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Materiais
Professor Luis Octavio Alves de Azevedo
Antigamente => just-in-case (JIC) Atualmente => just-in-time (JIT)
Segundo essa visão a Administração de Segundo essa visão a Administração de
Materiais é uma especialização da Materiais é um sistema integrado do material
Administração, responsável por manter o fluxo necessário ao seu funcionamento, na
de materiais na organização quantidade necessária, no tempo oportuno, na
Quanto mais melhor qualidade requerida e no menor custo possível.
Caso seja necessário, estará pronto Menos é mais
Manter nível alto de estoque e evitar Quando for necessário estará pronto
backorder Estoque mínimo (reduzido)
(demanda de clientes não pode ser Produção conforme a demanda
atendida) Prioriza o mercado
Máxima capacidade de produção, Produção em pequenos lotes
antecipando a demanda. Produção puxada
Produção em grandes lotes
Produção empurrada.
Conceitos Importantes
Estoque: é o conjunto de materiais existentes na organização
Almoxarifado: é o local físico onde fica o estoque
Depósito: é o local temporário onde o estoque fica antes de ser entregue ao destinatário
final
Componentes do Estoque
Matéria-prima;
Material auxiliar;
Material de manutenção;
Material de escritório;
Material e peças em processamento;
Produtos acabados.
Tipos de Almoxarifado
a)Almoxarifado de matérias-primas: é o que armazena material que se agrega ao produto,
fazendo parte integrante de seu estado, ou seja, o material que passa pelo processo de
transformação da fábrica, dando origem ao produto final.
b)Almoxarifado de materiais auxiliares: é o que armazenam material que ajuda e participa na
execução e transformação do produto, porém não se agrega a ele, sendo imprescindível no
processo de fabricação.
c) Almoxarifado de manutenção: armazena as peças que servem de apoio à manutenção dos
equipamentos e edifícios usados na empresa.
d)Almoxarifado intermediário: armazena as peças que se encontram em processo de
fabricação para posteriormente compor o produto final.
e)Almoxarifado de acabados: armazena os produtos prontos e embalados, os produtos finais,
que serão enviados aos clientes.
Estoques Específicos
a) Estoque Ativo ou Normal - é o estoque que sofre flutuações quanto a quantidade, volume, peso e
custo em conseqüência de entradas e saídas;
b) Estoque Morto ou Inativo - não sofre flutuações, é estático;
c) Estoque Empenhado ou Reservado - quantidade de determinado item, com utilização certa,
comprometida previamente e que por alguma razão permanece temporariamente em almoxarifado.
Está disponível apenas para a função pré-de derminada. ;
d) Estoque de Recuperação - quantidades de itens constituídas por sobras de retiradas de estoque,
salvados (retirados de uso através de desmontagens), sem condições de uso. Embora em suas
condições não possuam utilização, poderão ser recuperados e serem novamente usados;
e) Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservíveis - constitui as quantidades de itens em estoque,
novos ou recuperados, obsoletos ou inúteis que devem ser eliminados.
f) Estoque Disponível - é a quantidade de um determinado item existente em estoque, livre para uso;
g) Estoque de transporte - é a quantidade solicitada ao fornecedor e que está a caminho;
h) Estoque Teórico - é o resultado da soma do disponível e do transporte
i) Estoque Hedge - formado por produtos que tenham alto risco de oscilação de preço, adquirido com
a finalidade de minimizar riscos da organização
Áreas (Subsistemas) da Administração de Materiais
Áreas da Administração de materiais
a) Controle: responsável pelo planejamento (definição de previsão de demanda, estoque
máximo, estoque mínimo...) e pela avaliação do estoque (verificar o valor do estoque).
b) PCP: responsável pelo planejamento (definição da demanda a ser atendida e das
quantidades necessárias a serem produzidas) e controle de produção (solicitar ao
almoxarifado o material necessário à produção)
c) Normatização: responsável por definir as normas de procedimentos da administração de
materiais, inclusive sistema de codificação e classificação de material.
d) Compras: responsável por realizar a verificação de fornecedores e todo processo de
negociação com estes. Além disso, solicita ao departamento financeiro a autorização para
compra e acompanha o processo de entrega de material.
e) Armazenagem (Almoxarifado): responsável pelo recebimento, aceite (quando apenas
quantitativo), acondicionamento, conservação e preservação de estoques, movimentação,
transporte de distribuição de material.
Controle - Avaliação de Estoque
• O Estoque aumenta quando há entrada de material e diminui quando há saída.
A entrada se dá por compra ou produção.
A saída pode ser dada por venda/doação/eliminação.
Avaliação (verificação do valor) possui a finalidade de constatar o que ficou no estoque, em
termos de quantidade e de valor, após as operações de compra e venda.
• Como achar o valor do Estoque Final:
Estoque = Entradas - saídas
EF = EI + C – V
EF = Estoque Final
EI = Estoque Inicial
C = Compras
Luis Octavio Alves de Azevedo 7
V = Vendas
Controle - Avaliação de Estoque
Estoque = Entradas – saídas ou EF = EI + C – V
Exemplo: Suponha a seqüência de operações abaixo:
Dia 02/01 = comprou 2 balas ao valor de 0,10 (cada)
Dia 04/01 = vendeu 1 bala ao valor de 0,20
Qual o valor do estoque ao final das operações?
Se levarmos o raciocínio básico visto anteriormente para calcular, teremos:
Valor de entrada = valor de compra = 2 (balas) x 0,10 (valor unitário) = 0,20
Valor de saída = valor de venda = 1 (bala) x 0,20 = 0,20
Estoque = Entrada – Saída = 0,20 (valor comprado) – 0,20 (valor vendido) = 0
Sendo assim, o valor do estoque seria zero, mas não podemos esquecer que só foi vendida uma das duas balas
que entraram e com isso, a bala que ficou no estoque teria valor de zero, o que com certeza não possui fundamento.
