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PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social
Sumário
Bernardo Machado
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Financiamento da Seguridade Social.. ......................................................................................... 4
Empresa e Empregador Doméstico.. ............................................................................................ 4
Conceito............................................................................................................................................. 4
Equiparadas à Empresa.................................................................................................................. 5
Matrícula da Empresa. . ................................................................................................................... 6
Financiamento da Seguridade Social.. ......................................................................................... 7
Receitas da União.. ......................................................................................................................... 10
Receitas de outras Fontes............................................................................................................12
Receitas das Contribuições Sociais.. ...........................................................................................15
Resumo............................................................................................................................................. 41
Questões de Concurso.................................................................................................................. 45
Gabarito............................................................................................................................................ 69
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Financiamento da Seguridade Social
Bernardo Machado
Apresentação
Querido(a) aluno(a)! Na aula de hoje, estuda-se o financiamento da seguridade social, em
especial, as contribuições previdenciárias. Portanto, para iniciar o estudo sobre o financiamen-
to do sistema securitário, faz-se necessário um estudo sobre o conceito de empresa e empre-
gador doméstico.
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Exemplo: imagine uma associação (ex.: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais –
APAE) que, conforme determina o Código Civil, é a união de pessoas que se organizam para
fins não econômicos. A associação pode contratar uma pessoa com pessoalidade, não-even-
tualidade, subordinação e onerosidade. Assim, a associação estará contratando um segurado
empregado, sendo considerada empresa.
Uma vez considerada empresa, deverá cumprir as obrigações tributárias como uma empresa,
sejam essas obrigações tributárias principais (pagar tributos) ou acessórias (obrigações de
fazer ou deixar de fazer alguma coisa no interesse da arrecadação ou fiscalização dos tributos
– ex.: elaborar folha de pagamento).
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Equiparadas à Empresa
Conforme o disposto no art. 12, § único do RPS, equipara-se a empresa:
Exemplo: imagine um médico que possui um consultório particular e necessita contratar uma
secretária. O médico equipara-se a empresa para fins previdenciários. Dessa forma, deverá ter
um número que o identifique como empresa (matrícula da empresa), além da necessidade de
pagar as contribuições previdenciárias em relação a esse segurado e cumprir as obrigações
acessórias como empresa, como, por exemplo, elaborar folha de pagamento.
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Entretanto, para que não haja dúvida, a legislação previdenciária elenca literalmente a mis-
são diplomática e repartição consular como equiparadas a empresa e, caso venham a con-
tratar um segurado vinculado ao RGPS, deverão verter as contribuições previdenciárias em
relação a esse segurado, além da necessidade do cumprimento das obrigações acessórias
como empresa.
A terceira situação menciona o operador portuário e o órgão gestor de mão de obra (OGMO).
O operador portuário e o OGMO têm interesse comum em relação a contratação do traba-
lhador avulso, fazendo com que eles respondam solidariamente.
Assim, para que se sustente o lançamento a ser efetuado em relação a valores não pagos
sobre os trabalhadores avulsos, entendeu por bem o legislador elencá-los literalmente como
equiparadas e empresa.
Por fim, a quarta situação menciona o proprietário ou dono de obra de construção civil,
quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviço.
Pergunta: Você, meu querido aluno, já fez, na sua casa, um puxadinho? Não responda!
Rsrsrsrs...
Se você já fez, na sua casa, um puxadinho, você é equiparado a empresa para fins previden-
ciários, tendo em vista que proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa
física, em relação a segurado que lhe presta serviço, equipara-se a empresa.
Assim, como empresa, o dono da obra deve ter uma matrícula que o identifique como em-
presa, além de pagar as contribuições previdenciárias em relação aos segurados que prestam
serviços e cumprir as obrigações acessórias como empresa, como, por exemplo, elaborar fo-
lha de pagamento.
Matrícula da Empresa
A matrícula da empresa será efetuada nos termos e condições estabelecidos pela Secreta-
ria da Receita Federal do Brasil.
No caso de obra de construção civil, a matrícula deverá ser efetuada mediante comunica-
ção obrigatória do responsável por sua execução, no prazo de 30 dias, contado do início de
suas atividades, quando obterá número cadastral básico, de caráter permanente.
A data do início da atividade corresponderá à data do arquivamento do ato constitutivo na
Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil ou a data do início da obra.
Caso a empresa não efetue a inscrição, no prazo previsto anteriormente, estará sujeita a
aplicação de multa (auto de infração por descumprimento de obrigação acessória), nos ter-
mos do art. 283 do RPS, além da inscrição de ofício por parte da RFB.
O Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), por intermédio das Juntas
Comerciais, e os Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas prestarão, obrigatoriamente,
ao Ministério da Economia, ao INSS e à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as in-
formações referentes aos atos constitutivos e alterações posteriores relativos a empresas e
entidades neles registradas.
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A matrícula atribuída pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ao produtor rural pessoa
física ou segurado especial é o documento de inscrição do contribuinte, em substituição à ins-
crição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, a ser apresentado em suas relações:
(i) com o Poder Público, inclusive para licenciamento sanitário de produtos de origem animal
ou vegetal submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização artesanal; (ii) com
as instituições financeiras, para fins de contratação de operações de crédito; e (iii) com os
adquirentes de sua produção ou fornecedores de sementes, insumos, ferramentas e demais
implementos agrícolas.
Tal regra não se aplica ao licenciamento sanitário de produtos sujeitos à incidência de
Imposto sobre Produtos Industrializados ou ao contribuinte cuja inscrição no CNPJ seja
obrigatória.
Para fins de recolhimento das contribuições previdenciárias, a matrícula será atribuída ao
grupo familiar no ato de sua inscrição.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos;
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
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A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos ter-
mos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais, as quais estão elencadas no art. 195 da
CF/88, entre elas, as contribuições sociais do empregador, da empresa ou da entidade a ela
equiparada, que incidem sobre o lucro (art. 195, I, “c” da CF/88).
Certo.
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Receitas da União
As receitas da União é a forma indireta de financiamento da seguridade social. A forma in-
direta é composta com parcelas dos orçamentos fiscais dos entes políticos, obrigatoriamente,
não cabendo a estes decidir se irão ou não destinar recursos para o sistema de proteção social.
Por que a União deve destinar parcela do seu orçamento fiscal para financiar a seguridade
social, professor?
É simples! A União, por exemplo, contrata servidores que exercem, exclusivamente, cargo
em comissão, ou contrata servidores tendo em vista o excepcional interesse público, ou con-
trata exercentes de mandato eletivo. Dessa forma, a União está contratando pessoas que não
estão vinculadas a regime próprio de previdência social, mas sim ao regime geral de previdên-
cia social, na qualidade de segurados empregados.
Como visto no tema empresa e empregador doméstico, a União enquadra-se no conceito
de empresa.
Portanto, estamos diante de uma empresa contratando segurados obrigatórios do RGPS,
devendo verter contribuições sobre esses segurados.
Seria lógico a União pagar para ela mesma, mensalmente, por meio de GPS (guia de pre-
vidência social), as contribuições sobre esses segurados, professor?
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a) V V V
b) F F F
c) F V V
d) V V F
e) F F V
Questão perfeita para que você estude a contribuição para União, pois elenca as 3 informações
constantes na lei. Assim, as 3 afirmativas são verdadeiras, tendo em vista que a contribuição
da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente
na lei orçamentária anual. Além disso, a União é responsável pela cobertura de insuficiências
financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de presta-
ção continuada da Previdência Social.
Letra a.
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Passa-se a fazer uma análise isolada de algumas das outras fontes que visam financiar a
seguridade social.
