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Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
18/05/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Autos físicos arquivados na caixa 6-v

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 285
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
18/05/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Certifico que expedi mandado à testemunha André de Jesus Santos, conforme determinação exarada no termo de
audiência retro.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 286
Poder Judiciário
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Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
18/05/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Certifico que o fragmento de arma que se encontrava junto aos autos físicos do processo encontra-se na secretaria
em pasta própria, acompanhado de seu respectivo laudo.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 287
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
19/05/2016

MOVIMENTO:
Expedição de Documento

DESCRIÇÃO:
Mandado de nº: 201621802118 do tipo Intimação Testemunha Audiência de Instrução Criminal[MD01607]
protocolado nesta data.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 288
Documento assinado eletronicamente em 19/05/2016 08:28:53 por GRACE OLIVEIRA TEIXEIRA
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20160628786-09

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE


Audiência
Juízo de Direito 8ª Vara Criminal de Aracaju
Av. Pres. Tancredo Neves, S/N
Bairro - Capucho Cidade - Aracaju
Cep - 49087-610 Telefone - (79)3226-3602
201621802118

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
NATUREZA: Ação Penal de Competência do Júri
Autor: AUTORIDADE POLICIAL
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

MANDADO DE INTIMAÇÃO

A Dra. FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juíza de Direito da(o) 8ª Vara Criminal de Aracaju da
Comarca de Aracaju, Estado de Sergipe,

MANDA o Oficial de Justiça designado que, em cumprimento ao presente, INTIME a testemunha


abaixo qualificada para comparecer a este Juízo, para prestar depoimento no processo-crime a que responde a
parte ré acima identificada, sob pena de condução coercitiva prevista nos arts. 218 e 219 do Código de
Processo Penal.

Data e hora do comparecimento: 15/06/2016 às 09:00, Local: acima indicado. ATENÇÃO OFICIAL DE
JUSTIÇA PARA A SEGUINTE DECISÃO: (...) Determino que a testemunha faltante, André de Jesus Santos,
vulgo Tourão, seja intimado por hora certa nos termos do art. 362 c/c 370 do CPP e c/c 252 do NCPC, uma vez
que não fora localizado em seu endereço por mais de uma vez, apesar de residir nele, conforme ofício de fls.
195, emitido pela Autoridade Policial, ensejando a suspeita de que está se ocultando para não comparecer em
Juízo, deixando de colaborar com a justiça na elucidação do crime. (...)

Qualificação da Testemunha:
Nome..........: André de Jesus Santos, vulgo Tourão
Residência..: Travessa B 75 Casa B - Jetimana
Bairro..........: CIDADE NOVA (ARACAJU)
Cidade.........: ARACAJU - SE

Grace Oliveira Teixeira


Escrivão(ã)/Chefe de Secretaria/Subsecretário
Documento assinado eletronicamente

[TM1607,MD1855]

Recebi o mandado 201621802118 em _____/_____/__________

_____________________________________________________

André de Jesus Santos, vulgo Tourão

p. 289
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Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
25/05/2016

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Mandado(201621802118) de Intimação Simples - Certidão do oficial.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 290
Documento assinado eletronicamente em 19/05/2016 08:28:53 por GRACE OLIVEIRA TEIXEIRA
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20160628786-09

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE


Audiência
Juízo de Direito 8ª Vara Criminal de Aracaju
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Bairro - Capucho Cidade - Aracaju
Cep - 49087-610 Telefone - (79)3226-3602
201621802118

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
NATUREZA: Ação Penal de Competência do Júri
Autor: AUTORIDADE POLICIAL
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

MANDADO DE INTIMAÇÃO

A Dra. FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juíza de Direito da(o) 8ª Vara Criminal de Aracaju da
Comarca de Aracaju, Estado de Sergipe,

MANDA o Oficial de Justiça designado que, em cumprimento ao presente, INTIME a testemunha


abaixo qualificada para comparecer a este Juízo, para prestar depoimento no processo-crime a que responde a
parte ré acima identificada, sob pena de condução coercitiva prevista nos arts. 218 e 219 do Código de
Processo Penal.

Data e hora do comparecimento: 15/06/2016 às 09:00, Local: acima indicado. ATENÇÃO OFICIAL DE
JUSTIÇA PARA A SEGUINTE DECISÃO: (...) Determino que a testemunha faltante, André de Jesus Santos,
vulgo Tourão, seja intimado por hora certa nos termos do art. 362 c/c 370 do CPP e c/c 252 do NCPC, uma vez
que não fora localizado em seu endereço por mais de uma vez, apesar de residir nele, conforme ofício de fls.
195, emitido pela Autoridade Policial, ensejando a suspeita de que está se ocultando para não comparecer em
Juízo, deixando de colaborar com a justiça na elucidação do crime. (...)

Qualificação da Testemunha:
Nome..........: André de Jesus Santos, vulgo Tourão
Residência..: Travessa B 75 Casa B - Jetimana
Bairro..........: CIDADE NOVA (ARACAJU)
Cidade.........: ARACAJU - SE

Grace Oliveira Teixeira


Escrivão(ã)/Chefe de Secretaria/Subsecretário
Documento assinado eletronicamente

[TM1607,MD1855]

Recebi o mandado 201621802118 em _____/_____/__________

_____________________________________________________

André de Jesus Santos, vulgo Tourão

p. 291
Documento assinado eletronicamente em 25/05/2016 12:42:20 por JUSSARA DOS SANTOS
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20160659757-16

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônio)


NATUREZA: Crime
NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
MANDADO: 201621802118
DATA DE CUMPRIMENTO: 23/05/2016 00:00

DESTINATÁRIO: André de Jesus Santos, vulgo Tourão


TIPO DE MANDADO: Intimação Testemunha Audiência de Instrução Criminal

CERTIDÃO

NÃO FOI INTIMADA. MOTIVO:

Certifico que não foi possível a intimação do Sr. André de Jesus Santos, tendo em vista que segundo
a informação da sua mãe (Gilvanete Freire dos Santos) o mesmo não reside mais no endereço indicado, a
mesma não sabe o seu endereço atual.

[TC1607, MD47]

p. 292
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
30/05/2016

MOVIMENTO:
Conclusão

DESCRIÇÃO:
Face à certidão juntada em 25/05/2016 exarada por Oficial de Justiça, remeto os autos conclusos para análise e
decisão.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 293
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
31/05/2016

MOVIMENTO:
Despacho

DESCRIÇÃO:
Analisando os autos, constato que foi determinada a intimação por hora certa para a testemunha André de Jesus
Santos. Ocorre que o Oficial de Justiça não procedeu conforme determinado no art. 252 do CPC/2015, como se
verifica na certidão lançada em 25/05/2016.Assim, visando o cumprimento das determinações da audiência realizada
no dia 18/05/2016, expeça-se mandado de intimação por hora certa para a testemunha André de Jesus Santos, vulgo
Tourão, na forma do art. 362, c/c art. 370 do CPP e art. 252 do CPC/2015, uma vez que tal testemunha não fora
localizada em seu endereço por mais de uma vez, apesar de residir nele, conforme ofício de fls. 195, emitido pela
Autoridade Policial, ensejando a suspeita de que está se ocultando para não comparecer em Juízo, deixando de
colaborar com a justiça na elucidação do crime.Aracaju, 30 de maio de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 294
Decisão ou Despacho

Processo nº: 201521800150

Processo nº 201521800150

Analisando os autos, constato que foi determinada a intimação por hora certa para a
testemunha André de Jesus Santos. Ocorre que o Oficial de Justiça não procedeu conforme determinado
no art. 252 do CPC/2015, como se verifica na certidão lançada em 25/05/2016.

Assim, visando o cumprimento das determinações da audiência realizada no dia 18/05/2016,


expeça-se mandado de intimação por hora certa para a testemunha André de Jesus Santos, vulgo Tourão,
na forma do art. 362, c/c art. 370 do CPP e art. 252 do CPC/2015, uma vez que tal testemunha não fora
localizada em seu endereço por mais de uma vez, apesar de residir nele, conforme ofício de fls. 195,
emitido pela Autoridade Policial, ensejando a suspeita de que está se ocultando para não comparecer em
Juízo, deixando de colaborar com a justiça na elucidação do crime.

Aracaju, 30 de maio de 2016.

Fabiana Oliveira B. de Castro

Juíza de Direito

p. 295
Poder Judiciário
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
31/05/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Certifico que expedi novo mandado de intimação em cumprimento ao despacho retro.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 296
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
01/06/2016

MOVIMENTO:
Expedição de Documento

DESCRIÇÃO:
Mandado de nº: 201621802365 do tipo Intimação Testemunha Advertência de Condução Coercitiva[MD00220]
protocolado nesta data.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 297
Documento assinado eletronicamente em 01/06/2016 07:24:17 por GRACE OLIVEIRA TEIXEIRA
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20160676635-76

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Audiência
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Av. Pres. Tancredo Neves, S/N
Bairro - Capucho Cidade - Aracaju
Cep - 49087-610 Telefone - (79)3226-3602
201621802365

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
NATUREZA: Ação Penal de Competência do Júri
Autor: AUTORIDADE POLICIAL
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

MANDADO DE INTIMAÇÃO

A Dra. FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juíza de Direito da(o) 8ª Vara Criminal de Aracaju da
Comarca de Aracaju, Estado de Sergipe,

MANDA o Oficial de Justiça designado que, em cumprimento ao presente, proceda à intimação da


testemunha identificada para comparecimento neste Juízo, ficando advertida de que o não comparecimento
importará na sua condução coercitiva.

Data e hora do comparecimento: 15/06/2016 às 09:00, Local: acima indicado. ATENÇÃO OFICIAL DE
JUSTIÇA PARA O CUMPRIMENTO DO DESPACHO QUE SEGUE EM ANEXO, BEM COMO A SEGUINTE
DECISÃO: (...) Determino que a testemunha faltante, André de Jesus Santos, vulgo Tourão, seja intimado por
hora certa nos termos do art. 362 c/c 370 do CPP e c/c 252 do NCPC, uma vez que não fora localizado em seu
endereço por mais de uma vez, apesar de residir nele, conforme ofício de fls. 195, emitido pela Autoridade
Policial, ensejando a suspeita de que está se ocultando para não comparecer em Juízo, deixando de colaborar
com a justiça na elucidação do crime. (...)

Qualificação da Testemunha:
Nome: André de Jesus Santos, vulgo Tourão
Residência: Travessa B, 75 Casa B - Jetimana
Bairro: CIDADE NOVA (ARACAJU)
Cidade: ARACAJU - SE

Grace Oliveira Teixeira


Escrivão(ã)/Chefe de Secretaria/Subsecretário
Documento assinado eletronicamente

[TM220,MD1685]

Recebi o mandado 201621802365 em _____/_____/__________

_____________________________________________________

André de Jesus Santos, vulgo Tourão

p. 298
Poder Judiciário
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8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
14/06/2016

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Mandado(201621802365) de Intimação Simples - Certidão do oficial.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 299
Documento assinado eletronicamente em 01/06/2016 07:24:17 por GRACE OLIVEIRA TEIXEIRA
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20160676635-76

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Audiência
Juízo de Direito 8ª Vara Criminal de Aracaju
Av. Pres. Tancredo Neves, S/N
Bairro - Capucho Cidade - Aracaju
Cep - 49087-610 Telefone - (79)3226-3602
201621802365

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
NATUREZA: Ação Penal de Competência do Júri
Autor: AUTORIDADE POLICIAL
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

MANDADO DE INTIMAÇÃO

A Dra. FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juíza de Direito da(o) 8ª Vara Criminal de Aracaju da
Comarca de Aracaju, Estado de Sergipe,

MANDA o Oficial de Justiça designado que, em cumprimento ao presente, proceda à intimação da


testemunha identificada para comparecimento neste Juízo, ficando advertida de que o não comparecimento
importará na sua condução coercitiva.

Data e hora do comparecimento: 15/06/2016 às 09:00, Local: acima indicado. ATENÇÃO OFICIAL DE
JUSTIÇA PARA O CUMPRIMENTO DO DESPACHO QUE SEGUE EM ANEXO, BEM COMO A SEGUINTE
DECISÃO: (...) Determino que a testemunha faltante, André de Jesus Santos, vulgo Tourão, seja intimado por
hora certa nos termos do art. 362 c/c 370 do CPP e c/c 252 do NCPC, uma vez que não fora localizado em seu
endereço por mais de uma vez, apesar de residir nele, conforme ofício de fls. 195, emitido pela Autoridade
Policial, ensejando a suspeita de que está se ocultando para não comparecer em Juízo, deixando de colaborar
com a justiça na elucidação do crime. (...)

Qualificação da Testemunha:
Nome: André de Jesus Santos, vulgo Tourão
Residência: Travessa B, 75 Casa B - Jetimana
Bairro: CIDADE NOVA (ARACAJU)
Cidade: ARACAJU - SE

Grace Oliveira Teixeira


Escrivão(ã)/Chefe de Secretaria/Subsecretário
Documento assinado eletronicamente

[TM220,MD1685]

Recebi o mandado 201621802365 em _____/_____/__________

_____________________________________________________

André de Jesus Santos, vulgo Tourão

p. 300
Documento assinado eletronicamente em 14/06/2016 09:33:58 por JORGE GOES FARIAS
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20160740958-11

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônio)


NATUREZA: Crime
NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
MANDADO: 201621802365
DATA DE CUMPRIMENTO: 10/06/2016 07:00

DESTINATÁRIO: André de Jesus Santos, vulgo Tourão


TIPO DE MANDADO: Intimação Testemunha Advertência de Condução Coercitiva

CERTIDÃO

INTIMADA, APÔS O CIENTE, ACEITANDO A CONTRAFÉ

ENDEREÇO ATUAL/CORRETO: RUA B2, S/N, (VIZINHO À CASA DE Nº 128), BAIRRO JETIMANA,
NESTA CAPITAL. LOCAL ONDE A TESTEMUNHA SR. ANDRÉ DE JESUS SANTOS, VULGO TOURÃO,
FORA EFETIVAMENTE INTIMADO DE TODO O TEOR DESTE MANDADO. INFORMO AINDA A V. EXCIA.
QUE O ENDEREÇO INDICADO NO PRESENTE SE REFERE AO ENDEREÇO RESIDENCIAL DA GENITORA
DESSA TESTEMUNHA. DOU FÉ.

[TC220, MD47]

p. 301
p. 302
Poder Judiciário
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Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
15/06/2016

MOVIMENTO:
Audiência

DESCRIÇÃO:
Em seguida, pela MM. Juíza foi proferida a seguinte decisão: Encerrada a audiência de instrução, não havendo
diligências requeridas por parte da Defesa e pelo presentante do MP na fase do art. 402 do CPP. Concedo prazo
sucessivo de 05 dias para o presentante do MP e para Defesa para apresentação de alegações finais em memoriais.
Após de tudo certificado venham os autos conclusos.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 303
Termo de Audiência

Processo nº: 201521800150

Processo: 201521800150

Pregão

Dra. Fabiana Oliveira B. de Castro Juíza de Direito Presente

Dra. Cláudia Daniela de F. S. Franco Promotora de Justiça Presente

Dr. Luiz Fernando Almeida Ribera Advogado Presente

Adriano Pereira de Souza Acusado Presente

André de Jesus Santos Testemunha MP Presente

Andréa Pereira de Souza Testemunha Defesa Presente

Rosicleide Pereira de Souza Testemunha Defesa Presente

Termo de Audiência

No dia 15 de Junho de 2016 às 09:00 horas, nesta cidade de Aracaju, na Sala de Audiências da 8ª Vara
Criminal, onde presente se achava aMM. Juíza de Direito, Dra. Fabiana Oliveira B. de Castro, comigo
técnica judiciária adiante nomeada e ao final assinada, abriu-se audiência de continuação de instrução
dos autos supramencionados, com as formalidades de lei e de praxe, e verificou-se a presença das partes,
patronos e demais agentes, conforme pregão acima registrado.

Iniciada a audiência, foi ouvida a testemunha André de Jesus Santos, que informou seu atual endereço:
Rua B-2, s/n, vizinho a casa nº 128, na ausência do acusado, porém, presente o seu Defensor e Promotora
de Justiça. Logo após, foram ouvidas as testemunhas arroladas pela Defesa na presença do acusado. Ato
contínuo, foi qualificado e interrogado o acusado, sendo-lhe inicialmente assegurado o direito de
conversar com seu defensor reservadamente, estando os atos gravados em arquivo de áudio e vídeo em
anexo.

Dada a palavra a presentante do MP que nada requereu.

p. 304
Dada a palavra a Defesa que nada requereu.

Em seguida, pela MM. Juíza foi proferida a seguinte decisão: “Encerrada a audiência de instrução,
não havendo diligências requeridas por parte da Defesa e pelo presentante do MP na fase do art. 402 do
CPP. Concedo prazo sucessivo de 05 dias para o presentante do MP e para Defesa para apresentação de
alegações finais em memoriais. Após de tudo certificado venham os autos conclusos.”

Nada mais havendo, foi o presente encerrado. Para constar, ___ Alexandre Magno Nunes Rollemberg, Té
cnico Judiciário, lavrou e subscreveu o presente termo que segue assinado por todos os que se fizeram
atuantes no ato.

Fabiana Oliveira B. de Castro

Juíza de Direito

Cláudia Daniela de F. S. Franco

Promotor(a) de Justiça

Luiz Fernando Almeida Ribera

Advogado

p. 305
p. 306
p. 307
p. 308
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8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


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PROCESSO:
201521800150

DATA:
16/06/2016

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Malote digital <br/> Juntada de Outros Documentos<br/>Ofício oriundo do TJ/SE. Decisão correição parcial.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 309
p. 310
p. 311
p. 312
p. 313
p. 314
p. 315
p. 316
p. 317
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
16/06/2016

MOVIMENTO:
Conclusão

DESCRIÇÃO:
Nesta data faço o processo eletrônico concluso.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 318
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
16/06/2016

MOVIMENTO:
Despacho

DESCRIÇÃO:
Ciente da decisão proferida na Correição Parcial n° 201600307837 juntada no dia 16/06/2016, às 07:36.Cumpra-se
o determinado na audiência realizada em 15/06/2016. Intime-se o Ministério Público e a defesa, sucessivamente,
para apresentação de alegações finais, no prazo de 05 (cinco) dias, conforme art. 403, do §3º, do Código de
Processo Penal.Aracaju/SE, 16 de junho de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 319
Decisão ou Despacho

Processo nº: 201521800150

Processo nº 201521800150

Ciente da decisão proferida na Correição Parcial n° 201600307837 juntada no dia 16/06/2016,


às 07:36.

Cumpra-se o determinado na audiência realizada em 15/06/2016. Intime-se o Ministério


Público e a defesa, sucessivamente, para apresentação de alegações finais, no prazo de 05 (cinco) dias,
conforme art. 403, do §3º, do Código de Processo Penal.

Aracaju/SE, 16 de junho de 2016.

Fabiana Oliveira B. de Castro

Juíza de Direito

p. 320
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
17/06/2016

MOVIMENTO:
Intimação Eletrônica

DESCRIÇÃO:
Intimação enviada ao Promotor. </br>(...) Intime-se o Ministério Público e a defesa, sucessivamente, para
apresentação de alegações finais, no prazo de 05 (cinco) dias, conforme art. 403, do §3º, do Código de Processo
Penal.Aracaju/SE, 16 de junho de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

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PROCESSO:
201521800150

DATA:
01/07/2016

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
Intimação do Promotor considerada em 01/07/2016, nos termos do art 5º, §3, da lei 11.419/06, referente ao
movimento efetuado em 17/06/2016, às 07:44:25.

LOCALIZAÇÃO:
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PUBLICAÇÃO:
Não

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PROCESSO:
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DATA:
06/07/2016

MOVIMENTO:
Manifestação do MP

DESCRIÇÃO:
ALEGAÇÕES FINAIS

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Não

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EXCELENTÍSSIMA SENHORA JUÍZA DE DIREITO DA OITAVA VARA CRIMINAL DA


COMARCA DE ARACAJU/SE.

Ref. processo nº 201521800150


Espécie: Ação Penal – Homicídio qualificado
Réu:ADRIANO PEREIRA DE SOUZA
Vítima: RAFAEL OLIVEIRA DOS SANTOS

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE, por seu Presentante


signatário, vem, perante Vossa Excelência, nos termos do art. 403, § 3º, do Código de Processo
Penal, apresentar ALEGAÇÕES FINAIS sob a forma de MEMORIAIS, nos autos da Ação Penal
em epígrafe, deflagrada contra o réu ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, já qualificado no presente
feito, figurando como vítima RAFAEL OLIVEIRA DOS SANTOS, aduzindo para tanto as razões a
seguir alinhadas.

1 – RELATÓRIO:

O Ministério Público, no exercício de suas atribuições institucionais, deflagrou


AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA, mediante oferecimento de denúncia, razão pela
qual o réu ADRIANO PEREIRA DE SOUZA está sendo acusado pela prática dos crimes contra a
vida previsto no art. 121, §1° do Código Penal.

