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Administração de Recursos

Materiais
Professor Luis Octavio Alves de Azevedo
Antigamente => just-in-case (JIC) Atualmente => just-in-time (JIT)
Segundo essa visão a Administração de Segundo essa visão a Administração de
Materiais é uma especialização da Materiais é um sistema integrado do material
Administração, responsável por manter o fluxo necessário ao seu funcionamento, na
de materiais na organização quantidade necessária, no tempo oportuno, na
 Quanto mais melhor qualidade requerida e no menor custo possível.
 Caso seja necessário, estará pronto  Menos é mais
 Manter nível alto de estoque e evitar  Quando for necessário estará pronto
backorder  Estoque mínimo (reduzido)
 (demanda de clientes não pode ser  Produção conforme a demanda
atendida)  Prioriza o mercado
 Máxima capacidade de produção,  Produção em pequenos lotes
antecipando a demanda.  Produção puxada
 Produção em grandes lotes
 Produção empurrada.
Conceitos Importantes
 Estoque: é o conjunto de materiais existentes na organização
 Almoxarifado: é o local físico onde fica o estoque
 Depósito: é o local temporário onde o estoque fica antes de ser entregue ao destinatário
final
Componentes do Estoque
 Matéria-prima;
 Material auxiliar;
 Material de manutenção;
 Material de escritório;
 Material e peças em processamento;
 Produtos acabados.
Tipos de Almoxarifado
a)Almoxarifado de matérias-primas: é o que armazena material que se agrega ao produto,
fazendo parte integrante de seu estado, ou seja, o material que passa pelo processo de
transformação da fábrica, dando origem ao produto final.
b)Almoxarifado de materiais auxiliares: é o que armazenam material que ajuda e participa na
execução e transformação do produto, porém não se agrega a ele, sendo imprescindível no
processo de fabricação.
c) Almoxarifado de manutenção: armazena as peças que servem de apoio à manutenção dos
equipamentos e edifícios usados na empresa.
d)Almoxarifado intermediário: armazena as peças que se encontram em processo de
fabricação para posteriormente compor o produto final.
e)Almoxarifado de acabados: armazena os produtos prontos e embalados, os produtos finais,
que serão enviados aos clientes.
Estoques Específicos
a) Estoque Ativo ou Normal - é o estoque que sofre flutuações quanto a quantidade, volume, peso e
custo em conseqüência de entradas e saídas;
b) Estoque Morto ou Inativo - não sofre flutuações, é estático;
c) Estoque Empenhado ou Reservado - quantidade de determinado item, com utilização certa,
comprometida previamente e que por alguma razão permanece temporariamente em almoxarifado.
Está disponível apenas para a função pré-de derminada. ;
d) Estoque de Recuperação - quantidades de itens constituídas por sobras de retiradas de estoque,
salvados (retirados de uso através de desmontagens), sem condições de uso. Embora em suas
condições não possuam utilização, poderão ser recuperados e serem novamente usados;
e) Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservíveis - constitui as quantidades de itens em estoque,
novos ou recuperados, obsoletos ou inúteis que devem ser eliminados.
f) Estoque Disponível - é a quantidade de um determinado item existente em estoque, livre para uso;
g) Estoque de transporte - é a quantidade solicitada ao fornecedor e que está a caminho;
h) Estoque Teórico - é o resultado da soma do disponível e do transporte
i) Estoque Hedge - formado por produtos que tenham alto risco de oscilação de preço, adquirido com
a finalidade de minimizar riscos da organização
Áreas (Subsistemas) da Administração de Materiais
Áreas da Administração de materiais
a) Controle: responsável pelo planejamento (definição de previsão de demanda, estoque
máximo, estoque mínimo...) e pela avaliação do estoque (verificar o valor do estoque).
b) PCP: responsável pelo planejamento (definição da demanda a ser atendida e das
quantidades necessárias a serem produzidas) e controle de produção (solicitar ao
almoxarifado o material necessário à produção)
c) Normatização: responsável por definir as normas de procedimentos da administração de
materiais, inclusive sistema de codificação e classificação de material.
d) Compras: responsável por realizar a verificação de fornecedores e todo processo de
negociação com estes. Além disso, solicita ao departamento financeiro a autorização para
compra e acompanha o processo de entrega de material.
e) Armazenagem (Almoxarifado): responsável pelo recebimento, aceite (quando apenas
quantitativo), acondicionamento, conservação e preservação de estoques, movimentação,
transporte de distribuição de material.
Controle - Avaliação de Estoque
• O Estoque aumenta quando há entrada de material e diminui quando há saída.
A entrada se dá por compra ou produção.
A saída pode ser dada por venda/doação/eliminação.
Avaliação (verificação do valor) possui a finalidade de constatar o que ficou no estoque, em
termos de quantidade e de valor, após as operações de compra e venda.
• Como achar o valor do Estoque Final:
Estoque = Entradas - saídas
EF = EI + C – V
EF = Estoque Final
EI = Estoque Inicial
C = Compras
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V = Vendas
Controle - Avaliação de Estoque
 Estoque = Entradas – saídas ou EF = EI + C – V
Exemplo: Suponha a seqüência de operações abaixo:
Dia 02/01 = comprou 2 balas ao valor de 0,10 (cada)
Dia 04/01 = vendeu 1 bala ao valor de 0,20
Qual o valor do estoque ao final das operações?
Se levarmos o raciocínio básico visto anteriormente para calcular, teremos:
Valor de entrada = valor de compra = 2 (balas) x 0,10 (valor unitário) = 0,20
Valor de saída = valor de venda = 1 (bala) x 0,20 = 0,20
Estoque = Entrada – Saída = 0,20 (valor comprado) – 0,20 (valor vendido) = 0
Sendo assim, o valor do estoque seria zero, mas não podemos esquecer que só foi vendida uma das duas balas
que entraram e com isso, a bala que ficou no estoque teria valor de zero, o que com certeza não possui fundamento.
O erro cometido é que o valor de 0,20 da venda foi calculado a partir do valor de compra acrescido de LUCRO.
Quando estamos avaliando estoque não podemos levar em consideração o LUCRO.
Valor de Saída ≠ Valor de Venda e sim Valor de Saída = Valor de Entrada
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 A bala que saiu (pela venda) não tinha o valor de 0,20 e sim valia 0,10
Controle - Avaliação de Estoque

• Outro exemplo:
Exemplo 2: Suponha a seqüência de operações abaixo:
Dia 02/01 = comprou 2 balas ao valor de 0,15 (cada)
Dia 03/01 = comprou 1 bala ao valor de 0,30
Dia 04/01 = vendeu 1 bala ao valor de 0,40

Qual o valor do estoque ao final das operações?


 A primeira atenção que temo que ter é que o valor de saída não é 0,40, pois o valor de saída é igual ao valor de
entrada e não o valor de venda. Esse valor (0,40) é muitas vezes colocado no enunciado apenas para confundir o
aluno ou quando o exercício quer analisar lucro ( que não é o nosso caso).
 Temos outro fator a analisar nessa situação é que temos duas entradas com valores diferentes e que o valor de
saída é igual ao valor de entrada, mas qual valor já que possuímos dois valores 0,15 ou 0,30.
 Pelo motivo acima temos os chamados MÉTODOS DE AVALALIAÇÃO DE ESTOQUE
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Controle - Avaliação de Estoque

Métodos de Avaliação
PEPS – FIFO (Primeiro que Entra/Primeiro que Sai – First In/First Out).
VALOR DE SAÍDA = PRIMEIRA(S) ENTRADA(S)

UEPS – LIFO (Último que Entra/Primeiro que Sai – Last In/First Out).
VALOR DE SAÍDA = ÚLTIMA(S) ENTRADA(S)

Custo Médio – Média Ponderada


VALOR DE SAÍDA = MÉDIA PONDERADA (consideram-se as quantidades) DAS ENTRADAS
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Métodos de Avaliação
Dia 02/01 = comprou 2 balas ao valor de 0,15 (cada)
Dia 03/01 = comprou 1 bala ao valor de 0,30
Dia 04/01 = vendeu 1 bala ao valor de 0,40
Valor de Entrada = (2 X 0,15) + (1 x 0,30) = 0,30 + 0,30 = 0,60

PEPS = 1 x 0,15 (PRIMEIRA ENTRADA) = 0,15


Valor de Saída UEPS = 1 x 0, 30 (ÚLTIMA ENTRADA) = 0,30
CM = [(2 x 0,15) + (1 x 0,30)] / (2 + 1) = 0,60/3 = 0,20

PEPS = 0,60 - 0,15 = 0,45


Valor do Estoque UEPS = 0,60 - 0,30 = 0,30
CM = 0,60 - 0,20 = 0,40
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Métodos de Avaliação
Dia 02/01 = comprou 2 balas ao valor de 0,10 (cada)
Dia 03/01 = comprou 2 balas ao valor de 0,30
Dia 04/01 = vendeu 3 balas
Note que nesse caso saem 3 balas e não possuímos 3 entradas em nenhum dos dias de
entrada, por isso temos que pegar das entradas dos dias

Valor de Entrada = (2 X 0,10) + (2 x 0,30) = 0,20 + 0,60 = 0,80

PEPS = 2 x 0,10 (primeira) + 1 x 0,30 (segunda) = 0,50


Saída UEPS = 2 x 0,30 (segunda) + 1 x 0,10 (primeira) = 0,70
CM = 3 x {[(2 x 0,10) + (2 x 0,30)] / (2 + 2)} = 3 x (0,80/4) = 0,60

PEPS = 0,80 - 0,50 = 0,30


Valor do Estoque UEPS = 0,80 - 0,70 = 0,10
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CM = 0,80 - 0,60 = 0,20
Métodos de Avaliação
• Todos os exemplos anteriores tivemos apenas uma única saída, mas várias questões de
prova serão várias entradas e saídas.
• Nesses casos teremos que ter os seguintes cuidados:
Verificar as datas, pois o enunciado pode colocar as entradas e saídas fora de ordem
cronológica;
Se for colocado o valor de venda desconsiderá-lo em caso de cálculo de avaliação de
estoque;
Se for dado no enunciado ESTOQUE INICIAL considere o mesmo como uma entrada;
Só podemos tirar o que existe, ou seja, se precisam sair 3 balas e no dia a ser retirado só
existirem 2 balas, teremos que tirar 2 do primeira/última (dependendo do método) e 1 da
posterior/anterior (dependendo do método).