A primeira outra fonte são as multas, a atualização monetária e os juros moratórios,
as quais nascem quando as empresas ou os segurados recolhem as contribuições sociais
em atraso.
Esse tema será abordado no nosso curso nas próximas aulas. Entretanto, certos detalhes
já devem ser estudados.
Primeiramente, a partir de 01/01/1996, não existe mais atualização monetária.
Entretanto, quando as empresas ou os segurados recolhem as contribuições sociais em
atraso, tem-se a incidência de acréscimos moratórios, que são a multa de mora e os juros de
mora. Tais acréscimos moratórios não são contribuições sociais, mas sim outras fontes para
financiar a seguridade social.
A segunda outra fonte é a remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecada-
ção, fiscalização e cobrança prestados a terceiros.
Você já deve ter escutado falar no Sistema S (SESI, SESC, SENAI, SENAC, SENAR...), além
da contribuição social destinada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
conhecida como salário-educação.
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Para fins de prova, as bancas preparatórias costumam cobrar que a remuneração recebida pela
prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros (Sistema
S + salário-educação) são outras fontes destinadas ao financiamento da seguridade social,
seguindo a literalidade da lei.
Entretanto, tais valores, atualmente, não são mais outras fontes destinadas ao financiamento
da seguridade social.
A Lei n. 11.457/07 retirou a destinação desses valores da seguridade social e repassou
para o Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscaliza-
ção (FUNDAF).
Assim, remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e co-
brança prestados a terceiros não é mais outra fonte destinada para a seguridade social. Atual-
mente, essa remuneração é destinada para o FUNDAF.
Além dessas duas outras fontes estudadas (uma que atualmente não é mais da seguri-
dade social), as bancas examinadoras de concurso público têm cobrado as que mencionam
percentuais. Assim, é importante estudar tais outras fontes.
A primeira outra fonte que menciona percentual é 50% da receita obtida na forma do pará-
grafo único do art. 243 da Constituição Federal, repassados pelo Instituto Nacional do Seguro
Social aos órgãos responsáveis pelas ações de proteção à saúde e a ser aplicada no tratamen-
to e recuperação de viciados em entorpecentes e drogas afins.
O art. 243, parágrafo único da CF/88 determina que todo e qualquer bem de valor econô-
mico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da explo-
ração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação espe-
cífica, na forma da lei.
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Dessa forma, 50% desses bens apreendidos são destinados para a seguridade social. É
importante ressaltar que a destinação é específica para a saúde, não podendo esses valores
ser destinados para a assistência social ou para a previdência social, tendo em vista a neces-
sidade de sua utilização no tratamento de pessoas viciadas em entorpecentes e drogas afins.
Outra fonte que menciona percentual se refere a 40% do resultado dos leilões dos bens
apreendidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Esse valor é destinado a seguridade social como um todo, não tendo destinação específica
para um dos ramos.
Por fim, as companhias seguradoras que mantém seguro obrigatório de danos pessoais
causados por veículos automotores de vias terrestres (DPVAT), de que trata a Lei n. 6.194, de
19 de dezembro de 1974, deverão repassar à seguridade social 45% do valor total do prêmio
recolhido, destinados ao Sistema Único de Saúde, para custeio da assistência médico-hospi-
talar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito.
Apesar da Lei n. 8.212/91 (art. 27, § único) falar em 50% do valor total do prêmio recolhido,
10% da arrecadação da seguridade social é destinada ao coordenador do sistema nacional de
trânsito, para aplicação exclusiva em programas destinados à prevenção de acidentes, ou seja,
5% do total (art. 78, § único, do Código de Trânsito Brasileiro).
Dessa forma, percebe-se que, na prática, o valor repassado à seguridade social do total do
prêmio recolhido com o DPVAT perfaz o percentual de 45% e não 50%, conforme determina a
Lei n. 8.212/91.
Tenha apenas cuidado com bancas preparatórias de concurso público que adotam a literali-
dade da lei!
Atente para o fato de que esse valor arrecadado é destinado especificamente para a saúde,
no intuito de tratar as pessoas vitimadas em acidentes de trânsito.
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Constituem outras receitas para financiar a seguridade social, 40% do resultado dos bens
apreendidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e não 60%, como menciona a banca
examinadora.
Letra e.
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Portanto, um servidor público aposentado, vinculado ao RPPS, que se aposenta com o va-
lor de R$ 10.000,00, verterá contribuição para o RPPS em relação à diferença dos R$ 10.000,00
e o teto do RGPS (atualmente, R$ 6.433,57).
A segunda observação se refere à contribuição social sobre a receita de concurso de
prognósticos.
Conforme determina o art. 26 da Lei n. 8.212/91, constitui receita da Seguridade Social a
contribuição social sobre a receita de concursos de prognósticos a que se refere o inciso III do
caput do art. 195 da Constituição Federal.
Consideram-se concurso de prognósticos todo e qualquer concurso de sorteio de núme-
ros ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito federal,
estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por
sociedades comerciais ou civis.
O produto da arrecadação da contribuição será destinado ao financiamento da Seguri-
dade Social.
A base de cálculo da contribuição equivale à receita auferida nos concursos de prognós-
ticos, sorteios e loterias.
A alíquota da contribuição corresponde ao percentual vinculado à Seguridade Social em
cada modalidade lotérica, conforme previsto em lei.
Introdução
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Assim, a empresa terá o ônus de R$ 12.000,00, ou seja, R$ 10.000,00, que foi o valor pactu-
ado, além de R$ 2.000,00 de contribuição patronal em relação à remuneração paga.
Já o segurado irá receber da empresa o valor de R$ 10.000,00, descontando o valor de
11,69% sobre R$ 6.433,57.
Segurados
Com a recente reforma da previdência social brasileira, o art. 195, II da CF/88 foi alterado,
no intuito de contemplar a possibilidade de serem adotadas alíquotas progressivas de acordo
com o valor do salário de contribuição do segurado.
Antes de ser explicada a nova regra, explica-se o princípio da progressividade.
O princípio da progressividade é uma técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo au-
mento se dá na medida em que se majora a base de cálculo. Em outras palavras, é progressiva
a alíquota que aumenta de acordo com a base de cálculo: se a base de cálculo aumenta, a
alíquota também aumentará. Com a progressividade, uma variação da base de cálculo implica
numa variação da alíquota.
Tal princípio será aplicado em relação a contribuição do empregado, trabalhador avulso e
do empregado doméstico.
A partir do dia 01/01/2021, deve ser aplicada a seguinte tabela:
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Exemplo: assim, um segurado que recebe o valor do salário mínimo, contribui com 7,5% sobre
o salário mínimo (para o ano de 2021 – R$ 1.100,00).
Entretanto, um segurado que recebe o valor de R$ 2.000,00, contribui com a alíquota de 7,5%
sobre R$ 1.100,00, além da alíquota de 9% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 1.100,00
até o valor de R$ 2.000,00. Assim, a contribuição desse segurado seria: [(R$ 1.100,00 x 7,5%)
+ ((R$ 2.000,00 – R$ 1.100,01) x 9%)] = R$ 163,50. Dessa forma, o segurado irá contribuir com
uma alíquota efetiva de 8,17%, em relação ao valor de R$ 2.000,00, que é a sua remuneração.
Imagine, agora, um segurado que recebe o valor de R$ 3.000,00. Este irá contribuir com a alí-
quota de 7,5% sobre R$ 1.100,00, além da alíquota de 9% sobre a parcela que ultrapassa o valor
de R$ 1.100,00 até o valor de R$ 2.203,48, além da alíquota de 12% sobre a parcela que ultra-
passa o valor de R$ 2.203,48 até o valor de R$ 3.000,00. Assim, a contribuição desse segurado
seria: [(R$ 1.100,00 x 7,5%) + ((R$ 2.203,48 – R$ 1.100,01) x 9%) + ((R$ 3.000,00 – R$ 2.203,49)
x 12%)] = R$ 277,39. Dessa forma, o segurado irá contribuir com uma alíquota efetiva de 9,25%,
em relação ao valor de R$ 3.000,00, que é a sua remuneração.