Consta das peças informativas inclusas que no dia 05 de abril de 2015, por
volta das 22:00h, na Rua “M”, Loteamento Cigano, Pau Ferro, nesta capital, o DENUNCIADO,
agindo com animus necandi, efetuou disparos de arma de fogo em face de vítima Rafael Oliveira
dos Santos, conhecido como “Cego” ou “Zanoio”, o qual veio a óbito no local em decorrência dos
ferimentos sofridos, conforme laudo pericial cadavérico (fls. 22/28).

Segundo apurado, o DENUNCIADO, após saber que seu irmão Cícero Pereira
de Souza havia sido assassinado e tendo visto o corpo do seu familiar estendido no chão, agindo,

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então, sob o domínio de violenta emoção, foi ao encalço do autor, ora vítima, correndo e o
perseguiu até alcançá-lo, efetuando disparos de arma de fogo nas costas e na cabeça, que foram
a causa da morte daquele ainda no local do crime.

Após isso, o DENUNCIADO empreendeu fuga, tendo sido visto correndo em


companhia de seu sobrinho Johnata Diego Pereira de Souza e por essa razão esse último passou
a ser apontado na comunidade como comparsa do Increpado nesse homicídio, principalmente
porque foram detectados na vítima, além das lesões provenientes dos disparos de arma de fogo,
outras na face, decorrentes de instrumento cortante, levado-se a crer que se tratava de mais de
um autor, fato este negado pelo Denunciado ao ser interrogado.

O inquérito policial que apurou a morte de Cícero foi arquivado nesse Juízo
tendo em vista o óbito do autor, aqui indicado como vítima (201521890084).

Gize-se que na cena do crime foi encontrado um fragmento de cabo de arma de


fogo (fl.06), o qual foi encaminhado para perícia.

O laudo pericial cadavérico acostado às fls. 22/28 também identificou ferimentos


produzidos por arma branca, porém, a origem ou autor dessas lesões ainda não foi esclarecida.

O denunciado não fora preso em flagrante, tendo saído do Estado no dia


seguinte, e comparecido alguns dias depois à delegacia, na companhia de seu advogado
constituído e confessado a autoria delitiva.

Diante disso, foi denunciado pela prática de conduta prevista nos tipos penais
previstos no art. 121, §1° do Código Penal, do Código Penal Brasileiro.

Em seguida, observadas as formalidades legais, foi recebida a peça acusatória


(fl. 113) oportunidade em que o réu foi citado pessoalmente(fls. 101) e constituiu advogado nos
autos, juntando procuração às fls. 81 e resposta à acusação às fls. 131/143.

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Posteriormente foram ouvidas testemunhas, às fls. 145/página 223, fls.


192/página 294 e página 328, cujos depoimentos se encontram lançados virtualmente, bem como
procedido ao interrogatório do réu.

Enfim, estando concluída a instrução criminal, vieram os autos com vista ao


Ministério Público para oferecimento de alegações finais, na forma de memoriais.

Em síntese, é o que cumpre relatar para os fins do disposto no art. 43, inciso III,
da Lei nº 8.625/93.

2 – FUNDAMENTAÇÃO:

Com efeito, dispõe o artigo 413 do Código de Processo Penal, com a redação
que lhe foi conferida pela Lei n.º 11.689/08, que “o juiz, fundamentadamente, pronunciará o acu-
sado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou
de participação. Ademais, dispõe no parágrafo primeiro do referido artigo que “a fundamentação
da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficien-
tes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso
o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena”.

2.1. Da materialidade:

A materialidade do crime é inconteste e se acha consubstanciada na certidão


de óbito às fls. 07/página 38, no laudo de pericial cadavérico às fls. 22/27/página 56.

2.2 Da Autoria

Segundo apurado ao longo da instrução, as testemunhas ouvidas confirmaram


aquilo que já havia sido exposto no curso das investigações policiais. Vejamos:

Inicialmente, cabe ressaltar que, ao ser interrogado, o denunciado Adriano


Pereira de Souza, ao ser interrogado, informou que viu quando a vítima disparou contra seu
irmão Cícero. Aduziu que após seu irmão ter sido atingido, viu que Rafael colocou a arma na
cintura e então o perseguiu e o alcançou. Alega que quando Rafael tentou puxar a arma da

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cintura, o interrogado puxou a arma da mão dele entraram em luta corporal. Disse que, nesse
momento, então a arma disparou “sem querer”, informando ainda que entraram em luta corporal e
quando os dois caíram no chão, a arma disparou. Pelo que recorda, foi somente um disparo e não
sabe em que região o atingiu, mas nega que tenha tido intenção de matar Rafael. Disse que
Jonatas vinha no caminho depois dos disparos e se cruzaram. Reafirmou que não teve intenção
de matar Rafael mas somente segurá-lo para que fosse preso, mesmo ele já estando desarmado
e que não estava de posse de nenhuma faca. Informou que levou uma mordida de Rafael no
braço.
Tal versão não encontra guarida probatória nos autos. O que se sabe é que o
DENUNCIADO supostamente perseguiu o autor do suspeito de atitar em seu irmão, não sendo
crível que o tenha feito desarmado. A arma do crime não fora encontrada no local. A legítima
defesa alegada não encontra-se provada de modo a excluir a análise desse instituto pelo Corpo
de Jurados.

Rosicleiede Pereira de Souza, irmã do denunciado, informou que estava


sentada na porta da casa de sua genitora com seus irmãos quando de repente um rapaz de nome
Rafael chegou atirando em Cícero e em seguida seu irmão Adriano saiu correndo e não viu mais
nada. Sabe que foi Rafael porque ouviu por comentários e porque viu um “vulto” andando no
momento do crime com uma arma na mão, mas não sabe quem matou Rafael e nem porque
estão acusando seu irmão Adriano. Confirma que Adriano e Rafael brigaram mas não soube se
Rafael saiu ferido.

Andréa Pereira de Souza disse que no momento do crime, estava na porta da


casa mas no exato instante dos disparos tinha entrado em casa e ao ouvir os disparos saiu e viu
seu irmão morto. Disse que, sobre o presente crime, nada sabe informar, mas soube que Rafael
entrou em luta corporal com Adriano instantes após a morte de Cícero,

André de Jesus Santos informou que nada sabe acerca do crime e disse que
não conhece Adriano, somente foi ver Rafael já agonizando e desmaiou.

Ingrid Vitoria Reis dos Santos, é menor de idade e convivia com a vítima
Rafael entretanto que não sabe como foi a morte dele, porque quando ele chegou no local já o viu
morto e também viu o outro rapaz morto. Não soube informar se Rafael vendia ou usava drogas.

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Vera Lucia, mãe da vitima Rafael, informou que soube do crime por Ingrid
Vitoria, depois do velório. Aduziu que Cicinho(falecido) tinha dito que Rafael tinha vendido uma
droga ruim e queria o dinheiro de volta, que então ele se negou a devolver e Cicinho ameaçou ele
com uma arma e ficou escondido na ladeira esperando Rafael subir. Em razão disso, Rafael
soube e também foi se armar. Nesse ínterim, Rafael o matou e subiu a ladeira, quando o irmão de
Cicinho soube e matou Rafael. Ficou sabendo que dois tios e um sobrinho de Adriano também
participaram do crime.

Luzanira Barros dos Santos informou que conhecia Cícero de passagem mas
não conhecia Rafael, bem como conhecia Adriano de vista também, porém nada de relevante
informou sobre o crime.

David Felipe dos Santos disse que confirma que ouviu os tiros, que foram
verificar o que tinha ocorrido e viu Rafael já morto. Aduziu que primeiro escutou os tiros e quando
foi ver era Cicero morto, logo após, escutou mais disparos e foi olhar e Rafael estava morto a uma
distância de três ruas. Afirmou que não ficou sabendo se Rafael tinha matado Cicero e não ouviu
comentários de quem matou Rafael.

Genésio de Araújo disse que trabalha próximo onde ocorreu o crime mas não
viu nada acerca do crime, soube apenas por comentários. Nada informou de relevante.

Janiery de Souza Correia é sobrinha de Cicinho e informou que estava junto


com seus tios e também Cicinho na porta da casa quando este saiu para comprar uma bebida e
depois quando voltou chegou um rapaz e atirou em Cicinho, que não viu quem atirou, mas viu um
vulto subindo a ladeira, que soube pelos policiais que Adriano tinha atirado em Rafael.

Jonathan Diego Pereira de Brito informou que ao voltar da igreja soube que
seu tio estava baleado, e então quando encontrou com seu tio Adriano, este o contou que brigou
com Rafael e a arma deste disparou após entrarem em luta corporal. Informou que seu tio
Adriano, ora denunciado, estava machucado com uma mordida no braço.

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Ad argumentandum tantum, como é sabido, na fase de pronúncia vigora o


princípio do in dubio pro societate, o que significa dizer que é em favor da sociedade que são
decididas as questões suscitadas, ainda mais quando provadas a autoria, materialidade,
motivação e forma de execução do crime cometido, cabendo ao Tribunal Popular, de previsão
constitucional, quando do julgamento da causa, dizer se o acusado deve ou não ser condenado
pelo crime doloso contra a vida a ele imputado.

Não somente as testemunhas apontam o denunciado como sendo o autor


do delito, como também o próprio denunciado confessa categoricamente, ter praticado o
crime em apuração, embora alegue que a arma disparou acidentalmente após entrar em
luta corporal com a vítima, assinalando também indiretamente que a arma pertencia à sua
vítima, circunstância essa que não restou provada pela parte que alegou, mormente por
haver confessado ter sido ao encalço do agressor de seu irmão.

Assim, não são meros indícios de prova, mas sim, robustos elementos
colhidos durante a instrução processual que se afunilaram para confirmar a autoria na
pessoa do denunciado.

Ainda no que respeita à sentença de pronúncia ensina o saudoso Professor Júlio


Fabrini Mirabette, verbis:

A sentença de pronúncia, portanto, como decisão sobre a admissibilidade


da acusação constitui Juízo fundado de suspeita, não o Juízo de certeza
que se exige para a condenação. Daí a incompatibilidade do provérbio In
dubio pro reo com ela. É a favor da sociedade que nela se resolvem as
eventuais incertezas propiciadas pela prova. Há inversão da regra do in
dubio pro reo para in dubio pro societate.

Esse também é o entendimento reiterado dos tribunais pátrios:

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - SENTENÇA DE PRONÚNCIA - MERO


JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA ACUSAÇÃO - DECISÃO MANTIDA POR

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SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS - RECURSO IMPROVIDO - DECISÃO


UNÂNIME.
- A sentença de pronúncia está pautada em um juízo de probabilidade
em que se faz necessário analisar, tão somente, a existência de indícios de
autoria e materialidade delitiva.
- As circunstâncias qualificadoras da inicial acusatória só devem ser
afastadas quando manifestamente improcedentes com o disposto nos autos.
Assim, existindo estreme de dúvidas, far-se-á a aplicação do brocardo in dubio
pro societatis.
- Recurso Improvido. Decisão Unânime (grifo nosso) (RECURSO EM
SENTIDO ESTRITO Nº 0022/2007, 8ª VARA CRIMINAL, Tribunal de Justiça do
Estado de Sergipe, Relator: VAGA DE DESEMBARGADOR (DES. PASCOAL),
Julgado em 03/09/2007).

2.3. Do Privilégio:

Ressalte-se que durante a instrução foi constatado que o crime foi praticado por
motivo de injusta provocação da vítima, tendo em vista que o delito teria sido cometido minutos
após o irmão do denunciado ter sido brutalmente morto pelo vitimado.

De fato, verifica-se que, em consonância com os princípios constitucionais do


contraditório e da ampla defesa, as provas produzidas demonstram que indícios suficientes da
autoria delitiva recaiu sobre o denunciado, motivo pelo qual deve ser pronunciado.

4. DO PEDIDO:
Em face do exposto, o Ministério Público vem requerer A PROCEDÊNCIA
TOTAL da pretensão punitiva formulada na denúncia, para a PRONÚNCIA do réu nos termos do
art. 413, caput, e § 1º, do Código de Processo Penal, e submetê-los a julgamento perante o
Tribunal do Júri pela prática da conduta descrita nos art. 121, § 1º do Código Penal Brasileiro.

Aracaju (SE), 04 de julho de 2016.


Claudia Daniela de Freitas S. Franco Flaviano de Almeida Santos
Promotora de Justiça Promotor de Justiça

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PROCESSO:
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DATA:
07/07/2016

MOVIMENTO:
Intimação Eletrônica

DESCRIÇÃO:
Intimação enviada ao Defensor Público. </br>(...) para apresentação de alegações finais, no prazo de 05 (cinco)
dias, conforme art. 403, do §3º, do Código de Processo Penal.Aracaju/SE, 16 de junho de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

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DATA:
07/07/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Certifico que foi expedida intimação eletrônica à Defensoria Pública por equívoco, tendo em vista que há advogado
constituído nos autos.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

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PROCESSO:
201521800150

DATA:
07/07/2016

MOVIMENTO:
Ato Ordinatório

DESCRIÇÃO:
Intime-se a defesa para apresentação de alegações finais, no prazo de 05 (cinco) dias, conforme art. 403, do §3º,
do Código de Processo Penal.Aracaju/SE, 16 de junho de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Sim

p. 333
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
14/07/2016

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
Correição Parcial (Crime) transitado em julgado, tombado sob no. do processo 201600307837. {Movimento gerado
pelo 2o. Grau}

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 334
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PROCESSO:
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DATA:
18/07/2016

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Juntada de Alegações Finais realizada nesta data. {Movimento Gerado pelo Advogado: LUIZ FERNANDO
ALMEIDA RIBERA - 3860}

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 335
Bel. Luiz Fernando Almeida Ribera

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA 8ª


VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ARACAJU, DO ESTADO DE SERGIPE

Ação Penal de Competência do Júri


Processo n. 201521800150
Autor: Autoridade Policial
Denunciado: Adriano Pereira de Souza
Advogado: Luiz Fernando Almeida Ribera – OAB/SE 3860

ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, já


devidamente identificado no feito em epígrafe, por intermédio
de seu Advogado, regular e devidamente constituído, conforme
instrumento procuratório já inserido nos Autos, inscrito na
Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Sergipe, sob o número
de registro 3860, com endereço profissional avistável no
rodapé deste petitório, vem, mui respeitosamente à digna
presença de Vossa Excelência apresentar

A L E G A Ç Õ E S F I N A I S

contestando com veemência a denúncia encartada nos Autos, como


também as alegações derradeiras do Órgão Acusador, pelos fatos
e fundamentos jurídicos a seguir expostos:

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I - DOS FATOS SEGUNDO A DENÚNCIA

1.1 - De acordo com a Denúncia do


Ministério Público, na data de 05 de Abril do ano de 2015, por
volta das 22:00 horas, na Rua M, Loteamento Cigano, Pau Ferro,
nesta cidade de Aracaju, o denunciado, teria agido com animus
necandi, ao efetuar disparos de arma de fogo, em face de
Rafael Oliveira dos Santos, que veio a óbito no local.

1.2 – Infere o Parquet Estadual que


o acusado, após saber que seu irmão, Cícero Pereira de Souza,
havia sido assassinado e tendo visto o corpo de seu familiar
no chão, sob o domínio de violenta emoção, foi ao encalço do
autor, correndo e o perseguiu até alcançá-lo, efetuando
disparos de arma de fogo nas costas e na cabeça, que foram a
causa da morte daquele ainda no local do crime.

1.3 – Ainda segundo a Denúncia, o


acusado teria empreendido fuga, tendo sido visto correndo em
companhia de seu sobrinho Johnata Diego Pereira de Souza,
sendo este apontado como comparsa, tendo em vista que foram
detectados na vítima lesões outras além dos disparos de arma
de fogo, que teriam sido decorrentes de instrumento cortante.

1.4 - Por fim, o Órgão Ministerial


aponta que a materialidade estaria comprovada, bem como
indícios suficientes da autoria, postulando a condenação do
denunciado nas cominações previstas no Artigo 121, §1º do CPB.

1.5 – Em apertada síntese, eis os


fatos na versão da Acusação, no que pese as evidências dos
autos constam que não houve por parte do acusado o animus
necandi de ceifar a vida da vítima, agindo, sim, defendendo-se
de uma agressão sofrida.

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II - PRELIMINAR DE MÉRITO

2.1 - Da Inépcia da Denúncia


por Ausência de Elemento
Subjetivo do Injusto

a) Excelência, a exigência de
descrição do fato jurídico com todos os seus elementos e
pormenores na denúncia é uma das implicações da imposição do
garantismo constitucional moderno que abomina as peças
acusatórias lacônicas ou omissas e preserva o direito
fundamental indisponível da cidadania.

b) Se, por um lado, é verdadeiro


afirmar que não existe crime sem conduta, por outro lado, é
inquestionável dizer que não existe conduta sem vontade. Se o
conteúdo volitivo for típico, configurado está o dolo,
elemento subjetivo do tipo penal (artigo 18 do CP), que
segundo Welzel, significa a vontade de realização da ação.
c) Segundo a Teoria Finalista da
Ação, a tipificação da conduta deve constar da narrativa da
inicial, por expressa exigência legal, sendo certo, por sua
vez, que o dolo, como elemento subjetivo do injusto, deve
estar narrado, também, na denúncia ou queixa, sob pena de
inépcia. Na verdade, é elemento integrante do tipo penal o
dolo que envolve a consciência e a vontade do agente de
empregar, por exemplo, a violência ou grave ameaça como meio
de execução nos crimes de roubo.
d) Na Teoria Causal, o elemento
subjetivo só era objeto de análise no momento da sentença.
Todavia, sob a ótica da Teoria Finalista da Ação, o dolo deve
ser aferido no início da ação penal. A ausência do elemento
subjetivo na denúncia ou queixa contraria o disposto no Artigo
41 do CPP, que determina que a exordial de acusação contenha a
exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias.
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e) A peça acusatória limita-se,


muitas vezes, a descrever o fato objetivo sem, contudo,
registrar o ânimo, seja doloso (ou o culposo) do agente.
Entretanto, a ação típica é o somatório de fatores internos e
externos e a exordial não pode prescindir do elemento
subjetivo, pois o Código de Processo Penal exige que a
denúncia tenha por respaldo elementos concretos, que tornem
possível o exercício da defesa plena do acusado.

f) A inépcia da denúncia,
demonstrada pela inequívoca deficiência subjetiva da denúncia,
impede a compreensão da acusação e traz flagrante prejuízo à
defesa do réu. O elemento subjetivo constitui, assim, uma das
principais circunstâncias relacionadas com o fato criminoso.

g) Dispondo o Artigo 43, Inciso I,


do CPP, como condição para o recebimento da denúncia ou
queixa, sobre a necessidade de o fato narrado se constituir
crime, e sendo este a ação ou omissão típica e ilícita, e
integrando o dolo o tipo, caso não esteja o dolo evidenciado
na narrativa da inicial estará sendo narrado um fato atípico,
que não se adequou ao conceito de crime. E, de acordo com José
Frederico Marques, “a ausência de fato típico torna
inadmissível a persecução penal contra o autor de uma conduta
que possa ser tida por ilícita ou antijurídica1.”

1
MARQUES, José Frederico. Tratado de direto processual penal. São Paulo: Saraiva, v. I, 1980, p. 171.
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h) O elemento subjetivo,
intencional quando do cometimento do fato típico, é
indispensável à configuração do delito. Sua ausência, além de
constranger o réu em sua dignidade humana, é falha na
descrição da conduta típica. A denúncia, na demonstração da
existência do crime, deve descrever todos os elementos
(objetivo, subjetivo e normativo). A ausência de qualquer
desses elementos deve levar à inviabilidade da ação penal em
nome do Garantismo Processual.

i) O parquet se preocupou com a


materialidade e os indícios de autoria, que para ele são
suficientes para embasar uma ação penal, mas se descurou de
demonstrar o dolo ou, no caso, a culpabilidade do denunciado,
consistente na vontade do réu ou mesmo na não observância dos
deveres de negligência, imprudência ou imperícia elementos
presentes na ação culposa em relação ao senhor Adriano Pereira
de Souza em supostamente praticar o crime tipificado na
Denúncia.

j) Em nenhum ponto da denúncia coo


também das Legações Finais Ministeriais, existe referência que
explicite de forma inequívoca que o acusado praticou o crime
que lhe é indicado por animus necandi, ou seja, com o objetivo
claro e inequívoco de praticar homicídio contra a vítima.

k) Conforme consta nos depoimentos


aferidos em sede de Inquérito Policial e durante toda a
instruçãoprocessual, o acusado Adriano Pereira de Souza
afirmou que estava na porta de casa, com outros familiares,
dentre os quais seu finado irmão Cícero, quando este saiu
sozinho dizendo que iria para a praça da Jetimana, quando foi
morto à tiros por Rafael Oliveira dos Santos.
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l) Ponderou o denunciado que não


chegou a presenciar o homicídio que vitimou seu irmão, mas
conseguiu visualizar o autor desse crime, que estava a se
evadir do distrito de culpa, quando decidiu sair em seu
encalço, quando travou com este uma luta corporal, caindo ao
chão, momento em que a arma disparou, vindo a causar a morte
do Rafael Oliveira dos Santos.
m) Ato contínuo, identificou que
dois comparsas do indigitado, vindo em sua direção, decidindo
assim por zelar por sua integridade física e deixar o local,
quando se deparou com o Johnatan Diego, vindo os depois a
correrem, por receio de serem perseguidos pelos demais
meliantes.
n) Temos que a tipificação
encartada na Denúncia merece ser revista, nos termos do Artigo
415, Inciso IV do CPP, que determina que o juiz,
fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando,
demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime,
em consonância com o Artigo 25 do CPB, que identifica a
hipótese de Legítima Defesa quando o agente, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, por tais
razões, a DENÚNCIA é inepta porque não atende às exigências do
Artigo 41 do CPP.