O erro cometido é que o valor de 0,20 da venda foi calculado a partir do valor de compra acrescido de LUCRO.
Quando estamos avaliando estoque não podemos levar em consideração o LUCRO.
Valor de Saída ≠ Valor de Venda e sim Valor de Saída = Valor de Entrada
Luis Octavio Alves de Azevedo 8
A bala que saiu (pela venda) não tinha o valor de 0,20 e sim valia 0,10
Controle - Avaliação de Estoque
• Outro exemplo:
Exemplo 2: Suponha a seqüência de operações abaixo:
Dia 02/01 = comprou 2 balas ao valor de 0,15 (cada)
Dia 03/01 = comprou 1 bala ao valor de 0,30
Dia 04/01 = vendeu 1 bala ao valor de 0,40
Métodos de Avaliação
PEPS – FIFO (Primeiro que Entra/Primeiro que Sai – First In/First Out).
VALOR DE SAÍDA = PRIMEIRA(S) ENTRADA(S)
UEPS – LIFO (Último que Entra/Primeiro que Sai – Last In/First Out).
VALOR DE SAÍDA = ÚLTIMA(S) ENTRADA(S)
Deflação Inflação
1 – entraram 2 peças a R$ 2,50 UEPS = saída = 1 x 4,00 = 4,00
2 – entrou 1 peça a R$ 4,00
CM CM
CM = saída = 1 x 3,00 = 3,00 UEPS UEPS
PEPS = SAIU MENOS (2,50) = FICOU MAIS NO ESTOQUE = Estoque Maior UEPS UEPS
UEPS = SAIU MAIS (4,00) = FICOU MENOS NO ESTOQUE = Estoque Menor
CM = SAIU MÉDIO (3,00) = FICOU MÉDIO NO ESTOQUE = Estoque Médio CM CM
PEPS PEPS
TEMPO
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• Sazonal: é o tipo de demanda que só ocorre em determinados
períodos, como é o caso do OVO DE PÁSCOA.
QUANTIDADE
TEMPO
CRESCENTE DECRESCENTE
QUANTIDADE
QUANTIDADE
TEMPO TEMPO
QUANTIDADE
TEMPO
• Sazonal: é o tipo de evolução que apresenta grandes oscilações de
demanda em períodos determinados, como é o caso do BACALHAU.
QUANTIDADE
TEMPO
CRESCENTE DECRESCENTE
QUANTIDADE
QUANTIDADE
TEMPO
TEMPO
Mês
CONSUM
Peso
Resolução
O
Jan 100 5% Pabr= [(100x0,05)+(400x0,35)+ (500x0,6)] / (0,05+0,35+0,6)
Fev 400 35%
Mar 500 60% Pabr = (5 + 144 + 300) / 1 = 449
• Classe B: são os produtos com lucratividade média. Esses produtos são normalmente de
evolução constante e muitas vezes é nessa classe onde encontramos o carro chefe da
empresa. Se for o caso de ser o carro chefe deve ser incentivada a realização de marketing e
não devem faltar na empresa, pois representam a imagem da mesma.
• Classe C: são produtos de pouca lucratividade e que geram custos altos de estocagem,
devendo a direção tomar cuidado com a alta estocagem do mesmo. Esses produtos são
utilizados normalmente para ampliar o mercado da empresa ou para melhorar a sua
imagem.
1 – Normalmente as questões são conceituais ou para marcar a opção que
possui os produtos de classe A.
Exemplo
PRODUTO CONSUMO VALOR
I 10 5
II 2 100
III 6 50
IV 4 25
V 5 700
TOTAL
1º Passo: criar mais 4 colunas => Lucratividade, Porcentagem, Ordem Decrescente e Classe.
2º Passo: Calcule a lucratividade multiplicando o consumo pelo valor. Depois calcule o total das
lucratividades.
3º Passo: ache a % dividindo a LUCRATIVIDADE pelo TOTAL e multiplicando-se por 100.
4º Passo: coloque a ordem que ocupa cada produto de acordo com o seu percentual.
I 10 2 20 2% 5º
II 2 75 150 15% 3º
III 7 50 350 35% 2º
IV 3 10 30 3% 4º
V 5 90 450 45% 1º
TOTAL 1000 100%
5º Passo: o 1º na ordem, obrigatoriamente, pertence a classe A, ou seja, o produto V.
Temos que saber se o 2º também pertence a ela. Para tanto somamos os percentuais do 1º
e do 2º => 45 +35 = 80%, Como esse número é igual ao máximo da classe A, o segundo
também pertence a classe A. Em contrapartida se somarmos os 15% do 3º ultrapassamos os
80%.
6º Passo: O 3º pertence a classe B e seu percentual é de 15%, ou seja o máximo da B, com
isso, o 4º e o 5º pertencem a classe C.
I 10 2 20 2% 5º C
II 2 75 150 15% 3º B
III 7 50 350 35% 2º A
IV 3 10 30 3% 4º C
V 5 900 450 45% 1% A
TOTAL 1000 100%
Quantidade Econômica de Pedido (QEP)/Lote Econômico de Compra (LEC)
É a quantidade ideal para não faltar material e não sobrar muito, gerando um estoque excessivo.
𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐
LEC =
𝑪𝑪
A = Consumo anual
S = Custo dopedido
C = custo de manutenção do estoque
Exemplo: O Lote Econômico de Compras representa a quantidade de materiais comprada pela empresa
que reduz o custo de manutenção de estoque. Uma empresa do setor de alimentos adquire anualmente
800 toneladas de açúcar, que é consumido em seu sistema de produção. O custo anual de manutenção
de estoque é de R$ 200,00/tonelada, e o custo estimado para a efetivação de cada pedido é de R$
50,00/pedido. Qual o LEC
A = 800 𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐
LEC = 𝟒𝟒𝟒𝟒𝟒𝟒 LEC = 𝟐𝟐𝟐𝟐
LEC =
S = 50 𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐
C = 200
É a quantidade de item de estoque que ao
Ponto de Pedido
ser atingida requer a análise para
ressuprimento do item
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É a média aritmética do consumo nos últimos 12 meses
Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
C = ΣCm/12
10/04 20/04
Solicitação Chegada
Pedido1 Pedido1
Chegada Chegada
Pedido1 Pedido 2
C --------- 30 dias
Em ------- 15 dias
Suponha que uma empresa tenha um consumo médio de 200 peças, tempo de
aquisição de 2 meses e a fração do Em seja 0,25.
Esse tipo de questão temos que usar a fórmula e lembrar que a fração é do
TEMPO DE AQUISIÇÃO
Em = C X f x T = 200 x ¼ x 2 = 100
É a quantidade a ser atingida que necessita de um novo pedido.
Pp
C C Em
Pp = C x T + Em
T
EM
C C C Em EM = C x I + Em
I
8. Materiais Críticos
São materiais de reposição específica, cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como
base o risco. Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer estocados
até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle de obsolescência. Quantidade deve mínima.
Por problemas de obtenção: material importado; único fornecedor; falta no mercado; estratégico e de
difícil obtenção.
Por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de armazenagem ou de transporte.
Por problemas de armazenagem/transporte: perecíveis, alta periculosidade, peso/grandes dimensões.
Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso
Críticos por razões de segurança: alto custo de reposição ou para equipamento vital da produção.
9. Quanto ao tipo de Estocagem
I. Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis de estoque e que necessitam de
ressuprimento constantes.
a) regular - perfeitas condições de uso, funcionamento e aproveitamento pela unidade
detentora da carga;
b) ocioso - quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado
(formulário defasado);
c) recuperável - quando o custo de sua recuperação não ultrapassar cinqüenta por cento de seu
valor de mercado;
d) antieconômico - manutenção onerosa, rendimento precário, por uso prolongado, desgaste
prematuro ou obsolescência;
e) irrecuperável - quando economicamente inconveniente sua recuperação ou sem condições
de uso perda de características.
II.Temporária: utilização imediata e sem ressuprimento, ou seja, é um material não de estoque.
10. Dificuldade de Aquisição
Material de difícil aquisição ou fácil aquisição.
As dificuldade podem advir de:
Fabricação especial: envolve encomendas especiais com cronograma de fabricação longo;
Escassez no mercado: há pouca oferta no mercado e pode colocar em risco o processo
produtivo;
Sazonalidade: há alteração da oferta do material em determinados períodos do ano;
Monopólio ou tecnologia exclusiva: dependência de um único fornecedor;
Logística sofisticada: transporte especial, ou difícil acesso;
Importações: os materiais sofrer entraves burocráticos, liberação de verbas ou
financiamentos externos.
11. Mercado Fornecedor
Classificação intimamente ligada à anterior e a complementa.
Materiais do mercado nacional: materiais fabricados no próprio país;
Materiais do mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país;
Materiais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão desenvolvendo
fornecedores nacionais.
12. Quanto ao estado de apresentação
Novos: são os que ainda não foram utilizados.
Reparados: são aqueles que sofreram alguma modificação ou recuperação, mas podem ser
novamente utilizados.
Materiais inservíveis: são os que não apresentam condições de uso, com recuperação
inviável e devem ser retirados no mais breve espaço de tempo possível.
Materiais obsoletos: são os materiais sem previsão de uso e que devem ser vendidos
imediatamente, a fim de recuperar ao menos em parte o capital investido.
Sucata: são os resíduos dos materiais utilizados e que possuem valor econômico.
Materiais imprestáveis: são os resíduos dos materiais utilizados e que não possuem valor
econômico.
13. Quanto à demanda
Materiais de demanda permanente: são os que possuem movimentação contínua e
regularidade no consumo. λ
Materiais de demanda eventual: são aqueles com consumo em épocas específicas e
costumam ter pouca quantidade em estoque.
Compras - Formas
Por meio de concorrências repetitivas: pedidos de compra, independentes da análise do
comportamento periódico em que acontecem. Podem ser inconstantes ou constantes.
Por meio de contratos de longo prazo: fornecimento de materiais de consumo regular, com
vigência por determinado período de tempo, para entregas parceladas, por meio de
autorização.
Verticalização
Estratégias de compras
É a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder
Vantagens Desvantagens
Independência de terceiros Maior investimento
Maiores lucros Menor flexibilidade (perda de foco)
Maior autonomia Aumento da estrutura da empresa
Domínio sobre a tecnologia própria
Horizontalização
Consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível de itens que compõem o produto final
ou os serviços de que necessita
Vantagens Desvantagens
Redução de custos Menor controle tecnológico
Maior flexibilidade e eficiência Deixa de auferir o lucro do fornecedor
Incorporação de novas tecnologias Maior exposição
Foco no negócio principal da empresa
Ciclo de Compras
Diligenciamento (follow-up)
Visa garantir o cumprimento das cláusulas contratuais, em especial quanto aos prazos de
entrega, acompanhando, documentando e fiscalizando as encomendas pendentes, observados
os interesses da empresa.
Objetivos:
a) atingir e manter acompanhamento das encomendas, informando a situação de cada material
em fase de aquisição;
b) atingir e manter acompanhamento que possibilite o cumprimento dos prazos acordados e
posicionando a situação das encomendas de materiais cujos estoques estejam críticos;
c) atingir e manter o fluxo de informações ao comprador e ao cadastro de fornecedores relativas
ao desempenho obtido no cumprimento dos prazos de entrega estabelecidos e ao grau de
dificuldade provocado no diligenciamento.
