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DIREITO

PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Financiamento da Seguridade Social

Sumário
Bernardo Machado

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Financiamento da Seguridade Social.. ......................................................................................... 4
Empresa e Empregador Doméstico.. ............................................................................................ 4
Conceito............................................................................................................................................. 4
Equiparadas à Empresa.................................................................................................................. 5
Matrícula da Empresa. . ................................................................................................................... 6
Financiamento da Seguridade Social.. ......................................................................................... 7
Receitas da União.. ......................................................................................................................... 10
Receitas de outras Fontes............................................................................................................12
Receitas das Contribuições Sociais.. ...........................................................................................15
Resumo............................................................................................................................................. 41
Questões de Concurso.................................................................................................................. 45
Gabarito............................................................................................................................................ 69

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Financiamento da Seguridade Social
Bernardo Machado

Apresentação
Querido(a) aluno(a)! Na aula de hoje, estuda-se o financiamento da seguridade social, em
especial, as contribuições previdenciárias. Portanto, para iniciar o estudo sobre o financiamen-
to do sistema securitário, faz-se necessário um estudo sobre o conceito de empresa e empre-
gador doméstico.

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FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


Empresa e Empregador Doméstico
Conceito
O conceito de empresa, para fins do Direito Empresarial, é a atividade econômica organiza-
da para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Portanto, empresa, no Direito Em-
presarial, é a atividade e não quem exerce essa atividade, o qual é denominado de empresário.
O empresário, no Direito Empresarial, deve focar na circulação de bens e de serviços, visando
resultados lucrativos, sendo essa característica decorrente do caráter profissional. Visa-se,
portanto, o lucro!
Para fins previdenciários, abstraia esse conhecimento!
Considera-se empresa, para fins previdenciários, a firma individual (leia-se – empresário
individual – art. 966 do Código Civil) ou a sociedade que assume o risco de atividade econô-
mica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da ad-
ministração pública direta, indireta e fundacional.
Portanto, possuir ou não finalidades lucrativas, é simplesmente irrelevante para fins de en-
quadramento de uma empresa, no caso do Direito Previdenciário.

Exemplo: imagine uma associação (ex.: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais –
APAE) que, conforme determina o Código Civil, é a união de pessoas que se organizam para
fins não econômicos. A associação pode contratar uma pessoa com pessoalidade, não-even-
tualidade, subordinação e onerosidade. Assim, a associação estará contratando um segurado
empregado, sendo considerada empresa.
Uma vez considerada empresa, deverá cumprir as obrigações tributárias como uma empresa,
sejam essas obrigações tributárias principais (pagar tributos) ou acessórias (obrigações de
fazer ou deixar de fazer alguma coisa no interesse da arrecadação ou fiscalização dos tributos
– ex.: elaborar folha de pagamento).

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Já o empregador doméstico é aquele que admite a seu serviço, mediante remuneração,


sem finalidade lucrativa, empregado doméstico.

No caso do empregador doméstico, a ausência de finalidade lucrativa é essencial, tendo


em vista que o próprio conceito de empregado doméstico determina o exercício de atividades
sem fins lucrativos.

Equiparadas à Empresa
Conforme o disposto no art. 12, § único do RPS, equipara-se a empresa:

Faz necessária a análise das situações de equiparadas a empresa de forma isolada.


A primeira situação é de um contribuinte individual, em relação a segurado que lhe pres-
ta serviço.

Exemplo: imagine um médico que possui um consultório particular e necessita contratar uma
secretária. O médico equipara-se a empresa para fins previdenciários. Dessa forma, deverá ter
um número que o identifique como empresa (matrícula da empresa), além da necessidade de
pagar as contribuições previdenciárias em relação a esse segurado e cumprir as obrigações
acessórias como empresa, como, por exemplo, elaborar folha de pagamento.

A segunda situação menciona a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer na-


tureza ou finalidade, inclusive a missão diplomática e a repartição consular de carreiras es-
trangeiras.
A preocupação do legislador em relação à missão diplomática e repartição consular se
deve ao fato de que tais entidades se consideram imunes a tudo, entendendo que não têm
a obrigatoriedade de verter as contribuições previdenciárias em relação aos segurados a
seus serviços.

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Entretanto, para que não haja dúvida, a legislação previdenciária elenca literalmente a mis-
são diplomática e repartição consular como equiparadas a empresa e, caso venham a con-
tratar um segurado vinculado ao RGPS, deverão verter as contribuições previdenciárias em
relação a esse segurado, além da necessidade do cumprimento das obrigações acessórias
como empresa.
A terceira situação menciona o operador portuário e o órgão gestor de mão de obra (OGMO).
O operador portuário e o OGMO têm interesse comum em relação a contratação do traba-
lhador avulso, fazendo com que eles respondam solidariamente.
Assim, para que se sustente o lançamento a ser efetuado em relação a valores não pagos
sobre os trabalhadores avulsos, entendeu por bem o legislador elencá-los literalmente como
equiparadas e empresa.
Por fim, a quarta situação menciona o proprietário ou dono de obra de construção civil,
quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviço.
Pergunta: Você, meu querido aluno, já fez, na sua casa, um puxadinho? Não responda!
Rsrsrsrs...
Se você já fez, na sua casa, um puxadinho, você é equiparado a empresa para fins previden-
ciários, tendo em vista que proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa
física, em relação a segurado que lhe presta serviço, equipara-se a empresa.
Assim, como empresa, o dono da obra deve ter uma matrícula que o identifique como em-
presa, além de pagar as contribuições previdenciárias em relação aos segurados que prestam
serviços e cumprir as obrigações acessórias como empresa, como, por exemplo, elaborar fo-
lha de pagamento.

Matrícula da Empresa
A matrícula da empresa será efetuada nos termos e condições estabelecidos pela Secreta-
ria da Receita Federal do Brasil.
No caso de obra de construção civil, a matrícula deverá ser efetuada mediante comunica-
ção obrigatória do responsável por sua execução, no prazo de 30 dias, contado do início de
suas atividades, quando obterá número cadastral básico, de caráter permanente.
A data do início da atividade corresponderá à data do arquivamento do ato constitutivo na
Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil ou a data do início da obra.
Caso a empresa não efetue a inscrição, no prazo previsto anteriormente, estará sujeita a
aplicação de multa (auto de infração por descumprimento de obrigação acessória), nos ter-
mos do art. 283 do RPS, além da inscrição de ofício por parte da RFB.
O Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), por intermédio das Juntas
Comerciais, e os Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas prestarão, obrigatoriamente,
ao Ministério da Economia, ao INSS e à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as in-
formações referentes aos atos constitutivos e alterações posteriores relativos a empresas e
entidades neles registradas.
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A matrícula atribuída pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ao produtor rural pessoa
física ou segurado especial é o documento de inscrição do contribuinte, em substituição à ins-
crição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, a ser apresentado em suas relações:
(i) com o Poder Público, inclusive para licenciamento sanitário de produtos de origem animal
ou vegetal submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização artesanal; (ii) com
as instituições financeiras, para fins de contratação de operações de crédito; e (iii) com os
adquirentes de sua produção ou fornecedores de sementes, insumos, ferramentas e demais
implementos agrícolas.
Tal regra não se aplica ao licenciamento sanitário de produtos sujeitos à incidência de
Imposto sobre Produtos Industrializados ou ao contribuinte cuja inscrição no CNPJ seja
obrigatória.
Para fins de recolhimento das contribuições previdenciárias, a matrícula será atribuída ao
grupo familiar no ato de sua inscrição.

001. (CESPE/DPU/2010/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) Para fins previdenciários, a prin-


cipal diferença entre empresa e empregador doméstico é que a primeira se caracteriza por
exercer atividade exclusivamente com fins lucrativos, e o segundo, não.

Como de costume, as bancas examinadoras determinam a necessidade da finalidade lucrativa


para conceituar empresa, o que, conforme estudado, é irrelevante para fins previdenciários.
Errado.

Financiamento da Seguridade Social


Para iniciar o financiamento da seguridade social, deve-se estudar o art. 195 da CF/88, que
assim dispõe:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos;
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

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Analisando o caput do art. 195, consegue-se visualizar 3 características básicas do finan-


ciamento da seguridade social:

O financiamento da seguridade social é realizado por toda a sociedade, o que demonstra


o caráter solidário do sistema. Assim, o financiamento da seguridade social fica a cargo de
todos, seja o Poder Público, a empresa ou equiparado e os próprios segurados.
A forma direta de financiamento se refere ao pagamento das contribuições sociais. Assim,
quando uma empresa contribui em relação a sua folha de pagamento, está financiando o sis-
tema securitário de forma direta. Da mesma forma, quando o segurado verte a sua contribui-
ção mensalmente, também está financiando o sistema securitário de forma direta. Já a forma
indireta se refere às dotações orçamentárias dos Entes da Federação, as quais são destinadas
ao sistema securitário.
Por fim, tem-se a característica do financiamento da seguridade social ser nos termos da lei.
Perceba que o nosso Poder Constituinte não determinou que o financiamento da segurida-
de social fosse definido em lei. Caso isso fosse determinado, todas as regras acerca do finan-
ciamento da seguridade social deveriam estar dispostas na Lei n. 8.212/91, conhecida como o
Plano de Custeio da Seguridade Social.
Portanto, quando o Poder Constituinte determina que o financiamento da seguridade so-
cial será nos termos da lei, cabe a Lei n. 8.212/91 disciplinar apenas matéria de reserva legal,
ou seja, matéria que necessariamente deverá ser disciplinada pela lei, como, por exemplo, a
criação da contribuição social. Entretanto, em relação a matéria que não é de reserva legal,
pode a Lei n. 8.212/91 delegar que o assunto seja tratado pelo Decreto.
A título de exemplo, o art. 22, II da Lei n. 8.212/91 cria a contribuição para financiar os
benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente
dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT) sobre o total das remunerações pagas ou credi-
tadas, no decorrer do mês, aos segurados e trabalhadores avulsos. Tal contribuição possui as
alíquotas de 1%, 2% ou 3%, conforme o risco de acidente de trabalho, em relação a atividade
preponderante da empresa, seja considerado como leve, médio ou grave, respectivamente.
Pergunta: seria razoável que a Lei n. 8.212/91 elencasse todas as atividades econômicas e os
respectivos graus de risco? Lógico que não, pois esse assunto é meramente técnico. Assim,
a Lei n. 8.212/91 cria a contribuição social, pois é um assunto de reserva legal, delegando ao
Decreto a competência para elencar todas as atividades econômicas e os respectivos graus
de risco (Anexo V do RPS).

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Uma vez estudadas as características do financiamento da seguridade social, percebe-se


que o Poder Constituinte desmembra o art. 195 da CF/88 em incisos, os quais contemplam
diversas contribuições sociais que visam financiar o sistema securitário.
Tal fato ocorre pelo motivo de o Poder Constituinte ter que observar o princípio constitucio-
nal da diversidade da base de financiamento, ou seja, a necessidade de que sejam elencadas
diversas contribuições sociais com o intuito de proteger o sistema securitário de eventuais
crises financeiras que possam surgir ao longo do tempo.
Estuda-se o financiamento da seguridade social no âmbito federal, tendo em vista que,
conforme determina o art. 195, § 1º da CF/88, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não
integrando o orçamento da União.
Assim, o financiamento da seguridade social no âmbito federal é composto de receitas da
União, receitas das contribuições sociais e de receitas de outras fontes.

002. (CESPE/CEBRASPE/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/2020/TÉCNICO DE COMPLEXIDA-


DE INTELECTUAL/DIREITO) Acerca do custeio da seguridade social, julgue o seguinte item.
A seguridade social deve ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, me-
diante, entre outras fontes de custeio, as contribuições sociais do empregador, da empresa ou
da entidade a ela equiparada, que incidem sobre o lucro.

A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos ter-
mos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das contribuições sociais, as quais estão elencadas no art. 195 da
CF/88, entre elas, as contribuições sociais do empregador, da empresa ou da entidade a ela
equiparada, que incidem sobre o lucro (art. 195, I, “c” da CF/88).
Certo.

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Receitas da União
As receitas da União é a forma indireta de financiamento da seguridade social. A forma in-
direta é composta com parcelas dos orçamentos fiscais dos entes políticos, obrigatoriamente,
não cabendo a estes decidir se irão ou não destinar recursos para o sistema de proteção social.

Por que a União deve destinar parcela do seu orçamento fiscal para financiar a seguridade
social, professor?

É simples! A União, por exemplo, contrata servidores que exercem, exclusivamente, cargo
em comissão, ou contrata servidores tendo em vista o excepcional interesse público, ou con-
trata exercentes de mandato eletivo. Dessa forma, a União está contratando pessoas que não
estão vinculadas a regime próprio de previdência social, mas sim ao regime geral de previdên-
cia social, na qualidade de segurados empregados.
Como visto no tema empresa e empregador doméstico, a União enquadra-se no conceito
de empresa.
Portanto, estamos diante de uma empresa contratando segurados obrigatórios do RGPS,
devendo verter contribuições sobre esses segurados.

Seria lógico a União pagar para ela mesma, mensalmente, por meio de GPS (guia de pre-
vidência social), as contribuições sobre esses segurados, professor?

Lógico que não!


Assim, para que a União custeie tais valores, no seu orçamento fiscal, a União fixa recursos
adicionais, previstos obrigatoriamente na Lei Orçamentária Anual.
Ademais, a União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da
seguridade social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada
da previdência social, na forma da Lei Orçamentária anual.
Pode-se resumir a contribuição da União em três informações importantes, conforme de-
monstrado no quadro abaixo:

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003. (ESAF/RFB/2005/ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL) Leia


cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois,
marque a opção que contenha a exata sequência.

 (  ) A contribuição da União para a Seguridade Social é constituída de recursos adicionais


do Orçamento Fiscal.
(  ) Os recursos adicionais do Orçamento Fiscal para a Seguridade Social serão fixados
obrigatoriamente na lei orçamentária anual.
(  ) A União é responsável pela cobertura de insuficiências financeiras da Seguridade So-
cial, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Pre-
vidência Social.

a) V V V
b) F F F
c) F V V
d) V V F
e) F F V

Questão perfeita para que você estude a contribuição para União, pois elenca as 3 informações
constantes na lei. Assim, as 3 afirmativas são verdadeiras, tendo em vista que a contribuição
da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente
na lei orçamentária anual. Além disso, a União é responsável pela cobertura de insuficiências
financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de presta-
ção continuada da Previdência Social.
Letra a.

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Receitas de outras Fontes


Além de recursos provenientes de receitas da União e das receitas das contribuições so-
ciais, as quais estudaremos mais adiante, a seguridade social, no âmbito federal, também é
financiada por recurso de receitas de outras fontes, que são:

Passa-se a fazer uma análise isolada de algumas das outras fontes que visam financiar a
seguridade social.
A primeira outra fonte são as multas, a atualização monetária e os juros moratórios,
as quais nascem quando as empresas ou os segurados recolhem as contribuições sociais
em atraso.
Esse tema será abordado no nosso curso nas próximas aulas. Entretanto, certos detalhes
já devem ser estudados.
Primeiramente, a partir de 01/01/1996, não existe mais atualização monetária.
Entretanto, quando as empresas ou os segurados recolhem as contribuições sociais em
atraso, tem-se a incidência de acréscimos moratórios, que são a multa de mora e os juros de
mora. Tais acréscimos moratórios não são contribuições sociais, mas sim outras fontes para
financiar a seguridade social.
A segunda outra fonte é a remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecada-
ção, fiscalização e cobrança prestados a terceiros.
Você já deve ter escutado falar no Sistema S (SESI, SESC, SENAI, SENAC, SENAR...), além
da contribuição social destinada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
conhecida como salário-educação.

