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Universidade Católica de Moçambique

Instituição de Educação a Distância- Tete

Síntese da cadeira de Evolução do Pensamento Geográfico

Nome da estudante: Elisa Manuel Victor, Código:

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Evolução do pensamento Geográfico

Ano de Frequência: 1o ano

Tete, Maio de 2020


Universidade Católica de Moçambique

Instituição de Educação a Distância- Tete

Síntese da cadeira de Evolução do Pensamento Geográfico

Nome da estudante: Elisa Manuel Victor, Código:

Disciplina: Evolução do pensamento Geográfico

Ano de Frequência: 1o ano

Docente: Jemusse Galé

Tete, Maio de 2020


Índice
Introdução ............................................................................................................................................... 3

Geografia na época Romano ................................................................................................................... 4

Geografia na época Grega ....................................................................................................................... 4

Geografia na idade media........................................................................................................................ 4

Geografia na Medieval Muçulmana ........................................................................................................ 4

Geografia na Época dos Descobrimentos; e as bases do conhecimento do globo nos séculos XVII e
XVIII ....................................................................................................................................................... 5

Geografia Contemporânea e O conhecimento do mundo no século XIX ............................................... 6

Possibilismo e Determinismo Geográfico ............................................................................................... 7

Tendências e preocupações actuais da Geografia e Cosmografia ........................................................... 8

Sistema Solar, a Terra e os seus Movimentos. ........................................................................................ 8

Os movimentos da terra........................................................................................................................... 8

Outros movimentos da terra .................................................................................................................... 9

Conclusão .............................................................................................................................................. 11

As fontes consultadas ............................................................................................................................ 12


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Introdução
Neste trabalho apresentaremos uma síntese no que diz respeito Geografia na época Romano
Geografia na época Grega, Geografia na idade media, Geografia na Medieval Muçulmana
Geografia na Época dos Descobrimentos; e as bases do conhecimento do globo nos séculos
XVII e XVIII, Geografia Contemporânea e O conhecimento do mundo no século XIX,
Possibilismo e Determinismo Geográfico, Tendências e preocupações actuais da Geografia e
Cosmografia e Sistema Solar, a Terra e os seus Movimentos.
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Geografia na época Romano


Os cartógrafos romanos elaboraram um mapa, a Orbis Terrarum no qual os três continentes
estão dispostos mas ou menos simetricamente. No entanto os romanos foram importantes em
relação ao conhecimento do mundo. Sempre que havia expedições militares recolhiam
informações e faziam levantamentos prévios das regiões que pretendiam atravessar e
conquistar. Deram assim a conhecer o interior do continente europeu principalmente o mundo
celta e Germânico e as suas migrações

Geografia na época Grega


De acordo com o Caderno de Geografia (1988), os gregos foram os primeiros a sistematizar
os conhecimentos geográficos. Foram eles que criaram a palavra geografia (geo – terra;
graphein – descrever). Os outros povos como os egípcios e os caldeus primitivos, só
forneceram informações sobre regiões contíguas aos seus países, mas os gregos esforçaram-se
por levar as suas investigações tão longe quanto possível.

Geografia na idade media


Na Idade Média, as peregrinações s ocorridas levando cristãos até a Palestina expressaram um
contexto em que os olhos da fé, construídos nos valores absorvidos das Escrituras, recitados
rotineiramente, desarticulavam espaço e tempo, descrevendo formas e situações que, em
verdade, remetiam-se somente aos tempo s e espaços contidos na Bíblia, fazendo dos lugares
retratados nada mais do que meras marcas, símbolos de um passado desenrolado sobre um
mundo afastado de sua actualidade.

Geografia na Medieval Muçulmana


A obra grega inspiradora do desenvolvimento da Geografia entre os muçulmanos, a Syntaxis,
escrita por Claudius Ptolomeu, foi traduzida para o árabe (com o título de Almagesto) durante
a dinastia Abássida, por volta do ano 800, um pouco antes, portanto, da fundação da Casa da
Sabedoria.

Ainda que uma concepção de Geografia tenha sido já formada nos contactos com povos do
Egipto e outras partes da África, Síria, Índia e China, foi a partir da tradução da dita obra – em
conjunto com outras de carácter geográfico – que tal conhecimento passou por um processo
de sistematização entre os eruditos muçulmanos.
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A influência grega na produção geográfica do mundo islâmico acabou por delinear


formulações que, à semelhança do trabalho realizado pelos eruditos da Antiguidade, podem
ser divididas em Geografia Matemática (que inclui a Astronomia) e Geografia Descritiva.