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Estoque Imposto
PEPS = saída = 1 x 2,50 = 2,50 PEPS PEPS

Deflação Inflação
1 – entraram 2 peças a R$ 2,50 UEPS = saída = 1 x 4,00 = 4,00
2 – entrou 1 peça a R$ 4,00
CM CM
CM = saída = 1 x 3,00 = 3,00 UEPS UEPS
PEPS = SAIU MENOS (2,50) = FICOU MAIS NO ESTOQUE = Estoque Maior UEPS UEPS
UEPS = SAIU MAIS (4,00) = FICOU MENOS NO ESTOQUE = Estoque Menor
CM = SAIU MÉDIO (3,00) = FICOU MÉDIO NO ESTOQUE = Estoque Médio CM CM
PEPS PEPS

PEPS = saída = 1 x 5,0 = 5,0 O Brasil é um país de características


1 – entrou 1 peça a R$ 5,00 Inflacionárias e como na Inflação o
UEPS = saída = 1 x 2,00 = 2,00
2 – entraram 2 peças a R$ 2,00 método UEPS geraria o menor imposto
CM = saída = 1 x 3,00 = 3,00 a ser pago, no Brasil não pode ser
PEPS = SAIU MAIS (5,0) = FICOU MENOS NO ESTOQUE = Estoque Menor utilizado. Normalmente é utilizado no
UEPS = SAIU MENOS(2,00) = FICOU MAIS NO ESTOQUE = Estoque Maior Brasil o CM. Produtos tecnológicos
CM = SAIU MÉDIO (3,00) = FICOU MÉDIO NO ESTOQUE = Estoque Médio possuem características deflacionárias.
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É o tipo de demanda que apresenta variações
a partir da variação da demanda de outro
Exemplo:
produto. se aumentar a demanda de carros
acontecerá o aumento da demanda de pneus.
Sendo assim, o pneu apresenta demanda
dependente da demanda de carro.

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É o tipo de demanda que não sofre influência
da variação da demanda de outro produto.
Exemplo: a demanda de carro não depende de
nenhuma outra demanda de produtos. Essa
demanda de carros pode sofrer influência de
outros fatores como: taxa de juros, impostos,
inflação.

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• Constante: é o tipo de demanda que não sofre oscilações com o
tempo. Esse tipo de demanda existe na teoria, porém não seria
possível exemplificá-la na prática em. consequência da existência de
fatores imprevisíveis.
QUANTIDADE

TEMPO
18
• Sazonal: é o tipo de demanda que só ocorre em determinados
períodos, como é o caso do OVO DE PÁSCOA.

QUANTIDADE

TEMPO

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• Tendência: é o tipo de demanda que aumenta ou diminui em um
espaço de tempo indeterminado.

TV LCD TV TELA PLANA

CRESCENTE DECRESCENTE

QUANTIDADE
QUANTIDADE

TEMPO TEMPO

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• Constante: é a que sofre pequenas oscilações constantes de
demandas. Como exemplo temos os produtos da cesta básica.

QUANTIDADE
TEMPO
• Sazonal: é o tipo de evolução que apresenta grandes oscilações de
demanda em períodos determinados, como é o caso do BACALHAU.

QUANTIDADE

TEMPO

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• Tendência: é a evolução que apresenta grandes oscilações de
demanda em períodos indeterminados, como acontece com os
produtos relacionados à moda.

CRESCENTE DECRESCENTE
QUANTIDADE

QUANTIDADE
TEMPO
TEMPO

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Técnicas de Previsão de Demanda
 Projeção: admitem que o futuro será repetição do passado ou as vendas
evoluirão no tempo. Técnica de natureza essencialmente quantitativa;
 Explicação: procura relacionar vendas do passado com outras variáveis cuja
evolução é conhecida ou previsível. Basicamente aplicações de técnicas de
regressão e correlação;
 Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas
vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras
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Nesse Método para sabermos a previsão de um período
basta repetir o consumo do período imediatamente
anterior.
Exemplo: A partir da tabela abaixo calcule a previsão para
Junho, a partir do MUP
Mês CONSUMO Resolução
Jan 100 A previsão para Junho será
Fev 250
a mesma de Maio, ou seja,
Mar 150
Abr 450 600
Mai 600
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Nesse Método para sabermos a previsão de um período
basta achar a média aritmética dos últimos períodos.
Exemplo: A partir da tabela abaixo calcule a previsão para
Junho, a partir da Média Móvel trimestral
Mês CONSUMO
Resolução
Jan 100
Fev 250 Pjun= (150 + 450 + 600)/3
Mar 150
Abr 450
Pjun = 400
Mai 600

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Nesse Método para sabermos a previsão de um período
basta achar a média ponderada dos últimos períodos.
Nesse tipo de questão são dados os pesos.
Exemplo: A partir da tabela abaixo calcule a previsão para
Abril, a partir da Média Ponderada trimestral

Mês
CONSUM
Peso
Resolução
O
Jan 100 5% Pabr= [(100x0,05)+(400x0,35)+ (500x0,6)] / (0,05+0,35+0,6)
Fev 400 35%
Mar 500 60% Pabr = (5 + 144 + 300) / 1 = 449

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Nesse Método para sabermos a previsão de um período utilizamos a fórmula => [(Ra x @) +
(1 - @) x Pa], onde: Ra = Consumo Real do período anterior; Pa = Previsão do período
anterior feita pela ponderação dos períodos anteriores e @ = constante de suavização (1 ≥
@ ≤ 0).
Exemplo: A partir da tabela abaixo calcule a previsão para
Maio, sabendo-se que @ é 0,10 e que o consumo de Abril foi
de 500.
Mês
CONSUM
Peso
Resolução
O
Jan 100 5% Pabr= [(100x0,05)+(400x0,35)+ (500x0,6)] / (0,05+0,35+0,6)
Fev 400 35% Pabr = (5 + 144 + 300) / 1 = 449
Mar 500 60%
Pmai = [(500 x 0,10) + (1 – 0,10) X 449] = 50 + 0,9 x 449
Pmai = 50 + 404,10 = 454,10
A Curva ABC ou 80-20, é baseada no teorema do Economista Vilfredo Pareto, na
Itália, no século XIX, num estudo sobre a renda e riqueza, ele observou uma
pequena parcela da população, 20%, que concentrava a maior parte da riqueza,
80%. Por esse motivo, a curva ABC é muitas vezes encontrada em provas com o
nome de Diagrama de Pareto.

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A Curva ABC é um instrumento administrativo que permite classificar os
produtos em classes a partir da lucratividade gerada pelos mesmos. A partir
dessa exposição os Administradores e Gestores podem tomar decisões em
termos de aumentar ou reduzir produção/aquisição, propaganda e até mesmo
em termos de venda.

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• Classe A: representam 80% da lucratividade da empresa e são apenas 20%
dos produtos da empresa.

• Classe B: representam 15% da lucratividade da empresa e são apenas 30%


dos produtos da empresa.

• Classe C: representam 5% da lucratividade da empresa e são apenas 50% dos


produtos da empresa.
• Classe A: são os produtos de maior lucratividade. Esses produtos são normalmente de
evolução tendência, devendo receber muita propaganda e manter de média a alta
quantidade no estoque. Esses produtos devem receber muita atenção da direção.

• Classe B: são os produtos com lucratividade média. Esses produtos são normalmente de
evolução constante e muitas vezes é nessa classe onde encontramos o carro chefe da
empresa. Se for o caso de ser o carro chefe deve ser incentivada a realização de marketing e
não devem faltar na empresa, pois representam a imagem da mesma.

• Classe C: são produtos de pouca lucratividade e que geram custos altos de estocagem,
devendo a direção tomar cuidado com a alta estocagem do mesmo. Esses produtos são
utilizados normalmente para ampliar o mercado da empresa ou para melhorar a sua
imagem.
1 – Normalmente as questões são conceituais ou para marcar a opção que
possui os produtos de classe A.

Exemplo
PRODUTO CONSUMO VALOR

I 10 5
II 2 100
III 6 50
IV 4 25
V 5 700
TOTAL
1º Passo: criar mais 4 colunas => Lucratividade, Porcentagem, Ordem Decrescente e Classe.
2º Passo: Calcule a lucratividade multiplicando o consumo pelo valor. Depois calcule o total das
lucratividades.
3º Passo: ache a % dividindo a LUCRATIVIDADE pelo TOTAL e multiplicando-se por 100.

4º Passo: coloque a ordem que ocupa cada produto de acordo com o seu percentual.

PRODUTO CONSUMO VALOR LUCRATIVIDADE % ORDEM CLASSE

I 10 2 20 2% 5º
II 2 75 150 15% 3º
III 7 50 350 35% 2º
IV 3 10 30 3% 4º
V 5 90 450 45% 1º
TOTAL 1000 100%
5º Passo: o 1º na ordem, obrigatoriamente, pertence a classe A, ou seja, o produto V.
Temos que saber se o 2º também pertence a ela. Para tanto somamos os percentuais do 1º
e do 2º => 45 +35 = 80%, Como esse número é igual ao máximo da classe A, o segundo
também pertence a classe A. Em contrapartida se somarmos os 15% do 3º ultrapassamos os
80%.
6º Passo: O 3º pertence a classe B e seu percentual é de 15%, ou seja o máximo da B, com
isso, o 4º e o 5º pertencem a classe C.

PRODUTO CONSUMO VALOR LUCRATIVIDADE % ORDEM CLASSE

I 10 2 20 2% 5º C
II 2 75 150 15% 3º B
III 7 50 350 35% 2º A
IV 3 10 30 3% 4º C
V 5 900 450 45% 1% A
TOTAL 1000 100%
Quantidade Econômica de Pedido (QEP)/Lote Econômico de Compra (LEC)
É a quantidade ideal para não faltar material e não sobrar muito, gerando um estoque excessivo.
𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐
LEC =
𝑪𝑪
A = Consumo anual
S = Custo dopedido
C = custo de manutenção do estoque

Exemplo: O Lote Econômico de Compras representa a quantidade de materiais comprada pela empresa
que reduz o custo de manutenção de estoque. Uma empresa do setor de alimentos adquire anualmente
800 toneladas de açúcar, que é consumido em seu sistema de produção. O custo anual de manutenção
de estoque é de R$ 200,00/tonelada, e o custo estimado para a efetivação de cada pedido é de R$
50,00/pedido. Qual o LEC
A = 800 𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐
LEC = 𝟒𝟒𝟒𝟒𝟒𝟒 LEC = 𝟐𝟐𝟐𝟐
LEC =
S = 50 𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐𝟐
C = 200
É a quantidade de item de estoque que ao
Ponto de Pedido
ser atingida requer a análise para
ressuprimento do item

Ponto de Chamada É a quantidade que quando atingida


de Emergência requer medidas especiais para que não
ocorra ruptura no estoque

Ocorre quando o estoque de


Ruptura de determinado item zera (E = 0), não
Estoque atendendo a demanda.