IV – NO MÉRITO
4.1 - Dos Fatos Segundo o Réu
a) Conforme consta nos depoimentos
aferidos em sede de Inquérito Policial, o acusado Adriano
Pereira afirmou que estava na porta de casa, com outros
familiares, dentre os quais seu finado irmão Cícero, quando
este saiu sozinho dizendo que iria para a praça da Jetimana,
quando foi morto à tiros por Rafael Oliveira dos Santos.
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b) Ponderou o denunciado que não


chegou a presenciar o homicídio que vitimou seu irmão, mas
conseguiu visualizar o autor desse crime, que estava a se
evadir do distrito de culpa, quando decidiu sair em seu
encalço, quando travou com este uma luta corporal, caindo ao
chão, momento em que a arma disparou, vindo a causar a morte
do Rafael Oliveira dos Santos.
c) Ato contínuo, identificou que
dois comparsas do indigitado, vindo em sua direção, decidindo
assim por zelar por sua integridade física e deixar o local,
quando deparou-se com o Johnatan Diego, vindo os depois a
correrem, por receio de serem perseguidos pelos demais
meliantes.
V - DO DIREITO

5.1 - A Conduta Criminosa atribuída


na Denúncia encontra-se prevista no Artigo 121, §1º do Código
Penal, em que o Parquet aponta que o acusado, após saber que
seu irmão, Cícero Pereira de Souza, havia sido assassinado e
tendo visto o corpo de seu familiar no chão, sob o domínio de
violenta emoção, foi ao encalço do autor, correndo e o
perseguiu até alcançá-lo, efetuando disparos de arma de fogo
nas costas e na cabeça, que foram a causa da morte daquele
ainda no local do crime.
5.2 - Excelência, deve ser
observado que a exigência de descrição do fato jurídico com
todos os seus elementos e pormenores na denúncia é uma das
implicações da imposição do Garantismo Constitucional moderno
que abomina as peças acusatórias lacônicas ou omissas e
preserva o direito fundamental indisponível da cidadania.

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5.3 - Não existe crime sem conduta,


bem como não existe conduta sem vontade. Se o conteúdo
volitivo for típico, configurado está o dolo, elemento
subjetivo do tipo penal (artigo 18 do CP), que segundo Welzel,
significa a vontade de realização da ação.

5.4 – De acordo com a Teoria


Finalista da Ação, a tipificação da conduta deve constar da
narrativa da inicial, por expressa exigência legal, sendo
certo, por sua vez, que o dolo, como elemento subjetivo do
injusto, deve estar narrado, também, na denúncia ou queixa,
sob pena de inépcia. Na verdade, é elemento integrante do tipo
penal o dolo que envolve a consciência e a vontade do agente
de empregar, por exemplo, a mercancia como meio de execução do
crime de tráfico de drogas.

5.5 - Na Teoria Causal, o elemento


subjetivo só era objeto de análise no momento da sentença.
Todavia, sob a ótica da Teoria Finalista da Ação, o dolo deve
ser aferido no início da ação penal. A ausência do elemento
subjetivo na denúncia ou queixa contraria o disposto no Artigo
41 do CPP, que determina que a exordial de acusação contenha a
exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias.

5.6 - A peça acusatória limita-se,


muitas vezes, a descrever o fato objetivo sem, contudo,
registrar o ânimo, seja doloso (ou o culposo) do agente.
Entretanto, a ação típica é o somatório de fatores internos e
externos e a exordial não pode prescindir do elemento
subjetivo, pois o Código de Processo Penal exige que a
denúncia tenha por respaldo elementos concretos, que tornem
possível o exercício da defesa plena do acusado.

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5.7 - A inépcia da peça inicial


acusatória, demonstrada pela inequívoca deficiência subjetiva
da denúncia, impede a compreensão da acusação e traz
flagrante prejuízo à defesa do réu. O elemento subjetivo
constitui, assim, uma das principais circunstâncias
relacionadas com o fato criminoso.

5.8 - Dispondo o Artigo 43, Inciso


I do CPP, como condição para o recebimento da denúncia ou
queixa, sobre a necessidade de o fato narrado se constituir
crime, e sendo este a ação ou omissão típica e ilícita, e
integrando o dolo o tipo, caso não esteja o dolo evidenciado
na narrativa da inicial estará sendo narrado um fato atípico,
que não se adequou ao conceito de crime. E, de acordo com José
Frederico Marques, “a ausência de fato típico torna
inadmissível a persecução penal contra o autor de uma conduta
que possa ser tida por ilícita ou antijurídica2.”

5.9 – Se por uma lado o fato pode


ser caracterizado como típico, seja na conduta dolosa, seja na
conduta culposa, o que sobressalta aos olhos é a inexistência
de referência que explicite de forma inequívoca que o acusado
praticou o crime que lhe é indicado por animus necandi, ou
seja, com o objetivo claro e inequívoco de praticar qualquer
homicídio contra a vítima, vindo o fato se decorrer de um
embate físico ocorrido entre ambos.

2
MARQUES, José Frederico. Tratado de direto processual penal. São Paulo: Saraiva, v. I, 1980, p. 171.
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5.10 - O elemento subjetivo,


intencional quando do cometimento do fato típico, é
indispensável à configuração do delito. Sua ausência, além de
constranger o réu em sua dignidade humana, é falha na
descrição da conduta típica. A denúncia, na demonstração da
existência do crime, deve descrever todos os elementos
(objetivo, subjetivo e normativo). A ausência de qualquer
desses elementos deve levar à inviabilidade da ação penal em
nome do Garantismo Processual.

5.11 - O parquet se preocupou com a


materialidade e os indícios de autoria, que para ele são
suficientes para embasar uma ação penal, mas se descurou de
demonstrar o dolo ou a culpabilidade do denunciado,
consistente na vontade do réu.

5.12 - Em sede de Denúncia e


Alegações Finais o Parquet apontou que o animus necandi do
denunciado, entretanto não sobejou em provar tal hipótese,
tendo em vista que as provas inquisitoriais por si só não
devem conduzir a um juízo de condenação ou até mesmo de
recebimento da Denúncia, mas tão somente seu oferecimento.

5.13 - Assim sendo, considerando


que a narrativa dos fatos em relação ao réu Adriano Pereira de
Souza, não há a demonstração cabal da intenção do réu na
prática do crime tipificado na denúncia, tendo em vista todos
os argumentos já expendidos, como a falta de quaisquer outros
elementos de convicção.

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5.14 – Ressalte-se que durante a


instrução probatória nenhuma testemunha de viso presenciou o
fato que ora se apura. As testemunhas ouvidas nada declararam
sobre a conduta do acusado, sendo este homem de íntegra
personalidade, sem jamais ter se envolvido no mundo do crime.

5.15 - A Defesa sustenta que não


existiu o animus nacandi do acusado em ceifar a vida da
vítima, mas sim, o que houve foi a autodefesa, na tentativa de
preservar aquilo que o Homem tem de mais valioso, qual seja
sua vida, em desfavor de agressões físicas sofridas, momento
em que apenas tentava conter a fuga do algoz de seu irmão, no
que pretendia vê-lo preso e processado pelo crime que acabara
de cometer, assim sendo, ao ceifar a vida do irmão do acusado.

VI - DO PEDIDO FINAL
6.1 - Isto posto, apreciando a
falta de indícios concretos do animus necandi na Autoria do
delito e Ausência de Elemento Subjetivo do Injusto, arguidas
pelo acusado, requer-se que Vossa Excelência:

a) Que absolva o réu desde logo, à


luz do Artigo 415, Inciso IV do CPP, que determina que o juiz,
fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando,
demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime,
em consonância com o Artigo 25 do CPB, que identifica a
hipótese de Legítima Defesa quando o agente, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, sendo por tais
razões que a DENÚNCIA é inepta porque não atende às exigências
do Artigo 41 do CPP;

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b) De forma alternativa,
considerando-se que durante a instrução processual foi
constatado que o crime foi praticado por motivo de injusta
provocação da vítima, tendo em vista que o delito teria sido
cometido minutos após o irmão do denunciado ter sido
brutalmente morto pelo vitimado, que o acusado seja
impronunciado, nos termos do Artigo 414 do Código de Processo
Penal Brasileiro (CPP).

É o que se requesta, por ser da


mais lídima e inteira justiça!

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Cidade de Aracaju, Estado de


Sergipe, aos 18 dias do mês de Julho, do ano de 2016.

Bel. Luiz Fernando Almeida Ribera


Advogado - OAB/SE 3860

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p. 347
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
19/07/2016

MOVIMENTO:
Conclusão

DESCRIÇÃO:
Diante da apresentação das alegações finais pelas partes, faço conclusão dos autos.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 348
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
21/07/2016

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
Intimação do Defensor considerada em 21/07/2016, nos termos do art 5º, §3, da lei 11.419/06, referente ao
movimento efetuado em 07/07/2016, às 12:06:51.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 349
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
01/08/2016

MOVIMENTO:
Julgamento

DESCRIÇÃO:
Ante o exposto, comprovada a materialidade do delito, aliada aos indícios de autoria constante dos autos,
PRONUNCIO o acusado Adriano Pereira de Souza, devidamente qualificado, para que seja submetido a julgamento
pelo Tribunal do Júri, pelo art. 121, caput, do CP, o que faço com supedâneo no art. 413, do Código Processual
Penal.Concedo ao réu o direito de recorrer em liberdade, não vislumbrando, na oportunidade, as razões justificadoras
da decretação de sua custódia cautelar.Publique-se. Registre-se. Intimem-se o acusado, a defesa e o Ministério
Público.Aracaju/SE, 28 de julho de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Sim

p. 350
Sentença

Processo nº: 201521800150

Autos nº 201521800150

Autor: Justiça Pública

Réu: Adriano Pereira de Souza

I. RELATÓRIO

Vistos etc.

O Ministério Público do Estado de Sergipe ofereceu denúncia em face de


Adriano Pereira de Souza, imputando-lhe a prática do crime previsto no art. 121, §1º,
do Código Penal.

Relata a denúncia oferecida que, no dia 05 de abril de 2015, nesta urbe,


o denunciado efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima Rafael Oliveira dos
Santos, causando a sua morte.

No inquérito policial, constam certidão de óbito da vítima e laudo


cadavérico n° 2271/2015 (pags. 07 e 56/62).

A denúncia foi recebida em 29/09/2015.

O acusado foi devidamente citado e constituiu advogado.

Foi juntada resposta à acusação.

Em audiências, foram ouvidas as testemunhas arroladas, bem como


realizada qualificação e interrogatório do réu.

Laudo de local de crime n° 1283/2016 (pags. 267/291).

Em alegações finais, o Presentante do Ministério Público reiterou a


denúncia, requerendo que o réu fosse pronunciado e submetido à julgamento pelo Tribunal
do Júri.

A defesa, por sua vez, alegou, preliminarmente, a inépcia da denúncia.


No mérito, relatou a ausência de animus necandi por parte do acusado. Pugnou pela
absolvição sumária e, não sendo este o entendimento, pela impronúncia.

Vieram-me os autos conclusos para análise.

Eis o relatório. Decido.

II - FUNDAMENTOS DA DECISÃO

Trata-se de ação penal pública deflagrada, visando a apurar a

p. 351
responsabilidade criminal de Adriano Pereira de Souza, pela prática do crime previsto
no art. 121, §1º, do Código Penal.

Inicialmente, registro que o processo teve sua regular tramitação sem


qualquer irregularidade ou nulidade vislumbrada, sendo assegurados, na forma da lei, os
princípios do contraditório e da ampla defesa.

Nesta fase processual, cabe ao Magistrado adotar uma das hipóteses


previstas na Seção II, Capítulo II – Procedimento relativo aos processos de competência
do Tribunal do Júri, sendo que para a formação de juízo em favor da pronúncia do
acusado, deve o juiz estar convencido da materialidade do fato e existência de indícios
suficiente de autoria, conforme prescreve o art. 413 do Código de Processo Penal com
nova redação dada pela lei nº 11.689/2008.

II.1 Da preliminar

Quanto à preliminar de inépcia da inicial, o art. 41 do Código de


Processo Penal dispõe: “A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais
se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das
testemunhas”.

Nesse contexto, ensina Julio Fabbrini Mirabete, em Processo Penal, 18ª


edição (p. 112):

É inepta e não deve ser recebida a denúncia que não especifica, nem
descreve, ainda que sucintamente, o fato criminoso atribuído ao acusado,
que seja vaga, imprecisa, confusa, lacônica.

Feitas essas considerações, analisando a peça acusatória, constato que


exordial narrou com detalhes o fato criminoso, relatando como ocorreu o suposto crime e
a conduta do acusado. Além disso, apesar do que relata a defesa, o Ministério Público
relata sim que o acusado agiu com animus necandi.

Portanto, a denúncia preenche todos os requisitos legais, não podendo


ser considerada inepta. Por tais razões, não acolho a preliminar arguida.

II.2 Do crime de homicídio

II.2.1 Materialidade Delitiva

A materialidade delitiva restou devidamente comprovada nos autos,


conforme certidão de óbito da vítima, laudo cadavérico n° 2271/2015 e laudo de local de
crime n° 1283/2016.

II.2.2 Autoria Delitiva

p. 352
Vejamos os depoimentos colhidos na instrução.

Vera Lúcia Oliveira dos Santos, mãe da vítima, narrou que seu filho fez
o primeiro erro. Que, desse erro, a família do rapaz o matou. Que seu filho matou um
menino, parente desse pessoal. Que, em razão disso, eles mataram seu filho também. Que
não sabe nome das pessoas e nem apelido. Que ficou com medo e se mudou de residência
frequentemente. Que, no momento do crime de seu filho, estava em casa e soube através
da mulher do seu filho (Vitória), que chegou na sua casa por volta da 21:30 ou 21:40 hs
falando. Que Ingrid Vitória falou que não estava com seu filho no momento do crime. Que
Vitória chegou contando que Rafael tinha sido atingido por um tiro e estava na pista.
Que Vitória soube através de um rapaz que tinha um baleado na pista e foi ver, e aí que
descobriu que era Rafael. Que, por sua nora ter falado que seu filho estava baleado,
pensou que ele não estava morto. Que pegou a identidade de Rafael e fora até o local
com intenção de levá-lo ao médico. Que, quando chegou no local, já haviam várias
pessoas. Que seu filho já havia falecido. Que, no local, as pessoas comentavam que
Rafael tinha baleado um menino perto do local e que os autores desse crime teria sido
dois tios e um sobrinho do menino que Rafael assassinou. Que já comentavam que seu
filho havia matado uma pessoa momentos antes do seu homicídio. Que o rapaz que seu
filho assassinou era amigo dele - “Cicinho”. Que ficou sabendo o motivo que levou
Rafael a matar “Cicinho” através de Vitória. Que “Cicinho” tinha dito a Rafael que ele
tinha vendido uma droga ruim e que queria seu dinheiro de volta e Rafael se recusou a
devolver. Que “Cicinho” falou que ele iria pagar por bem ou por mal e que iria matar
ele. Que “Cicinho” foi em casa, se armou e ficou na esquina da ladeira escondido. Que
foram avisar a Rafael que “Cicinho” estava armado esperando ele subir. Que seu filho
também se armou e ficou esperando por “Cicinho” também. Que seu filho matou “Cicinho” e
subiu. Que os tios de “Cicinho” estavam esperando e mataram Rafael. Que só ficou
sabendo que seu filho vendia drogas depois que ele faleceu. Que soube de tudo através
da Ingrid Vitória. Que as duas mortes foram no mesmo dia. Que Ingrid não estava na hora
de nenhum dos fatos, que apenas foi ver quando falaram que haviam matado “Cicinho” e
ficou sabendo que tinha matado Rafael logo em seguida e também foi ver. Que ficou
sabendo que foram dois tios e um sobrinho os autores da morte de seu filho, mas não
conhece ninguém e não sabe os nomes.

Luzanira Barros dos Santos contou que conhecia “Cicinho”. Que nunca
conheceu o Rafael. Que conhece o acusado Adriano. Que o crime de Cícero ocorreu bem
perto da casa dela. Que estava com a porta fechada quando o fato aconteceu. Que era em
torno das 21:00 ou 21:30 hs. Que escutou os tiros e o povo gritando na rua, mas não
abriu a sua porta. Que não foi ver o corpo de perto. Que no portão da sua casa tem uma
abertura e viu Cícero deitado no chão. Que não viu Adriano no local onde Cícero estava
morto. Que passou uma mulher e falou que haviam matado um rapaz para o lado do colégio.
Que fica a umas duas ou três quadras da sua residência, uns trinta minutos após a morte
de Cícero. Que comentaram que quem matou Cícero foi “Zanoio”. Que, trinta minutos após
o Cícero, mataram “Zanoio”, mas não ouviu dizer quem matou.

David Felipe dos Santos relatou que conhecia a vítima e Cícero de vista.
Que não viu o crime. Que, no dia do fato, estava na praça com Mikaele (sua esposa) e
com “Tourão”. Que, quando estavam conversando na praça, fora ver Cícero que estava
morto. Que, quando estava no local de crime de Cícero, escutou mais 03 (três) tiros.
Que, quando foi ver, era o finado Rafael, que estava estirado no chão agonizando
olhando para um lado e para o outro, mas não conseguia se comunicar com ninguém. Que
era perto do local onde mataram “Cicinho”. Que passa em torno de 02 (duas) a 03 (três)
ruas. Que não ficou sabendo se Rafael tinha matado Cícero. Que não sabe se Rafael tinha
inimizade com Cícero. Que conhece o acusado de vista. Que “Dieguinho” e Adriano são
parentes de “Cicinho”. Que o povo falou que o finado Rafael tinha matado o finado
“Cicinho”, mas não sabe a motivação do crime. Que Rafael e “Cicinho” jogavam bola e
andavam juntos. Que Rafael não trabalhava, pois sempre o via na praça. Que “Cicinho”
trabalhava ou era de servente ou era de pedreiro. Que não sabe se Rafael era usuário ou
p. 353
vendedor de drogas. Que não tinha ninguém comentando quem matou Rafael. Que a esposa do
Rafael estava chorando sentada no chão e a mãe também dele. Que, no outro dia, fora
para o velório de “Zanoio”. Que ouviu comentários, no dia do crime, que “Dieguinho” e
Adriano tinham matado Rafael para vingar a morte de “Cicinho”. Que Rafael morava com a
mãe. Que não viu Adriano nas redondezas. Que, quando fora ver o corpo de “Cicinho”,
“Tourão” ficou na praça.

Genésio de Araújo falou que não conhece nem o acusado e nem a vítima.
Que trabalha como vigilante da escola próxima onde ocorreu o fato. Que não escutou os
tiros e nem viu. Que ficou sabendo através de comentários que, no dia anterior, teve
duas mortes, mas não comentaram se estavam relacionadas.

Janiery de Souza Correia, sobrinha do acusado e de “Cicinho”, declarou


que não conhece Rafael. Que não sabe se “Cicinho” tinha amizade ou inimizade com
Rafael. Que ouviu dizer que quem matou “Cicinho” foi Rafael, mas não sabe o motivo. Que
ouviu dizer que quem matou Rafael foi seu tio Adriano, mas não viu. Que, no momento do
crime de Rafael, estava em sua casa. Que ficou sabendo dos dois crimes na mesma hora.
Que estava na hora da morte do seu tio Cícero. Que estavam na porta ela, seu tio Cícero
e mais duas tias Andréa e Rosicleide. Que seu tio fora na Praça comprar uma bebida e,
quando voltou, já foi os disparos, perto da sua casa, mas não ouviu nenhuma conversa em
nenhum momento. Que foi na esquina próximo de casa. Que deram os disparos em seu tio
Cícero. Que correu para cima para ver, mas não conseguiu ver quem foi o autor. Que
ficou onde estava seu tio estava baleado. Que ele fora socorrido até o hospital. Que
chegaram uns policiais e falaram que mataram outro lá em cima. Que os policiais foram
procurar saber se elas sabiam quem foi, se tinha sido seu tio Adriano. Que, nessa hora
que os policiais chegaram, perguntando, ainda não sabia que o autor do outro homicídio
teria sido seu tio. Que seu tio Adriano só apareceu no dia do velório. Que não sabe se
Diego participou do fato. Que as pessoas não comentaram nada a respeito de Diego. Que
não se comenta como foi que Adriano matou Rafael. Que não sabe aonde Diego estava na
hora do fato. Que posteriormente ficou sabendo que Diego, na hora do fato, estava na
igreja.

