Direito Penal IIDos crimes contra a vida

Figuras típicas:
TÍTULO I
- Homicídio simples
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
- Homicídio privilegiado
CAPÍTULO I
- Homicídio qualificado
DOS CRIMES CONTRA A VIDA
- Homicídio culposo
- Homicídio majorado
{Crimes contra a vida}
Sujeitos:
- homicídio (art. 121)
- ativo: qualquer pessoa (crime comum)
- Induzimento, instigação ou auxílio ao
suicídio ou a automutilação (art. 122) - passivo: imediato: estado

- Infanticídio (art. 123) mediato: a vítima

- Aborto (arts. 124 a 128)

Tipicidade objetiva: matar alguém

OBJETIVIDADE JURÍDICA: a vida ANOTAÇÃO: matar alguém. Eu atiro em

uma pessoa que já estava morta, mas não
sabia disso, portanto, ela não morreu por
1. HOMICÍDIO conta dos tiros que eu dei, então eu não
cometi um homicídio.
Conceito: é a eliminação da vida de
alguém sem que haja uma causa de
justificação. Tipicidade subjetiva:
ANOTAÇÃO: uma causa de justificação é
por exemplo: alguém tenta me matar, mas
para me defender eu mato ela primeiro. Dolo | direto  animus necandi
eventual

Homicídio simples ANOTAÇÃO: dolo direto: quando eu

Art. 121. Matar alguém: QUERO matar alguém.

Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Dolo eventual: quando eu ASSUMO o

