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1-Gustavo, Delegado de Polícia, é a autoridade policial que preside duas investigações

autônomas em que se apura a suposta prática de crimes de homicídio contra Joana e


Maria. Após realizar diversas diligências, não verificando a existência de justa causa nos
dois casos, elabora relatórios finais conclusivos e o Ministério Público promove pelos
arquivamentos, havendo homologação judicial. Depois do arquivamento, chega a Gustavo
a informação de que foi localizado um gravador no local onde ocorreu a morte de Maria,
que não havia sido apreendido, em que encontrava-se registrada a voz do autor do delito.
A autoridade policial, ademais, recebe a informação de que a família de Joana obteve um
novo documento que indicava as chamadas telefônicas recebidas pela vítima no dia dos
fatos, em que constam 25 ligações do ex-namorado de Joana em menos de uma hora.

Considerando as novas informações recebidas pela autoridade policial, é correto afirmar


que:

a) não poderá haver desarquivamento do inquérito que investigava a morte de Joana, mas
poderá ser desarquivado o que investigava a morte de Maria, tendo em vista que o
documento obtido pela família de Joana não existia quando do arquivamento;
b) poderá haver desarquivamento dos inquéritos diretamente pela autoridade policial, mas
não poderá o Ministério Público oferecer imediatamente denúncia, ainda que haja justa
causa, diante dos arquivamentos anteriores;
c) poderá haver desarquivamento dos inquéritos que investigavam as mortes de Joana e
Maria, pois em ambos os casos houve prova nova, ainda que o gravador já existisse antes
do arquivamento;
d) poderá haver desarquivamento do inquérito que investigava a morte de Joana, mas não
do de Maria, tendo em vista que apenas no primeiro caso houve prova nova;
e) não poderá haver prosseguimento das investigações, tendo em vista que houve decisão
de arquivamento que fez coisa julgada.

2) Enquanto organizava procedimentos que se encontravam no cartório de determinada


Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas, o servidor identifica que há um inquérito
em que foram realizadas diversas diligências para apurar crime de ação penal pública,
mas não foi obtida justa causa para o oferecimento de denúncia, razão pela qual o
Delegado de Polícia elaborou relatório final opinando pelo arquivamento. Verificada tal
situação e com base nas previsões do Código de Processo Penal, caberá ao:

a) juiz realizar diretamente o arquivamento, tendo em vista que já houve representação


nesse sentido por parte da autoridade policial, cabendo contra a decisão recurso em
sentido estrito;
b) Ministério Público realizar diretamente o arquivamento, caso concorde com a conclusão
do relatório da autoridade policial, independentemente de controle judicial;
c) delegado de polícia, em caso de concordância do juiz, realizar diretamente o
arquivamento após retorno do inquérito policial para delegacia;
d) Ministério Público promover pelo arquivamento, cabendo ao juiz analisar a homologação
em respeito ao princípio da obrigatoriedade;
e) juiz promover pelo arquivamento, podendo o promotor de justiça requerer o
encaminhamento dos autos ao Procurador-Geral de Justiça em caso de discordância, em
controle ao princípio da obrigatoriedade.

3) Foi instaurado inquérito policial, no Rio de Janeiro, para apurar as condições da morte
de Maria, que foi encontrada já falecida em seu apartamento, onde residia sozinha, vítima
de morte violenta. As investigações se estenderam por cerca de três anos, sem que fosse
identificada a autoria delitiva, apesar de ouvidos os familiares, o namorado e os vizinhos
da vítima. Em razão disso, o inquérito policial foi arquivado, nos termos da lei, por
ausência de justa causa. Seis meses após o arquivamento, superando a dor da perda da
filha, a mãe de Maria resolve comparecer ao seu apartamento para pegar as roupas da
vítima para doação. Encontra, então, escondida no armário uma câmera de filmagem e
verifica que havia sido gravada uma briga entre a filha e um amigo do seu namorado dois
dias antes do crime, ocasião em que este afirmou que sempre a amou e que se Maria não
terminasse o namoro “sofreria as consequências”. Considerando a situação narrada, é
correto afirmar que a filmagem:

a) é considerada prova nova ou notícia de prova nova, mas não poderá haver
desarquivamento, já que a decisão de arquivamento fez coisa julgada;
b) não é considerada prova nova ou notícia de prova nova, tendo em vista que já existia
antes do arquivamento, de modo que não cabe desarquivamento com esse fundamento;
c) é considerada prova nova ou notícia de prova nova, podendo haver desarquivamento do
inquérito pela autoridade competente;
d) considerada ou não prova nova ou notícia de prova nova, poderá gerar o
desarquivamento direto pela autoridade policial para prosseguimento das investigações;
e) não é considerada prova nova, logo impede o desarquivamento, mas não é óbice ao
oferecimento direto de denúncia.

