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EMPRESARIAL
E ORATÓRIA
FICHA CATALOGRÁFICA
“Graduação - EaD”.
1. Comunicação 2. Empresarial 3. Oratória. 4. EaD. I. Título.
CDD - 658.45
Impresso por:
ACADÊMICO!
AVISO IMPORTANTE!
BOA SORTE!
RECURSOS DE IMERSÃO
A P RO F UN DANDO EU INDICO
P E N SAN D O JUNTO S
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
I N DICAÇÃO DE L IVRO
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CAMINHOS DE APRENDIZAGEM
09
UNIDADE 1
EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
FUNDAMENTOS E HISTÓRICO DA
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
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CAMINHOS DE APRENDIZAGEM
65
UNIDADE 2
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CAMINHOS DE APRENDIZAGEM
155
UNIDADE 3
7
UNIDADE 1
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
A COMUNICAÇÃO NO CONTEXTO
ORGANIZACIONAL
ME. RICARDO AZENHA LOUREIRO ALBUQUERQUE
MINHAS METAS
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INICIE SUA JORNADA
Você já parou para pensar no significado de comunicação? Nós, seres huma-
nos, fazemos uso de diversos meios para nos comunicar, e a fala é um exem-
plo dessas modalidades. Embora diversos estudos já tenham demonstrado a
comunicação entre baleias, golfinhos, cães, insetos e até árvores.
A comunicação entre humanos tem como característica uma natureza
interdisciplinar, sendo que importantes pesquisas relacionadas ao tema já
foram realizadas pela sociologia, antropologia, história, psicologia social e
experimental, linguística, semiótica e, evidentemente, filosofia.
Nossa comunicação tem a capacidade de nos informar, emocionar, dis-
trair, vender, construir mitos, denegrir, poder distorcer fatos, acabar com a
reputação das pessoas, ignorar verdades, criar mentiras, emocionar, produzir
o silêncio, influenciar comportamentos, fazer rir ou chorar, enganar, conven-
cer, gerar dúvida, ter importância e encorajar os que necessitam de coragem.
Também é capaz de produzir o que chamamos de “incomunicação”, o que
reservamos para tratar em outro momento.
Vamos conhecer alguns conceitos sobre o termo comunicação? Matos
(2014, p. 2), por exemplo, explica que a palavra comunicação “tem origem
no termo latim communicare, ou seja, ‘tornar comum’, ‘partilhar’, ‘repartir’,
‘associar’, ‘trocar opiniões’, ‘conferenciar’”. Por sua vez, Cordeiro (2017, p. 14)
complementa essa definição ao explicar que a palavra latina communicatione
“deriva de commune que significa ‘comum’, ou, tornar algo comum, como uma
informação, uma emoção ou uma experiência”. Isso, para a autora, é como
ocorre a comunicação. Outros autores que corroboram com esses conceitos
são Perez e Bairon (2002, p. 14), que apontam como origem da comunicação a
palavra latina cummunis, a qual tem como significado a “ideia de comunhão,
em outras palavras, comungar, compartilhar e transmitir, sendo esse, para eles,
o sentido do que seja comunicação”. Por fim, trazemos alguns conceitos de
comunicação encontrados, no dicionário Priberam (2020, s.p.): “1. Informa-
ção; participação; aviso; 2. Transmissão; 3. Notícia; 4. Passagem; 5. Ligação; 6.
Convivência; 7. Relações; 8. Comunhão (de bens)”.
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UNIDADE 1
VAMOS RECORDAR?
A intenção, até aqui, foi a de deixar claro que o conceito da palavra comuni-
cação se refere ao fato de comunicar-se com outras pessoas, transmitir algu-
ma informação ou opinião. Enfim, comunicar é a capacidade de se expressar
nos mais diversos contextos sociais.
EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO
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Pimenta (2002) explica que, com a utilização da escrita, foi possível registrar as
informações e, dessa forma, transportá-las de um local para o outro. Esse registro,
também, permitiu a viabilidade de se manter várias informações a respeito de
diversas culturas e povos ao longo do tempo. A primeira grande transformação
social por meio da escrita, sem sombra de dúvidas, deu-se com a invenção da
prensa de tipos móveis por Gutenberg.
Segundo Thompson (2014), Gutenberg desenvolveu, em meados de 1440, um
método de duplicar a fundição de letras de metal de modo que se tornou possível
produzir composições de textos extensos. Com isso, criou o conceito dos livros,
além de dar força à imprensa. Assim, desenvolveu-se a cultura de mídia, com o
surgimento de jornais e revistas por todo o mundo.
Com a Revolução Industrial, teve o início da cultura de massa, caracterizada
pela difusão de mensagens veiculadas a partir dos
meios de comunicação eletrônica, coincidindo com o Com a Revolução
Industrial, teve o
surgimento do cinema, do rádio e, mais tarde, da tele-
início da cultura de
visão, contribuindo para a propagação, em massa, de massa
ideologias e movimentos culturais (FELICE, 2008).
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UNIDADE 1
“
“A comunicação evoluiu em conjunto com o desenvolvimento eco-
nômico nacional, social e político das últimas décadas”, Torquato
(2008, p. 1).
• 1950:
• 1960:
• 1960:
1
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• 1967:
ABERJE faz sua primeira convenção, sendo a comunicação interna o tema geral
de todas as atividades. Iniciavam-se os primeiros desenhos das “atividades do
profissional de relações públicas”.
• 1970:
• 1980:
• 1990:
• ANOS 2000:
tidos como a era tecnológica, fazendo com que a comunicação não pare de se
transformar. As tecnologias da comunicação e informação fazem parte do cotidiano
de cada cidadão brasileiro. A popularidade da internet impulsiona tal crescimento.
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UNIDADE 1
“
“O jornalismo empresarial e as atividades afetas às relações públicas se
profissionalizaram com a chegada dos egressos das faculdades-cursos
de comunicação e, sobretudo, com a vigência do regime democrático,
que exigiu nova postura das organizações” (BUENO, 2009, p. 7).
E U IN D ICO
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Alguns autores, como Alvin Toffler, chamam essas mudanças tecnológicas de
onda. A primeira onda é caracterizada pelas transformações na era agrícola. Já
a segunda teve início com a Revolução Industrial, no século XVIII, e contribuiu
para o surgimento da sociedade de consumo e dos meios de comunicação de
massa. Atualmente, estaríamos vivendo a terceira onda, que é consequência da
criação e introdução do computador, da internet e de diversas invenções que
impactaram fortemente o desenvolvimento social, contribuindo para que nos
tornássemos a sociedade da informação.
Acompanhe a evolução no quadro a seguir
200 anos
1955 (Começou
PERÍODO DE TEMPO 10.000 anos (Inglaterra –
nos EUA)
1750)
Fábricas, Pesquisa e
INSTITUIÇÃO SOCIAL Fazenda
siderúrgicas Universidades
O fato de hoje vivermos em uma sociedade que tem como base a produção
de valores informacionais, e não mais valores materiais, é o que caracteriza a
expressão de sociedade da informação. Por isso, é possível perceber que tanto a
informação quanto a comunicação se fazem tão importantes em nossa vida.
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UNIDADE 1
“
“A internet é mais do que multimídia, ela é hipermídia, uma vez
que possibilita a junção de todas as outras mídias com a conexão
em rede” (BUENO, 2009, p.119).
Crescimento
Castells (1999, p. 40 apud BUENO, 2009, p. 120) com-
exponencial
plementa essa fala ao pontuar que “as redes interativas transformou as
de computadores estão crescendo exponencialmente, relações sociais
criando novas formas e canais de comunicação, mol-
dando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela”. O referido autor já
previu, há mais de 20 anos, o impacto que a internet viria a causar na sociedade.
Esse crescimento exponencial transformou as relações sociais, expandindo a ca-
pacidade de os indivíduos, antes anônimos, tornarem-se celebridades em virtude
de uma hiperexposição só possível pela utilização da internet e de mídias sociais.
As empresas também vêm se aproveitando desse novo canal de comunica-
ção, fato que pode ser comprovado observando-se a preocupação que grande
parte delas tem demonstrado em fazer parte de alguma rede social, como o
Facebook, por exemplo, e em monitorar os comentários que são postados a
respeito de seus produtos e serviços, tentando, assim, controlar e administrar
as críticas o mais rápido possível, de modo a diminuir possíveis impactos
negativos que possam aparecer.
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AP RO F U NDA NDO
Segundo Ferreira e Malheiros (2016), as mídias sociais, também permitem que as empresas:
• Divulguem seus produtos.
• Realizem campanhas promocionais.
• Acompanhem sua imagem junto aos seus consumidores.
• Observem as tendências do mercado.
• Conheçam seus clientes.
• Fidelizem seus clientes.
• Envolvam seu público-alvo de acordo com suas intenções.
P E N SA N DO J UNTO S
Como seria o seu mundo hoje sem as ferramentas do Google, como o Maps, ou sua rede
social preferida, como Facebook ou Instagram? Seria um mundo mais fácil? Veja que
estou falando de tecnologias que existem há menos de 20 anos!
NOVOS DESAFIOS
Agora que finalizamos este tema, o que você aprendeu até aqui? Foi possível conhecer
os conceitos básicos da comunicação humana? O processo histórico da trajetória da
comunicação é importante para a compreensão do status atual de nossa sociedade?
Considerando que estamos vivendo a era da sociedade da informação, quais mu-
danças você vivenciou com relação aos aspectos de comunicação e interação social?
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AGORA É COM VOCÊ
I - Propaganda.
II - Marketing.
III - Área da Produção.
IV - Relações Públicas.
V - Engenharia.
2. Comunicação pode sofrer algumas barreiras, durante o seu processo, que precisam
ser evitadas. Essas barreiras, conhecidas como ruídos, podem causar problemas de
comunicação. Portanto, é correto dizer que:
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AGORA É COM VOCÊ
3. A comunicação é inerente ao ser humano, desde o seu primeiro dia de vida. Uma
mamãe não precisa esperar seu bebê recém-nascido pedir o seu leite para saber que
ele está com fome. Basta escutá-lo chorar. Dessa forma, a comunicação é processa-
da o todo tempo, independentemente da forma em que ocorre. De uma criança que
chora pelo seu leite até um executivo que precisa convencer seu cliente a comprar
seu produto, o sucesso de toda a atividade “profissional” passa por uma comunicação
eficaz. Para se fazer uma comunicação de excelência, é necessário compreender
seus elementos. Com base nesta afirmação, aponte quais são os elementos do pro-
cesso de comunicação.
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UNIDADE 1
TEMA DE APRENDIZAGEM 2
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
ESTRATÉGICA
ME. RICARDO AZENHA LOUREIRO ALBUQUERQUE
LUÍS AUGUSTO ZILLMER CARDOSO
MINHAS METAS
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INICIE SUA JORNADA
A partir de agora, caro(a) acadêmico(a), traremos abordagens a respeito da co-
municação organizacional. Para isso, te convido a pensar sobre o tema: qual a
importância da comunicação para uma organização?
Nas palavras de Fleury (1996, p. 24), “a comunicação constitui um dos ele-
mentos essenciais no processo de criação, transmissão e cristalização do universo
simbólico de uma organização”.
IN D ICAÇ ÃO DE FI LM E
VAMOS RECORDAR?
Vale lembrar que quando se fala em organização, estamos nos referindo a
todo e qualquer tipo de empresa, tendo em vista que a comunicação deve ser
considerada como a base da existência para todas as organizações. A partir
dessa linha de pensamento, há duas formas de existência da comunicação:
ordenada e desordenada (TAVARES, 2010, p. 11).
A primeira diz respeito a organizações que valorizam a importância da comu-
nicação como um todo e fazem uso da comunicação de forma planejada. A
segunda representa as organizações que utilizam de forma intuitiva a comu-
nicação, sem o planejamento se basear no “achismo” (TAVARES, 2010).
Acredito que você já tenha uma percepção do quão valiosa é a comunicação para
as organizações. Ainda assim, poucas são as empresas que conseguem se comuni-
car de modo estratégico. Aliás, podemos afirmar que o sucesso ou o fracasso das
empresas tem muita relação com a maneira pela qual elas se comunicam com o
mercado. Vamos, juntos(as), conhecer estratégias de comunicação organizacional?
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UNIDADE 1
A má comunicação traz
desgastes nas relações
organizacionais em fun-
ção de agressões verbais,
perda de tempo, retra-
balho, mal-entendidos e
muitas outras situações
ruins, frutos de proble-
mas com a comunicação
(MARTINIANO, 2007).
Para que as organi-
zações utilizem estrate-
gicamente a comunica-
ção organizacional, é importante que exista uma cultura de comunicação, de
maneira que os recursos necessários sejam disponibilizados para tais atividades.
Caso contrário, a organização pode ter maus resultados. Não existe comunicação
organizacional em ambientes organizacionais em que essa perspectiva cultural
seja ausente. Conforme Bueno (2009, p. 59), “dificilmente se poderia surpreender
uma comunicação organizacional estratégica numa organização que fosse avessa
a um sistema de gestão comprometido com esse paradigma organizacional”.
É preciso lembrar que, em um mundo conectado, as organizações precisam
oferecer muito mais do que apenas bons serviços ou produtos com preços com-
petitivos. Não adianta também apresentarem estruturas atrativas. As organizações
precisam comunicar-se de maneira correta com o seu público. Perez e Bairon
(2002, p. 33) afirmam ser:
“
“Necessário cada vez mais comunicar-se não só com clientes, mas
também com clientes em potencial, fornecedores, colaboradores,
entidades de classe, investidores e o público em geral”.
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Percebe-se, então, que a comunicação organizacional, quando bem reali-
zada, é condição que contribui para o lucro das empresas e, ainda, que uma
boa comunicação é um diferencial entre as organizações. Seu objetivo é
transmitir informações, criar e estreitar relacionamentos com o mercado,
além de manter seus clientes internos e externos situados a respeito do que
se passa com a organização.
De modo geral, a comunicação organizacional é uma maneira de manter
integrados todos os diversos processos pelos quais as organizações passam dia-
riamente. Corroborando com esse pensamento, Kunsch (2009, p. 113), diz que
“a importância da comunicação dentro das empresas pode contribuir signifi-
cativamente em todas as áreas, inclusive, para a área financeira”. Um exemplo
muito simples sobre a relevância da comunicação organizacional é a utilização do
famoso “jornalzinho” da empresa, para divulgar os feitos entre seus funcionários.
Isso é o tipo de ação que, sem grandes investimentos, provoca uma melhora
na moral dos colaboradores e, muitas vezes, pode acarretar um aumento no
rendimento organizacional. Trata-se de uma estratégia simples, prática e de fácil
aplicação, mas que a grande maioria das organizações não sabe como aplicar.
Outra maneira de se utilizar a comunicação organizacional ocorre por meio
de uma assessoria de imprensa e, como mostramos anteriormente, com a uti-
lização das redes sociais. As atuais ferramentas de tecnologia e informação das
quais as empresas dispõem favorecem que se tenha acesso a praticamente todo
o tipo de informação que possamos imaginar.
Por meio dessas ferramentas conectadas à internet, como os smartphones
ou tablets, é possível que as empresas e as pessoas, de modo geral, conversem
virtualmente nas mais diversas situações, independentemente das distâncias. O
ganho em interação que as organizações conseguem com esses meios é muito
grande. A capacidade de melhorar a imagem das organizações diante do seu
público só com a utilização das redes sociais, além de ser muito eficiente, per-
mite um estreitamento das relações nunca imaginado.
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UNIDADE 1
No entanto, Matos (2014, p. 96) chama atenção para o fato de que “de nada
servem veículos e canais formais de comunicação interna e externa se não
houver atitudes e comportamentos positivos que estimulem a livre interação
de pensamentos, opiniões e ideias”.
Portanto, além de utilizar as ferramentas de comunicação organizacional,
é necessário que elas sejam utilizadas de maneira correta. Estrategicamente,
a utilização da comunicação organizacional deve ser implantada pelas orga-
nizações para alcançar determinados objetivos.
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“
A imagem do produto e da empresa (como instituição) formam seu
maior patrimônio, que deve ser construído e preservado, tendo como
base a ética, a organização e a competência” (PIMENTA, 2010, p. 139).
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UNIDADE 1
Para que isso se efetive, Pimenta (2010, p. 133) explica que é necessário as “or-
ganizações criarem representantes que estabeleçam contato com as entidades
governamentais, para que posteriormente, estabeleçam vínculos que possibi-
litem a ampliação dos negócios”.
Uma exigência cada vez maior, por parte dos consumidores, refere-se à manei-
ra como as organizações vêm agindo, frente às suas responsabilidades sociais,
econômicas e ambientais, quanto à sua atuação no mercado. Para o mercado, de
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forma geral, essa é uma tendência em crescimento e que não tem volta. Por isso,
munir o mercado e seus consumidores com a maior quantidade de informações
referente a esses assuntos é fundamental para tranquilizar seus consumidores.
O PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO
NAS
ORGANIZAÇÕES
A comunicação torna
possível nos organi-
zarmos em sociedade,
estruturar e expressar
nossos sentimentos e
desejos. Por meio dela,
é possível se relacionar
continuamente com
outras pessoas e seus
ambientes (CHIAVE-
NATO, 2016).
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UNIDADE 1
Todavia, também podemos nos expressar pela comunicação não verbal, ou seja,
aquela utilizada por outros meios, como gestos, olhares, cores, tom de voz, expres-
sões faciais, postura e até pelas roupas que usamos (TOMASI; MEDEIROS, 2014).
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A P RO F UNDA NDO
Para ilustramos a comunicação não verbal, podemos recorrer ao exemplo do gesto com
o polegar levantado para cima. Para nós, brasileiros, isso significa que está tudo bem
e até serve para confirmar uma afirmação ou dar uma resposta positiva para alguém
sem precisar dizer nada. Agora, se você for para a Índia, tome cuidado. Ao utilizar esse
mesmo gesto com um comerciante, em vez de confirmar que está tudo bem com a sua
compra, você estará dizendo que desistiu do negócio. Da mesma forma, esse gesto tem
uma representação obscena na Austrália e na Nigéria (TOMASI; MEDEIROS, 2014).
Para compreendermos melhor como realizar uma comunicação eficaz, que seja
comum ao emissor e ao receptor, precisamos entender como se dá o processo
de comunicação. Um processo consiste em uma sequência de etapas e, assim, a
comunicação deve obedecer a uma ordem de fatores sem os quais ela não ocorre.
Observe a figura a seguir, que apresenta os elementos envolvidos no processo
de comunicação.
Ambiente
Ruído
Código
Canal de
Emissor Receptor
comunicação
Resposta (ou)
Ruído
Ambiente
Figura 1 – Elementos do processo de comunicação / Fonte: Terciotti e Macarenco (2009, p. 3).
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UNIDADE 1
• EMISSOR
• RECEPTOR
• MENSAGEM
• CÓDIGO
compõe-se dos sinais (signos) linguísticos ou não que devem ser comuns tanto
ao emissor quanto ao receptor, bem como as regras de utilização dos sinais.
• CODIFICAÇÃO
• CANAL DE COMUNICAÇÃO
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• DECODIFICAÇÃO
• RESPOSTA
• FEEDBACK
“
É fundamental porque toda a sociedade humana – da primitiva à
contemporânea – baseia-se na capacidade do homem de transmitir
suas intenções, desejos, sentimentos, conhecimentos e experiência
de pessoa para pessoa. E é vital porque a habilidade de se comuni-
car aumenta as chances de sobrevivência do indivíduo, enquanto
sua falta é geralmente considerada uma séria forma de patologia
(SANT’ANNA; ROCHA JÚNIOR; GARCIA, 2009, p. 2).
