Você está na página 1de 45

ÍNDICE:

UNIDADE 1 - Parte Introdutória........................................................................4


Capítulo 1 - O que é a Geografia?.......................................................................4
Capítulo 2 - A Geografia através da História......................................................5
Capítulo 3 – Geografia e Ciência........................................................................7
Capítulo 4 - Cosmogonia Hebraica.....................................................................7

UNIDADE 2 - Geografia Política da Terra Santa...............................................8


Capítulo 1 - O Povo Hebreu................................................................................8
Capítulo 2 – Divisão Política dos Tempos Antigos à Atualidade.......................9

UNIDADE 3 – Geografia Física.......................................................................17


Capítulo 1 – Topografia....................................................................................17
Capítulo 2 – Hidrografia....................................................................................22
Capítulo 3 – Temperatura e Clima de Israel......................................................25

UNIDADE 4 – Geografia Humana...................................................................25


Capítulo 1 – Povos Vizinhos de Israel..............................................................26
Capítulo 2 – A Vida Social dos Hebreus...........................................................26
Capítulo 3 – A Vida Pessoal dos Hebreus.........................................................28
Capítulo 4 – A Vida Religiosa dos Hebreus......................................................30
Capítulo 5 – Sistema de Pesos e Medidas.........................................................31
Capítulo 6 – Cidades e Estradas........................................................................33

UNIDADE 5 – Geografia Econômica...............................................................35

UNIDADE 6 – Geografia Bíblica do Novo Testamento...................................36


Capítulo 1 – Geografia do Apocalipse..............................................................36
Capítulo 2 – As Viagens Missionárias de Paulo...............................................37
Imagens..........................................................................................................42

2
UNIDADE 1 - PARTE INTRODUTÓRIA.

CAPÍTULO 1 - O QUE É GEOGRAFIA?

Definição: A Geografia, assim como a maioria das ciências humanas, foi


organizada enquanto ciência a partir do século XIX, o que não quer dizer que não
existia o conhecimento anteriormente, mas durante muitos séculos a principal função do
conhecimento geográfico era descrever a terra. Hoje, a Geografia se ocupa de várias
relações em suas variadas ênfases.
O termo Geografia vem de duas palavras gregas: Geo que significa Terra e
graphein que é traduzido por descrever, conseqüentemente a palavra Geografia pode ser
definida como a ciência que tem por finalidade descrever, ordenada e sistematicamente
a superfície da Terra e as múltiplas relações que se desenvolvem nesta superfície. A
Geografia também se propõe a estudar a relação do homem com o meio ambiente,
segundo Vesentini, a Geografia preocupa-se em estudar o espaço em que a sociedade
humana vive e como a mesma produz modificações neste espaço.
Geografia está relacionada com a terra, com o espaço, com as relações que os
seres humanos desenvolvem com o espaço em que habitam. A relação que a História
tem com o tempo é proporcional à relação que a Geografia tem com a terra.

Ramos da Geografia: A Geografia se organiza em algumas partes principais,


como por exemplo: a Geografia Física que estuda a topografia, ou seja, a representação
gráfica de uma porção territorial com todos os relevos, acidentes e objetos que se
encontram na superfície, como montes, vales, planícies, planaltos, desertos, picos, etc.
Também é do interesse da Geografia estudar a hidrografia: rios, lagos, mares, etc.
Estudamos o clima. Outro ramo importante é a Geografia Humana que estuda a família,
a vida em sociedade, a alimentação, religião, costumes, etc. Pode-se citar a Geografia
Econômica que estuda as riquezas de uma determinada região, como a fauna, a flora, os
minérios. A Geografia Política é um dos ramos mais importantes que estuda as divisões
geográficas entre países, estados, cidades, estudam os limites territoriais de
determinadas localizações.

Objetivo da Geografia: Segundo o geógrafo Richard Hartshore o objetivo da


geografia é o de proporcionar a descrição e a interpretação, de maneira precisa,
3
ordenada e racional, do caráter variável da superfície da Terra. Já William Vesentini diz
que estudar geografia é uma forma de compreender melhor o mundo em que vivemos e,
por meio desse estudo podemos entender melhor o local em que moramos e
conseqüentemente os demais países do globo terrestre.

A Importância da Geografia Bíblica: A Geografia Bíblica, tem por objetivo


estudar as diferentes relações das regiões relacionadas com as Sagradas Escrituras. A
Geografia, contando com a parceria da Arqueologia e da História, procura analisar o
conteúdo relacionado aos territórios em conexão com o relato bíblico, se posicionando
de modo científico e independente, buscando levantar as informações pertinentes a cada
localidade.
A Geografia Bíblica, feita com seriedade, não tem a preocupação em provar ou
refutar as informações bíblicas, mas seu objetivo é investigar cientificamente o que está
relacionado às referidas localidades.
A Geografia Bíblica é indispensável a todos os estudiosos da Bíblia. A maior
parte dos estudos se concentra na Palestina, atual Israel, lugar mais citado em toda a
Bíblia, especialmente no Antigo Testamento e Evangelhos, mas, também se expande
para a região da Mesopotâmia, da Ásia Menor (atual Turquia) e a região da Grécia.

CAPÍTULO 2 - A GEOGRAFIA AO LONGO DA HISTÓRIA.

Como as civilizações antigas eram agrárias, precisaram desenvolver


conhecimentos com precisão da terra onde iriam se estabelecer, plantar e
posteriormente, construir civilizações. Na Antiguidade os povos mais desenvolvidos se
estabeleceram ao redor dos rios, pois a água viabiliza a vida, tanto humana, quanto dos
animais e vegetais.
Abaixo apresenta-se um breve relato dos povos com a Geografia:

2.1. Os Egípcios: Uma das maiores civilizações de toda a história humana,


com certeza foi o Egito e seus conhecimentos geográficos se concentraram nas terras do
Nordeste da África e Oriente Médio, porém foram importantes nesta área, pois
descreviam de forma bem minuciosa os territórios por eles explorados, davam ênfase
maior ao próprio solo.
É bom lembrar que na antiguidade os povos não tinham o conceito de
4
universalidade e, nem conseguiam entender o mundo de forma global, suas ênfases
eram localizadas em seus próprios territórios e nos povos vizinhos.

2.2. Os Fenícios: Povo que habitou no atual território do Líbano, ao norte da


Palestina. Seus conhecimentos e preocupações geográficas foram surpreendentes se
levarmos em consideração sua extensão territorial. Foram além de outros povos da
época e se destacaram como grandes navegadores impulsionados por transações
comerciais lucrativas. Foram grandes conhecedores do Mar Mediterrâneo, fundaram a
cidade de Cartago em 800 a. C., passaram pelo estreito de Gibraltar chegando às Ilhas
Britânicas. Existiram grandes geógrafos fenícios, afinal suas navegações dependiam de
mapas e cartas precisas e detalhadas.

2.3. Os Gregos: Foram grandes conquistadores principalmente na época de


Alexandre o Grande, entretanto, limitaram-se às regiões do Mar Mediterrâneo.
Alexandre foi quem ampliou os conhecimentos geográficos dos gregos por causa de
suas amplas e rápidas conquistas, saiu da Macedônia, na Europa Oriental e chegou até a
Índia, no Extremo Oriente, acreditando que a cadeia montanhosa do Himalaia era a
parede do mundo.
Os pensadores gregos como: Heródoto, Hipócrates, Anaximandro, Aristóteles
também se dedicaram à Geografia. Aristótenes escreveu uma obra sobre o assunto e foi
o primeiro a usar o termo Geografia. Alguns filósofos gregos, como Pitágoras e
Aristóteles, já acreditavam que a Terra era esférica.

2.4. Os Romanos: Possuíram conhecimentos geográficos bem maiores que os


gregos, pelo fato de terem alcançado conquistas bem mais vastas. Quando o Império
Romano caiu, todo o material greco-romano geográfico ficou seriamente
comprometido.
Durante as guerras expansionistas, seus generais elaboraram minuciosos
relatórios acerca das novas possessões. Julio César, por exemplo, escreveu os
Comentários sobre a guerra contra os gauleses, com muitas informações geográficas.
Se levarmos em consideração o fato de que os romanos dominaram
praticamente o mundo todo conhecido naquela ocasião, podemos ter uma ideia do
tamanho do conhecimento geográfico ao qual este povo chegou. Os territórios romanos
se expandiram por quase toda a Europa, Norte da África e boa parte da Ásia. Todo o
5
período do Novo Testamento se deu em um mundo dominado pelos romanos.

2.5. Os Árabes: Encontraram, preservaram e ampliaram grande parte do


conhecimento geográfico que havia desaparecido com a queda de Roma. Algumas de
suas correções foram questionadas por outros estudiosos, que retrocederam na ciência
durante as cruzadas. Chegaram à China, foram à Rússia e dominaram a África.
Os árabes valorizaram muito a geografia com objetivos religiosos, com a
facilitação da peregrinação a Meca. Para os árabes, pensar a geografia era uma forma de
agradar a Deus.

2.6. Na Idade Média: Este período compreendido entre os séculos V e XV não


representou grandes evoluções ao conhecimento geográfico. Na Europa a cultura foi
centralizada no conceito de cristandade e, apenas se desenvolvia a ciência que estaria de
acordo com o ensino da igreja, mais uma vez, o conhecimento científico ficou limitado
aos interesses religiosos.
Na Idade Média o conhecimento ficou restrito a própria Europa, pouco se abria
para outras culturas. Um período que a geografia teve alguma expansão para além da
Europa foi nas Cruzadas em que os combatentes tinham a Palestina como objetivo.

2.7. Na Idade Moderna: A grande virada das descobertas e do conhecimento


geográfico no mundo ocidental foi na virada dos séculos XV e XVI, quando Portugal e
Espanha se lançaram ao mar em busca de novos mercados e novos caminhos para se
chegar ao Oriente.
Nas expansões ultramarinas, portugueses e espanhóis chegaram as Américas e
as inseriram no contexto mundial. O Mundo antes isolado se conectou à força e com
elementos de exploração tanto das terras dominadas, quanto da mão de obra escrava
africana levada ao continente pela força.
Nas viagens uma contatação: a terra é mesmo esférica, é possível dar a volta no
planeta e chegar do outro lado sem cair em um suposto grande abismo. A partir deste
momento, praticamente todo o mundo que conhecemos hoje já estava no mapa, à
exceção da pequena Oceania que ainda seria descoberta.

6
CAPÍTULO 3 - A GEOGRAFIA E A CIÊNCIA.

A estruturação da Geografia como ciência deve-se a dois alemães: von


Humboldt e Carl Ritter, que foram influenciados por Varenius e Kant, e traçaram novos
métodos e rumos para a Geografia. Em viagem feita a América Central e do Sul, em
1796 e 1804, Humboldt efetuou pela primeira vez uma análise sistemática e inter-
relacionada dos vários acidentes geográficos desta região, a partir disso a Geografia
passou a ser uma ciência autônoma, a Geografia é usada inclusive para comprovar ou
questionar eventos bíblicos.
Atualmente a Geografia trabalha com muito critério e exatidão em muitos
elementos, por exemplo no tamanho dos países, nas localizações específicas, etc.

CAPÍTULO 4 - COSMOGONIA HEBRAICA.

A Bíblia não é um livro científico, foi escrita bem antes do surgimento da


ciência moderna, portanto, não tem a preocupação de trazer relatos comprováveis do
ponto de vista científico e historiográfico.
A Bíblia não estava preocupada (e nem teria elementos) em provar
cientificamente a criação do universo, o que é muito natural, é claro! Os textos da Bíblia
são textos de caráter religioso, portanto trabalham com a fé e o que mais importa nos
relatos é a manutenção e expansão da fé em Deus.
Cosmogonia é um estudo muito interessante, busca estudar o que era
considerado pelos povos o elemento primordial que teria dado origem a todas as coisas.
É uma busca de leitura religiosa, que por desconhecer os conteúdos científicos fazia uso
do mito como forma de narrar o que acreditam ser o início de todas as coisas.
A cosmogonia é milenar e tem como berço o Antigo Oriente, sua função é
descobrir como surgiu a Terra, os astros, os demais planetas. Quem mais se dedicou a
estes estudos foram os gregos que em linhas gerais buscavam a matéria-prima original
do Universo. Vejamos alguns exemplos:

Acadianos, Sumérios e Babilônicos: Povos da antiga Mesopotâmia,


desenvolveram poemas de Gilgamesh e Enuma Elish, nos quais descreveram lutas entre
deuses que teriam originado o Universo. É importante saber que estes textos citados
acima influenciaram os escritos de textos do povo de Israel e de outros povos da região.
7
Foram textos muito conhecidos pelos povos da Antiguidade.