4) Foi instaurado inquérito policial para apurar a conduta de Ronaldo, indiciado como autor
do crime de homicídio praticado em face de Jorge. Ao longo das investigações, a
autoridade policial ouviu diversas testemunhas, juntando os termos de oitiva nos autos do
procedimento. Concluídas as investigações, os autos foram encaminhados para a
autoridade policial. Sobre o inquérito policial, é correto afirmar que:

a) não é permitido à autoridade policial, em regra, solicitar a realização de perícias e


exame de corpo de delito, dependendo para tanto de autorização da autoridade judicial;
b) como instrumento de obtenção de justa causa, é absolutamente indispensável à
propositura da ação penal;
c) é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso aos elementos de prova
que, já documentados em procedimento investigatório, digam respeito ao exercício do
direito de defesa;
d) constatado, após a instauração do inquérito e conclusão das investigações, que a
conduta do indiciado foi amparada pela legítima defesa, poderá a autoridade policial
determinar diretamente o arquivamento do procedimento;
e) uma vez determinado seu arquivamento pela autoridade competente, independente do
fundamento, não poderá ser desarquivado, ainda que surjam novas provas.

5)) No dia 30 de março de 2014, Marta foi vítima de um crime de homicídio, razão pela
qual foi instaurado inquérito policial para identificação do autor do delito. Após diversas
diligências, não foi possível identificar a autoria, razão pela qual foi realizado o
arquivamento do procedimento, pela falta de justa causa, de acordo com as exigências
legais. Ocorre que, em abril de 2015, a filha de Marta localizou o aparelho celular de Marta
e descobriu que seu irmão, Lúcio, havia enviado uma mensagem de texto para sua mãe,
no dia 29 de março de 2014, afirmando para a vítima “se você não me emprestar dinheiro
novamente, arcará com as consequências”. Diante disso, a filha de Marta apresentou o
celular de sua mãe para a autoridade policial.

Considerando a situação narrada, é correto afirmar que o arquivamento do inquérito


policial:

a) fez coisa julgada material, de modo que não mais é possível seu desarquivamento;
b) não fez coisa julgada, mas não é possível o desarquivamento porque a mensagem de
texto não pode ser considerada prova nova, já que existia antes mesmo da instauração do
inquérito policial;
c) foi realizado diretamente pela autoridade policial, de modo que não faz coisa julgada
material;
d) não fez coisa julgada material, podendo o inquérito ser desarquivado, tendo em vista
que a mensagem de texto pode ser considerada prova nova;
e) não fez coisa julgada material, mas não mais caberá desarquivamento, pois passados
mais de 06 meses desde a decisão.

6) Brenda, empregada doméstica, foi presa em flagrante pela prática de um crime de furto
qualificado contra Joana, sua empregadora. O magistrado, após requerimento do
Ministério Público, converteu a prisão em flagrante em preventiva. Nessa hipótese, de
acordo com o Código de Processo Penal, o prazo para conclusão do inquérito policial será
de:

a) 05 (cinco) dias;
b) 10 (dez) dias;
c) 15 (quinze) dias, improrrogáveis;
d) 15 (quinze) dias, prorrogáveis por decisão judicial;
e) 30 (trinta) dias.

7) Durante investigação de prática de crime de extorsão simples, considerando que a


prisão do indiciado José era indispensável para as investigações, após representação da
autoridade policial, mas sem requerimento expresso do Ministério Público, o juiz
competente decretou a prisão temporária de José pelo prazo inicial de 10 dias.

Quando o oficial de justiça, acompanhado de força policial, foi cumprir o mandado de


prisão, José entrou imediatamente em contato com seu advogado, para esclarecimentos.

O advogado de José deverá esclarecer que a prisão temporária:

a) não é válida, porque não cabe prisão temporária antes do oferecimento da denúncia;
b) não é válida, apesar de cabível no delito mencionado, em razão do prazo fixado pelo
magistrado;
c) é válida e, ao final do prazo, deverá o preso ser colocado em liberdade
independentemente de nova ordem judicial;
d) é valida, apesar de decretada de ofício em razão da ausência de requerimento do
Ministério Público;
e) não é válida, porque o crime investigado não está no rol daqueles que admitem essa
modalidade de prisão.