Johnatan Diego Pereira de Brito, sobrinho do acusado e conhecido como


“Dieguinho”, contou que, no domingo a noite, fora para a igreja em torno de umas 19:00
hs e retornou umas 22:00 hs. Que deixou sua tia Neide em casa. Que, quando desceu, viu
seu tio morrendo. Que foi na casa de Sidney perguntar se ele poderia pegar o carro dele
e dá socorro para o seu tio que estava baleado. Que Sidney estava sem carro e falou que
iria pegar o do vizinho. Que não esperou e continuou caminhando para casa. Que
encontrou com seu tio Adriano, que falou para ele correr que tinha um carro e uma moto
rodando na comunidade. Que seu tio falou que estava lutando com o rapaz (Rafael) e a
arma de Rafael disparou. Que Adriano estava com uma mordida no braço. Que correu junto
com Adriano para a casa da sua avó. Que, no outro dia, viajou com seu tio Adriano para
a casa de uns parentes em Alagoas, porque estavam com medo. Que não fez nada de errado.
Que seu tio não falou quantas vezes a arma disparou. Que não viu marca de sangue em
Adriano. Que ele não comentou ter usado outro instrumento para matar Rafael. Que ele
não comentou nada sobre a arma. Que ficaram em Alagoas em torno de uns 08 (oito) meses
e ainda estão morando lá. Que não sabe se Rafael tinha envolvimento com o tráfico de
drogas. Que não estava com Adriano no momento do crime. Que, quando encontrou seu tio
logo após o crime, ele estava sozinho. Que não viu dizer quem matou seu primo.

Ingrid Victória Reis dos Santos, companheira da vítima, narrou que não
estava com Rafael no dia em que ele fora morto. Que, no dia do fato, seu companheiro a
levou em casa e não voltou. Que foi atrás dele e viu que havia muito movimento. Que já
ouviu falar de “Cicinho”, mas não sabia quem era. Que nunca viu o acusado. Que, quando
viu Rafael, ele ainda estava vivo. Que as pessoas falaram que jogaram pedra nele e
deram facadas e tiros. Que, na hora, ninguém falava sobre a motivação do crime e nem
quem teria sido o autor. Que na hora nem perguntou nada porque estava muito nervosa.
p. 354
Que conhecia um amigo de Rafael chamado “Tourão”. Que não sabe se ele estava com Rafael
na hora. Que, quando foi chamar a sogra e voltou, uma mulher falou que “Tourão” estava
desmaiado. Que não ouviu falar que Rafael estava envolvido com o tráfico de drogas. Que
não ouviu comentário do motivo. Que não sabe se seu companheiro tem relação com a morte
do rapaz que mataram primeiro no mesmo dia. Que Rafael usava drogas ilícitas. Que,
segundo uma mulher que estava no local, “Tourão” estava com manchas de sangue pelo
corpo, tinha presenciado o fato e estava desmaiado. Que depois soube da morte de
Cícero, mas não sabe de que ele morreu e nem quem o matou. Que Rafael e Cícero morreram
no mesmo dia em um domingo. Que nunca viu os dois juntos.

André de Jesus Santos, conhecido por “Tourão”, contou que conhecia o


acusado de vista. Que conhecia a vítima. Que, quando chegou ao local do crime, Rafael
já estava no chão. Que foi para a Praça e, chegando lá, soube que Rafael havia tomado
uns tiros. Que subiu para ver. Que, ao ver, desmaiou. Que Rafael era seu amigo. Que não
sabe dizer quem matou Rafael. Que não conhece “Cicinho”, mas soube que ele foi morto no
mesmo dia que Rafael. Que, no dia do fato, não teve contato com Rafael. Que ouviu falar
que Adriano era jogador de futebol, mas não sabe se ele tinha algum problema com
Rafael. Que não sabe dizer o motivo que mataram Rafael. Que não sabe se o povo tinha
suspeita que Rafael tinha matado “Cicinho”. Que escutou os tiros e depois as pessoas
falaram que Rafael tinha morrido, mas não escutou quem matou e nem porquê. Que primeiro
escutou uns tiros e, logo após, escutou outros lá para cima. Que não falaram se uma
morte teve haver coma outra. Que foi para a praça em torno de umas 20:00 horas e
encontrou David com sua companheira. Que “Cicinho” estava na praça em uma barraca. Que
depois escutou os tiros de “Cicinho”. Que falaram “morreram dois caras”. Que David foi
ver primeiro e veio contar que Rafael morreu. Que subiu sozinho para ver. Que, chegando
lá, Rafael estava no chão na rua. Que tinham várias pessoas ao redor. Que não sabe
dizer se Rafael vendia drogas. Que Rafael ficou pouco tempo vivo agonizando, mas não
falou nada.

Andréa Pereira de Souza, irmã do acusado, declarou que, na hora da morte


de Cícero, tinha entrado em casa. Que, quando saiu, ouviu os gritos das suas irmãs e
viu seu irmão estirado no chão. Que, em relação a morte de Rafael, não viu. Que, na
hora da morte de “Cicinho”, seu irmão Adriano estava sentado na porta da casa dele com
sua mãe. Que não sabe dizer qual foi a atitude de Adriano ao saber da morte de
“Cicinho”. Que ouviu os tiros da morte de seu irmão Cícero. Que foi perto da sua casa.
Que viu que era seu irmão quando ouviu os gritos das suas irmãs que estavam sentadas na
porta. Que, após a morte de seu irmão, não viu Adriano. Que Adriano não estava na sua
casa. Que as suas irmãs comentaram que não deu para ver quem tinha matado o seu irmão.
Que não sabe quem matou Rafael. Que não sabe porque envolveram o nome do seu irmão. Que
não sabe dizer se Adriano tinha arma de fogo. Que, depois do fato, ficou sabendo que
seu irmão Adriano tinha entrado em luta corporal com Rafael, logo após a morte do seu
irmão Cícero. Que falaram que tinham matado outro lá em cima, mas não deu importância.
Que Adriano tinha saído da localidade, pois tinha um carro branco passando pela porta
de sua casa sem identificação nenhuma e ele ficou com medo e foi para Maceió com
Jonathan Diego. Que Diego não está envolvido na morte do Rafael. Que Diego tinha ido
para igreja e, quando voltou, viu o tio “Cicinho” deitado no chão. Que a mãe dele
mandou ele pedir ajuda a um primo Sidiney. Que Jonathan Diego encontrou Adriano
correndo após a morte de Rafael. Que Adriano estava sozinho e não estava armado. Que
não ouviu dizer quem matou Rafael. Que não sabe porque envolveram o nome de seu irmão.
Que deve ter sido porque Adriano ficou com uma mordida na mão, na hora da luta corporal
com Rafael. Que Rafael estava armado e foi quem matou seu irmão Cícero.

Rosicleide Pereira de Souza, irmã do acusado, declarou que, quando o


fato aconteceu, estava na casa da sua mãe. Que estava sentada na porta com seu irmão
Cícero que foi morto. Que Cícero inventou de ir comprar uma bebida. Que Adriano estava
na porta junto com sua mãe brincando com os filhos. Que Cícero foi comprar a bebida e
falou que voltava em uns 30 (trinta) minutos. Que, quando seu irmão se aproximou de
p. 355
onde elas estavam, só viu o cara atirando nele. Que onde estavam era um matagal e não
viram quando o rapaz vinha descendo. Que viu atirando em seu irmão. Que não havia
ninguém na rua. Que só tinham elas sentadas conversando. Que, quando gritou, seu irmão
Adriano veio em sua direção. Que Adriano estava sem camisa e com um tablet na mão. Que
Adriano, quando viu seu irmão no chão, saiu correndo com o tablet na mão. Que não sabe
dizer porque estão falando que foi o Adriano quem matou o Rafael. Que, quando viu
Rafael, descendo, ele estava sozinho. Que viu um vulto. Que, depois que atirou em seu
irmão, ele saiu caminhando normal, sozinho, com a arma na mão. Que não viu o rosto de
Rafael. Que depois a delegada teve em sua casa no intuito de obter informações sobre os
fatos, perguntando se elas tinham visto uma moto, mas não viram. Que, no mesmo dia, as
pessoas já comentavam que quem tinha matado “Cicinho” era Rafael. Que não conhecia
Rafael. Que comentaram que viu o rapaz que estava atirando, mas não viu o rosto dele
porque estava escuro. Que não sabe quem matou Rafael e não sabe porque envolveram o
nome do seu irmão Adriano. Que Jonahtan Diego é seu filho. Que, no dia do fato, seu
filho estava na igreja. Que, quando Diego chegou, mandou ele ir chamar seu primo Sidney
para prestar socorro a Cícero. Que, quando Diego voltou, estava junto com Adriano. Que
seu filho ficou com medo e assustado e por isso foi embora do bairro, porque ele ficou
achando que o pessoal ia matar ele, pois achavam que ele estava envolvido na morte de
Rafael. Que Diego encontrou com Adriano no meio do caminho quando voltava da casa de
Sidney. Que o encontro foi após a morte de Rafael. Que soube que o Adriano tinha
brigado com o Rafael. Que Adriano foi para casa de um primo deles e seu filho Diego
fora para casa do pai, ambos em Alagoas.

O acusado Adriano Pereira de Souza relatou que não houve disparo contra
Rafael. Que estava na frente da casa da sua mãe e ele disparou contra o seu irmão
Cícero. Que viu as suas irmãs gritando e, quando desceu, fora olhar seu irmão Cícero.
Que Cícero estava caído. Que viu Rafael andando e colocando a arma na cintura. Que,
nesse momento, bateu o desespero e foi atrás dele. Que ele estava a uns 30 a 50 metros.
Que correu atrás de Rafael e conseguiu alcançar ele na outra rua. Que, quando Rafael
percebeu que ele estava nervoso, quis sacar a arma. Que foi na hora que segurou na mão
da vítima. Que começaram a brigar. Que falava para a vítima que ele iria ficar preso
pelo que tinha feito com seu irmão. Que Rafael na briga desferiu uma mordida na sua
mão. Que a arma já estava em direção para cima. Que conseguiu bater a arma na testa
dele. Que deu uma rasteira nele. Que caiu por cima dele. Que se recorda que foi um
disparo, mas não sabe onde pegou. Que não teve intenção de fazer algo de errado com
ele. Que ninguém presenciou a luta corporal. Que ninguém o ajudou. Que, no momento, só
estava o acusado e a vítima. Que depois que deixou Rafael caído lá, correu para casa da
sua irmã. Que cruzou com Jonahtan Diego no caminho. Que tinha uma pessoa de moto
esperando Rafael no ponto de ônibus, mas não deu para reconhecer porque estava de
capacete. Que, quando aconteceu o disparo, o rapaz da moto foi embora. Que depois
voltou com outras pessoa na moto e falaram: “olhe ele”. Que foi nessa hora que deixou
tudo lá e correu. Que, na hora que ia subindo, encontrou seu sobrinho e contou para ele
o que tinha aconteceu e que tinha uns caras querendo pegá-lo. Que Diego foi para casa.
Que foi para casa da sua irmã. Que, quando voltaram, já haviam outros caras de carro
falando que o matariam ou o seu sobrinho Diego. Que não reconheceu as pessoas que
passavam por lá. Que foram para casa da sua irmã e de lá foram para Alagoas. Que não
lembra quantos disparos foram. Que soube que havia sido dois disparos na delegacia. Que
estavam brigando e a arma disparou. Que não disparou nele com intenção não. Que, quando
correu atrás de Rafael, tinha a intenção que ele ficasse para a polícia pegar ele na
hora. Que não sabe o motivo que levou Rafael a matar seu irmão Cícero. Que não sabe
informar se seu irmão era viciado em drogas. Que não sabe se Rafael era traficante ou
se era usuário. Que nega ter arrastado o corpo do Rafael com Diego. Que a luta com
Rafael foi no meio da pista. Que Rafael ainda conseguiu pegar a arma e falou que ia
matar o acusado e o irmão. Que a arma do crime não foi localizada. Que, segundo os
comentários, os caras queriam essa arma. Que correu e não levou a arma. Que não estava
de posse de uma faca. Que a única coisa que estava na mão era um tablet. Que não
desferiu nenhum golpe de faca em Rafael. Que não chegou a tomar a arma da mão dele.
p. 356
Pois bem. O acusado relata que entrou em luta corporal com a vítima, que
houve um disparo de arma de fogo, mas aduz que não agiu com intenção de matar, uma vez
que só pretendia impedir que Rafael fugisse. Em relação à tese defensiva de que o réu
não agiu com animus necandi, não fica afastada, de forma irrefutável, a intenção de
matar do denunciado.

De acordo com o laudo cadavérico n° 2271/2015, a vítima foi atingida por


dois disparos de arma de fogo e por múltiplos golpes de arma branca. Além disso,
nenhuma das testemunhas presenciou o delito. A tese defensiva de ausência de animus
necandi, portanto, não pode ser acolhida nesta fase processal, eis que não se encontra
efetivamente comprovada.

Friso que, neste momento processal, vigora a regra do in dubio pro


societate, segundo a qual, existindo possibilidade de se entender pela imputação válida
do crime contra a vida em relação ao acusado, o juiz deve admitir a acusação,
assegurando o cumprimento da Constituição, que reservou a competência para o julgamento
de delitos dessa espécie para o tribunal popular.

Assim, ante a prova testemunhal produzida, estando presentes a


materialidade e os indícios suficientes de autoria, a pronúncia do réu deve ser
realizada.

II.2.3 Da causa de diminuição de pena

O Ministério Público requereu a pronúncia do acusado com a causa de


diminuição de pena prevista no §1º, do art. 121, do Código Penal.

Segundo o art. 413, §1º, do CPP: “A fundamentação da pronúncia


limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios
suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal
em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as
causas de aumento de pena”.

No caso, a causa de diminuição de pena não deve ser objeto da pronúncia,


como ensina Guilherme de Souza Nucci (Tribunal do Júri, 2008, p. 75):

As causas de diminuição de pena, embora façam parte do tipo penal, como


ocorre com o disposto no art. 121, §1º, do Código Penal (relevante valor
social ou moral e violenta emoção, seguida de injusta provocação da
vítima), não são incluídas. Há expressa vedação para sua inclusão na
decisão de pronúncia. Preceitua o art. 7º da Lei de Introdução ao Código
de Processo Penal (Dec.-lei 3.931/41) que “o juiz da pronúncia, ao
classificar o crime, consumado ou tentado, não poderá reconhecer a
existência de causa especial de diminuição da pena”.

Com efeito, não deve o julgador, na pronúncia, fazer a inclusão da causa


de diminuição de pena.

p. 357
III – CONCLUSÃO

Ante o exposto, comprovada a materialidade do delito, aliada aos


indícios de autoria constante dos autos, PRONUNCIO o acusado Adriano Pereira de Souza,
devidamente qualificado, para que seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri,
pelo art. 121, caput, do CP, o que faço com supedâneo no art. 413, do Código Processual
Penal.

Concedo ao réu o direito de recorrer em liberdade, não vislumbrando, na


oportunidade, as razões justificadoras da decretação de sua custódia cautelar.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se o acusado, a defesa e o Ministério


Público.

Aracaju/SE, 28 de julho de 2016.

Guilherme Diamantino de Oliveira Weber

Juiz de Direito

p. 358
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
01/08/2016

MOVIMENTO:
Intimação Eletrônica

DESCRIÇÃO:
Intimação enviada ao Promotor. </br>(...) Ante o exposto, comprovada a materialidade do delito, aliada aos indícios
de autoria constante dos autos, PRONUNCIO o acusado Adriano Pereira de Souza, devidamente qualificado, para
que seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, pelo art. 121, caput, do CP, o que faço com supedâneo no art.
413, do Código Processual Penal.Concedo ao réu o direito de recorrer em liberdade, não vislumbrando, na
oportunidade, as razões justificadoras da decretação de sua custódia cautelar.Publique-se. Registre-se. Intimem-se o
acusado, a defesa e o Ministério Público.Aracaju/SE, 28 de julho de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 359
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
01/08/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Certifico que expedi intimação ao réu acerca da sentença retro.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 360
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
02/08/2016

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
Intimação da Promotoria considerada em 02/08/2016, mediante consulta processual do(a) Promotor(a) CLAUDIA
DANIELA DE F. S. FRANCO, referente ao movimento Intimação Eletrônica, do dia 01/08/2016,às 12:46:08.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 361
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
03/08/2016

MOVIMENTO:
Expedição de Documento

DESCRIÇÃO:
Mandado de nº: 201621803321 do tipo Intimação parte processo pronúncia[MD01907] protocolado nesta data.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 362
Documento assinado eletronicamente em 03/08/2016 08:57:32 por GRACE OLIVEIRA TEIXEIRA
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20160971684-10

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE


Normal
Juízo de Direito 8ª Vara Criminal de Aracaju
Av. Pres. Tancredo Neves, S/N
Bairro - Capucho Cidade - Aracaju
Cep - 49080-901 Telefone - (79)3226-3602
201621803321

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
NATUREZA: Ação Penal de Competência do Júri
Autor: AUTORIDADE POLICIAL
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

MANDADO DE INTIMAÇÃO

A Dra. FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juíza de Direito da(o) 8ª Vara Criminal de Aracaju da
Comarca de Aracaju, Estado de Sergipe,

MANDA o Oficial de Justiça designado que, em cumprimento ao presente, proceda a INTIMAÇÃO


da parte abaixo qualificada, da decisão de pronúncia, cuja cópia segue em anexo.

Observação:

Qualificação da parte:
Nome: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA
Residência: Rua I, 111 Loteamento Jardim Dara, Pau Ferro(ou Bairro Jetimana)
Bairro: CIDADE NOVA (ARACAJU)
Cidade: ARACAJU - SE

Grace Oliveira Teixeira


Escrivão(ã)/Chefe de Secretaria/Subsecretário
Documento assinado eletronicamente

[TM1907,MD1923]

Recebi o mandado 201621803321 em _____/_____/__________

_____________________________________________________

ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

p. 363
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
04/08/2016

MOVIMENTO:
Manifestação do MP

DESCRIÇÃO:
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE, por conduto do(a) Promotor(a) de Justiça subscrito(a),
considerando a intimação eletrônica do dia 01/08/2016 12:46:08, no uso de suas atribuições legais, com fundamento
no Código de Ritos Penais, vem, perante Vossa Excelência, dentro do quinquídio legal e com fundamento no art.
581, IV, do CPP, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITOcontra a decisão do dia 01/08/2016 06:49:09, que não
manteve a caítulação penal prevista no §1º do artigo 121 do Código Penal. Após o recebimento desta petição, pugna
pela intimação do recorrente para apresentar as razões recursais e, em seguida, do recorrido, para, querendo,
contrarrazoar. Após, caso Vossa Excelência, no exercício do poder que lhe é conferido pelo art. 589, do CPP, venha
a manter o decisório fustigado, requer seja o presente recurso devidamente processado e encaminhado ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe.(INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO)

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 364
Manifestação Ministério Público

Processo nº: 201521800150

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE, por conduto do(a) Promotor(a) de Justiça


subscrito(a), considerando a intimação eletrônica do dia 01/08/2016 12:46:08, no uso de suas atribuições legais,
com fundamento no Código de Ritos Penais, vem, perante Vossa Excelência, dentro do quinquídio legal e com
fundamento no art. 581, IV, do CPP, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITOcontra a decisão do dia
01/08/2016 06:49:09, que não manteve a capitulação penal prevista no §1º do artigo 121 do Código Penal.

Após o recebimento desta petição, pugna pela intimação do recorrente para apresentar as razões
recursais e, em seguida, do recorrido, para, querendo, contrarrazoar.

Além disso, caso Vossa Excelência, no exercício do poder que lhe é conferido pelo art. 589, do
CPP, venha a manter o decisório fustigado, requer seja o presente recurso devidamente processado e encaminhado
ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe.

p. 365
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
04/08/2016

MOVIMENTO:
Conclusão

DESCRIÇÃO:
Nesta data faço o processo eletrônico concluso.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 366
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
05/08/2016

MOVIMENTO:
Decisão

DESCRIÇÃO:
Recedo o recurso em sentido estrito, uma vez que interposto no prazo, suspendendo o julgamento do acusado,
conforme preceitua o art. 584, § 2º, do Código Processo Penal.Intime-se, eletronicamente, o Ministério Público para
apresentar suas razões, no prazo de 02 (dois) dias (art. 588, do mencionado Diploma Legal).Após, intime-se, via DJ,
a defesa para apresentar contrarrazões, no prazo de 02 (dois) dias.Em seguida, venham os autos conclusos para os
fins do art. 589, do CPP.Aracaju-SE, 04 de agosto de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Sim

p. 367
Decisão ou Despacho

Processo nº: 201521800150

Processo nº 201521800150

Recedo o recurso em sentido estrito, uma vez que interposto no prazo, suspendendo o
julgamento do acusado, conforme preceitua o art. 584, § 2º, do Código Processo Penal.