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A contribuição para o Sistema S, além do salário-educação, apesar de não serem destina-


das para a seguridade social, são arrecadadas, fiscalizadas e cobradas pelos Auditores Fiscais
da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Portanto, nada mais justo do que a RFB cobrar valores do Sistema S e do FNDE pelos ser-
viços prestados.
Dessa forma, são cobrados 3,5% do Sistema S e 1% do salário-educação. Conforme de-
termina o art. 27 da Lei n. 8.212/91 e art. 213 do Decreto n. 3.048/99, tais valores são outras
fontes para financiar a seguridade social.

Para fins de prova, as bancas preparatórias costumam cobrar que a remuneração recebida pela
prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros (Sistema
S + salário-educação) são outras fontes destinadas ao financiamento da seguridade social,
seguindo a literalidade da lei.
Entretanto, tais valores, atualmente, não são mais outras fontes destinadas ao financiamento
da seguridade social.
A Lei n. 11.457/07 retirou a destinação desses valores da seguridade social e repassou
para o Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscaliza-
ção (FUNDAF).
Assim, remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e co-
brança prestados a terceiros não é mais outra fonte destinada para a seguridade social. Atual-
mente, essa remuneração é destinada para o FUNDAF.

Além dessas duas outras fontes estudadas (uma que atualmente não é mais da seguri-
dade social), as bancas examinadoras de concurso público têm cobrado as que mencionam
percentuais. Assim, é importante estudar tais outras fontes.
A primeira outra fonte que menciona percentual é 50% da receita obtida na forma do pará-
grafo único do art. 243 da Constituição Federal, repassados pelo Instituto Nacional do Seguro
Social aos órgãos responsáveis pelas ações de proteção à saúde e a ser aplicada no tratamen-
to e recuperação de viciados em entorpecentes e drogas afins.
O art. 243, parágrafo único da CF/88 determina que todo e qualquer bem de valor econô-
mico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da explo-
ração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação espe-
cífica, na forma da lei.

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Dessa forma, 50% desses bens apreendidos são destinados para a seguridade social. É
importante ressaltar que a destinação é específica para a saúde, não podendo esses valores
ser destinados para a assistência social ou para a previdência social, tendo em vista a neces-
sidade de sua utilização no tratamento de pessoas viciadas em entorpecentes e drogas afins.
Outra fonte que menciona percentual se refere a 40% do resultado dos leilões dos bens
apreendidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Esse valor é destinado a seguridade social como um todo, não tendo destinação específica
para um dos ramos.
Por fim, as companhias seguradoras que mantém seguro obrigatório de danos pessoais
causados por veículos automotores de vias terrestres (DPVAT), de que trata a Lei n. 6.194, de
19 de dezembro de 1974, deverão repassar à seguridade social 45% do valor total do prêmio
recolhido, destinados ao Sistema Único de Saúde, para custeio da assistência médico-hospi-
talar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito.

Apesar da Lei n. 8.212/91 (art. 27, § único) falar em 50% do valor total do prêmio recolhido,
10% da arrecadação da seguridade social é destinada ao coordenador do sistema nacional de
trânsito, para aplicação exclusiva em programas destinados à prevenção de acidentes, ou seja,
5% do total (art. 78, § único, do Código de Trânsito Brasileiro).
Dessa forma, percebe-se que, na prática, o valor repassado à seguridade social do total do
prêmio recolhido com o DPVAT perfaz o percentual de 45% e não 50%, conforme determina a
Lei n. 8.212/91.
Tenha apenas cuidado com bancas preparatórias de concurso público que adotam a literali-
dade da lei!

Atente para o fato de que esse valor arrecadado é destinado especificamente para a saúde,
no intuito de tratar as pessoas vitimadas em acidentes de trânsito.

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004. (ESAF/RFB/2009/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL) Além das con-


tribuições sociais, a seguridade social conta com outras receitas. Não constituem outras re-
ceitas da seguridade social:
a) as multas.
b) receitas patrimoniais.
c) doações.
d) juros moratórios.
e) sessenta por cento do resultado dos leilões dos bens apreendidos pela Secretaria da Recei-
ta Federal do Brasil.

Constituem outras receitas para financiar a seguridade social, 40% do resultado dos bens
apreendidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e não 60%, como menciona a banca
examinadora.
Letra e.

Receitas das Contribuições Sociais


O estudo será direcionado para as contribuições previdenciárias, ou seja, contribuição do
empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a
folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício, além da contribuição
do trabalhador e dos demais segurados da previdência social.
Tais contribuições, conforme o disposto no art. 167, XI da CF/88, só podem ser utilizadas
para o pagamento de benefícios do regime geral de previdência social, não podendo ser utiliza-
das para a saúde, nem para a assistência social.
Entretanto, antes de iniciar o estudo sobre as contribuições previdenciárias, duas observa-
ções sobre as contribuições sociais previstas no art. 195 da CF/88 são necessárias.
A primeira se refere à imunidade prevista no art. 195, II da CF/88.
O inciso II trata da contribuição do trabalhador e dos demais segurados da previdência so-
cial, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral
de previdência social.
Assim, é importante frisar que tal vedação se aplica apenas ao regime geral de previdência
social, não se aplicando aos servidores aposentados ou aos pensionistas dos regimes pró-
prios, que vertem contribuições sobre os valores das aposentadorias e pensões que ultrapas-
sam o teto do regime geral (necessidade de aplicação do princípio da isonomia).

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Portanto, um servidor público aposentado, vinculado ao RPPS, que se aposenta com o va-
lor de R$ 10.000,00, verterá contribuição para o RPPS em relação à diferença dos R$ 10.000,00
e o teto do RGPS (atualmente, R$ 6.433,57).
A segunda observação se refere à contribuição social sobre a receita de concurso de
prognósticos.
Conforme determina o art. 26 da Lei n. 8.212/91, constitui receita da Seguridade Social a
contribuição social sobre a receita de concursos de prognósticos a que se refere o inciso III do
caput do art. 195 da Constituição Federal.
Consideram-se concurso de prognósticos todo e qualquer concurso de sorteio de núme-
ros ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito federal,
estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por
sociedades comerciais ou civis.
O produto da arrecadação da contribuição será destinado ao financiamento da Seguri-
dade Social.
A base de cálculo da contribuição equivale à receita auferida nos concursos de prognós-
ticos, sorteios e loterias.
A alíquota da contribuição corresponde ao percentual vinculado à Seguridade Social em
cada modalidade lotérica, conforme previsto em lei.

Introdução

Para iniciar o estudo em relação às contribuições previdenciárias, é necessário diferenciar-


mos dois conceitos em relação a dois aspectos: salário de contribuição e remuneração como
fato gerador da contribuição previdenciária e salário de contribuição e remuneração como
base de cálculo da contribuição previdenciária.
Quando se menciona fato gerador (fato que o legislador vincula o nascimento da obriga-
ção tributária de pagar um tributo determinado), os dois conceitos se confundem. Ou seja, o
fato gerador da obrigação previdenciária são as parcelas de natureza remuneratórias que são
pagas (pela empresa)/recebidas (pelos segurados). Quando se define salário de contribuição,
tal definição nada mais é do que a remuneração que os segurados recebem das empresas.
Quando se menciona base de cálculo (numerário sobre o qual incide a alíquota da contri-
buição previdenciária), os dois conceitos são completamente distintos.
O salário de contribuição é a base de cálculo da contribuição dos segurados e do empre-
gador doméstico. Tal base de cálculo possui limite que, atualmente, é de R$ 6.433,57. Nenhum
segurado ou empregador doméstico poderá verter contribuições além do limite mencionado.
Já a remuneração é a base de cálculo de contribuição das empresas. Tal base de cálculo
não possui limite.
Imagine, portanto, uma empresa que contrata um segurado empregado e pague para ele
uma remuneração no valor de R$ 10.000,00.
A contribuição da empresa irá incidir sobre os R$ 10.000,00, tendo em vista que a base de
cálculo da empresa é a remuneração paga, a qual não tem limite.

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Entretanto, o segurado empregado será descontado em 11,69% sobre R$ 6.433,57, tendo


em vista que a base de cálculo do segurado é o seu salário de contribuição, a qual tem limite.

Assim, a empresa terá o ônus de R$ 12.000,00, ou seja, R$ 10.000,00, que foi o valor pactu-
ado, além de R$ 2.000,00 de contribuição patronal em relação à remuneração paga.
Já o segurado irá receber da empresa o valor de R$ 10.000,00, descontando o valor de
11,69% sobre R$ 6.433,57.

Segurados

Empregado, Trabalhador Avulso e Empregado Doméstico

Com a recente reforma da previdência social brasileira, o art. 195, II da CF/88 foi alterado,
no intuito de contemplar a possibilidade de serem adotadas alíquotas progressivas de acordo
com o valor do salário de contribuição do segurado.
Antes de ser explicada a nova regra, explica-se o princípio da progressividade.
O princípio da progressividade é uma técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo au-
mento se dá na medida em que se majora a base de cálculo. Em outras palavras, é progressiva
a alíquota que aumenta de acordo com a base de cálculo: se a base de cálculo aumenta, a
alíquota também aumentará. Com a progressividade, uma variação da base de cálculo implica
numa variação da alíquota.
Tal princípio será aplicado em relação a contribuição do empregado, trabalhador avulso e
do empregado doméstico.
A partir do dia 01/01/2021, deve ser aplicada a seguinte tabela:

Remuneração a partir de 1º de janeiro de 2021


Salário de contribuição (R$) Alíquota (%)
até R$ 1.100,00 7,50
De R$ 1.100,01 até R$ 2.203,48 9,00
De R$ 2.203,49 até R$ 3.305,22 12,00
De R$ 3.305,23 até R$ 6.433,57 14,00

As alíquotas serão aplicadas, conforme já mencionado, de forma progressiva sobre o sa-


lário de contribuição do segurado, incidindo cada alíquota sobre a faixa de valores compreen-
dida nos respectivos limites.

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Exemplo: assim, um segurado que recebe o valor do salário mínimo, contribui com 7,5% sobre
o salário mínimo (para o ano de 2021 – R$ 1.100,00).
Entretanto, um segurado que recebe o valor de R$ 2.000,00, contribui com a alíquota de 7,5%
sobre R$ 1.100,00, além da alíquota de 9% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 1.100,00
até o valor de R$ 2.000,00. Assim, a contribuição desse segurado seria: [(R$ 1.100,00 x 7,5%)
+ ((R$ 2.000,00 – R$ 1.100,01) x 9%)] = R$ 163,50. Dessa forma, o segurado irá contribuir com
uma alíquota efetiva de 8,17%, em relação ao valor de R$ 2.000,00, que é a sua remuneração.
Imagine, agora, um segurado que recebe o valor de R$ 3.000,00. Este irá contribuir com a alí-
quota de 7,5% sobre R$ 1.100,00, além da alíquota de 9% sobre a parcela que ultrapassa o valor
de R$ 1.100,00 até o valor de R$ 2.203,48, além da alíquota de 12% sobre a parcela que ultra-
passa o valor de R$ 2.203,48 até o valor de R$ 3.000,00. Assim, a contribuição desse segurado
seria: [(R$ 1.100,00 x 7,5%) + ((R$ 2.203,48 – R$ 1.100,01) x 9%) + ((R$ 3.000,00 – R$ 2.203,49)
x 12%)] = R$ 277,39. Dessa forma, o segurado irá contribuir com uma alíquota efetiva de 9,25%,
em relação ao valor de R$ 3.000,00, que é a sua remuneração.
Por fim, imagine um segurado que recebe o limite máximo do salário de contribuição, ou seja,
para o ano de 2021, o valor de R$ 6.433,57. Este irá contribuir com a alíquota de 7,5% sobre
R$ 1.100,00, além da alíquota de 9% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$ 1.100,00 até
o valor de R$ 2.203,48, além da alíquota de 12% sobre a parcela que ultrapassa o valor de R$
2.203,48 até o valor de R$ 3.305,22, além da alíquota de 14% sobre a parcela que ultrapassa o
valor de R$ 3.305,22 até o valor de R$ 6.433,57. Assim, a contribuição desse segurado seria:
[(R$ 1.100,00 x 7,5%) + ((R$ 2.203,48 – R$ 1.100,01) x 9%) + ((R$ 3.305,22 – R$ 2.203,49) x 12%)
+ ((R$ 6.433,57 – R$ 3.305,23) x 14%)] = R$ 751,99. Dessa forma, o segurado irá contribuir com
uma alíquota efetiva de 11,69%, em relação ao valor de R$ 6.433,57, que é a sua remuneração.

Contribuinte Individual e Segurado Facultativo

A contribuição do segurado contribuinte individual e do segurado facultativo é de 20% so-


bre o respectivo salário de contribuição.

Por que tais segurados contribuem com uma alíquota maior do que os demais segurados
estudados anteriormente, professor?

Em relação ao segurado facultativo, tal resposta é fácil. A contribuição do segurado facul-


tativo é maior devido a não contribuição patronal sobre essa remuneração. E nem poderia ser
diferente. Já que ninguém custeia nenhuma parcela sobre ele, nada mais justo que o segurado
facultativo contribua com uma alíquota maior do que os demais segurados.
Já o contribuinte individual, tal resposta não é tão fácil assim. A resposta é devido à ausên-
cia, no passado, de contribuição patronal sobre essas remunerações.
Explica-se a história para que você entenda a sistemática atual de contribuição do contri-
buinte individual.
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A redação original da CF/88 determinava a contribuição social dos empregadores em rela-


ção à folha de salários, o faturamento e o lucro.
Assim, a Lei n. 7.787/89 instituiu a contribuição da empresa em relação à remuneração
paga ou creditada em relação aos contribuintes individuais (na época autônomos, equiparados
a autônomos e empresários). Tal exação foi declarada inconstitucional pelo Supremo, pois o
STF entendeu que a União não tinha competência tributária para instituir tal contribuição so-
cial. Entendeu o STF que a contribuição social só pode incidir sobre a folha de salários e que,
na ótica do STF (utilizando a ótica trabalhista), o contribuinte individual não recebe salário.
A Lei n. 8.212/91 novamente institui a contribuição da empresa em relação à remuneração
paga ou creditada em relação aos contribuintes individuais. Novamente, tal exação foi declara-
da inconstitucional pelo STF, pelo mesmo fundamento explicado anteriormente.
Cansada de perder, a União utilizou a sua competência residual, instituindo por meio de lei
complementar (LC n. 84/96) a contribuição da empresa em relação à remuneração paga ou
creditada em relação aos contribuintes individuais.
Portanto, a partir de maio de 1996, a empresa passou a contribuir sobre a remuneração
paga ou creditada ao contribuinte individual, não sendo mais justo que o contribuinte individual
contribua com uma alíquota muito maior do que os demais segurados, tendo em vista que a
empresa já custeia uma parcela em relação a remuneração paga ou creditada para o contri-
buinte individual.
Em virtude disso, a Lei n. 9.876/99 determinou:

Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir, da
sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa, efetivamente re-
colhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada
a dedução a nove por cento do respectivo salário de contribuição.

Fácil entender, não? Rsrsrsrsrs... Brincadeira! Essa regra, para ser entendida, deve ser estu-
dada por meio de um caso prático!
Imagine uma empresa remunerando um contribuinte individual no valor de R$ 1.500,00.
Em relação a tal remuneração, a empresa irá contribuir com 20%. Sobre esse valor, o segurado
poderá deduzir 45%, limitado a 9% do seu salário de contribuição. Assim, a contribuição do
contribuinte individual será de 20%, retirando a parcela que ele poderá deduzir. Ilustra-se o caso
mencionado abaixo:
• Remuneração do trabalhador: R$ 1.500,00
• Contribuição patronal: 20% x R$ 1.500,00 = R$ 300,00
• Possível dedução: 45% x R$ 300,00 = R$ 135,00
• Limite: 9% x R$ 1.500,00 = R$ 135,00
• Contribuição do segurado: (20% x R$ 1.500,00) – R$ 135,00 = R$ 165,00

Quanto equivale R$ 165,00 em relação aos R$ 1.500,00? Resposta: 11%!


