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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

MESA DIRETORA

Presidente - Caio André (PSC)


1º Vice-Presidente - Yomara Lins (União Brasil)
2º Vice-Presidente – Everton Assis (PSL)
3º Vice-Presidente – Lissandro Breval (Avante)
Secretário Geral – João Carlos (Republicanos)
1º Secretário – Glória Carrate (PL)
2º Secretário – Jaildo Oliveira (PC do B)
3º Secretário – Ivo Neto (Patriota)
Ouvidor – Capitão Carpê (Republicanos)
Corregedor – Rosivaldo Cordovil (PSDB)

Ficha Técnica
Ebook - Inteligência emocional
Autor: Wagner Costa
Revisão Pedagógica e EAD: Professora Msc. Victória Corrêa Fortes

Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização da editora.


A distribuição e download deste e-book são gratuitos dentro da plataforma Escola
do Legislativo da Câmara Municipal de Manaus, no entanto, sua comercialização e/ou
redistribuição é terminantemente proibida.

© Copyright 2022 – Istud Ltda ME


Categoria: Saúde
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

INTRODUÇÃO

A
inteligência emocional é um conceito da psicologia usado para designar a
capacidade do ser humano de lidar com as emoções. Para administrar as
emoções e conquistar a inteligência emocional é preciso haver equilíbrio
entre as áreas presentes nos dois hemisférios do cérebro: o esquerdo e o direito.

Conhecer seus próprios sentimentos é o primeiro passo para o desenvolvimen-


to do autocontrole emocional, principalmente no ambiente de trabalho. Diaria-
mente, somos colocados em frente a situações que podem nos levar ao limite
emocional e, nesses momentos de estresse profissional, é fundamental estarmos
atentos às emoções que são despertadas. Reconhecendo esses sentimentos e fa-
zendo uma análise, você entenderá melhor quais comportamentos decorrentes
dessas emoções estão te atrapalhando profissionalmente, e terá a oportunidade
de lidar com eles..

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................4
1. AS EMOÇÕES EM NOSSAS VIDAS.............................7
2. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.....................................10
3. DOMÍNIOS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.......14
4. APLICAÇÃO DE CONCEITOS NO COTIDIANO....15
PALAVRAS FINAIS............................................................17

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

N
a década de 90, quando Daniel Goleman popularizou o conceito de
Inteligência Emocional, ninguém esperava que em tão pouco tempo
a ciência estaria comprovando, por meio de exames por imagens,
que as emoções são realmente a chave para o sucesso.

Exames realizados com instrumentos de alta tecnologia como IRM Funcional


e PET Scan, podem observar o cérebro de um ser humano vivo e identificar
áreas em funcionamento, permitindo assim que os pesquisadores localizem
quais circuitos cerebrais estão em atividades quando o paciente direciona seu
pensamento para uma determinada imagem ou situação específica.

Essas e outras pesquisas promissoras apontam uma crescente


necessidade de cuidados com os aspectos emocionais das pessoas envolvidas
em atividades laborais e aos poucos popularizam conhecimentos relacionados
ao funcionamento do cérebro que eram inimagináveis há poucos anos.
Muitos líderes ainda duvidam da importância das emoções como chave para
a produtividade, porém é crescente a busca pelo entendimento de conceitos
e técnicas que ajudem pessoas a desenvolverem suas habilidades sociais,
conhecidas como soft skills.

Nesse curso, serão apresentados conceitos básicos que auxiliarão os


participantes a iniciarem uma jornada de auto desenvolvimento que certamente
mudará suas percepções e interpretações do mundo a sua volta. Ao aprenderem
conceitos e técnicas capazes de ajudar a gerenciar emoções e interagir de forma
mais harmônica com outras pessoas que participem de um grupo de trabalho,
ou de um grupo familiar, os participantes descobrirão uma nova forma de
viver e certamente se sentirão estimulados a continuarem a desenvolver suas
habilidades emocionais.

Certamente ao final do curso, os participantes estarão motivados a


continuarem a jornada de crescimento pessoal por saberem que para conviver e
superar o estresse do mundo a nossa volta muito mais do que ter conhecimento
e inteligência, é necessário desenvolver a saúde mental através da vivência de
emoções positivas nas experiências cotidianas.
Lembre-se que o crescimento pessoal e profissional é resultado de uma
construção diária, a qual somente você pode empreender. Não é fácil, mas não
é impossível!