Gregos: Os mais desenvolvidos cientificamente de todos os povos da


Antiguidade, os filósofos muito estudaram sobre este assunto, por exemplo:
Anaximandro, dizia que a matéria-prima era o Apeiron (sem fim), já Tales de Mileto
acreditava que a água era a matéria-prima, Anaxímenes afirmava ser o ar, enquanto
Empédocles dizia que a matéria-prima era composta pelos quatro elementos: Água, Ar,
Fogo e Terra. Xenófanes desprezou a mitologia grega e dizia que o universo foi criado
por um Deus Único.

Os Índios da América do Norte: criam que a matéria-prima era a própria


terra, os Maias acreditavam ser a Terra e a água. E assim cada civilização indígena e
aborígene fazia suas leituras e em suas crenças desenvolviam posicionamentos sobre tal
assunto.

Na Bíblia: Os hebreus foram influenciados por povos maiores da Antiguidade


e conheciam textos como citados acima dos povos babilônicos, assírios e egípcios.
Muitos acreditam que os hebreus ao escreverem o livro do Genesis entendiam que Deus
era o criador e que teria feito tudo a partir do nada.
O verbo criar de Gn 1:1 barah no hebraico que é traduzido como criar a partir
do nada (creatio ex nihilo), todas as coisas foram criadas unicamente pelo próprio Deus
criador, a cosmogonia hebraica baseia-se na certeza de que Deus criou todas as coisas
através de seu poder. O Conceito de um Deus criador surgiu em Israel mas, apenas no
período pós exílico, antes disso o povo não tinha este conceito, pois eram monolátricos.

UNIDADE 2 - GEOGRAFIA POLÍTICA DA TERRA SANTA.

CAPÍTULO 1 - ORIGEM DO POVO HEBREU.

Depois da queda do homem e da entrada do pecado no mundo, o Senhor fez


uma promessa em Gn 3:15 que traria da semente da mulher um que pisaria a cabeça da
serpente e seria o Redentor da raça humana.
Inicialmente a descendência de Adão e Eva foi seus dois filhos Caim e Abel, o
primeiro se desviou dos propósitos de Deus e o segundo foi assassinado por seu irmão,
8
daí Deus deu outro filho a Eva no lugar de Abel (Gn 4:25), cujo nome era Sete, este deu
continuidade à sua descendência que permaneceu pura até que se misturou com a
corrompida genealogia de Caim e chegamos num mundo extremamente depravado,
neste momento a família de Noé foi preservada de tal situação pecaminosa. O
nascimento de Sete foi visto pelo relato bíblico como aquele que se desenvolveria a
descendência natural em lugar de Abel que foi morto.

O INÍCIO DOS SEMITAS: A origem do povo hebreu se deu com Sem, o


primogênito de Noé, que deu origem a outros povos como os árabes, os caldeus (de
onde veio Abraão), etc... Mas, nenhum outro povo se assemelha mais com seu patriarca
que o povo de Israel, ou o povo judeu. Um dos descendentes de Sem foi Héber, de onde
vem o nome Hebreu. Neste momento estava projetada a nação israelita.
Ao expor o pecado de seu pai, Cão e sua descendência foram amaldiçoados por
Noé e, de sua descendência nasceram: Cuxe, que foi pai de Ninrode, responsável pela
Torre de Babel, Mizraim, que deu origem aos Filisteus (Palestinos) e Canaã (Cananeus),
que deu origem de grandes inimigos de Israel: Heveus, Heteus, Jebuseus, Girgaseus, os
filhos de Cão foram para Gaza, Sodoma e Gomorra.
Jafé foi abençoado por seu pai, mas foi em Sem que a semente da mulher de
Gn 3:15 teria continuidade. Como já foi dito, de Sem surgiu outro povo chamado
Caldeus, que habitavam na Mesopotâmia, de uma cidade chamada Ur, Deus se revela e
chama Abraão, que sai desta cidade, uma região fértil e migra até a terra de Canaã, pois
os seus descendentes já habitavam lá.

FORMAÇÃO DA NAÇÃO DE ISRAEL.

Segundo a leitura tradicional, Abraão gera dois filhos que dão origem a dois
povos: ISAQUE (Filho da promessa - Povo de Israel) e ISMAEL (Filho da escrava -
Povo Árabe).

ABRAÃO – ISAQUE – JACÓ (ISRAEL) – OS DOZE PATRIARCAS.

Israel teve doze filhos e um deles José, foi vendido por seus irmãos indo parar
no Egito, onde depois de algum tempo foi exaltado por Deus chegando ao posto de
primeiro-ministro daquela nação. Neste cargo, José armazenou mantimentos para os
9
anos de fome que viriam sobre a terra, e é neste momento que os filhos de Israel foram
ao Egito. Depois que José se revela aos irmãos, Israel e seus filhos passam a viver no
Egito. Anos depois com a morte de José, do antigo faraó e daquela geração, o povo
egípcio começou a se sentir inferior aos hebreus que eram poderosos na terra do Egito e
o novo faraó deu início a escravidão dos judeus, que posteriormente sai em direção ao
êxodo a fim de conquistar a Palestina.
É interessante analisarmos que segundo a tradição mais conservadora a
estrutura familiar do povo de Israel se concentrou nos três patriarcas e que estes eram
pai, filho e neto um do outro. A Teologia Bíblica atual tem encontrado elementos que
classificam tais relatos como uma construção de fé e tradição, sem elementos que
comprovem sua historicidade. Algumas correntes de pesquisas entendem que os nomes
Abraão, Isaque e Jacó não se refiram a pessoas mas, a traições religiosas de lugares e
tempos diferentes. Vale a pena aprofundar a temática.

CAPÍTULO 2 - DIVISÃO POLÍTICA DOS TEMPOS ANTIGOS AOS


TEMPOS ATUAIS.

A Conquista da Terra Prometida: O livro de Josué faz o relato da conquista


da Palestina por parte dos israelitas. Josué, um bem-sucedido general militar, assume a
liderança do povo após a morte de Moisés. O povo recém-saído da escravidão no Egito
começa a se preparar para conquistar a tão sonhada terra.
Antes das primeiras batalhas, Josué envia dois espias para Jericó a primeira
cidade dentro da terra pela qual Israel teria de passar, em seguida o povo atravessa do
Rio Jordão, pois estavam na Transjordânia, já na terra é erguido um altar na cidade de
Gilgal, onde é estabelecido o quartel general das operações militares do povo.
Os judeus são todos circuncidados, a páscoa é celebrada e após a aparição de
um anjo a Josué, Israel parte para enfrentar Jericó, o primeiro desafio da conquista de
Canaã. As famosas muralhas da antiga cidade caíram de forma milagrosa e Israel
conseguiu uma expressiva vitória contra a poderosa Jericó. Esta vitória repercutiu em
toda a região e os povos vizinhos temeram o poderio bélico de Israel, um exemplo
disso, foi o povo Gibeão que inclusive propôs aliança com o povo de Josué temendo
uma futura invasão.
Em seguida, Israel enfrenta a pequena cidade de Ai com apenas uma parcela do
exército e por causa do erro de Acã, sofre uma humilhante derrota para um povo
10
inexpressivo. Posteriormente Israel se reorganiza e finalmente consegue vencer e
dominar a cidade de Ai.

A) A Campanha do Centro-Sul: A aliança enganosa com Gibeão acabou por


acelerar o início das campanhas militares de Israel, o capítulo 10 de Josué nos diz que a
terra dos gibeonitas foi cercada por uma coalizão formada por reis de cinco localidades:
Jerusalém, Hebrom, Jarmute, Laquis e Eglom. Os gibeonitas recorreram a Josué e seu
povo, que devido àquela aliança partiram em ajuda aos vizinhos. Durante a batalha
travada no vale de Aijalom, há o relato bíblico de que o sol e a lua teriam parado
durante aquele dia, após um dia inteiro de combates os cinco reis são vencidos e tentam,
sem sucesso, se esconder numa cova em Maquedá. Os reis são mortos e Israel ocupa as
suas regiões.
Em seguida, Israel enfrenta uma nova coalizão, desta vez formada por sete reis
que governavam localidades ao sul do território. Maquedá, Gezer, Laquis, Debir, Libna,
Cades-Barnéia, Gaza, e Gozem se uniram contra os israelitas e da mesma forma foram
destruídos na campanha do Sul, que passava a pertencer a Israel.

B) A Campanha do Norte: Após dominar o Centro e o Sul de Canaã, Israel


partiu para a conquista do Norte, enfrentando outros sete reinados: Nafate-Dor, Acsafe,
Sinrom, Hazor, Merom, Sidom e Vale de Mispa. Josué e seu exército fizeram guerra
contra estes lugares durante alguns dias e após conquistarem seus territórios,
dominaram também os territórios da Transjordânia, que ficava ao leste do Rio Jordão.

AS TRIBOS DA TRANSJORDÂNIA (Trans significa Leste).

A) Manassés Oriental (Gn 48 e Js 13:29-33): Seu nome significa


esquecimento, Manasses era o filho mais velho de José com a egípcia Asenate. José foi
quem ganhou a benção da primogenitura que seu irmão mais velho. Por este motivo,
José ganhou porção dobrada da herança de seu pai: uma parte para Manassés e outra
para Efraim.
No leito de morte de Jacó, Manassés e seu irmão Efraim foram incluídos na
partilha de bens do patriarca junto com seus demais filhos. Embora Manasses fosse o
mais velho, Jacó abençoou a Efraim como o primogênito. Aos descendentes de
Manassés coube a maior das doze tribos de Israel, geograficamente. A tribo de
11
Manasses tinha um território tão grande que ficou em duas porções de terras, uma ao
Leste e outra ao Oeste do Rio Jordão.

B) Gade (Gn 49:1e Js 13:24-28): Seu nome significa fortuna, o Antigo


Testamento não relata nenhum fato em especial envolvendo particularmente Gade, foi
filho de Jacó com Zilpa (serva de Lia) e irmão de Aser. Na benção de Jacó em Gênesis,
foi predito que a tribo de Gade passaria por uma guerra, mas que seria um fim vitorioso.
Gade nasceu enquanto Jacó ainda trabalhava para Labão com o intuito de se
casar com Raquel. De acordo com Gn 49:9, Gade teve sete filhos. A tribo de Gade ficou
situada ao Leste do Rio Jordão e possuía cerca de 40 mil habitantes. Por causa de sua
posição geográfica, teve constantes problemas militares com os amorreus e quando
Tiglate-Pilesser levou o Reino de Israel cativo à Assíria, a tribo de Gade foi deportada e
o território acabou sendo ocupado por amorreus e moabitas.

C) Rúben (Gn 49:3,4 e Js 13:15-23): Filho de Lia e o mais velho de Jacó, seu
nome significa Ver o Filho, perdeu a benção da primogenitura, pois, teve relações
sexuais com Bila, concubina de seu pai (Gn 35:22), impediu que seus irmãos matassem
José (Gn 37:21,22), ofereceu a Jacó seus filhos em garantia de que Benjamim retornaria
a seu pai.
A tribo de Ruben, Gade e a Manasses Oriental queriam construir um altar
próximo ao Jordão para adorarem, o que quase resultou numa guerra civil (Js 22:10-34).
No reino dividido foram deportados para a Assíria por Tiglate-Pileser. Ruben ficou
situada a Leste do Jordão bem ao Sul numa região de pastos abundantes para o gado.