Ou seja, com a criação da dedução legal, o contribuinte individual passou a contribuir com
11% sobre o seu salário de contribuição, deixando de existir um tratamento tão diferenciado
em relação a contribuição dos demais segurados.
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Atente, no caso prático, para o fato de o limite ser exatamente o valor da possível dedução.
Isso será sempre possível quando a remuneração for inferior ao teto do salário de contribuição,
ou seja, atualmente R$ 6.433,57.
Caso a remuneração seja superior ao teto do salário de contribuição, utiliza-se o limite e
não a dedução. Ilustra-se o caso abaixo:
• Remuneração do trabalhador: R$ 8.000,00
• Contribuição patronal: 20% x R$ 8.000,00 = R$ 1.600,00
• Possível dedução: 45% x R$ 1.600,00 = R$ 720,00
• Limite: 9% x R$ 6.433,57 = R$ 579,01
• Contr. do segurado: (20% x R$ 6.433,57) – R$ 579,01 = R$ 707,69

O valor de R$ 707,69 nada mais é do que 11% sobre R$ 6.433,57.


É importante que fique bem claro para você que a dedução legal se deriva da contribuição
da empresa.
Assim, caso o contribuinte individual não preste serviço à empresa contribuirá, ainda,
com 20% sobre o seu salário de contribuição.
A partir da competência abril de 2003, conforme determina a MP n. 83/02, posteriormente
convertida na Lei n. 10.666/03, fica a empresa obrigada a arrecadar a contribuição do segu-
rado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a
recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20 do mês
seguinte ao da competência.
Portanto, até a competência 03/2003, a responsabilidade pelo recolhimento do contribuin-
te individual é do próprio segurado. A partir da competência 04/2003, a responsabilidade pelo
recolhimento da contribuição do contribuinte individual é da empresa que o contrata. Ou seja,
a partir da competência 04/2003, a contribuição descontada pela empresa sobre a remune-
ração paga, devida ou creditada ao contribuinte individual a seu serviço, observado o limite
máximo do salário de contribuição, é de 11% no caso das empresas em geral e de 20% quan-
do se tratar de entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais
patronais.
Além disso, se o contribuinte individual prestar serviço a outro contribuinte individual, a
produtor rural pessoa física, a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estran-
geira, o mesmo fará o seu recolhimento, entretanto, poderá efetuar a dedução legal, visto que
essas pessoas contribuem sobre a remuneração paga ou creditada ao contribuinte individual.
O contribuinte individual que presta serviço para pessoa física e o segurado facultati-
vo continuam fazendo o seu recolhimento por conta própria (20% sobre o salário de con-
tribuição).
Segue um resumo em relação ao contribuinte individual, aplicável a partir de 01/04/2003.

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O motivo pelo qual a alíquota de contribuição do contribuinte individual é de 11% ou 20%


quando o contribuinte individual prestar serviço a outro contribuinte individual, a produtor rural
pessoa física, a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira é o fato
da necessidade do contratado constar na GFIP/eSocial do contratante, ou que o contratante
dê uma declaração ao segurado, onde conste, além de sua identificação completa, inclusive
com o número no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, o nome e o número da inscrição
do contribuinte individual, o valor da retribuição paga e o compromisso de que esse valor será
incluído na citada GFIP/eSocial e efetuado o recolhimento da correspondente contribuição.
Caso haja a declaração, o contribuinte individual contribuirá com 11% sobre o seu salário
de contribuição. Entretanto, caso não haja a declaração, o contribuinte individual contribuirá
com 20% sobre o seu salário de contribuição.
Veja o caso de um segurado contribuinte individual sendo contratado por outro.

Exemplo: imagine um médico contratando um eletricista para realizar reparos nas instalações
elétricas do seu consultório, sendo combinado um valor de R$ 2.000,00 em relação ao serviço
prestado. O médico irá contribuir com 20% em relação aos R$ 2.000,00, mas não efetuará o des-
conto do segurado. A contribuição do eletricista será recolhida pelo próprio. Assim, o eletricista
receberá o valor de R$ 2.000,00, devendo contribuir com 11% sobre os R$ 2.000,00, caso haja
declaração do contratante, ou 20% sobre os R$ 2.000,00, caso não haja declaração do contra-
tante.

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Uma vez estudada a regra geral, estuda-se uma exceção a essa regra.
A contribuição do segurado contribuinte individual que presta serviço por conta própria
e do segurado facultativo, como visto, é de 20% sobre o salário de contribuição. Tal base de
cálculo, como será visto na próxima aula, possui limite mínimo e máximo. Portanto, no míni-
mo que esses segurados irão contribuir será com a alíquota de 20% sobre um salário mínimo,
que, atualmente, está em R$ 1.100,00. Assim, a contribuição será de R$ 220,00. Pergunta: para
uma dona de casa que não possui renda ou para um estudante, esse valor não é elevado?
Sem dúvida!
Assim, a Lei Complementar n. 123/06, com o intuito de uma inclusão social, possibilitou
que esses segurados contribuam com 11% sobre um salário mínimo, abdicando ao direito se
aposentarem por tempo de contribuição.
Ademais, a MP n. 529/11, posteriormente convertida na Lei n. 12.470/11, determinou que
o microempreendedor individual (MEI) e o segurado facultativo sem renda própria que se
dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que per-
tencente a família de baixa renda, contribuirão com 5% sobre um salário mínimo, abdicando
ao direito se aposentarem por tempo de contribuição.
Tais contribuições se baseiam na premissa prevista no art. 201, §§ 12 e 13 da CF/88, que
assim dispõe:

§ 12 Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informa-
lidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no
âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.
§ 13 A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-mínimo.

Portanto, a lógica das citadas contribuições é a busca por uma inclusão social, ou seja, per-
mitir que trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informa-
lidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico
no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, tenham acesso
ao sistema previdenciário.
Considera-se de baixa renda, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal – CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 salários mínimos.

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Conforme mencionado, contribuindo das citadas formas, os segurados estariam abdican-


do ao direito de se aposentarem por tempo de contribuição.

Entretanto, e se esses segurados se arrependessem e quisessem contar esse período


para fins de tempo de contribuição, professor?

Sem problemas! Bastaria que eles contribuíssem com a diferença para a alíquota de 20%,
devidamente atualizada, ou seja, bastaria que eles contribuíssem com 9% ou 15%, a depender
da situação, devidamente atualizados com juros de mora.
E a multa de mora? Não existe, tendo em vista que os segurados não estariam em mora
(atraso), mas apenas estariam contribuindo conforme a legislação permitia.
Com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), não subsiste, regra geral, apo-
sentadoria por tempo de contribuição (salvo o direito adquirido, regras transitórias e a aposen-
tadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência). A recente reforma da previdên-
cia social passou a prever, entre outras aposentadorias, a aposentadoria programada, a qual,
uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado que atingir 62 anos de idade, se
mulher, 65 anos de idade, se homem, com 15 anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20
anos de tempo de contribuição, se homem.
Para fins de obtenção de uma aposentadoria programada, conforme preceitua o art. 51, §
1º do RPS, o período pelo qual os segurados contribuinte individual e facultativo tiverem contri-
buído na forma prevista no art. 199-A (11% ou 5% sobre o limite mínimo mensal do salário de
contribuição, a depender da situação) será considerado como tempo de contribuição.
Entretanto, caso o segurado pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para
fins de obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição (direito adquirido, regras transitó-
rias e a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência) ou de contagem
recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal (9% ou 15%
sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição em vigor na
competência a ser complementada, acrescido dos juros moratórios, a depender da situação).
Tal complementação será exigida a qualquer tempo, sob pena do indeferimento ou do
cancelamento da certidão emitida para fins de contagem recíproca ou da aposentadoria por
tempo de contribuição (direito adquirido, regras transitórias e a aposentadoria por tempo de
contribuição da pessoa com deficiência).

Segurado Especial

Em virtude de mandamento constitucional (art. 195, § 8º da CF/88), o produtor, o parceiro,


o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges,
que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes,
contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado
da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.

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Portanto, a contribuição do segurado especial é de 1,2% sobre a receita bruta, proveniente


da comercialização da sua produção rural, além de 0,1% para financiamento de benefícios
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos
ambientais do trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
A alíquota da GILRAT visa financiar benefícios decorrentes de acidentes de trabalho. Assim,
já sabemos que os segurados especiais têm o direito ao recebimento de benefícios acidentá-
rios, como aposentadoria por invalidez acidentária, auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente
acidentário e pensão por morte acidentária.
Além das citadas alíquotas, o segurado especial ainda contribui com a alíquota de 0,2%, a
qual é destinada ao SENAR. Assim, na prática, é descontado 1,5% do segurado especial. Entre-
tanto, tendo em vista que o SENAR não é contribuição que visa financiar o sistema securitário,
irei explicar a contribuição do segurado especial, desconsiderando tal valor.
Visualiza-se, na prática, o segurado especial contribuindo para a previdência social.

Exemplo: imagine um grupo familiar (produtor, esposa e 2 filhos a partir dos 16 anos de idade)
comercializando o excedente de sua produção rural no valor de R$ 10.000,00. O adquirente irá
adquirir a produção e pagará ao grupo familiar o valor de R$ 10.000,00, deduzindo a contribui-
ção previdenciária do grupo familiar, tendo em vista que o adquirente, conforme determina a
legislação previdenciária, fica responsável em repassar esse valor à previdência social (sub-ro-
gado). Assim, o adquirente repassará o valor de R$ 130,00 para a previdência social e a diferen-
ça, retirando ainda o valor devido para o SENAR, para o grupo.

Caso o segurado especial não comercialize a sua produção, quando ele contribuirá para a
previdência social? Nunca.

Mesmo assim, terá acesso aos benefícios previdenciários, professor?

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Sim! Entretanto, irá se aposentar por meio da aposentadoria do trabalhador rural e do ga-
rimpeiro, cujo valor do benefício será no valor de 1 salário mínimo.

E se o segurado especial desejar auferir de proventos de aposentadoria um valor que su-


pere o salário mínimo? Não vai ter como, professor?

Vai sim! A legislação previdenciária permite que o segurado especial, caso queira receber
benefícios previdenciários de valores superiores a 1 salário mínimo, contribua facultativa-
mente “como se fosse” contribuinte individual.
Contribuindo desta forma, o segurado especial não se torna contribuinte individual, nem
faz com que deixe de contribuir, caso venha comercializar a sua produção rural. É apenas uma
possibilidade que o legislador criou para que o segurado especial faça jus a benefícios previ-
denciários de valores superiores a 1 salário mínimo.

005. (CESPE/CEBRASPE/CODEVASF/2021/ASSESSOR JURÍDICO/DIREITO) Acerca da


contagem recíproca de tempo de serviço, custeio previdenciário e regime geral de previdência
social (RGPS), julgue o próximo item.
Para efeito de custeio do RGPS, as alíquotas aplicadas aos salários de contribuições dos se-
gurados empregados são as mesmas alíquotas aplicadas aos salários de contribuições dos
segurados contribuintes individuais.

A contribuição do segurado empregado, inclusive o doméstico, e do trabalhador avulso é cal-


culada por meio da aplicação da alíquota correspondente (7,5%, 9%, 12% e 14%), de forma
progressiva, sobre o seu salário de contribuição mensal, de acordo com a tabela publicada em
Portaria do Ministério da Economia. Já a alíquota de contribuição dos segurados contribuinte
individual e facultativo é de 20% aplicada sobre o respectivo salário de contribuição.
Errado.

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Empresa (Contribuição Convencional)

Empregados e Trabalhadores Avulsos

Em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, a empresa contribuirá


com 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, du-
rante o mês, a esses segurados que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho,
qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utili-
dades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos
da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença
normativa.
Portanto, caso uma empresa contrate um segurado empregado e o remunere com o valor
de R$ 100.000,00, contribuirá com 20% sobre os R$ 100.000,00.

Contribuintes Individuais

Em relação aos contribuintes individuais, 20% sobre o total das remunerações pagas ou
creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, a esses segurados que lhe prestem serviços.
Portanto, caso uma empresa contrate um segurado contribuinte individual e o remunere
com o valor de R$ 100.000,00, contribuirá com 20% sobre os R$ 100.000,00.
Vamos visualizar o exemplo elucidado para a empresa quando remunera segurado empre-
gado, trabalhador avulso, ou contribuinte individual.

A legislação previdenciária prevê mecanismos de aferição, no intuito de se verificar a remu-


neração auferida pelos contribuintes individuais, em certas situações específicas.
A primeira situação ocorre no caso da impossibilidade de comprovação da remuneração
recebida pelo empresário ou sócio, no em face de recusa ou sonegação de qualquer docu-
mento ou informação, ou sua apresentação deficiente (sem as formalidades legais ou que
contenha informação diversa da realidade, ou, ainda, que omita informação verdadeira).
Nessa situação, a contribuição da empresa referente a esses segurados será de 20% sobre:

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Exemplo: imagine, portanto, que no curso de uma ação fiscal, o Auditor-Fiscal não comprove
a remuneração recebida pelo sócio de uma sociedade limitada, tendo em vista a recusa da
apresentação de documento. Entretanto, o Auditor-Fiscal verifica que o sócio contribui mensal-
mente sobre o valor de R$ 2.000,00. Nessa situação, a contribuição da empresa de 20% incidirá
sobre o valor de R$ 2.000,00.
Caso esse sócio não contribua na qualidade de contribuinte individual, mas remunera na sua
empresa segurados empregados, sendo a maior remuneração paga a esses segurados o valor
de R$ 10.000,00, a contribuição da empresa de 20% incidirá sobre o valor de R$ 10.000,00.
Caso nenhuma das situações anteriores ocorra, a contribuição da empresa de 20% incidirá
sobre o valor do salário mínimo.

Perceba, portanto, que as situações são excludentes. Ou seja, o Auditor-Fiscal não pode
escolher a mais vantajosa para a Fazenda Pública, mas sim verificar a que ocorre primeiro.
A segunda situação ocorre no caso do freteiro. Pergunta: qual é o valor da remuneração au-
ferida pelo serviço prestado de frete, uma vez que o valor cobrado engloba outros valores, além
da remuneração do trabalho, como, por exemplo, depreciação do veículo, gasolina, pedágio...?
Assim, a remuneração paga ou creditada a condutor autônomo de veículo rodoviário, ou
ao auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de
colaboração, nos termos da Lei n. 6.094, de 30 de agosto de 1974, pelo frete, carreto ou trans-
porte de passageiros, realizado por conta própria, corresponde a 20% do rendimento bruto.
Imagine uma empresa contratando o serviço de um freteiro, sendo cobrado o valor de R$
10.000,00. O valor da remuneração do trabalho prestado pelo freteiro será de 20% em relação
aos R$ 10.000,00. Assim, a remuneração do trabalho do freteiro será de R$ 2.000,00. A contri-
buição da empresa e o desconto do segurado serão feitos em relação ao valor de R$ 2.000,00.
• Valor de Frete: R$ 10.000,00
• Remuneração do trabalho: 20% x R$ 10.000,00 = R$ 2.000,00

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• Contribuição patronal: 20% x R$ 2.000,00 = R$ 400,00


• Contribuição do segurado: 11% x R$ 2.000,00 = R$ 220,00

A terceira situação ocorre no caso de uma sociedade simples de profissão regulamentada.