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UNIDADE 1
“
É o enfoque sistêmico que traz a dimensão estratégica das comu-
nicações humanas, por isso o interesse pelos objetivos da comuni-
cação, percepção das mensagens e resultados obtidos com os es-
forços de comunicação. O enfoque sistêmico considera também a
simultaneidade de fonte e receptor, que são os atores envolvidos na
comunicação. Enfim, a comunicação exige a presença de um emis-
sor (destinador), um receptor (destinatário), o canal e a mensagem.
Além desses elementos, são necessários processos para que ela se
estabeleça. Tais processos compreendem: composição, interpreta-
ção e resposta (TOMASI; MEDEIROS, 2014, p. 12).
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3
m,
assivo nsage
s t in a tário p ebe a me por ta- Destinatário at
ivo
De e c com
que r . Seu o à Aquele que re
Aquele o a utiliza e m relaçã e reage a ela de
cebe a mensa
gem e
a s n ã re n te e d e s tr uma determin
m
to é indife plo: um p sito maneira. Ness ada
n a situação, dize
men . Exem de trâ que seu compo mos
e n s agem uma placa rtamento é reat
m a ivo
lação nar. à mensagem.
em re ido estacio placa de “não
Exemplo, ao
ler a
e p r o ib toque nos obje
d em um museu tos”
.
Destinatário proativo
Consiste em estimular o emissor a
oferecer-lhe uma mensagem. Por
exemplo: quando espirramos, o
destinatário provoca o emissor a
desejar-lhe saúde.
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UNIDADE 1
A forma correta para a escolha do canal de comunicação tem como base o resulta-
do de uma pesquisa do engenheiro elétrico e matemático norte-americano Claude
Elwood Shannon. Ele determinou matematicamente a quantidade máxima de in-
formações que um canal é capaz de veicular (TERCIOTTI; MACARENCO, 2009).
De acordo com os resultados das pesquisas de Shannon, o canal de comunicação
é tanto mais rico quanto maior a quantidade de informação transmitida e a veloci-
dade do feedback e a menor perda de informação.
Com relação à capacidade de transmitir informação de um canal, os resultados da
pesquisa de Shannon classificam os canais em (TERCIOTTI; MACARENCO, 2009):
Quadro 1 – Canais de comunicação segundo Shannon / Fonte: adaptado de Terciotti e Macarenco (2009).
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3
A forma como a empresa se comunica com o mercado tem como base o pró-
prio conceito da comunicação sistematizada, em que as pessoas se comunicam
de forma cognitiva (PINHEIRO; GULLO, 2005).
Para entender essa semelhança, faremos algumas adaptações no processo de
comunicação, conforme demonstra a figura a seguir.
(procura do produto)
Anunciante Consumidor
Figura 3 – Processo de comunicação adaptado ao mercado / Fonte: adaptado de Pinheiro e Gullo (2005).
“
O anunciante é o grande investidor no mercado através de seus pro-
dutos (bens ou serviços). A comunicação utiliza símbolos e signos que
representam o código que irá compor a comunicação com o consumi-
dor. É então criada a mensagem que informará sobre o produto, com os
signos e símbolos certos para cada tipo de público, que então irá decodi-
ficar essa mensagem; a procura pelo produto é a resposta ao anunciante
de que ele entendeu a mensagem (PINHEIRO; GULLO, 2005, p. 32).
Na comunicação nas organizações, temos vários públicos que nem sempre são o
consumidor. Esse modelo de comunicação adaptado ao mercado reflete como se
dá a comunicação das empresas na sociedade como um todo e serve como base
para ingressarmos no tema da comunicação nas organizações.
3
3
UNIDADE 1
AP RO F U N DA NDO
NOVOS DESAFIOS
Agora que finalizamos este tema, o que
você aprendeu até aqui? Só existe co-
municação quando o receptor entende
a mensagem transmitida pelo emissor?
A comunicação ocorre por meio de um
processo, o que exige uma sequência
de etapas bem definidas para que ela
ocorra de maneira eficaz. Quais são os
elementos-chave do processo de comu-
nicação? Você consegue identificar no
seu local de trabalho/organização to-
dos os elementos? Qual a importância
do canal ao emitir uma comunicação
para que ela seja eficiente e eficaz? De
que forma é possível avaliar a resposta
de uma comunicação organizacional?
3
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AGORA É COM VOCÊ
1. (ENADE/2006)
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e V.
e) IV e V
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AGORA É COM VOCÊ
PORQUE
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III.
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 1
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
PANORAMA DA COMUNICAÇÃO
ORGANIZACIONAL
LUÍS AUGUSTO ZILLMER CARDOSO
MINHAS METAS
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INICIE SUA JORNADA
Caro(a) estudante, a comunicação funciona como elemento de ligação entre as
pessoas, fazendo com que possamos expressar nossos sentimentos, emoções e
intenções. Com isso, conseguimos aquilo de que gostaríamos ou desejaríamos.
Podemos dizer o mesmo a respeito de uma organização? Afinal, as organizações
são parte da sociedade e vivem para produzir bens e serviços para as pessoas, a
fim de satisfazer suas necessidades e desejos.
VAMOS RECORDAR?
Para uma melhor compreensão, vamos recordar a definição de Maximiano
(2015, s.p.): “uma organização é um sistema de trabalho que transforma
recursos em produtos e serviços”. Assim, pessoas, matérias-primas, finanças,
informações, conhecimento, espaço e tempo compõem os recursos que a
empresa utiliza para organizar e transformar em produtos e serviços para as
pessoas. As empresas precisam consumir informação dos consumidores e do
mercado para que possam ajustar seus produtos e serviços às necessidades
das pessoas. Da mesma forma, depois de fabricar os produtos e os serviços,
as empresas precisam comunicar a existência deles para os consumidores.
4
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UNIDADE 1
DEFINIÇÃO DE
COMUNICAÇÃO
EMPRESARIAL
“
Todos nós vivemos dentro de organizações e cercados por elas. A
faculdade na qual você estuda, a universidade da qual ela faz parte e
o centro acadêmico são organizações. A prefeitura, a padaria, o aero-
porto, o shopping center e cada uma de suas lojas também. Serviços
de saúde, água e energia, segurança pública, controle de poluição,
diversão e educação em todos os níveis são fornecidos por organiza-
ções. Praticamente tudo depende de organizações, as quais também
fornecem os meios de subsistência para muitas pessoas. Em retri-
buição por seu trabalho, as pessoas recebem salários, abonos, lucros
distribuídos e outras formas de remuneração. Esses rendimentos do
trabalho e de investimentos permitem às pessoas adquirir os bens e
os serviços de que necessitam. O desempenho das organizações é do
interesse de clientes, usuários, funcionários, acionistas, fornecedores
e da comunidade em geral (MAXIMIANO, 2015).
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Nesse sentido, Terciotti e Macarenco (2013) destacam os públicos para os quais
se destina a comunicação empresarial. São eles:
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UNIDADE 1
4
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“
“A comunicação corporativa é uma função recente da administra-
ção e foi concebida para ajudar a empresa a obter e manter uma
reputação favorável no processo de comunicação com seus públi-
cos. Usando o conhecimento sobre as realidades da empresa e de
seu ambiente externo, em especial os relacionados às tendências
culturais, sociais, políticas e econômicas, a função busca identifi-
car as oportunidades nas quais a empresa pode projetar sua voz e
capitalizar o interesse das audiências” (SILVA NETO, 2010, p. 1-2).
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UNIDADE 1
AP RO F U N DA NDO
FUNDAMENTOS E HISTÓRICO DA
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A história da
comunicação
organizacional
começou por volta
de 1906
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Para resgatar a imagem do empresário, Ivy Lee propôs a publicação de notícias em
espaços editoriais e com uma abordagem diferente daquela utilizada nos anún-
cios publicitários. Conforme nos contam Ferreira e Malheiros (2016), o caso de
Rockfeller se tornou um sucesso e sua imagem pública foi transformada na de um
benfeitor da humanidade por uma série de ações e atitudes traçadas por Ivy Lee.
Para que isso ocorresse com sucesso, Rockefeller dispensou o uso de guarda-
-costas, colaborou com as investigações do Congresso Americano na apuração
de denúncias contra ele próprio e criou fundações de interesse público, como a
Fundação Rockfeller. Essa técnica de compor a imagem institucional do empre-
sário e suas empresas alastrou-se pelo mundo.
“
As relações públicas ganharam o mundo a partir dessa experiência nos
Estados Unidos. Chegaram ao Canadá e à França nos anos 1940 e, na
década seguinte, a países como Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália,
Bélgica, Suécia, Finlândia e Alemanha. Alguns autores defendem que,
no Brasil, a prática de relações públicas se iniciou na década de 1940
em uma empresa canadense de eletricidade (The São Paulo Tramway
Light and Power Company Limited), sob a liderança de Eduardo Pi-
nheiro Lobo (KUNSCH, 2008). Outros autores, contudo, consideram
que o desenvolvimento das relações públicas no Brasil só veio a ocorrer
mesmo a partir de 1950” (FERREIRA; MALHEIROS, 2016, s.p.).
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UNIDADE 1
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O desenvolvimento da comunicação nas organ-
izações demandou profissionais para atuarem na
O desenvolvimento
área. Em paralelo, surgiram a Escola de Comunicação da comunicação
e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), nas organizações
seguida depois pela Escola Superior de Propaganda e demandou
Marketing e o os cursos de graduação em faculdades profissionais para
e universidades focados em Relações Públicas, Publi- atuarem na área
cidade e Propaganda e Jornalismo.
“
“Tradicionalmente, o trabalho de assessoria de comunicação é feito
por profissionais que executam tarefas próprias nas instituições,
como ocorre nos Estados Unidos e na Europa, e independe de o
profissional ser jornalista, relações públicas, publicitário, adminis-
trador de empresa, engenheiro, especialista com pós-graduação em
marketing ou de qualquer outra profissão. O importante é que en-
tenda da comunicação” (CHINEM, 2010, p. 24).
5
5
UNIDADE 1
5
5
a comunicação
Chinem (2010) entende, ao colocar a comu-
se destaca como
nicação interna e externa como uma das suas
um instrumento
prioridades, que a comunicação se destaca como indispensável para
um instrumento indispensável para a conquista a conquista do
do sucesso. sucesso
“
A imagem institucional de uma companhia é o que garante e sus-
tenta as bases de seu permanente progresso e desenvolvimento. Um
dos maiores desafios das empresas é criar, desenvolver e aperfeiçoar
um conceito de credibilidade. E isso leva tempo. Nesse contexto, a
assessoria de comunicação é a área nobre do sistema de comuni-
cação externa das organizações. Está consolidada como conceito,
como atividade e como suporte estratégico” (CHINEM, 2010, p. 11).
É por essa razão que Bueno (2014) nos ensina que as expressões “comunicação inte-
grada” e “comunicação estratégica” não podem se resumir apenas a meras expressões,
mas devem conduzir a práticas para a boa gestão da imagem da organização.
5
5
UNIDADE 1
“
A comunicação integrada pressupõe uma política formalmente
estabelecida e amplamente pactuada nas diversas instâncias de
uma organização e não se manifesta apenas em determinados mo-
mentos para atender a resultados esporádicos. Ela não se limita à
articulação entre as várias competências ou atividades de comuni-
cação, mas pressupõe efetivamente um vínculo com o processo de
gestão, com a cultura organizacional, com a missão, com os valores
e com os princípios de uma organização” (BUENO, 2014, p. 13).
P E N SAN D O J UNTO S
5
5
O principal papel da comunicação nas organizações, A identidade resulta
portanto, consiste em construir uma boa reputação da das percepções
identidade e da imagem da empresa. Antes de prosse- públicas
guirmos, torna-se essencial diferenciarmos imagem
de identidade. A identidade resulta das percepções públicas, ou seja, de como as
pessoas enxergam a empresa por meio de seus atos e ações de comunicação. Por
isso, Silva Neto (2010) entende que toda empresa tem uma identidade própria con-
ferida por seus públicos.
Por outro lado, o reflexo da identidade da organi- o reflexo da
zação representa a imagem da empresa. Essa imagem identidade da
será positiva se a identidade estiver alinhada com as organização
práticas da empresa, caso contrário, essa imagem será representa a
negativa, explica Silva Neto (2010). imagem da empresa
A identidade refere-se às características físicas fundamentais do produto, da marca
ou da empresa. Já a imagem relacionada é a projeção da identidade. Torquato (2002)
ressalta que identidade se refere ao plano dos conteúdos lógicos e concretos, aprendidos
pelo nível consciente. Já a imagem, segundo ele, se refere ao plano dos simbolismos,
das intuições e das conotações, apreendidas pelo nível do inconsciente das pessoas.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Por analogia, o autor mostra que a identidade é aquilo que a empresa de fato é, enquan-
to a imagem seria o reflexo da identidade. Pense a respeito dessa figura de linguagem.
Quando você caminha na praia, ao meio-dia, com o sol sob sua cabeça, não há sombra
sua refletida no chão. Isso significa que sua imagem está alinhada com a sua identidade.
Por outro lado, quando você caminha na praia ao final da tarde, tendo o sol pelas costas
e quase no horizonte, sua sombra aparece distorcida e longe daquilo que você real-
mente é. Isso significa que sua identidade está distorcida, você parece mais alto e magro
do que realmente é. A soma desses dois elementos, identidade e imagem, resulta na
reputação da empresa construída ao longo do tempo.
Com base nesse mecanismo tão simples e definitivo, a empresa deve cuidar para
que as ações de comunicação realizadas por seus diversos setores e interlocutores
– seus produtos, serviços, marcas, anúncios, atitudes, entrevistas, comunicados
etc. – tenham a qualidade e a coerência necessárias para gerar, nessa ordem, iden-
tidade, imagem e reputação positivas ou favoráveis.
5
5
UNIDADE 1
desenvolver
Para assegurar que isso ocorra, a empresa deve
programas de
adotar uma política de comunicação que permita o
comunicação
alinhamento entre as comunicações internas e exter- para estimular o
nas e desenvolver programas de comunicação para engajamento das
estimular o engajamento das pessoas junto às marcas pessoas junto às
(SILVA NETO, 2010, p. 5). marcas
IN D ICAÇÃO DE FI LM E
Tudo isso nos dá base para que possamos estabelecer os objetivos da comuni-
cação nas organizações. Vamos avançar mais um pouco no conhecimento da
comunicação organizacional?
5
5
NA VISÃO DE TERCIOTTI E NA VISÃO DE TOMASI E MEDEIROS
MACARENCO (2013) (2014)
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5
UNIDADE 1
5
5
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Temos, no Brasil, uma visão equivocada sobre a prática de lobby. Isso porque muitos ca-
sos de corrupção envolvem ligações de empresários/empresas com políticos para obter
vantagens financeiras e mercadológicas. Porém, a prática do lobby pretende tornar mais
transparente as relações entre empresas e governos. Nos Estados Unidos, por exemplo,
o lobby é uma atividade regulamentada e legal. No Brasil, isso ainda não ocorre e nos dá
essa ideia pejorativa do termo.
6. Temos tradição.
7. Somos éticos.
5
5
UNIDADE 1
“
“O conceito de imagem tem, paulatinamente, atingido toda sorte
de empresas. Ele se amalgama com o de identidade institucional
e torna-se o grande diferencial de competitividade para as em-
presas. A imagem da empresa transforma-se em uma aura para
as empresas. É essa aura que exala seus valores, seus princípios e
sua filosofia” (TOMASI; MEDEIROS, 2009, p. 83).
6
6
NOVOS DESAFIOS
E agora, está clara para você a definição de comunicação organizacional? Mas,
na prática, qual seria o papel da comunicação nas organizações? Pense em como
a comunicação pode contribuir para a formação de uma imagem sólida das or-
ganizações e ajudá-las a se relacionar com o público.
Ainda, como você se vê inserido no
mercado de trabalho no contexto de co-
municação nas organizações? Você está
apto a desenvolver os objetivos da co-
municação empresarial como profissio-
nal da área? Reflita sobres esses pontos
e construa os passos possíveis dentro da
sua realidade.
6
6
AGORA É COM VOCÊ
a) V, V, V, F.
b) F, V, F, V.
c) V, F, F, V.
d) F, V, V, F.
e) F, F, V, V.
6
6
AGORA É COM VOCÊ
a) I e III.
b) II, apenas.
c) II e III.
d) I e II.
e) I, II e III.
6
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MEU ESPAÇO
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6
UNIDADE 2
TEMA DE APRENDIZAGEM 4
COMPOSTO DA COMUNICAÇÃO
ORGANIZACIONAL
ME. RICARDO AZENHA LOUREIRO ALBUQUERQUE
MINHAS METAS
6
6
INICIE SUA JORNADA
Olá, caro(a) acadêmico(a)! Neste tema, trataremos do composto da comunica-
ção organizacional. Essa parte tão importante para a empresa é constituída pela
comunicação institucional, administrativa, interna e mercadológica. Apresenta-
remos cada uma dessas comunicações, buscando abranger o máximo de infor-
mação a respeito de seus conceitos, processos de funcionamento e importância
para a organização como um todo.
VAMOS RECORDAR?
Vamos conhecer a comunicação institucional, seu funcionamento e processo
de comunicação, além do conceito de comunicação externa. Na sequência,
veremos a comunicação interna, mostrando como deve ser realizado o seu
processo de comunicação, os seus canais de comunicação interna e sua
importância para a organização. Vamos conhecer uma ferramenta muito im-
portante e bastante utilizada pelas organizações, o endomarketing.
Após explicar a sua definição e apresentar a sua importância para a comu-
nicação organizacional, veremos como promover programas de endomar-
keting. Para finalizar, veremos os conceitos da comunicação mercadológica,
saberemos por que devemos tratá-la como comunicação integrada de mar-
keting e, só então, aprenderemos como realizar o planejamento da referida
comunicação integrada de marketing.
Esperamos que você possa aproveitar este tema e que ele ajude você a alcançar
seus objetivos pessoais e profissionais. Sucesso!
6
6
UNIDADE 2
COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
6
6
Outro autor que traz uma importante definição comunicação que
de comunicação institucional é Lupetti (2009), procura estabelecer
que a define como a comunicação que procura es- um conceito público
tabelecer um conceito público para a organização, para a organização
de maneira que sua filosofia seja difundida, além de
comunicar para o seu público a sua missão, a sua visão e os valores que fazem
parte de suas práticas e políticas organizacionais.
Kunsch (2016, p. 102) explica que a comunicação institucional “incumbe-se
da construção da imagem e da identidade da companhia”, ou seja, a organiza-
ção precisa utilizar as ferramentas de relações públicas para empregar ações que
possam dar à organização um posicionamento coerente com a sua missão, visão,
valores e políticas organizacionais. Assim, percebe-se que Lupetti (2009) e Kunsch
(2016) trazem praticamente o mesmo conceito para a comunicação institucional.
Em suma, a comunicação institucional nada
mais é que a forma como a organização comunica forma como a
organização
sua imagem institucional perante o seu público. A
comunica sua
comunicação institucional é formada pela comuni-
imagem institucional
cação interna e externa, que se integram na constru- perante o seu
ção da imagem institucional da organização. público
Trabalhar com a imagem institucional da orga-
nização é uma maneira de pensar, estrategicamente, em sua comunicação em-
presarial, para, nas palavras de Matos (2014, p. 91), “solidificar a cultura (crença
e valores), as filosofias e as estratégias de ação da organização”, o que significa
formatar sua imagem institucional como seu maior patrimônio.