39
É a média aritmética do consumo nos últimos 12 meses

Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm Cm
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

C = ΣCm/12

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É o período decorrido entre a emissão do pedido de compra e o
recebimento do material no Almoxarifado (relativo, sempre, à
unidade mês)

10/04 20/04
Solicitação Chegada
Pedido1 Pedido1

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É o período compreendido entre duas aquisições normais e
sucessivas.
20/04 20/07

Chegada Chegada
Pedido1 Pedido 2

Luis Octavio Alves de Azevedo 42


É a menor quantidade possível a ser mantida no estoque para
atender uma demanda inesperada ou atraso de entrega.

OBS: O ESTOQUE MÍNIMO NÃO


Em
É FEITO PARA SER UTILIZADO,
C C
SÓ EM CASOS INESPERADOS.
T
C = Consumo Médio
Em = C x F
F = Fração do tempo de aquisição = fxT
Luis Octavio Alves de Azevedo 43
Para exemplificar:
Suponha que uma empresa tenha um consumo médio de 200 peças e o Em
seja para 15 dias.
Esse tipo de questão não precisa de fórmula apenas de uma regra de três
simples.

C --------- 30 dias
Em ------- 15 dias

200 --------- 30 dias


Em -------- 15 dias Em = (15X200)/30 = 100
Para exemplificar:

Suponha que uma empresa tenha um consumo médio de 200 peças, tempo de
aquisição de 2 meses e a fração do Em seja 0,25.
Esse tipo de questão temos que usar a fórmula e lembrar que a fração é do
TEMPO DE AQUISIÇÃO

Em = C X f x T = 200 x ¼ x 2 = 100
É a quantidade a ser atingida que necessita de um novo pedido.

Pp

C C Em
Pp = C x T + Em
T

Luis Octavio Alves de Azevedo 46


É a maior quantidade admissível a ser mantida no estoque para
atender uma demanda por um espaço de tempo (Intervalo de
Aquisição – I).

EM

C C C Em EM = C x I + Em
I

Luis Octavio Alves de Azevedo 47


É a quantidade a ser pedida para recompor o Estoque máximo

Nesse caso não entra no


Q=CxI cálculo o Em, pois este só
deve ser pedido quando for
utilizado

Luis Octavio Alves de Azevedo 48


Com relação à renovação de estoques, considere que, no ano de Mês Consumo
2021, determinado órgão público utilizou resmas de papel, JAN 130
conforme as informações mostradas ao lado. Sabendo-se que o FEV 270
tempo de Aquisição é bimestral, o Intervalo de aquisição é MAR 310
semestral, que o estoque mínimo foi fixado para o atendimento de ABR 320
0,25 do tempo de aquisição. Quais os valores do consumo médio MAIO 370
mensal, do estoque mínimo, do ponto de pedido, do estoque JUN 290
máximo e do lote econômico de compra? JUL 210
AGO 360
T = 2 meses
SET 440
I = 6 meses
OUT 500
C = ΣCm/12 = 3600/12 = 300 NOV 250
Em = C x f x T = 300 x ¼ x 2 = 150 DEZ 150
Pp = C x T + Em = 300 x 2 + 150 = 750
EM = C x I + Em = 300 x 6 + 150 = 1950
LEC = Q = C x I (ou EM-Em) = 300 x 6 + 1800
Classificação de Materiais
I - Conceito
É a linguagem única que permite identificar, de forma inequívoca, cada item de material. Agrupar
segundo sua forma, dimensão, peso, tipo, uso (Gonçalves, 2020)
É simplificar, especificar e padronizar com uma numeração todos os bens da empresa, tanto os materiais
como os patrimoniais. (Pozo, 2015)
É ordená-los segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo com a semelhança, sem, contudo,
causar confusão ou dispersão no espaço e alteração na qualidade. (Dias, 2019)
II - Objetivo
Definir uma catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e codificação de todos
os materiais componentes do estoque (Dias, 2019).
III – Características da Classificação (Viana, 2006):
 Abrangência: deve tratar de um conjunto de características, em vez de reunir apenas materiais para
serem classificados;
 Flexibilidade: deve permitir interfaces entre os diversos tipos de classificação de modo que se
obtenha ampla visão do gerenciamento do estoque;
 Praticidade: a classificação deve ser simples e direta.
Etapas da Classificação – Gonçalves (2020)
Análise e no registro dos principais dados que caracterizam e individualizam
cada item de material em particular. É construída de um processo descritivo
Identificação
que objetiva, seguindo regras específicas, atribuir uma nomenclatura
padronizada para todos os materiais.
Atribuir uma série de números ou letras e números para cada material, de tal
Codificação forma que esse conjunto numérico ou alfanumérico possa representar, por
meio de um único símbolo, as características de cada material em particular.
Registro do item com todas as suas características em um sistema em banco
Cadastramento
de dados.
Consolidação de todos os dados cadastrais de cada material em um acervo
Catalogação
banco de dados
Etapas da Classificação – Dias (2019)
Ordenar, de forma lógica, todo um conjunto de dados relativos aos itens
Catalogação identificados, codificados e cadastrados, de modo a facilitar a sua consulta pelas
diversas áreas da empresa.
simplificação Reduzir a diversidade de um item empregado para o mesmo fim
Descrição minuciosa e possibilita melhor entendimento entre consumidor e
Especificação
fornecedor quanto ao tipo de material a ser requisitado.
Determinar a maneira pela qual devem ser utilizados os materiais em suas diversas
finalidades, bem como da padronização e identificação do material, de modo que
Normalização
tanto o usuário como o almoxarifado possam requisitar e atender os itens
utilizando a mesma terminologia.
Representar todas as informações necessárias, suficientes e desejadas por meio de
Codificação
números e/ou letras.
1. Classificação por tipo de demanda
a) Materiais não de Estoque
São materiais de demanda imprevisível para os quais não são definidos parâmetros para o ressuprimento.
Esses materiais são utilizados imediatamente, ou seja, a inexistência de regularidade de consumo faz com
que a compra desses materiais somente seja feita por solicitação direta do usuário, na ocasião em que
isso se faça necessário.
b) Materiais de Estoque
São materiais que devem sempre existir nos estoques para uso futuro e para que não haja sua falta são
criadas regras e critérios de ressuprimento automático, com base na demanda prevista e na importância
para a empresa.
2. Pelo valor do consumo
Importância dos materiais em função do valor expresso pelo próprio consumo em determinado período.
CLASSIFICAÇÃO A, B, C
 Classe A: grande valor, até 80% da lucratividade da empresa e são apenas 20% dos produtos da
empresa.
 Classe B: grande valor, até 15% da lucratividade da empresa e são apenas 30% dos produtos da
empresa.
 Classe C: grande valor, até 5% da lucratividade da empresa e são apenas 50% dos produtos da empresa.
3. Importância Operacional
Leva em conta a imprescindibilidade ou ainda o grau de dificuldade para se obter o material.
Material X: itens ordinários, baixa criticidade, sua falta não paralisa atividades essenciais, não oferecem
riscos à segurança das pessoas, ambiente ou patrimônio da organização e são facilmente substituíveis e
ainda são fáceis de serem encontrados.
Material Y: itens intercambiáveis, média criticidade, são imprescindíveis para as atividades da
organização, podem ser facilmente substituídos em curto prazo. Podem ser utilizados como substitutos de
itens de classe X ou de classe Z
Material Z: itens vitais, alta criticidade, não possuem substitutos em curto prazo, sua falta ocasiona
paralisação da produção e podem colocar em risco o ambiente, pessoas e patrimônio da empresa.
4. Perecibilidade
Os materiais também podem ser classificados de acordo com a possibilidade de extinção de suas
propriedades físico-químicas. Muitas vezes, o fator tempo influencia na classificação; assim, quando a
empresa adquire um material para ser usado em um período, e nesse período o consumo não ocorre, sua
utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por longos períodos.
Quanto à possibilidade de se extinguirem, seja dentro do prazo previsto para sua utilização, seja por ação
imprevista, os materiais podem ser classificados em: perecível e não perecível
5. Quanto à aplicação:
Produtivos: compreendem todo material ligado direta ou indiretamente ao processo
produtivo.
Matérias primas: materiais básicos e insumos constituem os itens iniciais e fazem parte da
produção
Produtos em fabricação: são os que estão sendo processados ao longo do processo produtivo.
Produtos acabados: produtos já prontos.
De manutenção: aplicados em manutenção com utilização repetitiva.
Materiais improdutivos: materiais não incorporados ao produto no processo produtivo da
empresa.
De consumo geral: materiais de consumo, aplicados em diversos setores da empresa.
6. Periculosidade
O uso dessa classificação permite a identificação de materiais que devido a suas características
físico-químicas, podem oferecer risco à segurança no manuseio, transporte, armazenagem. Ex.
líquidos inflamáveis.
7. Possibilidade de fazer ou comprar
 Fazer internamente: fabricados na empresa;
 Comprar: adquiridos no mercado;
 Decisão de comprar ou fazer: sujeito à análise de custos;
 Recondicionar: materiais passíveis de recuperação sujeito a análise de custos.

8. Materiais Críticos
São materiais de reposição específica, cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como
base o risco. Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer estocados
até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle de obsolescência. Quantidade deve mínima.
Por problemas de obtenção: material importado; único fornecedor; falta no mercado; estratégico e de
difícil obtenção.
Por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de armazenagem ou de transporte.
Por problemas de armazenagem/transporte: perecíveis, alta periculosidade, peso/grandes dimensões.
Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso
Críticos por razões de segurança: alto custo de reposição ou para equipamento vital da produção.
9. Quanto ao tipo de Estocagem
I. Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis de estoque e que necessitam de
ressuprimento constantes.
a) regular - perfeitas condições de uso, funcionamento e aproveitamento pela unidade
detentora da carga;
b) ocioso - quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado
(formulário defasado);
c) recuperável - quando o custo de sua recuperação não ultrapassar cinqüenta por cento de seu
valor de mercado;
d) antieconômico - manutenção onerosa, rendimento precário, por uso prolongado, desgaste
prematuro ou obsolescência;
e) irrecuperável - quando economicamente inconveniente sua recuperação ou sem condições
de uso perda de características.
II.Temporária: utilização imediata e sem ressuprimento, ou seja, é um material não de estoque.
10. Dificuldade de Aquisição
 Material de difícil aquisição ou fácil aquisição.
As dificuldade podem advir de:
 Fabricação especial: envolve encomendas especiais com cronograma de fabricação longo;
 Escassez no mercado: há pouca oferta no mercado e pode colocar em risco o processo
produtivo;
 Sazonalidade: há alteração da oferta do material em determinados períodos do ano;
 Monopólio ou tecnologia exclusiva: dependência de um único fornecedor;
 Logística sofisticada: transporte especial, ou difícil acesso;
 Importações: os materiais sofrer entraves burocráticos, liberação de verbas ou
financiamentos externos.
11. Mercado Fornecedor
Classificação intimamente ligada à anterior e a complementa.
 Materiais do mercado nacional: materiais fabricados no próprio país;
 Materiais do mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país;
 Materiais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão desenvolvendo
fornecedores nacionais.
12. Quanto ao estado de apresentação
 Novos: são os que ainda não foram utilizados.
 Reparados: são aqueles que sofreram alguma modificação ou recuperação, mas podem ser
novamente utilizados.
 Materiais inservíveis: são os que não apresentam condições de uso, com recuperação
inviável e devem ser retirados no mais breve espaço de tempo possível.
 Materiais obsoletos: são os materiais sem previsão de uso e que devem ser vendidos
imediatamente, a fim de recuperar ao menos em parte o capital investido.
 Sucata: são os resíduos dos materiais utilizados e que possuem valor econômico.
 Materiais imprestáveis: são os resíduos dos materiais utilizados e que não possuem valor
econômico.
13. Quanto à demanda
 Materiais de demanda permanente: são os que possuem movimentação contínua e
regularidade no consumo. λ
 Materiais de demanda eventual: são aqueles com consumo em épocas específicas e
costumam ter pouca quantidade em estoque.

