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REPÚBLICA 

DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Direcção Nacional de Saúde Pública

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Transmissão
Vertical, Rumo
à Eliminação
atė 2015
Estrutura da Apresentação
 Introdução
 Contexto Histórico (Evolução do 
Programa)
 Problemas  Actuais
 Actividades em Curso
 Pontos fortes
 PTV Rumo à Eliminação (Plano Global)
 Visão Geral
 Acções Prioritárias
 Perspectivas
Introdução
• No país, uma das formas de transmissão mais
significativa do HIV é a transmissão vertical (TV), ou
seja, da mãe para o filho.
• Sem qualquer intervenção, o risco acumulado de TV
do HIV aos 12 meses é de 35 – 40%, sendo:
8‐10% durante a gravidez
17‐20% durante o parto
10‐15% no pós‐parto (através da amamentação).
• Mulheres vivendo com HIV e crianças expostas ou
infectadas devem receber um pacote adicional de
serviços (PTV) para reduzir o risco de transmissão do
vírus do HIV.
INTRODUÇÃO
Para melhorar a sobrevivência materna e infantil, os Estados
Membros das Nações Unidas através da Declaração de
Compromisso na Assembleia Geral (Junho de 2011)
ractificaram‐no ao mais alto nível comprometendo‐se até
2015:
– Eliminar a transmissão do HIV da mãe para o filho ( até <5% )
– Acesso universal ao TARV a 90% de mulheres grávidas HIV positivas

• Moçambique é um dos 22 países que contribui para o peso 
global de novas infecções. Sendo assim, endossou a Iniciativa 
Global de Eliminação da Transmissão Vertical (E‐TV)
“Opção A”
• As novas normas da OMS sugerem aos países o seguimento
das opções (A, B, B+),.
• Em 2010 Moçambique decidiu adoptar a “opção A”, que
preconiza:
– O início da profilaxia às 14 semanas de gravidez
– A profilaxia diária para a criança em aleitamento materno
a partir do nascimento até ao desmame completo.
– A Profilaxia diária para a criança em aleitamento artificial
a partir do nascimento ate 6 semanas de vida

O MISAU iniciou a implementação da Opção A, a nível 
nacional, no 2º trimestre de 2011.  
Evolução do programa
2002: Inicio da implementação da PTV em 8 US;
2004:  Integração do programa no PEN Saúde 2004‐2008;
2006: Integração da PTV nos serviços de SMI;
2007: Expansão dos serviços de PTV;
2010: Adopção da opção A de tratamento para PTV. 
2011: Final do ano, as  1.063 US com CPN fazem PTV
2011: Ractifido e endosado o compromisso E‐TV 2012 –
20015 (Junho)
2011: Elaboração plano E‐TV 2012 – 2015 (Outubro)

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Perda de Oportunidade de PTV em 
Gestantes ‐ Cascata da PTV‐1

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Cobertura da Profilaxia e TARV nas 
Gestantes, e metas para 2012 e 2015

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Evolução TARV pediátrico

25000 23053

20000
17395
13505
15000

9393
10000

2011
2010
2009
5000 2008

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PROBLEMAS ACTUAIS (1)
• Escassez de recursos humanos;
• Algumas U.S com infraestrutura inadequada  para 
atendimento da utente com confidencialidade
• Algumas U.S com dificuldades no cumprimento  do 
fluxograma de de atendimento PTV
• Fraca intervenção comunitária para a adesão e retenção às 
US da mulher grávida e criança exposta 
• Chegada tardia das mães á CPN e fraca adesão ás CPN 
seguintes, parto e pós‐parto;
• Chegada tardia das crianças a CCR e fraca adesão a 
profilaxia e retenção em cuidados;

• Falta de priorização no acesso da grávida ao TARV; 
PROBLEMAS ACTUAIS (2)

• Fraca cobertura e início tardio do TARV em crianças, incluindo 
as que tiveram acesso ao Diagnóstico precoce infantil; 
• Barreiras sócio‐culturais relacionadas ao HIV/género e estigma, 
fraco envolvimento dos parceiros;
• Insuficiência de hemoglobinómetros, equipamento de CD4 e 
deficiente fluxo de PCR e CD4;
• Sistema de M&A (deficiente análise de informação e retro 
informação, módulo básico instalado na DPCC com informação 
incompleta de resultados relevantes para o programa)
ACTIVIDADES EM CURSO
• Expansão geográfica de PTV 
• Continuação da formação provincial para finalização da 
implementação da opção A;
• Operacionalização para integração do TARV no SMI, mudança 
faseada para opção B+;
• Avaliação dos novos livros de registo (2012);
• Redefinição das metas e indicadores nacionais para acomodar 
o quadro referencial de Eliminação da TV 
• Metas provinciais: feed back da elaboração das  distritais pelas 
províncias; 
• Finalização da elaboração do plano Global ET‐V 
• Curso de formação de formadores para implementação do 
pacote integrado de SMI ‐ maior comodidade para a utente;
ACTIVIDADES EM CURSO