AS TRIBOS DO NORTE.

A) Aser (Gn 49:2e Js 19:24-31): Aser era filho de Jacó com Zilpa (serva de
Lia), seu nome significa Felicidade, partiu do Egito com 41.500 homens e chegou a
Canaã com mais de 52 mil homens.
A tribo de Aser recebeu uma porção na herança de Jacó numa terra muito fértil
na costa marítima de Canaã ao Sul do Líbano, no reinado de Davi, a tribo de Aser
supriu guerreiros para o exercito do reino e no governo de Salomão, fez parte de um
distrito administrativo.

12
B) Naftali (Gn 49:21 e Js 19:32-39): Filho de Jacó com Bila (serva de Raquel),
se sabe muito pouco a respeito de sua pessoa, seu nome significa luta, os limites desta
tribo iam desde as montanhas do Líbano até a extremidade do mar da Galiléia, teve uma
terra bem fértil, embora montanhosa. Por estar situada em região de fronteira, Naftali
teve vários problemas gerados por invasões externas, porém, como tribo só deixou de
existir quando foi deportada para a Assíria.

C) Zebulom (Gn 49:13 e Js 19:10-16): Filho de Jacó com Lia, seu nome
significa honrar, recebeu o vale oeste de Jezreel, ficava entre o Mar Mediterrâneo e o
Mar da Galiléia, cidades como Caná da Galiléia e Nazaré ficavam nesta tribo. Zebulom
teve três filhos: Serede, Helom e Jaleel. Sua posição geográfica era interessante, embora
pequena a tribo ficava numa região que chovia bastante, o que favorecia o plantio e a
criação de gados e, embora não tivesse ligação direta com o mar, ficava próxima dele.

D) Issacar (Gn 49:14,15 e Js 19:17-23): Issacar era filho de Jacó com Lia, seu
nome significa ele trará recompensa, era uma das mais populosas tribos de Israel
chegou a contar com mais de 64 mil homens, na época de Davi já contava com mais de
87 mil habitantes. De Issacar vieram os juízes: Tola, Baraque e Débora, além de Baasa e
Elá, reis do Reino Dividido de Israel.

AS TRIBOS DO CENTRO.

A) Manassés Ocidental (Gn 48 e Js 17:1-18): Comentários idem a Manassés


Oriental. Esta meia tribo de Manasses ficava na Cisjordânia (Oeste do Jordão) e de lá
vieram pessoas como, por exemplo, o juiz Gideão. Lá ficavam cidades importantes para
a história bíblica como Samaria, que veio a ser a capital do Reino do Norte e, a cidade
refúgio de Siquém.

B) Dã (Gn 49:16-1e Js 19:40-48): Filho de Jacó com Bila (serva de Raquel),


seu nome significa juiz, embora tenha recebido uma terra pequena, era uma terra muito
fértil, desta tribo veio o juiz Sansão, a tribo ficava na costa marítima e próxima a
Filístia. Muitos danitas desenvolveram atividades no ramo da pesca, por causa de sua
proximidade com o mar.
É interessante observar que a tribo de Dã não aparece na lista das doze tribos
13
de Apocalipse 7:5-8, não se sabe o porquê desta omissão, Irineu de Lyon em sua obra
Adversus Haeresis, diz que a causa é a crença que se tinha de que o anti-Cristo viria de
Dã, com base no texto de Jeremias 8:16.

C) Efraim (Gn 48 e Js 16:1-10): Um dos filhos de José, abençoado pelo avô


Jacó. Seu nome significa Frutífero/Próspero nasceu nos sete anos de fartura, quando
José, seu pai, era o primeiro-ministro do Egito. De Efraim vieram homens como Josué.
Foi uma tribo sempre muito presente na história de Israel, lá era o centro religioso da
nação, na época dos juízes era presente nos combates, foram importantes no governo de
Davi e Salomão, o primeiro rei do reino dividido de Israel, Jeroboão I, era efraimita.

D) Benjamim (Gn 49:27 e Js 18:11-28): Filho mais novo de Jacó com sua
amada esposa Raquel e irmão amado de José, seu nome significa filho da mão direita. A
tribo de Benjamim possuía lugares de grande importância como a cidade de Jerusalém,
Gibeom, Betel, o vale de Aijalom, etc... Benjamim foi a única tribo a se juntar com Judá
no Reino do Sul, onde estava a genealogia real e por onde viria o Messias.
De Benjamim vieram pessoas como o juiz Eúde e o primeiro rei de Israel, Saul.

AS TRIBOS DO SUL.

A) Simeão (Gn 49:5-7 e Js 19:1-9): Filho de Jacó com Lia, seu nome significa
audição, cooperou na empreitada de vender seu irmão José para o Egito, juntamente
com Levi, matou Siquém que estuprou sua irmã Diná, por este fato, Jacó o pôs no
extremo sul de Israel para que ele ficasse longe dos descendentes de Siquem. Foi retido
no Egito por José para garantir a ida de Benjamim até seu irmão. Em seu território
ficava Berseba.

B) Judá (Gn 49:8-12 e Js 15:1-13): Filho de Jacó com Lia, seu nome significa
Seja Ele louvado, sugeriu que José fosse vendido ao invés de morto, Judá passou por
uma transformação em seu caráter (Gn 44:33,34), por sua descendência viria o Messias,
e foi a tribo escolhida para o reinado, embora a Bíblia não deixe claro o porque desta
escolha. Judá foi um reino independente depois da separação liderada por Jeroboão que
contou com o apoio de dez das doze tribos, Judá formou o Reino do Sul com a tribo de
Benjamim.
14
De Judá vieram homens como Davi, Salomão e todos os reis que foram seus
descendentes, inclusive Jesus.

C) Levi: Foi o terceiro filho de Jacó com Lia. Tomou as dores de sua irmã
Diná que foi violentada e juntamente com seu irmão Simão matou Siquém, o
responsável pelo ato.
A tribo de Levi não recebeu um território tribal, mas, foi escolhida para o
sacerdócio e teve dentre as demais tribos, 48 cidades das quais 6 eram cidades-refúgios:
Siquém, Golã, Quedes, Ramote-Gileade, Hebrom e Bezer.

2. Período do Reino Unido de Israel.

Samuel foi o último dos juízes e o responsável por ungir Saul e Davi reis de
Israel, ele foi à transição dos dois momentos políticos.

A) Reino de Saul: Saul unifica as doze tribos, depois do período de


fragmentação política gerada pelo governo dos juízes. Tentou ampliar as fronteiras
desejando vencer os filisteus, foi o primeiro rei de Israel.
Saul era da tribo de Benjamim e foi muito mais um guerreiro que um
governante propriamente dito. Foi ungido rei por Samuel, lutou para manter os limites
do território que vinham da época dos juízes e, em seu governo Israel conquistou
importantes vitórias sobre os filisteus, porém conflitos internos entre as próprias tribos
enfraqueceram seu reino.
O maior mérito de Saul como rei de Israel foi ter dado início a um processo de
unidade nacional e ter unificado o seu exército e, como comandante de guerra alcançou
expressivos resultados contra seus inimigos. Tinha dificuldade de lidar com pressões
populares como no caso em que não esperou o sacerdote Samuel e fez por si mesmo o
sacrifício. Dedicou-se em perseguir Davi por temer sua oposição política e chegou a
consultar uma médium em En-Dor, o que marca sua decadência pessoal. Numa batalha
contra os filisteus perdeu três de seus quatro filhos e suicidou-se no Monte Gilboa, seu
reinado durou 40 anos.

B) Reino de Davi: Saul foi sucedido por Isbosete, seu único filho que
sobreviveu à batalha do Monte Gilboa. Isbosete foi declarado rei por Abner, capitão dos
15
exércitos de Saul e, reinou por apenas dois anos em Israel. Por fim Abner se uniu a
Davi, e Isbosete foi morto por dois de seus capitães que esperavam recompensa de
Davi, que os puniu pelo feito.
Durante os primeiros sete anos de seu governo, reinou apenas na tribo de Judá,
na cidade de Hebrom, Ao se tornar rei de toda a nação, Davi conquistou Jerusalém e a
transformou em capital do Reino. Seu governo foi marcado por muitas guerras, porem
foi em seu reinado que Israel deixa de ser uma confederação de tribos para se tornar um
Reino Unificado. Venceu todas as batalhas que disputou e ampliou consideravelmente
suas fronteiras, recolocou a arca da aliança em seu devido lugar e deu ao seu povo um
duradouro período de prosperidade.
Davi trouxe harmonia entre as doze tribos de Israel, lutou para fazer valer o
direito dos levitas em suas 48 cidades e fortaleceu as seis cidades de refugio, além disso,
centralizou o governo nacional e estabeleceu um sistema de música sacra. Davi
preparou o país para a construção do templo a Yahweh. Ao todo seu governo durou 40
anos.

C) Reino de Salomão: Antes de chegar ao poder teve de enfrentar uma batalha


política com seu irmão Adonias candidato ao trono, nessa disputa foi vitorioso graças à
intervenção de sua mãe Bete-Seba, do sumo sacerdote Zadoque e do profeta Natã diante
de seu idoso pai. Ao assumir o trono eliminou os conspiradores e consolidou-se no
governo. Diferentemente de Davi, o governo de Salomão foi marcado pela paz e
tranquilidade durante os seus dias. Alem de manter o território conquistado por Davi,
aumentou ainda mais seus limites chegando próximo à fronteira do rio Eufrates, foi em
seu período que Israel teve a maior extensão territorial de todos os tempos.
Politicamente foi um rei muito competente, renovou a aliança comercial com Tiro,
construiu o templo e a casa real, construiu uma forte muralha para proteger Jerusalém,
também organizou nova estrutura administrativa, dividindo suas terras em 12 distritos
liderados por funcionários nomeados diretamente por ele. Também reinou durante 40
anos.
Além da extensão territorial e de sua habilidade política, Salomão desenvolveu
um próspero comércio marítimo que trouxe riquezas para Israel que até então
praticamente não desenvolvia tarefas no mar. Salomão também teve um importante
trabalho de mineração e refinamento de cobre com a ajuda dos fenícios, além de tudo
isso, Salomão se destacou com um sábio e pelos seus feitos na cultura, inúmeras obras
16
são atribuídas a ele.

3. Reino Dividido de Israel.

O Reino Unido de Israel durou mais de um século e teve apenas cinco


monarcas: Saul, Isbosete, Davi, Salomão e Roboão. O filho de Salomão assumiu o reino
unificado em boas condições político-administrativas, porém, Roboão demonstrou
profunda incapacidade política para mediar entre os grupos políticos da nação.
No reinado de Salomão as taxas tributárias se tornaram um pouco caras e
quando começou o reinado de Roboão, um grupo reivindicou junto ao novo rei que as
cargas fossem amenizadas. Roboão demonstrou não ter nenhum pouco da habilidade de
seu antecessor, e além do impasse com o povo, rejeitou o conselho de seus anciãos e
decidiu aumentar o peso dos impostos sobre o povo, o que gerou profunda revolta no
grupo liderado por Jeroboão.
Sob a liderança de Jeroboão, foi dado inicio a um processo que culminou na
divisão política de Israel, dez das doze tribos seguiram Jeroboão e fizeram dele seu rei,
com Roboão permaneceu apenas as tribos de Judá e de Benjamim e seu território foi
drasticamente reduzido.
Depois desse processo político, deu-se inicio a dois reinos independentes: o do
Norte, conhecido como o Reino de Israel, com capital em Samaria, depois que a cidade
foi comprada no governo de Onri, pai de Acabe, o primeiro rei de Israel foi Jeroboão I;
e o Reino do Sul, conhecido como Reino de Judá, com capital em Jerusalém e seu
primeiro rei foi Roboão.
O Reino de Israel foi marcado por uma grave instabilidade política,
constantemente havia conspirações que levavam à morte do monarca e a uma sucessão
forçada, muitos dos líderes de Israel foram politicamente inexpressivos. Já o Reino de
Judá foi governado pelos descendentes de Davi, o que garantiu uma profunda
estabilidade política na nação, o governo de Judá foi mais forte e povo teve melhores
condições de vida.
O Reino Norte foi invadido pela Assíria e levado cativo e, o Reino Sul durou
mais tempo até ser invadido e dominado pelo grande Império Babilônico.

