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O que é Cartografia?

 CARTOGRAFIA: Do grego chartis = mapa e


graphein = escrita) é a ciência que trata da
concepção, produção, difusão, utilização e estudo
dos mapas.

 A cartografia é a ciência que se dedica ao estudo e


desenvolvimento de técnicas para a produção de
mapas.
 Cartografia é a ciência de preparar cartas,
mapas e planos para os mais variados fins,
com diversos níveis de complexidade e
informação, baseados em elementos
científicos, técnicos e artísticos de extremo
apuro, tendo por base os resultados da
observação direta ou da análise de
documentos.
 As representações gráficas (desenhos, figuras,
símbolos) foram as formas mais antigas de
comunicarem e registrarem a sua realidade desde os
primórdios.

 O ser humano utiliza mapas para registrar o seu


cotidiano e suas atividades.

 A arte de desenhar mapas, pode ser considerada mais


antiga que a própria escrita.

 Com o passar dos tempos, as técnicas e aparelhos para


a produção de mapas cada vez mais precisos se
modificaram, um exemplo disso são as imagens aéreas
e de satélites.
MAPA DE GA-SUR (3.800 a 2.500 AC)
Este é considerado um dos mapas mais antigos, foi encontrado na região da Mesopotâmia.
Representa o rio Eufrates e acidentes geográficos adjacentes.
É uma pequena placa de barro cozido que cabe na palma da mão e que foi descoberta perto da
cidade de Harran, no nordeste do Iraque atual.
MAPA DAS ILHAS MARSHALL
Mapa feito a partir de fibra vegetal,
representando a área oceânica do
arquipélago formado pelas
Ilhas Marshall, no Pacífico, a nordeste
da Austrália.
Algumas ilhas estão representadas por
conchas presas às tiras.  
As linhas curvas representam as
direções predominantes das ondas.
Em um penhasco no norte da Itália em Bedolina, foram encontradas
figuras feitas nas rochas (ARTE RUPESTRE) que formavam mapas
representando a vida social de um povo e suas atividades agrícolas por
volta de 2400 anos a.C.
O Museu Semítico da
Universidade de
Harvard, em
Cambridge, Estados
Unidos, possui um
mapa de origem
remota;
Gravado em pedra
argilosa, foi achado na
região mesopotâmica
de Ga-Sur e parece
datar de 2500 a 3000
a.C.
 Outro trabalho de
cartografia muito
antigo (2000 a.C.),
desenhado em rocha,
foi localizado numa
região do norte da
Itália, habitada
outrora por um povo
denominado camunos
(camuni) pelos
romanos.
O Museu de Turim,
na Itália, conserva a
planta, desenhada
em papiro, de uma
mina de ouro da
Núbia, na África,
que data da época
de Ramsés II do
Egito (1304-1237
a.C.).
MAPA DE ZHENG HE
Este mapa chinês é, além de um guia de
navegação, o relato da última viagem de
Zheng He,
almirante da frota imperial em meados
do século XV.
No alto à esquerda, aparecem as costas
da Índia, o Sri Lanka à direita e o litoral
africano logo abaixo.
1458 - 1509

Em 1500, Juan de la Cosa


(Espanha) edita sua famosa carta
que contém o traçado da linha
equatorial e a do trópico de
Câncer.
 Coube aos gregos os primeiros
fundamentos da geografia e das
normas cartográficas, que ainda
hoje são os alicerces do sistema
cartográfico.
 A concepção da esfericidade da
Terra; as noções de Pólos,
Equador e Trópicos; as primeiras
medições da circunferência
terrestre; a idealização dos
primeiros sistemas de projeções e
concepção de longitude e latitude.
 Na antiguidade grega,
Anaximandro de Mileto (século VI
a.C.) construiu um quadrante solar
e possuía um mapa-múndi
gravado em pedra.
 Na Grécia antiga, Hecateu de
Mileto representou a Terra
sobre um disco metálico;
 Êudoxo de Cnido construiu um
globo e Dicearco de Messênia
desenhou um mapa-múndi em
projeção plano quadrada.
 No século III a.C., Eratóstenes
de Cirena, que dirigiu a célebre
biblioteca de Alexandria,
desenhou um mapa-múndi com
paralelos e meridianos, tendo
ainda calculado, com
impressionante precisão, em
vista da precariedade dos
recursos da época, a
circunferência da Terra.

