Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RENASCIMENTO (1400-1700)
A Revolução Científica na Europa contribuiu com três fatos importantes para o renascimento :A tradução da
Geografia de Ptolomeu para o Latim (1405) e a Invenção da imprensa e da gravação (1470) Até então os mapas eram
desenhados a mão e o acesso era restrito
Os grandes descobrimentos: a invenção da bússola, a elaboração das cartas portulanas e o aperfeiçoamento dos barcos a
vela
Houve um grande destaque para os mapas de Cantino (1502), no qual aparecem pela primeira vez a representação do
litoral brasileiro e o Meridiano de Tordesilhas. Surgem as Escolas italianas, holandesa, francesa e inglesa, onde foram
elaborados os primeiros mapas básicos de muitos países.
Os trabalhos desenvolvidos por Mercator (1512-1594) geram um marco na cartografia moderna. No início era construtor
de globos e instrumentos cartográficos. Em seguida começou a elaborar mapas. Em 1554 reduziu o comprimento do
M M â ã M A l
Mar Mediterrâneo no mapa da Europa. Em 1569 criou o sistema de projeção de Mercator. Teve seu Atlas de
Mercator publicado após sua morte pelo seu filho.
No início do século XVII a supremacia na produção de mapas passou para a França demonstrando precisão e clareza
para a época. Os ingleses também realizaram muitas contribuições no período renascentista, principalmente durante o
reinado da Rainha Isabel (1558-1603). Na América do Sul e no Brasil os mapas dessa época caracterizavam-se de 1519,
mais decorativos, a 1746, mais científicos.
REFORMA (1700-1930)
SÉCULO XX
No século XIX a Revolução Industrial influenciou na cartografia. A construção de ferrovias exigia levantamentos
topográficos de precisão, desencadeando o desenvolvimento da litografia, da gravação em cera, da fotografia e a impressão
em cores
No século XX, com o surgimento da aviação, do rádio e a expansão do comércio internacional, tornou-se imprescindível a
produção de um mapa do mundo internacional. Surge o CIM –Carta Internacional do Mundo ao milionésimo (1:1.000.000
Surgiram as fotografias aéreas e a aerofotogrametria com o advento dos aviões, tendo como grande desenvolvedor o
francês Aimé Laussedat, impulsionando o mapeamento topográfico de precisão.
Na década de 70 inicia-se o advento dos satélites seguido do Sensoriamento Remoto. Essa série de eventos juntamente
com o surgimento e avanços da informática propiciam o surgimento da cartografia automatizada.
CARTOGRAFIA NO BRASIL
A Cartografia no Brasil teve início após a I Guerra Mundial, quando foi fundado o Serviço Geográfico Militar (SGM),
mais tarde Serviço Geográfico do Exército (SGE)
Em 1921 concluiu-se, no antigo Distrito Federal (Rio de Janeiro), o primeiro levantamento aerofotogramétrico brasileiro na
escala 1:50.000.
Em 1936 fundou-se o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –IBGE
Visando o Recenseamento de 1940, em 1939 o IBGE, através do Conselho Nacional de Geografia, iniciou a preparação do
projeto Carta do Brasil ao Milionésimo. Determinou-se a implantação de milhares de Marcos Geodésicos (Referência de
Nível –RN) em todo o território brasileiro.
Em 1940 foi iniciada a produção da Carta do Brasil na escala 1:500.000, que serviu de base para a Carta do Brasil ao
Milionésimo na escala 1:1.000.000.
DIVISÃO DA CARTOGRAFIA
As cartas especiais são cartas técnicas, servindo a um único fim ou grupo específico de usuários. As principais cartas
especiais encontradas são: Cartas meteorológicas; Cartas náuticas; Cartas aeronáuticas.
Cartas temáticas podem representar qualquer fenômeno que tenha uma distribuição espacial. Seus documentos
cartográficos tratam muitas vezes de fenômenos que não necessitam de um posicionamento preciso.
A Cartografia Temática é uma subdivisão da Cartografia, que por sua vez, pode ser subdividida conforme a
abordagem e a finalidade do mapeamento temático, apresentando-se como: de inventário, analítica ou de síntese
A Cartografia de Inventário é definida por um mapeamento qualitativo. É eminentemente posicional, ou seja, nominal.
Normalmente apresentam distribuição discreta, servindo apenas para representar um tema no mapa. É a parte
temática mais simples, permitindo ao usuário saber apenas o que existe em um local. Dentre os tipos mais comuns,
encontram-se os mapas geológicos, os mapas de distribuição de vegetação ou cobertura vegetal, mapas de localização de
estradas, mapas pedológicos, mapas rodoviários, uso da terra ou superfície.
A Cartografia Temática Analítica também é conhecida como Cartografia Estatística. Tem como característica
apresentar dados quantitativos, buscando classificar, ordenar e hierarquizar os fenômenos a serem representados.
Permite a análise de um fenômeno ou de fenômenos em conjunto. Temos como exemplos a representação da produção
agrícola de trigo nos estados do país, ou a produção agrícola juntamente com o extrativismo mineral de um estado ou
mapas de densidades, razões, médias e percentuais.
Cartografia Temática de Síntese é mais complexa. É integrativa e responsável por representações de correlações,
cruzamentos, função ou interligação de fenômenos. A Cartografia de Síntese permite analisar inter-relacionamentos,
tirar conclusões e estabelecer novas informações sobre as dinâmicas envolvidas. Essa subdivisão está correlacionada com o
ramo de atividades Geoprocessamento
COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA
ESCALAS
Os processos de transformação cartográfica são de grande importância no sucesso da construção de mapas, pois
influenciam diretamente na comunicação cartográfica. Não sendo bem executados, podem gerar uma interpretação
equivocada da realidade.
Quanto MAIOR o denominador, menor a escala, menos detalhes. Quanto MENOR o denominador MAIOR a escala,
mais detalhes
Quanto mais próximo do alvo, melhor a identificação.
Quanto mais distante, mais difícil a identificação.
Até o final do século XVII, as dimensões dos continentes eram praticamente desconhecidas. As dimensões eram pouco
consideradas pelos cartógrafos sua maior preocupação era com a forma. Mesmo porque, não se tinha uma visão
superior para se conhecer a magnitude dos continentes.
S f é l é l ã
Somente no fim do século XVII, quando tiveram início as medições geodésicas nacionais, as escalas não mais deixaram de
ser representadas nos mapas. Prevalece o espírito de se fatiar, delimitar e manter a posse das terras já descobertas.
Não mais interessava somente a forma dos litorais dos continentes para orientar o deslocamento das navegações, e sim
o volume de terras continentais a serem ocupadas.
De acordo com Oliveira (1988) escala vem a ser a relação entre a distância de dois pontos quaisquer do mapa com a
correspondente distância na superfície da Terra.
Veja um exemplo. Se a escala é 1:20.000, qualquer medida linear na carta é 20.000 vezes maior no terreno. Se na
mesma carta, por exemplo, medirmos uma distância de 2 cm, corresponderá no terreno a 40.000 cm, que serão 400
metros.
Observem que a unidade de medição adotada na carta e na realidade deverão ser sempre a mesma. Em seguida
converte-se a medida real para a unidade de medição de maior conveniência
Genericamente, a escala cartográfica pode ser definida como a relação entre a dimensão representada do objeto e sua
dimensão real.
D= distancia real E= escala d= distancia no mapa