4. Israel entre a monarquia e o Novo Testamento.

17
Neste período, Israel esteve cativo. O reino do Norte na Assíria e o reino do
Sul na Babilônia. Os territórios israelenses que ficaram com os remanescentes da terra
foram reduzidos a uma área mínima. O período do cativeiro de Judá foi de 72 anos e
Jerusalém começou a ser reconstruída quando o Império Babilônico caiu. Com o
Império Romano, a Palestina foi dividida em quatro partes principais (as tetrarquias)
como vemos nos dias de Jesus.

5. Breve História da Palestina

Neste momento Israel já estava sob o domínio romano. A Palestina havia sido
dividida em quatro partes principais: Judéia, Galiléia, Samaria e Traconites. A
dominação romana começou no ano 60 a. C. daí em diante Israel enfraqueceu-se
gradativamente devido à guerras civis. Numa tentativa de livrar-se do domínio romano,
os judeus iniciaram uma série de rebeliões, cujo ápice aconteceu no ano 66 d.C. Depois
de quatro anos de intensos conflitos, Roma dominou a região, destruiu completamente o
segundo templo e exilou muitos judeus. Esta invasão aconteceu sob a liderança do
General Tito no ano 70.
Do domínio romano a 1948, Israel viveu um longo período de dominação, com
varias tentativas frustradas de soberania, vários foram os povos que se revezavam na
liderança da Terra Santa.
A hegemonia romana na região durou até o ano de 313, quando a sede do
império se deslocou para Constantinopla, no Oriente do Império. De 313 a 636, Israel
foi dominado pelo Império Bizantino, uma espécie de Império Romano Oriental. Neste
período as leis judaicas que regulam todos os aspectos da vida, foram codificadas na
Mishnáh e elaboradas no Talmud.
A partir do século VII, o país foi sucessivamente dominado pelos árabes (636 -
1091), seljúcidas (1091 - 1099), cruzados (1099 - 1291), mamelucos (1291 - 1516),
turcos otomanos (1517 - 1917) e pelos ingleses (1917 - 1948). As fronteiras sofreram
alterações e o nome do país foi mudado de acordo com os dominadores. Os judeus
mantiveram uma contínua presença na Terra Santa, durante todas estas ocupações,
embora seu número fosse diminuindo gradativamente. De tempos em tempos,
comunidades judaicas retornavam ao país, tendência que tomou maior força a partir da
segunda metade do século XIX.
Sionismo: Sião sempre foi um símbolo do nacionalismo judaico, sinônimo de
18
Jerusalém e da própria terra de Israel. No fim do século XIX surgiu o movimento
sionista, que foi uma resposta à contínua opressão e perseguição que os judeus sofriam
na Europa Oriental e a desilusão com a emancipação formal que no pôs fim à
discriminação judaica e à opressão estrangeira no país. O Primeiro Congresso Sionista
de 1897, reunido na Basiléia, Suíça, por Teodoro Herzl, fez do movimento uma
organização política formalmente constituída que apelava pelo retorno dos judeus à
Terra Santa e pelo renascimento da vida política em sua própria pátria.
Os primeiros judeus a retornarem começaram a trabalhar na própria terra:
drenaram pântanos, cultivaram campos áridos, instalaram indústrias e organizaram
cidades, além disso, a língua hebraica foi revivida como idioma de uso diário, pois até
então, apenas era usada na literatura e nas liturgias.
Em 1922 a Grã-Bretanha recebeu o papel de fazer de Israel um país em
condições políticas, administrativas e econômicas tais que assegurassem o
estabelecimento do Lar Nacional Judaico. Até o fim da Segunda Guerra Mundial os
judeus sofreram com a oposição de líderes árabes que se opunham ao estabelecimento
da nação de Israel.
Posteriormente a Grã-Bretanha transferiu esta responsabilidade para a
Organização das Nações Unidas (ONU) que em 20 de novembro de 1947, decidiu pela
criação de dois estados livres na Palestina, um árabe e outro judeu. Os judeus aceitaram
a partilha e os árabes rejeitaram.
Ao fim do mandato britânico, o povo judeu se declarou independente em 14 de
maio de 1948, menos de um dia depois da proclamação do Estado de Israel, cinco países
árabes invadiram o recém-criado Estado, esta guerra só terminou em julho do ano
seguinte. Os Estados árabes boicotaram Israel nas vias econômicas e diplomáticas,
bloquearam vias navegáveis internacionais aos navios israelenses e provocaram outras
guerras.
Em 1967 estourou a famosa Guerra dos Seis Dias. Egito, Jordânia e Síria se
uniram com o apoio de Iraque, Kuwait, Arabia Saudita, Argélia e Sudão contra Israel.
Os ataques de Israel foram arrasadores contra as forças árabes e, em apenas três dias
toda a Península do Sinai, antes pertencente ao Egito, já estava tomada pelos
israelenses. Ao fim dos seis dias, além do Sinai, a Cisjordânia e a parte Oriental de
Jerusalém foram tomadas da Jordânia e as Colinas de Golã, que pertenciam à Síria
foram anexadas. A força aérea da Jordânia foi aniquilada, o rei do Egito foi humilhado e
180 mil soldados árabes foram mortos nos conflitos, ao passo que Israel perdeu menos
19
de 800.
Outro conflito muito importante foi a Guerra do Yom Kippur de 1973. Israel
foi atacado por uma coalizão árabe formada por Egito, Síria e Iraque em pleno período
do Yom Kippur, dia do perdão.

20
UNIDADE 3 - GEOGRAFIA FÍSICA DA TERRA SANTA

CAPÍTULO 1 - TOPOGRAFIA DE ISRAEL.

1. DESERTOS DE ISRAEL.

A) Deserto do Sinai: Segundo a tradição dos israelitas, os antepassados


viveram 40 anos neste deserto durante o êxodo, foi um lugar em que o povo relatou ter
muitas experiências com Deus, colunas de fogo guiavam o povo durante a noite e
colunas de nuvens durante o dia. No Sinai, Moisés recebeu os dez mandamentos da
parte de Deus. Fica compreendido entre os golfos de Suez e Ácaba.

B) Deserto do Negev: Sem muita ênfase na Bíblia, porém compõe cerca de


50% do território atual de Israel. Sua população é composta por uma maioria de judeus
e uma minoria de beduínos, a maior cidade do Negev é Bersheba com quase 200 mil
habitantes.

C) Deserto da Galiléia: Davi andou nesta região escapando de Saul (En Gedi),
aqui se deu o ministério do profeta Amós e também grande parte do ministério de João
Batista.

2. PLANÍCIES DE ISRAEL.

A) Planície do Acre: Está localizada no extremo Noroeste da Costa israelense


e estende-se até o Monte Carmelo, é irrigada pelos rios Belus e Quisom, esta planície
ficou na tribo de Aser.

B) Planície de Sarom: Lugar de onde vem a famosa Rosa de Sarom. Na


antiguidade a região era conhecida por causa dos bosques traiçoeiros e pântanos, seu
solo era coberto de flores exóticas e lírios. O Livro de Cantares fala sobre a bela rosa de
Sarom, num poema de amor entre um jovem casal apaixonado.

C) Planície da Filístia: Lugar onde viviam os filisteus, era abundante em


cereais e frutas e lá ficavam localizadas as cinco principais cidades dos filisteus: Gaza,
21
Ascalom, Asdode, Gate e Ecrom. Hoje essa área representa a Faixa de Gaza que está
sob o domínio da Autoridade Palestina.

D) Planície de Sefelá: É caracterizada por uma serie de baixas colinas, a


fertilidade de seu solo é impressionante. Serviu de habitação a Abraão e Isaaque. Foi
palco de muitas guerras entre os israelitas e os filisteus.

E) Planície do Armagedon: Por causa de seu tamanho é também considerado


um vale. É uma das áreas mais estratégicas de Israel, constitui-se numa via de
comunicação natural entre a cidade de Damasco e o Mar Mediterrâneo. Onde fica a
cidade do Megido.

3. VALES DE ISRAEL.

Vale é uma depressão alongada entre montes ou quaisquer outras superfícies.

A) Vale do Jordão: É o maior vale de Israel. Neste vale fica o Rio Jordão,
onde Jesus foi batizado. Começa com a largura de 100 metros, nas alturas do Mar da
Galiléia já chega à extensão de 3 Km e próximo ao Mar Morto atinge sua maior
extensão: 15 Km;

B) Vale do Acor: Fica cerca de 16 km da cidade de Jericó. Foi o lugar do


apedrejamento de Acã, por isso seu nome significa lugar de perturbação. No Acor,
Israel sofreu uma humilhante derrota para um exército desprezível, Ai.

C) Vale do Cedrom: É identificado em Jl 3:2-12 como o Vale de Josafá.


Nasce junto aos sepulcros dos juízes, a noroeste de Jerusalém. É visto profeticamente,
como o lugar em que o Senhor reunir as nações a fim de julgá-las.

D) Vale de Hinom: Lugar onde Davi derrotou os filisteus por duas vezes (2Sm
5:17-25 e 1 Cr 11;14:9-16). Localiza-se no sul de Jerusalém, local onde Judas se
enforcou. Este vale também servia de palco para os sacrifícios de crianças ao deus
Moloque. Era um lugar reservado para o armazenamento e incineração do lixo de
Jerusalém.
22
E) Vale de Aijalom: Foi neste local que o Senhor parou o sol durante a batalha
de Josué contra a coalizão dos cinco reis. Neste mesmo vale, Judas Macabeu teve a
vitória final contra Antíoco Epifanes, tirano grego.

F) Vale de Escol: Era uma região fértil e abundante em vinhedos, por isso foi
o lugar de onde os espias colheram o cacho de uvas que teve de ser carregado por dois
homens.

G) Vale de Hebrom: Serviu de sepulcro para a família patriarcal (Abraão,


Sara, Isaac, Jacó e os 12 patriarcas), foram sepultados em Macpela. Alguns acreditam
que o grande historiador Flavio Josefo também estaria sepultado neste vale.

H) Vale do Sidim: Onde ficavam as cidades de Sodoma e Gomorra.


Recentemente a arqueologia descobriu em Sidim, vestígios de antigas cidades que
foram destruídas por uma grande explosão alimentada pelos poços de betume
mencionados no texto sagrado.

I) Vale de Siquem: Onde Jesus conversou com a mulher samaritana, ali fica o
poço de Jacó. Este poço, fica tem cerca de 12 km de comprimento e fica localizado
entre os montes Ebal e Gerizim, bem no centro de Israel. Siquém foi o primeiro lar de
Abraão.

J) Vale de Soreque: Terra natal de Dalila ficava na fronteira entre Judá e Dã,
nesta região o Espírito Santo usava Sansão contra os filisteus. Ligava Jerusalém ao Mar
Mediterrâneo.

4. OS MONTES DE ISRAEL.

Monte é uma elevação notável de terreno acima do solo que o cerca, é uma
serra, uma pequena montanha. Para Israel, os montes possuem um significado muito
importante do ponto de vista religioso, por ser uma terra como muitas montanhas com
frequência aquele povo cultuava, fazia altares e celebrações nestes montes.

A) Monte de Sião: Fica na parte Leste de Jerusalém e com certeza é um dos


23
mais importantes para Israel, senão o mais importante. Foi para este monte que Davi
levou a arca do Senhor logo depois que Jerusalém se tornou a capital do Reino, por isso,
este monte passou a ser sagrado pelo povo. Neste monte encontra-se a sepultura de
Davi, este monte servia de refúgio para os habitantes de Jerusalém quando o quadro da
cidade se agravava. O salmo 125 diz que: Os que confiam no Senhor são como o monte
de Sião que não se abalam, mas, permanecem para sempre.