Diligenciamento (follow-up)
1. Atuação preventiva
O objetivo da atuação preventiva é evitar que ocorram atrasos na entrega de materiais
encomendados que normalmente são:
- materiais a vencer;
- carteira de encomendas por fornecedor;
- encomendas em aberto por fornecedor.
Nesses casos devem ser avaliados:
- a totalidade da carteira do fornecedor;
- as encomendas a vencer nos próximos 15 dias;
- necessidade de convocar o fornecedor prestar esclarecimentos;
- as solicitações de prorrogação de prazos de entrega em função da posição do saldo físico, da
tradição de consumo e da necessidade da empresa;
- os problemas de ordem técnica ou comercial.
Diligenciamento (follow-up)
2. Atuação curativa
O seu objetivo é evitar que os atrasos, quando ocorrerem, sejam longos, de tal forma que o
atraso médio das encomendas vencidas seja curto, para não ocorrer a ruptura do estoque,
analisando:
- número de itens vencidos por fornecedor;
- atraso individual das encomendas;
- atraso médio do fornecedor.
3. Procedimentos especiais
Outros procedimentos, dependendo da empresa, podem vir a ser
adotados para atender a necessidades particulares:
- ativação de materiais para reformas;
- ativação de materiais para reparos;
- ativação de materiais críticos.
Layout de Produção (Arranjo Físico)
O layout de produção, que também pode ser chamado de arranjo físico, é a representação gráfica do
chão de fábrica. Ele é determinante na produtividade de uma indústria, pois, não é somente uma planta
baixa, mas um estudo da melhor distribuição e disposição física das máquinas, áreas e componentes do
processo de produção. O objetivo é organizar o espaço do chão de fábrica a fim de se obter a forma
mais eficiente de trabalho, garantindo a produtividade e segurança dos colaboradores.
Alguns fatores para serem estudados e levados em consideração antes da escolha do layout de
produção:
Quantidade do produto a ser produzido: Quanto maior o volume de peças produzidas, maior a
necessidade de automatizar os processos. Nos casos de produtos com alto valor agregado, tende-se a
dedicar mais tempo na execução de cada etapa, o que diminui o volume.
Variedade de produtos que serão produzidos: Quando a fábrica produz diferentes tipos de produtos
e/ou produtos com diversas variações, é necessário pensar na flexibilização do arranjo físico de forma
a otimizar o tempo gasto nas mudanças.
Tipo de produto a ser produzido: O tamanho e natureza do produto a ser produzido tem grande
impacto no layout da fábrica, por isso, é importante que o espaço de produção se adapte ao produto.
Layout de Produção (Arranjo Físico) - Modelos
Layout por posição fixa (ou layout posicional): esse é o caso em que a natureza do produto determina o layout
de produção. Nesse tipo de configuração, o produto permanece parado enquanto os trabalhadores e máquinas
se organizam ao redor dele, como na fabricação de aviões de grandes portes, foguetes e navios, construção civil,
Cirurgia de coração, Restaurantes, Manutenção de computador de grande porte e Unidades de terapia intensiva;
Layout por processo (ou layout funcional): esse arranjo físico agrupa processos e equipamentos das mesmas
operações ou funções em uma única área, formando setores de trabalho específicos. É utilizado quando precisa
se produzir em lotes com grande variação de peças ou ainda, quando pensamos em outros segmentos além da
indústria, é possível encontrar esse layout em bancos, hospitais e supermercados, loja de departamentos, onde o
cliente é direcionado ao setor específico.
Layout em linha (ou layout por produto): nesse modelo, as máquinas são dispostas lado a lado, seguindo a linha
de produção, normalmente dedicada à fabricação de um tipo exclusivo de produto. Dessa forma, tudo acontece
sempre da mesma maneira em uma sequência única. Podemos encontrar esse desenho na indústria
automobilística e alimentícia, por exemplo.
Layout celular (híbrido): esse arranjo é um híbrido entre o layout em linha e o funcional. Cada célula é
autossuficiente e autogerenciável e é responsável pela produção de determinado produto ou família de
produtos, possuindo todas as ferramentas necessárias para o trabalho. Dessa forma, o processo inteiro é feito
em um mesmo local, sem a necessidade de grandes movimentações. Exemplos são manufatura e a montagem
de alguns tipos de peças para computadores, lanches rápidos em supermercados e maternidades
Layout de Produção (Arranjo Físico) - Modelos
Gráfico Curva Dente de Serra
É a representação da movimentação (entrada e saída) de um item dentro de um sistema de
estoque, em que a abscissa é o tempo decorrido (T), para o consumo, normalmente em meses,
e a ordenada é a quantidade em unidades desta peça em estoque no intervalo do tempo T
Curva Dente de Serra sem Ruptura
Curva Dente de Serra com Estoque Mínimo
Quantidade ESTOQUE
120
MÁXIMO
100
REPOSIÇÃO
REPOSIÇÃO
80
60
40 PONTO DE ESTOQUE
PEDIDO
MÍNIMO
20
Tempo
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 (meses)
Curva Dente de Serra com Ruptura
Quantidade
100
80
REPOSIÇÃO
60
40
20
0
4 Tempo
1 2 3 5 6 7 8 9 10 (meses)
-20 VENDAS
PERDIDAS RUPTURA DO
-40
ESTPQIE
Indicadores de Desempenho
I - Giro de estoque (Turnover, Renovação/Rotação)
É a quantidade de vezes que o estoque foi renovado durante um determinado período.
a) Pela quantidade consumida/vendida
Giro = Vendas (Consumo)/Estoque Médio (Ei+Ef/2)
Exemplo: Estoque médio: 800 unidades; Vendas Anuais: 4.000
Giro: 4.000/800 = 5 giros ao ano.