As emoções que você julga inconvenientes e limitantes, te ajudaram em


momentos passados, foram importantes e contribuíram para a superação de
medos e desafios. Agora é necessário aprender que:
“Qualquer um pode zangar-se isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa,
na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e de maneira certa não é
fácil” (Aristóteles, Ética a Nicômaco).

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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

1. AS EMOÇÕES EM NOSSAS
VIDAS
Acredita-se que uma pessoa equilibrada é aquela que consegue ser racion-
al e agir com total controle de suas emoções. Chegamos ao ponto de acreditar
que sentir emoções, ou ser emotivo, é prejudicial as nossas vidas e nos atrapalha
nas decisões que precisamos tomar diariamente. Você já se perguntou se suas
emoções são aliadas ou inimigas? Frequentemente ouvimos pessoas dizerem
que foram traídas pelas emoções e não conseguiram ser como queriam em situ-
ações decisivas. Mas, será verdade que as emoções são nossas inimigas?

Ao longo da história da humanidade desenvolvemos estratégias de sobre-


vivência e a natureza nos equipou com um conjunto de noções básicas que nos
ajudaram a sobreviver e que nos trouxerem até onde estamos, como se diz no
topo da cadeia alimentar. Só para nos lembrar, o medo, uma das emoções mais
importantes para nossa sobrevivência, é provavelmente a emoção mais básica e
que se faz presente em todos os animais. Mas qual a importância no medo?

Sem ele não teríamos sobrevivido, certamente os humanos que sobreviver-


am e passaram seus genes para as próximas gerações foram aqueles que sen-
tiam medo.

Os corajosos e ousados, os destemidos foram devorados pelos predadores.


Afinal, quem não tem medo certamente coloca-se em situações de perigo mais
frequentemente e em decorrência dessa exposição maior aos perigos, encon-
tra-se mais sujeito a sofrer acidentes e a perder a vida.

O medo é a emoção básica mais importante, portanto, conheça seus me-


dos.

Lembre-se que não estamos mais vivendo em um mundo cheio de predadores e


perigos, não temos mais os dinossauros ou leões nos perseguindo.

Porém, sua estrutura cerebral continua a disparar todas as vezes que você
se sente ameaçado, mesmo que essa ameaça seja pura imaginação.
A construção do conhecimento e a aquisição de novas informações acontecem
naturalmente com o viver, toda experiência vivida nos proporciona oportunidade
de aprendizagem, principalmente se tivermos a capacidade de observar e refletir
sobre aquilo que nos acontece.

Porém, cada indivíduo possui, em sua própria mente, um arquivo pessoal de suas
experiências. Esse cabedal de conhecimentos passados interfere na interpretação
e aquisição de novos conhecimentos, em outras palavras, você aprende a partir
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do que já sabe. Isso significa, que duas pessoas vivendo a mesma experiência
podem chegar a conclusões diferentes e mesmo que conversem entre si, podem
não compreender o processo pelo qual o outro conseguiu tirar suas conclusões.
Dessa forma, precisamos aceitar que nossas mentes são complexas e que
nosso pensamentos são pessoais, particulares e muitas vezes impossíveis de ser-
em compreendidos pelos outros.
Conhecer o conceito de “senso comum” é importante para aceitarmos as
diferenças e sabermos que nem todas as pessoas partem do mesmo ponto de
vista, por isso chegamos a tantas conclusões diferentes. E nos permite evitar a
presunção de que estamos sempre certos.

Mas o que é senso comum?

Senso comum “é definido de maneira geral como um pensamen-


to simples e superficial oposto ao conhecimento científico” (Dourado,
2018). Para compreender essa ideia podemos nos utilizar dos concei-

crenças verdades

Nossas crenças foram construídas a partir do senso comum, a cada


experiência vivida tiramos nossas conclusões e quando tais experiências se
repetem um determinado número de vezes passas a acreditar que todas as
vezes, no futuro, que um determinado evento ocorrer teremos sempre o mesmo
desfecho.