• A alta cobertura de PCR como promoção do diagnóstico 
precoce da criança e início precoce do TARV;
• ATIP nos outros serviços de SMI (PAV, CCS, CCR, PF, CPP, etc.)
• Integração  e operacionalização de ficheiros móveis nas 
consultas SMI/PTV
• Início de implementação do programa Cliniqual para 
monitoria de qualidade de  prestação de serviços na PTV
• Ligação US/comunidade: formação grupos de mães, 
envolvimento das parteiras tradicionais, revitalização dos 
APEs, cuidados domiciliários e buscas consentidas para 
adesão e retenção
Pontos Fortes
• Alto nível de compromisso político
• Gratuidade do tratamento e cuidados
• Cuidados integrados em SMI/PTV
• Expansão do diagnóstico precoce infantil
• Futura introdução do TARV no SMI
Programa de Transmissão
Vertical em Moçambique Rumo
á Eliminação: 2011-2015
Visão Geral
Reduzir o número de novas infecções pediátricas por HIV (<5%) 
através da oferta de intervenções mais eficazes de PTV  a 90% de 
mulheres grávidas seropositivas e suas crianças em 2015, com pelo 
menos 30%  de mulheres grávidas seropositivas a iniciar TARV para a 
sua própria saúde.

Orientações estratégicas:
às US
I. Melhorar o acesso e a qualidade da PTV, implementando intervenções 
de PTV mais eficazes
II. Resolver os desafios críticos de recursos humanos 
III. Reforço de sistemas de saúde (tais como logística da cadeia de 
fornecimento e SIS) 
IV. Melhorar o seguimento e reforçar a ligação US‐Comunidade 
V. Compromisso político para apoiar a aceleração da PTV rumo á E‐TV
Plano de Eliminação da TV
“ ZERO Novas Infecções pelo HIV, é POSSÍVEL. ”
Contexto histórico do Plano Global
• Março de 2011: Encontro Consultivo Regional sobre a 
Eliminação da Transmissão Vertical e Sinergias para 
melhorar Saúde Materna, Neonatal e Infantil na África 
Sub‐sahariana e Oriental (ESAR)
• Abril 2011: Criação do GTT (Global Task Team) para o 
desenvolvimento do Plano Global para a ETV
• Junho de 2011: Plano Global aprovado durante o 
Encontro de Alto‐Nível de NY
• Novembro de 2011: Encontro Consultivo Nacional para 
Elaboração do Plano de Eliminação da TV
Plano Global: Rumo a implementação no país