Um traço comum aos geógrafos muçulmanos da Idade Média era o fato de serem
extremamente devotos, pelo carácter hegemónico da religião que professavam; sábios, posto
que fossem conhecedores de múltiplos saberes; e viajantes, graças, em parte, à característica
primeira e à histórica predisposição dos povos afiliados ao Islã pela realização de
deslocamentos. Dentre todas as características que contribuíram para a formação da
idiossincrasia muçulmana durante o período medieval, a religiosidade é a mais evidente e que
mais influência exercia no comportamento dos indivíduos e da colectividade.

No princípio da sua constituição como religião, o Islamismo não diferia muito do


Cristianismo no que tange à relação das elites devotas e dos representantes religiosos com o
saber secular. As escrituras legadas pelo Profeta Maomé eram, então, o único sustentáculo de
conhecimento entre os muçulmanos.

Geografia na Época dos Descobrimentos; e as bases do conhecimento do globo nos


séculos XVII e XVIII
O conhecimento dos clássicos da Antiguidade foi apropriado e reinterpretado pelos eruditos
da Idade Média.

Os padres da Igreja se apropriaram do conhecimento clássico para reinterpretá-lo a partir da


óptica cristã.

De acordo com Andrade (2006), os problemas de ordem cultural tiveram grande influência no
pensamento geográfico da Idade Média, em face da influência e do poder que caracterizaram
a Igreja Medieval. Os monges e doutores da Igreja procuraram desenvolver a fé, sobretudo
quando ameaçada pela expansão muçulmana, e adaptar todas as ideias e concepções aos
ensinamentos bíblicos.

A utilização dos conhecimentos geográficos bíblicos influenciou o desenvolvimento da


Cartografia. Tal influência pode ser observada na confecção dos mapas medievais que
passaram a colocar Jerusalém, a Cidade Santa, no centro do mapa.

Nos fins da Idade Média e no alvorecer dos Tempos Modernos, séculos XIII e XIV o
comércio ganha maior desenvolvimento e o Modo Capitalista de Produção já está em pleno
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desenvolvimento. Daí o grande avanço nos conhecimentos ditos geográficos foi, sem dúvida,
a expansão do espaço conhecido, a dominação da configuração do planeta e sem dúvida a
rejeição das crenças e ideias pregadas pela igreja anteriormente. Quando o século XVII chega,
os conhecimentos geográficos até então esparsos e ligados a outros ramos do conhecimento
ganham um veio geográfico, começam aparecer no cenário da época aqueles que a literatura
geográfica vai chamar de precursores da geografia científica moderna.

Geografia Contemporânea e O conhecimento do mundo no século XIX


Geografia Contemporânea é uma matéria que possui um carácter bastante interdisciplinar,
pois engloba temas que se relacionam directamente com outras áreas do conhecimento, tais
como História, Economia, Política Internacional, entre outras.

A Geografia é a ciência ou ramo do saber que estuda as relações entre a sociedade e a


natureza. O paradigma da Geografia Contemporânea se delineia através da relação homem-
natureza, sociedade-natureza, e dessa relação emergem novos sistemas sociais que
sobrevivem, apropriando-se da natureza, organizando-se.

No mundo contemporâneo; a Geografia tem como objectivo principal entender a dinâmica do


espaço para auxiliar no planeamento das acções do homem sobre ele. Entender as formas de
relevo, os fenómenos climáticos, as composições sociais, os hábitos humanos nos diferentes
lugares são imprescindíveis para a manutenção da vida em sociedade.

A Geografia é uma disciplina universitária, isto é, um campo de pesquisas e estudos


avançados em instituições de ensino superior. A disciplina geográfica foi estabelecida assim
na Prússia nos anos 70 do século XIX. Depois estabeleceu-se na França e nos demais países
europeus. Entre os mais importantes conhecedores dessa época de processo expansivo e
explicação definitiva do objecto geográfico estavam o especialista em geografia e geologia
alemão Ferdinand von Richthofen. Ferdinand von Richthofen escreveu uma grandiosa
enciclopédia de cinco volumes. Esta publicação enciclopédica trata de temas relacionados à
Geografia da China. Ferdinand Paul Wilhelm provocou o desenvolvimento do método
geográfico na Alemanha e nas demais nações. Outro alemão, Friedrich Ratzel, líder da escola
determinista, escreveu trabalhos pioneiros em Geografia humana e política. Para Ratzel, o
meio natural condiciona a actividade humana.