Por exemplo, algumas pessoas acreditam que se colocarem uma vassoura atrás da
porta a visita irá embora. Outros, aqueles que moram em zonas rurais, acreditam
que se uma galinha sair para comer enquanto está chovendo, isso significa que a
chuva vai durar o dia todo.

Tais crenças são verdadeiras ou não?

Voltemos a nossas figura. Se juntarmos as crenças e as verdades percebemos


que algumas de nossas crenças são verdadeiras e outras não, porém também
sabemos que existem verdades que ainda não conhecemos, lembre-se que há
pouco tempo não imaginávamos que poderíamos viajar em um objeto mais
pesado do que o ar.
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Perceba que na parte central da figura teremos as crenças que são


verdadeiras, ou seja, aquelas crenças que realmente fazem sentido e podem se
reproduzir ou repetir independente de nossas opiniões pessoais e das experiências
que vivemos durante a vida. Nesse ponto é importante acrescentarmos o
conceito de ciência. Certamente existem muitas definições, mas para nosso curso
utilizaremos essa: “Conhecimento produzido a partir de atividades científicas,
envolvendo experimentação e coleta de dados, sendo seu objetivo demonstrar,
por argumentação, uma solução para um problema proposto, em relação a uma
determinada questão” (Kiane, 2017).

Portanto, a ciência segue procedimentos padronizados que nos permitem


testar e comprovar se nossas crenças são verdadeiras ou não. Quando
submetemos uma crença a esse processo o resultado é o que chamamos de
conhecimento, ou seja, uma crença que após submetida a testes se mostrou
consistente, portanto, verdadeira. Consideramos então que essa crença explica
um determinado acontecimento.

crenças verdades

Ainda temos muitas verdades e crenças a serem testadas, mas quando o


assunto é emoção, os cientistas estão caminhando a passas largos, desenvol-
vendo teorias e processos para melhorar nossa compreensão acerca do mundo
mental.
Conhecer as próprias emoções e aprender a lidar com o próprio mundo
emocional é fundamental para nossa adaptação à sociedade atual, onde precis-
amos lidar com muitas mudanças e com a constante necessidade de adaptação
ao novo.

Assista o vídeo https://youtu.be/ntcENQdNiSM para compreender melhor


como nosso cérebro processa as emoções e de que forma podemos intervir para
aumentar nosso controle emocional.

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2. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
As emoções são parte de nossas vidas, muitas vezes negligenciadas
porque cultivamos a ideia de que elas nos atrapalham, quando na verdade
são fundamentais nos processos decisórios. Cada emoção tem uma função
específica, e possui uma espécie de assinatura biológica, para Daniel Goleman,
“em nosso repertório emocional, cada emoção desempenha uma função única,
como revelam suas distintas assinaturas biológicas”. E os estudos continuam
descobrindo cada vez mais detalhes fisiológicos a respeito de como cada emoção
é capaz de influenciar nossa estrutura física e mental, de forma a preparar nosso
organismo para reagir aos desafios apresentados pela vida.

É preciso compreender o conceito de emoção antes de falarmos sobre


inteligência emocional, tal conceito é fundamental para construirmos uma
visão clara e sólida sobre a importância de desenvolvermos nossas habilidades
emocionais a fim de que possamos atingir de forma mais efetiva as nossas metas
e objetivos.

Para os psicólogos o conceito de emoção refere-se a três componentes, são


eles:

(1) Uma experiência subjetiva consciente. Essa é a cognição envolvida em


toda emoção, uma vez que, as avaliações feitas e os pensamentos a respeito dos
eventos que ocorrem em suas vidas são peças fundamentais e determinantes
daquilo que será experimentado emocionalmente.

Para melhorar a compreensão, é bom saber que várias pesquisas comprovam


que o ser humano não é capaz de fazer previsões afetivas sobre o que sentirá no
futuro. Normalmente quando solicitado a dizer como reagiria a um acontecimento
futuro, por exemplo: receber uma promoção, tirar férias, ou receber nota baixa
em um exame, os indivíduos até acertam ao dizer se sentirão uma emoção boa
ou ruim, porém erram consistentemente quando tentam prever a intensidade e
a duração dessas emoções. Em outras palavras, quando o assunto é emoção a
conclusão é: difícil de prever e difícil de controlar.