B) Monte Moriah: Este monte ocorreu um dos fatos mais importantes para a
fé judaico-cristã, neste lugar Abraão teve sua fé testada e ali sacrificaria seu filho Isaque
se não fosse a intervenção divina, por este fato, o Monte Moriah serve de símbolo de fé,
submissão e renúncia. Aqui foi o lugar onde Salomão construiu o Santo Templo do
Senhor. Nos dias de hoje, se encontra no Moriah a mesquita de Omar, mais conhecida
como o Domo da Rocha, lugar sagrado para os muçulmanos;

C) Monte das Oliveiras: Um dos lugares mais importantes no Novo


Testamento. Neste monte, que fica em frente ao Monte Moriah, encontra-se o famoso
jardim do Getsêmani, onde Jesus enfrentou o momento mais doloroso de seu ministério,
ali Jesus suou gotas de sangue;

D) Monte Ebal: É um dos montes gêmeos de Josué, o Ebal era o monte onde
as maldições de Deuteronômio foram proferidas;

E) Monte Gerizim: Ficava de frente para o Monte Ebal, e foi o monte onde as
bênçãos de Deuteronômio foram proferidas;

F) Monte Carmelo: Foi neste monte que Elias desafiou e venceu os 450
profetas de Baal, provando a todo o povo de Israel que Jeová era o Senhor. O Carmelo
não é exatamente um monte, é uma parte de uma cordilheira de 30 quilômetros de
comprimento;

G) Monte Tabor: Em Os 5:1 havia uma profecia contra um templo pagão


erguido naquele lugar. No Novo Testamento acontece no Tabor um dos fatos mais
maravilhosos da vida de Jesus: a Transfiguração;

24
H) Monte Gilboa: Local da morte de Jonatas e do suicídio do Rei Saul, em
virtude de uma derrota que o povo sofreu para os filisteus;

I) Monte Hatim: Acredita-se que este monte foi o local onde Jesus fez o
Sermão da Montanha, ou o Sermão das Bem-Aventuranças;

J) Monte de Gileade: Conjunto montanhoso que vai do sul do Rio Iarmuque


ao Mar Morto, é dividido pelo Ribeiro de Jaboque onde Jacó lutou com o Senhor e
prevaleceu. Elias era originário de Gileade;

L) Monte Nebo (Pisga): De onde Moises viu a terra prometida. Está


localizado na planície de Moabe a 15 km do Rio Jordão;

M) Monte Sinai: Localiza-se na Península de mesmo nome e foi o lugar onde


Moises recebeu as tábuas da Lei;

N) Monte Hermom: Fica no extremo Norte de Israel, é citado no Salmo 133.


É um monte gelado cujo orvalho é responsável pela irrigação de grande parte da terra de
Israel, trazendo grande fertilidade à terra.

CAPÍTULO 2 - HIDROGRAFIA DA TERRA SANTA.

A água é de suma importância para Israel, 75% dos recursos hídricos são
empregados na irrigação devido a insuficiência hídrica que a Terra Santa enfrenta. Até
os dias atuais a terra de Israel e da Palestina tem muitos problemas por conta dos
recursos hídricos que são escassos. A população precisa ser frequentemente alertada
para não abusar do uso de agua potável e campanhas são feitas periodicamente, em
média um morador do país só pode tomar banhos de até seis minutos, até porque passar
disso implicaria em aumento considerável na conta de água.
A palavra Hidrografia origina-se de dois termos gregos: Hydros, água e
Graphien, descrever, a Hidrografia estuda as fontes de águas no globo (oceanos, mares,
lagos, rios, geleiras, etc...) e também as bacias fluviais, leitos de rios, fundos de mares e
oceanos.

25
1. Mares da Terra Santa:

A) Mar Mediterrâneo: Também aparece na Bíblia como Mar Grande, Mar


Ocidental, Mar dos Filisteus, Mar de Jafa;

B) Mar Morto: É tambem chamado de Mar Salgado, recebe o nome de Mar


Morto, devido a sua grande quantidade de sal. Recebe as águas do Rio Jordão que
deságua nele. As riquezas que o Mar Morto produz são estimadas em aproximadamente:
* 22 trilhões de toneladas de Cloreto de Magnésio;
* 11 trilhões de toneladas de Cloreto de Sódio;
* 7 trilhões de toneladas de Cloreto de Cálcio;
* 2 trilhões de toneladas de Cloreto de Potássio;
* 1 trilhão de Brometo de Magnésio.

O Mar Morto no tem para onde escoar, mas este problema é resolvido pela
grande evaporação diária de águas, cerca de 8 milhões de litros.

C) Mar da Galiléia: Recebe também os nomes de Mar de Quinerete, Mar de


Tiberíades, Lago de Genezaré. Neste lugar, Jesus andou sobre as águas, repreendeu a
fúria das tempestades, proporcionou a pesca maravilhosa, etc...

D) Mar Vermelho: Fica na Península do Sinai, onde o povo atravessou


durante o êxodo, é composto dos Golfos de Suez e Acaba.

E) Lago de Hulá ou Águas de Merom: Josué e o povo Israel tiveram uma


batalha nestes arredores durante a campanha do Norte na Conquista de Canaã.

2. Rios:

Dos rios existentes em Israel, apenas o Jordão de fato, merece este nome. Os
outros seriam chamados de riachos, nos conceitos geográficos ocidentais. Esta realidade
nos dá uma boa idéia de como é sério o problema de água potável no país.

A) Rio Belus: Este rio caminha em direção ao Mediterrâneo. Na Bíblia ele


26
aparece em Josué 19:26 com o nome de Sior - Libnate. Durante 8 meses do ano o rio
fica seco.

B) Rio Quisom: É o maior rio da Bacia do Mediterrâneo e o segundo mais


importante de Israel. Ficava na cidade onde morava Dalila. Suas águas não secam nem
no verão e, próximo ao Monte Tabor e Hermom já é bem caudaloso.

C) Rio Caná: É citado apenas no Antigo Testamento e servia como fronteira


natural entre as tribos de Efraim e Manassés. Corta a planície de Sarom e deságua no
Mediterrâneo. Só possui água nos meses chuvosos.

D) Rio Gaás: Josué foi sepultado no monte Gaás. Este ribeiro, também só
possui água nos meses de chuvas, suas águas banham a planície de Sarom. Gaás em
hebraico significa “terremoto”.

E) Rio Sorec: Que quer dizer vinha escolhida. Suas águas despejam no
Mediterrâneo, entre Jope e Ascalom, suas nascentes ficam nas montanhas de Judá.

F) Rio Besor: É um ribeiro que fica próximo das imediações de Ziclague, ao


sul de Judá, para onde Davi fugiu. É o mais caudaloso rio dos que deságuam no
Mediterrâneo. Seu nome atual é Sheriah.

G) Rio Jordão: Este é o maior de todos os rios de Israel e serve também, como
fronteira natural entre Israel e a Jordânia. Possui três fontes: Banias, Ledá e Hasbani,
estes fontes nascem na Síria, acima do Monte Hermom. Seu curso começa no Monte
Hermom e termina na maior depressão da terra, o Mar Morto.
Possui 252 km e se subdivide em três etapas. A primeira começa nas nascentes
e vai até o lago de Merom, neste trecho suas águas são límpidas. A segunda etapa vai do
Lago de Merom até o Mar da Galiléia. Neste trecho chega a 20 km e suas águas ganham
muita força. E a terceira e última etapa deste rio vai do Mar da Galileia ao Mar Morto
numa distância de 117 km, neste trecho suas águas são escuras e barrentas.

H) Rio Querite: O profeta Elias quando fugia de Jezabel se escondeu junto a


este ribeiro que fica defronte para o Jordão. É também um riacho de pouca água que
27
permanece completamente seco na maior parte do ano.

I) Rio Cedrom: o rio que separa o Monte das Oliveiras do Monte Moriáh, seu
curso acompanha as muralhas de Jerusalém. Davi passou por este rio quando fugia de
seu filho e mais tarde, Jesus também passou por ali.

J) Rio Iarmuque: É o maior afluente oriental do Jordão, este rio não é


mencionado nas Escrituras.

L) Rio Jaboque: Nasce ao sul da montanha de Gileade, o rio corre em três


direções diferentes. É um rio perene que serviu no passado de fronteira entre as tribos
de Rubem e Gade. Em suas imediações, Jacó lutou com o Anjo do Senhor.

M) Rio Arnom: Em suas imediações foi encontrada a famosa Pedra Moabita


em 1868, que trazia inscrições em hebraico e fenício, esta pedra confirmou a veracidade
de textos da Bíblia, como de 2Rs 3. Arnom nasce nos montes de Moabe e desemboca no
Mar Morto, na conquista de Canaã serviu para separar israelitas e moabitas.

CAPÍTULO 3 - A TEMPERATURA E O CLIMA DE ISRAEL.

Israel localiza-se na faixa subtropical, por isso, tem uma variedade muito
grande em seu clima, Israel passa basicamente por dois tipos climáticos
especificamente: chuvoso (fazendo muito frio) e seco (com muito calor).

A) Temperatura: Nas Montanhas o clima é bem fresco e ventilado, no Litoral


no inverno chega a fazer 14 graus negativos e no verão chega a 34 graus, já no Deserto
chega a atingir a temperatura de 50 graus;

B) Ventos: As correntes de vento que passam pela terra são os responsáveis


pela formação do clima de Israel, os ventos quentes vinham do deserto do Neguev (Sul),
os frios do monte Hermom (Norte) e ventos úmidos do mar Mediterrâneo (Oeste).

C) Estações: São basicamente duas: inverno de dezembro a abril, onde tem a


maior frequência de chuvas. O Verão, vai de final de abril até meados de novembro.
28
Inverno, de outubro a março, onde os montes são cobertos de neve.

UNIDADE 4 - GEOGRAFIA HUMANA DA TERRA SANTA.

Conhecer a Geografia Humana da Terra Santa nos tempos bíblicos nos


possibilita ter uma melhor compreensão de como os judeus viviam na época. Devemos
ter em mente que a vida do povo de Israel era conduzida, tanto no aspecto religioso
como no aspecto civil, pela lei religiosa. A religião é presente de uma forma muito
intensa na vida dos hebreus.
Mesmo com tantas perseguições e adversidades, os judeus têm preservado suas
raízes através de suas heranças culturais e religiosas, transmitindo-as de pais para filhos
ao longo da história.

CAPÍTULO 1 - POVOS VIZINHOS DE ISRAEL.

Israel viveu circulado por várias nações de origem cananéia, existiam sete
nações inimigas: os heveus, heteus, amorreus, ferezeus, girgazeus, jebuseus e cananeus.
Alem desses, existiam outros inimigos ao redor: os filisteus, os amalequitas, midianitas,
moabitas, amonitas, edomitas, fenicios e sírios.

CAPÍTULO 2 - A VIDA SOCIAL DOS HEBREUS.