I - Recebimento e aceite
II – Tombamento
III - Incorporação (ou escrituração);
IV - Movimentação;
V - Desfazimento (desincorporação, baixa).
Instrumentos de Controle Patrimonial
• Etiqueta de Identificação: é o instrumento de identificação física do bem
contendo um número de registro patrimonial.
• Ficha de Controle de Bens Patrimoniais: documento que identifica os bens por
setor, dentro de uma unidade, assim como o responsável por estes bens. Geradas
com mudança de responsável pela guarda de bens e após a realização de
inventário.
• Ficha de Movimentação de Bens Patrimoniais É o documento que registra e
controla os deslocamentos definitivos ou temporários dos bens.
• Termo de Conclusão de Inventário É o documento que tem por finalidade
apresentar todos os bens que estão sob a guarda de cada unidade através da
identificação física destes, com seus respectivos valores monetários.
• Pedido de Baixa Patrimonial: documento emitido quando da baixa de bens.
Fases do Controle Patrimonial
I - Recebimento e aceite
Recebimento: é o ato pelo qual o material encomendado
é entregue ao órgão público no local previamente
designado, não implicando em aceitação. Transfere
apenas a responsabilidade pela guarda e conservação do
material, do fornecedor ao órgão recebedor.
Aceite: é a operação segundo a qual se declara, na
documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às
especificações contratadas.
Ingresso de Bens Patrimoniais
Compra: é a incorporação de um bem que tenha sido adquirido pelo órgão
público de acordo com os critérios estabelecidos em instrumentos legais
que regem o assunto.
Doação: é a incorporação de um bem cedido por terceiro à instituição
pública, em caráter definitivo, sem envolvimento de transação financeira.
Permuta: é a incorporação no acervo patrimonial do órgão público de um
bem pertencente a outro órgão que foi objeto de troca por outro bem
pertencente ao mesmo ente estatal.
Dação em pagamento: É a incorporação de bens ofertados pelo devedor e
aceita pelo Estado (credor), em substituição a uma obrigação (dívida)
existente entre eles.
Ingresso de Bens Patrimoniais
Leasing: é a incorporação de bens ao acervo patrimonial do órgão sob a
forma de arrendamento mercantil.
Comodato: é a incorporação temporária, para o fim de inclusão no
cadastro geral do órgão, de bens pertencentes a terceiros, emprestados a
este a título gratuito e por tempo determinado.
Transferência: é a incorporação de bens movimentados de um órgão para
outro em caráter definitivo.
Produção interna ou fabricação própria: e a incorporação de um bem
patrimonial fabricado ou construído pelo Estado, realizada mediante a
identificação precisa de seu valor, por meio da apropriação de seu custo de
produção ou fabricação.
Ingresso de Bens Patrimoniais
Locação: é a incorporação temporária, para fins de inclusão no cadastro
geral do órgão, dos bens pertencentes a terceiros que estejam alugados ou
arrendados a ele, os quais ficarão em condição especial até que sejam
devolvidos ao término do contrato.
Avaliação: a necessidade de avaliação decorre da identificação de um bem
reconhecidamente pertencente ao ente estatal que não dispõe de
documentação específica.
Perda e Confisco de bens particulares: é a incorporação de bens revertidos
em favor do Estado em face de cometimento de atos ilegais por terceiros.
Na hipótese de ilícito penal, a reversão dos bens se dá em favor da União e
incide sobre os instrumentos e produtos do crime
Fases do Controle Patrimonial
II – Tombamento
É a formalização da inclusão física de um bem patrimonial no acervo do órgão, com a atribuição de um
único número por registro patrimonial, ou agrupando-se uma seqüência de registros patrimoniais quando
for por lote, que é denominado “número de tombamento”. Pelo tombamento aplica-se uma conta
patrimonial do Plano de Contas do órgão a cada material, de acordo com a finalidade para a qual foi
adquirido. O valor do bem a ser registrado é o valor constante do respectivo documento de incorporação
(valor de aquisição).
Marcação Física: O registro patrimonial deverá ser expresso mediante etiquetas adesivas resistentes que
garantam a eficiência e a durabilidade da expressão do registro. A identificação do material deverá ser
afixada, em lugar visível, preferencialmente em local que não atrapalhe a sua utilização.
mesas: tampo frontal, lado direito;
cadeiras: coluna dos pés;
armário: parte frontal superior;
máquinas: parte lateral esquerda;
veículos: ao lado da plaqueta de numeração do chassi;
computador: parte lateral esquerda da CPU;
software: certificado do sistema/programa de informática.
II – Tombamento - Marcação Física:
Caracteriza-se pela aplicação, no bem, de plaqueta de identificação, por colagem ou
rebitamento, a qual conterá o número de registro patrimonial.
Fixação da Plaqueta:
Na colocação da plaqueta deverão ser observados os seguintes aspectos:
local de fácil visualização para efeito de identificação por meio de leitor óptico, se possível na
parte frontal do bem;
evitar áreas que possam curvar ou dobrar a plaqueta ou que possam acarretar sua
deterioração;
evitar fixar a plaqueta em partes que não ofereçam boa aderência, por apenas uma das
extremidades ou sobre alguma indicação importante do bem.
II – Tombamento - Marcação Física:
Os bens patrimoniais recebidos sofrerão marcação física antes de serem distribuídos aos diversos
centros de responsabilidade do órgão. Os bens patrimoniais cujas características físicas ou a sua
própria natureza impossibilitem a aplicação de plaqueta terão número de tombamento, mas
marcados e controlados em separado.
Caso o local padrão para a colagem da plaqueta seja de difícil acesso, como, por exemplo, nos
arquivos ou estantes encostadas na parede, que não possam ser movimentados devido ao peso
excessivo, a plaqueta deverá ser colada no lugar mais próximo ao local padrão.