Por fim, imagine um segurado que recebe o limite máximo do salário de contribuição, ou seja,
para o ano de 2021, o valor de R$ 6.433,57. Este irá contribuir com a alíquota de 7,5% sobre
R$ 1.100,00, além da alíquota de 9% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 1.100,00 até
o valor de R$ 2.203,48, além da alíquota de 12% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$
2.203,48 até o valor de R$ 3.305,22, além da alíquota de 14% sobre a parcela que ultrapassa o
valor de R$ 3.305,22 até o valor de R$ 6.433,57. Assim, a contribuição desse segurado seria:
[(R$ 1.100,00 x 7,5%) + ((R$ 2.203,48 – R$ 1.100,01) x 9%) + ((R$ 3.305,22 – R$ 2.203,49) x 12%)
+ ((R$ 6.433,57 – R$ 3.305,23) x 14%)] = R$ 751,99. Dessa forma, o segurado irá contribuir com
uma alíquota efetiva de 11,69%, em relação ao valor de R$ 6.433,57, que é a sua remuneração.
Por que tais segurados contribuem com uma alíquota maior do que os demais segurados
estudados anteriormente, professor?
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Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir, da
sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa, efetivamente re-
colhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada
a dedução a nove por cento do respectivo salário de contribuição.
Fácil entender, não? Rsrsrsrsrs... Brincadeira! Essa regra, para ser entendida, deve ser estu-
dada por meio de um caso prático!
Imagine uma empresa remunerando um contribuinte individual no valor de R$ 1.500,00.
Em relação a tal remuneração, a empresa irá contribuir com 20%. Sobre esse valor, o segurado
poderá deduzir 45%, limitado a 9% do seu salário de contribuição. Assim, a contribuição do
contribuinte individual será de 20%, retirando a parcela que ele poderá deduzir. Ilustra-se o caso
mencionado abaixo:
• Remuneração do trabalhador: R$ 1.500,00
• Contribuição patronal: 20% x R$ 1.500,00 = R$ 300,00
• Possível dedução: 45% x R$ 300,00 = R$ 135,00
• Limite: 9% x R$ 1.500,00 = R$ 135,00
• Contribuição do segurado: (20% x R$ 1.500,00) – R$ 135,00 = R$ 165,00
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Atente, no caso prático, para o fato de o limite ser exatamente o valor da possível dedução.
Isso será sempre possível quando a remuneração for inferior ao teto do salário de contribuição,
ou seja, atualmente R$ 6.433,57.
Caso a remuneração seja superior ao teto do salário de contribuição, utiliza-se o limite e
não a dedução. Ilustra-se o caso abaixo:
• Remuneração do trabalhador: R$ 8.000,00
• Contribuição patronal: 20% x R$ 8.000,00 = R$ 1.600,00
• Possível dedução: 45% x R$ 1.600,00 = R$ 720,00
• Limite: 9% x R$ 6.433,57 = R$ 579,01
• Contr. do segurado: (20% x R$ 6.433,57) – R$ 579,01 = R$ 707,69
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Exemplo: imagine um médico contratando um eletricista para realizar reparos nas instalações
elétricas do seu consultório, sendo combinado um valor de R$ 2.000,00 em relação ao serviço
prestado. O médico irá contribuir com 20% em relação aos R$ 2.000,00, mas não efetuará o des-
conto do segurado. A contribuição do eletricista será recolhida pelo próprio. Assim, o eletricista
receberá o valor de R$ 2.000,00, devendo contribuir com 11% sobre os R$ 2.000,00, caso haja
declaração do contratante, ou 20% sobre os R$ 2.000,00, caso não haja declaração do contra-
tante.
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Uma vez estudada a regra geral, estuda-se uma exceção a essa regra.
A contribuição do segurado contribuinte individual que presta serviço por conta própria
e do segurado facultativo, como visto, é de 20% sobre o salário de contribuição. Tal base de
cálculo, como será visto na próxima aula, possui limite mínimo e máximo. Portanto, no míni-
mo que esses segurados irão contribuir será com a alíquota de 20% sobre um salário mínimo,
que, atualmente, está em R$ 1.100,00. Assim, a contribuição será de R$ 220,00. Pergunta: para
uma dona de casa que não possui renda ou para um estudante, esse valor não é elevado?
Sem dúvida!
Assim, a Lei Complementar n. 123/06, com o intuito de uma inclusão social, possibilitou
que esses segurados contribuam com 11% sobre um salário mínimo, abdicando ao direito se
aposentarem por tempo de contribuição.
Ademais, a MP n. 529/11, posteriormente convertida na Lei n. 12.470/11, determinou que
o microempreendedor individual (MEI) e o segurado facultativo sem renda própria que se
dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que per-
tencente a família de baixa renda, contribuirão com 5% sobre um salário mínimo, abdicando
ao direito se aposentarem por tempo de contribuição.
Tais contribuições se baseiam na premissa prevista no art. 201, §§ 12 e 13 da CF/88, que
assim dispõe:
§ 12 Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informa-
lidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no
âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.
§ 13 A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-mínimo.
Portanto, a lógica das citadas contribuições é a busca por uma inclusão social, ou seja, per-
mitir que trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informa-
lidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico
no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, tenham acesso
ao sistema previdenciário.
Considera-se de baixa renda, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal – CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 salários mínimos.
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Financiamento da Seguridade Social
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Sem problemas! Bastaria que eles contribuíssem com a diferença para a alíquota de 20%,
devidamente atualizada, ou seja, bastaria que eles contribuíssem com 9% ou 15%, a depender
da situação, devidamente atualizados com juros de mora.
E a multa de mora? Não existe, tendo em vista que os segurados não estariam em mora
(atraso), mas apenas estariam contribuindo conforme a legislação permitia.
Com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), não subsiste, regra geral, apo-
sentadoria por tempo de contribuição (salvo o direito adquirido, regras transitórias e a aposen-
tadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência). A recente reforma da previdên-
cia social passou a prever, entre outras aposentadorias, a aposentadoria programada, a qual,
uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado que atingir 62 anos de idade, se
mulher, 65 anos de idade, se homem, com 15 anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20
anos de tempo de contribuição, se homem.
Para fins de obtenção de uma aposentadoria programada, conforme preceitua o art. 51, §
1º do RPS, o período pelo qual os segurados contribuinte individual e facultativo tiverem contri-
buído na forma prevista no art. 199-A (11% ou 5% sobre o limite mínimo mensal do salário de
contribuição, a depender da situação) será considerado como tempo de contribuição.
Entretanto, caso o segurado pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para
fins de obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição (direito adquirido, regras transitó-
rias e a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência) ou de contagem
recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal (9% ou 15%
sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição em vigor na
competência a ser complementada, acrescido dos juros moratórios, a depender da situação).
Tal complementação será exigida a qualquer tempo, sob pena do indeferimento ou do
cancelamento da certidão emitida para fins de contagem recíproca ou da aposentadoria por
tempo de contribuição (direito adquirido, regras transitórias e a aposentadoria por tempo de
contribuição da pessoa com deficiência).