Intime-se, eletronicamente, o Ministério Público para apresentar suas razões, no prazo de 02


(dois) dias (art. 588, do mencionado Diploma Legal).

Após, intime-se, via DJ, a defesa para apresentar contrarrazões, no prazo de 02 (dois) dias.

Em seguida, venham os autos conclusos para os fins do art. 589, do CPP.

Aracaju-SE, 04 de agosto de 2016.

Fabiana Oliveira B. de Castro

Juíza de Direito

p. 368
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
08/08/2016

MOVIMENTO:
Intimação Eletrônica

DESCRIÇÃO:
Intimação enviada ao Promotor. </br>(...) Recedo o recurso em sentido estrito, uma vez que interposto no prazo,
suspendendo o julgamento do acusado, conforme preceitua o art. 584, § 2º, do Código Processo Penal.Intime-se,
eletronicamente, o Ministério Público para apresentar suas razões, no prazo de 02 (dois) dias (art. 588, do
mencionado Diploma Legal).Após, intime-se, via DJ, a defesa para apresentar contrarrazões, no prazo de 02 (dois)
dias.Em seguida, venham os autos conclusos para os fins do art. 589, do CPP.Aracaju-SE, 04 de agosto de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 369
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
08/08/2016

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Juntada de Reclassificação/TPU realizada nesta data. {Movimento Gerado pelo Advogado: LUIZ FERNANDO
ALMEIDA RIBERA - 3860}

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 370
Bel. L uiz R ibera - OAB/SE 3860
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE ARACAJU, DO ESTADO DE SERGIPE

Ação Penal de Competência do Júri


Processo n.º 201521800150
Réu Adriano Pereira de Souza
Advogado Bel. Luiz Fernando Almeida Ribera – OAB/SE 3860

ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, alhures


qualificado nos autos do Processo-Crime enumerado acima, por
conduto de seu advogado e subscritor, vem mui respeitosamente
à digna presença de Vossa Excelência, não se conformando, data
vênia, com a respeitável decisão proferida que concluiu por
pronunciar o denunciado, interpor

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

dentro do prazo legal de cinco dias, no permissivo dos Artigos


586 e 581, Inciso IV ambos do Código de Processo penal
Brasileiro (CPP), a pleitear, de logo, a aplicação do efeito
suspensivo, conforme previsto no seu Artigo 584, §2º.

_________________________________________________________________________________________________________________
Rua Fenelon Santos, n.º 599, Bairro Salgado Filho. Aracaju/SE. CEP: 49.020-350
Praça Coronel Antônio Franco, n.º 49, Centro. Riachuelo/SE. CEP: 49.130-000
C o n t a t o s : ( 7 9 ) 3 2 2 2 - 3 2 2 5 ; ( 7 9 ) 9 8 1 0 - 3 6 1 0 – Vi v o ; ( 7 9 ) 8 8 4 4 - 0 0 0 8 - O i . E - m a i l : l u i z r i b e r a @ g m a i l . c o m
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p. 371
Bel. L uiz R ibera - OAB/SE 3860
I - DA TEMPESTIVIDADE

1.1 - Saliente-se, desde logo, a


tempestividade do presente Recurso em Sentido Estrito, posto
que a publicação da Decisão ocorreu no dia 02 de Agosto do ano
de 2016, uma terça-feira, sendo considerado publicado no
primeiro dia útil posterior, ou seja, no dia 03 de Agosto,
quarta-feira, iniciando-se a contagem do prazo Recursal de 05
dias em 04 de Agosto de 2016, uma quinta-feira, nos termos da
Lei 11.280/2006 e Resolução n.º 007/2007 do Tribunal de Justiça
de Sergipe, assim, temos o termo final para a interposição do
presente Recurso em 08 de Agosto de 2016, uma segunda-feira.

1.2 - Dispõe o Artigo 5º da


referida Resolução, que instituiu o Diário da Justiça
Eletrônico no âmbito do Estado de Sergipe, in verbis:

Art. 5º Para efeito de contagem de prazo,


nos termos do art. 240, parágrafo único,
do Código de Processo Civil, considera-se
realizada a intimação veiculada no Diário
da Justiça Eletrônico na data da
publicação de sua edição, qual seja o
primeiro dia útil seguinte a sua
disponibilização no site do diário.

1.3 – Destarte, interposto o


presente Recurso até o dies ad quem, resta induvidosa a sua
tempestividade, para a interposição do presente Recurso em
Sentido Estrito.

_________________________________________________________________________________________________________________
Rua Fenelon Santos, n.º 599, Bairro Salgado Filho. Aracaju/SE. CEP: 49.020-350
Praça Coronel Antônio Franco, n.º 49, Centro. Riachuelo/SE. CEP: 49.130-000
C o n t a t o s : ( 7 9 ) 3 2 2 2 - 3 2 2 5 ; ( 7 9 ) 9 8 1 0 - 3 6 1 0 – Vi v o ; ( 7 9 ) 8 8 4 4 - 0 0 0 8 - O i . E - m a i l : l u i z r i b e r a @ g m a i l . c o m
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p. 372
Bel. L uiz R ibera - OAB/SE 3860
Requer, assim, que lhe seja
concedido o prazo legal de dois dias, previsto no Artigo 588
do Código de Processo Penal (CPP), para a apresentação de seu
arrazoado recursal, aguardando que seja o mesmo recebido e
encaminhado para apreciação da Superior Instância.

É o que se coteja.

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Cidade de Aracaju, do Estado de


Sergipe, aos 10 dias do mês de Setembro do ano de 2015.

Bel. Luiz Fernando Almeida Ribera


Advogado - OAB/SE 3860

_________________________________________________________________________________________________________________
Rua Fenelon Santos, n.º 599, Bairro Salgado Filho. Aracaju/SE. CEP: 49.020-350
Praça Coronel Antônio Franco, n.º 49, Centro. Riachuelo/SE. CEP: 49.130-000
C o n t a t o s : ( 7 9 ) 3 2 2 2 - 3 2 2 5 ; ( 7 9 ) 9 8 1 0 - 3 6 1 0 – Vi v o ; ( 7 9 ) 8 8 4 4 - 0 0 0 8 - O i . E - m a i l : l u i z r i b e r a @ g m a i l . c o m
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Do Estado de Sergipe

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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
08/08/2016

MOVIMENTO:
Conclusão

DESCRIÇÃO:
Nesta data faço o processo eletrônico concluso.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 374
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
08/08/2016

MOVIMENTO:
Decisão

DESCRIÇÃO:
Recedo o recurso em sentido estrito, uma vez que interposto no prazo, suspendendo o julgamento do acusado,
conforme preceitua o art. 584, § 2º, do Código Processo Penal.Intime-se, via DJ, a defesa para apresentar suas
razões, no prazo de 02 (dois) dias (art. 588, do mencionado Diploma Legal).Após, intime-se, eletronicamente, o
Ministério Público para apresentar contrarrazões, no prazo de 02 (dois) dias.Em seguida, venham os autos conclusos
para os fins do art. 589, do CPP.Aracaju-SE, 08 de agosto de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Sim

p. 375
Decisão ou Despacho

Processo nº: 201521800150

Processo nº 201521800150

Recedo o recurso em sentido estrito, uma vez que interposto no prazo, suspendendo o
julgamento do acusado, conforme preceitua o art. 584, § 2º, do Código Processo Penal.

Intime-se, via DJ, a defesa para apresentar suas razões, no prazo de 02 (dois) dias (art. 588, do
mencionado Diploma Legal).

Após, intime-se, eletronicamente, o Ministério Público para apresentar contrarrazões, no


prazo de 02 (dois) dias.

Em seguida, venham os autos conclusos para os fins do art. 589, do CPP.

Aracaju-SE, 08 de agosto de 2016.

Fabiana Oliveira B. de Castro

Juíza de Direito

p. 376
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
09/08/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Aguardando publicação/decurso de prazo.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 377
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
16/08/2016

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Juntada de Apelação realizada nesta data. {Movimento Gerado pelo Advogado: LUIZ FERNANDO ALMEIDA
RIBERA - 3860}

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 378
Bel. L uiz R ibera - OAB/SE 3860
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE ARACAJU, DO ESTADO DE SERGIPE

Ação Penal de Competência do Júri


Processo n.º 201521800150
Réu Adriano Pereira de Souza
Advogado Bel. Luiz Fernando Almeida Ribera – OAB/SE 3860

ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, alhures


qualificado nos autos do Processo-Crime enumerado acima, por
conduto de seu advogado e subscritor, vem mui respeitosamente
à digna presença de Vossa Excelência, não se conformando, data
vênia, com a respeitável decisão proferida que concluiu por
pronunciar o acusado, requerer o reexame da decisão
mencionada.
Não modificada a decisão, requer o
devido encaminhamento das Razões de Recurso em Sentido Estrito
para apreciação da Colenda Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça do Estado de Sergipe, para fins de Direito, conforme
preceitua o Artigo 581, inciso IV do Código de Processo Penal
Brasileiro (CPP).
Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Cidade de Aracaju do Estado de


Sergipe , aos 16 dias do mês de Agosto, do ano de 2015.

Bel. Luiz Fernando Almeida Ribera


Advogado - OAB/SE 3860

_________________________________________________________________________________________________________________
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C o n t a t o s : ( 7 9 ) 3 2 2 2 - 3 2 2 5 ; ( 7 9 ) 9 9 8 1 0 - 3 6 1 0 – Vi v o ; ( 7 9 ) 9 8 8 4 4 - 0 0 0 8 - O i . E - m a i l : l u i z r i b e r a @ g m a i l . c o m
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p. 379
Bel. L uiz R ibera - OAB/SE 3860

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

COLENDA CÂMARA CRIMINAL

CONSPÍCUOS JULGADORES

DOUTA PROCURADORIA

Recurso em Sentido Estrito

ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, por


conduto de seu Advogado que subscreve, vem mui respeitosamente
à digna presença de Vossas Excelências, com fulcro no Artigo
581, Inciso IV do CPP e demais normatizações legais afeitas à
matéria, expressar, por meio de instrumento do RECURSO EM
SENTIDO ESTRITO, seu inconformismo com a respeitável decisão,
publicada no Diário da Justiça em 02 de Agosto de 2016, que
entendeu por pronunciar o acusado, para que seja submetido a
julgamento pelo Tribunal do Júri, pelo Artigo 121, caput, do
Código Penal, oferecendo desde já suas Razões, quando do
correlato Juízo de Admissibilidade realizado na Instância a
quo, do acusado Adriano Pereira de Souza, aduzindo para tanto,
os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir alinhavados:

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C o n t a t o s : ( 7 9 ) 3 2 2 2 - 3 2 2 5 ; ( 7 9 ) 9 9 8 1 0 - 3 6 1 0 – Vi v o ; ( 7 9 ) 9 8 8 4 4 - 0 0 0 8 - O i . E - m a i l : l u i z r i b e r a @ g m a i l . c o m
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p. 380
Bel. L uiz R ibera - OAB/SE 3860
I - DA TEMPESTIVIDADE

1.1 - Saliente-se, desde logo, a


tempestividade do presente Recurso em Sentido Estrito, posto
que a publicação da Decisão ocorreu no dia 09 de Agosto do ano
de 2016, uma terça-feira, sendo considerado publicado no
primeiro dia útil posterior, ou seja, no dia 10 de Agosto,
quarta-feira, iniciando-se a contagem do prazo Recursal de 02
dias em 15 de Agosto de 2016, uma segunda-feira, nos termos da
Lei 11.280/2006 e Resolução n.º 007/2007 do Tribunal de Justiça
de Sergipe, temos o termo final para a interposição do presente
Recurso em 16 de Agosto de 2016, uma terça-feira.

1.2 - Dispõe o Artigo 5º da


referida Resolução, que instituiu o Diário da Justiça
Eletrônico no âmbito do Estado de Sergipe, in verbis:

Art. 5º Para efeito de contagem de prazo,


nos termos do art. 240, parágrafo único,
do Código de Processo Civil, considera-se
realizada a intimação veiculada no Diário
da Justiça Eletrônico na data da
publicação de sua edição, qual seja o
primeiro dia útil seguinte a sua
disponibilização no site do diário.

1.3 – Destarte, interposto o


presente Recurso até o dies ad quem, resta induvidosa a sua
tempestividade, para a interposição do presente Recurso em
Sentido Estrito, a considerar o feriado do dia 11 de Agosto e
o Ponto Facultativo decretado para o dia 12 de Agosto de 2016,
uma sexta-feira.

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C o n t a t o s : ( 7 9 ) 3 2 2 2 - 3 2 2 5 ; ( 7 9 ) 9 9 8 1 0 - 3 6 1 0 – Vi v o ; ( 7 9 ) 9 8 8 4 4 - 0 0 0 8 - O i . E - m a i l : l u i z r i b e r a @ g m a i l . c o m
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II - DOS MOTIVOS DA REFORMA DA
DECISÃO

2.1 – Excelências, conforme se


observa dos Autos, o douto juízo de Direito a quo entendeu por
pronunciar o acusado para que seja submetido a julgamento pelo
Tribunal do Júri, pelo Artigo 121, caput do Código Penal, com
supedâneo no Artigo 413 do Código de Processo Penal, tendo em
vista entender comprovada a materialidade do delito, aliada
aos indícios de autoria constante dos autos.

2.2 – Ressalte-se que foi concedido


ao réu o direito de recorrer em liberdade, não sendo
vislumbrado, na oportunidade, razões justificadoras da
decretação da custódia cautelar do acusado.

III - DOS FATOS SEGUNDO A DENÚNCIA

3.1 - De acordo com a Denúncia do


Ministério Público, na data de 05 de Abril do ano de 2015, por
volta das 22:00 horas, na Rua M, Loteamento Cigano, Pau Ferro,
nesta cidade de Aracaju, o denunciado, teria agido com animus
necandi, ao efetuar disparos de arma de fogo, em face de
Rafael Oliveira dos Santos, que veio a óbito no local.

3.2 – Infere o Parquet Estadual que


o acusado, após saber que seu irmão, Cícero Pereira de Souza,
havia sido assassinado e tendo visto o corpo de seu familiar
no chão, sob o domínio de violenta emoção, foi ao encalço do
autor, correndo e o perseguiu até alcançá-lo, efetuando
disparos de arma de fogo nas costas e na cabeça, que foram a
causa da morte daquele ainda no local do crime.

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p. 382
Bel. L uiz R ibera - OAB/SE 3860
3.3 – Ainda segundo a Denúncia, o
acusado teria empreendido fuga, tendo sido visto correndo em
companhia de seu sobrinho Johnata Diego Pereira de Souza,
sendo este apontado como comparsa, tendo em vista que foram
detectados na vítima lesões outras além dos disparos de arma
de fogo, que teriam sido decorrentes de instrumento cortante.

3.4 - Por fim, o Órgão Ministerial


aponta que a materialidade estaria comprovada, bem como
indícios suficientes da autoria, postulando a condenação do
denunciado nas cominações previstas no Artigo 121, §1º do CPB.

3.5 – Em apertada síntese, eis os


fatos na versão da Acusação, no que pese as evidências dos
autos constam que não houve por parte do acusado o animus
necandi de ceifar a vida da vítima, agindo, sim, defendendo-se
de uma agressão sofrida.

IV - PRELIMINAR DE MÉRITO

4.1 - Da Inépcia da Denúncia por


Ausência de Elemento Subjetivo do
Injusto

a) Excelências, a exigência de
descrição do fato jurídico com todos os seus elementos e
pormenores na denúncia é uma das implicações da imposição do
garantismo constitucional moderno que abomina as peças
acusatórias lacônicas ou omissas e preserva o direito
fundamental indisponível da cidadania.

_________________________________________________________________________________________________________________
Rua Fenelon Santos, n.º 599, Bairro Salgado Filho. Aracaju/SE. CEP: 49.020-350
C o n t a t o s : ( 7 9 ) 3 2 2 2 - 3 2 2 5 ; ( 7 9 ) 9 9 8 1 0 - 3 6 1 0 – Vi v o ; ( 7 9 ) 9 8 8 4 4 - 0 0 0 8 - O i . E - m a i l : l u i z r i b e r a @ g m a i l . c o m
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p. 383
Bel. L uiz R ibera - OAB/SE 3860
b) Se, por um lado, é verdadeiro
afirmar que não existe crime sem conduta, por outro lado, é
inquestionável dizer que não existe conduta sem vontade. Se o
conteúdo volitivo for típico, configurado está o dolo,
elemento subjetivo do tipo penal (artigo 18 do CP), que
segundo Welzel, significa a vontade de realização da ação.

c) Segundo a Teoria Finalista da


Ação, a tipificação da conduta deve constar da narrativa da
inicial, por expressa exigência legal, sendo certo, por sua
vez, que o dolo, como elemento subjetivo do injusto, deve
estar narrado, também, na denúncia ou queixa, sob pena de
inépcia. Na verdade, é elemento integrante do tipo penal o
dolo que envolve a consciência e a vontade do agente de
empregar, por exemplo, a violência ou grave ameaça como meio
de execução nos crimes de roubo.

d) Na Teoria Causal, o elemento


subjetivo só era objeto de análise no momento da sentença.
Todavia, sob a ótica da Teoria Finalista da Ação, o dolo deve
ser aferido no início da ação penal. A ausência do elemento
subjetivo na denúncia ou queixa contraria o disposto no Artigo
41 do CPP, que determina que a exordial de acusação contenha a
exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias.

e) A peça acusatória limita-se,


muitas vezes, a descrever o fato objetivo sem, contudo,
registrar o ânimo, seja doloso (ou o culposo) do agente.
Entretanto, a ação típica é o somatório de fatores internos e
externos e a exordial não pode prescindir do elemento
subjetivo, pois o Código de Processo Penal exige que a
denúncia tenha por respaldo elementos concretos, que tornem
possível o exercício da defesa plena do acusado.
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f) A inépcia da denúncia,
demonstrada pela inequívoca deficiência subjetiva da denúncia,
impede a compreensão da acusação e traz flagrante prejuízo à
defesa do réu. O elemento subjetivo constitui, assim, uma das
principais circunstâncias relacionadas com o fato criminoso.
g) Dispondo o Artigo 43, Inciso I,
do CPP, como condição para o recebimento da denúncia ou
queixa, sobre a necessidade de o fato narrado se constituir
crime, e sendo este a ação ou omissão típica e ilícita, e
integrando o dolo o tipo, caso não esteja o dolo evidenciado
na narrativa da inicial estará sendo narrado um fato atípico,
que não se adequou ao conceito de crime. E, de acordo com José
Frederico Marques, “a ausência de fato típico torna
inadmissível a persecução penal contra o autor de uma conduta
que possa ser tida por ilícita ou antijurídica.”
h) O elemento subjetivo,
intencional quando do cometimento do fato típico, é
indispensável à configuração do delito. Sua ausência, além de
constranger o réu em sua dignidade humana, é falha na
descrição da conduta típica. A denúncia, na demonstração da
existência do crime, deve descrever todos os elementos
(objetivo, subjetivo e normativo). A ausência de qualquer
desses elementos deve levar à inviabilidade da ação penal em
nome do Garantismo Processual.
i) O parquet se preocupou com a
materialidade e os indícios de autoria, que para ele são
suficientes para embasar uma ação penal, mas se descurou de
demonstrar o dolo ou, no caso, a culpabilidade do denunciado,
consistente na vontade do réu ou mesmo na não observância dos
deveres de negligência, imprudência ou imperícia elementos
presentes na ação culposa em relação ao senhor Adriano Pereira de
Souza em supostamente praticar o crime tipificado na Denúncia.

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j) Em nenhum ponto da denúncia como
também das Legações Finais Ministeriais, existe referência que
explicite de forma inequívoca que o acusado praticou o crime
que lhe é indicado por animus necandi, ou seja, com o objetivo
claro e inequívoco de praticar homicídio contra a vítima.

k) Conforme consta nos depoimentos


aferidos em sede de Inquérito Policial e durante toda a
instrução processual, o acusado Adriano Pereira de Souza
afirmou que estava na porta de casa, com outros familiares,
dentre os quais seu finado irmão Cícero, quando este saiu
sozinho dizendo que iria para a praça da Jetimana, quando foi
morto à tiros por Rafael Oliveira dos Santos.

l) Ponderou o denunciado que não


chegou a presenciar o homicídio que vitimou seu irmão, mas
conseguiu visualizar o autor desse crime, que estava a se
evadir do distrito de culpa, quando decidiu sair em seu
encalço, quando travou com este uma luta corporal, caindo ao
chão, momento em que a arma disparou, vindo a causar a morte
do Rafael Oliveira dos Santos.

m) Ato contínuo, identificou que


dois comparsas do indigitado, vindo em sua direção, decidindo
assim por zelar por sua integridade física e deixar o local,
quando se deparou com o Johnatan Diego, vindo os depois a
correrem, por receio de serem perseguidos pelos demais
meliantes.