Em caso de perda, descolagem ou deterioração da plaqueta, o responsável pelo setor onde o bem
está localizado deverá comunicar, impreterivelmente, o fato ao Setor de Patrimônio.
Para tombamento de semoventes, pode-se utilizar a etiqueta plástica apropriada, colocada
na orelha do animal, com a respectiva numeração.
Quando não for possível a utilização de etiquetas próprias para a fixação do número de
registro patrimonial (tombamento), deverá recorrer a outros processos (pincel
permanente, carimbo ou outro meio idôneo), desde que os números sejam gravados de
forma indelével.
Fases do Controle Patrimonial – III. Escrituração
É o processo de inclusão do bem através da sua identificação e valor, no acervo do órgão. A incorporação
do bem é realizada por lançamento contábil no sistema utilizado pela Administração Pública, após
registros de entrada nos sistemas de gerenciamento do Almoxarifado e do Patrimônio.
Base para os valores dos bens a serem registrados :
Entrada dos bens no almoxarifado: valor de aquisição;
Saída dos bens do almoxarifado: valor médio ponderado;
Entrada dos bens no ativo não circulante: valor de aquisição constante no relatório emitido pelo setor
de Patrimônio e quantias inerentes às reavaliações de bens a fim de ajustar a cotação dos bens
figurantes no Patrimônio Público;
Saída dos bens do ativo não circulante: valor histórico, corrigido na data da saída do bem.
Fases do Controle Patrimonial – IV. Movimentação
É conjunto de procedimentos relativos à distribuição, transferência, saída provisória, empréstimo e
arrendamento a que estão sujeitos no período decorrido entre sua incorporação e desincorporação.
1. Distribuição de Bens
É a movimentação interna de bens, que é feita pelo setor de almoxarifado e o registro é de competência
do setor de patrimônio. A distribuição de bem móvel será documentada mediante o preenchimento e
assinatura do encarregado do setor recebedordo Termo de Responsabilidade.
Fases do Controle Patrimonial - Movimentação
2. Transferência de Responsabilidade dos Bens Móveis
• É a operação de movimentação de bens, com a consequente alteração da carga patrimonial.
• É necessária solicitação do responsável patrimonial cedente com a anuência do recebedor.
• Pode ocorrer entre setores de um mesmo órgão ou entre órgãos pertencentes à estrutura administrativa
do mesmo Ente Estatal.
Pode ocorrer a transferência de responsabilidade do bem sem a movimentação: mudança da responsabilidade
patrimonial de um servidor para outro, desde que não pressuponha mudança de local do bem
3. Saída Provisória dos Bens Móveis
É a movimentação de bens patrimoniais fora das dependências onde estão localizados, em face da
necessidade de consertos, manutenção ou, ainda, pela utilização temporária por outro setor quando
devidamente autorizado.
4. Empréstimo
É a operação de remanejamento de bens entre órgãos por um período determinado de tempo, sem
envolvimento de transação financeira.
5. Redistribuição
É a movimentação do setor de patrimônio de bens devolvidos e recolhidos no seu depósito (de bom estado ou
recuperado), para outros setores do órgão para que sejam reutilizados.
Fases do Controle Patrimonial – V. Desfazimento (Desincorporação, Baixa)
O desfazimento é a operação de baixa de um bem pertencente ao acervo patrimonial do órgão e
consequente retirada do seu valor do ativo imobilizado.
Considera-se baixa patrimonial, a retirada de bem da carga patrimonial do órgão, mediante registro
da transferência deste para o controle de bens baixados, feita exclusivamente pelo Setor de
Patrimônio, devidamente autorizado pelo gestor.
O número de patrimônio de um bem baixado não deverá ser utilizado em outro bem.
Formas de baixa patrimonial
Alienação: transferência de propriedade, remunerada ou gratuita, sob a forma de venda, permuta,
doação, dação em pagamento, investidura, legitimação de posse ou concessão de domínio.
Perda Total: consiste na formalização, para fins contábeis, da desincorporação de bens que já não
existem fisicamente por terem sido objeto de eventos, ou, embora existindo fisicamente, são
inservíveis
Comodato: desincorporação de um bem pertencente ao acervo patrimonial do órgão que tenha sido
cedido a uma entidade qualquer, sem envolvimento de transação financeira, por tempo
determinado.
Transferência: é a desincorporação de um bem que tenha sido transferido de um órgão para outro
local dentro da mesma esfera de competência ou jurisdição, em caráter definitivo.
Formas de baixa patrimonial
Exclusão definitiva de bens do cadasro: são situações em que os dados dos bens são excluídos
definitivamente do cadastro, por não haver razão ou interesse em manter as respectivas
informações (erro no número de tombamento; incorporação de bens inexistentes; e exclusão de
bem cujo controle, por algum motivo, não interessa mais ao órgão).
Baixa de Semoventes: deve ocorrer no momento em que estes deixaram de atender a finalidade a
que se destina por incapacidade; ou por morte; ou por sacrifício.
Roubo – crime contra o Patrimônio, representando uma subtração clandestina de bens contra a
vontade do Ente Estatal, com grave ameaça ou violência à pessoa responsável pela posse do bem, ou
contra o bem;
Furto – crime contra o Patrimônio, representando uma subtração de bens sem o consentimento do
Estado, sem uso de violência ou grave ameaça contra a pessoa responsável pela posse, podendo ter
violência contra o bem. (arrombamento);
Extravio – desvio proposital ou involuntário de um bem;
Dano – é o prejuízo ou perda de um bem provocado pela destruição, inutilização ou deterioração;
Sinistro – danificação total de um bem por incêndio, inundação, colisão ou esmagado por queda de
árvore ou assemelhados.
Movimentação Financeira
Depreciação - é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência.
Amortização - é a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer outros,
inclusive ativos intangíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.
Exaustão - é a redução do valor, decorrente da exploração, dos recursos minerais, florestais e outros recursos
naturais esgotáveis.