No caso de uma sociedade simples de profissão regulamentada, a contribuição da empre-
sa referente aos sócios será de 20% sobre:
• A remuneração paga ou creditada aos sócios em decorrência de seu trabalho, de acordo
com a escrituração contábil da empresa; ou
• Os valores totais pagos ou creditados aos sócios, ainda que a título de antecipação de
lucro da pessoa jurídica, quando não houver discriminação entre a remuneração decor-
rente do trabalho e a proveniente do capital social ou tratar-se de adiantamento de resul-
tado ainda não apurado por meio de demonstração de resultado do exercício.

Exemplo: imagine, portanto, que no curso de uma ação fiscal, o Auditor-Fiscal não verifica na
contabilidade a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do capital social. Nessa
situação, a contribuição da empresa de 20% incidirá sobre a remuneração do capital (distri-
buição de lucros, juros sobre o capital próprio...). Assim, caso a sociedade distribua para cada
sócio o valor de R$ 20.000,00, a contribuição da empresa de 20% incidirá sobre o valor de R$
20.000,00.

Adicional das Instituições Financeiras

No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, cai-


xas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capi-
talização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência
privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas nos itens anteriores, é devida a
contribuição adicional de 2,5% sobre a respectiva base de cálculo, ou seja, pagará 22,5% sobre
a remuneração desses segurados.

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Portanto, caso um banco contrate um segurado empregado, trabalhador avulso ou contri-


buinte individual e o remunere com o valor de R$ 100.000,00, contribuirá com 22,5% sobre os
R$ 100.000,00.

Cooperativas de Trabalho

A empresa contribuirá com 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou
fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por coopera-
dos por intermédio de cooperativas de trabalho.
Segue, abaixo, a lógica da contribuição da cooperativa de trabalho!
A alíquota de contribuição do tomador de serviços tem o intuito de substituir a contri-
buição que a cooperativa de trabalho deveria ter em relação às remunerações pagas a seus
cooperados.
Assim, a cooperativa de trabalho não contribui em relação às remunerações pagas aos
seus cooperados, sendo responsável apenas em descontar a contribuição dos seus coopera-
dos (contribuintes individuais).

Qual é o desconto que a cooperativa de trabalho efetuará em relação aos seus coopera-
dos? 11% ou 20%, professor?

Depende do tomador! Você se lembra da alíquota de contribuição do contribuinte individu-


al? Se você se lembra, a partir da criação da dedução legal, o contribuinte individual passou
a contribuir com 11%, tendo em vista a dedução a ser efetuada em relação à contribuição
da empresa.
Portanto, pode utilizar o mesmo entendimento. Caso o tomador de serviços contribua com
15% sobre o valor bruto da nota fiscal, a cooperativa de trabalho descontará 11% sobre o
salário de contribuição do seu cooperado. Entretanto, quando o tomador de serviços não con-
tribui com 15% sobre o valor bruto da nota fiscal (entidade beneficente de assistência social
– EBAS e pessoa física), a cooperativa de trabalho descontará 20% sobre o salário de contri-
buição do seu cooperado.
Visualiza-se a explicação por meio de um esquema ilustrativo.

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Exemplo: imagine uma empresa que contrata cooperados por intermédio de cooperativa de
trabalho, sendo combinado o valor de R$ 100.000,00 pelos serviços prestados. Assim, a coope-
rativa de trabalho emite uma nota fiscal no valor de R$ 100.000,00, devendo a empresa toma-
dora de serviços pagar, além do valor acordado, 15% sobre os R$ 100.000,00 para a previdência
social. Ou seja, o ônus do tomador de serviços é de R$ 115.000,00 (R$ 100.000,00 a ser pago
para a cooperativa e R$ 15.000,00 de contribuição previdenciária).
A cooperativa de trabalho possui gastos. Imagine gastos na faixa de 25% (R$ 25.000,00 – 25%
x R$ 100.000,00). Retirado esses gastos, a cooperativa de trabalho irá remunerar seus coope-
rados. Pergunta: a cooperativa de trabalho contribuirá com 20% sobre a remuneração paga aos
seus cooperados (contribuintes individuais)? Não, tendo em vista que o tomador de serviços já
pagou a conta! Entretanto, cabe a cooperativa de trabalho efetuar o desconto dos seus coope-
rados que, no caso, será de 11%, tendo em vista a contribuição do tomador de serviços.
Caso o tomador de serviço fosse uma EBAS ou pessoa física, a cooperativa de trabalho des-
contaria 20% sobre o salário de contribuição dos seus cooperados.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, deu provimento ao recur-
so e declarou a inconstitucionalidade do art. 22, IV da Lei n. 8.212/91, que prevê contribuição
previdenciária sobre os serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativa de
trabalho. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 595838, com
repercussão geral reconhecida, no qual uma empresa de consultoria questiona a tributação.
A Lei n. 9.876/1999, que inseriu a cobrança na Lei 8.212/1991, revogou a Lei Complemen-
tar 84/1996, na qual se previa a contribuição de 15% sobre os valores distribuídos pelas coo-
perativas aos seus cooperados. No entendimento do Tribunal, ao transferir o recolhimento da
cooperativa para o prestador de serviço, a União extrapolou as regras constitucionais referen-
tes ao financiamento da seguridade social.

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Segundo o relator do recurso, ministro Dias Toffoli, com a instituição da nova norma tribu-
tária, o legislador transferiu a sujeição passiva da tributação da cooperativa para as empresas
tomadoras de serviço, desconsiderando a personalidade da cooperativa.
Além disso, a fórmula teria como resultado a ampliação da base de cálculo, uma vez que
o valor pago pela empresa contratante não se confunde com aquele efetivamente repassado
pela cooperativa ao cooperado. O valor da fatura do serviço inclui outras despesas assumidas
pela cooperativa, como a taxa de administração.
Ademais, a tributação extrapola a base econômica fixada pelo artigo 195, inciso I, alínea
“a”, da Constituição Federal, que prevê a incidência da contribuição previdenciária sobre a folha
de salários. Também viola o princípio da capacidade contributiva e representa uma nova forma
de custeio da seguridade, a qual só poderia ser instituída por lei complementar.

Portanto, conforme entendimento jurisprudencial, a contribuição previdenciária sobre os ser-


viços prestados por cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho é inconstitucional.

Com base na Nota PGFN/CASTF n. 174/2015, a Secretaria da Receita Federal do Brasil


também se encontrava vinculada a esse entendimento jurisprudencial.
Por fim, no dia 31/03/2016, foi publicada, em Diário Oficial da União, a Resolução do Sena-
do n. 10/2016, a qual suspende a execução do art. 22, IV da Lei n. 8.212/91, ou seja, suspende
a execução da contribuição da empresa de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de
prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por in-
termédio de cooperativas de trabalho, a qual havia sido declarada inconstitucional pelo STF no
RE n. 595.838, com repercussão geral reconhecida. Segue, abaixo, o texto da citada Resolução
do Senado:

RESOLUÇÃO N. 10, DE 2016


Suspende, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução do inciso IV do art.
22 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991.
O Senado Federal resolve:
Art. 1º É suspensa, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução do inciso IV
do art. 22 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, declarado inconstitucional por decisão definitiva
proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário n. 595.838.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, em 30 de março de 2016
Senador RENAN CALHEIROS
Presidente do Senado Federal

Após isso, o questionamento passou a ser sobre o desconto da contribuição previdenciária


do cooperado contratado por intermédio de cooperativa de trabalho.

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Como a exação, conforme mencionado, foi declarada inconstitucional e a alíquota de con-


tribuição do citado cooperado é de 20% sobre seu salário de contribuição.
Tal entendimento foi exarado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, por meio do Ato
Declaratório Interpretativo RFB no 05/2018, in verbis:

ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO RFB No 5, DE 25 DE MAIO DE 2015


Dispõe sobre a contribuição previdenciária devida pelo contribuinte individual que presta serviço a
empresa por intermédio de cooperativa de trabalho.
O Senado Federal resolve:
O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso das atribuições que lhe conferem os inci-
sos III e XXVI do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado
pela Portaria MF no 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 21 da Lei no
8.212, de 24 de julho de 1991, bem como a declaração de inconstitucionalidade, pelo Supremo Tribu-
nal Federal, nos autos do Recurso Extraordinário no 595.838 – São Paulo, com repercussão geral re-
conhecida, da contribuição prevista no inciso IV do art. 22 da mesma Lei, recurso no qual, com base
no art. 19, inciso IV e § 4º da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002, a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional não mais contestará e recorrerá, conforme Nota/PGFN/CASTF no 174, de 2015, declara:
Art. 1º A alíquota da contribuição previdenciária devida pelo contribuinte individual que presta ser-
viço a empresa ou a pessoa física por intermédio de cooperativa de trabalho é de 20% (vinte por
cento) sobre o salário de contribuição definido pelo inciso III ou sobre a remuneração apurada na
forma prevista no § 11, ambos do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.
Art. 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil não constituirá crédito tributário decorrente da con-
tribuição de que trata o § 1º do art. 1º da Lei no 10.666, de 8 de maio de 2003, que instituiu contribui-
ção adicional àquela prevista no inciso IV do art. 22 da Lei no 8.212, de 1991, para fins de custeio de
aposentadoria especial para cooperados filiados a cooperativas de trabalho.
Art. 3º Ficam modificadas as conclusões em contrário constantes em Soluções de Consulta ou em
Soluções de Divergência emitidas antes da publicação deste ato, independentemente de comunica-
ção aos consulentes.
JORGE ANTONIO DEHER RACHID

GILRAT – Contribuição Decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho

Para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de inca-


pacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), sobre o total das
remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e traba-
lhadores avulsos:

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Conforme determina o art. 202 do RPS, o enquadramento no correspondente grau de risco


é de responsabilidade da empresa, observada a sua atividade econômica preponderante e será
feito mensalmente, cabendo a Secretaria da Receita Federal do Brasil rever o auto enquadra-
mento em qualquer tempo.
Com a nova redação dada pelo Decreto n. 10.410/20 ao art. 202, § 3º do RPS, considera-se
preponderante a atividade que ocupa, em cada estabelecimento da empresa, o maior número
de segurados empregados e de trabalhadores avulsos.
A atividade econômica preponderante da empresa e os respectivos riscos de acidentes
do trabalho compõem a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes Graus de
Risco, prevista no anexo V do RPS.

Exemplo: imagine uma empresa que tem como objeto social a fabricação de caminhões, cuja
alíquota da GILRAT é de 3%, e representação comercial, cuja alíquota da GILRAT é de 2%. A
empresa possui 100 empregados fabricando caminhões (estabelecimento matriz) e 95 empre-
gados na representação comercial (filiais da empresa). Assim, nesse mês, a atividade prepon-
derante para o estabelecimento matriz é a fabricação de caminhões, devendo a empresa con-
tribuir com 3% em relação a remuneração paga aos 100 empregados da matriz, enquanto que
a atividade preponderante para as filias da empresa é a representação comercial, devendo a
empresa contribuir com 2% em relação a remuneração paga aos 95 empregados das filiais da
empresa.

Perceba que o enquadramento da GILRAT, com a recente alteração no RPS, passa a ser por
cada estabelecimento da empresa e não mais em relação a empresa como um todo.
A Lei n. 10.666/03 diz, ainda, que a alíquota de contribuição de 1%, 2% ou 3%, destinada ao
financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho
(GILRAT), poderá ser reduzida, em até 50%, ou aumentada, em até 100%, conforme dispuser o
regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econô-
mica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência,
gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Pre-
vidência Social.
Essa majoração ou redução da alíquota da GILRAT é conhecida como o fator acidentário
de prevenção (FAP).

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Financiamento da Seguridade Social
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A filosofia do FAP é majorar as empresas que oneram a previdência social com a conces-
são de benefícios de natureza acidentária.
Assim, quanto mais a empresa investe em saúde e segurança do seu trabalhador, menos
benefícios acidentários serão concedidos aos beneficiários dessa empresa, não sendo justo
que a mesma continue a contribuir da mesma forma que empresas que não investem em saú-
de e segurança do seu trabalhador. Portanto, essa empresa terá a alíquota da GILRAT reduzida,
com base no seu FAP, em até 50%.
Entretanto, quanto menos a empresa investe em saúde e segurança do seu trabalhador,
mais benefícios acidentários serão concedidos aos beneficiários dessa empresa, não sendo
justo que a mesma continue a contribuir da mesma forma que empresas que investem em
saúde e segurança do seu trabalhador. Portanto, essa empresa terá a alíquota da GILRAT ma-
jorada, com base no seu FAP, em até 100%.

Adicional para Financiar a Aposentadoria Especial

A filosofia da aposentadoria especial é aposentar o segurado antes do tempo, tendo em vis-


ta a sua exposição permanente a agente nocivo, prejudicando a sua saúde ou integridade física.
Dessa forma, alguém tem que pagar por essa aposentadoria mitigada.

Quem pagará esse tempo de contribuição que deixa de ser vertido? O próprio segurado
ou quem o expõe, professor?

Sem dúvida, é quem o expõe, ou seja, a empresa!


Assim, as alíquotas da GILRAT serão acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respec-
tivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de
aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.
O acréscimo incide exclusivamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condi-
ções especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

Exemplo: imagine uma empresa que possui 100 empregados a seu serviço e cuja alíquota da
GILRAT seja de 3%. Essa empresa possui 95 empregados trabalhando em setores onde não há
exposição a agentes nocivos. Entretanto, 5 empregados trabalham no setor estamparia, expos-
tos ao agente nocivo ruído acima do limite de tolerância máximo permitido pela legislação, per-
mitindo que eles se aposentem por meio de uma aposentadoria especial após 25 anos, desde
que preenchido o requisito etário mínimo de 60 anos.

Vamos visualizar esse caso por meio de um esquema ilustrativo.

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Perceba que o adicional incide apenas em relação a quem está efetivamente exposto a
agente nocivo, enquanto que a alíquota da GILRAT incide em relação a todos os segurados
empregados e trabalhadores avulsos da empresa.
A verificação dos setores onde existe exposição à agente nocivo é baseada em um laudo,
conhecido como laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do
trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
Do laudo técnico deverá constar informação sobre a existência de tecnologia de proteção
coletiva, de medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho, ou de tecnologia
de proteção individual, que elimine, minimize ou controle a exposição a agentes nocivos aos
limites de tolerância, respeitado o estabelecido na legislação trabalhista.
Tais informações são consolidadas no perfil profissiográfico previdenciário (PPP), que é
o documento histórico-laboral do trabalhador, comprovando a efetiva exposição do segurado
a agentes nocivos.

Qual é o documento que o segurado leva para a previdência social e apresenta ao perito
médico do INSS, para fins de comprovar a efetiva exposição a agente nocivo, professor?

O perfil profissiográfico previdenciário (PPP)!


Será devida contribuição adicional de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, a cargo da cooperati-
va de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filia-
do, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial
após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente.
Será devida contribuição adicional de 9, 7 ou 5 pontos percentuais, a cargo da empresa
tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor
bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo
cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contri-
buição, respectivamente.

Tendo em vista que a contribuição adicional de 9, 7 ou 5 pontos percentuais, a cargo da


empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, é reflexa aos
15% sobre o valor bruto da nota fiscal de serviço, a qual foi declarada inconstitucional pelo
STF (vide item 2.3.3.4), conforme Ato Declaratório Interpretativo RFB n. 05/2015, a Secretaria
da Receita Federal do Brasil não constitui o crédito tributário decorrente dessa contribui-
ção social.

