conta da escalae da
embates socioculturais. A massa urbana transita
R e p ú b l i c a
novos
dos
emergente Carnaval pelo gramofone;
c s c a l a d a
sansto
entre da velha
ogosto da ópera e o
de mor-
dao do Ensaio sobre a música brasileira), entidade capaz
rer e
renascer nas danças dramáticas brasileiras. Villa-Lobos empla-
ará, Dor
Car, por outro lado, o ograma do canto orfeônico como política de
Estado, aoOlongo
g o do governo getulista, de 1930 a 1945,
introduzindo
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