risco de produzir um resultado morte. Ex.:
eu vou fazer um racha sabendo que posso
atropelar e matar alguém e mesmo assim o
faço.
Culpa: - inconsciente
- consciente
ANOTAÇÃO: para ser culposo, o
resultado morte não deve ser querido pelo
agente, deve ser involuntário. Inconsciente
é quando eu não consigo prever que irá
acontecer o resultado morte. Já consciente
é quando eu consigo prever que pode haver
o resultado morte, mas mesmo assim eu
tenho a convicção de que não irá acontecer
tal coisa, ex.: um atirador de facas, que
atira na maça na cabeça das pessoas, ele
pode prever que pode acontecer alguma
morte ali, MAS ELE ACREDITA QUE
ESSE RESULTADO NÃO IRÁ
ACONTECER POIS ELE É TREINADO.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
O homicídio é crime material, porque
exige um resultado para que este seja
consumado, qual seja a morte de alguém.
ANOTAÇÃO: tentativa perfeita: é quando
eu pratico todos os atos de execução, mas
por circunstâncias contrárias a minhas
vontades, ela sobrevive. Ex.: dou várias
facadas em alguém e ela já está à beira da
morte, e eu a deixo ali agonizando e vou
embora, mas alguém a vê e consegue
socorrer a tempo.
Tentativa imperfeita: quando eu NÃO
consigo executar todos os atos por
circunstâncias contrárias a minha vontade.
Ex.: eu vou matar alguém e dou duas
facadas nela, mas alguém vem e me
impede de concluir meu ato.
{Homicídio privilegiado}
§ 1º Se o agente comete o crime impelido
por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a
pena de um sexto a um terço.
Anotação; Presente qualquer um desses
requisitos o juiz DEVE reduzir a pena.
Esse “pode” acima é referente ao “um
sexto a um terço”, pois ele pode decidir
sobre a quantidade.
Requisitos:
- relevante valor social
ANOTAÇÃO: aquele motivo que interessa
o coletivo, um interesse social. Ex.: um
serial killer que ameaça toda a sociedade
está a solta e uma pessoa elimina a vida
dele, mas o motivo dele fazer isso foi
justamente livrar a sociedade dessa pessoa
tão perigosa.
OU
- relevante valor moral
ANOTAÇÃO: diz respeito ao interesse
individual/particular. Ex.: Ana está com a
mãe beirando a morte e esta está sofrendo
muito com a doença terminal, então para
poupar o sofrimento da mãe e dela ela a
mata.
OU
- sob o domínio de violenta emoção, logo
em seguida a injusta provocação da vítima.
ANOTAÇÃO: Ex.: o pai encontra sua filha
que acabou de ser estuprada e ele encontra
NA MESMA HORA o homem que fez isso
e o mata. O homicídio precisa ser LOGO
EM SEGUIDA a injusta provocação da
vítima, instantâneo, e ele precisa estar
dominado de violenta emoção.
Homicídio privilegiado x homicídio com a
atenuante genérica do art. 65, do CP
Art. 65 - São circunstâncias que sempre
atenuam a pena:
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de
relevante valor social ou moral;
c) cometido o crime sob coação a que
podia resistir, ou em cumprimento de
ordem de autoridade superior, ou sob a
influência de violenta emoção, provocada
por ato injusto da vítima;
ANOTAÇÃO: aqui é diferente do último
tópico dos requisitos, pois lá ele deve estar
dominado de violenta emoção, ele só pensa
em matar (é mais grave). Já aqui ele está
apenas sob influência, é uma coisa mais
amena.
{Homicídio qualificado}
Reclusão de 12 a 30 anos
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de
recompensa, ou por outro motivo torpe;
ANOTAÇÃO: mediante paga é quando é
pago para cometer aquele homicídio. Ex.:
eu contrato um pistoleiro para matar a
pessoa que eu quero. Eu pago e depois ele
mata.
Na promessa de recompensa, é quando eu
faço uma promessa de que se o homicídio
acontecer eu irei recompensar ele, e não
necessariamente essa recompensa deve ser
em pecúnia, eu posso dizer para alguém
por exemplo: se você matar fulano, eu te
dou um emprego.
Motivo torpe é aquele que gera
repugnância, geralmente está ligado a
inveja, etc. Ex.: meu pai falece e eu não
quero dividir a herança com meu irmão
então eu o mato. O motivo de eu matar ele
foi simplesmente pra eu poder ficar com
toda a herança, então foi um motivo torpe.
II - por motivo fútil;
ANOTAÇÃO: Ex.: alguém pisa no meu pé
sem querer e eu o mato por isso.
Matar por motivo fútil é diferente de matar
por motivo nenhum. O motivo fútil é uma
qualificadora, já matar sem motivo
nenhum, não possui qualificadora, então
será um homicídio simples, pois não
havendo nenhuma qualificadora o crime
será simples.
III - com emprego de veneno, fogo,
explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar
perigo comum;
ANOTAÇÃO: nesse inciso fala sobre as
qualificadoras de meios que foram
utilizados para matar alguém.
No emprego de veneno a vítima não pode
saber que está sendo envenenada, que está
ingerindo o veneno. E não necessariamente
deve ser veneno, pode ser uma substância
que a pessoa tenha uma alergia extrema e
venha a morrer, exemplo: açúcar, algum
medicamento, etc. E a pessoa que está
dando a substância à vítima deve saber que
esta tem alergia e que pode morrer.
Fogo: matar alguém com fogo.
Explosivo: matar alguém explodindo ele,
seja colocando uma bomba nele, no carro
nele, por granadas, etc.