A vida social dos hebreus girava em torno da religião. Os eventos sociais


sempre tinham algum ensinamento em relação a Deus, as principais festas eram o
Pentecostes e Páscoa.
Os judeus honravam suas esposas, mães e irmãs no ambiente familiar, pois a
elas era dado apenas a função de procriar (no caso das esposas) e cuidar dos afazeres
domésticos. As mulheres hebréias até possuíam direitos que em nenhuma outra não
antiga havia. Uma mulher israelita poderia até recorrer ao juiz caso se sentisse
prejudicada, mesmo assim não havia o conceito de cidadania para as mulheres e nem
eram contadas em sensos, sua posição tinha de ser de submissão em relação a figura
masculina, considerada uma autoridade familiar e social.
Os judeus se saudavam inclinando o corpo para frente tendo a mão direita do
lado esquerdo do peito, era demorado, por isso, Jesus orientou os discípulos de no
29
saudarem ninguém pelo caminho (Lc 10:4).
Perante os magistrados e autoridades, era costume inclinar-se até a terra, e
diziam: Paz, Paz seja convosco e Paz seja sobre esta casa. Diante da morte de um
familiar, os judeus lavavam e enrolavam o corpo em lençóis encharcados de perfumes.
Por causa do clima quente, que acelerava a decomposição, o sepultamento era feito no
mesmo dia.
As carpideiras eram mulheres pagas para chorarem em um velório. Elas iam à
frente do cortejo, atrás delas o defunto, os parentes, amigos e por fim, o povo. Para o
judeu não ter quem chorasse no velório era uma desonra, por isso, o pape das
carpideiras era tão importante. Os túmulos dos pobres eram cavados no chão e, dos
ricos nas rochas. O luto durava sete dias entre os judeus.
Para os hebreus, a família é de origem divina e a sociedade se organizava ao
redor da estrutura familiar patriarcal. Um membro da família era visto como tendo o
mesmo sangue, a mesma alma. A Lei de Moisés buscava intensificar a importância da
família, manter a sua linhagem étnica.
A família não era apenas parte da sociedade, era também uma comunidade
religiosa, com suas festas particulares, em que o pai era o celebrante e os demais
membros participantes. A páscoa, por exemplo, era celebrada em família, o elo religioso
era to forte que nos Evangelhos e em Atos, quando o chefe da família se convertia todos
os seus aderiam a nova fé. A educação religiosa da criança começava em casa e sua mãe
era a responsável por isso.

A) O Noivado: Entre os hebreus um noivado era um compromisso muito sério,


embora ainda não existisse o relacionamento sexual entre o casal, já era indissolúvel. Na
época os casos de casamento por amor eram raros, geralmente eram combinados entre
as famílias dos pretendentes e as moças não tinham o direito de recusar um casamento.
A cerimônia de noivado era simples e feita na presença de poucas testemunhas.
Durante o noivado, o rapaz estava isento do serviço militar.

B) As Núpcias: As festas nupciais eram celebradas em sete dias, podendo este


período aumentar de acordo com o poder aquisitivo dos noivos. As celebrações eram
caracterizadas por músicas, danças e brincadeiras com enigmas, o casal se chamava
mutuamente de rei e rainha e, cantavam louvores um ao outro. O casamento era
consumado na relação sexual que tinha como objetivo gerar filhos, de preferência
30
homens, quando o casal não tinha filhos, geralmente a mulher era vista como culpada e
recebia grande cobrança social, daí os relatos de sofrimentos das mulheres da Bíblia
quando se percebiam estéreis.

C) Contrato de Casamento: Geralmente, o contrato de casamento era feito


pelo pai ou irmão mais velho do noivo, em alguns casos, o próprio noivo se
responsabilizava pela concluso do matrimônio. Porém, as negociações sobre os dotes
eram feitos por terceiros. Antes do casamento, eram feitas cuidadosas pesquisas sobre
os bens de ambos. O rapaz, como compensação pela perda da filha, pagava ao pai da
moça o dote, que variava entre 30 a 50 siclos de prata. Se o rapaz tivesse poucas posses,
pagava o dote com o seu trabalho, geralmente sete anos.

D) O Casamento: A monogamia, nem sempre foi uma prioridade, homens


importantes como Jacó, Davi e Salomão eram polígamos. A poligamia era praticada
entre os reis pois, se entendiam que tudo o que havia no Estado era dele. Era um período
em que as mulheres eram vistas como parte do patrimônio do homem.
Jesus enalteceu o ideal monogâmico do casamento e, condenou qualquer forma
de casamento fora dos padrões bíblicos. O adultério feminino não era tolerado, o mesmo
não pode ser dito em relação ao adultério masculino, até porque o homem tinha
permissão de ter mais de uma esposa em alguns casos.
Se as esposas fossem estéreis, o casal podia optar por ter filhos através de uma
concubina, como Abraão e Agar. O casamento misto sempre foi proibido, um israelita
tinha que se casar com uma israelita. E além do mais, existia o casamento por levirato,
onde o irmão de um homem que morria sem deixar descendência tinha de se casar com
a cunhada viva, por intermédio dos filhos da nova união, o nome do irmão falecido era
perpetuado.

E) Os Filhos: Eram tidos como herança divina, principalmente os homens. A


esterilidade era vista como uma vergonha, por isso, mulheres como Raquel e Ana tanto
clamaram a Deus pela benção da maternidade.
O direito da primogenitura era muito respeitado em Israel, ao filho mais velho
cabia uma porção dobrada dos bens paternos, com a morte do pai, o primogênito
assumia a chefia da casa.

31
F) O Divórcio: A causa do divórcio era a dureza do coração dos israelitas.
Alguns, se aproveitando desta possibilidade rompiam os laços matrimoniais por motivos
fúteis. Uma mulher casada pela segunda vez se houvesse a separação, não poderia voltar
ao primeiro marido. Jesus repudiou o divórcio, à exceção em casos de adultério.
O divórcio não contemplava a mulher e era usado vulgarmente por muitos
homens, que deixavam suas ex-esposas em situação bastante vulnerável. Tal relação foi
duramente criticada por Jesus por se tratar de uma injustiça.

CAPÍTULO 3 - A VIDA PESSOAL DOS HEBREUS.

1. Moradia e Mobílias Hebraicas.

Havia em Israel desde casas muito simples a imponentes mansões, por


exemplo, em Samaria existiam algumas habitações feitas de marfim.

A) Tendas: Em Ur, Abraão morava numa casa confortável que, possivelmente,


existia até água quente encanada. Ao sair de sua cidade, ele passou a habitar em tendas
feitas de peles de cabras, que eram a forma mais comum de moradia no Oriente Médio.
As tendas ficaram mais sofisticadas com o passar do tempo, chegando a ter vários
cômodos, em alguns casos. Muitos judeus, como Paulo, trabalhavam fazendo tendas.

B) Cabanas: Eram construídas com estacas e cobertas com folhagens, no


Monte Tabor, Pedro sugere a Jesus que se façam três dessas cabanas, uma pra Jesus,
outra pra Elias e outra pra Moisés.

C) Tabernáculo: Era o templo-móvel dos israelitas que esteve com o povo de


Israel durante os 40 anos de peregrinação pelo deserto do Sinai. Neste lugar, a glória do
Senhor se manifestava de modo sobrenatural. O tabernáculo foi substituído pelo Templo
de Salomão, desta vez um templo fixo.

D) Casas: Nos tempos bíblicos, as casas eram feitas de pedra, tijolos e de


madeira. Geralmente possuam um só cômodo, a não ser a dos ricos que chegavam a ter
vários compartimentos.
Em lugares mais quentes, os telhados eram planos e se transformavam em
32
terraços, servindo até de dormitório no auge do verão. Já nas regiões mais frias, o
telhado era em meia-água, o que facilitava o deslizamento da neve. As portas eram
estreitas e baixas, existiam poucas janelas.

E) Torres de vigia: Tinham quase três metros de altura e serviam para


proteger os pomares e as lavouras. As provisórias eram feitas de madeira e as fixas de
pedras, esta última servia de moradia também.

F) Palácios: Eram as residências reais, o mais importante deles foi erguido


pelo rei Salomão, que provavelmente era mais suntuosa que o próprio templo.

G) Mobílias: As casas comuns hebréias tinham poucas mobílias, além do leito,


havia apenas uma mesa baixa e raramente se usavam cadeiras, era de costume sentar-se
ao chão com as pernas cruzadas, usando eventualmente almofadas como assentos. Nas
casas dos mais ricos, existiam muitos móveis.

2. Alimentação, vestimentas e dinheiro da Terra Santa.

A) Alimentação: Basicamente os judeus consumiam pão, azeite, vinho,


legumes, frutas, leite, mel e farinha. Em eventos festivos a carne era consumida em
abundância. O peixe era mais comum no litoral e nas proximidades de rios e do Mar da
Galiléia. Manteiga e queijo eram feitos com leite de cabras.

B) Vestimentas: Eram feitas em algodão, linho, lã e seda. A principal peça do


vestuário masculino era uma túnica feita de algodão, como se fosse uma camisola sem
mangas, o dos ricos ostentava grandes e compridas mangas. Os homens usavam uma
capa, cinto de couro, bastão e um anel-sinete. O turbante completava a roupa masculina.
As vestes sacerdotais eram diferentes e mais ornamentadas.
As mulheres também usavam túnicas, só que mais longas e ornamentadas,
quando estavam em público cobriam o rosto com um véu. As hebréias usavam
pulseiras, anéis, pendentes e diademas. Algumas se pintavam. As mulheres israelitas
eram discretas no vestir.

C) Dinheiro na Terra Santa: A primeira moeda citada na Bíblia é o darico,


33
proveniente da Pérsia, provavelmente, era muito usada nos tempos de Esdras e
Neemias. Depois foram feitas moedas especificamente israelitas.
A Bíblia cita outras moedas como: drama, estáter, cetil, unidades monetárias
como o denário, etc.

CAPÍTULO 4 - A VIDA RELIGIOSA DOS HEBREUS.

O judaísmo é a primeira religião monoteísta do mundo, embora os israelitas


nem sempre tenham sido monoteístas. A vida religiosa de um judeu era muito intensa,
durante o dia se observa vários preceitos religiosos sendo praticados pelo adepto.
O texto sagrado dos judeus é a Tanak, acróstico que quer dizer: Lei, Profetas e
Escritos, basicamente o Antigo Testamento da Bíblia cristã.
O valor do templo foi grande para os judeus, durante a peregrinação no deserto
foi usado o tabernáculo, depois já na Terra prometida o templo fixo, que hoje não mais
existe, por isso os judeus não fazem mais os sacrifícios religiosos.
Existem os dias de festa na religião e estes são guardados com zelo, o shabat
(sábado) é o dia de descanso e nele o judeu no pode fazer nenhum trabalho. Existem
ainda as festas judaicas: como a páscoa, onde os judeus lembram a libertação da
escravidão egípcia, o Rosh Hashanah, o ano novo judaico e o Yom Kippur, dia do
perdão comemorado dez dias após o ano novo. Quando o menino completa 12 anos de
idade é levado à sinagoga para ler a Escritura em público e se tornar membro ativo da
comunidade religiosa, esta cerimônia se chama Bar Mitsvá.
Todas as celebrações judaicas possuem o seu lado social de liturgias nas
sinagogas em comunidade, mas, também, o seu lado íntimo, realizado entre a família.
O judaísmo é rigoroso com relação a alimentação, ao judeu só é permitido
ingerir os elementos Kasher, isto é, santificados. O líder espiritual do judaísmo é o
rabino. A religião se divide hoje em judaísmo conservador, ortodoxo, reformista,
humanista e messiânico.
Israel foi criado com o propósito de ser uma pátria para o povo judeu e, muitas
vezes é identificado com o Estado judeu. Todo judeu e os de linhagem judaica têm
direito à cidadania israelense. A grande maioria da população do país é de judeus, boa
parte nascida em Israel e imigrantes da Europa e da América. Cerca de 15% da
população é de origem árabe dos quais a maioria é muçulmana. Os cristãos formam algo
em torno de 2% dos habitantes.
34
CAPÍTULO 5 - SISTEMA DE PESOS E MEDIDAS.

A) Pesos:
Gera, 1/20 do Siclo = 0,57g;
Beca, 10 geras ou Meio Siclo = 5,71g;
Siclo, Unidade Básica = 11,42g;
Mina (arrétel), 50 siclos = 571g;
Talento, 3000 siclos = 34,2 Kg.

B) Moedas:
Lépton, 1/128 do denário;
Quadrante, 1/64 do denário;
Ceitil, 1/16 do denário;
Denário (romana), unidade básica, correspondia ao salário diário do
trabalhador;
Dracma (grega), igual ao denário;
Didracma = 2 dracmas ou 2 denários;
Tetradracma = 4 dracmas ou 4 denários;
Estáter = Tetradracma;
Mina = 100 denários;
Talento = 6000 denários.

C) Medidas de Capacidade:
Cabo 1/18 do Efa = 1litro;
Gômer 1/10 do Efa = 1,76 litros;
Alqueire 1/3 do Efa = 5,87 litros;
Efa 10 gômeres = 17,6 litros;
Leteque, 5 Efas = 88 litros;
Coro 10 Efas = 176 litros.