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n) Temos que a tipificação
encartada na Denúncia merece ser revista, nos termos do Artigo
415, Inciso IV do CPP, que determina que o juiz,
fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando,
demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime,
em consonância com o Artigo 25 do CPB, que identifica a
hipótese de Legítima Defesa quando o agente, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, por tais
razões, a DENÚNCIA é inepta porque não atende às exigências do
Artigo 41 do CPP.

V – NO MÉRITO
5.1 - Dos Fatos Segundo o Réu
a) Conforme consta nos depoimentos
aferidos em sede de Inquérito Policial, o acusado Adriano
Pereira afirmou que estava na porta de casa, com outros
familiares, dentre os quais seu finado irmão Cícero, quando
este saiu sozinho dizendo que iria para a praça da Jetimana,
quando foi morto à tiros por Rafael Oliveira dos Santos.
b) Ponderou o denunciado que não
chegou a presenciar o homicídio que vitimou seu irmão, mas
conseguiu visualizar o autor desse crime, que estava a se
evadir do distrito de culpa, quando decidiu sair em seu
encalço, quando travou com este uma luta corporal, caindo ao
chão, momento em que a arma disparou, vindo a causar a morte
do Rafael Oliveira dos Santos.
c) Ato contínuo, identificou que
dois comparsas do indigitado, vindo em sua direção, decidindo
assim por zelar por sua integridade física e deixar o local,
quando deparou-se com o Johnatan Diego, vindo os depois a
correrem, por receio de serem perseguidos pelos demais
meliantes.
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VI - DO DIREITO
6.1 - A Conduta Criminosa atribuída
na Denúncia encontra-se prevista no Artigo 121, §1º do Código
Penal, em que o Parquet aponta que o acusado, após saber que
seu irmão, Cícero Pereira de Souza, havia sido assassinado e
tendo visto o corpo de seu familiar no chão, sob o domínio de
violenta emoção, foi ao encalço do autor, correndo e o
perseguiu até alcançá-lo, efetuando disparos de arma de fogo
nas costas e na cabeça, que foram a causa da morte daquele
ainda no local do crime.
6.2 - Excelência, deve ser
observado que a exigência de descrição do fato jurídico com
todos os seus elementos e pormenores na denúncia é uma das
implicações da imposição do Garantismo Constitucional moderno
que abomina as peças acusatórias lacônicas ou omissas e
preserva o direito fundamental indisponível da cidadania.

6.3 - Não existe crime sem conduta,


bem como não existe conduta sem vontade. Se o conteúdo
volitivo for típico, configurado está o dolo, elemento
subjetivo do tipo penal (artigo 18 do CP), que segundo Welzel,
significa a vontade de realização da ação.

6.4 – De acordo com a Teoria


Finalista da Ação, a tipificação da conduta deve constar da
narrativa da inicial, por expressa exigência legal, sendo
certo, por sua vez, que o dolo, como elemento subjetivo do
injusto, deve estar narrado, também, na denúncia ou queixa,
sob pena de inépcia. Na verdade, é elemento integrante do tipo
penal o dolo que envolve a consciência e a vontade do agente
de empregar, por exemplo, a mercancia como meio de execução do
crime de tráfico de drogas.

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6.5 - Na Teoria Causal, o elemento
subjetivo só era objeto de análise no momento da sentença.
Todavia, sob a ótica da Teoria Finalista da Ação, o dolo deve
ser aferido no início da ação penal. A ausência do elemento
subjetivo na denúncia ou queixa contraria o disposto no Artigo
41 do CPP, que determina que a exordial de acusação contenha a
exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias.

6.6 - A peça acusatória limita-se,


muitas vezes, a descrever o fato objetivo sem, contudo,
registrar o ânimo, seja doloso (ou o culposo) do agente.
Entretanto, a ação típica é o somatório de fatores internos e
externos e a exordial não pode prescindir do elemento
subjetivo, pois o Código de Processo Penal exige que a
denúncia tenha por respaldo elementos concretos, que tornem
possível o exercício da defesa plena do acusado.

6.7 - A inépcia da peça inicial


acusatória, demonstrada pela inequívoca deficiência subjetiva
da denúncia, impede a compreensão da acusação e traz flagrante
prejuízo à defesa do réu. O elemento subjetivo constitui,
assim, uma das principais circunstâncias relacionadas com o
fato criminoso.
6.8 - Dispondo o Artigo 43, Inciso
I do CPP, como condição para o recebimento da denúncia ou
queixa, sobre a necessidade de o fato narrado se constituir
crime, e sendo este a ação ou omissão típica e ilícita, e
integrando o dolo o tipo, caso não esteja o dolo evidenciado
na narrativa da inicial estará sendo narrado um fato atípico,
que não se adequou ao conceito de crime. E, de acordo com José
Frederico Marques, “a ausência de fato típico torna
inadmissível a persecução penal contra o autor de uma conduta
que possa ser tida por ilícita ou antijurídica.”
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6.9 – Se por um lado o fato pode
ser caracterizado como típico, seja na conduta dolosa, seja na
conduta culposa, o que sobressalta aos olhos é a inexistência
de referência que explicite de forma inequívoca que o acusado
praticou o crime que lhe é indicado por animus necandi, ou
seja, com o objetivo claro e inequívoco de praticar qualquer
homicídio contra a vítima, vindo o fato se decorrer de um
embate físico ocorrido entre ambos.

6.10 - O elemento subjetivo,


intencional quando do cometimento do fato típico, é
indispensável à configuração do delito. Sua ausência, além de
constranger o réu em sua dignidade humana, é falha na
descrição da conduta típica. A denúncia, na demonstração da
existência do crime, deve descrever todos os elementos
(objetivo, subjetivo e normativo). A ausência de qualquer
desses elementos deve levar à inviabilidade da ação penal em
nome do Garantismo Processual.

6.11 - O parquet se preocupou com a


materialidade e os indícios de autoria, que para ele são
suficientes para embasar uma ação penal, mas se descurou de
demonstrar o dolo ou a culpabilidade do denunciado,
consistente na vontade do réu.

6.12 - Em sede de Denúncia e


Alegações Finais o Parquet apontou que o animus necandi do
denunciado, entretanto não sobejou em provar tal hipótese,
tendo em vista que as provas inquisitoriais por si só não
devem conduzir a um juízo de condenação ou até mesmo de
recebimento da Denúncia, mas tão somente seu oferecimento.

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6.13 - Assim sendo, considerando
que a narrativa dos fatos em relação ao réu Adriano Pereira de
Souza, não há a demonstração cabal da intenção do réu na
prática do crime tipificado na denúncia, tendo em vista todos
os argumentos já expendidos, como a falta de quaisquer outros
elementos de convicção.

6.14 – Ressalte-se que durante a


instrução probatória nenhuma testemunha de viso presenciou o
fato que ora se apura. As testemunhas ouvidas nada declararam
sobre a conduta do acusado, sendo este homem de íntegra
personalidade, sem jamais ter se envolvido no mundo do crime.

6.15 - A Defesa sustenta que não


existiu o animus necandi do acusado em ceifar a vida da
vítima, mas sim, o que houve foi a autodefesa, na tentativa de
preservar aquilo que o Homem tem de mais valioso, qual seja
sua vida, em desfavor de agressões físicas sofridas, momento
em que apenas tentava conter a fuga do algoz de seu irmão, no
que pretendia vê-lo preso e processado pelo crime que acabara
de cometer, assim sendo, ao ceifar a vida do irmão do acusado.

VII – DO REQUERIMENTO FINAL

7.1 - Destarte, requer-se a reforma


da decisão que pronunciou o acusado, para que apreciando a
falta de indícios concretos do animus necandi na Autoria do
delito e Ausência de Elemento Subjetivo do Injusto, arguidas
pelo acusado, postula-se que Vossas Excelências:

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p. 391
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a) Que absolva o réu desde logo, à
luz do Artigo 415, Inciso IV do CPP, que determina que o juiz,
fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando,
demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime,
em consonância com o Artigo 25 do CPB, que identifica a
hipótese de Legítima Defesa quando o agente, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, sendo por tais
razões que a DENÚNCIA é inepta porque não atende às exigências
do Artigo 41 do CPP;

b) De forma alternativa,
considerando-se que durante a instrução processual foi
constatado que o crime foi praticado por motivo de injusta
provocação da vítima, tendo em vista que o delito teria sido
cometido minutos após o irmão do denunciado ter sido
brutalmente morto pelo vitimado, que o acusado seja
impronunciado, nos termos do Artigo 414 do CPP.

É o que se coteja.

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Cidade de Aracaju, do Estado de


Sergipe, aos 16 dias do mês de Agosto, do ano de 2016

Bel. Luiz Fernando Almeida Ribera


Advogado - OAB/SE 3860

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http://www.podiumcomplexojuridico.com.br P á g i n a 1 4 de 14
p. 392
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
17/08/2016

MOVIMENTO:
Intimação Eletrônica

DESCRIÇÃO:
Intimação enviada ao Promotor. </br>(...) intime-se, eletronicamente, o Ministério Público para apresentar
contrarrazões, no prazo de 02 (dois) dias.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 393
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
18/08/2016

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
Intimação da Promotoria considerada em 18/08/2016, mediante consulta processual do(a) Promotor(a) CLAUDIA
DANIELA DE F. S. FRANCO, referente ao movimento Intimação Eletrônica, do dia 17/08/2016,às 07:42:38.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 394
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
19/08/2016

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
Intimação do Promotor considerada em 19/08/2016, nos termos do art 5º, §3, da lei 11.419/06, referente ao
movimento efetuado em 08/08/2016, às 07:27:00.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 395
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
22/08/2016

MOVIMENTO:
Manifestação do MP

DESCRIÇÃO:
Pelo exposto, requer o Ministério Público do Estado de Sergipe:1- que em juízo de retratação, possa o MM Juiz
rever sua posição, anulando a pronúncia, para considerar a imputação da inicial acusatória e das alegações finais,
proferindo nova decisão;2- seja o presente Recurso em Sentido Estrito CONHECIDO e PROVIDO, para alterar a
decisão o dia 01/08/2016, às 12:46:08 , a fim de que seja reformada a decisão de pronúncia, no sentido de ser o réu
levado a julgamento pelo delito que está imputado na denúncia e confirmado nas alegações finais, para pronunciar o
réu ADRIANO PEREIRA DE SOUZA pela prática do delito tipificado no art. 121, §1º, do Código Penal.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 396
Manifestação Ministério Público

Processo nº: 201521800150

EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DOUTORES DESEMBARGADORES MEMBROS DA CÂMARA CRIMINAL DO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE.

Autos de nº. 201521800150

Recorrente: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE

Recorrido: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

COLENDA CÂMARA CRIMINAL,

EMINENTES JULGADORES,

DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA,

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE, por conduto do(a) Promotor(a) de Justiça


subscrito(a), não se conformando com a decisão do dia 01/08/2016 12:46:08 , vem, perante Vossa Excelência, com
fundamento no art. 588 do CPP, apresentar RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, pelas razões de fato e
de direito a seguir aduzidas.

1. SÍNTESE PROCESSUAL

O Ministério Público do Estado de Sergipe, no exercício de suas atribuições institucionais,


deflagrou AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA, mediante oferecimento de denúncia, em face de ADRIANO
PEREIRA DE SOUZA, imputando-lhe a prática do crime tipificado no art. 121, §1º, do CP.

Segundo narrado na denúncia, no dia05 de abril de 2015, por volta das 22:00h, na Rua “M”,
Loteamento Cigano, Pau Ferro, nesta capital, o DENUNCIADO, agindo com animus necandi, efetuou disparos de
arma de fogo em face de vítima Rafael Oliveira dos Santos, conhecido como “Cego” ou “Zanoio”, o qual veio a óbito
no local em decorrência dos ferimentos sofridos, conforme laudo pericial cadavérico (fls. 22/28).

p. 397
Segundo apurado, o DENUNCIADO, após saber que seu irmão Cícero Pereira de Souza havia
sido assassinado e tendo visto o corpo do seu familiar estendido no chão, agindo, então, sob o domínio de violenta
emoção, foi ao encalço do autor, ora vítima, correndo e o perseguiu até alcançá-lo, efetuando disparos de arma de
fogo nas costas e na cabeça, que foram a causa da morte daquele ainda no local do crime.

Após isso, o DENUNCIADO empreendeu fuga, tendo sido visto correndo em companhia de seu
sobrinho Johnata Diego Pereira de Souza e por essa razão esse último passou a ser apontado na comunidade como
comparsa do Increpado nesse homicídio, principalmente porque foram detectados na vítima, além das lesões
provenientes dos disparos de arma de fogo, outras na face, decorrentes de instrumento cortante, levado-se a crer
que se tratava de mais de um autor, fato este negado pelo Denunciado ao ser interrogado.

O inquérito policial que apurou a morte de Cícero foi arquivado nesse Juízo tendo em vista o óbito
do autor, aqui indicado como vítima (201521890084).

Gize-se que na cena do crime foi encontrado um fragmento de cabo de arma de fogo (fl.06), o
qual foi encaminhado para perícia.

O laudo pericial cadavérico acostado às fls. 22/28 também identificou ferimentos produzidos por
arma branca, porém, a origem ou autor dessas lesões ainda não foi esclarecida.

O denunciado não fora preso em flagrante, tendo saído do Estado no dia seguinte, e comparecido
alguns dias depois à delegacia, na companhia de seu advogado constituído e confessado a autoria delitiva.

Diante disso,foi denunciado pela prática de conduta prevista nostipospenaisprevistosno art. 121,
§1° do Código Penal, doCódigoPenalBrasileiro.

Em seguida, observadas as formalidades legais, foi recebida a peça acusatória (fl. 113)
oportunidade em que o réu foi citado pessoalmente(fls. 101) e constituiu advogado nos autos, juntando procuração às
fls. 81 e resposta à acusação às fls. 131/143.

Posteriormente foram ouvidas testemunhas, às fls. 145/página 223, fls. 192/página 294 e página
328, cujos depoimentos se encontram lançados virtualmente, bem como procedido ao interrogatório do réu.

Enfim,estandoconcluídaainstruçãocriminal, vieramosautoscomvistaaoMinistérioPúblicopara
oferecimentodealegaçõesfinais,naformadememoriais, oacsião em que requereu a pronúncia do acusado nos termos
em que foi denunciado.
p. 398
Ao proferir a decisão de pronúncia (movimento eletrônico do dia 01/08/2016 06:49:09), o
Juízo de piso pronunciou o réu pela prática do crime tipificado no 121, caput, do CP, não reconhecendo,
entretanto, a circunstância do privilgégio prevista no §1º do mesmo dispositivo legal.

Este Órgão Ministerial, irresignado com a decisão de pronúncia no que se refere ao afastamento
da qualificadora, pretendendo a sua modificação, interpôs, tempestivamente, recurso em sentido estrito (movimento
eletrônico do dia 04/08/2016 10:35:11 ), apresentando, a seguir, as razões de sua irresignação.

2. DO MÉRITO

Após analisar as circuntâncias do delito e a conduta do réu, o juízo a quo entendeu que constam
dos autos prova da materialidade e indícios de autoria de crime doloso contra a vida. Não obstante isso, afastou a
circunstância do privilégio, ( art. 121, §1º, do CP), e pronunciou o réu pelo crime mais grave previsto no caput do
mesmo dispositivo legal, usurpando do Tribunal do Júri, juiz natural da causa, o pleno exame dos fatos e
pronunciando o acusado por delito diverso(e mais grave) que o pedido da acusação ministerial.

Acerca do privilégio(causa de dominuição de pena), assim se manifestou o MM. Juiz na decisão


de pronúncia:

“II.2.3 Da causa de diminuição de pena

O Ministério Público requereu a pronúncia do acusado com a causa de diminuição de pena


prevista no §1º, do art. 121, do Código Penal.

Segundo o art. 413, §1º, do CPP: “A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da


materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo
o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias
qualificadoras e as causas de aumento de pena”.

No caso, a causa de diminuição de pena não deve ser objeto da pronúncia, como ensina
Guilherme de Souza Nucci (Tribunal do Júri, 2008, p. 75):

As causas de diminuição de pena, embora façam parte do tipo penal, como ocorre com o disposto
no art. 121, §1º, do Código Penal (relevante valor social ou moral e violenta emoção, seguida de
injusta provocação da vítima), não são incluídas. Há expressa vedação para sua inclusão na
decisão de pronúncia. Preceitua o art. 7º da Lei de Introdução ao Código de Processo Penal
(Dec.-lei 3.931/41) que “o juiz da pronúncia, ao classificar o crime, consumado ou tentado, não
poderá reconhecer a existência de causa especial de diminuição da pena”.

p. 399
Com efeito, não deve o julgador, na pronúncia, fazer a inclusão da causa de diminuição de pena.

III – CONCLUSÃO

Ante o exposto, comprovada a materialidade do delito, aliada aos indícios de autoria constante
dos autos, PRONUNCIO o acusado Adriano Pereira de Souza, devidamente qualificado, para que
seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, pelo art. 121, caput, do CP, o que faço com
supedâneo no art. 413, do Código Processual Penal.” (decisão de pronúncia)

2.1. Princípio da Correlação entre a pronúncia e o pedido da denúncia:

O princípio da correlação, também chamado de princípio da relatividade ou da congruência da


condenação com a imputação ou ainda da correspondência entre o objeto da ação e o objeto da sentença, é ums das
mais importantes garantias do direito de defesa, tendo em vista que visa assegurar ao réu a certeza de que não
poderá ser condenado sem que tenha tido oportunidade de, previa e pormenorizadamente, ter ciência dos fatos
criminosos que lhes são imputados, possibilitando, assim, a plenitudade de sua defesa.

O princípio da correlação entre o pedido da ação penal e a decisão judicial, é de fundamental


importância para o desfecho do processo penal e para a verdade real dos fatos, possibilitando, assim, ao juiz, fazer
uma apreciação justa da imputação condenando ou inocentando.

A correlação é o liame entre os termos da acusação e o que será enfrentado pelo juiz na prolação
da sentença penal. Em processo penal, o limite objetivo da lide para o magistrado está na apreciação daquilo que a
acusação mencionou, quando do oferecimento da ação penal.

Desse modo, com base nos elementos probatórios produzidos na informatio delicti e na instrução
probatória, o juiz verificará se se encontram presentes indícios de autoria e a materialidade do delito ora imputado. Se
verificar uma alteração na verdade dos fatos poderá julgar mesmo assim o fato ou abrir vista ao Ministério Público
para aditar a denúncia.

Dessa forma, interessante decisão da corte paranaense merece ser lembrada:

“O princípio da correlação entre a imputação e a sentença representa uma das mais relevantes
garantias do direito de defesa, que se encontra tutelado por via constitucional. Qualquer distorção,
sem observância do art. 384, CPP, significa ofensa àquele princípio e acarreta a nulidade da
sentença” (TJPR - RT 565/383 e TACRSP; JTACRESP 76/271, RJDTACRIM 2/159).

Nesse contexto, assevera Tourinho Filho que:

p. 400
&quot;Iniciada a ação, quer no cível, quer no penal, fixam-se os contornos da res in judicio
deducta, de sorte que o Juiz deve pronunciar-se sobre aquilo que lhe foi pedido, que foi exposto
na inicial pela parte. Daí se segue que ao Juiz não se permite pronunciar-se, senão sobre o
pedido e nos limites do pedido do autor e sobre as exceções e nos limites das exceções
deduzidas pelo réu. [...] isto é, o Juiz não pode dar mais do que foi pedido, não pode decidir sobre
1
o que não foi solicitado&quot;.

Mirabete, por sua vez, esclarece em sua obra que:

&quot;não pode haver julgamento extrapou ultra petita(ne procedat judex ultra petitum et extra
petitum). A acusação determina a amplitude e conteúdo da prestação jurisdicional, pelo que o juiz
criminal não pode decidir além e fora do pedido em que o órgão da acusação deduz a pretensão
punitiva. Os fatos descritos na denúncia ou queixa delimitam o campo de atuação do poder
jurisdicional&quot;.2

Como bem explica Guilherme de Souza Nucci,

[…] as circunstâncias legais, vinculadas ao tipo penal incriminador, denominadas qualificadoras e


causas de aumento são componentes da

tipicidade derivada. Logo, constituem a materialidade do delito, envolvendo o fato básico e todas
as suas circunstâncias. Quando presentes, devem ser mantidas na pronúncia para a devida
apreciação pelo Tribunal do Júri. Entretanto, se as provas não as sustentarem, devem ser
afastadas pelo magistrado. Na dúvida, o juiz mantém as referidas circunstâncias legais para
a apreciação dos jurados […]. (grifo nosso)

Ensina Paulo Rangel que:

“É cediço que, no processo, o juiz não pode decidor a lide fora dos limites em que foi
proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei
exige iniciativa da parte”(cf art. 128 do CPC), bem como proferir sentença, a favor do réu, de
3
natureza diversa da pedida ou além do que se pediu(cf art. 460 CPC)”

Destarte,não pode(ou pelo menos não deve) o juiz, recebendo uma denúncia por
infanticídio, pronunciar a ré por homicídio, sem a providência do aditamento da denúncia
para adequar o pedido à decisão. Se assim agir, estará julgando fora do que se pediu, em
afronta ao princípio da congruência.

p. 401
HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO SIMPLES TENTADO. SUBSTITUTIVO DE RECURSO
ESPECIAL. DESVIRTUAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. ESPÉCIE DE DOLO.
PRINCÍPIO DA CORRELAÇÃO. OFENSA. INEXISTÊNCIA. PERFEITA ADEQUAÇÃO ENTRE
OS FATOS NARRADOS NA DENÚNCIA E OS MENCIONADOS NA PRONÚNCIA. MANIFESTO
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.