14. Quanto à movimentação


 Materiais ativos: são itens estocados que costumam receber requisições de materiais. λ
 Materiais inativos: são itens que não têm recebido requisições de materiais nos últimos
períodos (as organizações definem políticas para definir o prazo a partir do qual o material é
considerado inativo). λ
 Materiais descontinuados: são materiais sem previsão de consumo e sem estoque. Há, no
entanto, a necessidade de manutenção do registro no sistema de controle de estoques
visando, principalmente, os históricos que alimentarão alguns dos cálculos de custeio.
é o processo pelo qual se faz
chegar o material em perfeitas
Distribuição condições ao usuário
Pressão
Processos de
Fornecimento
Requisição

Luis Octavio Alves de Azevedo 61


É o processo de uso facultativo, pelo qual se entrega material ao usuário
mediante tabelas de provisão previamente estabelecidas pelo setor
competente, e nas épocas fixadas, independentemente de qualquer
solicitação posterior do usuário

Essas tabelas são preparadas normalmente, para:


a) material de limpeza e conservação;
b) material de expediente de uso rotineiro;
c) gêneros alimentícios.

Luis Octavio Alves de Azevedo 62


É o processo mais comum, pelo qual se entrega o material ao usuário mediante
apresentação de uma requisição (pedido de material) de uso interno no órgão ou
entidade.

As requisições/fornecimentos deverão ser feitos de acordo com:


a) as tabelas de provisão;
b) catálogo de material, em uso no órgão ou entidade.
As quantidades de materiais a serem fornecidos deverão ser controladas, levando-se em
conta o consumo médio mensal dessas unidades usuárias, nos 12 (doze) últimos meses.
.

Luis Octavio Alves de Azevedo 63


Compras
É a atividade de procurar e providenciar a entrega de materiais, na qualidade especificada e no
prazo necessário, a um preço justo, para o funcionamento, a manutenção ou a ampliação da
empresa. Sua finalidade é suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las
quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades necessárias, verificando
se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenamento.
Objetivos
 Obter um fluxo contínuo de suprimentos para atender a produção e coordená-lo para redução
de investimento.
 Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo padrões de quantidade e
qualidade definidos
 Buscar, por meio de uma negociação, as melhores condições para a empresa, valor e condições
de pagamento.
Compras - Modalidades
 Compra normal: prazo for compatível para obter as melhores condições comerciais e técnicas
na aquisição de materiais.
 Compra em emergência: Acontece quando a empresa falha na elaboração do planejamento
ou no atendimento de necessidade oriunda de problemas operacionais.

Compras - Formas
 Por meio de concorrências repetitivas: pedidos de compra, independentes da análise do
comportamento periódico em que acontecem. Podem ser inconstantes ou constantes.
 Por meio de contratos de longo prazo: fornecimento de materiais de consumo regular, com
vigência por determinado período de tempo, para entregas parceladas, por meio de
autorização.
Verticalização
Estratégias de compras
É a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder
Vantagens Desvantagens
 Independência de terceiros  Maior investimento
 Maiores lucros  Menor flexibilidade (perda de foco)
 Maior autonomia  Aumento da estrutura da empresa
 Domínio sobre a tecnologia própria
Horizontalização
Consiste na estratégia de comprar de terceiros o máximo possível de itens que compõem o produto final
ou os serviços de que necessita
Vantagens Desvantagens
 Redução de custos  Menor controle tecnológico
 Maior flexibilidade e eficiência  Deixa de auferir o lucro do fornecedor
 Incorporação de novas tecnologias  Maior exposição
 Foco no negócio principal da empresa
Ciclo de Compras
Diligenciamento (follow-up)
Visa garantir o cumprimento das cláusulas contratuais, em especial quanto aos prazos de
entrega, acompanhando, documentando e fiscalizando as encomendas pendentes, observados
os interesses da empresa.
Objetivos:
a) atingir e manter acompanhamento das encomendas, informando a situação de cada material
em fase de aquisição;
b) atingir e manter acompanhamento que possibilite o cumprimento dos prazos acordados e
posicionando a situação das encomendas de materiais cujos estoques estejam críticos;
c) atingir e manter o fluxo de informações ao comprador e ao cadastro de fornecedores relativas
ao desempenho obtido no cumprimento dos prazos de entrega estabelecidos e ao grau de
dificuldade provocado no diligenciamento.
Diligenciamento (follow-up)
1. Atuação preventiva
O objetivo da atuação preventiva é evitar que ocorram atrasos na entrega de materiais
encomendados que normalmente são:
- materiais a vencer;
- carteira de encomendas por fornecedor;
- encomendas em aberto por fornecedor.
Nesses casos devem ser avaliados:
- a totalidade da carteira do fornecedor;
- as encomendas a vencer nos próximos 15 dias;
- necessidade de convocar o fornecedor prestar esclarecimentos;
- as solicitações de prorrogação de prazos de entrega em função da posição do saldo físico, da
tradição de consumo e da necessidade da empresa;
- os problemas de ordem técnica ou comercial.
Diligenciamento (follow-up)
2. Atuação curativa
O seu objetivo é evitar que os atrasos, quando ocorrerem, sejam longos, de tal forma que o
atraso médio das encomendas vencidas seja curto, para não ocorrer a ruptura do estoque,
analisando:
- número de itens vencidos por fornecedor;
- atraso individual das encomendas;
- atraso médio do fornecedor.
3. Procedimentos especiais
Outros procedimentos, dependendo da empresa, podem vir a ser
adotados para atender a necessidades particulares:
- ativação de materiais para reformas;
- ativação de materiais para reparos;
- ativação de materiais críticos.
Layout de Produção (Arranjo Físico)
O layout de produção, que também pode ser chamado de arranjo físico, é a representação gráfica do
chão de fábrica. Ele é determinante na produtividade de uma indústria, pois, não é somente uma planta
baixa, mas um estudo da melhor distribuição e disposição física das máquinas, áreas e componentes do
processo de produção. O objetivo é organizar o espaço do chão de fábrica a fim de se obter a forma
mais eficiente de trabalho, garantindo a produtividade e segurança dos colaboradores.
Alguns fatores para serem estudados e levados em consideração antes da escolha do layout de
produção:
 Quantidade do produto a ser produzido: Quanto maior o volume de peças produzidas, maior a
necessidade de automatizar os processos. Nos casos de produtos com alto valor agregado, tende-se a
dedicar mais tempo na execução de cada etapa, o que diminui o volume.
 Variedade de produtos que serão produzidos: Quando a fábrica produz diferentes tipos de produtos
e/ou produtos com diversas variações, é necessário pensar na flexibilização do arranjo físico de forma
a otimizar o tempo gasto nas mudanças.
 Tipo de produto a ser produzido: O tamanho e natureza do produto a ser produzido tem grande
impacto no layout da fábrica, por isso, é importante que o espaço de produção se adapte ao produto.
Layout de Produção (Arranjo Físico) - Modelos
 Layout por posição fixa (ou layout posicional): esse é o caso em que a natureza do produto determina o layout
de produção. Nesse tipo de configuração, o produto permanece parado enquanto os trabalhadores e máquinas
se organizam ao redor dele, como na fabricação de aviões de grandes portes, foguetes e navios, construção civil,
Cirurgia de coração, Restaurantes, Manutenção de computador de grande porte e Unidades de terapia intensiva;
 Layout por processo (ou layout funcional): esse arranjo físico agrupa processos e equipamentos das mesmas
operações ou funções em uma única área, formando setores de trabalho específicos. É utilizado quando precisa
se produzir em lotes com grande variação de peças ou ainda, quando pensamos em outros segmentos além da
indústria, é possível encontrar esse layout em bancos, hospitais e supermercados, loja de departamentos, onde o
cliente é direcionado ao setor específico.
 Layout em linha (ou layout por produto): nesse modelo, as máquinas são dispostas lado a lado, seguindo a linha
de produção, normalmente dedicada à fabricação de um tipo exclusivo de produto. Dessa forma, tudo acontece
sempre da mesma maneira em uma sequência única. Podemos encontrar esse desenho na indústria
automobilística e alimentícia, por exemplo.
 Layout celular (híbrido): esse arranjo é um híbrido entre o layout em linha e o funcional. Cada célula é
autossuficiente e autogerenciável e é responsável pela produção de determinado produto ou família de
produtos, possuindo todas as ferramentas necessárias para o trabalho. Dessa forma, o processo inteiro é feito
em um mesmo local, sem a necessidade de grandes movimentações. Exemplos são manufatura e a montagem
de alguns tipos de peças para computadores, lanches rápidos em supermercados e maternidades
Layout de Produção (Arranjo Físico) - Modelos
Gráfico Curva Dente de Serra
É a representação da movimentação (entrada e saída) de um item dentro de um sistema de
estoque, em que a abscissa é o tempo decorrido (T), para o consumo, normalmente em meses,
e a ordenada é a quantidade em unidades desta peça em estoque no intervalo do tempo T
Curva Dente de Serra sem Ruptura
Curva Dente de Serra com Estoque Mínimo
Quantidade ESTOQUE
120
MÁXIMO

100

REPOSIÇÃO
REPOSIÇÃO
80

60

40 PONTO DE ESTOQUE
PEDIDO
MÍNIMO
20
Tempo
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 (meses)
Curva Dente de Serra com Ruptura
Quantidade
100

80

REPOSIÇÃO
60

40

20

0
4 Tempo
1 2 3 5 6 7 8 9 10 (meses)
-20 VENDAS
PERDIDAS RUPTURA DO
-40
ESTPQIE
Indicadores de Desempenho
I - Giro de estoque (Turnover, Renovação/Rotação)
É a quantidade de vezes que o estoque foi renovado durante um determinado período.
a) Pela quantidade consumida/vendida
Giro = Vendas (Consumo)/Estoque Médio (Ei+Ef/2)
Exemplo: Estoque médio: 800 unidades; Vendas Anuais: 4.000
Giro: 4.000/800 = 5 giros ao ano.

b) Pelo valor total de vendas (custo de venda)


Giro = Custo de Mercadoria Vendida (CMV)/Estoque Médio
Exemplo: Estoque médio: R$2.000,00; CMV: R$10.000,00
Giro: 10.000/2000 = 5 giros ao ano.
Indicadores de Desempenho
II - Cobertura de estoque (Antigiro, Prazo médio de Renovação)
De quanto em quanto tempo o estoque é renovado. É o intervalo, em dias, que a organização
leva para ser capaz de comercializar os itens que estão em estoque
Antigiro = Periodo Total/Giro
Exemplo: Número de dias no ano: 365; Giro: 5 vezes ao ano
Antigiro: 365/5 = 73 dias.