8) O crime que admite a decretação de prisão temporária, quando observados os demais


requisitos legais, é:

a) homicídio privilegiado;
b) epidemia culposa;
c) adulteração de substância medicinal;
d) envenenamento de substância alimentícia;
e) tortura.

9) A Lei nº 12.403 de 04/05/11 inovou no tratamento conferido pelo Código de Processo


Penal ao tema das prisões e medidas cautelares. Existem, ainda, outros diplomas legais
que tratam do assunto, como a Lei nº 7.960/89, que disciplina a prisão temporária. 
Sobre as medidas cautelares pessoais, assinale a afirmativa correta.

a) A prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo magistrado.


b) O reincidente na prática de crimes dolosos ou culposos poderá ter sua prisão preventiva
decretada, mesmo que o novo crime praticado tenha pena máxima em abstrato inferior a
04 anos.
c) Caberá internação provisória no caso de crime praticado com violência quando os
peritos concluírem ser o agente inimputável, ainda que não haja risco de reiteração.
d) De acordo com o Código de Processo Penal, a prisão preventiva não poderá ser
decretada de ofício em momento algum do processo.
e) Verificado que não mais subsistem os motivos que justificaram a prisão preventiva, o
juiz poderá relaxar a prisão.

10) A Lei nº 7.960/89 traz uma medida cautelar pessoal de natureza constritiva conhecida
como prisão temporária. Sobre tal medida, é correto afirmar que:

a) poderá ser decretada de ofício pelo magistrado;


b) ainda que decorrido o prazo da prisão fixado pelo magistrado, a soltura do preso
depende da expedição de alvará neste sentido;
c) sendo o crime investigado hediondo, poderá ter seu prazo inicial fixado em até 30 dias;
d) em regra, terá prazo de 05 dias, improrrogável;
e) poderá ser decretada caso esteja sendo investigada a prática de homicídio doloso
qualificado, mas não de homicídio doloso simples.

11)) Com relação à Lei n. 7.960/89, que dispõe sobre prisão temporária, assinale a
afirmativa correta.

a) O prazo limite, seja qual for o crime em apuração, é de 30 dias.


b) O prazo, em se tratando de crime hediondo ou assemelhado, é de trinta dias, enquanto
nos demais é de cinco dias, não sendo possível a prorrogação.
c) O juiz, atendendo representação da autoridade policial ou a requerimento do Ministério
Público, poderá decretá-la de ofício.
d) O preso, decorrido o prazo da prisão, deverá ser posto imediatamente em liberdade,
independentemente de alvará de soltura, salvo se já tiver sido decretada sua prisão
preventiva.
e) Os presos temporários, dentro do possível, devem ficar separados dos demais detentos.

12) Sobre o sistema de prisão e liberdade, considere as afirmativas a seguir. 

I – A prisão em flagrante delito poderá ser realizada no interior da casa do autor do crime,
nela podendo penetrar o agente policial sem o seu consentimento, em qualquer horário,
inclusive à noite, independentemente de ordem judicial, exceto nos crimes praticados
mediante violência ou grave ameaça, quando então o executor deverá estar munido de um
mandado de busca e apreensão. 
II – A prisão temporária tem cabimento no curso de uma investigação criminal, mediante
ordem judicial. Vencido o prazo dessa prisão, com eventual prorrogação, a autoridade
policial, mesmo sem o alvará de soltura, deverá pôr o preso imediatamente em liberdade,
salvo se já tiver sido decretada a sua prisão preventiva, prisão temporária, ou tiver sido
expedido mandado de prisão em desfavor do preso em decorrência de sentença penal
condenatória preclusa.
III – A reforma do Código de Processo Penal estabeleceu que “ninguém poderá ser preso
senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso
da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou preventiva”, sendo
que assim eliminou do nosso sistema de prisão processual a execução provisória da pena
em razão do princípio da presunção de não culpabilidade. 
IV – Efetuada a prisão em flagrante delito, se esta for ilegal deverá ser relaxada pela
autoridade judiciária competente. No caso de ser legal a prisão em flagrante delito, o juiz,
com prévia oitiva do Ministério Público, poderá substituí-la por uma, ou mais, medidas
cautelares diversas da prisão, sendo que no caso dessas últimas se relevarem
inadequadas ou insuficientes poderá o juiz converter a prisão em flagrante delito em prisão
preventiva. 