(2) O segundo componente de uma emoção é sua fisiologia. Cada emoção


possui uma fisiologia própria disparando no nosso corpo vários processos que
preparam o organismos para entrar em ação. Tais processos são controlado pelo
Sistema Nervoso e abaixo mostramos algumas dessas reações produzidas no
Sistema Nervoso Autônomo (SNA) que se divide em simpático e parassimpático.

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O sistema simpático mobiliza os recursos para que o corpo entre em ação


enquanto o parassimpático protege tais recursos.
Certamente você já ouviu falar da reação de luta ou fuga, uma reação normal nos
animais que para sobreviverem precisam fugir de seus predadores. Tais reações
estimulam que o corpo esteja pronto para entrar em ação e é por isso que quando
sentimos medo nosso coração fica mais acelerado para bombear o sangue para
os músculos, nos preparando para lutar se consideramos que podemos superar
o perigo, ou correr se acharmos que nossa vida está em jogo.

(3) O terceiro componente é o comportamental. Nossas emoções são reveladas


por comportamentos característicos que podem ser vistos fisicamente em
nossa postura e expressões faciais. Um sorriso por exemplo é uma expressão
facial conhecida mundialmente como um comportamento amistoso e de fácil
interpretação. Existem outros comportamentos que podem ser identificados a
partir de comportamentos e expressões corporais, são eles: cara fechada, cenho
franzido, punho cerrado e ombros caídos.
Cada emoção desempenha uma função específica, como revelam suas
distintas assinaturas biológicas” (Goleman, 1996).

Algumas emoções são consideradas básicas ou fundamentais, são elas:


alegria, tristeza, raiva, medo, surpresa e repugnância (nojo). Essa classificação
de emoções básicas foi criada por Paul Ekman, um dos primeiros pesquisadores
a comprovar que tais emoções são universais. Ele viajou por diversos lugares e
identificou que essas emoções básicas são iguais em todos os povos, independente
de cultura.

O mesmo comportamento físico exibido por uma pessoa que mora em uma
grande cidade (o sorriso quando está feliz), também é exibido por um indígena
que não tem contato com a civilização.

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Outro aspecto importante a ser conhecido sobre as emoções são seus objetivos,
para que serve cada emoção, afinal cada uma tem sua função específica.
Lembrando que cada emoção tem sua utilidade e assinatura biológica. Ao
afirmar que cada emoção tem uma utilidade e uma assinatura biológica, estamos
dizendo que as emoções existem para um determinado fim. Conhecer quais os
objetivos, qual a utilidade de cada emoção nos permite usá-las como ferramenta
de crescimento pessoal e força para vencer os desafios.

O que faz cada emoção? Qual sua função?

Para responder a essas perguntas precisamos compreender o conceito de


“atributo funcional”. Atributo funcional de uma emoção negativa especifica o que
é necessário fazer para reagir de forma adequada àquela emoção. Ou seja é o
que a emoção está nos dizendo, como se fosse um sinal para entrarmos em ação.
Suas emoções são um alerta para situações que necessitam de atenção e cuidado.
O que as emoções tentam nos dizer chama-se “atributo funcional” da
emoção.

Vamos conhecer alguns atributos funcionais de emoções.

1. Arrependimento: Indica o que poderia ou deveria ter sido feito de forma


diferente em uma situação do passado;
2. Culpa: Indica que a pessoa violou um padrão pessoal e é necessário assegurar-
se para não repetir o mesmo erro no futuro;
3. Ansiedade: Nos faz sentir que há algo no nosso futuro para o qual precisamos
nos preparar melhor;
4. Sensação de opressão: sinaliza que precisamos reavaliar e estabelecer
prioridades para as tarefas que queremos realizar;
5. Ciúme: Mostra que achamos que nossa felicidade emocional está em perigo e
que é necessário fazer algo a respeito;
6. Raiva: Informa que precisamos fazer algo para evitar que a nossa felicidade
seja prejudicada, ou impedir que isso venha a acontecer no futuro;
7. Antes de apresentarmos um conceito de Inteligência Emocional, devemos
observar e refletir sobre os grupos de emoções, sabendo que é preciso ter
um vocabulário mais amplo para descrever as emoções, fato que facilita a
construção do nosso conhecimento sobre os sentimentos e emoções que
sentimos.
8. Tristeza: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopiedade,
solidão, desamparo, desespero e, quando patológica, severa depressão;
9. Medo: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação,
cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror e, como psicopatologia,
fobia e pânico;
10. Prazer: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, orgulho,
prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor,
euforia, êxtase e, no extremo, mania;
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11. Amor: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração,