Assim como nas outras, a asfixia
(interrupção da passagem do oxigênio do
corpo para o cérebro e vise versa) pode ser
de diversas formas, pode ser através de um
estrangulamento, sufocamento, através de
um enforcamento, através de soterramento
(enterrar a pessoa), através do afogamento,
etc.
Meio insidioso é um homicídio em que é
feita de forma dissimulada, através de
sabotagem, etc. Ex.: eu saboto o freio do
carro de alguém e a pessoa morre. Outro
exemplo: eu faço um jantar romântico e
coloco uns cacos de vidro na comida do
meu namorado e ele morre ao ingerir.
Então esses dois exemplos é um homicídio
qualificado pelo meio insidioso.
Meio cruel é quando a vítima sofre um
pouco mais. Porém é diferente da tortura,
pois na tortura o sofrimento é mais
prolongado, já no meio cruel é mais
imediato. Ex.: eu mato alguém com 30
facadas, ela vai sofrer mais, porém foi do
modo contínuo, eu dei as facadas uma
seguida da outra. Então foi através do meio
cruel.
Perigo comum é quando o meio utilizado
para matar alguém, além de matar a
pessoa, gerou um risco para um número
indeterminado de pessoas. Ex.: eu quero
matar alguém, mas ela está no meio de
uma aglomeração e eu saio disparando
minha arma de fogo contra ela, colocando
outras pessoas em risco.
Na tortura, para ser homicídio qualificado
pela tortura, a tortura tem que ser meio, a
intenção do agente sempre foi matar, mas
para matar ele quis usar a tortura. Então o
meio utilizado foi a tortura, mas a
intenção/dolo sempre foi matar.
IV - à traição, de emboscada, ou mediante
dissimulação ou outro recurso que dificulte
ou torne impossível a defesa do ofendido;
ANOTAÇÃO: nesse inciso fala sobre as
qualificadoras de modos que foram
utilizados para matar alguém.
- A traição deve ser através da quebra de
confiança.
- Emboscada: ex.: eu estou esperando
escondida João passar numa rua deserta, e
quando ele passa despreocupado eu puxo a
arma e mato ele.
- Dissimulação é através do disfarce. Ex.:
eu finjo ser amiga de uma pessoa para
poder matá-la.
Esse outro recurso deve ser parecido com
os outros modos citados nesse inciso
(traição, emboscada, dissimulação) e que
também deve ser um modo que surpreenda,
torne difícil ou impossível defesa da
vítima. Ex.: quando uma pessoa morre com
um tiro pelas costas, ou seja, ele nem teve
como se defender e isso se assemelha à
traição.
As qualificadoras de modo são objetivas,
ou seja, se comunicam em caso de
concurso de pessoas.
V - para assegurar a execução, a ocultação,
a impunidade ou vantagem de outro crime
ANOTAÇÃO: nesse inciso fala sobre as
qualificadoras de fim que foram utilizados
para matar alguém, ou seja, o homicídio foi
praticado para determinada finalidade.
Primeiramente aqui nós temos que ter dois
crimes no mínimo. Um homicídio e outro
delito, em que o homicídio é pra
garantir/assegurar o meu primeiro crime.
ex.: eu estupro alguém e outra pessoa
acaba sabendo, então eu mato essa pessoa
com o fim de garantir a impunidade do
crime de estupro, ou seja, para que eu não
seja punido caso ela fosse contar às
autoridades.
- Essas qualificadoras de fim são
subjetivas, e em caso de concurso de
agentes elas não se comunicam, pois se
trata do fim específico que está sendo
praticado para aquele delito, e o fim é
subjetivo, é pessoal.
OBS: homicídio qualificado pela tortura x
crime de tortura Lei nº 9.455/97
 Tortura (meio) - homicídio (dolo do
agente é matar) = homicídio qualificado
 Tortura (dolo) + morte (culpa)= tortura
seguida de morte (crime preterdoloso) - art.
1º, § 3º, da Lei nº 9.455/97.
 Tortura (dolo) + morte (dolo)= concurso
de crimes.
ANOTAÇÃO: Minha intenção
inicialmente era apenas torturar, mas
depois eu mudo de ideia no meio do
caminho e acho melhor matar logo.
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I - constranger alguém com emprego de
violência ou grave ameaça, causando-lhe
sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de
terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de
natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou
religiosa;
II - submeter alguém, sob sua guarda,
poder ou autoridade, com emprego de
violência ou grave ameaça, a intenso
sofrimento físico ou mental, como forma
de aplicar castigo pessoal ou medida de
caráter preventivo.
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza
grave ou gravíssima, a pena é de reclusão
de quatro a dez anos; se resulta morte, a
reclusão é de oito a dezesseis anos.
{Feminicídio}
VI - contra a mulher por razões da
condição de sexo feminino:
ANOTAÇÃO: a pessoa comete o
homicídio pelo simples fato da vítima ser
mulher. E o sujeito que comete o
homicídio não é necessariamente só o
homem, a mulher também pode. A
qualificadora de feminicídio é uma
qualificadora de motivo, ou seja, o motivo
da pessoa cometer o homicídio foi
justamente pelo fato da vítima ser mulher.
E em caso de concurso de pessoas elas não
vão se comunicar, pois estamos diante de
uma circunstância subjetiva.
VII – contra autoridade ou agente descrito
nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e
da Força Nacional de Segurança Pública,