1. É imperiosa a necessidade de racionalização do habeas corpus, a fim de preservar a coerência


do sistema recursal e a própria função constitucional do writ, de prevenir ou remediar ilegalidade
ou abuso de poder contra a liberdade de locomoção.

2. O remédio constitucional tem suas hipóteses de cabimento restritas, não podendo ser utilizado
em substituição a recursos processuais penais, a fim de discutir, na via estreita, temas afetos a
apelação criminal, recurso especial, agravo em execução, tampouco em substituição a revisão
criminal, de cognição mais ampla. A ilegalidade passível de justificar a impetração do habeas
corpus deve ser manifesta, de constatação evidente, restringindo-se a questões de direito que
não demandem incursão no acervo probatório constante de ação penal.

3. O princípio da correlação entre a acusação e a decisão de pronúncia representa uma das mais
relevantes garantias do direito de defesa, uma vez que assegura que apenas podem constar da
pronúncia os fatos que foram narrados na inicial acusatória, de forma a assegurar a não
submissão do acusado ao Conselho de Sentença por fatos não descritos na denúncia.

4. No caso, a definição da espécie de dolo (se direto ou se eventual) não afastou o fundamental,
que foi a afirmação, já constante da denúncia, do caráter doloso da conduta imputada ao
paciente.

5. Não há ofensa ao princípio da correlação quando verificado que o paciente foi pronunciado pela
suposta prática do crime previsto no art. 121, caput, c/c o art. 14, II, do Código Penal, em perfeita
adequação com a denúncia, já que nem sequer houve mudança do tipo penal apontado na
exordial acusatória.

6. Na espécie, a Corte estadual empregou o dolo eventual apenas como reforço de


argumentação, com a utilização de elementos que não alteraram a qualificação do crime,
alegando que, caso não reconhecido que o paciente tivesse agido com dolo direto, no mínimo
deveria reconhecer-se que ele vislumbrou a possibilidade de ocorrência do resultado morte, de
forma que, embora não o desejasse diretamente, ao menos o admitiu, aceitando-o, haja vista a
região em que lesionou a vítima (no abdômen, região vital do corpo).

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os
Ministros da SEXTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, não conhecer da
ordem nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Assusete Magalhães, Alderita
Ramos de Oliveira (Desembargadora convocada do TJ/PE), Maria Thereza de Assis Moura e Og
Fernandes votaram com o Sr. Ministro Relator. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Og
Fernandes.(HC 245123 SP 2012/0117741-8, relator: Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR; data
julgamento: 14/05/2013, SEXTA TURMA, publicado em DJe 23/05/2013)

Compulsando os argumentos utilizados para fundamentar o afastamento da circunstância acima


descrita, infere-se que o juízo a quo adentrou no mérito da causa, optando por aquela versão que afasta o crime

p. 402
privilegiado, desconsiderando, entretanto, as provas que indicam essa circunstância, bem como o pedido constante
nas alegações finais do Ministério Público.

Assim agindo, o juízo a quo extrapolou o mero juízo de admissibilidade que deve prevalecer nesta
fase do procedimento do júri. Constando dos autos, como é o caso, indícios suficientes a indicar que o réu praticou o
crime privilegiado, havendo assim, a nosso sentir, uma nulidade do decisum, na medida em que, sequer se valeu das
opções previstas nos arts. 383 e 384 do CPP, possibilitando, se fosse o caso, o aditamento da acusação.

Nesse ínterim, pode-se concluir que, para haver alteração do fato típico imputado na denúncia,
deve-se, obrigatoriamente, se proceder ao aditamento da inicial acusatória, de acordo com o que foi apurado ao
longo da instrução, nos termos do artigo art. 384: “Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova
definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração
penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias,
se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento,
quando feito oralmente.”

Assim, o que vemos no ordenamento jurídico legal é a previsão de aditamento SOMENTE


através do Ministério Público. Não pode o Juiz, ao proferir a decisão de pronúncia, imputar ao réu delito diverso do
contido na peça acusatória e, ainda pior, diferente e de forma mais gravosa da versão apurada durante a instrução.

No caso presente, o Magistrado foi além, não somente imputou delito diverso do contido na
acusação, como também pronunciou o réu por crime mais gravoso, que, durante a instrução, a todo tempo se
defendeu do homicídio privilegiado, o qual, por óbvio, é menos danoso. Logo, na fase da pronúncia, não pode o Juiz
imputar delito diverso quando este não foi pedido pelo Ministério Público nem tão pouco comprovado ao longo da
instrução processual.

Desse modo, no caso dos autos, constatou-se que, durante a instrução processual, foram
colhidas provas que confirmam a versão dos fatos narrados na denúncia, cabendo aos jurados, e não ao Magistrado,
decidir se acolhem ou não as provas que sustentam o homicídio privilegiado.

2.2. Do Privilégio:

Ressalte-se, ainda, que durante a instrução foi constatado que logo após o réu ter ciência que a
vítima fora o autor de um homicídio em face de um irmão seu.

De fato, verifica-se que, em consonância com os princípios constitucionais do contraditório e da


ampla defesa, as provas produzidas demonstram que indícios suficientes da autoria delitiva recaiu sobre o
denunciado,motivo pelo qual deve ser pronunciado pelo homicídio privilegiado.

Logo, não há como excluir, nesse momento processual, a circunstância do homicídio privilegiado,
p. 403
do qual o acusado vem se defendendo durante todo o processo. Vale ressaltar ainda, que, em que pese essa circunst
ância seja ensejadora de diminuição de pena, nesse caso específico, o tratamento legal adequado é de um verdadeir
o tipo penal, se assim não fosse, o Ministéio Público sequer poderia imputá-lo na denúncia!

Ora, julgadores, de que serviria ao processo, o órgão ministerial denunciar pelo homicídio
privilegiado, se, no momento da pronúncia essa circunstância não poderia ser reconhecida?

Assim, por todas as razões expostas, a decisão de pronúncia deve ser reformada, devendo ser
mantida a capitulação contida na peça acusatória.

3. DO PEDIDO

Pelo exposto, requer o Ministério Público do Estado de Sergipe:

1- que em juízo de retratação, possa o MM Juiz rever sua posição, anulando a pronúncia, para
considerar a imputação da inicial acusatória e das alegações finais, proferindo nova decisão;

2- seja o presente Recurso em Sentido Estrito CONHECIDO e PROVIDO, para alterar a decisão o
dia 01/08/2016, às 12:46:08 , a fim de que seja reformada a decisão de pronúncia, no sentido de ser o réu levado a
julgamento pelo delito que está imputado na denúncia e confirmado nas alegações finais, para pronunciar o réu
ADRIANO PEREIRA DE SOUZA pela prática do delito tipificado no art. 121, §1º, do Código Penal.

Pede deferimento.

1TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Op. Cit. Vol. 1. p. 50.

2 MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. Cit. p. 164.

3RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 10ª ed. Rio de Janeiro Editora Lumen Juirs 2005.
p. 534.

p. 404
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
24/08/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Aguardando decurso de prazo.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 405
Poder Judiciário
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
06/09/2016

MOVIMENTO:
Conclusão

DESCRIÇÃO:
Nesta data faço o processo eletrônico concluso.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 406
Poder Judiciário
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
22/09/2016

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Mandado(201621803321) de Intimação Simples - Certidão do oficial.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 407
Documento assinado eletronicamente em 03/08/2016 08:57:32 por GRACE OLIVEIRA TEIXEIRA
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20160971684-10

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE


Normal
Juízo de Direito 8ª Vara Criminal de Aracaju
Av. Pres. Tancredo Neves, S/N
Bairro - Capucho Cidade - Aracaju
Cep - 49080-901 Telefone - (79)3226-3602
201621803321

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
NATUREZA: Ação Penal de Competência do Júri
Autor: AUTORIDADE POLICIAL
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

MANDADO DE INTIMAÇÃO

A Dra. FABIANA OLIVEIRA B. DE CASTRO, Juíza de Direito da(o) 8ª Vara Criminal de Aracaju da
Comarca de Aracaju, Estado de Sergipe,

MANDA o Oficial de Justiça designado que, em cumprimento ao presente, proceda a INTIMAÇÃO


da parte abaixo qualificada, da decisão de pronúncia, cuja cópia segue em anexo.

Observação:

Qualificação da parte:
Nome: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA
Residência: Rua I, 111 Loteamento Jardim Dara, Pau Ferro(ou Bairro Jetimana)
Bairro: CIDADE NOVA (ARACAJU)
Cidade: ARACAJU - SE

Grace Oliveira Teixeira


Escrivão(ã)/Chefe de Secretaria/Subsecretário
Documento assinado eletronicamente

[TM1907,MD1923]

Recebi o mandado 201621803321 em _____/_____/__________

_____________________________________________________

ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

p. 408
Documento assinado eletronicamente em 22/09/2016 16:20:29 por JORGE GOES FARIAS
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20161225330-80

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NATUREZA: Crime
NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
MANDADO: 201621803321
DATA DE CUMPRIMENTO: 13/08/2016 00:00

DESTINATÁRIO: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA


Rua I, 111 , Loteamento Jardim Dara, Pau Ferro(ou Bairro Jetimana).
ENDEREÇO:
BAIRRO: CIDADE NOVA. ARACAJU/ SE. CEP: 49070-010
TIPO DE MANDADO: Intimação parte processo pronúncia
DATA DE AUDIÊNCIA:

CERTIDÃO

INTIMADA, NEGOU-SE A APOR O CIENTE , ACEITANDO A CONTRAFÉ.

[TC1907, MD47]

p. 409
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
23/09/2016

MOVIMENTO:
Despacho

DESCRIÇÃO:
Pois bem. Quanto ao recurso interposto pela defesa, entendo que a decisão combatida não merece ser reformada.A
preliminar de inépcia da denúncia não merece ser acolhida, uma vez que, analisando a peça acusatória, constato
que exordial narrou com detalhes o fato criminoso, relatando como ocorreu o suposto crime e a conduta do acusado.
Além disso, apesar do que relata a defesa, o Ministério Público relata sim que o acusado agiu com animus
necandi.Quanto ao requerimento de absolvição sumária ou impronúncia, considerando os elementos probatórios
constantes nos presentes autos, resta devidamente comprovada a materialidade do crime, bem como estão
presentes os indícios suficientes da autoria delitiva. Portanto, os pressupostos e fundamentos para que o recorrente
seja submetido ao Tribunal do Júri estão devidamente caracterizados.Em relação à tese defensiva de que o réu não
agiu com animus necandi, não fica afastada, de forma irrefutável, a intenção de matar do denunciado. Dessa forma e
diante da regra do in dubio pro societate, o encaminhamento do caso ao Conselho de Sentença deve ser
realizado.Portanto, não exerço o juízo de retratação em relação aos fundamentos apresentados no recurso em
sentido estrito interposto pela defesa.No que se refere ao recurso apresentado pelo Ministério Público, assiste razão
ao recorrente, no que diz respeito a necessidade de inclusão da causa de diminuição do privilégio.O Ministério
Público, ao ofertar a denúncia, já imputou ao acusado Adriano Pereira de Souza a prática do crime previsto no art.
121, §1º, do Código Penal, relatando que o réu teria cometido o homicídio, sob o domínio de violenta emoção, após
saber que seu irmão havia sido assassinado.Nesse contexto, cabe frisar que, desde o início, o acusado se defendeu
de uma imputação mais branda, não sendo justo encaminhá-lo ao Conselho de Sentença pelo crime mais grave do
art. 121, caput, do Código Penal.Com efeito, o princípio da correlação entre a acusação e a decisão de pronúncia
representa uma das mais relevantes garantias do direito de defesa, uma vez que assegura que apenas podem
constar da pronúncia os fatos que foram narrados na inicial acusatória, de forma a assegurar a não submissão do
acusado ao Conselho de Sentença por fatos não descritos na denúncia.Assim, encaminhar o réu à Sessão de
Julgamento sem reconhecer o privilégio na pronúncia acarretaria grave violação ao contraditório e à ampla defesa,
uma vez que o acusado estaria se defendendo de uma crime mais grave daquele narrado na peça inicial, sem que a
acusação tenha apresentado qualquer aditamento à denúncia na forma do art. 384 do CPP.Ademais, cumpre
registrar que as testemunhas ouvidas relatam que o acusado teria corrido em direção à vítima, após o seu irmão
Cícero ter sido assassinado. Assim, a circunstância do homicídio privilegiado foi mantida após a instrução em
juízo.Feitas essas considerações, observando o princípio da congruência entre acusação e pronúncia e os princípio

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria
p. 410
PUBLICAÇÃO:
Sim

p. 411
Decisão ou Despacho

Processo nº: 201521800150

Processo nº: 201521800150

DECISÃO

Vistos etc.
O denunciado Adriano Pereira de Souza foi pronunciado pelo Tribunal do
Júri, pelo art. 121, caput, do Código Penal.
A defesa interpôs Recurso em Sentido Estrito. Alegou, preliminarmente, a
inépcia da denúncia. No mérito, relatou a ausência de animus necandi por parte do
acusado. Pugnou pela absolvição sumária e, em ordem sucessiva, pela impronúncia.
O Ministério Público também apresentou Recurso em Sentido Estrito.
Requereu o reconhecimento do privilégio com a pronúncia do acusado pelo art. 121, §1º,
do Código Penal.
Decido.
Segundo preceitua o art. 589 do Código de Processo Penal “Com a resposta
do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de 2 (dois) dias,
reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados
que lhe parecerem necessários.”
Essa espécie de recurso, portanto, possibilita ao juízo a quo arevisão da
decisão dele mesmo emanada, se convencido de que a decisão interlocutória proferida
merece reproche.
Pois bem. Quanto ao recurso interposto pela defesa, entendo que a decisão
combatida não merece ser reformada.

A preliminar de inépcia da denúncia não merece ser acolhida, uma vez


que, analisando a peça acusatória, constato que a exordial narrou com detalhes o fato
criminoso, relatando como ocorreu o suposto crime e a conduta do acusado. Além disso,
apesar do que relata a defesa, o Ministério Público relata sim que o acusado agiu com
animus necandi.

Quanto ao requerimento de absolvição sumária ou impronúncia,


considerando os elementos probatórios constantes nos presentes autos, resta devidamente
comprovada a materialidade do crime, bem como estão presentes os indícios suficientes
da autoria delitiva. Portanto, os pressupostos e fundamentos para que o recorrente seja
submetido ao Tribunal do Júri estão devidamente caracterizados.

Em relação à tese defensiva de que o réu não agiu com animus necandi,
não fica afastada, de forma irrefutável, a intenção de matar do denunciado. Dessa forma
e diante da regra do in dubio pro societate, o encaminhamento do caso ao Conselho de
Sentença deve ser realizado.

Portanto, não exerço o juízo de retratação em relação aos fundamentos


apresentados no recurso em sentido estrito interposto pela defesa.

No que se refere ao recurso apresentado pelo Ministério Público, assiste


razão ao recorrente, no que diz respeito a necessidade de inclusão da causa de
diminuição do privilégio.

p. 412
O Ministério Público, ao ofertar a denúncia, já imputou ao acusado
Adriano Pereira de Souza a prática do crime previsto no art. 121, §1º, do Código Penal,
relatando que o réu teria cometido o homicídio, sob o domínio de violenta emoção, após
saber que seu irmão havia sido assassinado.

Nesse contexto, cabe frisar que, desde o início, o acusado se defendeu


de uma imputação mais branda, não sendo justo encaminhá-lo ao Conselho de Sentença pelo
crime mais grave do art. 121, caput, do Código Penal.

Com efeito, o princípio da correlação entre a acusação e a decisão de


pronúncia representa uma das mais relevantes garantias do direito de defesa, uma vez
que assegura que apenas podem constar da pronúncia os fatos que foram narrados na
inicial acusatória, de forma a assegurar a não submissão do acusado ao Conselho de
Sentença por fatos não descritos na denúncia.

Assim, encaminhar o réu à Sessão de Julgamento sem reconhecer o


privilégio na pronúncia acarretaria grave violação ao contraditório e à ampla defesa,
uma vez que o acusado estaria se defendendo de uma crime mais grave daquele narrado na
peça inicial, sem que a acusação tenha apresentado qualquer aditamento à denúncia na
forma do art. 384 do CPP.

Ademais, cumpre registrar que as testemunhas ouvidas relatam que o


acusado teria corrido em direção à vítima, após o seu irmão Cícero ter sido
assassinado. Assim, a circunstância do homicídio privilegiado foi mantida após a
instrução em juízo.

Feitas essas considerações, observando o princípio da congruência entre


acusação e pronúncia e os princípios do contraditório e ampla defesa, faço uso do juízo
de retratação quanto aos fundamentos do recurso interposto pela acusação para incluir
na decisão de pronúncia a circunstância do privilégio. Altero a parte dispositiva da
pronúncia, que passa a ser redigida nos seguintes termos:

“Ante o exposto, comprovada a materialidade do delito, aliada aos


indícios de autoria constante dos autos, PRONUNCIO o acusado Adriano
Pereira de Souza, devidamente qualificado, para que seja submetido a
julgamento pelo Tribunal do Júri, pelo art. 121, §1º, do CP, o que faço
com supedâneo no art. 413, do Código Processual Penal.”.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se o acusado, a defesa e o Ministério


Público.

Após as intimações, venham os autos conclusos.


Aracaju/SE, 23 de setembro de 2016.

Edno Aldo Ribeiro de Santana


Juiz de Direito

p. 413
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
26/09/2016

MOVIMENTO:
Intimação Eletrônica

DESCRIÇÃO:
Intimação enviada ao Promotor. </br>Intime-se o Ministério Público acerca da decisão exarada em 23/09/2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 414
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
26/09/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Certifico que expedi mandado de intimação ao réu acerca da decisão exarada em 23/09/2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 415
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
26/09/2016

MOVIMENTO:
Expedição de Documento

DESCRIÇÃO:
Mandado de nº: 201621804277 do tipo Intimação parte processo pronúncia[MD01907] protocolado nesta data.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 416
Documento assinado eletronicamente em 26/09/2016 13:17:27 por GRACE OLIVEIRA TEIXEIRA
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20161237420-88

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE


Normal
Juízo de Direito 8ª Vara Criminal de Aracaju
Av. Pres. Tancredo Neves, S/N
Bairro - Capucho Cidade - Aracaju
Cep - 49080-901 Telefone - (79)3226-3602
201621804277

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
NATUREZA: Ação Penal de Competência do Júri
Autor: AUTORIDADE POLICIAL
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

MANDADO DE INTIMAÇÃO

O Dr. EDNO ALDO RIBEIRO DE SANTANA, Juiz de Direito da(o) 8ª Vara Criminal de Aracaju da
Comarca de Aracaju, Estado de Sergipe,

MANDA o Oficial de Justiça designado que, em cumprimento ao presente, proceda a INTIMAÇÃO


da parte abaixo qualificada, da decisão de pronúncia, cuja cópia segue em anexo.

Observação:

Qualificação da parte:
Nome: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA
Residência: Rua I, 111 Loteamento Jardim Dara, Pau Ferro(ou Bairro Jetimana)
Bairro: CIDADE NOVA (ARACAJU)
Cidade: ARACAJU - SE

Grace Oliveira Teixeira


Escrivão(ã)/Chefe de Secretaria/Subsecretário
Documento assinado eletronicamente

[TM1907,MD1923]

Recebi o mandado 201621804277 em _____/_____/__________

_____________________________________________________

ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

p. 417
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
27/09/2016

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
Intimação da Promotoria considerada em 27/09/2016, mediante consulta processual do(a) Promotor(a) CLAUDIA
DANIELA DE F. S. FRANCO, referente ao movimento Intimação Eletrônica, do dia 26/09/2016,às 11:48:18.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 418
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

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Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
29/09/2016

MOVIMENTO:
Manifestação do MP

DESCRIÇÃO:
Mm Juiz,O Ministério Público, em atendimento à intimação eletrônica do dia 26/09/2016 às 11:48:18, consigna-se
ciente da decisão do dia 23/09/2016 às 12:05:06, que acolheu o recurso do MP no sentido de pronunciar o acusado
Adriano Pereira de Souza, para que seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, pelo art. 121, §1º, do CP.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 419
Manifestação Ministério Público

Processo nº: 201521800150

Mm Juiz,

O Ministério Público, em atendimento à intimação eletrônica do dia 26/09/2016 às 11:48:18,


consigna-se ciente da decisão do dia 23/09/2016 às 12:05:06, que acolheu o recurso do MP no
sentido de pronunciar o acusado Adriano Pereira de Souza, para que seja submetido a
julgamento pelo Tribunal do Júri, pelo art. 121, §1º, do CP.

p. 420
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
13/10/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Aguardando devolução do mandado

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 421
Poder Judiciário
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Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
07/11/2016

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Aguardando devolução do mandado

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 422
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
09/11/2016

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Mandado(201621804277) de Intimação Simples - Certidão do oficial.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 423
Documento assinado eletronicamente em 26/09/2016 13:17:27 por GRACE OLIVEIRA TEIXEIRA
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20161237420-88

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE


Normal
Juízo de Direito 8ª Vara Criminal de Aracaju
Av. Pres. Tancredo Neves, S/N
Bairro - Capucho Cidade - Aracaju
Cep - 49080-901 Telefone - (79)3226-3602
201621804277

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
NATUREZA: Ação Penal de Competência do Júri
Autor: AUTORIDADE POLICIAL
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

MANDADO DE INTIMAÇÃO

O Dr. EDNO ALDO RIBEIRO DE SANTANA, Juiz de Direito da(o) 8ª Vara Criminal de Aracaju da
Comarca de Aracaju, Estado de Sergipe,

MANDA o Oficial de Justiça designado que, em cumprimento ao presente, proceda a INTIMAÇÃO


da parte abaixo qualificada, da decisão de pronúncia, cuja cópia segue em anexo.