Está correto o que se afirma em:

a) somente II;
b) somente III;
c) somente I, III e IV;
d) somente II e IV;
e) I, II, III e IV.

13) Relativamente à prisão temporária, assinale a afirmativa correta.

a) A prisão temporária poderá ser decretada em casos de grande repercussão pública


para garantir a ordem pública, em crimes como roubo, estupro com resultado morte e
homicídio qualificado.
b) São requisitos para a decretação da prisão temporária a garantia da ordem pública, da
ordem econômica ou ainda a necessidade de aplicação da lei penal e a conveniência da
instrução criminal.
c) A prisão temporária poderá ser requerida pelo delegado de polícia ou pelo promotor de
justiça, devendo o juiz decidir em até vinte e quatro horas, dispensada a fundamentação
em caso de urgência.
d) São princípios que se aplicam ao regime da prisão temporária a taxatividade e
inadmissibilidade de renovação automática.
e) A prisão temporária será decretada por dez dias, prorrogáveis por mais dez dias, salvo
nos casos de crimes hediondos em que o prazo será de trinta dias, prorrogáveis por mais
trinta dias.

14) Durante investigação pela prática de crime hediondo, após receber os autos, o
Ministério Público requer ao Poder Judiciário devolução do inquérito à Delegacia pelo
prazo de 30 dias para prosseguir nas investigações, atendendo à única solicitação
apresentada pela autoridade policial. O juiz, contudo, decide decretar a prisão preventiva
de José e a prisão temporária de Maria, dois dos indiciados no procedimento. Os dois
presos procuram seus advogados, esclarecendo que ambos têm 30 anos, são primários,
Maria não tem filhos e José tem um filho de 9 anos, dividindo o sustento do menino com a
mãe da criança. 
O advogado de Maria e José deverá esclarecer que:

a) a prisão de Maria é ilegal e a de José é legal, havendo previsão de substituição da


prisão preventiva por domiciliar no caso de José em razão da idade de seu filho;
b) a prisão de Maria é ilegal e a de José é legal, não havendo previsão de substituição da
prisão preventiva por domiciliar no caso de José em razão da idade de seu filho;
c) a prisão de ambos os indiciados é legal, havendo previsão de substituição da prisão
preventiva por domiciliar no caso de José em razão da idade de seu filho;
d) a prisão de Maria é legal e a de José ilegal;
e) a prisão de ambos os indiciados é ilegal.

15) O Código de Processo Penal prevê uma série de institutos aplicáveis às ações penais
de natureza privada. 
Sobre tais institutos, é correto afirmar que:
a) a renúncia ao exercício do direito de queixa ocorre antes do oferecimento da inicial
acusatória, mas deverá ser expressa, seja através de declaração do ofendido seja por
procurador com poderes especiais;
b) o perdão do ofendido oferecido a um dos querelados poderá a todos aproveitar,
podendo, porém, ser recusado pelo beneficiário, ocasião em que não produzirá efeitos em
relação a quem recusou;
c) a renúncia ao exercício do direito de queixa ocorre após o oferecimento da inicial
acusatória, gerando extinção da punibilidade em relação a todos os querelados;
d) a decadência ocorrerá se o ofendido não oferecer queixa no prazo de 06 meses a
contar da data dos fatos, sendo irrelevante a data da descoberta da autoria;
e) a perempção ocorre quando o querelante deixa de comparecer a atos processuais para
os quais foi intimado, ainda que de maneira justificada.

16) Cinco meses após ser vítima de crime de calúnia majorada, Juliana, 65 anos,
apresentou queixa em desfavor de Tereza, suposta autora do fato, perante Vara Criminal,
que era o juízo competente. Recebida a queixa, no curso da ação, Juliana, solteira, veio a
falecer, deixando como único familiar sua filha Maria, de 30 anos de idade, já que não
tinha irmãos e seus pais eram previamente falecidos. Após a juntada da certidão de óbito,
o serventuário certificou tal fato na ação penal.

Diante da certidão e da natureza da ação, é correto afirmar que:

a) deverá a ação penal, diante da apresentação de queixa pela vítima antes de falecer, ter
regular prosseguimento, intimando-se Maria dos atos, em razão do princípio da
indisponibilidade das ações privadas;
b) deverá a ação penal, diante da apresentação de queixa pela vítima antes de falecer, ter
regular prosseguimento, intimando-se Maria dos atos, em razão do princípio da
indisponibilidade das ações privadas;
c) deverá ser reconhecida a decadência caso Maria não compareça em juízo no prazo
legal para dar prosseguimento à ação penal;
d) deverá ser reconhecida a perempção caso Maria não compareça em juízo no prazo
legal para dar prosseguimento à ação penal;
e) poderá Maria, diante do falecimento de Juliana, prosseguir na ação penal, que passará
a ser classificada como privada subsidiária da pública.