006. (FCC/TRT-5ª REGIÃO/2013/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Considerando


que as empresas Todos-os-Santos Indústria e Comércio, Soteropolitano Hotel de Turismo e o

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Banco MMC, que atuam como indústria de transformação, hotelaria e banco comercial, com
graus de risco grave, médio e leve, respectivamente, é certo dizer que sua contribuição para
Seguridade Social e para financiamento do benefício da aposentadoria especial, previstas no
artigo 22, I e II, da Lei no 8.212/91 (somente em relação aos segurados empregados), será,
respectivamente, de
a) 20% + 3%; 20% + 2%; 20% + 2,5% + 1%.
b) 20%; 20%; 22,5%.
c) 15% + 3%; 15% + 2,5% + 1%; 15% + 1%.
d) 20%; 21%; 22,5%.
e) 20% + 1%; 20% + 2%; 20% + 2,5%.

A empresa Todos-os-Santos Indústria e Comércio irá pagar sobre a remuneração de emprega-


dos o percentual de 20%, acrescido de 3% da alíquota da GILRAT, tendo em vista que, confor-
me atividade preponderante da empresa, o risco de acidente de trabalho é considerado como
grave. A empresa Soteropolitano Hotel de Turismo e Comércio irá pagar sobre a remuneração
de empregados o percentual de 20%, acrescido 2% da alíquota da GILRAT, tendo em vista que,
conforme atividade preponderante da empresa, o risco de acidente de trabalho é considerado
como médio. Já o Banco MMC irá pagar sobre a remuneração de empregados o percentual de
20%, acrescido de 2,5%, tendo em vista se tratar de uma instituição financeira, além de 1% da
alíquota da GILRAT, tendo em vista que, conforme atividade preponderante da empresa, o risco
de acidente de trabalho é considerado como leve.
Letra a.

Empresa (Contribuição Substitutiva)

Produtor Rural

Além do segurado especial, têm-se duas outras espécies de produtores rurais: o produtor
rural pessoa física (PRPF) e o produtor rural pessoa jurídica (PRPJ). Todos são segurados
obrigatórios do RGPS, mas estes dois últimos são contribuintes individuais, sujeitando-se às
regras de recolhimento desta categoria de segurado. Além disso, são o PRPF e o PRPJ também
empresas para fins previdenciários, sujeitando-se a recolhimentos diferenciados.
Portanto, a contribuição do PRPF, na condição de equiparado à empresa, é de 1,2% da
receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta
proveniente da comercialização da produção rural, para financiamento das prestações por
acidente do trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
Já a contribuição do PRPJ, como empresa, é de 1,7% da receita bruta proveniente da co-
mercialização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização
da produção rural, para financiamento das prestações por acidente do trabalho (GILRAT), to-
talizando 1,8%.
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Além das citadas alíquotas, o produtor rural pessoa física e produtor rural pessoa jurídica
contribuem com as alíquotas de 0,2% e 0,25%, respectivamente, as quais são destinadas ao
SENAR. Assim, na prática, o produtor rural pessoa física contribui com 1,5%, enquanto que o
produtor rural pessoa jurídica contribui com 2,05%. Entretanto, tendo em vista que o SENAR
não é contribuição que visa financiar o sistema securitário, irei explicar a contribuição do pro-
dutor rural pessoa física e do produtor rural pessoa jurídica, desconsiderando tais valores.
O intuito de a contribuição ser de forma substitutiva e não convencional é evitar a dificulda-
de de arcar com as contribuições sobre a folha de salários.
Portanto, esta forma de contribuição substitui as contribuições sobre as remunerações
dos segurados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT e o eventual adicional para fi-
nanciamento da aposentadoria especial.
Em que pese o acima explica, a Lei n. 13.606/18 inseriu o § 13 no art. 25 da Lei n. 8.212/91
e o § 7º no art. 25 da Lei n. 8.870/94, permitindo que o PRPF e o PRPJ optem por contri-
buir sobre as remunerações dos segurados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT e
o eventual adicional para financiamento da aposentadoria especial, manifestando sua opção
mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha de salários relativa a janeiro
de cada ano, ou à primeira competência subsequente ao início da atividade rural, e será ir-
retratável para todo o ano-calendário. Tal regra de opção apenas produzirá efeitos a partir
de 01/01/19.
Perceba que nem tudo está substituído. Caso o PRPF ou o PRPJ contrate um segurado
contribuinte individual, contribuirá com 20% sobre a remuneração paga.
Além disso, o PRPF ou PRPJ está obrigado a recolher as contribuições descontadas dos
segurados, as decorrentes de sub-rogação e a retenção dos 11% por serviços prestados por
pessoas jurídicas mediante cessão de mão de obra ou empreitada.
Cabe apenas ressaltar que a agroindústria é o PRPJ que industrializa produção própria ou
produção própria e adquirida de terceiros. Entretanto, a contribuição da agroindústria, é de
2,5% da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, mais 0,1% da receita
bruta proveniente da comercialização da produção rural, para financiamento das prestações
por acidente do trabalho (GILRAT), totalizando 2,6% (além do SENAR de 0,25%, o que faz com
que a contribuição totalize o percentual de 2,85%).
A diferença de alíquota reside no fato de a previsão legal da contribuição do PRPJ estar
prevista no art. 25 da Lei n. 8.870/94, a qual teve a sua redação alterada pela Lei n. 13.606/18
(redução de 2,5% da alíquota para o sistema securitário para 1,7%), enquanto que a contribui-
ção da agroindústria está prevista no art. 22A da Lei n. 8.212/91, a qual não sofreu alteração.
Assim, a agroindústria, por ser PRPJ, contribui de forma substitutiva e não da forma
convencional.
Entretanto, a forma substitutiva de contribuição não se aplica às sociedades cooperativas
e às agroindústrias de piscicultura (peixes), carcinicultura (crustáceos), suinocultura (porcos)
e avicultura (aves).
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SIMPLES

Contribuição sobre a receita bruta auferida mensalmente, que engloba além do IRPJ, CSLL,
PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e as contribuições da empresa sobre a folha de salários e remunera-
ções pagas ou creditadas a pessoas físicas que lhe prestem serviços. Em relação ao Simples
Nacional, essa forma de contribuição, além de substituir a contribuição sobre a remuneração
dos empregados e trabalhadores avulsos, substitui a contribuição sobre a remuneração paga
ao contribuinte individual, a GILRAT e o eventual adicional para financiamento da aposen-
tadoria especial. Entretanto, a empresa optante pelo Simples Nacional continua obrigada a
recolher as contribuições descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-rogação e a
retenção dos 11% por serviços prestados por pessoas jurídicas mediante cessão de mão de
obra ou empreitada.

Associações Desportivas que Mantêm Equipe de Futebol Profissional

A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol pro-


fissional destinada à Seguridade Social corresponde a 5% da receita bruta, decorrente dos es-
petáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade
desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamen-
to de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos
desportivos.
Da mesma forma que o produtor rural, esta forma de contribuição substitui as contribui-
ções sobre as remunerações dos segurados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT e
o eventual adicional para financiamento da aposentadoria especial.

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Perceba que nem tudo está substituído. Caso a associação desportiva que mantenha equi-
pe de futebol profissional contrate um segurado contribuinte individual, contribuirá com 20%
sobre a remuneração paga.
Além disso, a associação desportiva que mantenha equipe de futebol profissional está
obrigada a recolher as contribuições descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-ro-
gação e a retenção dos 11% por serviços prestados por pessoas jurídicas mediante cessão de
mão de obra ou empreitada.

Empregador Doméstico

A LC n. 150/15, especificamente no seu capítulo II, cria o Simples Doméstico, que é um


regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos demais encargos do em-
pregador doméstico.
A inscrição do empregador e a entrada única de dados cadastrais e de informações traba-
lhistas, previdenciárias e fiscais no âmbito do Simples Doméstico dar-se-ão mediante registro
em sistema eletrônico a ser disponibilizado em portal na internet, conforme regulamento.
O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de
arrecadação, dos seguintes valores:

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As contribuições e impostos listados acima, conforme determina a LC n. 150/15, incidem


sobre a remuneração paga ou devida no mês anterior, a cada empregado, incluída na remune-
ração a gratificação de Natal (13º salário).
Apesar de a LC n. 150/15 mencionar que as contribuições incidem sobre a remuneração
paga ou devida no mês anterior, verifica-se uma imprecisão terminológica do legislador, uma
vez que a base de cálculo sobre a qual incide a alíquota do segurado é o seu salário de contri-
buição, nos termos do art. 20 da Lei n. 8.212/91. A citada base de cálculo possui limite máximo,
atualmente no valor de R$ 6.433,57. Da mesma forma, a base de cálculo sobre a qual incide a
alíquota de contribuição do empregador doméstico é o salário de contribuição do empregado
doméstico a seu serviço, nos termos do art. 24 da Lei n. 8.213/91.
Portanto, para fins previdenciários, o Simples Doméstico contempla a contribuição do se-
gurado empregado doméstico, nas alíquotas de 7,5%, 9%, 12% ou 14% sobre o seu salário de
contribuição, além da contribuição a cargo do empregador doméstico no percentual de 8,8%
sobre o salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço, nos termos do art. 24
da Lei n. 8.212/91. A alíquota de 8,8% deve ser entendida da seguinte forma:
• 8% de contribuição patronal previdenciária, a cargo do empregador doméstico;
• 0,8% de contribuição social, a cargo do empregador doméstico, para financiar benefícios
decorrentes do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos am-
bientais do trabalho – GILRAT (a LC n. 150/15, assim como o art. 24 da Lei n. 8.212/91,
tratam a citada alíquota como o antigo SAT, ou seja, alíquota para o financiamento do
seguro contra acidentes do trabalho).

Chegamos ao fim da parte teórica da nossa Aula 03. Faça com atenção os exercícios pro-
postos, pois são uma ferramenta valiosa para a fixação do conteúdo. Bons estudos e até a
nossa próxima aula.

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RESUMO
Considera-se empresa, para fins previdenciários, a firma individual (leia-se – empresário
individual – art. 966 do Código Civil) ou a sociedade que assume o risco de atividade econô-
mica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da ad-
ministração pública direta, indireta e fundacional.
Equiparam-se a empresa: i) o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe presta
serviço; ii) a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, in-
clusive a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras; iii) o operador
portuário e o órgão gestor de mão-de-obra de que trata a Lei n. 8.630, de 1993; e iv) o proprie-
tário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe
presta serviço.
A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: i) do empregador, da
empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salá-
rios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o
lucro; ii) do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas
alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contri-
buição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo RGPS; iii) sobre a receita de concursos
de prognósticos; iv) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele
equiparar.
A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados
obrigatoriamente na lei orçamentária anual.
A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade
Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdên-
cia Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.
Constituem outras receitas da Seguridade Social: i) as multas, a atualização monetária
e os juros moratórios; ii) a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e
cobrança prestados a terceiros; iii) as receitas provenientes de prestação de outros serviços e
de fornecimento ou arrendamento de bens; iv) as demais receitas patrimoniais, industriais e fi-
nanceiras; v) as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais; vi) 50% dos valores
obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da CF/88; vii) 40% do resultado
dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal; vii) outras receitas
previstas em legislação específica.
As companhias seguradoras que mantém seguro obrigatório de danos pessoais causa-
dos por veículos automotores de vias terrestres (DPVAT), de que trata a Lei n. 6.194, de 19 de

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dezembro de 1974, deverão repassar à seguridade social 45% do valor total do prêmio reco-
lhido, destinados ao Sistema Único de Saúde, para custeio da assistência médico-hospitalar
dos segurados vitimados em acidentes de trânsito. (vide o item 2.2 da presente aula, tendo
em vista que a Lei n. 8.212/91 menciona o percentual de 50% – ler, em especial, o destaque
realizado – “Atenção”).
Com a reforma da previdência social brasileira, a contribuição do empregado, trabalhador
avulso e do empregado doméstico passa a ser calculada mediante a aplicação de alíquotas
progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme tabela, incidindo cada alíquota sobre a faixa de
valores compreendidas nos respectivos limites.
A contribuição do segurado contribuinte individual e do segurado facultativo é de 20% so-
bre o respectivo salário de contribuição.
Para atender ao sistema de inclusão previdenciária, previsto no art. 201 § 12 da CF/88, a
alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição
será de: i) 11%, no caso do segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria,
sem relação de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo; ii) 5%: a) no
caso do microempreendedor individual (MEI); e b) do segurado facultativo sem renda própria
que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que
pertencente a família de baixa renda.
Considera-se de baixa renda, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal – CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 salários mínimos.
A contribuição do segurado especial é de 1,2% sobre a receita bruta, proveniente da comer-
cialização da sua produção rural, além de 0,1% para financiamento de benefícios concedidos
em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais
do trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
A legislação previdenciária permite, ainda, que o segurado especial, caso queira receber be-
nefícios previdenciários de valores superiores a 1 salário mínimo, contribua facultativamente
“como se fosse” contribuinte individual.
Em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, a empresa contribuirá
com 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, du-
rante o mês, a esses segurados que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho,
qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utili-
dades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos
da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença
normativa.
Em relação aos contribuintes individuais, 20% sobre o total das remunerações pagas ou
creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, a esses segurados que lhe prestem serviços.
No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, cai-
xas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito

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imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de


arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capi-
talização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência
privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas nos itens anteriores, é devida a
contribuição adicional de 2,5% sobre a respectiva base de cálculo, ou seja, pagará 22,5% sobre
a remuneração desses segurados.
Para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapa-
cidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), sobre o total das re-
munerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalha-
dores avulsos: i) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes
do trabalho seja considerado leve; ii) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado médio; iii) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado grave.
As alíquotas da GILRAT poderão ser reduzidas, em até 50%, ou aumentadas, em até 100%,
conforme dispuser o regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à res-
pectiva atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir
dos índices de frequência, gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo
Conselho Nacional de Previdência Social. Essa majoração ou redução da alíquota da GILRAT é
conhecida como o fator acidentário de prevenção (FAP).
As alíquotas da GILRAT serão acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respectiva-
mente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de
aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. O acréscimo incide exclusi-
vamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física.
Será devida contribuição adicional de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, a cargo da cooperativa
de produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na
hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após
15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente.
A contribuição do PRPF, na condição de equiparado à empresa, é de 1,2% da receita bruta
proveniente da comercialização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta proveniente
da comercialização da produção rural, para financiamento das prestações por acidente do
trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%. Já a contribuição do PRPJ, como empresa, é de 1,7% da
receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta
proveniente da comercialização da produção rural, para financiamento das prestações por
acidente do trabalho (GILRAT), totalizando 1,8%. Esta forma de contribuição substitui as contri-
buições sobre as remunerações dos segurados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT
e o eventual adicional para financiamento da aposentadoria especial.

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Em relação ao Simples Nacional, essa forma de contribuição (contribuição sobre a receita


bruta auferida mensalmente, que engloba além do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e
as contribuições da empresa sobre a folha de salários e remunerações pagas ou creditadas a
pessoas físicas que lhe prestem serviços), além de substituir a contribuição sobre a remune-
ração dos empregados e trabalhadores avulsos, substitui a contribuição sobre a remuneração
paga ao contribuinte individual, a GILRAT e o eventual adicional para financiamento da apo-
sentadoria especial. Entretanto, a empresa optante pelo Simples Nacional continua obrigada
a recolher as contribuições descontadas dos segurados, as decorrentes de sub-rogação e a
retenção dos 11% por serviços prestados por pessoas jurídicas mediante cessão de mão de
obra ou empreitada.
A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol pro-
fissional destinada à Seguridade Social corresponde a 5% da receita bruta, decorrente dos es-
petáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade
desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de
uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos despor-
tivos. Esta forma de contribuição substitui as contribuições sobre as remunerações dos segu-
rados empregados, trabalhadores avulsos, a GILRAT e o eventual adicional para financiamento
da aposentadoria especial.
A contribuição do empregador doméstico incidente sobre o salário de contribuição do em-
pregado doméstico a seu serviço é de: i) 8%; e ii) 0,8% para o financiamento do seguro contra
acidentes de trabalho.