Para que você, caro(a) acadêmico(a), entenda esse conceito de imagem institu-
cional como patrimônio organizacional, definiremos o conceito de organização.
“
“[...] um sistema social e histórico, formal, que obrigatoriamente
se comunica e se relaciona, de forma endógena, como os seus inte-
grantes e, de forma exógena, com outros sistemas sociais e com a
sociedade” (KUNSCH, 2016, p. 62).
6
6
UNIDADE 2
“
“Comunicação interna – direcionada a funcionários e colabora-
dores diretamente vinculados à empresa.
7
7
O processo de comunicação institucional independe do tipo de organização
e de seus modelos administrativos ou qualquer outro atributo que lhe diferencie
de outras organizações. É um processo complexo que integra suas políticas, seus
planejamentos e suas ações.
É constituído dos elementos básicos da teoria da esse processo
comunicação: fonte, codificador, canal, mensagem, de comunicação
decodificador e receptor. Kunsch (2009) explica que, tem como fonte a
de acordo com o ambiente e o perfil do receptor, esse administração
processo de comunicação tem como fonte a adminis-
tração que irá criar as mensagens e selecionar os melhores canais de comunicação
que sejam os mais adequados para transmitir suas mensagens sempre procuran-
do controlar todo o processo para evitar ruídos e alcançar os resultados desejados.
É preciso entender que a comunicação institucional é um processo que en-
volve as relações sociais.
“
Quando um emissor é intimidado por seu receptor durante o proces-
so de envio de uma mensagem, a própria mensagem e a interpretação
dela serão afetadas (HALL, 1984, p. 133 apud KUNSCH, 2002).
7
7
UNIDADE 2
“
Intrapessoal: a comunicação ocorre em um nível fundamental do qual
nem sempre nos lembramos, que é o da comunicação consigo próprio.
Corresponde ao diálogo interior, em que debatemos e questionamos os
nossos pensamentos, dúvidas, certezas, opiniões, decisões e escolhas.
“
Canal formal: engloba todas as fontes e meios de comunicação e de
transmissão de informações oficialmente existentes na estrutura da
empresa. Na esfera administrativa, por exemplo, os canais formais
são representados pelas reuniões, memorandos, ofícios, comunica-
dos, atas de reuniões, relatórios funcionais etc.
7
7
No processo de comunicação institucional, há alguns fluxos que a comuni-
cação pode seguir.
FLUXO DESCENDENTE
FLUXO ASCENDENTE
Ocorre quando o fluxo de comunicação ocorre de baixo para cima, com carac-
terísticas formais ou informais, tendo em vista ser dos funcionários da base em
sentido aos níveis mais elevados da organização. Normalmente, esse tipo de
comunicação caracteriza-se por opiniões, críticas, elogios ou reclamações.
FLUXO HORIZONTAL
FLUXO TRANSVERSAL
FLUXO CIRCULAR
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7
UNIDADE 2
Comunicação externa
7
7
Antes de estabelecer um canal de diálogo com a opi- é necessário que a
nião pública, é necessário que a organização elabore organização elabore
um planejamento das ações de comunicação. um planejamento
A estrutura desse planejamento deve incluir o das ações de
comunicação
público-alvo que se procura alcançar, as mensagens
que se pretende transmitir, o tipo de canal de comu-
nicação que será utilizado, o momento no qual cada uma das mensagens deverá
ser transmitida e que tipo de resultado se espera alcançar.
7
7
UNIDADE 2
ESTRATÉGIAS
• Quais meios de comunicação serão utilizados?
DE
• Como esses meios de comunicação se relacionam entre si?
COMUNICAÇÃO
7
7
COMUNICAÇÃO ADMINISTRATIVA
No dia a dia de uma organização, muitas informações são trocadas entre os fun-
cionários. Esse fluxo de informação, referente à gestão diária de uma organização,
é caracterizado pela comunicação administrativa, independentemente de essa
comunicação ser formal ou informal.
O principal objetivo da comunicação administrativa é coordenar esse
fluxo de comunicação, orientando e atualizando informações que são distri-
buídas de maneira que possam ser compartilhadas e entendidas por todos os
envolvidos nesse processo.
Os diferentes tipos de mensagens administrativas têm origem nos mais di-
versos setores da empresa e cabe à comunicação administrativa alinhar essas in-
formações, o que, na maioria das vezes, é algo muito difícil de se fazer, em função
da diferença de personalidade das pessoas que as emitem.
“
“[...] a comunicação administrativa é considerada um dos maiores
problemas da organização, uma vez que o gestor da comunicação
administrativa deve possuir amplo conhecimento do sistema orga-
nizacional e do sistema de comunicação” (LUPETTI, 2009, p. 20).
7
7
UNIDADE 2
“
“altera, explora, cria ou mantém relações situacionais entre funções-
-tarefas, pelas quais é responsável, ou entre sua subseção e qualquer
outra da organização” (KUNSCH, 2002, p. 153) “.
7
7
Quando a comunicação administrativa ocorrer de modo informal, ela acon-
tecerá durante bate-papos, nos momentos de happy hour, no café da manhã,
pelo envio de bilhetes, contatos telefônicos etc.
“
“A comunicação informal pode ser muito eficaz, pois é capaz
de alcançar os seus objetivos sem as resistências que as ferra-
mentas oficiais normalmente criam entre os comunicadores”
(YANAZE, 2011, p. 454).
7
7
8
8
UNIDADE 2
OBJETIVO DA
COMUNICAÇÃO
PORTAL
ADMINISTRATIVA
EVENTOS
CLIPPING
INTRANET
REUNIÕES
GERENCIAL
INFORMATIVO
PUBLICAÇÕES
JORNAL/MURAL
INTERNET/E-MAIL
RELATÓRIO ANUAL
QUADRO DE AVISOS
FOLHETOS/CARTAZES
CAMPANHAS INTERNAS
Despertar
X X X X X
consciência
tiva é elaborar uma tabela (Tabela 1).
Chamar atenção X X X X X
Criar interesse X X X X X X
Dar conhecimento/
informação mais X X X X
consistente
Despertar
X X X X X
expectativa
Levar à discussão X X X
Uma maneira para se construir uma boa estratégia de comunicação administra-
Promover ação X X X
OBJETIVO DA
COMUNICAÇÃO
PORTAL
ADMINISTRATIVA
EVENTOS
CLIPPING
INTRANET
REUNIÕES
GERENCIAL
INFORMATIVO
PUBLICAÇÕES
JORNAL/MURAL
INTERNET/E-MAIL
RELATÓRIO ANUAL
QUADRO DE AVISOS
FOLHETOS/CARTAZES
Promover e manter
X X X
satisfação
Criar interação X X X X
Promover orgulho X X
Levar à
X X X X
disseminação
Suscitar
X X X X
comentários
8
8
UNIDADE 2
“
“uma espécie de vocabulário, de estoque de signos conhecidos e uti-
lizados por um indivíduo. [...] Se os dois repertórios forem exteriores
totalmente um ao outro, a informação não é transmitida ao receptor”
(TEIXEIRA COELHO, 1999, p. 123-124 apud YANAZE, 2011, p. 455).
8
8
Essa informação é muito importante, uma vez que reforça a necessidade de os
gestores desenvolverem, de maneira competente, sua capacidade de comunicação
para se tornarem profissionais diferenciados no mercado.
A P RO F UNDA NDO
Com mais de duzentos restaurantes por todo o Brasil, a Spoleto tem como um dos pon-
tos mais relevantes de sua gestão a relação com o franqueado. No entanto, a integração
entre suas franquias andava comprometida, uma vez que a comunicação entre elas
era realizada apenas por e-mails e por manuais de franquias, que não oferecem prati-
cidade, dentre outros problemas. Somado a isso, a empresa encontrava problemas na
centralização dos dados sobre as franquias, como fichas técnicas, financeiras, histórico
das lojas etc. A solução encontrada foi investir na organização digital e criar o portal
corporativo “Spoleto”, o qual apresenta uma abordagem metodológica baseada em três
pilares: pessoas, processos e tecnologia. O processo de desenvolvimento e implantação
do projeto levou sete meses (entre 2007 e 2008). Como resultado, a ação agilizou e
aprimorou a comunicação entre franquias e o suporte aos franqueados, além de tornar a
Spoleto uma empresa organizada digitalmente.
Fonte: adaptado de Yanaze (2011).
COMUNICAÇÃO INTERNA
8
8
UNIDADE 2
“
“trata das estratégias de comunicação a serviço das atividades de
gestão das empresas, ou seja, planejamento, da organização, da
coordenação e do controle [...] incluem todos os fluxos contínuos
de informação, que interligam os diferentes setores da empresa”
(YANAZE, 2011, p. 452).
Assim, a comunicação interna deve atuar de maneira que seja possível tornar
viável um saudável ambiente de trabalho, incrementando qualidade, reforçando
a segurança e garantindo ganhos de produtividade (CHINEM, 2010).
8
8
■ transmitir com mais clareza decisões e mudanças;
■ manter todos os colaboradores bem informados sobre o trabalho, os ob-
jetivos e os resultados da companhia;
■ identificar mais precisamente as necessidades do mercado e a satisfação
dos clientes;
■ estabelecer parcerias mais sólidas;
■ tornar o produto mais bem conhecido;
■ fortalecer a imagem da marca.
“
“a comunicação interna é um setor planejado com seus objetivos
bem definidos para viabilizar toda a interação possível entre a or-
ganização e seus empregados” (KUNSCH, 2003, p. 267).
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UNIDADE 2
■ chefias;
8
8
O autor ainda explica que “os canais efetivos da comunicação social são
os jornais, revistas, boletins periódicos, programas de rádio e TV de circuito
interno” (TORQUATO, 2004, p. 57).
8
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UNIDADE 2
E U IN D ICO
Por isso, agir de maneira autêntica, tendo como princípio a verdade; ser rápido
e competente na divulgação de informações; ter respeito pelas diferenças indi-
viduais; incentivar uma gestão participativa; e proporcionar oportunidades para
o desenvolvimento cultural, principalmente no que diz respeito à organização,
que busca uma comunicação à utilização das novas tecnologias, são elementos
essenciais e primordiais que fazem a comunicação interna ser eficiente.
Talvez, de tudo que você tenha lido sobre comunicação interna, “contribuir para
o desenvolvimento e a manutenção de um clima positivo, propício ao cumpri-
mento das metas estratégicas da organização” (TORQUATO, 2004, p. 54), seja a
principal missão desta.
8
8
E U IN D ICO
P E N SA N DO J UNTO S
Para você, existe diferença entre comunicação e informação? Se sim, que diferenças
são essas?
8
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UNIDADE 2
Endomarketing
transforma os
colaboradores e
Uma estratégia utilizada por muitas empresas é o en- os funcionários
domarketing, que, para Matos (2014, p. 127), é “um da empresa
dos principais diferenciais competitivos que trans- nos principais
forma os colaboradores e os funcionários da empresa criadores
nos principais criadores da imagem institucional de da imagem
uma organização saudável e bem-sucedida”. institucional de
uma organização
A palavra endomarketing “é formada pelo prefixo
saudável e bem-
‘endo’, que tem origem no grego e significa posição ousucedida
ação no interior, ou seja, ‘movimento para dentro’”,
ou seja, “são as ações de comunicação que a empresa
deve realizar para consolidar a sua boa imagem junto aos funcionários e seus
familiares” (MATOS, 2014, p. 127).
É muito comum ocorrer uma certa confusão entre comunicação interna,
marketing interno e endomarketing. Na verdade, “a comunicação interna é uma
ferramenta do endomarketing” (TAVARES, 2010, p. 18) que também não é mar-
keting interno, porque, segundo Rahme (2017, p. 83), endomarketing são «todas
as ferramentas de marketing e comunicação com foco no processo de gestão de
pessoas, colocando-as no centro do processo».
9
9
“
“são ações de marketing eticamente dirigidas aos funcionários das
organizações e empresas focadas no lucro, das organizações não
lucrativas e governamentais e das do terceiro setor, observando
condutas de responsabilidade comunitária e ambiental” (BEKIN,
2004, p. 17 apud TAVARES, 2010, p. 18).
Não importa qual seja o foco que você decida utilizar com o endomarketing, o
importante é que ele seja utilizado de maneira estratégica conforme as neces-
sidades que serão trabalhadas no mercado, promovendo, ainda, uma relação
de troca entre funcionários e empresa.
Para facilitar o seu entendimento, observe a Figura 1, que traz um modelo
conceitual de endomarketing.
9
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UNIDADE 2
Marketing
como Competências
filosofia de organização
Comportamento
orientado para o
Mistura mercado Desempenho
marketing
da organização
interno Satisfação do
funcionário
Competências
Ferramentas de individuais e
marketing específicas
9
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Assim, para colocar em prática um programa de endomarketing, é necessário que
a organização execute 12 etapas para um bom desenvolvimento (RAHME, 2017).
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UNIDADE 2
9
9
Para isso, Pink (2010 apud RAHME 2017) recomenda que a empresa utilize a
motivação 3.0, chamada assim pelo autor. Para você entender melhor esse con-
ceito, observe a Figura 2:
“
“Diante disso, em um ambiente organizacional, programas de endo-
marketing têm de trabalhar com a motivação humana, o que signi-
fica fazer os funcionários darem o melhor de si, para que a empresa
possa ser competitiva» (RAHME, 2017, p. 95).
9
9
UNIDADE 2
COMUNICAÇÃO MERCADOLÓGICA
C
Consumidores
Empresas
Clientes
Formadores
de opinião
Fo
ornecedores
Acionistas
Governo
Concorrentes
Sindicatos Bancos
9
9
Para falarmos de marketing, é legal lembrar que, de maneira geral, o marketing é
uma ferramenta utilizada para atender às necessidades do consumidor, levando
em consideração os objetivos financeiros da empresa. E uma maneira das orga-
nizações conseguirem isso é utilizando a comunicação mercadológica.
A comunicação de marketing, ou comunicação integrada de marketing, é
uma das ferramentas do marketing. Las Casas (2009, p. 386) explica que esse tipo
de comunicação “é um sistema de gerenciamento e integração dos elementos de
comunicação de marketing, publicidade, assessoria de imprensa, promoção de
vendas, marketing de patrocínio e comunicação no ponto de venda”.
Com tantas ações utilizando canais de veiculação diferentes, é muito impor-
tante que elas tenham os mesmos elementos para comunicar a mesma mensagem.
Por isso, trabalhar com uma comunicação integrada
é necessário, a fim de que seja possível criar um efeito trabalhar com
uma comunicação
sinérgico para que o público possa receber, sempre,
integrada é
a mesma mensagem, apesar dos diferentes canais de necessário, a fim de
comunicação utilizados. Isso faz com que as chances que seja possível
de os clientes e consumidores memorizarem e absor- criar um efeito
verem a mensagem que está sendo transmitida por sinérgico
diversas ferramentas aumentem.
Portanto, as ferramentas que fazem parte da comunicação integrada de mar-
keting são (KOTLER, 2000, p. 533):
9
9
UNIDADE 2
9
9
Reflete a disposição de usar qualquer meio de
comunicação para alcançar o público-alvo, em lugar
CONTATO
de assumir um pré-comprometimento com um único
veículo.
Ficou claro para você que a comunicação integrada de marketing pode ser
vista como uma filosofia de comunicação? Segundo Yanaze (2011, p. 418),
“procura aproximar as modalidades da comunicação organizacional [...], vi-
sando melhorar a eficácia comunicacional, minimizando e concentrando os
esforços investidos neste setor”.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
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9
UNIDADE 2
Observe, na Figura 4, que todas as áreas ali apresentadas devem atuar de maneira
conjunta e integrada. “Em contrapartida, o mercado não sabe dessas dificuldades
nem se importa com elas, considerando apenas o que efetivamente lhe causa
impacto, sem levar em conta a fonte emissora” (OGDEN; CRESCITELLI, 2007,
p. 19). Assim, para as organizações agirem de modo a conseguir realizar uma
comunicação efetiva, é muito importante.
Para isso, é necessário que a empresa esteja atenta aos três pilares da comuni-
cação integrada de marketing (OGDEN; CRESCITELLI, 2007, p. 20):
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É muito importante que as organizações integrem as diferentes formas de co-
municação de marketing, pois, ao não fazer isso, as empresas estarão perdendo
a oportunidade de melhorar sua eficácia, além de evitar possíveis confusões por
parte do público-alvo com mensagens fragmentadas.
Figura 5 – Planejamento da comunicação integrada de marketing / Fonte: Rocha e Trevisan (2018, p. 38).
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UNIDADE 2
■ Propaganda (TV, rádio, mídia impressa, mídia externa, internet, cinema etc.).
■ Televendas.
■ Venda pessoal.
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A P RO F UNDA NDO
A marca Kit Kat, chocolate da Nestlé do Japão, investiu em um novo canal de vendas:
os Correios. A ação de marketing pode ser resumida na criação de um cartão-postal
comestível, o Kit Kat Mail. Como no Japão a marca soa como “kitto katsu”, que significa
“vai dar certo”, a criação de um postal com o produto teve o intuito de estimular as
pessoas a enviar um Kit Kat Mail como incentivo para seus parentes ou amigos que
estejam passando por situações difíceis. A empresa fechou um acordo com o governo
japonês e passou a oferecer, nas 24 mil agências dos correios do Japão, uma mala
direta com o chocolate dentro, mas em formato de postal. A mídia espontânea, nacional
e internacional, ao longo do projeto, foi calculada em torno de US$ 11 milhões e mais de
260 mil Kit Kat Mail foram entregues. Em virtude do sucesso da campanha, atualmente,
o cartão-postal da Kit Kat tornou-se um produto permanente.
Fonte: adaptado de Yanaze (2011).
Figura 7 – Pesquisas de comunicação integrada de marketing / Fonte: Rocha e Trevisan (2018, p. 196).
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UNIDADE 2
NOVOS DESAFIOS
Ao final deste tema, você se sente apto
a conceituar o composto da comuni-
cação organizacional? Se você tivesse
que diferenciar cada uma das comu-
nicações organizacionais, como faria?
Imagine que você é o gestor de
uma organização e, por isso, é res-
ponsável por elaborar e implantar os
processos de funcionamento da orga-
nização a partir do composto, de que
forma você faria seu plano de proje-
to? Quais seriam suas estratégias para
construir a cultura da organização a
partir da comunicação institucional,
administrativa, interna e mercado-
lógica? Reflita sobres esses pontos e
construa os passos possíveis dentro
da sua realidade.
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AGORA É COM VOCÊ
1. Durante muito tempo, a comunicação empresarial foi vista por muitos empresários
e organizações sob uma ótica unilateral e simplista. Muitos gestores não acredita-
vam na força e no poder que a comunicação tinha (e tem) dentro das empresas. Os
anos passaram, a cultura em relação à comunicação mudou e evoluiu desta ótica de
processo simples para algo mais complexo. Com base nessa afirmação, assinale a
alternativa que corresponda à forma de segmentação e de atuação da comunicação
em seus primórdios:
a) F, V, F, V, F.
b) F, F, F, V, V.
c) V, V, F, V, F.
d) V, V, V, F, F.
e) V, F, V, F, V.
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AGORA É COM VOCÊ
3. Um ponto muito importante que precisa ser levado em consideração é o fato da co-
municação interna ter uma relação direta com a cultura organizacional das empresas.
Isso implica na necessidade de trabalhar a comunicação interna respeitando todas as
diferenças e utilizando-a como ferramenta estratégica. Diante disso, analise as infor-
mações a seguir sobre as contribuições da comunicação interna para a organização:
a) I e II.
b) I e III.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
e) I, II, III e IV.