D) Para Líquidos:
Sextário 1/12 do Him = 0,29 litros;
Him 1/6 do Bato = 3,47 litros;
35
Bato 1/10 do Coro = 20,8 litros;
Coro 10 Batos = 208,2 litros.

D) Medidas de Comprimento:
Dedo: 1/12 do Palmo = 1,8 cm;
Quatro Dedos: 1/3 do Palmo = 7,4 cm;
Palmo: 1/2 de Côvado = 22,2 cm;
Côvado: 2 Palmos = 44,4 cm;
Braça: 4 Côvados = 1,80 m.

E) Medidas de Distância:
Tiro de Pedra: 20 a 30 metros;
Tiro de Arco: 100 a 150 m;
Caminho de um sábado: 2000 Côvados = 888 m;
Caminho de um dia: 30 a 40 Km;
Estádio: 185 m;
Milha (romana): 8 Estádios = 1.479m.

CAPÍTULO 6 - CIDADES E ESTRADAS.

1. Cidades de Israel:

A) Jericó, a cidade das palmeiras: Localizada no Vale do Jordão, pertencia à


tribo de Benjamin a 28 km de Jerusalém. O nome da cidade significa lugar de perfume e
fragrância. Era famosa por suas fortificações e foi a primeira cidade conquistada por
Israel.

B) Belém, a casa do pão: Encontrava-se a 10 km de Jerusalém, e era a cidade


natal do rei Davi. Por sua posição geográfica era uma fortaleza natural, ficando a 80m
do nível do mar. Nesta cidade, nasceu também o Senhor Jesus. Apesar dos eventos
históricos acontecidos lá, Belém sempre foi uma aldeia pequena e sem importância
política para Israel.

C) Betânia, a casa dos figos: Ficava a apenas 3 km de Jerusalém. Era a cidade


36
de Lázaro, Maria e Marta, foi nesta cidade que aconteceu a ascensão de Jesus.

D) Betel, a casa de Deus: É citada mais de 60 vezes na Bíblia, ficava no centro


da terra santa a 19 km de Jerusalém. Seu nome foi dado por Jacó. Nos dias dos juízes, a
arca da aliança ficou ali, fazendo jus ao seu nome.
Quando o reino de Israel se dividiu, Jeroboão estabeleceu em Betel um centro
de idolatria com a finalidade de impedir os moradores de descerem para Jerusalém.
Betel foi o local do exercício ministerial de Amós.

E) Hebrom: Ficava a 32 km de Jerusalém, e nesta cidade Davi foi coroado rei


de Israel, reinando nesta cidade sete anos antes de tomar posse de todo o reino. Hoje
Hebrom está no território controlado pela autoridade Palestina, tem cerca de 40 mil
moradores, a maioria árabe.

F) Nazaré: Encontrava-se a 170 km de Jerusalém, e foi a cidade onde Jesus foi


criado. Nazaré significa florescer, porque no tempo das chuvas as encostas da cidade
ficavam repletas de lindas flores. Em 1948 ela voltou ao domínio israelense.

G) Cafarnaum: Foi escolhida por Jesus como o centro do seu ministério. Lá


Jesus passou um ano e meio fazendo grandes milagres, porem esta cidade recusou o
Messias, foi destruída e nunca mais reedificada.

H) Samaria: Cidade comprada e construída por Onri, rei do reino dividido de


Israel e pai de Acabe, a partir de então, passou a ser a capital deste reino. Ficava a 60
km de Jerusalém e, era vista pelos judeus como símbolo da rebelião das tribos do Norte.
Na época de Jesus ainda era grande a rivalidade entre judeus e samaritanos.

I) Jerusalém: Sem duvida a mais importante cidade da história de Israel. A


capital do reino unificado e capital do reino de Judá após o cisma, sempre foi a
residência dos verdadeiros reis de Israel, os descendentes de Davi. Atualmente, embora
a capital política seja Tel Aviv, Jerusalém é tida como a capital espiritual da nação.
Nesta cidade foi construído o fabuloso templo de Salomão.

37
2. Estradas de Israel.

Na era patriarcal, já havia estradas cruzando a Terra Santa, com o Império


Romano, a construção de estradas muito se expandiu.

A) Via Maris: Ligava Damasco a Ptolemaida, atravessando todo o território


israelita, passando por Cafarnaum e Genezaré. Alguns trechos dessa estrada eram
pavimentados e, por isso, os romanos cobravam pedágios para a sua manutenção.

B) Estrada da Costa: Também conhecida como o Caminho dos Filisteus.


Ligava o Egito à Terra Santa. Tinha mais de 120 quilômetros de extensão. Jesus e Paulo
a utilizaram.

C) Estrada do Leste: Era uma excelente via de comunicação entre Jerusalém e


Betânia. Os judeus que moravam na Galiléia, e iam adorar no templo, tinham de
percorrê-la.

D) Estrada do Centro: Ligava Jerusalém ao Sul do país. Na realidade, tratava-


se de duas estradas que, ao chegar a Hebrom, bifurcavam-se, uma descia em direção a
Gaza e, a outra a Berseba.

UNIDADE 5 - GEOGRAFIA ECONOMICA DA TERRA SANTA.

A Geografia Econômica é o ramo que se dedica ao estudo das atividades


econômicas de um país e de grupos humanos.
Biblicamente, Israel é uma terra abastada, uma terra que mana leite e mel.
Desde quando espias foram enviados para a terra, trouxeram um relatório de um lugar
com riquezas naturais impressionantes, como o exemplo do Vale de Escol onde foi
necessário dois homens para carregarem um cacho de uvas segundo o relato bíblico.

1. A Flora de Israel: A flora de Israel mencionada na Bíblia era algo singular.


Os escritores hebreus mencionam mais de cem espécies de vegetais, os mais abundantes
eram: trigo, oliva e uva, que formavam a base da alimentação hebréia: pão, vinho e
azeite. Além disso, os israelitas usavam cevados, lentilhas, mostarda, pepino, cebola,
38
alho, romã e tâmara.
As plantas silvestres eram o cedro, a faia, o pinheiro, a acácia, palmeira,
carvalho, murta, das flores as mais famosas eram o lírio do campo e a rosa de Sarom.
Atualmente o governo de Israel tem investido em programas como os quibutts,
que são formas de irrigação em pleno deserto do Neguev, e os resultados são
surpreendentes: Israel tem até exportado legumes e frutas cultivados neste sistema. Há
também a preocupação com o reflorestamento, em 1948 existiam em Israel
aproximadamente 4 milhões de árvores plantadas, em 1980 já ultrapassavam a marca de
100 milhões, quase todas plantadas pelo Fundo Nacional Judaico.

2. A Fauna de Israel: A Bíblia cita vários nomes de animais silvestres e


domésticos. Eram várias espécies de mamíferos, invertebrados, aves, além de répteis,
peixes e anfíbios.
Os animais mais freqüentemente encontrados na Bíblia são: Selvagens: leão,
urso, leopardo, hiena, víbora, corça, lebre, chacal, lobo, raposa. Domésticos: ovelha,
vaca, cabra, mula, carneiro, mula, cão. Aves: perdiz, codorniz, pombo, galinha,
avestruz, cegonha, rola, corvo. Além desses encontram-se também: abelhas, gafanhotos
e algumas espécies de peixes, sendo o mais comum o peixe de São Pedro.

3. Os Minerais de Israel: A Terra Santa possui grandes reservas de minerais,


os mais freqüentes são ouro, prata, ferro, enxofre, estanho, cobre e chumbo.
O Mar Morto é uma fonte inesgotável de riquezas, suas reservas de sais e
minerais são orçadas em bilhões e bilhões de dólares. Israel também é um grande
produtor de diamantes.

UNIDADE 6 - GEOGRAFIA BÍBLICA DO NOVO TESTAMENTO.

CAPÍTULO 1 - GEOGRAFIA DO APOCALIPSE.

A) Ilha de Patmos: A ilha da revelação do apocalipse era uma ilha rochosa


localizada próxima a Éfeso. Serviu durante muitos anos de prisão política de Roma. O
apóstolo João foi levado para lá por ordem do imperador Domiciano.

39
B) Éfeso: Assim como todas as outras seis cidades do apocalipse, Éfeso estava
situada na Ásia Menor, onde atualmente é a Turquia. Era a mais importante das sete
cidades, além de ser a mais rica. Tinha uma população de 200 mil habitantes, lá ficava
um estádio para quase 25 mil pessoas e o mais importante porto da Ásia Menor.
Éfeso era o centro do culto à deusa Diana, cujo templo era considerado uma
das sete maravilhas do mundo antigo, muitos historiadores afirmam que a imoralidade
no templo de Diana era enorme, e que lá existiam as prostitutas cultuais que
trabalhavam como sacerdotisas. A igreja cristã na cidade foi bastante expressiva, porém,
muito perseguida, a igreja foi pastoreada pelo próprio apostolo João e por Timóteo.

C) Esmirna: A 65 km ao Norte de Éfeso. O nome Esmirna vem de mirra. A


cidade era rica, porém, a igreja da cidade era pobre e muito perseguida, o seu pastor
Policarpo de Esmirna foi martirizado, queimado vivo. A igreja local teve de conviver
inúmeras vezes com confiscos de propriedades, saques e duras perseguições que
vitimaram centenas de crentes.
Esmirna era considerada a mais bela das sete cidades citadas no apocalipse. Foi
fundada em 1000 a.C. e destruída 400 anos depois pelos lídios, no ano 200 a.C. foi
reconstruída por Lisímaco. Esmirna era considerada a cidade mais leal a Roma e era a
sede do culto a várias divindades. Além disso, era muito popular na cidade o estádio
onde eram disputadas provas atléticas e que coroavam o vencedor com a coroa de
louros.

D) Pérgamo: Era considerada a cidade mais famosa da região, era um


importante centro cultural por causa da biblioteca que havia na cidade, é por isso, que o
termo pergaminho passou a existir, era uma folha própria para escrita produzida nesta
cidade. Em Pérgamo havia o templo a Zeus, também considerado uma das sete
maravilhas do mundo antigo, além do culto a Esculápio, deus serpente da cura, que
atraía muitas pessoas em peregrinações ao local.
A igreja também teve de lidar com a perseguição, a mais famosa foi a do líder
local, Antipas que foi colocado dentro de um boi de bronze colocado sobre o fogo até
ficar incandescente e matar Antipas sufocado e queimado.

E) Tiatira: Cidade de grande importância comercial que servia como um


intercambio entre a Europa e a Ásia. Havi nessa cidade vários grêmios comerciais de lã,
40
couro, linho, púrpura, bronze, etc. Esses grêmios tinham a intenção de se auto-proteger
e gerar benefícios sociais aos membros e em cada grêmio havia uma divindade como
símbolo daquela reunião, o que fazia com que os cristãos não participassem dos grupos,
isso era algo perigoso para eles, pois, uma vez não participando dos grêmios eram
isolados e boicotados das atividades comerciais.
A igreja dessa cidade não sofreu perseguições, mas, teve de lidar com o ensino
herético internamente, ensinos que assolavam a espiritualidade sadia da igreja.

F) Sardes: Era uma cidade que se orgulhava do passado, lá existiam muralhas


quase que intransponíveis, por isso, seus habitantes eram orgulhosos e autoconfiantes,
até que em 529 a.C. a cidade caiu diante de Ciro quando soldados descobriram uma
brecha, uma falha nos poderosos muros da cidade e a invadiram.
Em 17 a.C. a idade foi parcialmente destruída por um terremoto, outra
característica era a sua fama gerada pela imoralidade. A igreja de Sardes havia perdido
sua pujança e seu vigor e caído numa espécie de formalismo.