Cálculo da Depreciação
➢ Vida útil: tempo total do bem até a depreciação total.
➢ Valor residual: é o valor do bem ao final da sua vida útil.
➢ Valor depreciável: é o Valor Original de Aquisição (Último Valor Depreciável Registrado) menos o seu Valor
Residual.
Método de Depreciação Linear: método que consiste apenas em dividir o total a depreciar pela vida útil do bem.
𝑉𝑉𝑉𝑉 −𝑉𝑉𝑉𝑉 𝑉𝑉𝑉𝑉
𝐷𝐷 = 𝐷𝐷 =
𝑛𝑛 𝑛𝑛
D = Depreciação VO = Valor do bem original VR = Valor Residual n = vida útil VD = Valor Depreciável (VO – VR)
Calcular o valor da depreciação de uma máquina de R$ 40.000,00, sabendo que a vida útil é 5 anos, e o valor
residual de R$ 5.000,00
Inventário
É a contagem física dos itens do estoque. No caso de haver diferenças entre o inventário físico e os registros de
controle, devem ser feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias.
É o instrumento de controle para a verificação dos saldos de estoques nos almoxarifados e depósitos, e dos
equipamentos e materiais permanentes, em uso no órgão ou entidade
I - Formas de efetuar o inventário:
a) Periódico: é quando em determinados períodos faz-se a contagem física de todos os itens do estoque, utilizando-
se para tal tarefa uma força-tarefa designada para esse fim.
b) Rotativo: é quando permanentemente são contados os itens em estoque, a cada entrada e saída.
II - Finalidades
a) o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos estoques com o saldo físico real nas instalações de
armazenagem;
b) a análise do desempenho das atividades do encarregado do almoxarifado através dos resultados obtidos no
levantamento físico;
c) o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante ao saneamento dos estoques;
d) o levantamento da situação dos equipamentos e materiais permanentes em uso e das suas necessidades de
manutenção e reparos; e
e) a constatação de que o bem móvel não é necessário naquela unidade.
III - Princípios
a) iInstantaneidade – o levantamento deve referir-se a um determinado instante, dia e hora
b) Uniformidade: estabelecimento das mesmas normas, estruturação e critérios gerais permitindo
comparações;
c) tempestividade (Oportunidade) – deve ser realizado na data mais próxima possível do evento (motivo) a
que se refere, e no menor tempo possível, para evitar manobras e distorções;
d) integridade – o levantamento deve envolver todos os elementos que são objeto do inventário a que se
refere;
e) especificação – o inventário deve especificar cada elemento patrimonial e agrupa-lo de acordo com sua
função em grupos homogêneos que efetivamente os represente;
f) homogeneidade – os elementos patrimoniais devem ser apresentados sob medidas uniformes
IV – Fases
1. Levantamento: consiste na coleta de dados sobre todos os elementos ativos e passivos do patrimônio.
a) Identificação: verificar as características dos bens, direitos e obrigações e separação destes em classes.
b) Grupamento: reunir elementos por característica comum.
c) Mensuração: contagem das unidades componentes
2. Arrolamento: registro das características e quantidades obtidas no levantamento. Pode ser sintético, com
os dados resumidos, ou analítico, quando os itens são relacionados individualmente.
3. Avaliação: é atribuída uma unidade de valor ao elemento patrimonial.
Inventário - Tipos
a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo de
cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício - constituído do
inventário anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício.
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e registro
dos bens sob sua responsabilidade;
c) de transferência de responsabilidade - realizado quando da mudança do dirigente de uma
unidade gestora;
d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou transformação da unidade
gestora;
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por
iniciativa do órgão fiscalizador.
Armazenagem
I - Fases
1ª Verificação das condições pelas quais o material foi recebido, no tocante à proteção e embalagem.
2ª Identificação dos materiais.
3ª Guarda na localização adequada (endereçamento).
4ª Informação da localização física de guarda ao controle.
5ª Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento.
6ª Separação de pedidos para distribuição.
II - Layout - Arranjo Físico
É a disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais, da maneira mais adequada ao processo
produtivo.. O layout é o gráfico que representa a disposição espacial, a área ocupada e a localização dos
equipamentos, pessoas e materiais.
Objetivos
a) Assegurar a utilização máxima do espaço;
b) Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais;
c) Propiciar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de equipamento, espaço, danos do
material e mão-de-obra;
d) Fazer do armazém um modelo de boa organização.
Critérios de Armazenagem
Armazenagem por Agrupamento (ou compatibilidade) - Materiais associados são alocados próximos uns dos
outros. É o caso de se armazenar em sobressalentes variados de um motor de automóvel, por exemplo, em uma
mesma estante. Facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento
do espaço.
Armazenagem por tamanho, peso ou forma (acomodabilidade) - Materiais de características físicas
semelhantes são armazenados mais próximos. Esse critério possibilita um maior aproveitamento do espaço
físico, e demanda maior necessidade de controle por parte do gestor de almoxarifado.
Armazenagem por frequência - Os materiais com maior frequência de entrada e saída do almoxarifado são
armazenados próximos à sua entrada/saída.
Armazenagem especial - É a típica armazenagem complexa, destinadaa materiais inflamáveis, perecíveis,
explosivos etc. Note que este critério de armazenagem pode ser “acumulado” com um dos anteriores(por
exemplo: carnes são armazenadas em câmaras frigoríficas – armazenagem especial,e pode ser empregado em
conjunto o critério de armazenagem por frequência). Importante: produtos perecíveis devem ser armazenados
segundo o método FIFO.
Armazenagem em área externa - Este critério é aplicável a materiais que podem ser armazenados em áreas
externas(por exemplo, automóveis acabados, armazenados em pátios), reduzindo custos e ampliando o espaço
interno do almoxarifado para materiais que necessitam de maior proteção.