A quantidade de geógrafos com formação académica avançada cresceu muito. Esse factor fez
com que surgissem diferenciadas correntes no interior da área do conhecimento.
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Uma das importantes características dos acontecimentos dos últimos trinta anos foi a maneira
pela qual a perícia do conhecimento geográfico – analisando o espaço geográfico – tem dado
sua colaboração para a solução de uma série de problemas da sociedade moderna.

Os geógrafos têm feito pesquisas fundamentais que vão desde orientações para que pessoas
com problemas de incapacidade física possam guiar-se em complexas áreas urbanas; estudos
de distribuição espacial de doenças, para que os cuidados médicos sejam dispensados de
maneira mais adequada; passando pelo planeamento de novas regiões agrícolas, ou pela
avaliação de colheitas, através das imagens de satélite, até chegar às pesquisas que procuram
contribuir par a solução dos problemas de redes urbanas desequilibradas ou de periferias
urbanas de percepção das imagens mentais que ajudarão a revolucionar campos como os do
planeamento urbano/regional e do turismo. Hoje qualquer grande obra no país, como estradas,
pontes, aterros sanitários e instalações de fábricas requerem um Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA), em que o geógrafo tem actuação fundamental.

Possibilismo e Determinismo Geográfico


Por volta do século XIX, surgia a Escola Alemã, apresentando o determinismo, que
suportava a ideia de que o clima era capaz de estimular ou não a força física e o
desenvolvimento intelectual das pessoas. Assim, afirmava que nas zonas temperadas a
civilização teria um desenvolvimento mais elevado do que nas quentes e úmidas zonas
tropicais. Já nos anos 30, a Escola Francesa lançava o possibilismo, que afirmava que as
pessoas poderiam determinar seu desenvolvimento a partir de seu ambiente físico, ou seja, sua
escolha, determinaria a extensão de seu avanço cultural.

Geografia regional é o estudo das regiões ao redor do mundo na busca de compreender e


definir as características únicas de uma região em particular, que consistem de elementos
naturais e humanos. É dada atenção também à regionalização que cobre as técnicas de
delineação do espaço em regiões.

Geografia nova é um conjunto de ideias e de abordagens que começaram a se difundir a


partir das profundas transformações provocadas pela Segunda Guerra Mundial nos sectores
científico, tecnológico, social e económico. A Nova Geografia buscou leis ou regularidades
empíricas sob a forma de padrões espaciais. O emprego de técnicas estatísticas, dotadas de
sofisticação e a adopção de modelos matemáticos a caracterizaram.
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Tendências e preocupações actuais da Geografia e Cosmografia


A Geografia evolui para a análise e interpretação dos acontecimentos naturais que modelam a
superfície terrestre. Estuda as causas que produzem categorias de relevo e a permanente
transformação das formas superficiais pelos agentes do envoltório atmosférico. Também
novos paradigmas marcam profundamente os estudos dos processos demográficos e das
práticas económicas. A Geografia actual é multidisciplinar, sistémica e interactiva. O
território, os ambientes naturais e a sociedade formam um complexo de conexões que
identificam realidades geográficas.

Cosmografia é a parte da astronomia que se preocupa com o estudo e descrição do universo.

Estuda a interface entre os conhecimentos terrestres e os celestes e lhe atribui significância


geográfica.

Analisa as relações humanas e naturais com o espaço sideral e suas consequências para a
sociedade e a natureza e, portanto, para a organização do espaço.

Sistema Solar, a Terra e os seus Movimentos.


O Sistema Solar compreende o conjunto constituído pelo Sol e todos os corpos celestes que
estão sob seu domínio gravitacional. A estrela central, maior componente do sistema,
respondendo por mais de 99,85% da massa total, gera sua energia através da fusão de
hidrogénio em hélio, dois de seus principais constituintes.

O planeta terra realiza uma série de movimentos envolvendo a órbita em torno de si mesmo,
ao redor do sol, em conjunto com a Via Láctea e com o próprio universo. Portanto, estudar
esses movimentos significa entender uma parte da dinâmica do espaço sideral.

Os movimentos da terra
Os principais movimentos da Terra, isto é, aqueles que possuem um efeito directo mais
notório em nossas vidas, são a rotação e a translação.