PMRE = Estoque médio / CVM x Dias do período


Exemplo: Sabendo que cálculo do estoque médio no período de 360 dias. Sendo os valores
utilizados serão de: CMV = R$ 5.000,00 Estoque médio = R$ 1.500,00
PMRE = 1.500,00/5.000,00 x 360 = 108 dias
Indicadores de Desempenho
III - Nível de serviço/atendimento ao cliente (fill rate)
Probabilidade desejada de não ocorrência de escassez durante um ciclo de pedido. Determina a
capacidade de atendimento da demanda.
Nível de serviço = Requisições atendidas / Total requisições x 100
Exemplo: 20 Requisição de peças => Atendeu 10 requisições
NS = 10 / 20 X 100 = 50%
IV - Acurácia: É o índice que verifica a conformidade entre a quantidade física do estoque e a
registrada no sistema.
Quantidade de itens com saldo correto
Acurácia = X 100
Quantidade de itens verificados
Exemplo: 1000 peças no estoque; 800 peças registradas corretamente
NS = 800 / 1000 X 100 = 80%
Indicadores de Desempenho
V – Divergência
É o índice que determina a porcentagem de erro de registro.

Quantidade Física – Quantidade no Sistema


Divergência = X 100
Quantidade no Sistema
Exemplo: 1000 peças no estoque; 800 peças registradas corretamente
NS = 1000 - 800 / 800 X 100 = 25%
VI - Retorno sobre o capital em Estoques
Determina qual o retorno do investimento com estoque
RC = Lucro das vendas anuais/capital investido em estoques
Ex: : lucro anual R$ 563.520,00; investimento estoques R$ 35.320
RC = 563.520,00/ R$ 35.320,00 = R$ 15,95 de retorno
Controle Patrimonial
O controle patrimonial se dá através do registro adequado de todos os bens
móveis, adquiridos por recursos orçamentários e não orçamentários, que
estão à disposição do Campus de Parnaíba para a realização de suas
atividades.
Fases do Controle Patrimonial

I - Recebimento e aceite
II – Tombamento
III - Incorporação (ou escrituração);
IV - Movimentação;
V - Desfazimento (desincorporação, baixa).
Instrumentos de Controle Patrimonial
• Etiqueta de Identificação: é o instrumento de identificação física do bem
contendo um número de registro patrimonial.
• Ficha de Controle de Bens Patrimoniais: documento que identifica os bens por
setor, dentro de uma unidade, assim como o responsável por estes bens. Geradas
com mudança de responsável pela guarda de bens e após a realização de
inventário.
• Ficha de Movimentação de Bens Patrimoniais É o documento que registra e
controla os deslocamentos definitivos ou temporários dos bens.
• Termo de Conclusão de Inventário É o documento que tem por finalidade
apresentar todos os bens que estão sob a guarda de cada unidade através da
identificação física destes, com seus respectivos valores monetários.
• Pedido de Baixa Patrimonial: documento emitido quando da baixa de bens.
Fases do Controle Patrimonial
I - Recebimento e aceite
 Recebimento: é o ato pelo qual o material encomendado
é entregue ao órgão público no local previamente
designado, não implicando em aceitação. Transfere
apenas a responsabilidade pela guarda e conservação do
material, do fornecedor ao órgão recebedor.
 Aceite: é a operação segundo a qual se declara, na
documentação fiscal, que o material recebido satisfaz às
especificações contratadas.
Ingresso de Bens Patrimoniais
Compra: é a incorporação de um bem que tenha sido adquirido pelo órgão
público de acordo com os critérios estabelecidos em instrumentos legais
que regem o assunto.
Doação: é a incorporação de um bem cedido por terceiro à instituição
pública, em caráter definitivo, sem envolvimento de transação financeira.
Permuta: é a incorporação no acervo patrimonial do órgão público de um
bem pertencente a outro órgão que foi objeto de troca por outro bem
pertencente ao mesmo ente estatal.
Dação em pagamento: É a incorporação de bens ofertados pelo devedor e
aceita pelo Estado (credor), em substituição a uma obrigação (dívida)
existente entre eles.
Ingresso de Bens Patrimoniais
Leasing: é a incorporação de bens ao acervo patrimonial do órgão sob a
forma de arrendamento mercantil.
Comodato: é a incorporação temporária, para o fim de inclusão no
cadastro geral do órgão, de bens pertencentes a terceiros, emprestados a
este a título gratuito e por tempo determinado.
Transferência: é a incorporação de bens movimentados de um órgão para
outro em caráter definitivo.
Produção interna ou fabricação própria: e a incorporação de um bem
patrimonial fabricado ou construído pelo Estado, realizada mediante a
identificação precisa de seu valor, por meio da apropriação de seu custo de
produção ou fabricação.
Ingresso de Bens Patrimoniais
Locação: é a incorporação temporária, para fins de inclusão no cadastro
geral do órgão, dos bens pertencentes a terceiros que estejam alugados ou
arrendados a ele, os quais ficarão em condição especial até que sejam
devolvidos ao término do contrato.
Avaliação: a necessidade de avaliação decorre da identificação de um bem
reconhecidamente pertencente ao ente estatal que não dispõe de
documentação específica.
Perda e Confisco de bens particulares: é a incorporação de bens revertidos
em favor do Estado em face de cometimento de atos ilegais por terceiros.
Na hipótese de ilícito penal, a reversão dos bens se dá em favor da União e
incide sobre os instrumentos e produtos do crime
Fases do Controle Patrimonial
II – Tombamento
É a formalização da inclusão física de um bem patrimonial no acervo do órgão, com a atribuição de um
único número por registro patrimonial, ou agrupando-se uma seqüência de registros patrimoniais quando
for por lote, que é denominado “número de tombamento”. Pelo tombamento aplica-se uma conta
patrimonial do Plano de Contas do órgão a cada material, de acordo com a finalidade para a qual foi
adquirido. O valor do bem a ser registrado é o valor constante do respectivo documento de incorporação
(valor de aquisição).
Marcação Física: O registro patrimonial deverá ser expresso mediante etiquetas adesivas resistentes que
garantam a eficiência e a durabilidade da expressão do registro. A identificação do material deverá ser
afixada, em lugar visível, preferencialmente em local que não atrapalhe a sua utilização.
 mesas: tampo frontal, lado direito;
 cadeiras: coluna dos pés;
 armário: parte frontal superior;
 máquinas: parte lateral esquerda;
 veículos: ao lado da plaqueta de numeração do chassi;
 computador: parte lateral esquerda da CPU;
 software: certificado do sistema/programa de informática.
II – Tombamento - Marcação Física:
Caracteriza-se pela aplicação, no bem, de plaqueta de identificação, por colagem ou
rebitamento, a qual conterá o número de registro patrimonial.
Fixação da Plaqueta:
Na colocação da plaqueta deverão ser observados os seguintes aspectos:
 local de fácil visualização para efeito de identificação por meio de leitor óptico, se possível na
parte frontal do bem;
 evitar áreas que possam curvar ou dobrar a plaqueta ou que possam acarretar sua
deterioração;
 evitar fixar a plaqueta em partes que não ofereçam boa aderência, por apenas uma das
extremidades ou sobre alguma indicação importante do bem.
II – Tombamento - Marcação Física:
 Os bens patrimoniais recebidos sofrerão marcação física antes de serem distribuídos aos diversos
centros de responsabilidade do órgão. Os bens patrimoniais cujas características físicas ou a sua
própria natureza impossibilitem a aplicação de plaqueta terão número de tombamento, mas
marcados e controlados em separado.
 Caso o local padrão para a colagem da plaqueta seja de difícil acesso, como, por exemplo, nos
arquivos ou estantes encostadas na parede, que não possam ser movimentados devido ao peso
excessivo, a plaqueta deverá ser colada no lugar mais próximo ao local padrão.
 Em caso de perda, descolagem ou deterioração da plaqueta, o responsável pelo setor onde o bem
está localizado deverá comunicar, impreterivelmente, o fato ao Setor de Patrimônio.
 Para tombamento de semoventes, pode-se utilizar a etiqueta plástica apropriada, colocada
na orelha do animal, com a respectiva numeração.
 Quando não for possível a utilização de etiquetas próprias para a fixação do número de
registro patrimonial (tombamento), deverá recorrer a outros processos (pincel
permanente, carimbo ou outro meio idôneo), desde que os números sejam gravados de
forma indelével.
Fases do Controle Patrimonial – III. Escrituração
É o processo de inclusão do bem através da sua identificação e valor, no acervo do órgão. A incorporação
do bem é realizada por lançamento contábil no sistema utilizado pela Administração Pública, após
registros de entrada nos sistemas de gerenciamento do Almoxarifado e do Patrimônio.
Base para os valores dos bens a serem registrados :
 Entrada dos bens no almoxarifado: valor de aquisição;
 Saída dos bens do almoxarifado: valor médio ponderado;
 Entrada dos bens no ativo não circulante: valor de aquisição constante no relatório emitido pelo setor
de Patrimônio e quantias inerentes às reavaliações de bens a fim de ajustar a cotação dos bens
figurantes no Patrimônio Público;
 Saída dos bens do ativo não circulante: valor histórico, corrigido na data da saída do bem.
Fases do Controle Patrimonial – IV. Movimentação
É conjunto de procedimentos relativos à distribuição, transferência, saída provisória, empréstimo e
arrendamento a que estão sujeitos no período decorrido entre sua incorporação e desincorporação.
1. Distribuição de Bens
É a movimentação interna de bens, que é feita pelo setor de almoxarifado e o registro é de competência
do setor de patrimônio. A distribuição de bem móvel será documentada mediante o preenchimento e
assinatura do encarregado do setor recebedordo Termo de Responsabilidade.
Fases do Controle Patrimonial - Movimentação
2. Transferência de Responsabilidade dos Bens Móveis
• É a operação de movimentação de bens, com a consequente alteração da carga patrimonial.
• É necessária solicitação do responsável patrimonial cedente com a anuência do recebedor.
• Pode ocorrer entre setores de um mesmo órgão ou entre órgãos pertencentes à estrutura administrativa
do mesmo Ente Estatal.
Pode ocorrer a transferência de responsabilidade do bem sem a movimentação: mudança da responsabilidade
patrimonial de um servidor para outro, desde que não pressuponha mudança de local do bem
3. Saída Provisória dos Bens Móveis
É a movimentação de bens patrimoniais fora das dependências onde estão localizados, em face da
necessidade de consertos, manutenção ou, ainda, pela utilização temporária por outro setor quando
devidamente autorizado.
4. Empréstimo
É a operação de remanejamento de bens entre órgãos por um período determinado de tempo, sem
envolvimento de transação financeira.
5. Redistribuição
É a movimentação do setor de patrimônio de bens devolvidos e recolhidos no seu depósito (de bom estado ou
recuperado), para outros setores do órgão para que sejam reutilizados.
Fases do Controle Patrimonial – V. Desfazimento (Desincorporação, Baixa)
 O desfazimento é a operação de baixa de um bem pertencente ao acervo patrimonial do órgão e
consequente retirada do seu valor do ativo imobilizado.
 Considera-se baixa patrimonial, a retirada de bem da carga patrimonial do órgão, mediante registro
da transferência deste para o controle de bens baixados, feita exclusivamente pelo Setor de
Patrimônio, devidamente autorizado pelo gestor.
 O número de patrimônio de um bem baixado não deverá ser utilizado em outro bem.
Formas de baixa patrimonial
 Alienação: transferência de propriedade, remunerada ou gratuita, sob a forma de venda, permuta,
doação, dação em pagamento, investidura, legitimação de posse ou concessão de domínio.
 Perda Total: consiste na formalização, para fins contábeis, da desincorporação de bens que já não
existem fisicamente por terem sido objeto de eventos, ou, embora existindo fisicamente, são
inservíveis
 Comodato: desincorporação de um bem pertencente ao acervo patrimonial do órgão que tenha sido
cedido a uma entidade qualquer, sem envolvimento de transação financeira, por tempo
determinado.
 Transferência: é a desincorporação de um bem que tenha sido transferido de um órgão para outro
local dentro da mesma esfera de competência ou jurisdição, em caráter definitivo.
Formas de baixa patrimonial
 Exclusão definitiva de bens do cadasro: são situações em que os dados dos bens são excluídos
definitivamente do cadastro, por não haver razão ou interesse em manter as respectivas
informações (erro no número de tombamento;  incorporação de bens inexistentes; e exclusão de
bem cujo controle, por algum motivo, não interessa mais ao órgão).
 Baixa de Semoventes: deve ocorrer no momento em que estes deixaram de atender a finalidade a
que se destina por incapacidade; ou por morte; ou por sacrifício.
 Roubo – crime contra o Patrimônio, representando uma subtração clandestina de bens contra a
vontade do Ente Estatal, com grave ameaça ou violência à pessoa responsável pela posse do bem, ou
contra o bem;
 Furto – crime contra o Patrimônio, representando uma subtração de bens sem o consentimento do
Estado, sem uso de violência ou grave ameaça contra a pessoa responsável pela posse, podendo ter
violência contra o bem. (arrombamento);
 Extravio – desvio proposital ou involuntário de um bem;
 Dano – é o prejuízo ou perda de um bem provocado pela destruição, inutilização ou deterioração;
 Sinistro – danificação total de um bem por incêndio, inundação, colisão ou esmagado por queda de
árvore ou assemelhados.
Movimentação Financeira
Depreciação - é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência.
Amortização - é a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer outros,
inclusive ativos intangíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.
Exaustão - é a redução do valor, decorrente da exploração, dos recursos minerais, florestais e outros recursos
naturais esgotáveis.
Cálculo da Depreciação
➢ Vida útil: tempo total do bem até a depreciação total.
➢ Valor residual: é o valor do bem ao final da sua vida útil.
➢ Valor depreciável: é o Valor Original de Aquisição (Último Valor Depreciável Registrado) menos o seu Valor
Residual.
Método de Depreciação Linear: método que consiste apenas em dividir o total a depreciar pela vida útil do bem.
𝑉𝑉𝑉𝑉 −𝑉𝑉𝑉𝑉 𝑉𝑉𝑉𝑉
𝐷𝐷 = 𝐷𝐷 =
𝑛𝑛 𝑛𝑛