1 - Promoção de vendas
2 - Tipos de propaganda
3 - Tipos de promoção
4 - Relações públicas
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AGORA É COM VOCÊ
a) 1, 2, 3, 4.
b) 4, 3, 2, 1.
c) 3, 4, 1, 2.
d) 2, 3, 1, 4.
e) 1, 3, 2, 4.
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UNIDADE 2
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
COMUNICAÇÃO SOCIAL
INTEGRADA
LUÍS AUGUSTO ZILLMER CARDOSO
MINHAS METAS
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INICIE SUA JORNADA
Não importa o local em que você se encontra, pois certamente há aqueles am-
bientes em que você se sente bem e aqueles em que você se sente desconfortável
e até meio deslocado por causa do comportamento das pessoas e do tratamento
existente entre elas. O mesmo pode ocorrer no ambiente empresarial?
Embora possa parecer estranho, essas situações mantêm relação direta com a
comunicação nas empresas que estamos tratando. Isso porque a comunicação
cultural está ligada ao clima organizacional e que também pode ser melhorado
pela comunicação.
COMUNICAÇÃO CULTURAL
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UNIDADE 2
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1
com os colaboradores e percebido pela maneira como as pessoas realizam
seu trabalho (PIMENTA, 2002).
Vamos recorrer a um exemplo prático para deixar tudo isso mais claro. Há
empresas em que as pessoas colaboram mais ou menos entre si nas diversas
formas de entregar um objeto ou documento, na maneira como se relacionam
e na apatia ou interesse nos assuntos referentes à empresa.
“
“Isso acontece porque o clima tem efeito direto sobre a satisfa-
ção e a motivação para o trabalho. Ele pode ser definido como
o conjunto de percepções subjetivas e sentimentos que os fun-
cionários têm sobre a divisão do trabalho, a responsabilidade,
o comportamento do chefe, as instalações onde trabalham etc.”
(PIMENTA, 2002, p. 85).
Essa breve explicação nos mostra como a cultura pode ser influenciada pelas
formas como as pessoas se comunicam internamente na organização e nas
maneiras como agem diariamente na realização de seu trabalho.
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UNIDADE 2
“
A comunicação interna é a ferramenta que vai permitir que a admi-
nistração torne comuns mensagens destinadas a motivar, estimular,
considerar, diferenciar, promover, premiar e agrupar os integrantes
de uma organização. A gestão e seu o conjunto de valores, além da
missão e visão de futuro, proporcionarão as condições para a comu-
nicação empresarial poder atuar com eficácia (MATOS, 2009, p. 93).
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Para comunicar-se de maneira efetiva com
e essa comunicação
seus funcionários, as empresas podem utilizar as
não deve ser
mídias internas (vídeos, jornais, revistas, alto-fa- apenas no fluxo
lantes, painéis eletrônicos, folhetos, displays, jor- descendente
nais-murais, e-mails) e essa comunicação não deve
ser apenas no fluxo descendente, ou seja, de cima para baixo, ensinam Tomasi
e Medeiros (2014).
Matos (2009) afirma que, sem comunicação, com os recursos humanos
com qualidade total, não se consegue mudar o modelo organizacional
para garantir competitividade para a empresa e transformar-se em um
diferencial estratégico para a busca constante da melhoria da qualidade
de vida no trabalho.
Segundo ele, a comunicação é a força que di-
namiza a vida das pessoas. Assim, costuma-se de- a comunicação é a
força que dinamiza a
nominar também a comunicação interna como
vida das pessoas
relações com os colaboradores e cuja atividade
deve estar comprometida com os valores dos fun-
cionários, e não com os valores apenas da diretoria da organização.
Para tanto, Bueno (2009) sugere visualizar os vários públicos existentes em
uma organização e direcionar materiais de comunicação específicos a cada
um desses públicos. Essa segmentação garantirá maior eficácia ao processo
de comunicação interna.
A comunicação interna deve ser utilizada para conscientizar os trabalha-
dores da visão, missão, estratégias e também para animar, a fim de que todos
conscientizem-se do papel desempenhado pela organização na sociedade
(TOMASI; MEDEIROS, 2014).
Nessa mesma linha de raciocínio, verificamos
que a comunicação interna permite que a orga- fator de motivação
nização possa realizar as mudanças necessárias à por meio do diálogo
estabelecido entre
competividade com eficiência e humanize o traba-
a empresa e os
lho. Dessa forma, oferecerá uma cultura de par- funcionários.
ticipação, que serve como fator de motivação por
meio do diálogo estabelecido entre a empresa e os funcionários.
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UNIDADE 2
“
A comunicação interna também forma “embaixadores” da organização,
que são verdadeiros multiplicadores dos valores, atividades e produtos
da empresa. O público interno é, certamente, um dos que têm maior
crédito ao falar a respeito da organização. Por isso, é muito importante
que ele esteja sempre bem informado, sendo o primeiro a saber sobre
as notícias da empresa. Para que a comunicação interna tenha sucesso,
é necessário conhecer em profundidade o público interno. Para que
os colaboradores aceitem e confiem nos veículos e mensagens da co-
municação interna, é necessário que ela esteja de acordo com as suas
expectativas e necessidades (MATOS, 2009, p. 104-105).
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Em maior ou menor grau, todas as empresas possuem algum tipo de rádio
corredor, com características específicas de cada ambiente. Mas seus efeitos
podem ser neutralizados ou até utilizados em favor da organização.
Para isso, Pimenta (2002) sugere adotar a tática de iniciar um rumor muito
pior do que poderia acontecer na realidade. Quando esse rumor estiver sufi-
cientemente difundido, deve-se fazer uma declaração que, ainda que contenha
más notícias, provocará alívio por ser menos drástica do que aquilo que estava
sendo disseminado entre os colaboradores extraoficialmente. Assim:
“
“O que certamente não pode ser esquecido é que sendo impos-
sível extinguir ou controlar a rádio peão, os administradores
devem cuidar dos processos de comunicação para diminuir as
chances de especulações. Para isso, é necessário ter uma atitude
que assegure aos funcionários que eles estão recebendo infor-
mações suficientes e honestas, sempre” (PIMENTA, 2002, p. 77).
Na mesma linha de raciocínio, Bueno (2009) diz que devemos aprender com
a rádio peão como fazer uma comunicação eficiente. Também devemos ter
consciência de que a rádio peão somente existe por uma falha na comunica-
ção interna da empresa com os funcionários.
Para neutralizar a força da rádio peão ou uti-
O importante é
lizar sua força para disseminar as informações de
não deixar vácuos
acordo com os interesses da organização, muitas
na comunicação
empresas estão recorrendo aos agentes de comu- interna
nicação interna. Eles são pessoas de vários cargos
e níveis que ficam responsáveis por transmitir as
mensagens entre seus pares. Dessa forma, eles atuam como responsáveis pela
comunicação interna por meio da rádio peão, conquistando a confiança e a
credibilidade dos demais colaboradores.
Essa prática não existe em manuais ou livros, mas pode ser uma iniciativa
eficiente para a comunicação interna da organização. O importante é não
deixar vácuos na comunicação interna e conseguir engajar os funcionários
com a organização. E isso pode ser feito por meio do endomarketing, cujo
tema será abordado na sequência.
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UNIDADE 2
Endomarketing
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Conforme Brum (1998), o termo endomarketing é composto pelas palavras
“endo”, cuja origem grega significa ação interior ou movimento para dentro, com
a junção da palavra marketing. Essa somatória nos leva a entender o termo “en-
domarketing” como uma ação de marketing interno.
Essas ações de marketing interno buscam ressaltar, ao mesmo tempo, a im-
portância do funcionário no processo produtivo e o respeito como ser humano,
com potencialidades e dificuldades, defendem Tomasi e Medeiros (2014).
Isso quer dizer que o objetivo do endomarketing consiste em fazer com
que todos os funcionários tenham uma visão compartilhada sobre o negócio da
empresa, incluindo gestão, metas, resultados, produtos, serviços e mercados. Esses
objetivos podem ser alcançados por meio de ações baseadas no tripé: benefícios,
reconhecimento e informação.
Isso caracteriza o que Brum (1998) denomina de programa de endomar-
keting, ou seja, um conjunto de ações e instrumentos criados, produzidos e dis-
tribuídos com o objetivo de informar, integrar e encantar o público interno.
“
Um programa de endomarketing leva em conta a necessidade de
bom-senso para admitir e resolver problemas; o reconhecimento
da importância do empregado na organização; a comunicação ao
empregado de tudo o que acontece na empresa; a avaliação cons-
tante do processo com os envolvidos, redirecionando se necessário;
o enfrentamento de conflitos e resistências; a demonstração de ho-
nestidade de propósitos (TOMASI; MEDEIROS, 2007, p. 91).
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UNIDADE 2
■ Remuneração adequada.
Dessa forma, podemos visualizar nessas ações o tripé composto por benefícios, reco-
nhecimento e informação para atingir os objetivos de informar, integrar e encantar
o público interno em uma organização ou, simplesmente, gerar comprometimento
com o trabalho!
Para motivar os colaboradores a trabalharem com afinco rumo aos objetivos estabe-
lecidos pela organização, é preciso sempre pensar em ações baseadas em benefí-
cios, reconhecimento e informação. Vejamos algumas ações importantes:
• Melhorar o ambiente de trabalho.
• Pagar salários dignos e adequados à realidade.
• Capacitar e treinar as pessoas das diversas equipes.
• Valorizar o conhecimento específico dos funcionários.
• Promover os colaboradores por mérito.
• Aproximar os familiares dos colaboradores da organização.
• Comemorar com frequência os resultados obtidos pela organização.
• Comunicar tudo isso por meio da comunicação interna para valorizar a equipe
de trabalho.
Há muitas outras ações possíveis de serem criadas e desenvolvidas por uma or-
ganização para praticar o endomarketing. Todas elas dependem da criatividade
para gerar comprometimento e engajamento.
“
“O endomarketing é apontado por especialistas da administração
moderna como um dos principais diferenciais competitivos que
transforma os colaboradores e os funcionários da empresa nos
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principais criadores da imagem institucional de uma organização
saudável e bem-sucedida. Durante a década de 1990, conclui-se
que o conceito de público interno da organização é constituído
dentro dela própria, por meio da opinião, motivação e satisfação
das pessoas que para ela trabalham” (MATOS, 2009, p. 89).
deve ser feita uma pesquisa de clima para tornar perceptível a realidade da em-
presa e as necessidades e os anseios dos colaboradores.
deve considerar a meta a ser alcançada pela empresa, que pode ser aumento de
produtividade, melhoria da qualidade do produto/serviço, conquista de credibili-
dade interna, lançamento de novos produtos e outros.
deve-se criar uma frase que represente e sintetize o que se pretende (um
slogan) e também criar uma marca ou personagem que represente esse mov-
imento para dentro.
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UNIDADE 2
E U IN D ICO
COMUNICAÇÃO SOCIAL
A comunicação organizacional
muitas vezes pode ser interpre-
tada como comunicação social,
uma vez que a maioria das pes-
soas entende que as organizações
apenas se comunicam com o pú-
blico por meio de propagandas
em jornais, revistas, TVs e rádios.
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No entanto, essas formas de comunicação correspondem a apenas uma
parte de tudo aquilo que a comunicação social e suas ferramentas são capazes
de fazer para a comunicação nas organizações e seus objetivos de formar a
imagem e a identidade corporativa.
“
De um lado, a lógica do consumidor apoia-se em suas necessidades;
de outro, apoia-se em valores difundidos pela sociedade. O consu-
midor precisa de produtos, mas não somente deles, visto que, junto
com o produto, adquire certos valores, como conforto, bem-estar,
saúde e status. Os produtos consumidos também servem para di-
ferenciar as pessoas, pois são sinais e símbolos que as distinguem
(TOMASI; MEDEIROS, 2007, p. 79).
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UNIDADE 2
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Ferramentas de comunicação social ou
de comunicação integrada de marketing
comunicação
O conceito de Comunicação Integrada de Marketing
integrada de
(CIM) resulta do reconhecimento de que os objetivos marketing não
da comunicação somente poderão ser eficazmente é sinônimo de
alcançados se todos os elementos do programa de co- marketing
municação forem coordenados e integrados, de modo
a criarem uma posição, mensagem ou imagens únicas, diferenciadas e consistentes
na mente do consumidor-alvo do produto (LIMEIRA, 2004).
Apesar do nome, comunicação integrada de marketing não é sinônimo de
marketing. Enquanto o marketing se ocupa da relação de satisfazer os consu-
midores por meio de produtos e serviços de valor para eles, a comunicação
integrada apenas divulga os resultados desse processo.
Diante do exposto, podemos relacionar as principais ferramentas de co-
municação social com as suas respectivas características, conforme proposto
pelos autores a seguir:
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UNIDADE 2
PROPAGANDA
PROMOÇÃO DE VENDAS
VENDA PESSOAL
MARKETING DIRETO
RELAÇÕES PÚBLICAS
PUBLICIDADE
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ASSESSORIA DE IMPRENSA
PROMOÇÃO DE EVENTOS
ATENDIMENTO AO CLIENTE
EMBALAGEM
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UNIDADE 2
Produto/ Empresa/
Mais dirigido a Produto Produto
empresa produto
Imagem/ Venda/
Objetivo final Imagem Venda
venda imagem
Ponto de
Meios/
Canais usados Meio/ veículos venda e Ponto de venda
veículos
veículos
Ações
Comercial/ Matérias/
Instrumentos promocionais/ Ações dirigidas
anúncio release
anúncios
Produção/
Produção/ Projeto/ Produção/
Custos de espaço no
veiculação produção veiculação
ponto de venda
AP RO F U N DA NDO
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A ouvidoria e a figura do ombudsman diferem do canal para atendimento
ao consumidor (LIMEIRA, 2004), pois esse último é utilizado para o apri-
moramento dos produtos e serviços que uma empresa oferece ao mercado
(TOMASI; MEDEIROS, 2014).
Também podemos incluir o lobby como uma ferramenta de comunicação
social, a fim de a organização defender os seus interesses junto aos governan-
tes e com as instituições governamentais.
“
A comunicação da empresa deve mostrar à sociedade e aos for-
necedores de opinião a pressão “politicamente correta”, feita
sobre aquelas que, momentaneamente, podem estar contra os
projetos da empresa. Politicamente correta quer dizer atividade
exercida de forma ética e transparente. A transparência é dada
por uma comunicação a que qualquer pessoa pode ter acesso e
entender” (TOMASI; MEDEIROS, 2007, p. 62).
Com a mesma transparência com que uma empresa deve atuar em defesa de
seus interesses junto às entidades governamentais, ela também deve enfrentar
as situações de crise pelas quais passa em determinados momentos.
De acordo com Silva Neto (2010), uma situação de crise ou emergên-
cia pode ser definida como aquela situação inesperada, urgente e que requer
uma ação imediata da organização ou, ainda, uma situação de risco, assim
considerada quando existe um conflito de interesses.
Essas crises podem ocorrer por conta de acidentes com vítimas (uma queda
de um avião), ações judiciais (condenações de empresários) e ações de defe-
sas dos consumidores (práticas ilegais na venda de produtos ou serviços), por
exemplo. Outras formas de crise podem se configurar por conta de defeitos
nos produtos/serviços fornecidos, exigindo uma correção ou substituição
(recall), casos de discriminação, catástrofes ambientais ou, ainda, fraudes e
crimes cometidos por funcionários ou donos das organizações.
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UNIDADE 2
AUDITORIA DE VULNERABILIDADE
PLANEJAMENTO DE CRISES
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Todas essas formas de executar a comunicação social podem ser feitas com a
ajuda de terceiros, tais como agências de propaganda, serviços terceirizados de
relações públicas, assessoria de imprensa, gestão de design e branding, ouvido-
ria e outros. A própria empresa pode optar por manter essas funções dentro da
organização para um maior controle das operações de comunicação e constante
comunicação com os vários públicos interessados na organização.
AP RO F U NDA NDO
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UNIDADE 2
NOVOS DESAFIOS
Agora que finalizamos este tema, o que você aprendeu até aqui? Ficou claro para
você que a comunicação cultura corresponde àquela responsável por comportar
os climas internos? No seu local de trabalho, as referências culturais manifestam-
-se por meio da missão, visão e valores da empresa? Em sua vivência, a comuni-
cação interna comunica-se de maneira efetiva com seus funcionários?
Além disso, você, como profissional de comunicação, sente-se apto a atuar e
projetar um conceito adequado das organizações perante seus públicos? Quais
ações você poderia propor com vistas a construir a imagem da organização no
mercado e atingir a opinião pública para formar a identidade e a imagem corpo-
rativa? Reflita sobre essas questões e comece a atuar como profissional da área.
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AGORA É COM VOCÊ
1. A comunicação cultural utiliza uma variedade de técnicas cujo objetivo são obter a
conscientização dos trabalhadores em relação à missão, visão, valores e estratégias da
empresa para que eles se engajem em suas atividades. Com relação ao endomarketing
e à comunicação interna, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
PORQUE
2. De acordo com Pimenta (2002), a cultura de uma empresa pode ser identificada por
meio de uma análise dos elementos tangíveis e intangíveis e todos eles caracterizam
a comunicação cultural da organização. A partir do exposto, assinale a alternativa
que apresenta os elementos tangíveis e intangíveis da cultura de uma organização:
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AGORA É COM VOCÊ
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AGORA É COM VOCÊ
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UNIDADE 2
TEMA DE APRENDIZAGEM 6
GESTÃO DA COMUNICAÇÃO E
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
GERENCIAIS
LUÍS AUGUSTO ZILLMER CARDOSO
MINHAS METAS
Estudaremos o tipo de comunicação organizacional denominada administrativa
ou gerencial e conheceremos os aspectos relativos à comunicação administra-
tiva e os problemas inerentes a essa modalidade.
Aprenderemos como utilizar esse recurso para contribuir com o objetivo final da
1 comunicação nas organizações.
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INICIE SUA JORNADA
Você deve se recordar de quando era criança e brincava de telefone sem fio.
Caso não se recorde, essa brincadeira reúne um grupo de crianças e uma men-
sagem precisa ser transmitida para a outra, sequencialmente, por meio de um
cochicho no ouvido do outro.
Na brincadeira do telefone sem fio, em geral, a mensagem chega ao último do
círculo de forma totalmente distorcida e muito longe daquilo que o primeiro
interlocutor e emissor da mensagem disse ou gostaria de ter dito.
Pode parecer estranho abordarmos essa brincadeira infantil em um livro de
comunicação de empresas, porém ela reflete uma situação muito comum dentro das
organizações, que são os problemas de comunicação administrativa ou gerencial.
Se você acha que estamos exagerando, esses problemas comunicacionais são
mais comuns do que você imagina. As distorções ocorrem pela forma como são
escritas e enviadas, além da atenção dispensada a elas na rotina diária da empresa.
VAMOS RECORDAR?
Para não causarmos qualquer problema de comunicação sobre o assunto,
vamos rever o conceito de comunicação administrativa ou gerencial. De
acordo com Tomasi e Medeiros (2014, p. 73), “é a forma de comunicação que
compreende conteúdos relativos ao cotidiano da administração”.
A comunicação administrativa atende às áreas centrais de planejamento e às
estruturas técnico-administrativas. Ela tem como objetivos orientar, atualizar,
ordenar e reordenar o fluxo das atividades funcionais (TORQUATO, 2002; TO-
MASI; MEDEIROS, 2014).