*Modelo proposto por Êudoxo de Cnido*


O grande nome da antiguidade, todavia, é
Ptolomeu, que viveu no século II de nossa
era.
 Astrônomo, geógrafo e cartógrafo, ele lançou

as bases da geografia matemática e da


cartografia no clássico tratado intitulado Guia
da geografia (Geographiké hyphegesis), obra
que só em 1405, com a tradução para o
latim, chegou ao conhecimento dos eruditos
europeus.
 Das obras cartográficas
romanas só se conhece a
célebre Tábua de Peutinger,
cópia, feita em 1265, de um
original romano que sofreu
sucessivos acréscimos até o
século IX.
 Descoberta em 1494 pelo
poeta Conradus Pickel (ou
Celtis) essa tábua só foi
publicada em 1598. Encontra-
se, desde 1738, na Biblioteca
Pública de Viena.
 Trata-se de uma carta das
estradas do Império Romano,
com as cidades e as distâncias
que as separam, e representa o
mundo que os romanos
conheciam. Parte das Tábuas de Peutinger
Hiparco (190 a.C. - 120 a.C.)

 As grandes navegações Ocidentais do século XV


e XVI (Portugal e Espanha), resgataram antigos
estudos dos astrônomos gregos Hiparco (Linha
do Equador).

 A necessidade de descobrir a própria localização


em alto-mar, fez com que os navegantes
buscassem pontos de referência para se
orientarem (ex: estrelas).

 Era necessário um sistema unificado para as


navegações. Coordenadas Geográficas.
 Meridianos – Longitude: As linhas que vão de um pólo a
outro (pólo Norte – pólo Sul). A numeração dos
meridianos começa por Greenwich e varia de 0º a 180º
graus para leste e oeste. O meridiano de Greenwich
(Inglaterra) separa os hemisférios ocidental e oriental.

 Paralelos - Latitude: Cruzando os meridianos e


atravessando a superfície terrestre da direção leste-
oeste. Cada um deles forma uma circunferência. A
numeração dos paralelos começa pelo Equador e varia
de 0º a 90º graus, tanto para norte como para o sul. O
Equador é um paralelo que cruza os meridianos
exatamente na metade do caminho entre os pólos.
 A projeção cartográfica corresponde a um conjunto de
métodos empregados e relações matemáticas para representar
a superfície terrestre (“esfera”) sobre um plano, onde cada
ponto deste plano corresponde a um ponto na superfície de
referência.

 OBS:A representação de uma superfície curva, no caso a


Terra, sobre um plano gera distorções, já que não é possível
representar uma superfície esférica em uma superfície plana
sem causar "extensões" ou "contrações" da superfície original.

Projeção; baseia-se na utilização de


uma fonte de luz dentro de um globo
transparente
Projeção cilíndrica Projeção cônica Projeção plana
 Projeção cilíndrica - a projeção dos meridianos e
paralelos geográficos é feita num cilindro tangente, ou
secante, à superfície de referência, desenvolvendo, a
seguir, o cilindro num plano.

 Projeção cônica – os meridianos e paralelos geográficos


são projetados em um cone tangente, ou secante, à
superfície de referência, desenvolvendo, a seguir, o cone
num plano.

 Projeção plana ou azimutal – a projeção é construída


com base num plano tangente ou secante a um ponto na
superfície de referência. Azimute: distância angular,
medida sobre o horizonte a partir de um ponto de
origem.
 Todo mapa apresenta uma deformação ou a
combinação de mais de uma dos seguintes tipos de
deformação: linear, angular e superficial.
 Sistema Eqüidistante: conserva as distâncias em um

ou mais direções.
 Sistema Conforme: conserva os ângulos, mantendo

a verdadeira forma.
 Sistema Equivalente: conserva as áreas.
Projeção Eqüidistante Cilíndrica
Projeção de Mercator: Foi o cartógrafo Gerard Mercator
quem , em 1569. O Equador é representado na escala
na verdadeira grandeza e o exagero da extensão das
paralelas em latitude é compensado por um exagero
proporcional das distâncias meridianas, "variável de
MERCATOR
Mercator"ou "das latitudes crescentes”.

 Projeção de Arno Peters: Esta projeção surgiu em 1973;


é um tipo de projeção cartográfica dita cilíndrica e
equivalente. As retas perpendiculares aos paralelos e as
linhas meridianas têm intervalos menores, o que resulta
numa reprodução fiel das áreas dos continentes à custa
de uma maior deformação do formato dos mesmos.
 Projeção Jacques Bertin: (1953) mantém uma relação
de fidelidade com as superfícies dos continentes, a
grade de coordenadas não possui uma configuração
perpendicular, pois todos os meridianos se dirigem,
formando curvas, para uma representação do pólo que
se encontra no meio do mapa.

 Projeção de Buckminster Fuller: dispensa a indicação


do Norte, pois esse já é centro do mapa. Trata-se de
uma projeção cuja centragem é no pólo norte (as
centragens podem variar) e que favorece a
manutenção das formas e das proporcionalidades das
terras emersas em detrimento dos oceanos. É uma
representação muito interessante para representar
fenômenos que possuem escala mundial – (em
especial os fluxos e redes).
 Mapa é a representação gráfica convencional,
plana, geralmente em pequena escala, de áreas
relativamente extensas, como acontece nos
mapas murais e os atlas.
 São utilizados diversos sistemas de projeção,
estabelecidos matematicamente.

 Qual a sua importância?