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QUESTÕES DE CONCURSO
007. (CESPE/CEBRASPE/MPE-CE/2020/ANALISTA MINISTERIAL/SERVIÇO SOCIAL) Uma
instituição do terceiro setor realizou, em determinada comunidade carente de um município de
médio porte, serviços essenciais gratuitos na área de cidadania, saúde e educação.
A seguir são apresentadas informações de alguns contribuintes da previdência social que par-
ticiparam da ação em busca de orientações previdenciárias.
Josefa, cinquenta e um anos de idade, presta serviço em caráter não eventual, em propriedade
rural e recebe por mês R$ 1.200. Reside com o esposo Henrique, de cinquenta e quatro anos
de idade e trabalhador informal na construção civil, com seu genitor José, de oitenta anos de
idade, e com os dois filhos do casal, Miguel, de dezenove anos de idade e estudante, e Manoel,
de vinte e três anos de idade, que está desempregado.
Cleber, quarenta e oito anos de idade, casado, tem três filhos e é empregado de uma sociedade
anônima, na qual ocupa o cargo de diretor.
Maura, quarenta e cinco anos de idade, solteira, desenvolve atividade remunerada como síndi-
ca do prédio onde reside.
Amélia, trinta e nove anos de idade, casada, sem filhos, presta serviço de natureza contínua,
em atividades sem fins lucrativos, à família de Cleber.
Samuel, cinquenta e cinco anos de idade, solteiro, sem filhos, ministro de congregação religiosa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base nas Leis n.º
8.212/1991 e n.º 8.213/1991.
A família de Cleber pode ser considerada como empregador doméstico de Amélia.

Amélia é uma segurada obrigatória do RGPS, na qualidade de empregada doméstica, uma vez
que presta serviço de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal a pessoa ou família, no
âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos. Assim sendo, a família de Cleber é
considerada empregador doméstico, pois admite a seu serviço, mediante remuneração, sem
finalidade lucrativa, Amélia, empregada doméstica.
Certo.

008. (ESAF/INSS/2002/AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL) A respeito do concei-


to previdenciário de empresa ou de empregador doméstico, assinale a assertiva incorreta.
a) Empresa – a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica ur-
bana ou rural, com fins lucrativos, bem como os órgãos e entidades da administração pública
direta, indireta ou fundacional.
b) Empregador doméstico – a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lu-
crativa, empregado doméstico.
c) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, o contribuinte individual em relação
a segurado que lhe presta serviço.
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Financiamento da Seguridade Social
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d) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, a cooperativa.


e) Equipara-se à empresa, para os efeitos da Lei 8.213/91, a associação ou entidade de qual-
quer natureza ou finalidade.

Considera-se empresa, para fins previdenciários, a firma individual (empresário individual – art.
966 do Código Civil) ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou
rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração pública
direta, indireta e fundacional. Portanto, possuir ou não finalidades lucrativas, é simplesmente
irrelevante para fins de enquadramento de uma empresa. A banca examinadora determinou a
necessidade de possuir fins lucrativos para conceituar empresa. As demais letras se referem
a definição de empregador doméstico (letra “b”) e situações de equiparadas a empresa (letras
“c”, “d” e “e”).
Letra a.

009. (FCC/TCE-CE/2015/CONSELHEIRO SUBSTITUTO) Sobre o sistema de custeio e finan-


ciamento da Seguridade Social no Brasil, nos termos da doutrina e da legislação pertinente, é
INCORRETO afirmar:
a) O financiamento direto se dá mediante contribuições e o indireto mediante receitas orça-
mentárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
b) A receita dos concursos de prognósticos faz parte das contribuições sociais que custeiam
a Seguridade Social.
c) Nenhum benefício ou serviço será criado, majorado ou estendido sem a correspondente
fonte de custeio total.
d) Não há previsão para contribuição social para o importador de bens ou serviços do exterior,
mas apenas para o exportador.
e) O pescador artesanal que exerce atividade em regime de economia familiar, sem emprega-
dos permanentes, contribuirá mediante aplicação de uma alíquota sobre a comercialização
da produção.

Conforme preceitua o art. 195, IV da CF/88, constitui contribuição social, que visa financiar a
seguridade social, a contribuição do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem
a lei a ele equiparar. As demais afirmativas são perfeitas, não sendo necessário nenhum
comentário.
Letra d.

010. (FCC/TRT-6ª REGIÃO/PE/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) No âmbito federal,


o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes receitas:

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Financiamento da Seguridade Social
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a) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a re-
muneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; das contribuições sociais inciden-
tes sobre a receita de concursos de prognósticos; além de receitas de outras fontes.
b) receitas federais, estaduais e municipais; receitas das contribuições sociais das empresas,
incidentes sobre a remuneração paga aos beneficiários a seu serviço; das contribuições sociais
incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos; além de receitas de outras fontes.
c) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a re-
muneração paga ou creditada aos beneficiários a seu serviço; das contribuições sociais inci-
dentes sobre a receita de jogos educacionais; além de receitas de outras fontes.
d) receitas federais, estaduais e municipais; receitas das contribuições sociais das empresas,
incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; das contribui-
ções de intervenção no domínio econômico incidentes sobre a receita de concursos de prog-
nósticos; além de receitas de outras fontes.
e) receitas da União; receitas das contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a re-
muneração paga aos segurados a seu serviço; das contribuições de intervenção no domínio
econômico incidentes sobre a receita de jogos educacionais; além de receitas de outras fontes.

Conforme preceitua o art. 11 da Lei n. 8.212/91, no âmbito federal, o orçamento da Seguridade


Social é composto das seguintes receitas: i) receitas da União; ii) receitas das contribuições
sociais, a qual engloba a receita sobre folha de pagamento, prevista no art. 195, I, “a” da CF/88,
e a receita de concurso de prognósticos, prevista no art. 195, III da CF/88; e iii) receitas de ou-
tras fontes.
Letra a.

011. (FCC/PGE-RR/2006/PROCURADOR DO ESTADO) O financiamento da Seguridade So-


cial, incluindo a assistência social,
a) é tripartite, a cargo do Poder Público, das empresas e dos trabalhadores.
b) compete às empresas e aos trabalhadores, mediante as contribuições obrigatórias ao Regi-
me Geral de Previdência Social.
c) consiste nas contribuições das empresas, dos segurados e na renda líquida das lote-
rias federais.
d) compete à União, com recursos do respectivo orçamento fiscal.
e) cabe a toda a sociedade, direta e indiretamente.

Conforme determina o art. 195, caput da CF/88, a seguridade social será financiada por toda
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribui-
ções sociais.
Letra e.

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Financiamento da Seguridade Social
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012. (CESPE/TRF-2ª REGIÃO/2013/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Conforme a CF, a segu-


ridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal
e dos municípios, e de determinadas contribuições. Nesse sentido, as contribuições sociais
constitucionalmente previstas incluem a contribuição
a) sobre o domínio econômico incidente sobre a venda de petróleo e derivados.
b) do exportador de serviços para o exterior.
c) do aposentado pelo RGPS.
d) da pensionista de trabalhador falecido que se tenha aposentado pelo RGPS.
e) da entidade equiparada a empresa, na forma da lei, incidente sobre o faturamento.

Conforme determina o art. 195 da CF/88, a seguridade social será financiada por toda a so-
ciedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos or-
çamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contri-
buições sociais: i) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados,
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a
receita ou o faturamento; c) o lucro; ii) do trabalhador e dos demais segurados da previdência
social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo RGPS; iii)
sobre a receita de concursos de prognósticos; e iv) do importador de bens ou serviços do ex-
terior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Letra e.

013. (ESAF/RFB/2012/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL) Sobre o finan-


ciamento da seguridade social, assinale a opção incorreta.
a) A sociedade financia a seguridade social, de forma indireta, entre outras formas, por meio
das contribuições para a seguridade social incidentes sobre a folha de salários.
b) O financiamento da seguridade social por toda a sociedade revela, entre outros, seu caráter
solidário.
c) A seguridade social conta com orçamento próprio, que não se confunde com o orça-
mento fiscal.
d) O custeio da seguridade social também ocorre por meio de imposições tributárias não vin-
culadas previamente a tal finalidade.
e) O financiamento da seguridade social também pode ensejar a instituição, pela União, no
exercício de sua competência residual, de contribuição específica.

A sociedade financia a seguridade social, de forma direta e indireta. A banca examinadora


elenca a contribuição incidente sobre a folha de salários como forma indireta. Entretanto, tal
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contribuição social é uma forma direta de financiamento da seguridade social. Lembrando que
a forma indireta se refere às dotações orçamentárias destinadas ao financiamento do sistema
securitário.
b) Certa. Perfeita a afirmativa, não sendo necessário nenhum comentário.
c) Certa. A lei orçamentária anual é dividida em orçamento fiscal, orçamento de investimen-
to e orçamento da seguridade social. Assim, a seguridade social possui orçamento próprio,
elaborado de forma integrado pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e
assistência social, nos termos do art. 195, § 2º da CF/88, não se confundindo com o orça-
mento fiscal.
d) Certa. É possível o custeio da seguridade social por meio de imposições tributárias não
vinculadas previamente a tal finalidade. A título de exemplo, para pagamento de encargos pre-
videnciários da União, outras imposições tributárias, além das contribuições sociais, poderão
ser utilizadas, as quais não foram vinculadas previamente para tal finalidade.
e) Certa. No exercício de sua competência residual, a União, no intuito de manter ou expandir
o sistema securitário, pode instituir novas contribuições sociais, além daquelas previstas na
CF/88, nos termos do art. 195, § 4º da CF/88. A instituição de novas fontes deverá observar,
entre outros critérios, a exigência de lei complementar, a não cumulatividade e a necessidade
de que o fato gerador ou a base de cálculo da nova contribuição sejam distintos em relação às
contribuições sociais previstas na Constituição.
Letra a.

014. (CESPE/TRT-5ª REGIÃO/BA/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Consoante a CF,


a totalidade do financiamento da seguridade social provém de recursos
a) das contribuições previdenciárias e sociais.
b) das receitas das contribuições previdenciárias.
c) dos orçamentos da União, dos estados e dos municípios e das contribuições previdenciárias.
d) dos orçamentos da União, dos estados e dos municípios e das contribuições sociais.
e) dos orçamentos da União, dos estados e dos municípios, das contribuições previdenciárias
e da iniciativa privada.

Conforme determina o art. 195, caput da CF/88, a seguridade social será financiada por toda
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribui-
ções sociais.
Letra d.

015. (FCC/PGE-MT/2011/PROCURADOR DO ESTADO) Em relação ao financiamento da Se-


guridade Social, é correto afirmar:
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a) A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, me-
diante recursos provenientes apenas da União e dos Estados e, em certos casos, também de
contribuições sociais.
b) No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto de receitas, provenientes
da União, dos Estados, das contribuições sociais e de receitas de outras fontes.
c) Constituem contribuições sociais, as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga
ou creditada aos segurados a seu serviço, com exceção das microempresas.
d) Entre as contribuições sociais encontramos as dos empregadores domésticos.
e) Figuram também entre as contribuições sociais as incidentes sobre a receita de concursos
de prognósticos e do imposto de importação.

Perfeita a afirmativa. A contribuição do empregador doméstico, incidente sobre o salário de


contribuição do empregado doméstico a seu serviço, constitui contribuição social, que visa
financiar a Seguridade Social.
a) Errada. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta,
nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios e de contribuições sociais.
b) Errada. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto de receitas, pro-
venientes da União, das contribuições sociais e de receitas de outras fontes. As receitas dos
Estados não fazem parte do orçamento da Seguridade Social no âmbito federal.
c) Errada. As microempresas também contribuem para a Seguridade Social. Entretanto, desde
que não haja vedação legal, estas contribuem de forma substitutiva, ou seja, mediante a apli-
cação de uma alíquota de contribuição sobre a receita bruta auferida mensalmente, por meio
da sistemática de recolhimento do SIMPLES Nacional.
e) Errada. A contribuição sobre a receita de concurso de prognósticos visa financiar a Segu-
ridade Social. Entretanto, o imposto de importação não. Para financiar a Seguridade Social,
existe a contribuição do importador (COFINS – Importação) de bens ou serviços do exterior, ou
de quem a lei a ele equiparar, e não o imposto de importação.
Letra d.

016. (FCC/TRT-20ª REGIÃO/2012/JUIZ DO TRABALHO) A seguridade social será financiada


por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos prove-
nientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
contribuições sociais:
a) do empregador doméstico, da empresa e da entidade a ela equiparada, incidentes sobre a
folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.

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b) do empregador e da entidade a ele equiparado na forma da lei, incidentes sobre a folha de


salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço, somente com vínculo empregatício.
c) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre
a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.
d) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre
a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à
pessoa física que lhe preste serviço, somente com vínculo empregatício.
e) do empregador e da empresa, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa jurídica que lhe preste serviço, mes-
mo sem vínculo empregatício.

Conforme determina o art. 195, I, “a” da CF/88, a seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições
sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. Portanto, o
gabarito correto é a afirmativa “c”.
Letra c.

017. (FCC/INSS/2012/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) Entre as fontes de financiamento da


Seguridade Social encontra-se
a) o imposto de renda.
b) o imposto sobre circulação de mercadorias.
c) a contribuição do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
d) a contribuição social sobre a folha de salários.
e) a contribuição de melhoria.

Uma das fontes para financiar a Seguridade Social é a contribuição social da empresa inciden-
te sobre a sua folha de salários, prevista no art. 195, I, “a” da CF/88. As demais fontes elenca-
das não são fontes para financiar a Seguridade Social.
Letra d.

018. (CESPE/TRT-5ª REGIÃO/BA/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Entre as re-


ceitas que custeiam a seguridade social incluem-se as provenientes das contribuições so-
ciais devidas
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a) pelos trabalhadores, incidentes sobre sua remuneração.


b) pelas empresas, incidentes sobre a sua participação no Programa de Integração na Seguri-
dade Social.
c) pelas empresas, incidentes sobre o salário de contribuição dos empregados a seu serviço.
d) pelos trabalhadores, incidentes sobre o salário de contribuição.
e) pelas empresas, incidentes sobre a renda dos trabalhadores a seu serviço.

O salário de contribuição é a base de cálculo da contribuição dos segurados e do emprega-


dor doméstico. Tal base de cálculo possui limite que, atualmente, é de R$ 6.433,57. Nenhum
segurado ou empregador doméstico poderá verter contribuições além do limite mencionado.
Já a remuneração é a base de cálculo de contribuição das empresas. Tal base de cálculo não
possui limite. Portanto, o gabarito correto é a afirmativa “d”.
Letra d.

019. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014/ANALISTA LEGISLATIVO) A contribuição


social destinada ao financiamento da seguridade social a cargo do empregador incide sobre
a folha de salários e sobre os demais rendimentos do trabalho pagos à pessoa física que lhe
preste serviço, ainda que sem vínculo empregatício.

Conforme determina o art. 195, I, “a” da CF/88, a seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das contribuições
sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.
Certo.

020. (CESPE/EMAP/2018/ANALISTA PORTUÁRIO/ÁREA JURÍDICA) Com referência à orga-


nização e ao custeio da seguridade social, julgue o item subsequente.
As contribuições sociais constituem receitas da seguridade social, a exemplo daquelas inci-
dentes sobre o faturamento e o lucro das empresas.

Conforme determina o art. 195, I, “b” da CF/88, constituem receitas da seguridade social a con-
tribuição do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidente
sobre a receita ou o faturamento.
Certo.