Coberturas alternativas - Trata-se de soluções para a obtenção de uma área coberta, sem incorrer em custos de
construção atinente à expansão do almoxarifado. Em geral, a cobertura é de de PVC.
Armazenagem
Técnicas de armazenagem
Conjunto de procedimentos realizados dentro e, às vezes, fora de um armazém com o objetivo
de otimizar a utilização do espaço e a rapidez com que se transportam materiais.
I –Rodoviário: aconselhável para o transporte a curta distância de produtos acabados ou semiacabados, produtos
com alto valor agregado, como eletro, e também perecíveis, como grãos, laticínios e carnes.
Vantagens:
acessibilidade, pois conseguem chegar em quase todos os lugares do território brasileiro;
maior investimento do governo na infraestrutura das rodovias se comparada aos outros modais.
Desvantagens:
alto custo de carregamento, por causa do impacto direto que pedágios e alto valor do combustível geram;
II – Aéreo: possui agilidade e facilidade em percorrer longas distância, no território nacional e internacional.
O transporte aéreo é uma ótima opção quando os fatores tempo de entrega e segurança são um requisito
para a sua empresa. Apesar de ter limitações no volume de carga, tamanho, peso e quantidade a ser
transportada, é ideal para produtos eletrônicos, produtos frágeis ou com curto prazo de validade ou de
consumo.
Vantagens:
percorre longas distâncias independentemente dos acidentes geográficos que a rota possa ter;
menor custo com embalagens, pois a carga é menos manuseada durante seu trânsito.
Desvantagens:
limitação na quantidade de carga transportada;
III – Ferroviário: adequado para cargas de grandes volumes. Percorrendo longas distância e com um
destino fixo, esse modal não tem a mesma flexibilidade de rota que o rodoviário desfruta. Apresenta
baixo custo se comparado com outros modais de transporte e conta com alta capacidade para
transportar produtos em grande escala e cargas pesadas. Modal ideal para transportar minério de
ferro, produtos siderúrgicos, derivados do petróleo, fertilizantes, mercadorias agrícolas, entre outros.
Vantagens:
baixo custo, porque tem baixa incidência de taxas e utiliza combustíveis mais baratos;
Desvantagens:
rotas fixas e inflexíveis;
pode depender de outros modais de transporte para fazer com que as cargas cheguem efetivamente
III – Aquaviário: capaz de transportar em bastante quantidade, como o modal ferroviário, o modal de transporte
aquaviário é indicado para produtos com baixo valor agregado. Inclusive, é capaz de transportar produtos de
diversas espécies e em todos os estados (líquido, sólido e gasoso). Desde que estejam bem armazenados e em
containers adaptados. Assim como o modal aéreo, pode transportar por longas distâncias, ainda que rapidez e
agilidade não sejam um diferencial. Por ser um modal que utiliza vias aquáticas, não disputa espaço com outros
modais de transporte.
Vantagens:
capacidade de transportar grandes quantidades;
Desvantagens:
tempo de trânsito longo;
III – Dutoviário: é possibilitado por meio da implantação de dutos e tubos subterrâneos, submarinos e aparentes.
Esse transporte é possível basicamente pelo controle de pressão inserida nesses dutos. Então, é um modal que
permite o transporte a longas distancias e em grandes quantidades.
Apesar de ter um alto custo de implantação e um percurso inflexível, tem um baixo custo operacional. Esse tipo
de modal é recomendado para fluidos líquidos, gases e sólidos granulares.
Vantagens:
percorre longas distâncias com baixos custos operacionais;
Desvantagens:
alto custo de investimento inicial e fixo;
⦁ Tipos de produtos transportados no modal dutoviário: petróleo e seus derivados, álcool, CO2 (dióxido de
carbono) e CO3 (trióxido de carbono), gás natural, minério, cimento e cereais, carvão e resíduos sólidos águas
servidas — esgoto e água potáve.
Transporte (Modais)
V – O modal infoviário, também chamado de digital ou virtual é aquele que utiliza a infraestrutura de
telecomunicações para o transporte, mais comumente formada por fibra ótica e satélites. Através desse
modal, são transportados dados e informações, como os serviços de telefonia, internet e televisão por
assinatura.
Vantagens:
Com a popularização da internet, a atenção dos governos ao modal infoviário tem aumentado nos
últimos anos.
Muitos serviços públicos, inclusive, já estão ocorrendo de modo 100% digital, como a autorização de
Desvantagens:
O Brasil impõe uma carga tributária sobre o modal infoviário considerada alta pelos players do setor.
Além disso, é apontada uma alta burocracia para a operação, o que desestimula a competitividade.
Oferecer serviços de telecomunicações no Brasil também costuma ser caro, tanto para montar a rede,
Formas de transporte: também é um fator importante para uma melhor gestão de transportes.
Pois trata de qual será a melhor forma de entrega, qual será a mais econômica e a mais ágil.
Assim, ela demostra quantos tipos de modais serão necessários para o transporte. Essa
questão é tratada pela modalidade e multimodalidade.
modal ou unimodal: envolve apenas uma modalidade de transporte;
intermodal: envolve mais de um tipo de transporte e, para cada trecho, é realizado um
contrato;
multimodal: envolve mais de um tipo de modal, porém, acompanha apenas um único contrato.
Questões de Prova
1. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE)
Para iniciar o processo de compras é necessário, entre outras iniciativas, estabelecer as diretrizes no
planejamento e organizar o processo de compras. Assinale a opção que se refere à organização do processo de
compras.
(A) Indicar os objetivos de compras.
(B) Estabelecer a estratégia de terceirização.
X Estabelecer as atribuições para o pessoal envolvido.
(C)
(D) Definir a estratégia de compras conjuntas.
(E) Definir as políticas de estoque.