 São instrumentos de análise e interpretação da
realidade espacial;
 Pode conter informações estratégicas,
instrumentos de poder (político, econômico e
militar).
 Separa regiões em: país, estado e município.
 Apresenta elementos naturais, tais como:
clima, vegetação, relevo, altitude, etc.
 Apresenta elementos humanos como: demografia,
taxa de mortalidade e natalidade, casamentos, etc.
denominador

 Escala é a relação matemática entre o comprimento ou


a distância medida sobre um mapa e a sua medida real
na superfície terrestre.
 Esta razão é adimensional já que relaciona quantidades
físicas idênticas de mesma unidade. A escala pode ser
representada numericamente e graficamente.
 A escala, por exemplo, 1:10.000 indica que uma
unidade no mapa corresponde a 10 mil unidades no
terreno.
 Quanto maior o denominador, menor a escala, menor
o detalhamento e maior a extensão da área mapeada,
considerando a mesma dimensão do plano de
representação.
 Sensoriamento Remoto é a tecnologia que
permite conseguir imagens e outras
informações da superfície terrestre, utilizando
para isso sensores (aparelhos) que recebem e
registram a energia que reflete da superfície
da Terra.

 Esta energia refletida (radiação


eletromagnética) é captadas por sensores
eletrônicos, instalados por exemplo em
satélites e transformada em sinais elétricos,
estes são transformados em informações e
imagens da Terra.
 A energia utilizada em sensoriamento remoto é
a radiação eletromagnética, que se propaga em
forma de ondas com a velocidade da luz
(300.000 km/s).
 Ela é medida em freqüência de onda em hertz
Hz.
 SATÉLITES ARTIFICIAIS:“Um satélite é um objeto
que se movimenta em círculos, em torno de um
outro objeto.”
 Existem os satélites naturais, como por
exemplo, a Lua, que gira em torno da Terra, e
existem os satélites artificiais, construídos pelo
homem, que também giram em torna da Terra,
ou de outro corpo celeste.
 “A maioria dos satélites artificiais é lançada em
órbita com o uso de foguetes, também
conhecidos como veículos lançadores não
recuperáveis.
 Órbita:
A órbita é o caminho que o satélite
faz em volta da Terra.
 Geoprocessamento

 Geotecnologias

 Sistemas de Informação Geográfica – SIG


 Conjunto de procedimentos que lidam com dados georreferenciados
e cuja área de atuação envolve a coleta e o tratamento da
informação espacial, assim como o desenvolvimento e uso de
sistemas e aplicações;

 Conjunto de técnicas e metodologias relacionadas a coleta,


armazenamento e tratamento de informações espaciais ou
georreferenciadas para serem utilizadas em sistemas específicos que
de alguma forma se utiliza do espaço físico geográfico;

 É a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e


computacionais para o tratamento de informações geográficas.

 Essas atividades são executadas por sistemas chamados de Sistemas


de Informação Geográfica (SIG ou GIS (inglês) – Geographic
Information Systems).
Coleta
Geoprocessamento

Conjunto de técnicas
relacionadas ao
Armazenamento
tratamento da
informação espacial

Tratamento e análise

Uso integrado
Conceito mais atual:
 Conjunto de tecnologias para coleta, processamento,
análise e disponibilização de informação com referência
geográfica;
 As geotecnologias são compostas por soluções em
hardware, software e peopleware que juntos se constituem
em poderosas ferramentas para tomada de decisão;
 As geotecnologias estão entre os três mercados
emergentes mais importantes da atualidade, junto com a
nanotecnologia e a biotecnologia (Revista Nature, jan2004);
 É o ambiente que permite a integração e a interação de dados
georreferenciados com vistas a produzir análises espaciais de
apoio à tomada de decisões técnica e política;

 Sistema de suporte à decisão que integra dados referenciados


espacialmente num ambiente de respostas a problemas;

 Conjunto de ferramentas computacionais composto de


equipamentos e programas que por meio de técnicas, integra
dados (das mais diversas fontes), pessoas e instituições, de
forma a tornar possível a coleta, o armazenamento, a análise e
a disponibilização, a partir de dados georreferenciados, de
informações produzidas por meio de aplicações relativas ao
espaço geográfico.
METODOLOGIA QUE INTEGRA:
DADOS+PESSOAS+INSTITUIÇÕES
•Software
•Hardware
COLETA
ARMAZENAMENTO
PRODUÇÃO DE NOVA INFORMAÇÃO: PROCESSAMENTO
SEGURANÇA/CONFIABILIDADE ANÁLISE
FACILIDADE DE USO
AGILIDADE NAS ATIVIDADES
•Monitoramento
•Detecção
•Planejamento
•Tomada de decisão
•Didáticas
•Dia-a-dia em geral.
Ciências Físicas

Levantamento

Sensoriamento
SIG
Remoto

Ciências
Ciências Biológicas Sociais
Cartografia

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