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Centro Estadual de Educação Profissional em Tecnologia,

Informação e Comunicação de Lauro de Freitas.

Componentes: Davi Vasconcelos, Kauã Miranda, Pedro Augusto, Pedro


Henrique e Rodrigo Nuno

CAATINGA

Lauro de Freitas

2023
INTRODUÇÃO

A Caatinga é domínio morfoclimático e um bioma exclusivamente brasileiro, está


localizada principalmente no interior da região nordeste, no chamado sertão nordestino
e cobre aproximadamente 11% do território nacional, ocupando uma área de
aproximadamente 844.453 km², que se estende por parte dos estados do Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, e parte do norte de
Minas Gerais. Ela se destaca por sua singularidade e complexidade, representando
uma parte significativa do patrimônio natural do país. Situado predominantemente no
nordeste brasileiro, este bioma exibe características únicas, apresentando um bioma
caracterizado por sua vegetação xerófita, adaptada às condições de escassez de água
e temperaturas elevadas. Apesar das adversidades climáticas, essa região abriga uma
rica biodiversidade.

DISCUSSÃO

A vegetação da caatinga é composta principalmente por plantas resistentes à seca,


como o mandacaru, o juazeiro e a xique-xique. Muitas dessas plantas armazenam água
em seus tecidos e possuem folhas modificadas para minimizar a perda de água. Além
disso, a fauna da caatinga inclui espécies como o tatu-bola, o gavião-real e o mico-leão-
dourado, que também desenvolveram adaptações para sobreviver em um ambiente tão
hostil.

A Caatinga é caracterizada por um clima semiárido, com chuvas escassas e irregulares.


As temperaturas médias são elevadas (entre 25° e 30°C), e a precipitação é baixa,
alcançando entre 400 e 1200mm por ano. Por causa dessas chuvas escassas e alta
temperatura do clima, as plantas e animais da Caatinga criam formas de se adaptar a
essas dificuldades. Um dos exemplos pode ser o Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), ele
se adapta as condições áridas e temperaturas elevadas cavando buracos no solo
durante as horas mais quentes do dia. Outro exemplo é a Catingueira (Cnidoscolus
quercifolius) essa planta é bem adaptada às condições de baixa umidade da Caatinga.

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Suas folhas possuem tricomas que ajudam a reduzir a perda de água e a planta é rica
em substâncias tóxicas para deter herbívoros.

O relevo da Caatinga é muito variado e irregular, que inclui planaltos, chapadas,


depressões, serras e vales. Essa diversidade de relevo desempenha um papel
significativo na distribuição das chuvas na região, influenciando a disponibilidade de
água e a vegetação.

A caatinga desempenha um papel fundamental na cultura brasileira. Suas paisagens


únicas, com formações rochosas, cactos e árvores retorcidas, são retratadas em muitas
obras de arte e desempenham um papel importante na identidade regional. Além disso,
muitas comunidades locais dependem dos recursos naturais da caatinga para sua
subsistência, obtendo alimentos, medicamentos e materiais de construção a partir
dessa vegetação.

CONCLUSÃO
Em síntese, a Caatinga se revela como uma maravilha ecológica de riqueza ímpar, um
enigma adaptativo cuja biodiversidade desafia as condições adversas com inovações
evolutivas. Neste bioma, a coexistência de espécies endêmicas e as complexas redes
de interações ecológicas tecem uma tapeçaria de vida tão intricada quanto as
intrincadas adaptações fenotípicas que emergiram ao longo de eras de pressões
seletivas. Entre elas, destaca-se a euforbiação cactácea, uma expressão botânica de
resiliência ao estresse hídrico que encapsula a engenhosidade da evolução.

Entretanto, a Caatinga enfrenta o incessante assédio da atividade humana,


confrontando uma miríade de ameaças. O desmatamento desenfreado, a agricultura
intensiva e a exploração inadequada dos recursos naturais compõem um dilema
multifacetado que compromete tanto a resiliência ecológica desse bioma singular

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quanto a integridade hidrológica de uma vasta região no nordeste brasileiro. Esse
desafio adquire dimensões ainda mais prementes em um contexto global de mudanças
climáticas que ampliam as incertezas e os impactos.

A preservação da Caatinga exige uma abordagem abrangente, amalgamando políticas


governamentais robustas embasadas em princípios científicos de manejo sustentável e
na criação de um complexo mosaico de unidades de conservação. Além disso, a
conscientização ambiental, tanto a nível comunitário quanto global, se apresenta como
um pilar fundamental, incutindo o entendimento da magnitude da contribuição da
Caatinga para a manutenção de serviços ecossistêmicos vitais, tais como o
abastecimento hídrico e a regulação climática.

Em última análise, a proteção da Caatinga transcende as fronteiras nacionais,


consolidando-se como um compromisso intrínseco à preservação do patrimônio natural
brasileiro e, de fato, uma obrigação moral perante a interdependência crescentemente
evidente que define nossa era. A Caatinga, com sua complexidade inigualável, não é
apenas um bioma; é uma lição insubstituível sobre a resiliência da vida diante das
adversidades, um recordatório poderoso de nossa responsabilidade enquanto
guardiões do futuro. Nesse contexto, a ação decisiva se impõe, e a proteção da
Caatinga se ergue como um testamento à nossa capacidade de agir em harmonia com
a natureza e garantir a continuidade desse tesouro de biodiversidade e cultura.

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REFERÊNCIAS:

1. Sampaio, E. V. S. B., & Giulietti, A. M. (2005). Caatinga: os ambientes e suas


fitofisionomias. In I. R. Leal, M. Tabarelli, & J. M. C. Silva (Eds.), Ecologia e
conservação da Caatinga (pp. 73-121). Editora Universitária, UFPE.

2. Leal, I. R., Silva, J. M. C., & Tabarelli, M. (2003). Caatinga: the scientific negligence
experienced by a dry tropical forest. Tropical Conservation Science, 1(1), 1-9.

3. Ministério do Meio Ambiente (MMA). (2020). Plano Nacional de Recuperação da


Vegetação Nativa (Planaveg): Caatinga. Retrieved from
http://www.mma.gov.br/caatinga

4. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). (2020).


Unidades de Conservação da Caatinga. Retrieved from
https://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/
caatinga.html

5. Schwartz, G., Fonseca, C., & Dutra, T. (2018). Human dimensions of caatinga biome
conservation. In V. Teixeira & T. Dutra (Eds.), Ecology and Conservation of the
Caatinga (pp. 333-348). Springer.

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