Segurado Especial
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Exemplo: imagine um grupo familiar (produtor, esposa e 2 filhos a partir dos 16 anos de idade)
comercializando o excedente de sua produção rural no valor de R$ 10.000,00. O adquirente irá
adquirir a produção e pagará ao grupo familiar o valor de R$ 10.000,00, deduzindo a contribui-
ção previdenciária do grupo familiar, tendo em vista que o adquirente, conforme determina a
legislação previdenciária, fica responsável em repassar esse valor à previdência social (sub-ro-
gado). Assim, o adquirente repassará o valor de R$ 130,00 para a previdência social e a diferen-
ça, retirando ainda o valor devido para o SENAR, para o grupo.
Caso o segurado especial não comercialize a sua produção, quando ele contribuirá para a
previdência social? Nunca.
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Sim! Entretanto, irá se aposentar por meio da aposentadoria do trabalhador rural e do ga-
rimpeiro, cujo valor do benefício será no valor de 1 salário mínimo.
Vai sim! A legislação previdenciária permite que o segurado especial, caso queira receber
benefícios previdenciários de valores superiores a 1 salário mínimo, contribua facultativa-
mente “como se fosse” contribuinte individual.
Contribuindo desta forma, o segurado especial não se torna contribuinte individual, nem
faz com que deixe de contribuir, caso venha comercializar a sua produção rural. É apenas uma
possibilidade que o legislador criou para que o segurado especial faça jus a benefícios previ-
denciários de valores superiores a 1 salário mínimo.
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Contribuintes Individuais
Em relação aos contribuintes individuais, 20% sobre o total das remunerações pagas ou
creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, a esses segurados que lhe prestem serviços.
Portanto, caso uma empresa contrate um segurado contribuinte individual e o remunere
com o valor de R$ 100.000,00, contribuirá com 20% sobre os R$ 100.000,00.
Vamos visualizar o exemplo elucidado para a empresa quando remunera segurado empre-
gado, trabalhador avulso, ou contribuinte individual.
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Exemplo: imagine, portanto, que no curso de uma ação fiscal, o Auditor-Fiscal não comprove
a remuneração recebida pelo sócio de uma sociedade limitada, tendo em vista a recusa da
apresentação de documento. Entretanto, o Auditor-Fiscal verifica que o sócio contribui mensal-
mente sobre o valor de R$ 2.000,00. Nessa situação, a contribuição da empresa de 20% incidirá
sobre o valor de R$ 2.000,00.
Caso esse sócio não contribua na qualidade de contribuinte individual, mas remunera na sua
empresa segurados empregados, sendo a maior remuneração paga a esses segurados o valor
de R$ 10.000,00, a contribuição da empresa de 20% incidirá sobre o valor de R$ 10.000,00.
Caso nenhuma das situações anteriores ocorra, a contribuição da empresa de 20% incidirá
sobre o valor do salário mínimo.
Perceba, portanto, que as situações são excludentes. Ou seja, o Auditor-Fiscal não pode
escolher a mais vantajosa para a Fazenda Pública, mas sim verificar a que ocorre primeiro.
A segunda situação ocorre no caso do freteiro. Pergunta: qual é o valor da remuneração au-
ferida pelo serviço prestado de frete, uma vez que o valor cobrado engloba outros valores, além
da remuneração do trabalho, como, por exemplo, depreciação do veículo, gasolina, pedágio...?
Assim, a remuneração paga ou creditada a condutor autônomo de veículo rodoviário, ou
ao auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de
colaboração, nos termos da Lei n. 6.094, de 30 de agosto de 1974, pelo frete, carreto ou trans-
porte de passageiros, realizado por conta própria, corresponde a 20% do rendimento bruto.
Imagine uma empresa contratando o serviço de um freteiro, sendo cobrado o valor de R$
10.000,00. O valor da remuneração do trabalho prestado pelo freteiro será de 20% em relação
aos R$ 10.000,00. Assim, a remuneração do trabalho do freteiro será de R$ 2.000,00. A contri-
buição da empresa e o desconto do segurado serão feitos em relação ao valor de R$ 2.000,00.
• Valor de Frete: R$ 10.000,00
• Remuneração do trabalho: 20% x R$ 10.000,00 = R$ 2.000,00
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Exemplo: imagine, portanto, que no curso de uma ação fiscal, o Auditor-Fiscal não verifica na
contabilidade a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do capital social. Nessa
situação, a contribuição da empresa de 20% incidirá sobre a remuneração do capital (distri-
buição de lucros, juros sobre o capital próprio...). Assim, caso a sociedade distribua para cada
sócio o valor de R$ 20.000,00, a contribuição da empresa de 20% incidirá sobre o valor de R$
20.000,00.
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Cooperativas de Trabalho
A empresa contribuirá com 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou
fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por coopera-
dos por intermédio de cooperativas de trabalho.
Segue, abaixo, a lógica da contribuição da cooperativa de trabalho!
A alíquota de contribuição do tomador de serviços tem o intuito de substituir a contri-
buição que a cooperativa de trabalho deveria ter em relação às remunerações pagas a seus
cooperados.
Assim, a cooperativa de trabalho não contribui em relação às remunerações pagas aos
seus cooperados, sendo responsável apenas em descontar a contribuição dos seus coopera-
dos (contribuintes individuais).
Qual é o desconto que a cooperativa de trabalho efetuará em relação aos seus coopera-
dos? 11% ou 20%, professor?
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Exemplo: imagine uma empresa que contrata cooperados por intermédio de cooperativa de
trabalho, sendo combinado o valor de R$ 100.000,00 pelos serviços prestados. Assim, a coope-
rativa de trabalho emite uma nota fiscal no valor de R$ 100.000,00, devendo a empresa toma-
dora de serviços pagar, além do valor acordado, 15% sobre os R$ 100.000,00 para a previdência
social. Ou seja, o ônus do tomador de serviços é de R$ 115.000,00 (R$ 100.000,00 a ser pago
para a cooperativa e R$ 15.000,00 de contribuição previdenciária).
A cooperativa de trabalho possui gastos. Imagine gastos na faixa de 25% (R$ 25.000,00 – 25%
x R$ 100.000,00). Retirado esses gastos, a cooperativa de trabalho irá remunerar seus coope-
rados. Pergunta: a cooperativa de trabalho contribuirá com 20% sobre a remuneração paga aos
seus cooperados (contribuintes individuais)? Não, tendo em vista que o tomador de serviços já
pagou a conta! Entretanto, cabe a cooperativa de trabalho efetuar o desconto dos seus coope-
rados que, no caso, será de 11%, tendo em vista a contribuição do tomador de serviços.
Caso o tomador de serviço fosse uma EBAS ou pessoa física, a cooperativa de trabalho des-
contaria 20% sobre o salário de contribuição dos seus cooperados.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, deu provimento ao recur-
so e declarou a inconstitucionalidade do art. 22, IV da Lei n. 8.212/91, que prevê contribuição
previdenciária sobre os serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativa de
trabalho. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 595838, com
repercussão geral reconhecida, no qual uma empresa de consultoria questiona a tributação.
A Lei n. 9.876/1999, que inseriu a cobrança na Lei 8.212/1991, revogou a Lei Complemen-
tar 84/1996, na qual se previa a contribuição de 15% sobre os valores distribuídos pelas coo-
perativas aos seus cooperados. No entendimento do Tribunal, ao transferir o recolhimento da
cooperativa para o prestador de serviço, a União extrapolou as regras constitucionais referen-
tes ao financiamento da seguridade social.
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Segundo o relator do recurso, ministro Dias Toffoli, com a instituição da nova norma tribu-
tária, o legislador transferiu a sujeição passiva da tributação da cooperativa para as empresas
tomadoras de serviço, desconsiderando a personalidade da cooperativa.
Além disso, a fórmula teria como resultado a ampliação da base de cálculo, uma vez que
o valor pago pela empresa contratante não se confunde com aquele efetivamente repassado
pela cooperativa ao cooperado. O valor da fatura do serviço inclui outras despesas assumidas
pela cooperativa, como a taxa de administração.