• Conjunto de acções orientadoras e programáticas, 
que abordam os constrangimentos e barreiras, para 
os quais todos os países se devem empenhar. 
• Quadro referencial com base em documentos enviados do IATT
– Acções identificadas e práticas recomendadas
– Incorpora orientação de implementação PEPFAR
• Expansão adaptada a cada contexto nacional e 
subnacional.  
• Apropriação pelo país fundamental para garantir um 
programa com sustentabilidade adequada ao 
contexto local.
Plano Global de eliminacao da 
transmissao vertical (E‐TV)
Estructurado em 4 Pilares:
• Pilar 1‐ Prevenção do HIV entre mulheres em idade 
reprodutiva  (Prevencao na populacao)
• Pilar 2‐ Prevenção de gravidezes indesejadas em 
mulheres vivendo com HIV (PF)
• Pilar 3‐ Prevenção da transmissão do HIV de mãe 
infectada para a sua criança (PTV)
• Pilar 4 ‐ Cuidados e Apoio ao Mulheres, Crianças, 
Famílias HIV+  (Tratamento e Cuidados Domiciliares)
Pilares transversais
• Bens e produtos/Gestão Logística
• Laboratório
• Abordagens Baseadas na Comunidade
• Capacidade de Recursos Humanos
• Informação Estratégica: Vigilância, Monitoria e 
Avaliação e Qualidade de servicos
• Liderança e Gestão do programa 
ACÇÕES PRIORITÁRIAS
• Melhoria de infra‐estruturas
• Expansão do PTV até 100% das US
• Integração do TARV no SMI com: Formação inicial de 
Enfermeiras de SMI Básica, Média e Superior
• Formação em trabalho de recursos humanos
• Apoio técnico (supervisão, mentoria/tutoria)
• Integração do PF nos cuidados e tratamento do HIV
• Maior coordenação entre SMI/PTV, farmácia e 
laboratório, TARV
• Maior compromisso e apoio dos gestores locais e 
distritais aos provedores de PTV 
• Humanização dos serviços
ACÇÕES PRIORITÁRIAS
• Aconselhamento e testagem:
 Formar/reciclar todos os profissionais que fazem AT
 Aproveitar todas as oportunidades de fazer AT em todos os 
serviços de SMI: CPN, CCR, CPP, CPF, CSS, PAV, triagens e 
consultas de pediatria, maternidade, brigadas móveis
 Maximizar presença de conselheiros para apoiar 
principalmente no aconselhamento pré e pós‐teste e 
aconselhamento contínuo nas consultas seguintes
 Reforçar norma de re‐testagem após 3 meses de teste 
negativo
 Normas para AT de casais, divulgar e tornar funcionais em 
todos os serviços de SMI
ACÇÕES PRIORITÁRIAS
• Mulheres grávidas/lactantes HIV positivas
– Estadiamento e colheita de amostras para CD4 a todas as 
mulheres
– Melhorar a logística do transporte e envio de resultados
– Início de profilaxia ARVs de acordo com os critérios
– Início do TARV o mais rápido possível para as elegíveis
– Testagem familiar
– Profilaxia com cotrimoxazol como intervenção de rotina
– Melhorar ligações com serviço TARV, TB
ACÇÕES PRIORITÁRIAS
• Criança Exposta:
Estabelecer a obrigatoriedade de ter CCR em todas as 
US com SMI;
 Oferta de pacote completo de cuidados de CCR;
 Monitoria do seguimento e melhoria da adesão a 
profilaxia e retenção em cuidados;
Disponibilização de colheita de PCR diária e precoce, 
preferencialmente entre as 4‐8 semanas de vida;
Reforço do aconselhamento sobre aleitamento 
materno exclusivo, alimentação infantil e nutricional
ACÇÕES PRIORITÁRIAS
• Retenção e Adesão a profilaxia e tratamento
– Implementação das estratégias integradas: grupos de apoio, 
mãe para mãe, conselheiros integrados na SMI, Educadores de 
Par, grupos de apoio a amamentação;
– Envolvimento  da família na Saúde da Mulher em PTV 
(marido, mãe), consultas coordenadas da família;
– Avaliação de adesão: contagem de medicamentos pela ESMI e 
farmacêutico;
– Melhoria do fluxograma de atendimento nas consultas de 
SMI/PTV;
– Busca consentida de faltosos e abandonos na CCR e CPN.
ACÇÕES PRIORITÁRIAS
Monitoria e avaliação
– Revisão, avaliação e adequação dos novos livros de 
registos aos indicadores E‐TV
– Treinar os técnicos no preenchimento correcto dos livros e 
abstração de dados;
– Rever os planos provinciais (PES) para acomodar as metas 
provinciais;
– Encontros regulares de análise de dados e retroinformação 
para US e equipas clínicas;
– Necessidade urgente de operacionalização da base de 
dados para produzir resultados de qualidade;
– Criar mecanismos de monitoria anual de infecções 
evitadas com metas até 2015 por distrito/província
– Finalizar o plano de M&A do plano E‐TV
Plano Global de Eliminação da TV
Onde estamos?

O futuro não é para onde 
vamos, mas um lugar que 
vamos criando. O caminho 
para lá não é encontrado, mas 
construído e o acto de fazê‐lo 
muda tanto quem o faz quanto 
o destino."

Antoine de Saint‐Exupery
Passos dados

• Avaliação Nacional da PTV abrangendo todas as províncias e 
todos os níveis de US
• Análise das barreiras programáticas para expandir  E‐TV
• Análise de lacunas de bens e produtos para expansão das 
novas normas de PTV  restructurado direccionado ao quadro 
referencial de Eliminação da TV; 
• Desenvolvido o plano da E‐TV com a matriz de actividades 
2012‐ 2015
• Realizado o exercíco de custeamento do plano de E‐TV
Próximos passos
• Submeter para aprovação 

• Envio ao Task  Team

• Desenvolver uma Estratégia de mobilização de 
fundos para apoiar o Plano Global
PERSPECTIVAS
• Expansão da cobertura nacional com a
opção A;
• Mudança gradual para a opção B+;
• Delegar competências para o início do
TARV na CPN;
• Melhoria da retenção e adesão de
crianças expostas e mulher
grávida/lactante na SMI/PTV;
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PERSPECTIVA
• Desenvolver estratégias de melhoria de
qualidade de serviços SMI/PTV;
• Reforçar o sistema de monitoria e avaliação;
• Aprovação, e custeamento do Plano Global E‐
TV para sua implementação.
• Mapeamento do apoio dos parceiros nas
províncias
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO!

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