D = Depreciação VO = Valor do bem original VR = Valor Residual n = vida útil VD = Valor Depreciável (VO – VR)
Calcular o valor da depreciação de uma máquina de R$ 40.000,00, sabendo que a vida útil é 5 anos, e o valor
residual de R$ 5.000,00
Inventário
 É a contagem física dos itens do estoque. No caso de haver diferenças entre o inventário físico e os registros de
controle, devem ser feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias.
 É o instrumento de controle para a verificação dos saldos de estoques nos almoxarifados e depósitos, e dos
equipamentos e materiais permanentes, em uso no órgão ou entidade
I - Formas de efetuar o inventário:
a) Periódico: é quando em determinados períodos faz-se a contagem física de todos os itens do estoque, utilizando-
se para tal tarefa uma força-tarefa designada para esse fim.
b) Rotativo: é quando permanentemente são contados os itens em estoque, a cada entrada e saída.
II - Finalidades
a) o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos estoques com o saldo físico real nas instalações de
armazenagem;
b) a análise do desempenho das atividades do encarregado do almoxarifado através dos resultados obtidos no
levantamento físico;
c) o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante ao saneamento dos estoques;
d) o levantamento da situação dos equipamentos e materiais permanentes em uso e das suas necessidades de
manutenção e reparos; e
e) a constatação de que o bem móvel não é necessário naquela unidade.
III - Princípios
a) iInstantaneidade – o levantamento deve referir-se a um determinado instante, dia e hora
b) Uniformidade: estabelecimento das mesmas normas, estruturação e critérios gerais permitindo
comparações;
c) tempestividade (Oportunidade) – deve ser realizado na data mais próxima possível do evento (motivo) a
que se refere, e no menor tempo possível, para evitar manobras e distorções;
d) integridade – o levantamento deve envolver todos os elementos que são objeto do inventário a que se
refere;
e) especificação – o inventário deve especificar cada elemento patrimonial e agrupa-lo de acordo com sua
função em grupos homogêneos que efetivamente os represente;
f) homogeneidade – os elementos patrimoniais devem ser apresentados sob medidas uniformes
IV – Fases
1. Levantamento: consiste na coleta de dados sobre todos os elementos ativos e passivos do patrimônio.
a) Identificação: verificar as características dos bens, direitos e obrigações e separação destes em classes.
b) Grupamento: reunir elementos por característica comum.
c) Mensuração: contagem das unidades componentes
2. Arrolamento: registro das características e quantidades obtidas no levantamento. Pode ser sintético, com
os dados resumidos, ou analítico, quando os itens são relacionados individualmente.
3. Avaliação: é atribuída uma unidade de valor ao elemento patrimonial.
Inventário - Tipos
a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo de
cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício - constituído do
inventário anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício.
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e registro
dos bens sob sua responsabilidade;
c) de transferência de responsabilidade - realizado quando da mudança do dirigente de uma
unidade gestora;
d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou transformação da unidade
gestora;
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por
iniciativa do órgão fiscalizador.
Armazenagem
I - Fases
1ª Verificação das condições pelas quais o material foi recebido, no tocante à proteção e embalagem.
2ª Identificação dos materiais.
3ª Guarda na localização adequada (endereçamento).
4ª Informação da localização física de guarda ao controle.
5ª Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento.
6ª Separação de pedidos para distribuição.
II - Layout - Arranjo Físico
É a disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais, da maneira mais adequada ao processo
produtivo.. O layout é o gráfico que representa a disposição espacial, a área ocupada e a localização dos
equipamentos, pessoas e materiais.
Objetivos
a) Assegurar a utilização máxima do espaço;
b) Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais;
c) Propiciar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de equipamento, espaço, danos do
material e mão-de-obra;
d) Fazer do armazém um modelo de boa organização.
Critérios de Armazenagem
 Armazenagem por Agrupamento (ou compatibilidade) - Materiais associados são alocados próximos uns dos
outros. É o caso de se armazenar em sobressalentes variados de um motor de automóvel, por exemplo, em uma
mesma estante. Facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento
do espaço.
 Armazenagem por tamanho, peso ou forma (acomodabilidade) - Materiais de características físicas
semelhantes são armazenados mais próximos. Esse critério possibilita um maior aproveitamento do espaço
físico, e demanda maior necessidade de controle por parte do gestor de almoxarifado.
 Armazenagem por frequência - Os materiais com maior frequência de entrada e saída do almoxarifado são
armazenados próximos à sua entrada/saída.
 Armazenagem especial - É a típica armazenagem complexa, destinadaa materiais inflamáveis, perecíveis,
explosivos etc. Note que este critério de armazenagem pode ser “acumulado” com um dos anteriores(por
exemplo: carnes são armazenadas em câmaras frigoríficas – armazenagem especial,e pode ser empregado em
conjunto o critério de armazenagem por frequência). Importante: produtos perecíveis devem ser armazenados
segundo o método FIFO.
 Armazenagem em área externa - Este critério é aplicável a materiais que podem ser armazenados em áreas
externas(por exemplo, automóveis acabados, armazenados em pátios), reduzindo custos e ampliando o espaço
interno do almoxarifado para materiais que necessitam de maior proteção.
 Coberturas alternativas - Trata-se de soluções para a obtenção de uma área coberta, sem incorrer em custos de
construção atinente à expansão do almoxarifado. Em geral, a cobertura é de de PVC.
Armazenagem
Técnicas de armazenagem
Conjunto de procedimentos realizados dentro e, às vezes, fora de um armazém com o objetivo
de otimizar a utilização do espaço e a rapidez com que se transportam materiais.