Ademais, a tributação extrapola a base econômica fixada pelo artigo 195, inciso I, alínea
“a”, da Constituição Federal, que prevê a incidência da contribuição previdenciária sobre a folha
de salários. Também viola o princípio da capacidade contributiva e representa uma nova forma
de custeio da seguridade, a qual só poderia ser instituída por lei complementar.
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Exemplo: imagine uma empresa que tem como objeto social a fabricação de caminhões, cuja
alíquota da GILRAT é de 3%, e representação comercial, cuja alíquota da GILRAT é de 2%. A
empresa possui 100 empregados fabricando caminhões (estabelecimento matriz) e 95 empre-
gados na representação comercial (filiais da empresa). Assim, nesse mês, a atividade prepon-
derante para o estabelecimento matriz é a fabricação de caminhões, devendo a empresa con-
tribuir com 3% em relação a remuneração paga aos 100 empregados da matriz, enquanto que
a atividade preponderante para as filias da empresa é a representação comercial, devendo a
empresa contribuir com 2% em relação a remuneração paga aos 95 empregados das filiais da
empresa.
Perceba que o enquadramento da GILRAT, com a recente alteração no RPS, passa a ser por
cada estabelecimento da empresa e não mais em relação a empresa como um todo.
A Lei n. 10.666/03 diz, ainda, que a alíquota de contribuição de 1%, 2% ou 3%, destinada ao
financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho
(GILRAT), poderá ser reduzida, em até 50%, ou aumentada, em até 100%, conforme dispuser o
regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econô-
mica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência,
gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Pre-
vidência Social.
Essa majoração ou redução da alíquota da GILRAT é conhecida como o fator acidentário
de prevenção (FAP).
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A filosofia do FAP é majorar as empresas que oneram a previdência social com a conces-
são de benefícios de natureza acidentária.
Assim, quanto mais a empresa investe em saúde e segurança do seu trabalhador, menos
benefícios acidentários serão concedidos aos beneficiários dessa empresa, não sendo justo
que a mesma continue a contribuir da mesma forma que empresas que não investem em saú-
de e segurança do seu trabalhador. Portanto, essa empresa terá a alíquota da GILRAT reduzida,
com base no seu FAP, em até 50%.
Entretanto, quanto menos a empresa investe em saúde e segurança do seu trabalhador,
mais benefícios acidentários serão concedidos aos beneficiários dessa empresa, não sendo
justo que a mesma continue a contribuir da mesma forma que empresas que investem em
saúde e segurança do seu trabalhador. Portanto, essa empresa terá a alíquota da GILRAT ma-
jorada, com base no seu FAP, em até 100%.
Quem pagará esse tempo de contribuição que deixa de ser vertido? O próprio segurado
ou quem o expõe, professor?
Exemplo: imagine uma empresa que possui 100 empregados a seu serviço e cuja alíquota da
GILRAT seja de 3%. Essa empresa possui 95 empregados trabalhando em setores onde não há
exposição a agentes nocivos. Entretanto, 5 empregados trabalham no setor estamparia, expos-
tos ao agente nocivo ruído acima do limite de tolerância máximo permitido pela legislação, per-
mitindo que eles se aposentem por meio de uma aposentadoria especial após 25 anos, desde
que preenchido o requisito etário mínimo de 60 anos.
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Perceba que o adicional incide apenas em relação a quem está efetivamente exposto a
agente nocivo, enquanto que a alíquota da GILRAT incide em relação a todos os segurados
empregados e trabalhadores avulsos da empresa.
A verificação dos setores onde existe exposição à agente nocivo é baseada em um laudo,
conhecido como laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do
trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
Do laudo técnico deverá constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção
coletiva, de medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, ou de tecnologia
de proteção individual, que elimine, minimize ou controle a exposição a agentes nocivos aos
limites de tolerância, respeitado o estabelecido na legislação trabalhista.
Tais informações são consolidadas no perfil profissiográfico previdenciário (PPP), que é
o documento histórico-laboral do trabalhador, comprovando a efetiva exposição do segurado
a agentes nocivos.
Qual é o documento que o segurado leva para a previdência social e apresenta ao perito
médico do INSS, para fins de comprovar a efetiva exposição a agente nocivo, professor?
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Banco MMC, que atuam como indústria de transformação, hotelaria e banco comercial, com
graus de risco grave, médio e leve, respectivamente, é certo dizer que sua contribuição para
Seguridade Social e para financiamento do benefício da aposentadoria especial, previstas no
artigo 22, I e II, da Lei no 8.212/91 (somente em relação aos segurados empregados), será,
respectivamente, de
a) 20% + 3%; 20% + 2%; 20% + 2,5% + 1%.
b) 20%; 20%; 22,5%.
c) 15% + 3%; 15% + 2,5% + 1%; 15% + 1%.
d) 20%; 21%; 22,5%.
e) 20% + 1%; 20% + 2%; 20% + 2,5%.
Produtor Rural
Além do segurado especial, têm-se duas outras espécies de produtores rurais: o produtor
rural pessoa física (PRPF) e o produtor rural pessoa jurídica (PRPJ). Todos são segurados
obrigatórios do RGPS, mas estes dois últimos são contribuintes individuais, sujeitando-se às
regras de recolhimento desta categoria de segurado. Além disso, são o PRPF e o PRPJ também
empresas para fins previdenciários, sujeitando-se a recolhimentos diferenciados.
Portanto, a contribuição do PRPF, na condição de equiparado à empresa, é de 1,2% da
receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta
proveniente da comercialização da produção rural, para financiamento das prestações por
acidente do trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
Já a contribuição do PRPJ, como empresa, é de 1,7% da receita bruta proveniente da co-
mercialização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização
da produção rural, para financiamento das prestações por acidente do trabalho (GILRAT), to-
talizando 1,8%.
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Além das citadas alíquotas, o produtor rural pessoa física e produtor rural pessoa jurídica
contribuem com as alíquotas de 0,2% e 0,25%, respectivamente, as quais são destinadas ao
SENAR. Assim, na prática, o produtor rural pessoa física contribui com 1,5%, enquanto que o
produtor rural pessoa jurídica contribui com 2,05%. Entretanto, tendo em vista que o SENAR
não é contribuição que visa financiar o sistema securitário, irei explicar a contribuição do pro-
dutor rural pessoa física e do produtor rural pessoa jurídica, desconsiderando tais valores.
O intuito de a contribuição ser de forma substitutiva e não convencional é evitar a dificulda-
de de arcar com as contribuições sobre a folha de salários.
Portanto, esta forma de contribuição substitui as contribuições sobre as remunerações
dos segurados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT e o eventual adicional para fi-
nanciamento da aposentadoria especial.
Em que pese o acima explica, a Lei n. 13.606/18 inseriu o § 13 no art. 25 da Lei n. 8.212/91
e o § 7º no art. 25 da Lei n. 8.870/94, permitindo que o PRPF e o PRPJ optem por contri-
buir sobre as remunerações dos segurados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT e
o eventual adicional para financiamento da aposentadoria especial, manifestando sua opção
mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha de salários relativa a janeiro
de cada ano, ou à primeira competência subsequente ao início da atividade rural, e será ir-
retratável para todo o ano-calendário. Tal regra de opção apenas produzirá efeitos a partir
de 01/01/19.
Perceba que nem tudo está substituído. Caso o PRPF ou o PRPJ contrate um segurado
contribuinte individual, contribuirá com 20% sobre a remuneração paga.
Além disso, o PRPF ou PRPJ está obrigado a recolher as contribuições descontadas dos
segurados, as decorrentes de sub-rogação e a retenção dos 11% por serviços prestados por
pessoas jurídicas mediante cessão de mão de obra ou empreitada.
