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Diz respeito ao homicídio qualificado mediante emboscada, conforme prevê o artigo 121, § 2°,

IV do Código Penal, haja vista que ambos aguardavam em um local escuro esperando que
algum indivíduo passasse por ali despreocupado e, assim, pudessem pegá-lo de surpresa sem
que houvesse possibilidade dele se defender e com a intenção de matar, caracterizando
consequentemente dolo direto.

Sim. Observa-se que apenas Pedro praticou o crime de induzimento do artigo 122 do CP,
levando em conta que ele induziu Clarêncio a cortar seu próprio dedo, ou seja, ele criou uma
ideia na mente de Clarêncio que antes não existia. Ademais, trata-se de um crime consumado,
pois diz respeito a um crime formal de consumação antecipada, ou seja, não é necessário que
haja um resultado, apenas se faz necessário o comportamento de induzir ou instigar alguém.

Partindo do circunstância em que a bolsa já havia se rompido, e que ela estava sob a influência
do estado puerperal, conclui-se que Ramelânia cometeu o crime de infanticídio, em
conformidade com o que diz o artigo 123 do CP. Outrossim, na situação hipotética supracitada
não houve o concurso de agentes, porém existe a possibilidade de haver este concurso no
crime de infanticídio, conforme o artigo 29 e 30 do Código penal. À vista disso, caso estivesse
presente o concurso de agentes no exemplo exposto, aquele que apenas auxiliasse a mãe a
matar o filho, seria considerado partícipe e responderia pelo crime de infanticídio (art. 123).
Em contrapartida, se ele efetuasse o ato de fato com a mãe, matando o recém-nascido, seria
considerado coautor e responderia por homicídio (art. 121), e em ambos os casos a mãe
continuaria respondendo por infanticídio.

A mulher responde pelo crime do artigo 124. Por outro lado, aquele que praticou as manobras
abortivas com o consentimento desta, responde pelo crime do artigo 126. Ademais, caso o
terceiro que praticou as manobras abortivas houvesse causado lesão grave na gestante de
forma culposa, ele teria a pena do artigo 126 aumentada em um terço. No entanto, se ele
houvesse provocado a morte da gestante, também de forma culposa, a pena seria duplicada. É
o que estipula o artigo 127 do CP.

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