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UNIDADE 2
COMUNICAÇÃO ADMINISTRATIVA/GERENCIAL
“
“[...] é o que demanda maior complexidade, transformando-se, por
conseguinte, em uma das maiores fontes de problemas e ruídos nas
organizações. No entanto, não tem merecido tratamento de alta
prioridade como seria desejável. A desatenção sobre a comunicação
administrativa se deve ao desconhecimento do sistema, à profu-
são dos centros emissores de comunicação – que acaba repartindo
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responsabilidades e ofuscando a função das fontes – e à carência
de profissionais no mercado com formação adequada para tratar e
administrar os elos da cadeia” (TORQUATO, 2002, p. 45).
Na prática, isso tudo equivale a exemplificar com um e-mail interno que você
recebe informando que um diretor foi transferido de uma área para outra em
função do seu desempenho para otimizar os resultados da companhia.
Outro exemplo de comunicação administrativa são os ofícios internos e cir-
culares referentes às normas de uso ou de encaminhamento de solicitações ou
pedidos de materiais feitos entre as várias áreas de uma empresa.
Quando você ingressa em uma empresa atualmente, é muito comum receber
um manual do colaborador, composto por uma apresentação da empresa, com
sua missão, visão, valores, produtos, normas de conduta, política salarial e de
desenvolvimento. Esse é outro exemplo de uma comunicação administrativa/
gerencial usado por uma organização.
INDEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADES
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UNIDADE 2
DISSONÂNCIA NORMATIVA
compreende a falta de clareza das normas a serem seguidas. Quem não domina a
comunicação, não será capaz de elaborar uma mensagem eficaz e eficiente!
EXCESSO DE INFORMAÇÃO
OPORTUNIDADE DA COMUNICAÇÃO
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INFORMAÇÕES QUE DEMANDAM MUITO TEMPO PARA DECODIFICAÇÃO
TORNAM-SE INÚTEIS
INADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM
a) Informatizar a comunicação.
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UNIDADE 2
Além dos aspectos mencionados, não devemos nos esquecer dos níveis
e fluxos de comunicação, que você já conhece, os quais conduzem as infor-
mações internamente e de como eles afetam a comunicação administrativa/
gerencial nas organizações.
E U IN D ICO
E U IN D ICO
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Essa tecnologia é composta por computadores (hardware) e pelos programas (soft-
ware), que têm o objetivo único de armazenar, processar e transmitir a informação.
“
Seu papel é o de suporte à gestão do conhecimento, desenvolvendo
e implantando tecnologias e sistemas de informação que sirvam
de apoio tanto à comunicação empresarial como à troca de ideias
e experiências. A TI também facilita e incentiva as pessoas a se
unir, participar de grupos e de redes informais para a aquisição
ou troca de conhecimento, além de favorecer o compartilhamento
dos problemas, das ideias e das soluções encontradas em seu dia
a dia profissional (TERCIOTTI; MACARENCO, 2009, p. 14-15).
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UNIDADE 2
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Comunicação externa com o uso de sistemas de informação e
mídias digitais
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UNIDADE 2
E o que tudo isso tem a ver com a comunicação nas organizações, cujo tema es-
tamos estudando nesse momento? Absolutamente tudo, afinal, todos os recursos
disponíveis pela internet podem ser utilizados pelas empresas para a comuni-
cação com seus públicos, conforme nos mostram Terciotti e Macarenco (2013):
E-MAILS
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SKYPE OU COMUNICADORES INSTANTÂNEOS
SECOND LIFE
E-LEARNING
BLOGS
COMUNIDADES
São canais de participação das pessoas por meio de blogs, sites, e-books, news-
letters, WhatsApp etc., mais dinâmicos do que os sites. Diferente dos meios de
comunicação de massa, as comunidades transformam o usuário em interlocutor
e levam à customização da informação.
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UNIDADE 2
O uso das redes sociais para as empresas vem ganhando cada vez mais espaço
para as organizações. Em tempos de Web 2.0 e Web 3.0, nos quais vivemos atual-
mente, podemos citar alguns exemplos de uso pelas empresas.
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Blog: publicação e documentação de acontecimen-
tos, processos de aprendizagem e produção de con-
teúdo sobre diferentes temas referentes aos produtos
e serviços.
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UNIDADE 2
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E U IN D ICO
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UNIDADE 2
RELACIONAMENTO
COMPETITIVIDADE
DESBUROCRATIZAÇÃO
O uso das novas tecnologias para a comunicação nas empresas é um tema fascinante
e que será abordado também em outras disciplinas do curso. Lembre-se de que o ob-
jetivo desta disciplina compreende abranger as formas como uma instituição pode
se comunicar com seus públicos para formar sua imagem e identidade corporativa.
NOVOS DESAFIOS
Agora que finalizamos este tema, o que você aprendeu até aqui? Com relação à comu-
nicação administrativa, quais as formas possíveis de ocorrer as distorções? Conside-
rando os principais problemas presentes nesse tipo de comunicação, quais deles ou
quantos deles você consegue identificar em seu local de trabalho? Observe e registre
essas informações para o seu aprimoramento como profissional da comunicação.
Além disso, em sua organização, quais ferramentas relacionadas aos sistemas
de informação são utilizadas? Você consegue identificar os aspectos positivos do
uso das mídias digitais em sua empresa? Não se esqueça de elencar e registrar as
suas respostas! Até a próxima.
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AGORA É COM VOCÊ
3. De acordo com Torquato (2002), os fluxos de comunicação exercem grande influência so-
bre a eficácia do processo. Esses fluxos representam os caminhos pelos quais a comuni-
cação passa e costumam ser complexos, com graus variados de hierarquia e que podem
gerar ruídos entre os envolvidos no processo de comunicação. Nesse sentido, considere
a seguinte situação: um líder de uma área de trabalho preciso instruir sua equipe sobre
as atividades a serem desempenhadas, as políticas da organização e os benefícios que
empresa retornará em relação ao desempenho atingido. Para atender a esse objetivo da
comunicação organizacional, o fluxo organizacional a ser adotado deverá ser:
a) Fluxo lateral.
b) Fluxo ascendente.
c) Fluxo descendente.
d) Fluxo diagonal.
e) Fluxo grupal.
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AGORA É COM VOCÊ
4. (ENADE, 2018) Uma grande empresa provedora de filmes e séries de televisão via
streaming, utiliza recursos de big data para armazenar os dados de seus consumido-
res. A empresa passou a utilizar também os recursos de marketing digital, de modo
que fosse possível criar experiências positivas com os consumidores. Em uma das
análises dos dados, revelou-se que os clientes demoravam, em média, 20 minutos
para decidir a que assistir. A partir de dados antigos de cada consumidor, a empresa
passou a enviar mensagens e avisos relacionados aos filmes ou às séries que pode-
riam agradar aquele consumidor específico. Além disso, a empresa, com base nos
dados atuais dos consumidores, busca prever as séries e os filmes que os clientes
venham a assistir. Nesse contexto, avalie as afirmações a seguir.
I - A primeira estratégia utilizada pela empresa pode ser descrita como segmen-
tação, que, com a utilização do big data, foi realizada com dados específicos.
II - Os dados captados por meio de big data possibilitam que a empresa direcione a
escolha de filmes e séries de acordo com o seu interesse comercial.
III - A empresa deve utilizar o big data com cautela, pois podem restringir a oferta de
produtos, limitando a escolha do consumidor.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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AGORA É COM VOCÊ
PORQUE
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 3
TEMA DE APRENDIZAGEM 7
MINHAS METAS
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INICIE SUA JORNADA#
Caro(a) estudante, para este nosso estudo, traremos discussões que abarcam a
língua como um instrumento de interação social e profissional, que caminha
e evolui em conjunto com os falantes. Em geral, os manuais de redação técnica
não abarcam essa discussão e a formação acadêmica precisa amparar você, para
que esteja habilitado a se comunicar de forma assertiva no mercado de trabalho.
VAMOS RECORDAR?
Considerando que este tema tem como finalidade apresentar estudos a partir
da sociolinguística, vamos recordar do que se trata?
Sociolinguística é o ramo dos estudos linguísticos que busca compreender a lín-
gua em seu contexto de uso, isto é, no contexto das interações sociais humanas.
Para iniciarmos nossos estudos, consideremos, desde já, que a linguagem é um me-
canismo de interação humana. Nesse processo, por meio da utilização da língua e
da linguagem em situações comunicativas contextualizadas, os membros de uma
comunidade discursiva compartilham conhecimentos e produzem registros históri-
cos, documentos com valor jurídico e uma infinidade de outros gêneros discursivos.
Assim, conforme Travaglia (2003, p. 23), um indivíduo usa a língua para além de
“
“[...] somente traduzir e exteriorizar um pensamento, ou transmitir
informações a outrem, mas sim realizar ações, agir, atuar sobre o
interlocutor (ouvinte/leitor). A linguagem é, pois, um lugar de inte-
ração humana, de interação comunicativa pela produção de efeitos
de sentido entre interlocutores, em uma dada situação de comuni-
cação e em um contexto sócio-histórico e ideológico”.
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UNIDADE 3
“
“[...] texto é um fruto de um processo extremamente complexo de
linguagem e interação social, de construção social de sujeitos, de co-
nhecimentos de natureza diversa. Entender o texto como uma “enti-
dade multifacetada” só é possível quando entendemos que linguagem
é uma forma de interação. É o princípio interacional que rege o uso da
linguagem, oralmente ou por escrito. Isso porque falamos ou escreve-
mos sempre para alguém (ainda que esse alguém seja nós mesmos) e
não o fazemos à toa, ou de qualquer jeito” (KOCH; ELIAS, 2018, p. 18).
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Essas concepções, trazidas pelas autoras supracitadas, respaldam o que elas cha-
mam de princípio interacional dos textos. Koch e Elias (2018) trazem outros
fatores que, junto com o princípio interacional, compõem os fatores de textua-
lidade. Vamos conhecer cada um deles.
O princípio de intencionalidade pode ser, por exemplo, o de informar,
ordenar, argumentar, anunciar etc., e é esperado que o outro, quem lê o texto,
reaja sobre ele. Essa reação está atrelada ao princípio de aceitabilidade de um
texto, que está relacionado ao fato de o receptor do texto aceitá-lo como coerente.
Há, ainda, o princípio da situacionalidade, que envolve avaliarmos a situação
em que nos encontramos e em que se encontra o outro com quem interagimos.
Temos também o princípio da intertextualidade, que diz respeito aos pressu-
postos e conhecimentos de textos em comum, a relação entre textos “que se cruzam
e se entrecruzam produzindo variadas combinações” (KOCH; ELIAS, 2018, p.19).
Por fim, temos o princípio da informatividade, que é a relação de uma
proporção de informações que precisamos trazer nos textos.
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UNIDADE 3
“
“considera a finalidade, o interlocutor eleito e o gênero textual es-
colhido para trabalhar sobre o tema, a organização composicional
e o estilo de língua na produção textual”.
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(2002): a expressão “tipo textual” refere-se aos as- os tipos textuais
pectos lexicais, sintáticos e tempos verbais, enfim, a dividem-se
partir de uma sequência definida, teoricamente, pela em: narração,
natureza linguística. Nesse sentido, os tipos textuais argumentação,
exposição,
dividem-se em: narração, argumentação, exposição,
descrição e injunção
descrição e injunção.
Por outro lado, há a ideia estabelecida, por meio de estudos sacramentados,
acerca dos gêneros textuais, como os estudos de Bakhtin (1992), os quais ca-
tegorizam esses gêneros como diversos textos materializados e encontrados nas
inúmeras situações de interação social, sejam elas em ambientes mais descon-
traídos ou em situações que demandam formalidade.
Por esse viés teórico, inúmeros gêneros textuais se fazem presentes nos diversos
ambientes comunicativos e servem de apoio para que os interlocutores se comuni-
quem. No ambiente dos negócios, por exemplo, os gêneros utilizados são: o e-mail,
o ofício, o bilhete, a carta comercial, dentre muitos outros gêneros (orais e escritos).
Os estudos de Bakhtin (1992; 2003), filósofo russo, são bastante expressivos
para o estudo dos gêneros textuais devido à sua ênfase no dialogismo do proces-
so comunicativo. Para esse estudioso, os gêneros são concebidos como esferas
de uso da linguagem. Assim, os diversos textos com os quais temos contato
diário (orais, escritos, imagéticos), a partir da nossa atuação em sociedade, são
passíveis de estudo a partir da teoria bakhtiniana, a fim de que desenvolvamos
uma comunicação assertiva, em diferentes esferas comunicativas, dentre elas os
ambientes empresariais, que nos interessa especialmente nesse momento.
1) o grupo dos gêneros primários (considerados mais simples), que são material-
izados em circunstâncias interacionais informais e de cunho cotidiano, por ex-
emplo, em conversas via aplicativos, como é o caso do diálogo verbal entre duas
ou mais pessoas e a conversa em grupos por meio do aplicativo WhatsApp;
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UNIDADE 3
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A P RO F UNDA NDO
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UNIDADE 3
“
“Um belo exemplo é o de uma grande empresa que precisava alertar
os seus credenciados sobre várias mudanças: algumas fundamen-
tais; outras, nem tanto. Na estruturação da carta, as informações
menos importantes obtiveram tanto destaque que os credenciados
não valorizaram as outras, as principais. Consequência: os proce-
dimentos adotados só atenderam em parte ao que foi solicitado,
fazendo com que houvesse, posteriormente, um gasto extraordiná-
rio de tempo com telefonemas explicativos” (GOLD, 2005, p. 05).
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A seguir, trabalharemos os itens objetividade, clareza, polidez, coerência e
coesão, bem como persuasão e originalidade, que são características presentes
na linguagem dos gêneros textuais do contexto empresarial.
Objetividade e clareza
■ 3. A empresa “XXX” comunica oficialmente aos seus clientes que não tem
ligação com fraudes divulgadas na mídia.
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UNIDADE 3
Polidez
“
“as boas maneiras, com todos os seus rituais, procedimentos e re-
gras, podem ser entendidas com um complexo jogo de interações e
comunicação com base no qual nosso cotidiano é criado – e a po-
lidez é talvez a forma mais intensa da ética dessa relação. [...] o que
costumamos agrupar com nome de ‘educação’, ‘bons modos’, ‘boas
maneiras’ e ‘etiqueta’ constitui, a rigor, estratégias de comunicação
que utilizamos para facilitar o convívio com os outros. A ética da
comunicação com polidez está baseada na ideia de que, dentro de
uma sociedade, todas as pessoas compartilham alguns códigos de
interação que podem ser facilmente compreendidos e aplicados”
(MARTINO; MARQUES, 2018, p. 63).
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Quanto maior for o distanciamento social entre os interlocutores, maior será
o grau de polidez exigido pelo contexto de interação. Veja: em uma situação
comunicativa em que um representante da imprensa entrevista a presidência de
uma organização empresarial, o grau de formalidade será muito maior que em
uma situação de happy hour entre colegas de trabalho.
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
Fique atento: a ideia e as regras de polidez variam de uma sociedade para outra e em
culturas diferentes, principalmente se temos relações comerciais com países diferentes.
Dessa forma, vale muito a pena estudar o cliente, a fim de que você não cometa gafes
no contexto das suas relações comerciais.
Fonte: a autora.
Coerência e coesão
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UNIDADE 3
“
“[...] a coerência é algo que se
estabelece na interação [...] ela é
o que faz com que o texto faça
sentido para os usuários, de-
vendo ser vista, pois, como um
princípio de interpretabilidade
do texto. Assim, ela pode ser vista
também como ligada à inteligibi-
lidade do texto numa situação de
comunicação e à capacidade que
o receptor do texto (que o inter-
preta para conhecê-lo) tem para
calcular o seu sentido” (KOCH;
TRAVAGLIA, 2011, p. 14).
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É importante considerar que a coesão contribui para a construção da coerên-
cia textual que é estabelecida na mente dos interlocutores. O uso de elementos
coesivos contribui para que as ideias sejam transmitidas de forma clara.
Koch (2008) explica duas grandes modalidades de coesão: a coesão referen-
cial (ou remissiva) e a coesão sequencial. A coesão referencial, conforme Koch
(2008, p. 31), é “aquela em que um componente da superfície do texto faz remissão
a outro(s) elemento(s) nela presentes ou inferíveis a partir do universo textual”.
Quando temos a utilização de um elemento que remete (faz remissão) a algo
que vem antes, dentro do enunciado, temos um caso de anáfora. Já quando utili-
zamos um elemento que remete (faz remissão) a algo que virá depois, dentro do
texto, temos um caso de catáfora.
Para que fique claro para você, aluno(a), trazemos os seguintes exemplos:
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UNIDADE 3
“
“[...] a coesão é a maneira como os constituintes da superfície
textual se encontram relacionados entre si, numa sequência,
através de marcas linguísticas; é a ligação entre os elementos
superficiais do texto. Já a coerência tem como funcionamento
a continuidade de sentidos, dizendo respeito ao modo como os
componentes textuais, isto é, a configuração dos conceitos e rela-
ções subjacentes à superfície do texto, são mutuamente acessíveis
ou relevantes” (BEAUFRANDE; DRESSLER, 1983 apud KOCH;
TRAVAGLIA, 2011, p. 16).
Persuasão
Conforme pontua
Abreu (2001), ao se-
rem contextualizadas,
as palavras deixam de
ser neutras e passam a
exprimir valores, con-
ceitos e pré-conceitos.
No caso do discurso
persuasivo, os redatores
procuram utilizar o lé-
xico de forma que con-
sigam transmitir ideologias, formar opiniões e reformular opiniões, sempre
trabalhando com a finalidade de convencimento do receptor.
A esse respeito, Citelli (2004) registra que a preocupação de trabalhar
as estratégias argumentativas em um discurso vem desde a Grécia Clássica,
período em que já havia a preocupação de convencer o público-alvo consi-
derando a cultura da época, visto que o domínio da expressão verbal, em sua
vertente oratória, era importantíssimo para os gregos.
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Abreu (2001) afirma que a persuasão está ligada a persuasão está
ao irracional de uma pessoa. O objetivo, segundo o ligada ao irracional
autor, é trabalhar com o emocional, é fazer com que de uma pessoa
o destinatário, além de compreender, saiba avaliar os
argumentos a ele apresentados, havendo, assim, um confronto de opiniões, em
que os argumentos podem ser aceitos ou rejeitados pelo receptor.
Dessa forma, no contexto das organizações empresariais e do mundo globa-
lizado, a todo momento presenciamos argumentar para angariar novos clientes,
manter os clientes já conquistados, interagir com o público-alvo de diferentes
formas, responder às diversas solicitações recebidas, reforçar no público-alvo
uma ideologia etc.
Essa linha de raciocínio nos permite considerar que a persuasão é uma das
características presentes nos textos empresariais (orais e escritos) – e os redatores
precisam ter esse entendimento.
A seguir, temos alguns conectivos que contribuem para a coerência e a coesão
textual e para a introdução de argumentos persuasivos:
CONECTIVOS
IDEIAS CONECTIVOS COMPOSTOS
SIMPLES
Tão...que, tal...que,
Consequência De modo que, de forma que, de ma-
tamanho...que,
imprevista neira que, de sorte que, tanto que
tanto...que
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UNIDADE 3
CONECTIVOS
IDEIAS CONECTIVOS COMPOSTOS
SIMPLES
Mas, porém,
Oposição suave contudo, todavia, No entanto
entretanto
Conforme, segun-
De acordo com, em conformidade
Conformidade do, consoante,
com
como
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Originalidade
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UNIDADE 3
A P RO F UNDA NDO
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“
“Falar em texto é falar em sentido, ou melhor, de sentidos. Ainda
mais quando levamos em conta que esse sentido é construído na
relação que se estabelece entre o autor, o texto e o leitor. Isso significa
dizer que, para essa atividade, concorre uma série de conhecimentos
provenientes de uma intrincada relação envolvendo aqueles três
elementos” (KOCH, 2018, p. 19).