paixão, ágape;
12. Surpresa: choque, espanto, pasmo, maravilha;
13. Nojo: desprezo, desdém, antipatia, aversão, repugnância, repulsa;
14. Vergonha: culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação, arrependimento,
mortificação e contrição.

Da próxima vez que sentir uma emoção, verifique se está utilizando a


palavra certa para nominar sua emoção, quanto mais vocabulário mais você
perceberá seu mundo emocional. Agora você já sabe que em essência, emoções
são impulsos para uma ação imediata, que visam proteger a vida.

Mas, o que é Inteligência Emocional?

Para Salovey e Mayer, Inteligência Emocional é “ser capaz de monitorar e regular


os sentimentos próprios e os de outras pessoas, e de utilizar os sentimentos
para guiar o pensamento e a ação”.

E o conceito que ficou mais conhecido é o de Goleman:

Inteligência Emocional “refere-se à capacidade de identificar nossos próprios


sentimentos e os dos outros, de motivar a nós mesmos e de gerenciar bem
as emoções dentro de nós e em nossos relacionamentos”.

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3. DOMÍNIOS DA INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL
Sempre que falamos sobre autoconhecimento e espiritualidade nos
remetemos às religiões, porque por muitos séculos a ciência não conseguia
desenvolver técnicas que fossem consistentes o bastante para convencer os
próprios cientistas da relevância do tema e principalmente sobre a veracidade
do mesmo.

Atualmente, quando falamos sobre o assunto, podemos utilizar várias


comprovações científicas coletadas por meio de imagens cerebrais e além
disso, existem técnicas e exercícios que podem nos ajudar a desenvolver nossa
inteligência emocional e nos proporcionar mais autoconhecimento.

Sabemos, por meio da sabedoria popular, que pessoas que praticam


meditação, yoga e indivíduos religiosos (refiro-me aqueles que realmente vivem
suas religiões), são mais resilientes, mais pacientes e conseguem enfrentar os
problemas existenciais com mais tranquilidade, parecendo viver melhor.

No ano de 2016, um canal chamado Tecnologia, Entretenimento e Design


(TED) publicou uma palestra onde o pesquisador Robert Waldinger apresentou
alguns resultados de uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard com
o título “Desenvolvimento adulto”. Waldinger afirma que mesmo a maioria das
pessoas acreditando na fama e no dinheiro como os grandes construtores da
felicidade, na verdade uma vida boa é construída a partir dos bons relacionamentos
que construímos ao longo de nossas vidas.

A principal conclusão do estudo é: “As boas relações nos mantêm mais


felizes e saudáveis”. Para esse estudo existem outras conclusões importantes
sobre os relacionamentos sociais. Uma delas é que as relações sociais são boas
para os humanos. Outra conclusão que pode parecer óbvia é que a solidão mata.

O importante é percebemos a importância de investirmos na qualidade de


nossas vidas iniciando pela qualidade de nossos relacionamentos. Recomendo
que você assista o vídeo sobre a pesquisa no link https://youtu.be/8KkKuTCFvzI

Estudar os domínios da Inteligência emocional nos ajudará a compreender


alguns caminhos e procedimentos que precisamos adotar em nossas vidas
pessoais se quisermos realmente viver a vida com uma perspectiva mais humana
e espiritual.

Ao longo do curso você entenderá melhor cada um deles, mas recomendo


que leia o best seller Inteligência Emocional de Daniel Goleman.
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4. APLICAÇÃO DE CONCEITOS
NO COTIDIANO
Nessa unidade você terá uma visão inicial de projetos e exercícios que
podem ser utilizados no processo de desenvolvimento da Inteligência emocional.
Cada tópico dessa unidade apresentará um método que certamente poderá te
ajudar a compreender melhor a inteligência emocional e também colocar algumas
vivências em sua vida diária.