a) Carga unitária: dá-se o nome de carga unitária à carga constituída de embalagens de


transporte que arranjam ou acondicionam uma certa quantidade de material para possibilitar o
seu manuseio, transporte e armazenamento como se fosse uma unidade. A formação de carga
unitária se faz através de pallets. Pallet é um estrado de madeira padronizado, de diversas
dimensões. Suas medidas convencionais básicas são 1.100mm x 1.100mm, como padrão
internacional para se adequar aos diversos meios de transportes e armazenagem.
b) Caixas ou Gavetas: é a técnica de estocagem ideal para materiais de pequenas dimensões,
como parafusos, arruelas, e alguns materiais de escritório; materiais em processamento, semi-
acabados ou acabados. Os tamanhos e materiais utilizados na sua construção serão os mais
variados em função das necessidades específicas de cada atividade.
Armazenagem
Técnicas de armazenagem
c) Prateleiras: é uma técnica de estocagem destinada a materiais de tamanhos maiores e para o
apoio de gavetas ou caixas padronizadas. Também como as caixas poderão ser construídas de
diversos materiais conforme a conveniência da atividade. As prateleiras constituem o meio de
estocagem mais simples e econômico.
d) Raques: são construídos para acomodar peças longas e estreitas como tubos, barras, tiras, etc.
e) Empilhamento: constitui uma variante na armazenagem de caixas e certos produtos,
diminuindo a necessidade de divisões nas prateleiras ou formando uma espécie de prateleira por
si só. É o arranjo que permite o aproveitamento máximo do espaço vertical
f) Container Flexível: é uma das técnicas mais recentes de estocagem, é uma espécie de saco
feito com tecido resistente e borracha vulcanizada, com um revestimento interno conforme o
uso.
Armazenagem
Cuidados na armazenagem
a) os materiais devem ser resguardados contra o furto ou roubo, e protegidos contra a ação dos
perigos mecânicos e das ameaças climáticas, bem como de animais daninhos;
b) os materiais estocados a mais tempo devem ser fornecidos em primeiro lugar, (primeiro a
entrar, primeiro a sair - PEPS), com a finalidade de evitar o envelhecimento do estoque;
c) os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar uma fácil inspeção e um rápido
inventário;
d) os materiais que possuem grande movimentação devem ser estocados em lugar de fácil
acesso e próximo das áreas de expedição e o material que possui pequena movimentação deve
ser estocado na parte mais afastada das áreas de expedição;
e) os materiais jamais devem ser estocados em contato direto com o piso. É preciso utilizar
corretamente os acessórios de estocagem para os proteger;
f) a arrumação dos materiais não deve prejudicar o acesso as partes de emergência, aos
extintores de incêndio ou à circulação de pessoal especializado para combater a incêndio (Corpo
de Bombeiros);
Armazenagem
Cuidados na armazenagem
g) os materiais da mesma classe devem ser concentrados em locais adjacentes, a fim de facilitar
a movimentação e inventário;
h) os materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados nas partes inferiores das estantes
e porta-estrados, eliminando-se os riscos de acidentes ou avarias e facilitando a movimentação;
i) os materiais devem ser conservados nas embalagens originais e somente abertos quando
houver necessidade de fornecimento parcelado, ou por ocasião da utilização;
j) a arrumação dos materiais deve ser feita de modo a manter voltada para o lado de acesso ao
local de armazenagem a face da embalagem (ou etiqueta) contendo a marcação do item,
permitindo a fácil e rápida leitura de identificação e das demais informações registradas;
l) quando o material tiver que ser empilhado, deve-se atentar para a segurança e altura das
pilhas, para não afetar sua qualidade pelo efeito da pressão decorrente, o arejamento (distância
de 70 cm aproximadamente do teto e de 50 cm das paredes).
Logística
É a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e
armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem
como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de
atender as exigências dos clientes. É o conjunto de ações desenvolvidas com a finalidade de entregar os produtos
certos, no local planejado e no tempo combinado.
Ferramentas de Logística
 WMS - Warehouse Management System(sistema de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e
linhas de produção): fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação
automática e cross- docking para maximizar o uso do valioso espaço do armazéns.
 TMS - Transportation Management System: é um software para melhoria da qualidade e produtividade de todo o
processo de distribuição. Este sistema permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma
integrada. O sistema é desenvolvido em módulos que podem ser adquiridos pelo cliente, consoante as suas
necessidades.
 ERP - Enterprise Resource Planning (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial): são sistemas de informação que
integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob
a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas,
compras, etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações
gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc
Logística - Atividades
I. Atividades Primárias: Essenciais para o cumprimento da função logística, contribuem com o maior
montante do custo total da logística
• Transporte: são as formas de movimentar os produtos aos clientes por meio dos transportes aéreo,
ferroviário, rodoviário e marítimo
• Gestão de estoque: dependendo do setor em que a empresa atua e da sazonalidade, é necessário um
nível mínimo de estoque que aja como amortecedor entre oferta e demanda
• Processamento de pedidos: determina o tempo necessário para a entrega de bens e serviços aos clientes.
II. Atividades Secundárias: Exercem a função de apoio às atividades primárias na obtenção dos níveis de bens
e serviços aos clientes.
• Armazenagem: envolvem as questões relativas ao espaço físico necessário para estocar os produtos.
• Manuseio de materiais: referem-se à movimentação dos produtos no local d e armazenagem.
• Programação de produtos: programação da necessidade de produção e seus respectivos itens da lista de
materiais.
• Embalagem: determinação das embalagens com a finalidade de otimizar o custo, maximizar a
produtividade e minimizar os danos durante as movimentações, além disso proporcionar valor
agregado oferecendo proteção, utilidade e comunicação
• Manutenção de informação: ter uma base de dados para o planejamento e o controle da logística.
Logística Reversa
É o processo de planejamento, implementação e controle de fluxos de matérias-primas, de
produtos em processo e acabados e de informações, desde o consumidor final até o
fornecedor, com o objetivo de recuperar valor ou fazer uma apropriada disposição
ambiental.
Motivos para aplicar a Logística Reversa
 Legislação Ambiental que força as empresas a retornarem seus produtos e cuidar do
tratamento necessário;
 Benefícios econômicos do uso de produtos que retornam ao processo de produção, ao
invés dos altos custos do correto descarte do lixo;
 A crescente conscientização ambiental dos consumidores;
 Razões competitivas – Diferenciação por serviço;
 Limpeza do canal de distribuição;
 Proteção de Margem de Lucro;
 Recaptura de valor e recuperação de ativos
.
Transporte (Modais)
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I –Rodoviário: aconselhável para o transporte a curta distância de produtos acabados ou semiacabados, produtos
com alto valor agregado, como eletro, e também perecíveis, como grãos, laticínios e carnes.
Vantagens:
 acessibilidade, pois conseguem chegar em quase todos os lugares do território brasileiro;

 facilidade para contratar ou organizar o transporte;

 flexibilidade em organizar a rota;

 pouca burocracia quanto à documentação necessária para o transporte;

maior investimento do governo na infraestrutura das rodovias se comparada aos outros modais.

Desvantagens:
 alto custo de carregamento, por causa do impacto direto que pedágios e alto valor do combustível geram;

 baixa capacidade de carga;

 menor distância alcançada com relação ao tempo utilizado para o transporte;

 maiores chances de a carga ser extraviada, por causa de roubos e acidentes.


Transporte (Modais)
.

II – Aéreo: possui agilidade e facilidade em percorrer longas distância, no território nacional e internacional.
O transporte aéreo é uma ótima opção quando os fatores tempo de entrega e segurança são um requisito
para a sua empresa. Apesar de ter limitações no volume de carga, tamanho, peso e quantidade a ser
transportada, é ideal para produtos eletrônicos, produtos frágeis ou com curto prazo de validade ou de
consumo.
Vantagens:
 percorre longas distâncias independentemente dos acidentes geográficos que a rota possa ter;

 trânsito livre e exclusivo;

 aeroportos próximos ou em centros urbanos;

 modal com o menor tempo de entrega da carga;

 menor custo com embalagens, pois a carga é menos manuseada durante seu trânsito.

Desvantagens:
limitação na quantidade de carga transportada;

custo mais elevado do que os demais modais de transporte citados;

necessita de terminais de acesso;

pode depender de outro modal.


Transporte (Modais)
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III – Ferroviário: adequado para cargas de grandes volumes. Percorrendo longas distância e com um
destino fixo, esse modal não tem a mesma flexibilidade de rota que o rodoviário desfruta. Apresenta
baixo custo se comparado com outros modais de transporte e conta com alta capacidade para
transportar produtos em grande escala e cargas pesadas. Modal ideal para transportar minério de
ferro, produtos siderúrgicos, derivados do petróleo, fertilizantes, mercadorias agrícolas, entre outros.
Vantagens:
 baixo custo, porque tem baixa incidência de taxas e utiliza combustíveis mais baratos;

 grande capacidade de carga;

 menor risco de acidentes e maior segurança no transporte da carga.

Desvantagens:
 rotas fixas e inflexíveis;

 pode depender de outros modais de transporte para fazer com que as cargas cheguem efetivamente

aos seus destinos finais;


 falta de investimento governamental em ferrovias;

 necessita de maiores transbordos.


Transporte (Modais)
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III – Aquaviário: capaz de transportar em bastante quantidade, como o modal ferroviário, o modal de transporte
aquaviário é indicado para produtos com baixo valor agregado. Inclusive, é capaz de transportar produtos de
diversas espécies e em todos os estados (líquido, sólido e gasoso). Desde que estejam bem armazenados e em
containers adaptados. Assim como o modal aéreo, pode transportar por longas distâncias, ainda que rapidez e
agilidade não sejam um diferencial. Por ser um modal que utiliza vias aquáticas, não disputa espaço com outros
modais de transporte.
Vantagens:
 capacidade de transportar grandes quantidades;

 percorre longas distâncias;

 baixo risco de avarias nas mercadorias;

 baixo custo de carregamento.

Desvantagens:
 tempo de trânsito longo;

 burocracia na documentação de desembaraço da mercadoria;

 necessita de terminais especializados para embarque e desembarque;

 alto custo no seguro de cargas;

 baixo investimento do governo em portos e fiscalização para liberação das mercadoria


Transporte (Modais)
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III – Dutoviário: é possibilitado por meio da implantação de dutos e tubos subterrâneos, submarinos e aparentes.
Esse transporte é possível basicamente pelo controle de pressão inserida nesses dutos. Então, é um modal que
permite o transporte a longas distancias e em grandes quantidades.
Apesar de ter um alto custo de implantação e um percurso inflexível, tem um baixo custo operacional. Esse tipo
de modal é recomendado para fluidos líquidos, gases e sólidos granulares.
Vantagens:
 percorre longas distâncias com baixos custos operacionais;

 transporta grande volume de carga de forma constante;

 alta segurança e confiabilidade do transporte.

Desvantagens:
 alto custo de investimento inicial e fixo;

 possibilidade de acidentes ambientais em grande escala;

 necessidade de licença para atuação;

 trajeto fixo com baixa flexibilidade dos pontos de bombeamento.