Estratégias de leitura
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UNIDADE 3
SELEÇÃO
ANTECIPAÇÃO
INFERÊNCIA
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VERIFICAÇÃO
NOVOS DESAFIOS
Agora que finalizamos este tema, o que você aprendeu até aqui? O que a teoria
bakhtiniana te proporcionou de conhecimento sobre gêneros discursivos, escrita
e leitura de textos? Quais as habilidades linguísticas para a redação e a leitura de
textos empresariais você foi capaz de desenvolver até aqui? Você se sente apto a
produzir texto com uma escrita assertiva de modo a empregá-las de forma coe-
rente e adequada nas situações comunicativas que vivenciar?
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AGORA É COM VOCÊ
I - Utilizar o código fechado é uma forma de contribuir para que um texto possa ser
compreendido sem ruídos.
II - Expressões prolixas devem ser evitadas, como, por exemplo, “veio por meio des-
ta...”, pois deixam o texto cansativo.
III - Ao redigir textos, especialmente os gêneros que circulam o ambiente de negócios,
é tarefa fácil, portanto o uso da voz verbal passiva é a melhor opção de escrita.
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AGORA É COM VOCÊ
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) III.
e) I, II e III.
a) Seleção.
b) Antecipação.
c) Inferência.
d) Verificação.
e) Solução.
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AGORA É COM VOCÊ
PORQUE
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 3
TEMA DE APRENDIZAGEM 8
PRÁTICAS DA COMUNICAÇÃO
ORGANIZACIONAL
LUÍS AUGUSTO ZILLMER CARDOSO
MINHAS METAS
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NICIE SUA JORNADA
Você já se deu conta de que as marcas estão presentes em nossas vidas desde o
momento em que acordamos até a hora de dormirmos? Pense na costumeira e
simples primeira ação que fazemos ao levantarmos da cama: escovar os dentes.
Logo nos deparamos com uma marca estampada no tubo.
Na sequência, tomamos um café, cuja embalagem também estampa uma mar-
ca, pegamos o transporte para o trabalho, cujo meio também possui uma marca
de fabricante ou de prestador de serviço (no caso do ônibus coletivo).
Durante todo o dia, ficamos expostos a uma incontável quantidade de mar-
cas, seja nos comerciais, nos produtos e serviços que consumimos e até ao nos
referirmos a determinados produtos, tais como barbeadores que nos habituamos
a chamar pela marca.
Tudo isso demonstra como vivemos cercados pelas marcas e tudo isso reforça
a importância da comunicação nas organizações em cumprir o seu objetivo de
ajudar na construção e reputação de uma marca forte.
VAMOS RECORDAR?
Você se recorda dos objetivos da comunicação nas organizações? Pois bem,
um deles, de forma primordial, é a construção de uma identidade da marca e
associações positivas em relação à sua identidade e imagem na sociedade.
IDENTIDADE DA MARCA
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UNIDADE 3
“
“Uma marca é, portanto, um produto, mas um produto que acres-
centa outras dimensões que o diferenciam de algum modo de ou-
tros produtos desenvolvidos para satisfazer a mesma necessidade.
Essas diferenças podem ser racionais e tangíveis – relacionadas com
o desempenho de produto da marca – ou mais simbólicas, emocio-
nais e intangíveis – relacionadas com aquilo que a marca representa”
(KELLER; MACHADO, 2006, p. 04).
As marcas tiveram origem na guerra como uma forma de distinguir exércitos ad-
versários entre si e que evoluíram como uma forma de diferenciar os produtos ou
serviços ofertados por um fornecedor daqueles fornecidos por outros fornecedores
(GODOI, 2010).
Atualmente, as marcas representam a essência de uma organização e seu logotipo
faz a representação simbólica disso, explica Godoi (2010). Por isso, por mais simples
que seja, uma marca deve conter e contar a história da instituição a que pertence.
Nesse sentido, Keller e Machado (2006) nos ensinam que a criação de uma
marca de sucesso requer que todos esses elementos se misturem de maneira ex-
clusiva e alinhados com as necessidades dos consumidores e os anseios da socie-
dade como um todo (stakeholders).
“
“A marca capitaneia visualmente os efeitos disso. Por esse motivo, pode-
mos dizer que, inclusive em sua intangibilidade, o valor de uma marca
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pode e deve ser investigado, medido, mudado. As grandes marcas de
hoje são reconhecidas como ativos das empresas, com tratamento con-
tábil internacional baseado em avaliações constantes e monitoramento
gerencial, como se fosse um gráfico da bolsa. É o intangível trabalhando
para não ser tão intangível assim” (GODOI, 2010, p. 27-28).
“
As marcas podem sinalizar determinado nível de qualidade e, dessa
maneira, consumidores satisfeitos podem facilmente optar nova-
mente pelo produto. A fidelidade à marca proporciona à empresa
previsibilidade e segurança de demanda, além de criar barreiras que
tornam mais difícil para outras empresas ingressar no mercado. A
fidelidade também significa disposição para pagar um preço mais
alto – normalmente 20 a 25 por cento a mais. Ainda que os concor-
rentes possam reproduzir com facilidade um processo de fabrica-
ção ou um design, terão dificuldade em se equiparar às impressões
duradouras formadas na mente das pessoas e organizações graças a
anos de atividade de marketing e experiência com o produto. Nes-
se sentido, o branding pode ser visto como um meio poderoso de
garantir vantagem competitiva” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 269).
O ato de criar uma marca e dotar um produto ou serviço com uma marca deno-
mina-se branding e está relacionado a criar diferenças. Kotler e Keller (2006)
ensinam ainda que os consumidores precisam saber quem é a marca, a que ela
se presta e os motivos para comprá-la.
O valor agregado pela marca a um produto ou serviço reflete-se no modo
como as pessoas pensam, sentem e agem em relação à marca, bem como nos
preços, na participação de mercado e na lucratividade da empresa. Isso representa
o brand equity definido por Kotler e Keller (2006).
O que nos interessa nesse momento é conhecer essas definições básicas para
que possamos verificar como as comunicações nas organizações podem contri-
buir para a formação da imagem da marca.
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UNIDADE 3
“
Por essa razão, o sistema de identidade visual das empresas costuma
ser definido por um rígido manual de marca, que contém as nor-
mas de aplicação, as formas de uso, de cores, proporções, tipologias
e padronização. Tudo para que o valor da marca e sua represen-
tação simbólica consigam transmitir sempre e da mesma forma a
sua identidade, calcada nos valores dos sócios, nas tradições das
comunidades locais e na visão de sociedade.
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“
“Uma logomarca, como qualquer ato de comunicação, é uma men-
sagem transmitida por uma fonte, por um meio, para um receptor e
sujeita a ruídos. Essas interferências naturais em toda inovação decor-
rem de vários fatores, do excesso de ideologia da fonte até eventuais
contrafações de concorrência ou de fenômenos sociais inesperados,
passando por um clássico: a contratação de um escritório de design ou
uma agência de publicidade para gerar um símbolo que é a parte final
de um processo estratégico, sem o devido posicionamento interno
dos diversos recursos da empresa” (GODOI, 2010, p. 29).
Por essa razão, é fundamental que todas as atividades de comunicação nas orga-
nizações sejam alinhadas sob um planejamento estratégico da empresa e que te-
nham como objetivo final a construção da imagem institucional da empresa
(TOMASI; MEDEIROS, 2009).
“
“De tudo o que foi dito, é de se concluir que a imagem ou identidade
de uma empresa é um bem valioso, o mais valioso de uma organi-
zação, e que os profissionais de comunicação são responsáveis pela
construção dessa imagem, seja com ações dirigidas ao público inter-
no, sejam dirigidas ao público externo. Dessa forma, desenvolve-se a
crença de que são os profissionais de comunicação os responsáveis
pela existência da empresa no mundo comandado pela imagem”
(TOMASI; MEDEIROS, 2009, p. 84).
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UNIDADE 3
Como fazer isso na prática? Tomasi e Medeiros (2009) reforçam que o foco
das estratégias de comunicações nas organizações devem concentrar-se nas
seguintes ações:
■ Evitar atitude de deixar acontecer ou deixar como está para ver como vai ficar
(omissão).
E U IN D ICO
Você se recorda de
que, ao abordarmos
os tipos de comuni-
cação nas organiza-
ções, referimo-nos
à comunicação cul-
tural? Lembra-se de
que a comunicação
cultural comporta
os climas internos?
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Esse clima de que tratamos expressa-se no nível de motivação e opinião dos
funcionários da organização e que, por meio da comunicação interna e das ações
de endomarketing, podemos mudar e adequar o clima organizacional.
Entretanto, antes de fazermos uma comunicação interna ou alterarmos o
clima organizacional, precisamos inicialmente medir a temperatura e o clima
organizacional em si. Como se faz isso na prática? A resposta encontra-se na
pesquisa de clima.
De acordo com Matos (2014), a pesquisa de clima visa refletir o modo como
a empresa lida com seus colaboradores e influencia o comportamento dos indi-
víduos. Essa modalidade de pesquisa auxilia na gestão administrativa e oferece
suporte à gestão da comunicação.
“
“O vínculo entre a satisfação dos funcionários e a satisfação dos
clientes cria uma relação de corresponsabilidade entre as empresas
e os funcionários. Em razão disso, o nível de satisfação dos clientes
internos é um importante indicador dos esforços da empresa no
sentido de melhorar a satisfação dos clientes externos e o desem-
penho operacional. Fatores orientados para a segurança, saúde,
bem-estar físico, mental e moral dos clientes internos devem ser
parte dos objetivos de melhoria contínua da empresa. Ouvir a voz
e compreender os pensamentos e sentimentos do cliente interno é,
portanto, o primeiro passo a ser dado antes de procurar satisfazer
outras expectativas” (MATOS, 2014, p. 152).
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UNIDADE 3
PESQUISA QUALITATIVA
PESQUISA QUANTITATIVA
PESQUISA TEMÁTICA
Além disso, Matos (2014) também sugere os seguintes cuidados com relação à
redação das perguntas a serem feitas aos funcionários:
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pesquisados.
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UNIDADE 3
Figura 1 – Iceberg da cultura organizacional / Fonte: <https://www.ideiademarketing.com.br/wp-content/
uploads/2013/05/cultura-organizacional1.jpg>. Acesso em: 14 nov. 2019.
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A cultura pode ser compreendida em três níveis, que são explicados por Ferreira
e Malheiros (2016):
ARTEFATOS
VALORES COMPARTILHADOS
são a razão pela qual as coisas são feitas. São difíceis de serem vistos e manifes-
tam-se pelas conversas ou análise de documentos formais.
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UNIDADE 3
“
A primeira estabelece os traços de personalidade universais que os
líderes apresentam em uma frequência maior que os não líderes
(teoria dos traços). A segunda explica a liderança em termos de
comportamento (teorias comportamentais), e a terceira aborda mo-
delos contingenciais (teorias contingenciais), nos quais a situação
em que o líder se encontra é um fator decisivo na forma como ele
lidera” (FERREIRA; MALHEIROS, 2016, s.p.).
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É o líder quem toma as decisões ou faz com que as
a tomada de decisão
decisões sejam cumpridas e os objetivos da organiza-
é o processo
ção alcançados. Nessa linha de raciocínio, Ferreira e cognitivo de
Malheiros (2016) explicam que a tomada de decisão escolher um plano
é o processo cognitivo de escolher um plano de ação de ação
dentre as várias alternativas possíveis para uma de-
terminada situação, como resume a imagem seguinte.
Figura 3 – Etapas do processo decisório / Fonte: Ferreira e Malheiros (2016, s.p.)
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UNIDADE 3
“
“Quanto maior a capacidade das tecnologias da informação e da
comunicação, maior a capacidade de inter-relacionamento e a capa-
cidade de aprender e lucrar com o compartilhamento da informa-
ção e do conhecimento. Ao mesmo tempo em que conduzem a um
aumento da capacidade de compartilhamento da informação e do
conhecimento, possibilitam também o aumento de sua quantidade
disponível, um aumento de dados brutos, dos quais apenas uma
parte se transforma em informações potenciais, o que significa que
apenas pequeno número delas se transformará em informações ou
em conhecimento” (FERREIRA; MALHEIROS, 2016, s.p.).
Sempre que uma organização opta por profissionalizar a sua comunicação, isso
nem sempre significa que ela terá sucesso na prática da comunicação com os
seus públicos. Isso porque a comunicação nas organizações depende do estilo da
definição de uma política de comunicação e dos estilos de gerenciar a instituição.
A prática da comunicação nas organizações depende de muitas variáveis,
não apenas de um planejamento e do uso dos tipos de comunicação (social,
cultural, administrativa/gerencial e sistemas de informação), pois nem sempre
isso é suficiente.
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Ainda assim, a organização fica suscetível a ruídos na sua comunicação, causados
pela ausência de uma política de comunicação clara, objetiva e com diretrizes
gerais sólidas, com o objetivo de atingir os objetivos estabelecidos para a conso-
lidação da imagem e reputação da marca.
De acordo com Bueno (2014), torna-se comum encontrarmos ações, estraté-
gias e planos de comunicação respaldados em alguns pressupostos que dependem
mais do insight ou do feeling dos executivos da organização do que propriamente
de um esforço de sistematizar a comunicação.
“
“por isso, é difícil encontrar, ainda hoje, exemplos reais de Políticas
de Comunicação efetivamente traçadas e que não estejam apenas
na cabeça dos executivos, mas devidamente escritas, documentadas,
que sirvam de referência para o trabalho de comunicação de uma
organização” (BUENO, 2014, p. 123).
A P RO F UNDA NDO
O termo “insight” refere-se a um estalo ou uma ideia que vem à luz em um determinado
momento. O termo “feeling” designa um sentimento intuitivo ou um pressentimento a
respeito de alguma coisa.
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UNIDADE 3
“
“Essa é uma forma consistente de a empresa assumir a comuni-
cação como função estratégica, integradas ao processo de tomada
de decisões. Com essa iniciativa, a empresa define procedimentos
a serem observados por todo o seu corpo funcional, sinalizando
a sua disposição para tornar transparente quais são os seus obje-
tivos, metas, missão e planos de ação. A organização transparente
está aberta ao diálogo. Isso significa que ela se empenha tanto em
falar quanto em ouvir, estabelecendo canais permanentes com os
seus públicos e buscando sempre se adequar às novas demandas e
desafios” (MATOS, 2014, p. 172).
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Por sua vez, a política de comunicação está acima do plano de co-
municação por balizar a sua elaboração. Segundo Bueno (2014), a política
de comunicação está focada em ações concretas para o cumprimento de
determinados objetivos.
“
“A Política de Comunicação é, em princípio, datada, ou seja, ela
está umbilicalmente vinculada ao seu tempo e, portanto, precisa
ser continuamente atualizada. Algumas organizações acredi-
tam que é possível manter, sem ajustes necessários, a Política
de Comunicação por um longo tempo, ignorando as alterações
drásticas ocorridas no mercado e no próprio universo da comu-
nicação nos últimos anos” (BUENO, 2014, p. 126).
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UNIDADE 3
PRIMEIRA ETAPA
SEGUNDA ETAPA
TERCEIRA ETAPA
QUARTA ETAPA
QUINTA ETAPA
SEXTA ETAPA
será preciso ter em mente que a política de comunicação deve merecer avaliação
permanente, com o objetivo de realinhá-la ao longo do tempo, em função de
mudanças ocorridas na própria organização, no mercado ou até no universo da
comunicação.
2
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De acordo com Bueno (2014), a formulação de uma política de comunicação deve
obedecer também a uma metodologia específica. Inicialmente, ele recomenda a
contratação de um consultor ou uma consultora externa especializada em
comunicação nas organizações.
Além disso, os executivos da organização deverão ser engajados no pro-
cesso de elaboração, uma vez que a política incorpora a missão, a visão e os
valores organizacionais e tudo precisa estar alinhado, padronizado e uniforme
para evitar ruídos (BUENO, 2014).
Outros passos importantes na metodologia de contratação da política de
comunicação são uma avaliação da imagem da organização por meio de uma
auditoria de imagem com o uso de técnicas qualitativas e quantitativas.
“
A Política de Comunicação deve assumir esta perspectiva de ava-
liação permanente e incluir a realização sistemática de pesquisas e
auditorias de modo a mensurar o retorno do trabalho em comuni-
cação. Somente com essa proposta moderna ela poderá dispor de
indicadores suficientemente precisos que permitam aos seus exe-
cutores/coordenadores propor reposicionamentos e definir ações e
estratégias para subsidiar os planos de comunicação a serem desen-
volvidos após a implementação da Política” (BUENO, 2014, p. 134).
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UNIDADE 3
“
“O clima de comunicação do gerente com sua equipe de trabalho não
é determinado apenas pelas políticas e normas praticadas pela orga-
nização, mas também pela maneira, muitas vezes sutil e inconsciente,
de como o gerente percebe o comportamento do ser humano na si-
tuação de trabalho individual e coletivo. [...] São poucos os gerentes
que chegam a formular com nitidez a maneira como veem as pessoas
na situação de trabalho. Quando chamados a isso, eles adotam uma
2
2
2
posição sobretudo contraditória. Muitos afirmam que as pessoas que
cooperam com eles são responsáveis, enquanto as que competem com
eles são oportunistas. Isso releva um preconceito, pois estabelece uma
predisposição distinta para cada indivíduo e estratifica a dualidade e
até a pluralidade da natureza humana” (SIQUEIRA, 2014, p. 38-39).
“
“As pessoas estão cansadas de fingir e de representar. Anseiam por
uma comunicação autêntica e aberta. Querem influenciar o conteúdo
de seu trabalho e o desempenho de sua organização. Querem uma
oportunidade para contribuir. Exigem independência e autonomia e
esperam ser recompensadas. São motivadas pelo prazer que o seu tra-
balho lhes proporciona e esperam respeito e compreensão em virtude
de suas necessidades de autodesenvolvimento. Querem uma oportu-
nidade para aprender, mudar e crescer. São atraídas por situações de
trabalho em que haja abertura e confiança, franqueza e autenticidade.
Querem participar, integrar o time que vence e desejam colaborar,
sentir-se importantes e reconhecidas. Desejam uma lógica de argu-
mentação hígida, franca e transparente” (SIQUEIRA, 2014, p. 42).
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UNIDADE 3
“
“Quando há confiança mútua na integração de cada um para a con-
secução dos objetivos coletivos e no compromisso com o processo
de solução dos problemas e se os objetivos são realistas em termos
dos recursos que existem no grupo e da sua possibilidade de atin-
gi-los, o desempenho da equipe poderá alcançar resultados muitas
vezes superiores à soma das competências individuais de seus mem-
bros, obtendo-se a tão desejada sinergia” (SIQUEIRA, 2014, p. 53).
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E U IN D ICO
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UNIDADE 3
Inicialmente, essas tecnologias eram restritas ao uso das forças militares, como
uma necessidade daquele contexto de um mundo dividido entre o lado oriental
comunista e o ocidente capitalista. Porém, isso mudou a partir da década de 1990:
“
“[...] começamos a observar uma significativa expansão na utiliza-
ção dessas tecnologias, principalmente as voltadas para a informa-
ção e comunicação, provocando mudanças importantes na forma
como as pessoas se comunicam, produzem e disseminam infor-
mações. Essas mudanças na forma como nos relacionamos são tão
importantes que alguns autores falam que vivemos em uma ‘cultura
digital’. Com isso, quer-se dizer que a facilidade de nos comuni-
carmos transformou drasticamente aspectos importantes da nossa
cultura” (FERREIRA; MALHEIROS, 2016, s.p.).