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021. (CESPE/CEBRASPE/PGE-PE/2019/ANALISTA JUDICIÁRIO DA PROCURADORIA)


Acerca da seguridade social, julgue o item seguinte.
Uma fonte de custeio da seguridade social é a receita oriunda da realização de sorteios de nú-
meros ou outros símbolos pelo Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis.

Conforme determina o art. 195, III da CF/88, constitui receita da seguridade social a contribui-
ção social sobre a receita de concursos de prognóstico.
Certo.

022. (FCC/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/2016/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Pode ser


classificada como contribuição previdenciária a contribuição
a) do empregador sobre o lucro.
b) para o PIS/PASEP.
c) do empregador sobre receita e faturamento.
d) do importador de bens ou serviços do exterior.
e) do empregador sobre a folha de salários.

Conforme determina o art. 167, XI da CF/88, a contribuição do empregador, da empresa e da


entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais ren-
dimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste
serviço, mesmo sem vínculo empregatício, além da contribuição do trabalhador e dos demais
segurados da previdência social, só podem ser utilizadas para o pagamento de benefícios
do regime geral de previdência social, não podendo ser utilizadas para a saúde, nem para a
assistência social. Por esse motivo, tais contribuições são conhecidas como contribuições
previdenciárias.
Letra e.

023. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE/2014/PROCURADOR) Constituem outras receitas da


Seguridade Social, EXCETO:
a) as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamen-
to de bens.
b) as multas, a atualização monetária e os juros moratórios.
c) a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a
terceiros.
d) 50% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal.
e) as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais.

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Constituem outras receitas da Seguridade Social, 40% do resultado dos leilões dos bens apre-
endidos pelo Departamento da Receita Federal. As demais fontes mencionadas, constituem
outras receitas da Seguridade Social, nos termos do art. 27 da Lei n. 8.212/91.
Letra d.

024. (FCC/TCM-GO/2015/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS) O leilão X


de bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal teve o resultado de R$ 800.000,00.
Neste caso,
a) R$ 560.000,00 do resultado constituirá receita da Seguridade Social
b) R$ 80.000,00 do resultado constituirá receita da Seguridade Social.
c) R$ 400.000,00 do resultado constituirá receita da Seguridade Social.
d) R$ 320.000,00 do resultado constituirá receita da Seguridade Social.
e) não há receita da Seguridade Social uma vez que o leilão foi realizado pelo Departamento
da Receita Federal.

Constituem outras fontes para o financiamento da seguridade social, 40% do resultado dos
leilões dos bens apreendidos pela RFB. Dessa forma, uma vez que o resultado do leilão foi de
R$ 800.000,00, 40% deste valor é uma outra fonte que visa financiar a seguridade social, ou
seja, o valor de R$ 320.000,00.
Letra d.

025. (FCC/TC-PI/2005/PROCURADOR DO TRIBUNAL DE CONTAS) Os segurados da Previ-


dência Social contribuem para o financiamento da Seguridade Social. Sobre as Contribuições
Sociais dos segurados, é correto afirmar:
a) Os segurados empregados, os domésticos e os trabalhadores avulsos têm sua contribuição
social calculada mediante a aplicação de determinadas alíquotas sobre os seus salários de
contribuição conforme o valor por eles declarados.
b) A contribuição social dos contribuintes individuais e dos segurados facultativos tem alíquo-
tas progressivas que variam conforme o valor do salário de contribuição.
c) O segurado especial tem sua contribuição social calculada mediante a incidência de uma
alíquota sobre o total das remunerações que ele paga a seus empregados.
d) Os segurados empregados e trabalhadores avulsos têm sua contribuição social calculada
mediante a incidência de determinadas alíquotas que variam conforme o valor do salário de
contribuição independente do limite máximo definido pela lei.

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e) O segurado contribuinte individual que prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá
deduzir, da sua contribuição social mensal, 45% (quarenta e cinco por cento) da efetiva contri-
buição social da empresa recolhida sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado,
limitada a dedução a 9% do respectivo salário de contribuição.

Perfeita afirmativa! Literalidade do art. 30, § 4º da Lei n. 8.212/91. Tal regra, como visto na
parte teórica, foi criada para acabar com a grande diferença da alíquota de contribuição do
contribuinte individual em relação aos demais segurados, tendo em vista a existência da con-
tribuição da empresa em relação a remuneração paga ou creditada ao contribuinte individual.
a) Errada. Na época da prova, a contribuição do empregado, trabalhador avulso e do empre-
gado doméstico era calculada mediante a aplicação da alíquota 8%, 9% ou 11% sobre o seu
salário de contribuição mensal, de forma não cumulativa. Assim, existe uma tabela de salário
de contribuição publicada periodicamente por meio de uma Portaria do Ministério da Econo-
mia que define as faixas sobre as quais incidem as alíquotas de contribuição dos segurados
empregados, trabalhadores avulsos e empregados domésticos. Com a reforma da previdência
social brasileira, a contribuição do empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico
passa a ser calculada mediante a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%),
conforme tabela, incidindo cada alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respec-
tivos limites.
b) Errada. A contribuição do segurado contribuinte individual e do segurado facultativo é de
20% sobre o respectivo salário de contribuição.
c) Errada. A contribuição do segurado especial é de 1,2% sobre a receita bruta, proveniente
da comercialização da sua produção rural, além de 0,1% para financiamento de benefícios
concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos
ambientais do trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
d) Errada. A contribuição do segurado empregado e do trabalhador avulso incide sobre o seu
salário de contribuição. Tal base de cálculo possui limite máximo que, atualmente, é de R$
6.433,57.
Letra e.

026. (CESPE/DPU/2016/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO) A contribuição do segura-


do empregado é feita de forma isonômica, sendo vedada a distinção de alíquotas ou valores
de contribuição em decorrência de salários diferenciados.

Na época da prova, a contribuição do empregado, trabalhador avulso e do empregado do-


méstico era calculada mediante a aplicação da alíquota 8%, 9% ou 11% sobre o seu salário
de contribuição mensal, de forma não cumulativa, conforme tabela de salário de contribuição

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publicada periodicamente por meio de uma Portaria do Ministério da Economia que define as
faixas sobre as quais incidem as alíquotas de contribuição dos citados segurados. Essa ques-
tão, em dias atuais, ainda pode ser utilizada, uma vez que a contribuição do empregado não
é feita de forma isonômica. Com a reforma da previdência social brasileira, a contribuição do
empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico passa a ser calculada mediante
a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme tabela, incidindo cada
alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites.
Errado.

Rita foi contratada para trabalhar na residência de Zuleica, em atividade sem fins lucrativos,
mediante o recebimento de um salário mínimo por mês.
Nessa situação hipotética, a contribuição destinada à seguridade social a cargo de

027. (CESPE/DPE-PE/2015) Zuleica será de 20% sobre o total das remunerações pagas, devi-
das ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, à segurada.

A contribuição do empregador doméstico incidente sobre o salário de contribuição do em-


pregado doméstico a seu serviço, sendo de: i) 8%; e ii) 0,8% para o financiamento do seguro
contra acidentes de trabalho. Portanto, Zuleica não irá contribuir com a alíquota de 20% sobre
a remuneração de Rita, mas com a alíquota de 8,8% sobre o salário de contribuição do empre-
gado doméstico a seu serviço.
Errado.

028. (CESPE/INSS/2003/AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL/ADAPTADA) Consi-


dere a seguinte situação hipotética.
No mês de abril de 2003, Lauro, autônomo, exercendo por conta própria atividade econômica,
realizou diversos reparos nas instalações elétricas da Santa Casa de Misericórdia, entidade
beneficente de assistência social e isenta das contribuições sociais patronais, prestando ser-
viços, nessa competência, apenas à Santa Casa e recebendo R$ 1.000,00 pelo trabalho. Nessa
situação, a entidade beneficente está obrigada descontar, do total a ser pago a Lauro, o equiva-
lente 11% de sua remuneração, bem como a efetuar o repasse em favor da previdência social.

O contribuinte individual, quando exerce atividade para uma entidade beneficente de assistên-
cia social, é descontado em 20% sobre o seu salário de contribuição, tendo em vista a inexistên-
cia de contribuição patronal, uma vez que a EBAS é isenta das contribuições sociais patronais.
Já que a dedução legal se deriva da contribuição da empresa, que, no caso da EBAS, não existe,
o contribuinte individual deve ser descontado em 20% sobre o seu salário de contribuição.
Errado.

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029. (CESPE/INSS/2003/AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL) Considere a seguin-


te situação hipotética.
No mês de abril de 2003, Fábio, autônomo, exercendo por conta própria atividade econômica,
prestou serviço apenas ao Mercado Santana Ltda., empresa optante SIMPLES, recebendo R$
1.500,00. Nessa situação, do total recebido por Fábio, a empresa deverá descontar o equivalen-
te a 11%, bem como efetuar o repasse em favor da previdência social.

Uma empresa do Simples Nacional contribui em relação à remuneração paga ao contribuinte


individual. Não de forma convencional, mas de forma substitutiva. Portanto, quando a empresa
optante pelo Simples Nacional paga um percentual sobre a receita bruta mensalmente, já está
pagando nesse percentual as contribuições sociais patronais. Assim, quando uma empresa do
Simples Nacional contrata um contribuinte individual, desconta dele p percentual de 11% sobre
o seu salário de contribuição.
Certo.

030. (CESPE/AGU/2006/PROCURADOR FEDERAL) Considere a seguinte situação hipotética.


Cesário é eletricista e presta serviço de natureza eventual ao supermercado Lua Nova Ltda.
Nessa situação, a contribuição previdenciária de Cesário, na qualidade de contribuinte indivi-
dual, deve ser descontada do valor a ser pago a ele a título de remuneração, devendo ser reco-
lhida pela empresa tomadora do serviço juntamente com as demais contribuições a seu cargo.

A partir da Lei n. 10.666/03, quando a empresa contrata um contribuinte individual, esta fica
obrigada a efetuar o desconto da contribuição do segurado em relação ao seu salário de con-
tribuição juntamente com as demais contribuições a seu cargo.
Certo.

031. (CESPE/ANATEL/2009/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CONTABILIDADE) O desconto


previdenciário do contribuinte individual prestador de serviços incide sobre o valor do salário-
-base, às alíquotas de 8%, 9% e 11%.

Conforme determina o art. 21 da Lei n. 8.212/91, a alíquota de contribuição do contribuinte


individual é de 20% sobre o respectivo salário de contribuição. Na época da prova, a contribui-
ção do empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico era calculada mediante a
aplicação da alíquota 8%, 9% ou 11% sobre o seu salário de contribuição mensal, de forma não
cumulativa, conforme tabela de salário de contribuição publicada periodicamente por meio de
uma Portaria do Ministério da Economia que define as faixas sobre as quais incidem as alíquotas

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de contribuição dos citados segurados. Com a reforma da previdência social brasileira, a con-
tribuição do empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico passa a ser calculada
mediante a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme tabela, inci-
dindo cada alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites.
Errado.

032. (CESPE/AGU/2013/PROCURADOR FEDERAL) Objetivando-se uma maior inclusão pre-


videnciária, foi instituída a possibilidade de redução da alíquota de contribuição do segurado
microempreendedor individual e do segurado facultativo sem renda própria que se dedique ex-
clusivamente ao trabalho doméstico, restando claro do texto legal que tal redução é aplicável
mesmo que este último não pertença a família de baixa renda.

O segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho domésti-
co no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda, contribui com
5% sobre um salário mínimo (limite mínimo mensal do salário de contribuição).
Errado.

033. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/2019/PROCURADOR MU-


NICIPAL) Os irmãos Fátima e Ronaldo, plenamente capazes e sem nenhuma deficiência física,
intelectual ou mental, possuem as seguintes características: ambos se enquadram em famí-
lias de baixa renda; Fátima tem trinta anos de idade e Ronaldo, trinta e cinco anos de idade;
Fátima não tem renda própria, dedica-se exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de
sua residência e contribui para a previdência social na qualidade de segurada facultativa; Ro-
naldo contribui como segurado trabalhador avulso.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Ronaldo poderá contribuir para a previdência social com a alíquota de 5% sobre o limite míni-
mo mensal do salário de contribuição.

A contribuição para a previdência social com a alíquota de 5% sobre o limite mínimo mensal
do salário de contribuição aplica-se apenas ao microempreendedor individual (MEI) e para o
segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico
no âmbito de sua residência, desde que pertencente à família de baixa renda, não sendo apli-
cada ao trabalhador avulso, cuja contribuição é calculada por meio da aplicação da alíquota
correspondente (7,5%, 9%, 12% e 14%), de forma progressiva, sobre o seu salário de contribui-
ção mensal, de acordo com a tabela publicada em Portaria do Ministério da Economia. Dessa
forma, no caso em comento, a contribuição com a alíquota de 5% sobre o limite mínimo men-
sal do salário de contribuição se aplicaria a Fátima (segurada facultativa sem renda própria

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que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que
pertencente à família de baixa renda), mas não ao Ronaldo, que é um trabalhador avulso.
Errado.

034. (FCC/TRF-4ª REGIÃO/2010/TÉCNICO JUDICIÁRIO) O produtor, o parceiro, o meeiro e o


arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam
suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão
para a seguridade social mediante a
a) aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção.
b) aplicação de uma alíquota sobre o lucro presumido e previamente declarado.
c) contribuição fixa e predeterminada de dois salários mínimos.
d) aplicação de uma alíquota sobre o salário mínimo.
e) contribuição fixa e predeterminada de um salário mínimo.

A contribuição do segurado especial é de 1,2% sobre a receita bruta, proveniente da comercia-


lização da sua produção rural, além de 0,1% para financiamento de benefícios concedidos em
razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
trabalho (GILRAT), totalizando 1,3%.
Letra a.

035. (CESPE/TRT-7ª REGIÃO/CE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVA-


LIADOR FEDERAL) Mônica é empregada doméstica na casa de Jorge, segurado empregado
de uma empresa.
Nessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito das contribuições previdenciá-
rias de Mônica e de Jorge.
a) A contribuição previdenciária de Mônica é calculada mediante a aplicação da alíquota de 8%
sobre o valor registrado na carteira de trabalho, independentemente do valor da remuneração.
b) Tanto as contribuições previdenciárias de Mônica quanto as de Jorge devem ser recolhidas
até o dia vinte do mês subsequente ao da prestação do serviço.
c) A contribuição previdenciária de Jorge deve ser recolhida por seu empregador, enquanto a
de Mônica deve ser feita por ela mesma, pessoalmente.
d) Como empregador doméstico, Jorge deve realizar o recolhimento da contribuição patronal
de 8% sobre o valor registrado na carteira de trabalho de Mônica, para a seguridade social, bem
como 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho.

Conforme preceitua o art. 24 da Lei n. 8.212/91, a contribuição do empregador doméstico in-


cidente sobre o salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço é de: i) 8%; e ii)
0,8% para o financiamento do seguro contra acidentes de trabalho.

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a) Errada. Na época da prova, a contribuição do empregado doméstico era calculada mediante
a aplicação da alíquota 8%, 9% ou 11% sobre o seu salário de contribuição mensal, de forma não
cumulativa, conforme tabela de salário de contribuição publicada periodicamente por meio de
uma Portaria do Ministério da Economia que define as faixas sobre as quais incidem as alíquo-
tas de contribuição do segurado empregado doméstico. Com a reforma da previdência social
brasileira, a contribuição do empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico será
calculada mediante a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%), conforme
tabela, incidindo cada alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respectivos limites.
b) Errada. O empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado em-
pregado doméstico a seu serviço e recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 07
do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, cabendo-lhe durante o período da
licença-maternidade da empregada doméstica apenas o recolhimento da contribuição a seu
cargo.
c) Errada. O empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado empre-
gado doméstico a seu serviço e recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo.
Letra d.

036. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2018/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) Roberto é em-


pregado da empresa XYZ ME há trinta anos e pretende requerer ao INSS, em 1º/10/2018, a
concessão de aposentadoria por tempo de contribuição.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Na situação descrita, o recolhimento mensal à seguridade social relativo ao empregado Rober-
to é composto pela parte arcada pelo empregado e pela parte arcada pelo empregador, sendo
esta última correspondente a 20% do total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a
Roberto durante o mês.

Em relação ao segurado empregado, a empresa contribui com 20% sobre o total das remune-
rações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, a esse segurado que lhe
preste serviço.
Certo.

037. (FCC/TCE-PI/2014/ASSESSOR JURÍDICO) Conforme previsão legal, a contribuição a


cargo da empresa destinada à Seguridade Social, calculada sobre o total das remunerações
pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e
trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, é de
a) 15% (quinze por cento).

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b) 22,5% (vinte e dois e meio por cento).


c) 20% (vinte por cento).
d) 12,5% (doze e meio por cento).
e) 8% (oito por cento) até 11% (onze por cento).

Em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, a empresa contribuirá com


20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o
mês, a esses segurados que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer
que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os
adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados,
quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
Letra c.

038. (FCC/TRT-20ª REGIÃO/SE/2012/JUIZ DO TRABALHO) Sobre os pagamentos feitos


pela indústria empregadora, no mês, a todos os empregados e avulsos incidem as seguintes
alíquotas, a título de contribuição previdenciária:
a) 20%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na ativi-
dade preponderante da empresa.
b) 22,5%, acrescida de 1%, 2% ou 3%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na ati-
vidade preponderante da empresa.
c) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, conforme o grau de risco de acidente do trabalho na ativi-
dade preponderante da empresa.
d) 20%, acrescida de 6%, 9% ou 12%, se a atividade preponderante da empresa ensejar a con-
cessão de aposentadoria especial após 25, 20 ou 15 anos de contribuição.
e) 20%, acrescida de 1%, 2% e 3%, se a atividade preponderante da empresa ensejar a conces-
são de aposentadoria especial após 25, 20 ou 15 anos de contribuição.

Em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, a empresa contribui com 20%
sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês,
a esses segurados que lhe prestem serviços. Além disso, a empresa, para o financiamento dos
benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente
dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT), sobre o total das remunerações pagas ou credita-
das, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, contribui com
a alíquota de 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do
trabalho seja considerado leve; 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse
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risco seja considerado médio; 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse
risco seja considerado grave.
Letra a.

039. (CESPE/INSS/2003/AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL) A cooperativa de


produção é uma sociedade cujos associados produzem em comum bens e serviços, detendo,
eles mesmos, os meios de produção. A contribuição previdenciária da cooperativa é de 20%
sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos
segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços e, caso a atividade exercida pelo
cooperado o exponha a agentes nocivos que permitam a concessão de aposentadoria especial
após 15, 20, 25 anos de contribuição, respectivamente, serão adicionadas as alíquotas de 12,
9 ou 6 pontos percentuais.

A cooperativa de produção é uma empresa normal remunerando cooperados (contribuintes


individuais). Dessa forma, contribuirá com 20% sobre o total das remunerações pagas ou cre-
ditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos cooperados que lhe prestem serviços e, caso
a atividade exercida pelo cooperado o exponha a agentes nocivos que permitam a concessão
de aposentadoria especial após 15, 20, 25 anos de contribuição, respectivamente, serão adicio-
nadas as alíquotas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais.
Certo.

040. (CESPE/AGU/2010/PROCURADOR FEDERAL) O STF decidiu que a cobrança da contri-


buição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT) incidente sobre o total das remunerações pagas
tanto aos empregados quanto aos trabalhadores avulsos é ilegítima.

Conforme entendimento do STF, as Leis n. 7.787/89, art. 3º, II, e n. 8.212/91, art. 22, II, definem,
satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazer nascer a obrigação tributária válida.
O fato de a lei deixar para o regulamento a complementação dos conceitos de “atividade pre-
ponderante” e “grau de risco leve, médio e grave”, não implica ofensa ao princípio da legalidade
genérica, C.F., art. 5º, II, e da legalidade tributária, C.F., art. 150, I. Dessa forma, conforme enten-
dimento do STF, é legítima a cobrança da alíquota da GILRAT (antigo SAT).
Errado.

041. (IBFC/EBSERH/2017/ENFERMEIRO/SAÚDE DO TRABALHADOR) De acordo com a Lei


número 8.212/91, a contribuição destinada à seguridade social pela empresa é de ____% para
empresas em cuja atividade predomina o risco de acidente do trabalho considerado leve; ____%

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para as empresas em cuja atividade predomina o risco considerado médio; e _____% para as
empresas em cuja atividade predomina o risco considerado grave. Assinale a alternativa que
completa correta e respectivamente as lacunas.
a) 2,5; 5; 7,5
b) 1; 2; 3
c) 1,5; 3; 4,5
d) 2; 4; 6
e) 1; 3; 5

A contribuição da empresa, para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau


de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GIL-
RAT), sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados
empregados e trabalhadores avulsos, é de 1% para as empresas em cuja atividade preponde-
rante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; 2% para as empresas em cuja
atividade preponderante esse risco seja considerado médio; 3% para as empresas em cuja
atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
Letra b.

042. (CESPE/INSS/2003/AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL) O custeio dos bene-


fícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos
riscos ambientais do trabalho é feito mediante as contribuições sobre a remuneração paga a
qualquer título no decorrer do mês ao segurado empregado, ao trabalhador avulso e ao contri-
buinte individual, incidindo um percentual de um, dois ou três pontos percentuais, a depender
de atividade preponderante da empresa ter grau de risco leve, médio ou grave, cujas alíquotas
podem ser acrescidas em doze, nove ou seis pontos percentuais, respectivamente, caso a
atividade exercida pelo segurado, a serviço da empresa, ensejar concessão de aposentadoria
especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.

Erro sutil! O erro ocorre quando a banca examinadora menciona a alíquota para financiar os
benefícios decorrentes do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos ris-
cos ambientais do trabalho em relação ao contribuinte individual. Não existe a incidência da
alíquota da GILRAT sobre a remuneração paga ao contribuinte individual. Retirando esse erro
(retirando o contribuinte individual da afirmativa), o restante é perfeito!
Errado.

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043. (CESPE/AGU/2010/PROCURADOR) A alíquota da contribuição para o SAT deve corres-


ponder ao grau de risco da atividade desenvolvida em cada estabelecimento da empresa, indi-
vidualizado por seu CNPJ. Possuindo esta um único CNPJ, a alíquota da referida exação deve
corresponder à atividade preponderante por ela desempenhada.

Literalidade da súmula n. 351 do STJ. Conforme entendimento jurisprudencial, o enquadramen-


to da GILRAT (antigo SAT) é por estabelecimento e não por empresa.
Certo.

044. (CESPE/SERPRO/2013/ANALISTA/GESTÃO DE PESSOAS) As empresas devem reco-


lher contribuição adicional destinada ao financiamento da aposentadoria especial e dos be-
nefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente
de riscos ambientais do trabalho. Para esse caso, aplicam-se os percentuais de 1%, 2% ou 3%
— de acordo com a classificação do risco de acidente do trabalho em leve, médio ou grave —,
que incidem sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no de-
correr do mês, ao segurado empregado e ao trabalhador avulso. Essas alíquotas poderão ser
reduzidas em até 50% ou aumentadas em até 100%, em razão do desempenho da empresa em
relação à sua respectiva atividade, aferido pelo fator acidentário de prevenção.

Perfeita a afirmativa, não sendo necessário nenhum comentário. Excelente questão para estu-
dar o assunto “GILRAT”, resumindo o que é necessário estudar sobre o citado assunto.
Certo.

045. (FCC/TRT-1ª REGIÃO/RJ/2011/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) O acréscimo de 6,


9 ou 12% na alíquota da contribuição da empresa incidente sobre a folha de pagamentos
a) incide exclusivamente sobre a remuneração dos segurados empregados e trabalhadores
avulsos sujeitos às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
b) varia conforme o grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante da empresa.
c) varia conforme o grau de exposição dos empregados e avulsos a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física, podendo ser alterado em razão do desempe-
nho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Pre-
venção – FAP.
d) incide sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, duran-
te o mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais que
lhe prestem serviços.
e) incide sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, duran-
te o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços.

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As alíquotas da GILRAT serão acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respectivamente,


se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposen-
tadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. O acréscimo incide exclusivamente
sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física.
Letra a.

046. (FCC/INSS/2012/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL) Em relação às contribuições previ-


denciárias, assinale a alternativa correta.
a) O pequeno produtor rural está isento de recolhimento da contribuição.
b) O empregado, em qualquer caso, recolhe o percentual de 11% (onze por cento) sobre o sa-
lário de contribuição.
c) O trabalhador autônomo não está obrigado a recolher contribuição.
d) O empregador doméstico recolhe o mesmo percentual de contribuição que as empre-
sas em geral.
e) A contribuição da empresa para financiamento da aposentadoria especial tem alíquotas
variáveis de doze, nove ou seis pontos percentuais.

As alíquotas da GILRAT serão acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respectivamente,


se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposenta-
doria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.
a) Errada. O pequeno produtor rural, na qualidade de segurado especial, contribui com a
alíquota de 1,2% sobre a receita bruta, proveniente da comercialização da sua produção
rural, além de 0,1% para financiamento de benefícios concedidos em razão do grau de inci-
dência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GILRAT),
totalizando 1,3%.
b) Errada. Na época da prova, a contribuição do empregado, trabalhador avulso e do empre-
gado doméstico era calculada mediante a aplicação da alíquota 8%, 9% ou 11% sobre o seu
salário de contribuição mensal, de forma não cumulativa. Assim, existe uma tabela de salário
de contribuição publicada periodicamente por meio de uma Portaria do Ministério da Econo-
mia que define as faixas sobre as quais incidem as alíquotas de contribuição dos segurados
empregados, trabalhadores avulsos e empregados domésticos. Com a reforma da previdência
social brasileira, a contribuição do empregado, trabalhador avulso e do empregado doméstico
passa a ser calculada mediante a aplicação de alíquotas progressivas (7,5%, 9%, 12% e 14%),
conforme tabela, incidindo cada alíquota sobre a faixa de valores compreendidas nos respec-
tivos limites.

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c) Errada. Conforme determina o art. 21 da Lei n. 8.212/91, a alíquota de contribuição do con-
tribuinte individual é de 20% sobre o respectivo salário de contribuição.
d) Errada. Conforme preceitua o art. 24 da Lei n. 8.212/91, a contribuição do empregador do-
méstico incidente sobre o salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço é de:
i) 8%; e ii) 0,8% para o financiamento do seguro contra acidentes de trabalho. Já a empresa,
em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, contribui com 20% sobre o
total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, a esses
segurados que lhe prestem serviços.
Letra e.

047. (FCC/TRT-14ª REGIÃO/RO E AC/2014/JUIZ DO TRABALHO) A respeito da contribuição


destinada à Seguridade Social, a cargo da empresa, é CORRETO afirmar que incide na hipóte-
se a seguir:
a) Vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer
título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem
serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, exceto as gorjetas, os
ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste sala-
rial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador
ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo
coletivo de trabalho ou sentença normativa;
b) Vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no
decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;
c) Quinze por cento sobre o valor líquido da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, re-
lativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas
de trabalho;
d) No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, cai-
xas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capita-
lização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência pri-
vada abertas e fechadas, além das contribuições devidas pelas demais empresas, é devida a
contribuição adicional de dois por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III do
artigo 22, da Lei 8.212/91;
e) Para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapa-
cidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, conforme dispuser o regula-
mento, nos percentuais de 1%, 2% ou 3% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas,
no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, conforme o risco de
acidente de trabalho seja, respectivamente, grave, médio e leve.

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Perfeita a afirmativa, não sendo necessário nenhum comentário!


a) Errada. Em relação aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, a empresa contri-
buirá com 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título,
durante o mês, a esses segurados que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho,
qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de uti-
lidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos
da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença nor-
mativa.
c) Errada. A citada contribuição foi declarada inconstitucional pelo STF. Entretanto, antes da
citada declaração de inconstitucionalidade, a empresa contribuía com o percentual de 15%
sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços
que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.
d) Errada. No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvi-
mento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades
de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados
e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previ-
dência privada abertas e fechadas, além das contribuições devidas pelas demais empresas, é
devida a contribuição adicional de 2,5% sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III do
artigo 22, da Lei 8.212/91.
e) Errada. A empresa contribui, para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho,
conforme dispuser o regulamento, nos percentuais de 1%, 2% ou 3% sobre o total das remune-
rações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores
avulsos, conforme o risco de acidente de trabalho seja, respectivamente, leve, médio e grave.
Letra b.

048. (ESAF/RFB/2012/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL) Assinale a op-


ção incorreta.
a) A base de cálculo da contribuição social devida pela empresa é a soma da remuneração
paga, devida ou creditada aos segurados e às demais pessoas físicas a seu serviço, mesmo
sem vínculo empregatício.
b) O salário de contribuição dos empregados domésticos é a base de cálculo da contribuição
social por eles devida.
c) No caso dos segurados especiais, sua contribuição social incide sobre a receita bruta pro-
veniente da comercialização da produção rural.

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d) Os trabalhadores, de forma geral, contribuem com alíquota incidente sobre seu salário de
contribuição.
e) No caso do produtor rural registrado sob a forma de pessoa jurídica, sua contribuição social
recairá sobre o total de sua receita líquida.

A contribuição do PRPJ, como empresa, é de 1,7% da receita bruta proveniente da comercia-


lização da produção rural, mais 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da pro-
dução rural, para financiamento das prestações por acidente do trabalho (GILRAT), totalizando
1,8%. As demais afirmativas são todas corretas, não sendo necessário nenhum comentário.
Letra e.

049. (CESPE/TCE-ES/2012/AUDITOR) Com relação às contribuições sociais destinadas à


seguridade social e aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), julgue o
item a seguir.
A contribuição social das associações desportivas que não possuem equipe profissional de fu-
tebol, equiparadas a empresas no que se refere à contribuição para a seguridade social, incide
sobre o montante de sua folha de salário.

A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol profis-


sional destinada à Seguridade Social corresponde a 5% da receita bruta, decorrente dos es-
petáculos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade
desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de
uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desporti-
vos. Portanto, caso a associação desportiva não mantenha equipe de futebol profissional, esta
é obrigada a contribuir de forma convencional, ou seja, em relação a sua folha de pagamento.
Certo.

050. (CESPE/IPAJM/2006/ADVOGADO) O jogo entre os times Beta e Teta, realizado no es-


tádio, teve receita bruta no valor de R$ 134.490,00. Nessa situação, nos termos da ordenação
normativa vigente, sobre este valor deverá incidir a contribuição social, que comporá o orça-
mento da seguridade social.

A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissio-


nal destinada à Seguridade Social corresponde a 5% da receita bruta, decorrente dos espetá-
culos desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade des-
portiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso
de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos.
Certo.

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GABARITO
7. C 22. e 37. c
8. a 23. d 38. a
9. d 24. d 39. C
10. a 25. e 40. E
11. e 26. E 41. b
12. e 27. E 42. E
13. a 28. E 43. C
14. d 29. C 44. C
15. d 30. C 45. a
16. c 31. E 46. e
17. d 32. E 47. b
18. d 33. E 48. e
19. C 34. a 49. C
20. C 35. d 50. C
21. C 36. C

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Bernardo Machado
Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil. Graduado em Engenharia de Produção pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (Uerj), bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes (Ucam) e pós-
graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Professor de Direito Previdenciário em
cursos preparatórios para concurso público.

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