O MindUp foi desenvolvido no Estados Unidos após o 11 de setembro e


ajuda muitas crianças a desenvolverem comportamentos sociais mais adequados.
Além disso, as expectativas são promissoras, uma vez que, as mudanças
comportamentais estão produzindo resultados visíveis.

Este método tem como principal atividade o exercício de respiração,


para ensinar às crianças que o controle da respiração ajuda a controlar os
impulsos emocionais. Além disso, o método possui unidades de estudo que são
incorporadas ao currículo com atividades complementares que contribuem para
o desenvolvimento de comportamentos sociais saudáveis.

Abaixo estão os tópicos estudados no material de apoio do MIndUp.

Unidade 1 – Acalmar a mente (trabalha as bases da neurociência)


Aula 1 – Como funciona o cérebro
Aula 2 – Compreender a atenção plena
Aula 3 – Atenção focalizada

Unidade 2 – Dar atenção aos nossos sentidos (trabalha a autoconsciência)


Aula 4 – Ouvir com atenção plena
Aula 5 – Observar com atenção plena
Aula 6 – Cheirar com atenção plena
Aula 7 – Saborear com atenção plena
Aula 8 – Mover com atenção plena I
Aula 9 – Mover com atenção plena II

Unidade 3 – É tudo uma questão de atitude (trabalha o controlo emocional)


Aula 10 – Tomada de perspectiva
Aula 11 – Escolher o otimismo
Aula 12 – Desfrutar experiências positivas

Unidade 4 – Agir com atenção plena (trabalha a ação social)


Aula 13 – Agir com gratidão

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Aula 14 – Atos de bondade


Aula 15 – Agir no mundo com atenção plena

Para conhecer mais sobre o método consulte o site MindUP | Social-


Emotional Learning (SEL) Program for Children (site em língua inglesa).
Um outro projeto que merece atenção é o Programa de Resistência Mental
desenvolvido para treinar os fuzileiros navais americanos. Esse projeto foi
desenvolvido para melhorar o desempenho dos combatentes e aumentar
o número de aprovações no treinamento, uma vez que, apesar de muito
investimento as reprovações eram muito frequentes.

O programa considera quatro itens principais, são eles:

1- Fixação de meta: saber o que vai fazer e ter um plano de ação é


fundamental para o cérebro construir planos mais eficientes, além de nos
direcionar de forma mais positiva. Quem não tem meta definida tende a fracassar
ou fica dependendo de acontecimentos circunstanciais.

2- Ensaio mental: Ensaiar mentalmente é como se você estivesse realmente


realizando a atividade. O cérebro não sabe diferenciar pensamento de realidade,
então se praticamos uma atividade mentalmente, no futuro ao realizá-la o nosso
cérebro já terá armazenado memórias e agiremos como se estivéssemos fazendo
uma tarefa conhecida.

3- Controle do diálogo interno: controlar nos pensamentos e aquilo que


falamos em nossa mente pode ser o fator de sucesso ou fracasso. Muitas pessoas
ficam repetindo críticas e comentários internos que diminuem a motivação. Saber
o que falamos internamente e mudar esse diálogo ajuda na realização de tarefas
complexas.

4- Controle da excitação: esse controle é realizado através de técnicas de


respiração semelhantes as utilizadas na meditação e no método MindUp,
Você pode assistir o documentário completo no
link https://youtu.be/hwx2LwQh0Fk

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PALAVRAS FINAIS
Espero que esse curso desperte em você o interesse para aprofundar
conhecimentos a respeito da Inteligência emocional. Não é tema fácil, porém já
temos muito material publicado em livros e artigos científicos. Lembrando que a
dificuldade torna a caminhada difícil, mas aumenta o prazer da chegada.

Estou à disposição para esclarecer dúvidas e para compartilhar ideias.


Para conhecer mais trabalhos que desenvolvo visite minhas redes sociais:
@wanercostapsi

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istudbr istud iStud

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