Bueno (2014) também aponta outro aspecto relevante, que é o crescimento das
compras on-line, a automação de muitas atividades que antes eram desem-
penhadas por pessoas e a possibilidade da produção colaborativa por meio da
inteligência coletiva e da interação digital.
“
“As redes e as mídias sociais geram um ambiente propício a essa
nova postura e aprofundam a expansão desse modelo, que defi-
ne plataformas digitais para a participação intensiva, criando uma
mentalidade wiki que revoluciona a relação das organizações com
os seus stakeholders internos e externos [...]. Na prática, a adoção do
processo de inovação aberta, que coroa esse movimento pela Wi-
kieconomia, só tem se consolidado em culturas corporativas que
não se sentem ameaçadas pela abertura de seus processos para os
parceiros externos e que acreditam nas vantagens da transparência
do conhecimento” (BUENO, 2014, p. 102-103).
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Nesse sentido, o uso das tecnologias de informação e comunicação pelas organi-
zações traduz-se em competitividade e agilidade. A integração dessas ferramentas
ao processo de comunicação interna, intranet, portal corporativo, newsletter ou
hotsite são alguns dos exemplos citados por Ferreira e Malheiros (2016).
Os principais ganhos para a comunicação interna apontada pelos mesmos autores são:
■ Comunicação institucional.
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UNIDADE 3
“
“Imagine que um consumidor que tem uma visão negativa de sua
empresa divulgue em uma rede social, como o Facebook, por exem-
plo, e essa informação seja compartilhada muitas vezes. O impacto
negativo para a imagem de sua empresa seria bastante grande! Daí
o fato de as grandes empresas colocarem equipes monitorando os
comentários que surgem sobre seus produtos e serviços. Se houver
alguma crítica, será possível contorná-la o mais cedo possível; assim
como, se houver algum elogio, será possível potencializá-lo” (FER-
REIRA; MALHEIROS, 2016, s.p.).
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Além desses aspectos, Ferreira e Malheiros (2016) também relacionam ou-
tras formas de uso das mídias sociais como atividades de comunicação das
organizações. São elas:
■ Divulgação dos produtos/serviços da empresa.
■ Realização de campanhas promocionais.
■ Acompanhamento da imagem corporativa junto aos consumidores.
■ Observação das tendências do mercado.
■ Conhecimento sobre os clientes.
■ Fidelização dos clientes.
■ Envolvimento do público-alvo de acordo com a intenção da organização.
“
“As mídias sociais e o perfil particular dos jovens no mercado de tra-
balho estão revolucionando esse mercado e demandam uma nova
proposta de comunicação interna, de liderança e de relacionamento
entre os funcionários em uma organização. [...] Este novo cenário,
que parece irreversível e que ganha cores ainda mais acentuadas
com os novos sistemas de compartilhamento de informações e a
comunicação móvel, indica a necessidade urgente de se revisar o
conceito de controle e sobretudo de se pensar novas formas de cons-
truir os relacionamentos” (BUENO, 2014, p. 113-114).
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UNIDADE 3
Ainda com relação ao uso das mídias sociais, Bueno (2014) aponta que a temá-
tica não se refere a um mero modismo, mas a uma realidade que pode impactar
significativamente a imagem e a reputação das organizações.
Segundo Bueno (2014), não basta que a organização esteja presente nas mí-
dias sociais. Elas precisam estar presentes no momento adequado, a fim de não
incorrer no erro da síndrome da presença inadequada, caracterizada pela pre-
sença sem um planejamento prévio.
“
De maneira definitiva, as mídias sociais não foram concebidas como
espaços para que as organizações, de forma unilateral, divulguem seus
atos, realizações, produtos ou serviços, mas para estabelecer conver-
sas, promover debates, de maneira natural, firmando-se como um
elemento a mais em um grupo ou roda de amigos. Infelizmente, mui-
tas empresas se postam nas mídias sociais como as únicas e mais im-
portantes protagonistas, com um discurso unilateral, grandiloquente,
assumindo a figura daquele que está, mais do que todos os outros que
compartilham o mesmo ambiente, autorizado a falar. Elas relutam em
ouvir e particularmente se irritam toda vez que o tom da conversa
não lhes favorece, deixando de aproveitar essa oportunidade única de
trocar informações e experiências com os seus ‘amigos’, aprendendo
também com o que eles têm a dizer” (BUENO, 2014, p. 142-143).
Ainda de acordo com Bueno (2014), nas mídias sociais as lacunas de comunica-
ção e ações truculentas são punidas com rigor. É preciso recordar-se sempre de
que as estruturas de poder não são verticalizadas, dotadas de hierarquia e uma
única voz. É preciso interação e saber ouvir.
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Como nos lembra Silva (2018), as redes sociais representam um espaço tanto
para as corporações quanto para os consumidores, cuja função pode ser de expor
descontentamento, críticas e manifestações, como também para responder e dialogar.
Um aspecto importante nesse sentido reside nas plataformas de reclamação,
que dão poder aos consumidores. Os sites de reclamação são relevantes e exigem
que as organizações saibam lidar com o diálogo e a tecnologia com o objetivo de
preservar sua imagem e reputação.
E U IN D ICO
“
“A tomada da palavra por parte dos sujeitos e a consolidação dos di-
reitos do consumidor colocam as marcas na berlinda. Nesse contex-
to, emerge como desafio às organizações a gestão da convivência e a
premência do respeito pelas demandas do consumidor, assim como a
abertura para a escuta das distintas vozes que povoam as plataformas
de reclamação on-line e outras redes sociais. O potencial tecnológico
e a interatividade não podem ser vistos como um fim, mas um meio
que pode produzir estratégias para a gestão dos conflitos entre marcas,
consumidores e ativistas” (SILVA, 2018, p. 215).
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UNIDADE 3
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A inteligência empresarial representa uma forma de
A inteligência
produção de conhecimento. A inteligência nas orga-
empresarial
nizações corresponde à habilidade de a organização representa uma
lidar com os fatores incontroláveis do ambiente exter- forma de produção
no: concorrentes, clientes, tecnologia, políticas gover- de conhecimento
namentais, situação geopolítica e fatores econômicos.
Nesse sentido, Ferreira e Malheiros (2016) sustentam que a inteligência em-
presarial compreende seis fases, a saber:
GERENCIAMENTO
COLETA
AVALIAÇÃO
DIVULGAÇÃO
UTILIZAÇÃO
REALIMENTAÇÃO
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UNIDADE 3
■ Definir indicadores.
■ Descrever o orçamento.
■ Criar um cronograma.
E U IN D ICO
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NOVOS DESAFIOS
Agora que finalizamos este tema, o
que você aprendeu até aqui? Como
a comunicação nas organizações, a
gestão da marca e da imagem e a
identidade de uma empresa se re-
lacionam? Como a comunicação
nas organizações auxilia nos pro-
cessos de gestão de pessoas? Qual
a relevância do alinhamento de va-
lores e crenças da instituição com
os colaboradores para a imagem e
a identidade corporativa? Como
a pesquisa de valores e de com-
portamento organizacional está
inserida nesse processo? Como a
comunicação ajuda na formação e
consolidação da cultura organiza-
cional? Como líder, qual seu papel
na tomada de decisão dentro das
organizações e na comunicação?
Sobre as políticas de comunica-
ção empresarial, quais as etapas
necessárias e a metodologia de
construção para colocá-la em prá-
tica? Considerando o crescimento
da era digital e seus impactos na
comunicação, como isso se reflete
na maneira de conduzir a comuni-
cação nas organizações?
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AGORA É COM VOCÊ
PORQUE
2. O sistema de identidade visual costuma ser definido por um manual de marca con-
tendo as normas de aplicação, uso, cores, proporções e tipologias. Em relação à
representação simbólica da marca, avalie as asserções a seguir.
I - A logomarca resulta das relações que uma empresa tem com seu mercado de atuação.
II - O valor simbólico da marca deve transmitir a identidade da organização.
III - A marca independe da sua representação simbólica por ser apenas um nome
no produto.
a) I, apenas.
b) II e III.
c) I e II.
d) III, apenas.
e) I e III.
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AGORA É COM VOCÊ
PORQUE
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AGORA É COM VOCÊ
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 3
TEMA DE APRENDIZAGEM 9
TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E
ORATÓRIA
ME. RICARDO AZENHA LOUREIRO ALBUQUERQUE
MINHAS METAS
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INICIE SUA JORNADA
Muitas pessoas acreditam que, para falar em público, é necessário ter um dom
especial. Isso não é verdade, é uma fantasia criada, possivelmente, para justificar
a falta de motivação em superar tal dificuldade. Falar em público é, sim, uma
atividade difícil, todavia, acadêmico(a), ser difícil é diferente de ser impossível.
Ninguém nasce sabendo de todas as coisas. Todas as pessoas desenvolvem
suas habilidades com o passar do tempo. É claro que algumas pessoas têm maior
facilidade para desenvolver determinadas habilidades e, para isso, é necessário
ter disposição para encarar os desafios da aprendizagem.
Algumas pessoas terão mais facilidade, outras, talvez, tenham que trabalhar ques-
tões, como o medo ou outra dificuldade, antes de desenvolver a habilidade desejada.
Pois bem, falar em público é uma habilidade que pode ser desenvolvida por
todos, desde que as pessoas estejam em condições para isso. Ou seja, pode ser
necessário resolver outras questões de nível psicológico antes.
VAMOS RECORDAR?
Esqueça, por um instante, os grandes oradores. Eles estão em um nível que
demorou alguns anos para ser alcançado. Vamos pensar em pessoas que
venceram a timidez, ou aquele vendedor que precisou superar seus medos e
inseguranças para bater suas metas de vendas. São essas pessoas que, nesse
momento, podem ser a sua inspiração.
HABILIDADES DO ORADOR
As pessoas são capazes de realizar muitas atividades que nem sequer imagi-
nariam ser capazes. O bom orador carrega consigo diversas habilidades que
o ajudam a realizar essa atividade e a maioria delas podem ser aprendidas e
postas em prática por você!
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UNIDADE 3
Para começar, observe atentamente as considerações que Lôbo (2003) traz a res-
peito do orador do século XXI:
■ Para falar bem em público, é necessário que o orador detenha conhe-
cimento de si próprio, do assunto, dos ouvintes; gestos adequados; boa
qualidade vocal; transmissão da mensagem com credibilidade, naturali-
dade e emoção; segurança, domínio e controle das palavras e dos gestos.
■ Todo orador experimentará algumas sensações desagradáveis, tais como:
ansiedade, medo, temor, inibição, insegurança, gagueira, perturbações cir-
culatórias, respiratórias e vocais; distúrbios de secreção glandular; tremor;
falta de ar; tosse; sudorese; taquicardia; desejo de fugir; desamparo; difuso
e inexplicável mal-estar.
■ O orador sempre exporá em sua fala: o seu prestígio e a sua imagem,
devido simplesmente à impossibilidade de dizer tudo o que se propõe;
imprevisibilidade dos resultados. A comunicação vai além das palavras:
silêncio, atividade e inatividade.
■ O orador está em busca de ser reconhecido pelo outro para constituir-se,
por uma necessidade de pertencer a um determinado grupo, de fazer par-
te, de existir para o outro. Afinal, o olhar do outro é o que diz quem somos.
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Percebeu que toda dificuldade que você sente, em relação ao falar em público, é
normal? Todos que precisam se pronunciar, perante uma plateia, vão se sujeitar
a tudo aquilo que foi colocado anteriormente. A diferença é que, com o passar
do tempo, sua habilidade em controlar as emoções e conduzir o discurso,
frente a uma plateia, ajudam a minimizar essas dificuldades, mas elas sempre
estarão presentes.
Organizar-se e se preparar com a finalidade de comunicar para públicos
é essencial. Por isso, traremos, a seguir, algumas sugestões do que fazer para
que isso aconteça. Essas sugestões foram praticadas por grandes oradores e elas
costumam ajudar.
É muito importante treinar aquilo que se pretende dizer em público. Apesar
de você encontrar em outros livros ou manuais a respeito do assunto, reco-
mendamos que esse treinamento não seja feito em frente ao espelho. Emba-
sando-se no conhecimento de que o cérebro humano tem um funcionamento
peculiar, ficar se olhando enquanto tenta fazer algo pode ser mais prejudicial do
que favorável, até porque, na sua apresentação real, não haverá um espelho, mas
uma multidão lhe observando.
O treino serve, justamente, para que você se acostume com uma determina-
da situação. Assim, falar de frente para um espelho é uma situação que só irá se
repetir com você próprio, o que é diferente da situação de falar para uma plateia.
Em vez de usar um espelho, sugiro que você crie a sua plateia, isto é, coloque
objetos, bonecos, animais de estimação e faça o seu discurso para eles. Agora, se
for possível que pessoas de sua confiança o apoiem nesta etapa, isso seria o ideal.
Durante uma apresentação em público, é preciso ter em mente que a emoção
do processo de comunicação irá acontecer em uma divisão bastante interessante.
Pesquisas conceituadas relatam que o público vai prestar atenção em média
a: 7% das palavras que forem ditas; 38% no tom de voz do palestrante; e 55% na
postura e nos gestos desenvolvidos pelo apresentador durante a apresentação.
Por isso, você precisa entender que falar para um público é algo que
vai além de, simplesmente, falar sem parar na frente das pessoas. O foco
deve ser, também, relacionado à maneira como deverá ser dito ou tratado
o assunto da palestra.
Você pode se perguntar: quer dizer que o que eu tenho para falar não é im-
portante? Pelo contrário, acadêmico(a), um orador sem conteúdo é um desastre.
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UNIDADE 3
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“As pessoas adoram histórias, e todo mundo pode aprender a contar
uma boa história. Mesmo que a lição a se tirar dela já seja batida,
[...] se exposta da forma correta, pode resultar em uma palestra top
de linha” (ANDERSON, 2016, p. 23).
Uma palestra ou apresentação que será realizada para qualquer público nada
mais é do que uma história a ser contada. Se a história for sua, com certeza, você
a domina, uma vez que você a vivenciou.
O que eu quero dizer com isso é que, quanto mais familiar e conhecedor de
determinado assunto, contá-lo para outras pessoas será mais fácil. Isso mostra
que, muitas vezes, o medo de falar em público não está relacionado, diretamente,
ao fato de se ficar exposto em um palco, mas por não ter domínio do assunto que
deverá ser dito.
Por isso, além de ter um conteúdo interessante, é necessário que se domine
tal conteúdo. Estudar sobre o que será apresentado é muito importante. Quanto
mais se sabe sobre o que se vai dizer, mais fácil será o processo de comunicação.
Falar bem é um ato que exige do orador uma visão holística, sistêmica, uma
compreensão dos valores do auditório, dos gêneros e elementos do discurso
(FERREIRA, 2017).
A oratória, quando utilizada adequadamente, é “capaz de galvanizar uma sala
e transformar a visão de mundo de uma plateia [...] é mais eficaz que qualquer
texto escrito” (ANDERSON, 2016, p. 11). Essa é a postura que desejamos des-
pertar em você, acadêmico(a), para instigar o seu desenvolvimento em relação
às suas habilidades de oratória!
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A P RO F UNDA NDO
O bom orador deve dominar, dentre outras habilidades, os três elementos do discurso
(a pessoa que fala, o assunto de que se fala e a pessoa a quem se fala), os três tempos
(passado, presente e futuro) e as quatorze paixões de Aristóteles: cólera, calma, temor,
segurança (confiança, audácia), inveja, imprudência, amor, ódio, vergonha, emulação,
compaixão, favor (obsequiosidade), indignação e desprezo. Afinal, para viver em comu-
nidade, o homem civilizado deve utilizar a força da língua, da linguagem e das palavras
para negociar as diferenças, as opiniões, as crenças, os valores e as verdades.
Fonte: Ferreira (2017, p. 112).
Seja pessoal
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UNIDADE 3
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“como todos os bons filmes e livros, uma palestra de alto nível é
capaz de nos transportar. Todos adoramos participar de aventuras,
viajar para algum lugar novo na companhia de um guia bem in-
formado (p. 25) [...] (quando) não é possível empurrar o conheci-
mento para dentro do cérebro. Ele precisa ser puxado. Para instalar
uma ideia na mente de alguém, você precisa de permissão” (AN-
DERSON, 2016, p. 48).
E essa permissão só se fará possível se você conseguir mostrar o seu lado humano.
Por isso, ser o mais pessoal, durante uma apresentação, é uma boa estratégia para
romper barreiras que possam existir entre você e a plateia e, com isso, entrar em
sintonia com o seu público.
AP RO F U N DA NDO
Contato visual
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Para transmitir confiabilidade em uma conversa, a troca de olhares é muito
importante.
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“Os cientistas demonstraram que o simples fato de dois indivíduos
se fitarem desencadeia uma atividade dos neurônios espelho que
consiste literalmente em adotar o estado emocional do outro” (AN-
DERSON, 2016, p. 49).
Em outras palavras, a troca de olhares nos faz entrar em sincronia e isso é pri-
mordial para determinar se é possível haver confiança um no outro.
Mostre-se vulnerável
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UNIDADE 3
O humor sempre será um excelente recurso para que você possa se aproximar
do seu público. Quando as pessoas dão risadas juntas, há a sensação de estarem
do mesmo lado. Isso é uma excelente maneira para estabelecer uma conexão.
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“o humor afasta a principal resistência a ouvir uma palestra. Ao fazer
pequenas concessões ao riso desde o início, você estará sutilmente
animando seu público. [...] Plateias que riem passam logo a gostar
do orador” (ANDERSON, 2016, p. 52).
Iniciar uma palestra tão cheio de si é a receita certa para o fracasso! Ninguém
está disposto a aturar pessoas que se julgam melhores do que o mundo. Um pa-
lestrante cheio de si pode passar a ideia de um orador fanfarrão, por isso, todo
cuidado é pouco.
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O ideal, em situações assim, é utilizar o humor para atacar o próprio ego.
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“Em mãos competentes, a autodepreciação é uma boa ferramenta.
Tony Blair (primeiro-ministro do Reino Unido de 1997 a 2007) é
mestre nisso e quase sempre usa tal recurso para conquistar plateias
potencialmente hostis” (ANDERSON, 2016, p. 56).
A P RO F UNDA NDO
Certa vez, antes de ser eleito primeiro-ministro, Tony Blair começou a contar uma
história que, como ele disse em tom de quem pede desculpas, poderia fazer as
pessoas duvidarem de sua capacidade de governar. Contou sobre uma visita que fez
aos Países Baixos, em que, em um jantar com autoridades, encontrou-se com uma
mulher bem-vestida de uns cinquenta anos. Ela lhe perguntou quem era. “Tony Blair”.
“E o que o senhor faz?”, perguntou ela. “Presido o Partido Trabalhista britânico”. En-
tão, foi a vez de Blair perguntar à mulher quem ela era. “Beatrix”. “E o que a senhora
faz?” [Pausa constrangedora]. “Sou a rainha”. Outro palestrante simplesmente teria
se vangloriado de ter jantado com a rainha dos Países Baixos e perdido a atenção do
público antes de começar. Ao se ridicularizar deliberadamente, ele provocou risos e
ganhou simpatia e confiança.
Fonte: Anderson (2016, p. 56).