Cabe apenas ressaltar que a agroindústria é o PRPJ que industrializa produção própria ou
produção própria e adquirida de terceiros. Entretanto, a contribuição da agroindústria, é de
2,5% da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, mais 0,1% da receita
bruta proveniente da comercialização da produção rural, para financiamento das prestações
por acidente do trabalho (GILRAT), totalizando 2,6% (além do SENAR de 0,25%, o que faz com
que a contribuição totalize o percentual de 2,85%).
A diferença de alíquota reside no fato de a previsão legal da contribuição do PRPJ estar
prevista no art. 25 da Lei n. 8.870/94, a qual teve a sua redação alterada pela Lei n. 13.606/18
(redução de 2,5% da alíquota para o sistema securitário para 1,7%), enquanto que a contribui-
ção da agroindústria está prevista no art. 22A da Lei n. 8.212/91, a qual não sofreu alteração.
Assim, a agroindústria, por ser PRPJ, contribui de forma substitutiva e não da forma
convencional.
Entretanto, a forma substitutiva de contribuição não se aplica às sociedades cooperativas
e às agroindústrias de piscicultura (peixes), carcinicultura (crustáceos), suinocultura (porcos)
e avicultura (aves).
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SIMPLES
Contribuição sobre a receita bruta auferida mensalmente, que engloba além do IRPJ, CSLL,
PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e as contribuições da empresa sobre a folha de salários e remunera-
ções pagas ou creditadas a pessoas físicas que lhe prestem serviços. Em relação ao Simples
Nacional, essa forma de contribuição, além de substituir a contribuição sobre a remuneração
dos empregados e trabalhadores avulsos, substitui a contribuição sobre a remuneração paga
ao contribuinte individual, a GILRAT e o eventual adicional para financiamento da aposen-
tadoria especial. Entretanto, a empresa optante pelo Simples Nacional continua obrigada a
recolher as contribuições descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-rogação e a
retenção dos 11% por serviços prestados por pessoas jurídicas mediante cessão de mão de
obra ou empreitada.
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Perceba que nem tudo está substituído. Caso a associação desportiva que mantenha equi-
pe de futebol profissional contrate um segurado contribuinte individual, contribuirá com 20%
sobre a remuneração paga.
Além disso, a associação desportiva que mantenha equipe de futebol profissional está
obrigada a recolher as contribuições descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-ro-
gação e a retenção dos 11% por serviços prestados por pessoas jurídicas mediante cessão de
mão de obra ou empreitada.
Empregador Doméstico
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Chegamos ao fim da parte teórica da nossa Aula 03. Faça com atenção os exercícios pro-
postos, pois são uma ferramenta valiosa para a fixação do conteúdo. Bons estudos e até a
nossa próxima aula.
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RESUMO
Considera-se empresa, para fins previdenciários, a firma individual (leia-se – empresário
individual – art. 966 do Código Civil) ou a sociedade que assume o risco de atividade econô-
mica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da ad-
ministração pública direta, indireta e fundacional.
Equiparam-se a empresa: i) o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe presta
serviço; ii) a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, in-
clusive a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras; iii) o operador
portuário e o órgão gestor de mão-de-obra de que trata a Lei n. 8.630, de 1993; e iv) o proprie-
tário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe
presta serviço.
A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: i) do empregador, da
empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salá-
rios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o
lucro; ii) do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas
alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contri-
buição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo RGPS; iii) sobre a receita de concursos
de prognósticos; iv) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele
equiparar.
A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados
obrigatoriamente na lei orçamentária anual.
A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade
Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdên-
cia Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.
Constituem outras receitas da Seguridade Social: i) as multas, a atualização monetária
e os juros moratórios; ii) a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e
cobrança prestados a terceiros; iii) as receitas provenientes de prestação de outros serviços e
de fornecimento ou arrendamento de bens; iv) as demais receitas patrimoniais, industriais e fi-
nanceiras; v) as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais; vi) 50% dos valores
obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da CF/88; vii) 40% do resultado
dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal; vii) outras receitas
previstas em legislação específica.
As companhias seguradoras que mantém seguro obrigatório de danos pessoais causa-
dos por veículos automotores de vias terrestres (DPVAT), de que trata a Lei n. 6.194, de 19 de
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dezembro de 1974, deverão repassar à seguridade social 45% do valor total do prêmio reco-
lhido, destinados ao Sistema Único de Saúde, para custeio da assistência médico-hospitalar
dos segurados vitimados em acidentes de trânsito. (vide o item 2.2 da presente aula, tendo
em vista que a Lei n. 8.212/91 menciona o percentual de 50% – ler, em especial, o destaque
realizado – “Atenção”).
Com a reforma da previdência social brasileira, a contribuição do empregado, trabalhador
avulso e do empregado doméstico passa a ser calculada mediante a aplicação de alíquotas
progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme tabela, incidindo cada alíquota sobre a faixa de
valores compreendidas nos respectivos limites.
A contribuição do segurado contribuinte individual e do segurado facultativo é de 20% so-
bre o respectivo salário de contribuição.
Para atender ao sistema de inclusão previdenciária, previsto no art. 201 § 12 da CF/88, a
alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição
será de: i) 11%, no caso do segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria,
sem relação de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo; ii) 5%: a) no
caso do microempreendedor individual (MEI); e b) do segurado facultativo sem renda própria
que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que
pertencente a família de baixa renda.
Considera-se de baixa renda, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal – CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 salários mínimos.
A contribuição do segurado especial é de 1,2% sobre a receita bruta, proveniente da comer-
cialização da sua produção rural, além de 0,1% para financiamento de benefícios concedidos
em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais
do trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
A legislação previdenciária permite, ainda, que o segurado especial, caso queira receber be-
nefícios previdenciários de valores superiores a 1 salário mínimo, contribua facultativamente
“como se fosse” contribuinte individual.
Em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, a empresa contribuirá
com 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, du-
rante o mês, a esses segurados que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho,
qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utili-
dades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos
da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença
normativa.
Em relação aos contribuintes individuais, 20% sobre o total das remunerações pagas ou
creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, a esses segurados que lhe prestem serviços.
No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, cai-
xas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
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QUESTÕES DE CONCURSO
007. (CESPE/CEBRASPE/MPE-CE/2020/ANALISTA MINISTERIAL/SERVIÇO SOCIAL) Uma
instituição do terceiro setor realizou, em determinada comunidade carente de um município de
médio porte, serviços essenciais gratuitos na área de cidadania, saúde e educação.
A seguir são apresentadas informações de alguns contribuintes da previdência social que par-
ticiparam da ação em busca de orientações previdenciárias.
Josefa, cinquenta e um anos de idade, presta serviço em caráter não eventual, em propriedade
rural e recebe por mês R$ 1.200. Reside com o esposo Henrique, de cinquenta e quatro anos
de idade e trabalhador informal na construção civil, com seu genitor José, de oitenta anos de
idade, e com os dois filhos do casal, Miguel, de dezenove anos de idade e estudante, e Manoel,
de vinte e três anos de idade, que está desempregado.
Cleber, quarenta e oito anos de idade, casado, tem três filhos e é empregado de uma sociedade
anônima, na qual ocupa o cargo de diretor.
Maura, quarenta e cinco anos de idade, solteira, desenvolve atividade remunerada como síndi-
ca do prédio onde reside.
Amélia, trinta e nove anos de idade, casada, sem filhos, presta serviço de natureza contínua,
em atividades sem fins lucrativos, à família de Cleber.