17) A hipótese abaixo que NÃO será caso de rejeição da denúncia é:

a) ser esta manifestamente inepta;


b) faltar a esta pressuposto processual;
c) faltar uma das condições para o legítimo exercício do direito de ação penal;
d) não estar necessariamente instruída com inquérito;
e) faltar justa causa para o exercício da ação penal.

18) Tradicionalmente, a doutrina classifica as ações penais como privadas, públicas


incondicionadas, públicas condicionadas e privadas subsidiária da pública. Os princípios
aplicáveis às ações exclusivamente privadas são:

a) oportunidade, disponibilidade e indivisibilidade;


b) obrigatoriedade, indisponibilidade e indivisibilidade;
c) oportunidade, indisponibilidade e divisibilidade;
d) oportunidade, disponibilidade e divisibilidade;
e) obrigatoriedade, disponibilidade e divisibilidade.

19) João foi vítima de um delito de dano, crime este de ação penal privada. Em razão
disso, ofereceu queixa crime, de maneira regular, em desfavor de Renato, autor dos fatos.
Após o recebimento da queixa, intimados para audiência de instrução e julgamento, o
querelante e seu advogado não compareceram, de maneira injustificada. O magistrado
entendeu por bem intimar o querelante para justificar a ausência, mas este se manteve
inerte por 30 dias. Diante disso, deverá o juiz da causa reconhecer a:

a) decadência, que poderá ocorrer em ações penais de natureza pública condicionada à


representação e de natureza privada;
b) prescrição, que, em tese, poderá ocorrer em crimes cuja ação penal seja de qualquer
natureza;
c) perempção, que só poderá ocorrer em ações penais de natureza privada;
d) decadência, que só poderá ocorrer em ações penais de natureza privada;
e) perempção, que poderá ocorrer em ações penais de natureza pública condicionada à
representação e de natureza privada.

19)) No curso de ação penal em que Roberto figurava como denunciado, entrou em vigor
lei que versava sobre processamento de ação penal em procedimento comum ordinário,
com conteúdo exclusivamente processual penal, prejudicial ao réu.

O técnico judiciário, no momento de auxiliar no processamento do feito, deverá aplicar a:

a) lei processual penal em vigor na época dos fatos, em virtude do princípio da


irretroatividade da lei mais gravosa, não admitindo o Código de Processo Penal
interpretação extensiva ou analógica da lei processual;
b) lei processual penal em vigor na época dos fatos, em virtude do princípio da
irretroatividade da lei mais gravosa, admitindo o Código de Processo Penal interpretação
extensiva, mas não aplicação analógica da lei processual;
c) lei processual penal em vigor na época dos fatos, em virtude do princípio da
irretroatividade da lei mais gravosa, admitindo o Código de Processo Penal interpretação
extensiva e aplicação analógica da lei processual;
d) nova lei processual penal, ainda que desfavorável ao réu, respeitando-se os atos já
praticados, admitindo o Código de Processo Penal interpretação extensiva, mas não
aplicação analógica da lei processual;
e) nova lei processual penal, ainda que desfavorável ao réu, respeitando-se os atos já
praticados, admitindo o Código de Processo Penal interpretação extensiva e aplicação
analógica da lei processual.

20) A Constituição da República e o Código de Processo Penal prevêem regras e


princípios para solucionar conflitos no tema “a lei no tempo”. À lei puramente processual
penal aplicam-se os seguintes princípios:

a) da irretroatividade da lei prejudicial ao réu e da retroatividade da lei benéfica;


b) da aplicação imediata e do tempus regit actum (tempo rege o ato);
c) da inalterabilidade e da ultratividade da lei benéfica;
d) da ultratividade e da retroatividade da lei benéfica ao réu;
e) da retroatividade da lei prejudicial e da ultratividade da lei benéfica.