no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro
ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição.
ANOTAÇÃO: nesse inciso também é uma
qualificadora de motivo. O homicídio deve
ser exclusivamente em razão da pessoa ser
policial (por exemplo). Quando for um
homicídio de algum parente seu, deve ser
pelo simples motivo dessa pessoa ser
mãe/pai/irmão, etc, de um policial (por
exemplo).
VIII - com emprego de arma de fogo de
uso restrito ou proibido
ANOTAÇÃO: se o homicídio for praticado
com emprego de arma de fogo de uso
restrito ou proibido, estamos diante de uma
qualificadora. E deve haver o emprego
dessa arma de fogo, se ele apenas tiver essa
arma de uso restrito, mas não usá-la, então
não vai haver a qualificadora. Essa
qualificadora desse inciso é uma
qualificadora objetiva, pois se trata do
objeto que foi utilizado para matar. Então
ela se comunica em caso de concurso de
agentes.
§ 2º-A Considera-se que há razões de
condição de sexo feminino quando o crime
envolve:
I - violência doméstica e familiar;
II - menosprezo ou discriminação à
condição de mulher.
ANOTAÇÃO: Pode haver um homicídio
que seja qualificado e privilegiado ao
mesmo tempo? Depende. Primeiramente as
qualificadoras objetivas são: veneno,
emboscada e emprego de arma, já as que
privilegiam o homicídio são todas
subjetivas. Então para que se tenha um
homicídio que seja qualificado e
privilegiado ao mesmo tempo, as
qualificadoras devem ser objetivas.
Ex.: eu quero matar minha mãe que está
com uma doença terminal e está sofrendo
muito. Então eu mato ela enquanto está
dormindo pra que ela não tenha essa última
lembrança. Então nesse caso, é uma
circunstância privilegiadora (motivo de
relevante valor moral) e o modo como eu
matei é uma qualificadora, pois eu matei
mediante um recurso que dificulta a defesa
dela.
{Homicídio Culposo}
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos.
{Homicídio Majorado}
ANOTAÇÃO: quando falamos de
majorados é quando aumenta a pena.
CULPOSO (+1/3):
- Inobservância de regra técnica
ANOTAÇÃO: não se pode confundir com
a imperícia, pois imperícia é a falta de
conhecimento técnico, na inobservância a
pessoa tem esse conhecimento técnico,
mas não coloca em prática. EX.: eu sou um
cirurgião e eu vou fazer uma cirurgia sem
lavar as mãos direito, mesmo tendo o
conhecimento de que tenho que fazer isso,
e por conta disso o paciente pega um
infecção e morre, mas eu não queria essa
morte, então é culposo.
- Deixar de prestar socorro ou não diminuir
as consequências de seu ato
- Fugir para livrar o flagrante
DOLOSO (+1/3):
Vítima menor de 14 anos ou maior de 60
anos.
§ 4º No homicídio culposo, a pena é
aumentada de 1/3 (um terço), se o crime
resulta de inobservância de regra técnica
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente
deixa de prestar imediato socorro à vítima,
não procura diminuir as consequências do
seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a
pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o
crime é praticado contra pessoa menor de
14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
anos.
{Perdão Judicial}
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o
juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o
próprio agente de forma tão grave que a
sanção penal se torne desnecessária.
ANOTAÇÃO: Ex.: Tipo quando a mãe
mata o próprio filho de forma culposa.
Então a dor de perder o filho já ultrapassa a
"dor" da pena.
{Homicídio Majorado}
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço)
até a metade se o crime for praticado por
milícia privada, sob o pretexto de prestação
de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio.
ANOTAÇÃO: Aqui deve ser homicídio
doloso.
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de
1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado:
ANOTAÇÃO: nesse parágrafo fala sobre
causas de aumento de pena que são
exclusivas do homicídio qualificado na
modalidade feminicídio.
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses
posteriores ao parto;
II - contra pessoa menor de 14 (catorze)
anos, maior de 60 (sessenta) anos, com
deficiência ou portadora de doenças
degenerativas que acarretem condição
limitante ou de vulnerabilidade física ou
mental;
III - na presença física ou virtual de
descendente ou de ascendente da vítima;
IV - em descumprimento das medidas
protetivas de urgência previstas nos incisos
I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº
11.340, de 7 de agosto de 2006.
ANOTAÇÃO: ex.: um cara descumpre
uma medida protetiva de urgência que já
havia sido aplicada anteriormente (por ter
batido na sua esposa) e nesse
descumprimento ele mata ela
(feminicídio).
 DIFERENÇA ENTRE HOMICÍDIO E
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE
MORTE
Para se ter um homicídio, tem que haver
uma lesão corporal. Então a diferença é
justamente a intenção, se o agente queria a
morte da vítima ou apenas a lesão corporal.
Se ela queria apenas a lesão corporal, mas
acabou causando em morte, ela não vai ser
condenada por homicídio, mas sim, por
lesão corporal seguida de morte