⦁ Tipos de produtos transportados no modal dutoviário: petróleo e seus derivados, álcool, CO2 (dióxido de
carbono) e CO3 (trióxido de carbono), gás natural, minério, cimento e cereais, carvão e resíduos sólidos águas
servidas — esgoto e água potáve.
Transporte (Modais)
V – O modal infoviário, também chamado de digital ou virtual é aquele que utiliza a infraestrutura de
telecomunicações para o transporte, mais comumente formada por fibra ótica e satélites. Através desse
modal, são transportados dados e informações, como os serviços de telefonia, internet e televisão por
assinatura.
Vantagens:
 Com a popularização da internet, a atenção dos governos ao modal infoviário tem aumentado nos

últimos anos.
 Muitos serviços públicos, inclusive, já estão ocorrendo de modo 100% digital, como a autorização de

documentos fiscais, o cadastramento em órgãos públicos, dentre outros.


 Por isso, o setor apresenta grande potencial de crescimento.

 Outras vantagens são a velocidade e a segurança na transmissão de dados.

Desvantagens:
 O Brasil impõe uma carga tributária sobre o modal infoviário considerada alta pelos players do setor.

 Além disso, é apontada uma alta burocracia para a operação, o que desestimula a competitividade.

 Oferecer serviços de telecomunicações no Brasil também costuma ser caro, tanto para montar a rede,

quanto para mantê-la, o que encarece os serviços oferecidos ao cliente final.


Transporte (Modais)
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Formas de transporte: também é um fator importante para uma melhor gestão de transportes.
Pois trata de qual será a melhor forma de entrega, qual será a mais econômica e a mais ágil.
Assim, ela demostra quantos tipos de modais serão necessários para o transporte. Essa
questão é tratada pela modalidade e multimodalidade.
 modal ou unimodal: envolve apenas uma modalidade de transporte;
 intermodal: envolve mais de um tipo de transporte e, para cada trecho, é realizado um
contrato;
 multimodal: envolve mais de um tipo de modal, porém, acompanha apenas um único contrato.
Questões de Prova
1. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE)
Para iniciar o processo de compras é necessário, entre outras iniciativas, estabelecer as diretrizes no
planejamento e organizar o processo de compras. Assinale a opção que se refere à organização do processo de
compras.
(A) Indicar os objetivos de compras.
(B) Estabelecer a estratégia de terceirização.
X Estabelecer as atribuições para o pessoal envolvido.
(C)
(D) Definir a estratégia de compras conjuntas.
(E) Definir as políticas de estoque.

2. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE)


A disposição dos arranjos físicos é uma questão chave com a qual o gestor deve lidar para garantir uma maior
eficiência no processo produtivo da organização. Acerca dessa questão, é correto afirmar que
Alternativas
X o arranjo posicional é ideal para a transformação de objetos de grande porte, como aviões.
(A)
(B) o arranjo celular é ideal para itens de produção em massa, como parafusos.
(C) o arranjo por processo é ideal para produtos que necessitam de padronização, como chips de computador.
(D) o arranjo horizontal é ideal para produtos que envolvam altos riscos, como explosivos.
(E) o arranjo híbrido é ideal para produtos com características objetivamente definidas, como uma moto..
Questões de Prova
3. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE)
O tipo de estoque utilizado é uma variável que deve ser considerada pelos gestores, caso a caso, cabendo a ele
decidir aquele mais adequado à situação. Entre essas escolhas, o tipo de estoque formado por produtos que
tenham alto risco de oscilação de preço, adquirido com a finalidade de minimizar riscos da organização, é
conhecido como
(A) estoque de inativo.
(B) estoque virtual.
(C) estoque real.
X estoque hedge.
(D)
(E) estoque de transporte.

4. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE)


No processo de estocagem de materiais, a utilização dos pallets em armazéns apresenta a seguinte vantagem:
(A) a dispensabilidade de treinamento para a adaptação dos funcionários.
(B) a facilidade de movimentação de cargas viabilizada pela leveza do pallet.
X o melhor aproveitamento dos espaços verticais em função do empilhamento de cargas.
(C)
(D) o baixo investimento em equipamentos para o seu manuseio devido a capacidade de adaptação do modal.
(E) a eficiência no manuseio de materiais de alto giro.
Questões de Prova
5. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE)
O sistema de produção just in time ganhou popularidade por ter sido utilizado de forma bem-
sucedida pela empresa Japonesa Toyota, a partir da década de 60. Devido ao seu sucesso, esse
sistema foi posteriormente replicado por diversas outras organizações ao redor do mundo.
Esse sistema tem como característica a ideia de que
X a demanda é responsável por puxar a produção, em quantidades determinadas e no
(A)
momento certo.
(B) o emprego do método Kanban permite a maximização de estoques de escala em depósitos
de terceiros.
(C) a rigidez do processo produtivo sustenta a manutenção de um custo fixo “zero”.
(D) a sazonalidade das compras de insumos, causada pela racionalidade pontual dos
consumidores, viabiliza uma produção contínua.
(E) o aumento permanente nos prazos de fabricação garante a eliminação dos efeitos causados
pelos riscos de interrupção.
Questões de Prova
6. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE)
O gestor de uma determinada fábrica, após análise sobre os efeitos da pandemia da Covid-19
na empresa e seus negócios, verificou que o número de funcionários acometidos por outras
doenças foi reduzido desde que tornou o uso de álcool gel parte do protocolo da organização.
Em razão disso, ele decidiu realizar a compra de um grande volume do produto para o ano de
2022. Considerando que não existem limitações para a localização, que a entrega não tem
urgência e é crucial a utilização de um frete de baixo custo, o modal adequado para essa
entrega é o
X aquaviário.
(A)
(B) aeroviário.
(C) dutoviário.
(D) rodoviário.
(E) infoviário.
Questões de Prova
7. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE) A FUNSAÚDE adquiriu novos computadores para sua sede e, no momento do
recebimento dos equipamentos, registrou suas informações no sistema e afixou uma placa com um código, em
cada um deles, para facilitar sua identificação. O procedimento realizado pela FUNSAÚDE é chamado de
(A) baixa.
(B) recolhimento.
X tombamento.
(C)
(D) cessão.
(E) alienação.
8. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE) Os gestores do Aquapark, um famoso parque aquático próximo à cidade de
Fortaleza, estavam realizando o planejamento para o ano seguinte. Considerando o interesse de planejar o
estoque de salgadinhos vendidos na lanchonete do parque, os gestores realizaram uma estimativa do número de
vendas no ano, avaliando que, como havia crescido 5% em relação ao ano anterior, o natural seria que crescesse o
mesmo no exercício seguinte. Assinale a opção que apresenta o método de previsão utilizado pelos gestores do
Aquapark.
(A) Explicação.
X Projeção.
(B)
(C) Predileção.
(D) Conjecturação.
(E) Expectância.
Questões de Prova
9. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE) A gestão de estoques exige grande atenção em qualquer organização que lida
com insumos no processo produtivo ou na prestação de serviços. No caso de organizações do ramo da saúde,
uma gestão inadequada pode, além de causar prejuízos, custar vidas. Assinale a opção que apresenta uma
característica da curva de análise XYZ.
(A) A classificação dos itens com base no valor investido em cada um.
(B) A classificação dos itens com base no valor requerido para a sua manutenção.
(C) A classificação dos itens com base na raridade e escassez no mercado.
X A classificação dos itens com base na criticidade de cada um para as operações.
(D)
(E) A classificação dos itens com base na independência que eles possuem em relação à produção.
10. (FGV, 2021, FUNDASAÚDE/CE) Logística é o conjunto de ações desenvolvidas com a finalidade de entregar os
produtos certos, no local planejado e no tempo combinado. Considerando o contexto de logística, analise as
assertivas a seguir. I. Transportes e manutenção de estoques são exemplos de atividades primárias. II. Obtenção,
programação do produto e processamento de pedidos fazem parte das atividades de apoio. III. Armazenagem e
manutenção de informações relacionam-se ao mesmo tipo de atividade primária. Está correto o que se afirma em
X I, apenas.
(A)
(B) II, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) II e III, apenas.
Questões de Prova
11. (FGV, 2021, IMBEL) Relacione os métodos de avaliação de estoque listados a seguir às suas respectivas
características. I. Custo Médio II. PEPS III. UEPS ( ) minimiza grandes flutuações do custo. ( ) os valores dos
estoques estarão mais atualizados. ( ) os últimos itens adquiridos sairão do estoque antes. Assinale a opção que
indica a relação correta, segundo a ordem apresentada.
X I, II e III.
(A)
(B) III, II e I.
(C) II, I e III.
(D) I, III e II.
(E) II, III e I.
12. (FGV, 2021, TCE/PI) Uma organização adota sistema de reposição contínua para seu estoque de cartuchos de
impressora. O consumo mensal de cartuchos é de 80 unidades em média, o estoque de segurança é de 30
unidades e o tempo de ressuprimento é de três dias corridos. As aquisições são realizadas por compra direta aos
fornecedores e o custo de pedido é de R$ 20,00. Considerando que um mês tem 30 dias, na situação descrita, o
ponto de pedido é:
(A) 36 unidades; LEMBRAR QUE CONSUMO É PARA UM MÊS, ENTÃO O TEMPO DE RESSUPRIMENTO
X 38 unidades;
(B) (TEMPO DE AQUISIÇÃO) DE 3 DIAS É 1/10
(C) 40 unidades;
(D) 42 unidades;
(E) 50 unidades.
Questões de Prova
13. (FGV, 2021, IMBEL)
Uma loja de materiais de construção comercializa anualmente 1.000 parafusos. O custo de colocação de um
pedido é de R$ 10,00, enquanto o custo anual de carregamento do estoque é de R$ 0,50 por unidade e os custos
independentes são de R$ 40,00 por ano.
Para a condição apresentada, o lote econômico de compra é composto por
(A) 100 parafusos.
X 200 parafusos.
(B) A=1000 S=10 e C=0,50
(C) 250 parafusos.
(D) 400 parafusos.
(E) 500 parafusos.

14. (FGV, 2021, IMBEL)


Assinale a opção que indica o sistema de controle de estoque que utiliza o processo de contagem física para
determinar o valor do estoque.
X Inventário periódico.
(A)
(B) Inventário permanente.
(C) Custo médio ponderado fixo.
(D) Custo médio ponderado móvel.
(E) Último que entra, primeiro que sai.
Questões de Prova
15. (FGV, 2021, IMBEL)
O conceito associado à logística que proporciona economia na estocagem, bem como
movimentação mais eficiente de materiais e tem como um dos seus tipos o “celular”, é
conhecido por
Alternativas
(A) processos de transformação.
(B) cadeia de valor.
(C) merchandising.
(D) supply chain.
X layout.
(E)

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