G) Filadélfia: Foi uma cidade fundada por colonos de Pérgamo, a cidade era
considerada a porta do oriente, também chamada de pequena Atenas, por causa da
enorme quantidade de templos dedicados a deuses gregos.
Sofria com constantes abalos sísmicos, como o do ano 17 a.C. que
praticamente devastou toda a cidade, as pessoas viviam com muita instabilidade e medo
que a qualquer momento tudo fosse desmoronar. O nome Filadélfia, foi uma
homenagem de Atalo a seu irmão, já que significa aquele que ama o seu irmão. A
cidade foi fundada para ser uma porta da cultura e do idioma grego ao oriente.
A igreja da cidade era pequena e sem muita expressão política ou econômica,
porem, segundo o texto de João foi uma igreja exemplar.

H) Laodicéia: Era uma cidade rica e de grande estrutura. Era um importante


centro comercial e bancário da Ásia Menor, era produtora de tecidos especialmente uma
lã negra que era feita no local e era muito valorizada e procurada em toda região.
Laodiciea também era um importante centro oftalmológico, lá foi desenvolvido
um colírio muito eficaz no tratamento de várias doenças dos olhos, havia teatros e a
cidade se orgulhava de seu poder e estrutura, quando foi devastada por um terremoto
recusou ajuda da capital Roma e se reconstruiu sozinha.
41
Porém a cidade tinha um grave problema com água, ela ficava entre as cidades
de Hierápolis e Colossos, em Hierapolis havia águas termais, águas quentes, eficazes
para o tratamento de doenças de pele e de circulação, já em Colossos, as águas eram
fria, ou seja, potáveis, próprias para o consumo, mas, em Laodicéia essas águas eram
mornas, não serviam mais para curar e nem eram boas para beber. Quando algum
viajante desavisado tentava ingerir as águas, imediatamente tinha ânsias de vômitos.
A igreja da cidade havia se tornado uma reprodução do que era a cidade: rica,
poderosa, orgulhosa e que havia perdido o mais importante: a essência, havia colocado
Jesus para fora!
Para saber mais sobre as cidades e as igrejas do Apocalipse, entre no meu canal
no YouTube, pois lá tem uma playlist especial sobre o tema: acesse –
https://youtube.com/@DrJansenRacco.

CAPITULO 2 - AS VIAGENS MISSIONÁRIAS DE PAULO.

1. I Viagem Missionária de Paulo.

A viagem começa na cidade de Antioquia, lá o Espírito Santo separou Paulo e


Barnabé para a Sua obra, nesta cidade receberam a imposição das mãos da liderança da
igreja. Desceram para Selêucia e dali para o Chipre e, começaram a pregar na cidade de
Salamina pelas sinagogas. Ainda em Chipre foram para Pafos onde encontraram o mago
Barjesus e o procônsul Sergio Paulo, que desejava ouvir a Palavra de Deus, mas era
impedido pelo mago, que foi severamente repreendido por Paulo que profere o juízo de
Deus sobre sua vida, em seguida, o procônsul se converte.
Depois chegaram em Perge (Panflia) e em seguida na Antioquia (Pisídia), onde
participaram num sábado numa reunião em uma sinagoga, e lá depois do estudo do
Antigo Testamento, foi dada oportunidade para Paulo que pregou o Evangelho. Paulo
fez um resumo do AT mostrando a superioridade de Cristo diante de Moises e da Lei, os
da sinagoga ficaram tão impressionados que os convidaram a voltar a sinagoga no
sábado seguinte, muitos creram e se converteram. No sábado seguinte, uma grande
multidão da cidade se reuniu para ouvi-los e os judeus prepararam uma perseguição
contra eles e os expulsaram da cidade, estes sacudindo o pó dos pés, foram para Icônio e
os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Em Icônio pregaram na sinagoga e muitos creram no Evangelho e muitos sinais
42
eram feitos pelas suas mãos, nesta cidade também foram perseguidos pelos judeus que
juntamente com alguns gentios prepararam um apedrejamento contra Paulo e Barnabé
que seguiram para Listra e Derbe.
Na cidade de Listra um coxo foi curado e por isso, uma multidão creu que
Barnabé fosse Júpiter e Paulo, Mercúrio, queriam sacrificar no templo de Júpiter, mas,
Paulo e Barnabé os impede e esclarece o que aconteceu. Na última cidade desta viagem,
Derbe, Paulo sofreu um apedrejamento.

2. II Viagem Missionária de Paulo.

Paulo e Barnabé se desentendem por causa de Marcos, Barnabé queria sua


companhia e Paulo se opõe por causa de seu abandono na primeira viagem. Por este
motivo, Barnabé e Marcos seguem para o Chipre e, Paulo, em companhia de Silas, viaja
para a Síria e Cilícia, confirmando as Igrejas.
Paulo saiu de Jerusalém e partiu para Antioquia na Síria, depois a sua terra
natal, Tarso, em seguida Listra e Derbe, onde se encontrou com Timoteo.
O próximo destino de Paulo foi a Frígia, onde foram impedidos pelo Espírito
Santo de irem para a Bitínia, e da Mísia partiram para Trôade, onde Paulo teve a viso do
varão macedônio pedindo-lhes ajuda. Partiram então para Samotracia, Neápolis, e
Filipos, já no norte da Macedônia.
Em Filipos, Paulo pregou a algumas mulheres num dia de sábado, Lídia se
converte e os acolhe em sua casa. Foi nesta cidade que Paulo se encontrou com a moça
possessa de espírito de adivinhação e ao libertá-la, tem um problema com homens que
lucravam muitos com aquilo, Paulo e Silas foram açoitados e presos. Na cadeia
aconteceu um episódio muito conhecido, por volta da meia-noite Paulo e Silas
louvavam a Deus e foram libertos da prisão, por intervenção divina e, isto serviu para
que o carcereiro fosse ganho ao Evangelho, juntamente com toda a sua família. Ao
descobrirem que Paulo era um cidadão romano, os magistrados perceberam o engano
que fizeram e tentaram libertar Paulo encobertamente, o apóstolo protestou contra esta
atitude.
Em seguida, passaram por Anfípolis e Apolônia antes de chegarem a
Tessalônica, lá pregaram por três sábados consecutivos na sinagoga, foram perseguidos
pelos judeus e acolhidos por Jasom.
De Tessalônica seguiram viagem pela Beréia onde muitos se converteram de
43
bom grado e depois viajaram pelo mar e foram para Atenas.
Na capital grega, enquanto Paulo esperava por Timóteo e Silas ficou assustado
com a idolatria da cidade, e debatia não só com os judeus e religiosos, mas, com os
filósofos e os epicureus e estóicos. Paulo vê no altar erguido ao deus desconhecido uma
boa oportunidade de pregar aos moradores locais.
Na reta final da segunda viagem, estiveram em Corinto onde se encontraram
com Áquila e Priscila e fabricavam tendas, depois de muito pregar, Paulo foi levado
pelos judeus ao procônsul da Acaia, Gálio. Este não viu em Paulo nenhuma condenação
e os despediu do tribunal por se tratar de um problema religioso.
Em Éfeso, Paulo deixou Priscila e Áquila e debateu com os judeus partindo em
seguida para Jerusalém e, por fim, Cesaréia.

3. III Viagem Missionária de Paulo.

A terceira viagem de Paulo começa quando Priscila e Áquila se encontram com


Apolo, um discípulo conhecedor das Escrituras que, porém só conhecia o batismo de
João. Na cidade de Éfeso, Paulo se depara com alguns discípulos que nem sequer
conheciam a existência do Espírito Santo, Paulo expôs as Escrituras, impôs suas mãos
sobre eles e todos receberam o Espírito Santo.
Em Éfeso Paulo teve de enfrentar várias oposições tais como os adoradores da
deusa Diana. De Éfeso, Paulo foi para a Macedônia, onde consolidou as Igrejas lá
existentes, pouco antes, Paulo já tinha enviado Timoteo e Erasto a Macedônia.
O próximo ponto da viagem foi a Grécia, onde Paulo esteve também com um
propósito de consolidação da obra de Deus naquele lugar onde permaneceu por três
meses, vale lembrar que o grego era a língua universal da época, o que facilitou na
expansão da mensagem cristã naquela ocasião. Da Grécia, Paulo iria para a Síria, mas,
por causa de uma conspiração dos judeus contra ele, teve de voltar pela Macedônia.
De Filipos, Paulo teve uma viagem de navio de cinco dias e foi para Trôade
onde foi recebido por alguns irmãos que o aguardavam. Neste lugar, após um discurso
longo de Paulo um jovem chamado Êutico caiu da janela e morreu, mas, o apóstolo
impôs as mãos sobre ele e orando o ressuscitou e, continuou a pregação.
De Trôade, Paulo passou por Assôs e, em seguida para Mitilene, Quios, Samos
até que chegaram a Mileto, de onde mandou chamar os presbíteros da Igreja de Éfeso e
tem uma comovente conversa com eles de despedida, ao final todos oram de joelhos e
44
depois os presbíteros o beijaram e se entristecem com a palavra de que não mais o
veriam, por fim o acompanham até o navio de onde Paulo partiu para Tiro.
Antes de chegar a Tiro (Fenícia), passaram por Cós, Rodes e Pátara. Em Tiro, o
apóstolo se encontrou com discípulos que insistiam para que ele não fosse para
Jerusalém, como ele desejava para passar o Pentecostes. Após sete dias em Tiro, Paulo
segue viagem chegando a Ptolemaida, onde passaram um dia com os irmãos do local.
No dia seguinte partiram para Cesaréia onde ficaram na casa do diácono Filipe
que tinha quatro filhas profetizas. Já na Judéia, Paulo recebe uma revelação do profeta
Gabo lhe falando sobre os problemas que lhe esperavam em Jerusalém. Por fim, Paulo
termina sua terceira viagem missionária de consolidação das Igrejas ao chegar a
Jerusalém onde foi preso.

4. IV Viagem Missionária de Paulo.

Como Paulo havia apelado a César, foi enviado a Roma. O navio saiu de
Cesaréia e ao chegar em Sidom, onde Paulo foi tratado com humanidade e recebeu
assistência de alguns irmos da cidade. Partindo de Sidom foram em direção a Chipre e,
quando chegaram em Mirra tiveram que trocar de barco e seguiram rumo à Itália.
Por causa das dificuldades geradas pelos ventos contrários da viagem, pararam
em Bons Portos na Ilha de Creta. Ao saírem de lá, Paulo incentiva os tripulantes a
aliviarem a carga do navio e a se alimentarem, enquanto na viagem foram pegos pelo
tufo de vento chamado Euroaquilão, que levou o barco ao naufrágio.
Depois de naufragarem, Paulo e os demais tripulantes conseguem chegar a Ilha
de Malta, seus habitantes por não serem romanos e nem gregos eram considerados
bárbaros. Porem os habitantes desta ilha foram muito amáveis com Paulo, os acolheram
acendendo uma fogueira e os guardando do frio e das chuvas. Enquanto estavam
próximos a fogueira, Paulo, foi mordido por uma serpente venenosa, e não sofreu dano
algum para surpresa dos moradores locais, Paulo fica hospedado na casa de Públio, o
principal da ilha, e cura seu pai e os demais habitantes de suas enfermidades, depois
Paulo e os demais seguem viagem.
Ficaram três dias em Siracusa depois outros dois em Putéoli, onde ficaram sete
dias com alguns irmãos, em seguida, pararam em Três Vendas na Praça de Ápio sendo
recebido por alguns irmãos o que muito animou a Paulo. A viagem se encerra quando o
apóstolo finalmente chegou a Roma.
45
Sugestões de outros livros:

FINKELSTEIN, Israel. O Reino Esquecido, arqueologia e história de Israel


Norte. Paulus: São Paulo-SP, 2015.

FINKELSTEIN, Israel. A Bíblia desenterrada. Editora Vozes: Petrópolis-RJ,


2018.
KAEFER, José Ademar. A Bíblia, a arqueologia e a história de Israel e Judá.
Paulus: São Paulo-SP, 2015.

SCHWANTES, Milton. Breve história de Israel. 3ed. Oikos: São Leopoldo-RS,


2010.

Vvaa. A Bíblia. 7 ed. Editora Vozes: Petrópolis-RJ, 2019.

46

Você também pode gostar