Samuel, cinquenta e cinco anos de idade, solteiro, sem filhos, ministro de congregação religiosa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base nas Leis n.º
8.212/1991 e n.º 8.213/1991.
A família de Cleber pode ser considerada como empregador doméstico de Amélia.
Amélia é uma segurada obrigatória do RGPS, na qualidade de empregada doméstica, uma vez
que presta serviço de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal a pessoa ou família, no
âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos. Assim sendo, a família de Cleber é
considerada empregador doméstico, pois admite a seu serviço, mediante remuneração, sem
finalidade lucrativa, Amélia, empregada doméstica.
Certo.
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Considera-se empresa, para fins previdenciários, a firma individual (empresário individual – art.
966 do Código Civil) ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou
rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração pública
direta, indireta e fundacional. Portanto, possuir ou não finalidades lucrativas, é simplesmente
irrelevante para fins de enquadramento de uma empresa. A banca examinadora determinou a
necessidade de possuir fins lucrativos para conceituar empresa. As demais letras se referem
a definição de empregador doméstico (letra “b”) e situações de equiparadas a empresa (letras
“c”, “d” e “e”).
Letra a.
Conforme preceitua o art. 195, IV da CF/88, constitui contribuição social, que visa financiar a
seguridade social, a contribuição do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem
a lei a ele equiparar. As demais afirmativas são perfeitas, não sendo necessário nenhum
comentário.
Letra d.
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a) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a re-
muneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; das contribuições sociais inciden-
tes sobre a receita de concursos de prognósticos; além de receitas de outras fontes.
b) receitas federais, estaduais e municipais; receitas das contribuições sociais das empresas,
incidentes sobre a remuneração paga aos beneficiários a seu serviço; das contribuições sociais
incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos; além de receitas de outras fontes.
c) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a re-
muneração paga ou creditada aos beneficiários a seu serviço; das contribuições sociais inci-
dentes sobre a receita de jogos educacionais; além de receitas de outras fontes.
d) receitas federais, estaduais e municipais; receitas das contribuições sociais das empresas,
incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; das contribui-
ções de intervenção no domínio econômico incidentes sobre a receita de concursos de prog-
nósticos; além de receitas de outras fontes.
e) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a re-
muneração paga aos segurados a seu serviço; das contribuições de intervenção no domínio
econômico incidentes sobre a receita de jogos educacionais; além de receitas de outras fontes.
Conforme determina o art. 195, caput da CF/88, a seguridade social será financiada por toda
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribui-
ções sociais.
Letra e.
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Conforme determina o art. 195 da CF/88, a seguridade social será financiada por toda a so-
ciedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos or-
çamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contri-
buições sociais: i) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados,
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a
receita ou o faturamento; c) o lucro; ii) do trabalhador e dos demais segurados da previdência
social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo RGPS; iii)
sobre a receita de concursos de prognósticos; e iv) do importador de bens ou serviços do ex-
terior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Letra e.
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contribuição social é uma forma direta de financiamento da seguridade social. Lembrando que
a forma indireta se refere às dotações orçamentárias destinadas ao financiamento do sistema
securitário.
b) Certa. Perfeita a afirmativa, não sendo necessário nenhum comentário.
c) Certa. A lei orçamentária anual é dividida em orçamento fiscal, orçamento de investimen-
to e orçamento da seguridade social. Assim, a seguridade social possui orçamento próprio,
elaborado de forma integrado pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e
assistência social, nos termos do art. 195, § 2º da CF/88, não se confundindo com o orça-
mento fiscal.
d) Certa. É possível o custeio da seguridade social por meio de imposições tributárias não
vinculadas previamente a tal finalidade. A título de exemplo, para pagamento de encargos pre-
videnciários da União, outras imposições tributárias, além das contribuições sociais, poderão
ser utilizadas, as quais não foram vinculadas previamente para tal finalidade.
e) Certa. No exercício de sua competência residual, a União, no intuito de manter ou expandir
o sistema securitário, pode instituir novas contribuições sociais, além daquelas previstas na
CF/88, nos termos do art. 195, § 4º da CF/88. A instituição de novas fontes deverá observar,
entre outros critérios, a exigência de lei complementar, a não cumulatividade e a necessidade
de que o fato gerador ou a base de cálculo da nova contribuição sejam distintos em relação às
contribuições sociais previstas na Constituição.
Letra a.
Conforme determina o art. 195, caput da CF/88, a seguridade social será financiada por toda
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribui-
ções sociais.
Letra d.
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a) A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, me-
diante recursos provenientes apenas da União e dos Estados e, em certos casos, também de
contribuições sociais.
b) No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto de receitas, provenientes
da União, dos Estados, das contribuições sociais e de receitas de outras fontes.
c) Constituem contribuições sociais, as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga
ou creditada aos segurados a seu serviço, com exceção das microempresas.
d) Entre as contribuições sociais encontramos as dos empregadores domésticos.
e) Figuram também entre as contribuições sociais as incidentes sobre a receita de concursos
de prognósticos e do imposto de importação.
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Conforme determina o art. 195, I, “a” da CF/88, a seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições
sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. Portanto, o
gabarito correto é a afirmativa “c”.
Letra c.
Uma das fontes para financiar a Seguridade Social é a contribuição social da empresa inciden-
te sobre a sua folha de salários, prevista no art. 195, I, “a” da CF/88. As demais fontes elenca-
das não são fontes para financiar a Seguridade Social.
Letra d.
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Conforme determina o art. 195, I, “a” da CF/88, a seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições
sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.
Certo.
Conforme determina o art. 195, I, “b” da CF/88, constituem receitas da seguridade social a con-
tribuição do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente
sobre a receita ou o faturamento.
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Conforme determina o art. 195, III da CF/88, constitui receita da seguridade social a contribui-
ção social sobre a receita de concursos de prognóstico.
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Constituem outras receitas da Seguridade Social, 40% do resultado dos leilões dos bens apre-
endidos pelo Departamento da Receita Federal. As demais fontes mencionadas, constituem
outras receitas da Seguridade Social, nos termos do art. 27 da Lei n. 8.212/91.
Letra d.
Constituem outras fontes para o financiamento da seguridade social, 40% do resultado dos
leilões dos bens apreendidos pela RFB. Dessa forma, uma vez que o resultado do leilão foi de
R$ 800.000,00, 40% deste valor é uma outra fonte que visa financiar a seguridade social, ou
seja, o valor de R$ 320.000,00.
Letra d.
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e) O segurado contribuinte individual que prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá
deduzir, da sua contribuição social mensal, 45% (quarenta e cinco por cento) da efetiva contri-
buição social da empresa recolhida sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado,
limitada a dedução a 9% do respectivo salário de contribuição.
Perfeita afirmativa! Literalidade do art. 30, § 4º da Lei n. 8.212/91. Tal regra, como visto na
parte teórica, foi criada para acabar com a grande diferença da alíquota de contribuição do
contribuinte individual em relação aos demais segurados, tendo em vista a existência da con-
tribuição da empresa em relação a remuneração paga ou creditada ao contribuinte individual.
a) Errada. Na época da prova, a contribuição do empregado, trabalhador avulso e do empre-
gado doméstico era calculada mediante a aplicação da alíquota 8%, 9% ou 11% sobre o seu
salário de contribuição mensal, de forma não cumulativa. Assim, existe uma tabela de salário
de contribuição publicada periodicamente por meio de uma Portaria do Ministério da Econo-
mia que define as faixas sobre as quais incidem as alíquotas de contribuição dos segurados
empregados, trabalhadores avulsos e empregados domésticos. Com a reforma da previdência
social brasileira, a contribuição do empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico
passa a ser calculada mediante a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%),
conforme tabela, incidindo cada alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respec-
tivos limites.
b) Errada. A contribuição do segurado contribuinte individual e do segurado facultativo é de
20% sobre o respectivo salário de contribuição.
c) Errada. A contribuição do segurado especial é de 1,2% sobre a receita bruta, proveniente
da comercialização da sua produção rural, além de 0,1% para financiamento de benefícios
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos
ambientais do trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
d) Errada. A contribuição do segurado empregado e do trabalhador avulso incide sobre o seu
salário de contribuição. Tal base de cálculo possui limite máximo que, atualmente, é de R$
6.433,57.