A rotação é o movimento que a Terra realiza em torno de si mesma, circulando ao redor do


seu eixo imaginário central durante um período aproximado de 24 horas, com uma velocidade
de 1.666 km/h. A rotação ocorre no sentido anti-horário, ou seja, de oeste para leste, o que faz
com que o movimento aparente do sol seja de leste (nascente) para oeste (poente). A principal
consequência desse movimento é a sucessão dos dias e das noites.
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A translação é o movimento elíptico que a Terra executa ao redor do sol, com uma duração
de 365 dias, 5 horas e 48 minutos em uma velocidade de 107.000 km/h. Quando a Terra
termina uma volta completa em relação ao sol, dizemos que se passou um ano. A principal
consequência desse movimento é a origem das estações do ano, que ocorrem pelo fato de o
eixo do planeta apresentar uma inclinação de 23º27', ocasionando a sucessão dos solstícios e
dos equinócios.

Outros movimentos da terra


A precessão ou precessão dos equinócios é o movimento giratório realizado pela projecção
de eixo de rotação terrestre no sentido horário, com uma duração cíclica de 25.770 anos. A
principal consequência é a antecipação dos equinócios e a mudança da posição aparente dos
astros celestes no céu.

A nutação é uma pequena variação periódica no eixo rotacional terrestre que ocorre a cada
18,6 anos em função da influência da gravidade da Lua sobre a Terra. Não há consequências
relevantes.

O deslocamento do periélio é a variação da órbita terrestre ao redor do sol. Como sabemos, o


periélio é o ponto da órbita em que o planeta encontra-se mais próximo ao corpo solar. Assim,
essa diferença varia ao longo do tempo em função da influência da órbita de outros planetas,
com uma repetição cíclica de 21 mil anos.

Obliquidade da eclíptica é a variação entre o plano da órbita da Terra e o plano da Linha do


Equador, ou seja, a variação do eixo de inclinação. Esse movimento possui um ciclo de 42 mil
anos e faz com que o ângulo desse eixo varie entre 22º e 24º30'.

Variação da excentricidade da órbita, em que o eixo de translação da Terra ora é mais


circular, ora é mais elíptico, possuindo uma duração cíclica de 92 mil anos. Há indícios de que
esse movimento seja o responsável pelas grandes glaciações da Terra.

Movimento do centro de massa Terra-Lua indica a órbita que o centro de massa do sistema
Terra-Lua realiza ao redor do sol. Da mesma forma, o movimento em torno do centro de
massa do Sistema Solar é o movimento realizado pela Terra ao redor do centro de massa do
sol e todos os planetas que circundam ao seu redor.
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Movimento das marés, em que há uma contracção e uma descontracção cíclicas do globo
terrestre por influência da gravidade da Lua. A mais conhecida influência desse movimento é
a variação das marés.

A Terra também realiza alguns movimentos imprevisíveis, com pequenas variações em suas
órbitas, fenómeno ocasionado pela influência dos demais planetas solares, notadamente
Vénus e Júpiter. Esses movimentos são chamados de perturbações planetárias.

Como o Sol também se desloca, observa-se que, concomitante ao movimento de translação, a


Terra também realiza um movimento helicoidal em direcção ao próprio sol.

O universo continua expandindo-se, a galáxia também se movimenta, levando todos os seus


corpos celestes consigo, o que faz com que seja considerado o movimento de translação junto
com a galáxia.
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Conclusão
Apos o desenvolvimento deste trabalho, conclui-se que a Geografia é uma disciplina
universitária, isto é, um campo de pesquisas e estudos avançados em instituições de ensino
superior. A disciplina geográfica foi estabelecida assim na Prússia nos anos 70 do século XIX.

A Geografia evolui para a análise e interpretação dos acontecimentos naturais que modelam a
superfície terrestre. Estuda as causas que produzem categorias de relevo e a permanente
transformação das formas superficiais pelos agentes do envoltório atmosférico. O Sistema
Solar compreende o conjunto constituído pelo Sol e todos os corpos celestes que estão sob seu
domínio gravitacional. A estrela central, maior componente do sistema, respondendo por mais
de 99,85% da massa total, gera sua energia através da fusão de hidrogénio em hélio, dois de
seus principais constituintes.

Os principais movimentos da Terra, isto é, aqueles que possuem um efeito directo mais
notório em nossas vidas, são a rotação e a translação.
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As fontes consultadas
ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise
do pensamen- to geográfico. São Paulo: Atlas, 1987.

RODRIGUES, Auro de Jesus. Geografia. Introdução à ciência geográfica. São Paulo:


Avercamp, 2008.

KIMBLE, George. A Geografia na Idade Média. Londrina: Editora da Universidade Estadual


de Lon- drina, 2013.

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