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UNIDADE 3
Por isso, quando estiver se dirigindo ao público, cuidado com situações que possam
trazer o ego à tona, tais como (ANDERSON, 2016, p. 56):
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“Histórias fortes podem surgir
em qualquer momento de uma
palestra. É uma ótima forma de
começar. É uma ótima forma de
ilustrar, na metade. E às vezes,
ainda que com menor frequência,
é uma ótima forma de encerrar”
(ANDERSON, 2016, p. 57).
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Resumindo, as habilidades necessárias para um bom orador são:
■ Ser pessoal.
■ Mostrar-se vulnerável.
PLANEJAMENTO DA APRESENTAÇÃO
Estar à frente de uma plateia, você concorda comigo que este é um desafio dos
grandes? Já falamos a respeito dessa questão do medo, não é? Falar em público é
desafiador, mas traz muita satisfação.
Imagine que existe uma sala com muitas pessoas, cheias de expectativas,
aguardando você para lhes contar suas experiências ou conhecimentos sobre
determinado assunto. Só isso já é motivo de orgulho, afinal, quantas pessoas têm
essa oportunidade de ter um momento para serem ouvidas e, de alguma forma,
fazer a diferença na vida de alguém?
É muito boa a sensação. Por isso, se você está com medo de enfrentar uma
plateia, enfrente-a e, como diz o ditado popular, vai com medo mesmo, pois a
sensação de ter superado o medo é outro grande benefício a ser conquistado!
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UNIDADE 3
Escolhendo o tema
Já falamos a respeito da
importância do co-
nhecimento. Não dá
para falar de assuntos
dos quais não se tem co-
nhecimento, isso é fato!
Em uma situação assim,
a pessoa pode ser a me-
lhor palestrante da face
da Terra, pode até falar
bonito, com eloquência,
mas falará bobagens e, em algum momento, as pessoas perceberão isso. Portanto,
nada substitui o seu conhecimento sobre o tema a ser apresentado.
A escolha do tema não deve ser um problema, até porque você, muito pro-
vavelmente, falará sobre o que conhece. Todavia, se porventura você, por algum
motivo, decidir apresentar algo do qual não seja do seu conhecimento, será preciso
estudar e se preparar, mais ou menos, como acontece em trabalhos de escola ou
faculdade, nos quais os alunos são convidados a preparar apresentações sobre certos
assuntos em atividades avaliativas e, por isso, precisam estar muito preparados.
Preparar uma palestra é a mesma situação. A diferença é que seus avaliadores
serão a plateia. Por isso, normalmente, a escolha do tema se dará sob uma área a qual
você seja um especialista ou tenha certo conhecimento que outras pessoas não têm.
Ainda que você seja o tipo de pessoa que sabe conversar sobre tudo, é impor-
tante ter a consciência de que saber sobre um assunto do qual você aprendeu
por meio da leitura de revistas, jornais, programas de TV ou internet é muito
diferente de ter conhecimento científico sobre esse mesmo assunto, ou seja,
o conhecimento que é adquirido por meio de anos de estudos, realizações de
cursos, treinamentos, dentre outros meios.
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Todas as pessoas têm algo a ser dito e que pode ser utilizado em uma apresentação
ou palestra. O importante é que esse “algo” tenha relação com o tema da palestra,
para que possa fazer sentido para os ouvintes.
É possível, ainda, acontecer de você ser convidado para falar sobre assuntos
que não sejam do seu domínio. Caso isso aconteça, será necessária uma prepa-
ração um pouco maior.
Lucas (2014, p. 73) afirma que uma situação desse tipo “seria uma oportuni-
dade perfeita para pesquisar sobre um tema fascinante e transformá-lo em uma
palestra igualmente fascinante”.
O autor complementa dizendo que outra possibilidade de situação que acon-
teça para oferta de palestras é “pensar em temas a respeito dos quais você tenha
opiniões e convicções firmes, como assuntos nacionais ou internacionais sobre
controle de armas ou mudanças climáticas” (LUCAS, 2014, p.73), por exemplo.
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UNIDADE 3
Objetivo
Tendo definido o tema, é necessário, agora, pensar no objetivo. Por que você quer
realizar essa apresentação? Lucas (2014) diz que os objetivos de uma palestra,
normalmente, ocorrem para satisfazer duas necessidades: informar ou persuadir.
No caso de uma apresentação com o objetivo informativo, você deverá se
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colocar como um professor ou palestrante, de modo que possa transmitir a infor-
mação de uma maneira clara, precisa e interessante. Para isso, deve se preocupar
em levar informações das quais o público desconheça.
Do contrário, quando o seu objetivo for persuadir, a postura a ser adotada
é de um defensor ou partidário, com o intuito de apresentar informações que te-
nham como função apoiar uma causa. Nesse caso, Lucas (2014, p. 76) recomenda
que, ao tentar persuadir a sua plateia, é necessário “fornecer informações, mas
com objetivo principal para convencer seus ouvintes de seu ponto de vista – le-
vá-los a acreditar em algo ou a fazer algo em consequência de sua apresentação”.
■ Redigir uma sentença acerca do objetivo, como uma frase completa com o
verbo no infinitivo.
Mais eficaz: informar meu público sobre os três principais tipos de tecnologia 3D.
Mais eficaz: informar meu público sobre a história da celebração do Dia dos
Mortos no México.
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UNIDADE 3
SIM NÃO
Quadro 2 - Checklist para definir objetivo de apresentação / Fonte: Lucas (2014, p. 80).
Ideia central
Uma vez que você já tem definidos o tema e o objetivo da sua apresentação, o
próximo passo será definir a ideia central daquilo que deverá ser dito. A ideia
central “é o objetivo específico de uma exposição oral que você espera concretizar.
É uma sentença concisa sobre o que você espera dizer” (LUCAS, 2014, p. 81).
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Para fazer isso, você deve pensar na ideia central como sendo a mensagem
residual que se espera ser lembrada pelo público. Veja o exemplo:
Tema: musicoterapia.
Uma maneira para facilitar a elaboração da sua ideia central é utilizar um checklist
para isso, como mostra o Quadro 3:
SIM NÃO
Quadro 3 – Checklist para elaboração de ideia central / Fonte: Lucas (2014, p. 85).
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UNIDADE 3
França (2015, p. 138) recomenda que, ao planejar sua pesquisa sobre perfil
do público-alvo, você seja capaz de responder à seguinte pergunta: “quem é o
público-alvo da apresentação? O que você sabe sobre esse grupo?”
Vamos, então, buscar as respostas!
Público-alvo da apresentação
O processo para entender quem é o seu público deve ter início com base nas
respostas das seguintes perguntas, segundo Lucas (2014):
■ De que forma devo elaborar e apresentar o conteúdo para cumprir esse objetivo?
Todas as decisões que você tomar para montar a sua apresentação se darão em
função das respostas sobre o perfil da sua plateia. Inclusive, se for necessário,
você deverá modificar temas e objetivos de palestras que já estejam prontas.
Lucas (2014, p. 90) coloca que “adaptar-se ao público durante uma apresenta-
ção não é muito diferente do que você faz em seus contatos sociais diário”. Por
isso, é importante ter em mente que, independentemente do perfil da plateia,
agir com respeito é a melhor opção.
Ainda que você esteja interessado em palestrar sobre temas dos quais
sua intenção seja persuadir as pessoas, é preciso ir com cautela, ganhando a
confiança da plateia aos poucos.
“
“Os oradores convincentes procuram criar um elo com os ouvintes en-
fatizando valores e experiências em comum. Os especialistas em comu-
nicação chamam esse processo de identificação” (LUCAS, 2014, p. 90).
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Conseguindo com que o seu público se identifique com você, será muito mais
fácil conduzir sua palestra até o final.
A P RO F UNDA NDO
Ao falar em público, lembre-se: esteja centrado no público. Reflita com antecedência sobre
o histórico e os interesses de seus ouvintes, sobre seu nível de conhecimento a respeito do
tema e sobre suas atitudes em relação ao ponto de vista que você pretende defender.
Fonte: o autor.
Uma situação interessante e que pode servir de reflexão é quando a sua apresenta-
ção se dá para colegas de sala de aula. Essa é uma condição especial e, nesse sentido,
faz-se necessário entender que a sala de aula tem uma característica própria e você,
apesar de considerá-la uma oportunidade para praticar o ato de falar em público,
ao estar com seus colegas, acaba criando um ambiente artificial.
“
“um campo de experimentações em que você pode desenvolver
suas habilidades de comunicação antes de aplicá-las fora da sala
de aula. A avaliação mais séria de sucesso ou fracasso será a sua
nota” (LUCAS, 2014, p. 91).
Portanto, não se deve considerar a turma da sua sala de aula como um público
autêntico, ainda que eles tenham suas próprias ideias, valores e crenças. De
qualquer forma, o respeito sempre se faz necessário no ambiente em que há
interação entre palestrante e público.
Outra condição que você precisa estar atento, ao pensar no público-alvo, é o fato
de as pessoas estarem propensas a ouvir apenas aquilo que faz sentido para elas. Em
outras palavras, as pessoas, quando participam de palestras, estarão sempre questio-
nando o quanto aquilo que elas estão ouvindo fazem sentido e é importante. Assim,
entenda que o “seu público ouvirá e julgará o que você diz com base no que ele já
conhece e acredita” (LUCAS, 2014, p. 92).
Fazer uma análise demográfica da plateia é outro recurso bastante utilizado,
durante a preparação, para uma apresentação pública. Desse modo, é importante que
você identifique os traços gerais do público e realize uma avaliação da importância
desses traços para a sua apresentação, mas, atenção: cuidado com estereótipos.
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UNIDADE 3
“
“conceitos errôneos de que todos os afro-americanos são atléticos
ou de que todos os asiáticos se destacam nas ciências, é criar uma
imagem muito simples de um grupo”. [...] a análise de fatores de-
mográficos pode oferecer dicas importantes sobre o público, mas
você deve utilizar esses fatores com prudência e responsabilidade”
(LUCAS, 2014, p. 93).
Os dados demográficos que você deve coletar para formar a sua opinião a respeito
do seu público e, com isso, preparar a sua apresentação de forma assertiva são:
■ Faixa etária.
■ Sexo.
■ Religião.
■ Orientação sexual.
■ Filiação grupal.
Observe, acadêmico(a), que com essas informações, será possível ter uma ideia
do tipo de público para quem você irá se apresentar. No entanto, esteja atento ao
fato de que o “seu objetivo não é apenas relacionar os principais traços de seus
ouvintes, mas encontrar nesses traços algumas dicas sobre como eles reagirão à
sua exposição” (LUCAS, 2014, p. 97).
Depois dessas informações tabuladas, você tem respaldo teórico para adap-
tar-se ao perfil do público. Apesar de ser relativamente fácil conhecer o perfil
do público, é possível que você tenha dificuldade de adaptar as suas ideias
para trabalhar com ele.
Duas posturas podem o ajudar nessa situação: uma delas é preparar a
adaptação durante o planejamento do tema, do objetivo e da ideia central.
Já a outra postura é ajustar o que for preciso no decorrer da apresentação.
Fique atento à reação das pessoas e vá se ajustando a elas. Adaptar-se
ao público pode ser um pouco difícil no começo, mas fique tranquilo, com
o passar do tempo e conforme você for adquirindo mais experiência, isso se
tornará mais fácil.
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Duração, data e local
“
“Se terminar antes ou ultrapassar, ficará claro para todos a falta
de planejamento e organização. Se terminar no tempo hábil, de-
monstrará aos seus ouvintes que houve planejamento e preparo”
(FRANÇA, 2015, p.139),
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UNIDADE 3
■ Que a data não seja anterior a um dia de feriado, pois o fato provoca diminuição
do público presente ao evento.
■ Procure marcar a apresentação com antecedência, para que haja tempo para
uma boa divulgação e preparação do orador.
■ Tente marcar a data de maneira que essa não seja concomitante a outro evento
público que ocorrerá no mesmo dia (jogo de final de campeonato, atividade de
trabalho, eventos sociais importantes etc.). Isso poderá prejudicar a quantidade
do público.
NOVOS DESAFIOS
Agora que finalizamos este tema, o que você aprendeu até aqui? Nós tra-
balhamos as habilidades necessárias para se tornar um bom orador. Quais
delas você já utiliza em sua prática profissional e pessoal? Qual ou quais delas
você identifica como necessário ser melhor desenvolvido? Ser pessoal, manter
contato visual, mostrar-se vulnerável, usar o humor, ter cuidado com o ego
ou utilizar histórias?
Vimos que o planejamento da apresentação é um dos elementos práticos
que compõem a oratória, que é um ponto essencial. Conhecer o perfil do
público-alvo que assistirá à apresentação tem relevância? Você se sente apto
a fazer uso de algumas ferramentas que podem o ajudar a identificar essas
informações? Informações como a duração da palestra, a data e o local são
elementos relevante que devem ser conhecidos antes da apresentação.
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AGORA É COM VOCÊ
I - Orador
II - Auditório
III - Meio de comunicação
a) I, II, III.
b) II, I, III.
c) III, II, I.
d) I, III, II.
e) III, I, II.
2. Muitas pessoas acreditam que, para falar em público, é necessário ter um dom es-
pecial. Isso não é verdade, é uma fantasia criada, possivelmente, para justificar suas
possíveis dificuldades. Para falar em público é necessário muito estudo e dedicação.
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AGORA É COM VOCÊ
a) V, V, V, V.
b) F, V, F, V.
c) V, F, V, V.
d) F, F, V, V.
e) V, V, F, F.
I - O bom orador deve saber como organizar seus pensamentos de forma lógica.
II - Em uma apresentação, é importante evitar que a sua mensagem seja adaptada
ao público.
III - Contar histórias é algo que precisa ser evitado em apresentações. As pessoas
estão interessadas em conhecimento.
IV - O orador deve aprender a adaptar-se ao feedback do ouvinte.
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
4. Grande parte das pessoas sente dificuldade para falar em público e isso pode ser
resultado da timidez. Diante dessa informação, analise as informações a seguir.
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AGORA É COM VOCÊ
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
5. Sempre que o orador estiver à frente de uma plateia, isso faz com que ele seja o
centro das atenções. E, apesar das pessoas estarem, ali, para ouvi-lo, é necessário
tomar alguns cuidados com a maneira como será conduzida a apresentação e o
tipo de assunto que será discutido. A este respeito, analise as asserções a seguir e
observe a relação proposta entre elas:
I - É necessário tomar cuidado ao entrar em temas que não são de pleno conheci-
mento do orador, principalmente, em plateias das quais não se conhece o público.
PORQUE
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REFERÊNCIAS
UNIDADE 1
TEMA 1
ROGERS, E. M. Communication technology: the new media in society. New York: 1986.
TEMA 2
2
2
2
REFERÊNCIAS
SANT’ANNA, A.; ROCHA JÚNIOR, I.; GARCIA, L. F. D. Propaganda: teoria, técnica e prática.
8. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicação empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicação empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
TEMA 3
2
2
2
REFERÊNCIAS
ROBERTS, K. Lovemarks: o futuro além das marcas. São Paulo: M Books, 2005.
SILVA NETO, B. R. da. Comunicação e reputação corporativa. In: SILVA NETO, B. R. da.
Comunicação corporativa e reputação: construção e defesa da imagem favorável. São
Paulo: Saraiva, 2010.
TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicação empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicação empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
UNIDADE 2
TEMA 4
KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
2
2
2
REFERÊNCIAS
TEMA 5
BEKIN, S. F. Endomarketing: como praticá-lo com sucesso. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
2
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2
REFERÊNCIAS
SILVA NETO, B. R. da. Comunicação e reputação corporativa. In: SILVA NETO, B. R. da.
Comunicação corporativa e reputação: construção e defesa da imagem favorável. São
Paulo: Saraiva, 2010. p. 01-17.
TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicação empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicação empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
TEMA 6
ERROS que comprometem a comunicação empresarial interna. BlogRH, 20 fev. 2018. Dis-
ponível em: https://blogrh.com.br/erros-comunicacao-empresarial-interna/. Acesso em:
09 jan. 2023.
2
2
2
REFERÊNCIAS
HEIDE, A.; STILBORNE, L. Guia do professor para a internet: completo e fácil. Porto Ale-
gre: Artes Médicas Sul, 2000.
TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicação empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
UM SHOW de animação para contar história da comunicação. [S. l.: s. n.], 2008. 1 vídeo (2
min.). Publicado pelo canal videoblogdoleopoldo. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=KOspn9tCsV4. Acesso em: 09 jan. 2022.
UNIDADE 3
TEMA 7
ABREU, A. S. A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Ateliê
editorial, 2001.
BLIKSTEIN, I. Técnicas de comunicação escrita. 20. ed. São Paulo: Ática, 2000.
2
2
2
REFERÊNCIAS
KOCH, I. V. O texto e a construção dos sentidos. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2008.
KOCH, I. V.; TRAVAGLIA, L. C. Texto e coerência. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
TEMA 8
GODOI, M. Marca: a identidade do negócio: uma abordagem pela semiologia dos afetos.
In: SILVA NETO; B. R. da. Comunicação corporativa e reputação: construção e defesa da
imagem favorável. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 17-32.
KELLER, K. L.; MACHADO, M. Gestão estratégica de marcas. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2006.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Pren-
tice Hall, 2006.
2
2
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REFERÊNCIAS
MENEZES, D.; PIMENTAL, I. Como é a gestão de crises na era digital. Aberje, 04 set. 2019.
Disponível em: http://www.aberje.com.br/colunas/como-e-a-gestao-de-crises-na-era-di-
gital/. Acesso em: 12 jan. 2023.
PESQUISA MSL: brasileiros são mais preocupados para o uso da inteligência artificial na
comunicação. Aberje, 05 dez. 2018. Disponível em: https://www.aberje.com.br/pesqui-
sa-msl-brasileiros-sao-mais-preocupados-para-o-uso-da-inteligencia-artificial-na-comu-
nicacao/. Acesso em: 12 jan. 2023.
PIRES, D. A era da comunicação baseada em dados. Aberje, 18 jun 2019. Disponível em:
http://www.aberje.com.br/colunas/a-era-da-comunicacao-baseada-em-dados/. Acesso
em: 14 set. 2019.
TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicação empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
TEMA 9
ANDERSON, C. J. TED TALKS: o guia oficial do TED para falar em público. Rio de Janeiro:
Intrínseca, 2016.
FRANÇA, A. S. Comunicação oral nas empresas: como falar bem e em público. São Pau-
lo: Atlas, 2015.
LUCAS, S. E. A arte de falar em público. 11. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
STEPHEN, E. L. A arte de falar em público. 11. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
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2
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
UNIDADE 1
TEMA 1
1. C
2. D
4. Os objetivos a serem alçados pela organização com uma utilização estratégica da comu-
nicação, são: construção da imagem institucional da empresa; adequação dos trabalha-
dores ao aumento da competição no mercado; atender as exigências dos consumidores
mais conscientes de seus direitos; defender interesses frente ao governo (lobby); e
encaminhar questões sindicais e relacionadas à preservação do meio ambiente.
TEMA 2
1. D
2. B
3. A
TEMA 3
1. A
2. D
3. B
2
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CONFIRA SUAS RESPOSTAS
UNIDADE 2
TEMA 1
1. E
2. C
3. B
4. D
TEMA 2
1. C
2. A
3. A
4. E
2
2
2
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
TEMA 3
1. B
2. A
3. C
4. B
5. C
UNIDADE 3
TEMA 1
1. A
2. B
3. D
4. D
2
2
2
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
TEMA 2
1. B
2. C
3. D
4. A
5. C
TEMA 3
1. B
2. C
3. B
4. E
5. C
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MEU ESPAÇO
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MEU ESPAÇO
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MEU ESPAÇO
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