Letra e.
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publicada periodicamente por meio de uma Portaria do Ministério da Economia que define as
faixas sobre as quais incidem as alíquotas de contribuição dos citados segurados. Essa ques-
tão, em dias atuais, ainda pode ser utilizada, uma vez que a contribuição do empregado não
é feita de forma isonômica. Com a reforma da previdência social brasileira, a contribuição do
empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico passa a ser calculada mediante
a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme tabela, incidindo cada
alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites.
Errado.
Rita foi contratada para trabalhar na residência de Zuleica, em atividade sem fins lucrativos,
mediante o recebimento de um salário mínimo por mês.
Nessa situação hipotética, a contribuição destinada à seguridade social a cargo de
027. (CESPE/DPE-PE/2015) Zuleica será de 20% sobre o total das remunerações pagas, devi-
das ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, à segurada.
O contribuinte individual, quando exerce atividade para uma entidade beneficente de assistên-
cia social, é descontado em 20% sobre o seu salário de contribuição, tendo em vista a inexistên-
cia de contribuição patronal, uma vez que a EBAS é isenta das contribuições sociais patronais.
Já que a dedução legal se deriva da contribuição da empresa, que, no caso da EBAS, não existe,
o contribuinte individual deve ser descontado em 20% sobre o seu salário de contribuição.
Errado.
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A partir da Lei n. 10.666/03, quando a empresa contrata um contribuinte individual, esta fica
obrigada a efetuar o desconto da contribuição do segurado em relação ao seu salário de con-
tribuição juntamente com as demais contribuições a seu cargo.
Certo.
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de contribuição dos citados segurados. Com a reforma da previdência social brasileira, a con-
tribuição do empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico passa a ser calculada
mediante a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme tabela, inci-
dindo cada alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites.
Errado.
O segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho domésti-
co no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda, contribui com
5% sobre um salário mínimo (limite mínimo mensal do salário de contribuição).
Errado.
A contribuição para a previdência social com a alíquota de 5% sobre o limite mínimo mensal
do salário de contribuição aplica-se apenas ao microempreendedor individual (MEI) e para o
segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico
no âmbito de sua residência, desde que pertencente à família de baixa renda, não sendo apli-
cada ao trabalhador avulso, cuja contribuição é calculada por meio da aplicação da alíquota
correspondente (7,5%, 9%, 12% e 14%), de forma progressiva, sobre o seu salário de contribui-
ção mensal, de acordo com a tabela publicada em Portaria do Ministério da Economia. Dessa
forma, no caso em comento, a contribuição com a alíquota de 5% sobre o limite mínimo men-
sal do salário de contribuição se aplicaria a Fátima (segurada facultativa sem renda própria
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que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que
pertencente à família de baixa renda), mas não ao Ronaldo, que é um trabalhador avulso.
Errado.
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a) Errada. Na época da prova, a contribuição do empregado doméstico era calculada mediante
a aplicação da alíquota 8%, 9% ou 11% sobre o seu salário de contribuição mensal, de forma não
cumulativa, conforme tabela de salário de contribuição publicada periodicamente por meio de
uma Portaria do Ministério da Economia que define as faixas sobre as quais incidem as alíquo-
tas de contribuição do segurado empregado doméstico. Com a reforma da previdência social
brasileira, a contribuição do empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico será
calculada mediante a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme
tabela, incidindo cada alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites.
b) Errada. O empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado em-
pregado doméstico a seu serviço e recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 07
do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, cabendo-lhe durante o período da
licença-maternidade da empregada doméstica apenas o recolhimento da contribuição a seu
cargo.
c) Errada. O empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado empre-
gado doméstico a seu serviço e recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo.
Letra d.
Em relação ao segurado empregado, a empresa contribui com 20% sobre o total das remune-
rações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, a esse segurado que lhe
preste serviço.
Certo.
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Em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, a empresa contribui com 20%
sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês,
a esses segurados que lhe prestem serviços. Além disso, a empresa, para o financiamento dos
benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente
dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), sobre o total das remunerações pagas ou credita-
das, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, contribui com
a alíquota de 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do
trabalho seja considerado leve; 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse
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risco seja considerado médio; 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse
risco seja considerado grave.
Letra a.
Conforme entendimento do STF, as Leis n. 7.787/89, art. 3º, II, e n. 8.212/91, art. 22, II, definem,
satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida.
O fato de a lei deixar para o regulamento a complementação dos conceitos de “atividade pre-
ponderante” e “grau de risco leve, médio e grave”, não implica ofensa ao princípio da legalidade
genérica, C.F., art. 5º, II, e da legalidade tributária, C.F., art. 150, I. Dessa forma, conforme enten-
dimento do STF, é legítima a cobrança da alíquota da GILRAT (antigo SAT).
Errado.
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para as empresas em cuja atividade predomina o risco considerado médio; e _____% para as
empresas em cuja atividade predomina o risco considerado grave. Assinale a alternativa que
completa correta e respectivamente as lacunas.
a) 2,5; 5; 7,5
b) 1; 2; 3
c) 1,5; 3; 4,5
d) 2; 4; 6
e) 1; 3; 5
Erro sutil! O erro ocorre quando a banca examinadora menciona a alíquota para financiar os
benefícios decorrentes do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos ris-
cos ambientais do trabalho em relação ao contribuinte individual. Não existe a incidência da
alíquota da GILRAT sobre a remuneração paga ao contribuinte individual. Retirando esse erro
(retirando o contribuinte individual da afirmativa), o restante é perfeito!
Errado.
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Perfeita a afirmativa, não sendo necessário nenhum comentário. Excelente questão para estu-
dar o assunto “GILRAT”, resumindo o que é necessário estudar sobre o citado assunto.
Certo.
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c) Errada. Conforme determina o art. 21 da Lei n. 8.212/91, a alíquota de contribuição do con-
tribuinte individual é de 20% sobre o respectivo salário de contribuição.
d) Errada. Conforme preceitua o art. 24 da Lei n. 8.212/91, a contribuição do empregador do-
méstico incidente sobre o salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço é de:
i) 8%; e ii) 0,8% para o financiamento do seguro contra acidentes de trabalho. Já a empresa,
em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, contribui com 20% sobre o
total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, a esses
segurados que lhe prestem serviços.
Letra e.
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d) Os trabalhadores, de forma geral, contribuem com alíquota incidente sobre seu salário de
contribuição.
e) No caso do produtor rural registrado sob a forma de pessoa jurídica, sua contribuição social
recairá sobre o total de sua receita líquida.
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GABARITO
7. C 22. e 37. c
8. a 23. d 38. a
9. d 24. d 39. C
10. a 25. e 40. E
11. e 26. E 41. b
12. e 27. E 42. E
13. a 28. E 43. C
14. d 29. C 44. C
15. d 30. C 45. a
16. c 31. E 46. e
17. d 32. E 47. b
18. d 33. E 48. e
19. C 34. a 49. C
20. C 35. d 50. C
21. C 36. C
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Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil. Graduado em Engenharia de Produção pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (Uerj), bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes (Ucam) e pós-
graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Professor de Direito Previdenciário em
cursos preparatórios para concurso público.
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