21) Sobre a aplicação da Lei Processual Penal, é correto afirmar que;

a) no Brasil, adota-se integralmente o princípio da irretroatividade da lei processual penal,


que impede que as inovações na norma processual penal sejam aplicadas de imediato
para fatos praticados antes de sua entrada em vigor.
b) ela admitirá interpretação extensiva e o suplemento de princípios gerais do direito, mas
não a aplicação analógica.
c) o processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, pelo Código de Processo
Penal, não havendo qualquer ressalva prevista neste diploma.
d) as normas previstas no Código de Processo Penal de natureza híbrida, ou seja, com
conteúdo de direito processual e de direito material, devem respeitar o princípio que veda
a aplicação retroativa da lei penal, quando seu conteúdo for prejudicial ao réu.
e) ela admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, mas não o suplemento dos
princípios gerais do direito

22. Pedro, Joaquim e Sandra foram presos em flagrante delito. Pedro, por ter ofendido a
integridade corporal de Lucas, do que resultou debilidade permanente de um de seus
membros; Joaquim, por ter subtraído a bicicleta de Lúcio, de vinte e cinco anos de idade,
no período matutino — Lúcio a havia deixado em frente a uma padaria; e Sandra, por ter
subtraído o carro de Tomás mediante grave ameaça. Considerando-se os crimes
cometidos pelos presos, a autoridade policial poderá conceder fiança a

A) Joaquim somente.

B) Pedro somente.

C) Pedro, Joaquim e Sandra.

D) Pedro e Sandra somente.

E) Joaquim e Sandra somente.

24-. O MP de determinado estado ofereceu denúncia contra um indivíduo, imputando-


lhe a prática de roubo qualificado, mas a defesa do acusado negou a autoria. Ao
proferir a sentença, o juízo do feito constatou a insuficiência de provas capazes de
justificar a condenação do acusado.

Nessa situação hipotética, para fundamentar a decisão absolutória, o juízo deveria


aplicar o princípio do

a) estado de inocência.

b) contraditório.

c) promotor natural.

d) ne eat judex ultra petita partium.

e) favor rei.

25 A questão, refere-se às normas do Código de Processo Penal.

Consoante o tema “Exame do corpo de delito e perícias em geral”, assinale a


alternativa correta.

a) Na falta de peritos oficiais, o exame será realizado por duas pessoas idôneas,
portadoras ou não de diploma de curso superior, obrigatoriamente com habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.

b) A decisão do juiz ficará adstrita ao laudo, não podendo rejeitá-lo, no todo ou em


parte.
c) Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

d) Tanto os peritos oficiais quanto os peritos não oficiais devem prestar o


compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.

e) O exame de corpo de delito deverá ser feito das seis horas às vinte horas de
qualquer dia da semana.

26- A respeito do exame de corpo de delito e das perícias em geral, prevê o Código de
Processo Penal que, quando a infração deixar vestígios, será

a) elaborado laudo pericial, no prazo máximo de 5 (cinco) dias.

b) indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo


a confissão do acusado.

c) realizada perícia por perito oficial, portador de diploma de nível médio.

d) inadmissível, em qualquer hipótese, a prova testemunhal.

e) o juiz vinculado ao laudo, não podendo rejeitá-lo.

27- Em se tratando de processo penal, assinale a alternativa que apresenta, correta e


respectivamente, uma fonte direta e uma fonte indireta.

a) Costume e lei.

b) Costume e jurisprudência.

c) Doutrina e jurisprudência.

d) Princípios gerais do direito e doutrina.

e) Lei e costume.

28- No Direito pátrio, o sistema que vige no processo penal é o

a) inquisitivo formal.

b) acusatório formal.

c) inquisitivo.

d) inquisitivo unificador.

e) acusatório.

29. A lei processual penal


a) tem aplicação imediata, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência de lei
anterior.

b) somente pode ser aplicada a processos iniciados sob sua vigência.

c) tem aplicação imediata, devendo ser declarados inválidos os atos praticados sob a
vigência de lei anterior.

d) tem aplicação imediata, devendo ser renovados os atos praticados sob a vigência
da lei anterior.

e) é retroativa aos atos praticados sob a vigência de lei anterior.

30- Segundo o Código de Processo Penal, a circunstância conhecida e provada que, tendo
relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias, denomina-se

a) elemento probante.

b) perícia.

c) laudo.

d) prova.

e) indício.

GABARITO

1-C 2-D3-C4-C-5-D6-B-7-B-8-E-9-A-10-C-11-D-12-D-13-D-14-E-15-B-16-D-17-D-18-A-19-
E-20-B-21-E-22-A-23-A-24-E-25-C-26-B-27-E-28-E-29-A-30-E

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