Observação:

Qualificação da parte:
Nome: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA
Residência: Rua I, 111 Loteamento Jardim Dara, Pau Ferro(ou Bairro Jetimana)
Bairro: CIDADE NOVA (ARACAJU)
Cidade: ARACAJU - SE

Grace Oliveira Teixeira


Escrivão(ã)/Chefe de Secretaria/Subsecretário
Documento assinado eletronicamente

[TM1907,MD1923]

Recebi o mandado 201621804277 em _____/_____/__________

_____________________________________________________

ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

p. 424
Documento assinado eletronicamente em 09/11/2016 09:25:02 por JORGE GOES FARIAS
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjse.jus.br/ sob o número 20161443188-07

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NATUREZA: Crime
NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
MANDADO: 201621804277
DATA DE CUMPRIMENTO: 28/10/2016 00:00

DESTINATÁRIO: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA


Rua I, 111 , Loteamento Jardim Dara, Pau Ferro(ou Bairro Jetimana).
ENDEREÇO:
BAIRRO: CIDADE NOVA. ARACAJU/ SE. CEP: 49070-010
TIPO DE MANDADO: Intimação parte processo pronúncia
DATA DE AUDIÊNCIA:

CERTIDÃO

INTIMADA, NEGOU-SE A APOR O CIENTE , ACEITANDO A CONTRAFÉ.

[TC1907, MD47]

p. 425
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
22/11/2016

MOVIMENTO:
Decurso de Prazo

DESCRIÇÃO:
Certifico que até a presente data não houve interposição de recurso com relação à sentença de pronúncia.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 426
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
22/11/2016

MOVIMENTO:
Conclusão

DESCRIÇÃO:
Nesta data faço o processo eletrônico concluso.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 427
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
22/11/2016

MOVIMENTO:
Despacho

DESCRIÇÃO:
Apesar da certidão de 22/11/2016, às 07:22:27, verifico que o Ministério Público e a defesa interpuseram recurso
em sentido estrito contra a decisão de pronúncia, sendo que não foi realizado juízo de retratação quanto aos pedidos
da defesa e acolhida as razões do Ministério Público. Assim, o recurso interposto pela defesa deve ser analisado
pela Instância Superior. Remetam-se os autos para o Egrégio Tribunal de Justiça com as cautelas de praxe e
homenagens de estilo. Em anexo, segue a ficha de controle prescricional. Aracaju/SE, 22 de novembro de 2016.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Sim

p. 428
Decisão ou Despacho

Processo nº: 201521800150

Processo nº: 201521800150

Apesar da certidão de 22/11/2016, às 07:22:27, verifico que o Ministério Público e a defesa interpuseram
recurso em sentido estrito contra a decisão de pronúncia, sendo que não foi realizado juízo de retratação
quanto aos pedidos da defesa e acolhida as razões do Ministério Público.

Assim, o recurso interposto pela defesa deve ser analisado pela Instância Superior.

Remetam-se os autos para o Egrégio Tribunal de Justiça com as cautelas de praxe e homenagens de estilo.

Em anexo, segue a ficha de controle prescricional.

Aracaju/SE, 22 de novembro de 2016.

Edno Aldo Ribeiro de Santana

Juiz de Direito

p. 429
CALCULADORA DE PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA http://www.cnj.jus.br/calculadora_execucao_penal/ppp/calculadora_pr...

CALCULADORA DE PRESCRIÇÃO DA
PRETENSÃO PUNITIVA
Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema
Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas - DMF
DADOS GERAIS
Nome do Acusado: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

Número do Processo: 201521800150

Data de Nascimento: 03/02/1982 Idade Atual: 34 anos

Espécie de Prescrição da Pretensão Punitiva: Prescrição da Pretensão Punitiva em Abstrato

Máximo da Pena Prevista em Abstrato: 20a0m0d

Há causas especiais de aumento de pena?: Não


Há causas especiais de diminuição de pena,
Sim - Fração Minorante=1/6
à exceção da tentativa?:
O crime é tentado?: Não

Data do Fato: 05/04/2015 - Idade nesta data: 33 anos


Data do Recebimento da Denúncia ou
29/09/2015
Queixa:
O processo permaneceu suspenso?: Não
O processo segue o procedimento do
Sim
Tribunal do Juri?:
Data de Publicação da Sentença de
28/07/2016
Pronúncia:

PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA


Período Decorrido
Período de Desde o Último Marco,
Marco Interruptivo Data Situação
Suspensão deduzido Período de
Suspensão
Data do Fato 05/04/2015 0a0m0d 0a0m0d Válida
Data do Recebimento da Denúncia ou
29/09/2015 0a0m0d 0a5m24d Válida
Queixa
Data de Publicação da Sentença de
28/07/2016 0a0m0d 0a9m29d Válida
Pronúncia
Data Atual 22/11/2016 0a0m0d 0a3m25d Válida
Pena em Abstrato: 16a8m0d

Faixa Etária: Entre 21 anos e 70 anos

Prazo Prescricional: 20a0m0d

Data Provável: 27/07/2036


Observação:

Data: 22/11/2016

Elaborado Por:

p. 430

1 de 1 22/11/2016 07:36
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
23/11/2016

MOVIMENTO:
Remessa

DESCRIÇÃO:
Remeto os presentes ao E. Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe.

LOCALIZAÇÃO:
Tribunal de Justiça de Sergipe

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 431
Poder Judiciário
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
23/11/2016

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO distribuído(a) em 23/11/2016, tombado sob nr. 201600328338<br/> {Movimento
gerado automaticamente pelo 2o. Grau}

LOCALIZAÇÃO:
Tribunal de Justiça de Sergipe

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 432
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
08/10/2020

MOVIMENTO:
Recebimento

DESCRIÇÃO:

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 433
Poder Judiciário
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8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
08/10/2020

MOVIMENTO:
Conclusão

DESCRIÇÃO:
Nesta data faço o processo eletrônico concluso.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 434
Poder Judiciário
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8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
08/10/2020

MOVIMENTO:
Despacho

DESCRIÇÃO:
Vistos etc. (...) I - Em sendo assim, DEVE A SECRETARIA certificar a existência de eventuais mídias e se estas
foram encaminhadas às partes para extração de cópia. II - Em seguida, intimem-se o Ministério Público e a defesa,
via eletrônica e pela imprensa, conforme o caso, sucessivamente, para, no prazo de 05 (cinco) dias, apresentarem rol
de testemunhas que irão depor em Plenário, oportunidade em que poderão juntar documentos, requerer diligências e
INFORMAR se já tiveram acesso a todas as mídias eventualmente relacionadas ao feito ou se estão com
dificuldades para a visualização,conforme dispõe o art. 422 do Código de Processo Penal. III Após o decurso do
prazo do item II, com ou sem manifestação, certifique-se e volvam conclusos.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Sim

p. 435
Poder Judiciário do Estado de Sergipe
8ª Vara Criminal de Aracaju

Nº Processo 201521800150 - Número Único: 0016169-67.2015.8.25.0001


Autor: AUTORIDADE POLICIAL
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

Movimento: Despacho >> Mero Expediente

Compulsando o SCP-V, verifica-se que fora negado provimento ao recurso em sentido


estrito interposto pelo réu, tendo sido confirmada a sentença de pronúncia em todos os
termos, conforme acórdão liberado para consulta em 08/05/2017, nos autos de n°
201600328338.

Vislumbra-se, ainda, que fora interposto agravo em recurso especial pelo acusado.

Diante disso, tendo em vista que o recurso especial não possui efeito suspensivo, deve
o presente feito prosseguir, conforme entendimento do STF, a saber:

“(…) 9. A legislação processual não prevê efeito suspensivo a recurso


especial (artigos 421 e 637 do CPP), e, portanto, a preclusão a que se
refere o art. 421 do CPP diz respeito apenas às decisões com recursos
previstos para as instâncias ordinárias, razão pela qual a pendência de
recursos de natureza extraordinária não impede a realização do júri”. (
STF, HC 130.314, 2ª Turma, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe-258 de
05/12/2016).

"(…) A preclusão da decisão de pronúncia, dada a ausência de efeito


suspensivo aos recursos de natureza extraordinária (recursos especial e
extraordinário - art. 637 do CPP), coincide com o exaurimento da
matéria em recursos inerentes ao procedimento do Júri apreciados pelas
instâncias ordinárias. A interposição de recursos especial ou
extraordinário contra acórdão confirmatório da decisão de pronúncia não
obstaculiza a realização do julgamento pelo Tribunal do Júri" (STF, AgR
no HC nº 118.357/PE, 1ª Turma, Relª Minª. Rosa Weber, DJe 27/10/2017).

I - Em sendo assim, DEVE A SECRETARIA certificar a existência de eventuais mídias e se


estas foram encaminhadas às partes para extração de cópia.

II - Em seguida, intimem-se o Ministério Público e a defesa, via eletrônica e pela


imprensa, conforme o caso, sucessivamente, para, no prazo de 05 (cinco) dias,
apresentarem rol de testemunhas que irão depor em Plenário, oportunidade em que poderão
juntar documentos, requerer diligências e INFORMAR se já tiveram acesso a todas as
p. 436
Assinado eletronicamente por CAMILO CHIANCA DE OLIVEIRA AZEVEDO, Juiz(a) de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 08/10/2020 às 08:56:33, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2020001906841-95. fl: 1/2
mídias eventualmente relacionadas ao feito ou se estão com dificuldades para a
visualização,conforme dispõe o art. 422 do Código de Processo Penal.

III – Após o decurso do prazo do item II, com ou sem manifestação, certifique-se e
volvam conclusos.

Documento assinado eletronicamente por CAMILO CHIANCA DE OLIVEIRA


AZEVEDO, Juiz(a) de 8ª Vara Criminal de Aracaju, em 08/10/2020, às 08:56:33,
conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico


www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos, mediante
preenchimento do número de consulta pública 2020001906841-95.

p. 437
Assinado eletronicamente por CAMILO CHIANCA DE OLIVEIRA AZEVEDO, Juiz(a) de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 08/10/2020 às 08:56:33, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2020001906841-95. fl: 2/2
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
16/10/2020

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Certifico que não constam mídias referentes a esta ação penal depositadas na secretaria. Certifico ainda que,
quando da virtualização dos presentes autos em 18/05/2016, foi certificado que encontrava-se em cartório um
fragmento de arma e o respectivo laudo para constatação de material biológico. Certifico ainda que não localizei o
referido laudo nos autos virtualizados, razão pela qual promovo a sua juntada nesta certidão.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 438
p. 439
p. 440
p. 441
Poder Judiciário
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
16/10/2020

MOVIMENTO:
Intimação Eletrônica

DESCRIÇÃO:
Intime-se o MP acerca da juntada de 16/10/2020 10:19:00 e do despacho de 08/10/2020 08:56:33.</br> Intimação
enviada ao Ministério Público (1º grau) - Promotoria de Justiça.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 442
Poder Judiciário
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
19/10/2020

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
Intimação considerada em 19/10/2020, mediante ciência e consulta processual via Integração MNI pelo ente público
Ministério Público Estadual, referente ao movimento Intimação Eletrônica, do dia 16/10/2020,às 10:21:59.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 443
Poder Judiciário
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Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
19/10/2020

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Juntada realizada por Ministério Público Estadual, através do Serviço de Intercomunicação - MNI no dia 19/10/2020
às 08:28:06.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 444
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

Manifestação do MP (documento anexo).

Movimento assinado eletronicamente por Monica Maria Hardman Dantas Bernardes, em 19/10/2020, às
p. 445 08:24, na 4ª Promotoria de Justiça do Juri - Aracaju.
O

MINISTÉRIO PÚBLICO DO SERGIPE


2ª/4ª PROMOTORIAS DO TRIBUNAL DO JÚRI

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA OITAVA VARA CRIMINAL


DA COMARCA DE ARACAJU/SE

Processo nº 201521800150
DENUNCIADO: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA
VÍTIMA: RAFAEL OLIVEIRA DOS SANTOS

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE, por meio de sua


Promotora de Justiça infrafirmada, no uso de uma de suas atribuições institucionais, vem
à presença de Vossa Excelência, requerer, na fase do art. 422 do CPP, a notificação das
testemunhas/declarantes indicadas abaixo para virem depor em plenário, em caráter de
imprescindibilidade, nos termos do art. 461 do CPP, sob as cominações legais.

ROL DE TESTEMUNHAS/DECLARANTES:
1. Vera Lúcia Oliveira dos Santos, genitora da vítima, qualificada à fl. 27;
2. Ingrid Victória Reis dos Santos, companheira da vítima, qualificada às fls. 18/19;
3. Johnatan Diego Pereira de Souza, sobrinho do acusado, qualificado às fls. 54/55;
4. David Felipe dos Santos, qualificado às fl. 61/62;
5. Delegado de Polícia Civil, Dr. André Luís Gouveia da Silva, lotado no DHPP/2ª
Divisão.

No mais, o Ministério Público requer o seguinte:

A) Após o cumprimento das diligências de intimação de


testemunhas/declarantes, a juntada ao feito dos mandados de intimação cumpridos, e, se
não houver localização de testemunhas da acusação, o envio dos autos ao MP para
análise da certificação em tempo necessário para eventuais diligências do art. 479 do
CPP;

1
AV. CONSELHEIRO CARLOS ALBERTO SAMPAIO, 505 - CENTRO ADMINISTRATIVO GOV. AUGUSTO FRANCO - Bairro:
CAPUCHO – Tel:79-3209-2400 - ARACAJU - SERGIPE - CEP: 49081-000
p. 446
O

MINISTÉRIO PÚBLICO DO SERGIPE


2ª/4ª PROMOTORIAS DO TRIBUNAL DO JÚRI

B) A juntada, aos autos, pelo cartório, dos antecedentes criminais


(atualizados) em todas as competências criminais do Estado de Sergipe no sistema
SCP/TJ/SE do réu e da vítima, bem como de cópia, na íntegra, de eventuais sentenças
criminais condenatórias ou absolutórias em nome dos mesmos;

C) Que seja dada ciência à defesa, com a antecedência mínima de 3


(três) dias úteis, na forma do art. 479 do CPP, dos documentos eventualmente juntados;

D) Declara ciência o MP acerca da juntada de 16/10/2020 10:19:00 e do


despacho proferido em 08/10/2020 08:56:33, bem como consigna ciência da certidão
lançada em 16/10/2020, às 10:19:00, no sentido de que não existem mídias vinculadas
ao presente feito depositadas na Secretaria;

E) Que seja dada ciência a defesa que o MP poderá utilizar o aplicativo


"google maps" na sessão do júri do local do crime e suas adjacências, bem como,
eventualmente, do endereço do réu, da vítima e das testemunhas. Ademais, o Parquet
requer autorização para exibir imagens na sessão do júri no “google street view” do local
(e proximidades) onde o crime ocorreu, qual seja: Rua “M”, Loteamento Cigano, Pau
Ferro, nesta Capital.

Pede Deferimento.

Aracaju/SE, 19 de outubro de 2020.

MÔNICA MARIA HARDMAN DANTAS BERNARDES


Promotora de Justiça

2
AV. CONSELHEIRO CARLOS ALBERTO SAMPAIO, 505 - CENTRO ADMINISTRATIVO GOV. AUGUSTO FRANCO - Bairro:
CAPUCHO – Tel:79-3209-2400 - ARACAJU - SERGIPE - CEP: 49081-000
p. 447
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

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Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
21/10/2020

MOVIMENTO:
Ato Ordinatório

DESCRIÇÃO:
Intime-se a defesa, para, no prazo de 05 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em Plenário,
oportunidade em que poderão juntar documentos, requerer diligências e INFORMAR se já tiveram acesso a todas as
mídias eventualmente relacionadas ao feito ou se estão com dificuldades para a visualização, conforme dispõe o art.
422 do Código de Processo Penal.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Sim

p. 448
Poder Judiciário
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
29/10/2020

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Juntada de Outras Petições realizada nesta data. {Movimento Gerado pelo Advogado: LUIZ FERNANDO ALMEIDA
RIBERA - 3860}

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 449
Bel. Luiz Ribera
OAB/SE 3860

AO JUÍZO DE DIREITO DA 8ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE


AR A C A J U , D O E S T A D O D E SERGIPE

Ação Penal de Competência do Júri


Processo n.º 201521800150
Autor Autoridade Policial
Réu Adriano Pereira de Souza

Bel. Luiz Fernando Almeida Ribera, advogado, regular e


devidamente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do
Brasil, Seccional Sergipe, sob o número de registro 3860, vem,
mui respeitosamente à digna presença de Vossa Excelência, aduzir
que o presente subscritor firmou contrato verbal com a parte ré,
senhor Adriano Pereira de Souza, para prestar-lhe serviços
advocatícios até a primeira fase do procedimento do Tribunal do
Júri, incluindo os possíveis recursos, como aconteceu.

De tal sorte que, o contrato verbal não previu a defesa


em plenário, ou seja, na Sessão do Tribunal do Júri, a partir da
indicação do rol de testemunhas que deporão em Juízo.

Destaca-se que não há que se falar em renúncia ao


mandato anteriormente outorgado, mas tão somente exaurimento da
relação contratual pactuado entre o senhor Adriano Pereira de
Souza com o advogado subscritor.

_________________________________________________________________________________________________________________
Contatos: (79) 99810-3610 – Vivo (Zap); Oi. E-mail: luizribera@gmail.com
p. 450 Página 1 de 2
Bel. Luiz Ribera
OAB/SE 3860

Cumpre ressaltar, que o presente signatário não vem mais


exercendo a atividade de advocacia privada, não dispondo mais de
escritório de advocacia, mas tão somente trabalhando como
professor universitário, na função de advogado orientador do
escritório modelo do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) do
Centro Universitário Estácio de Sergipe, durante o período
matutino e vespertino, desde outubro do ano de 2016 e vem
atuando na qualidade de discente na Universidade Federal de
Sergipe, em curso de bacharelado noturno, desde outubro de 2020.

Não obstante o tanto quanto deduzido, este causídico não


mais possui os números de telefone da parte ora pronunciada,
restando prejudicado qualquer contato para cientificá-lo do
prosseguimento do processo no qual é acusado da prática
capitulada no Artigo 121 do Código Penal, na eminência inclusive
de ser designada a Sessão de Julgamento pelo Egrégio Tribunal do
Júri.

Destarte, requer-se a Vossa Excelência que o


pronunciado, Adriano Pereira de Souza, seja intimado
pessoalmente para constituir novo patrono ou, na sua
impossibilidade, que lhe seja nomeado o competente Defensor
Público atuante perante esse augusto Juízo de Direito, para que
possa ser dado o prosseguimento do feito.

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Cidade de Aracaju, do Estado de Sergipe, ao 29º dia do


mês de Outubro, do ano de 2020 do Calendário Gregoriano, do
Concílio de Trento.

Bel. Luiz Fernando Almeida Ribera


Advogado - OAB/SE 3860
_________________________________________________________________________________________________________________
Contatos: (79) 99810-3610 – Vivo (Zap); Oi. E-mail: luizribera@gmail.com
p. 451 Página 2 de 2
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
01/11/2020

MOVIMENTO:
Conclusão

DESCRIÇÃO:
Nesta data faço o processo eletrônico concluso.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 452
Poder Judiciário
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
05/11/2020

MOVIMENTO:
Despacho

DESCRIÇÃO:
R. Hoje (M) I - Defiro o pedido formulado pelo advogado LUIZ FERNANDO ALMEIDA RIBERA, OAB 3860/SE, e,
por conseguinte, determino a intimação do réu, por mandado, para que informe, no prazo de 10 (dez) dias, o nome
do Advogado que promoverá a sua defesa, ficando advertido que não o fazendo ser-lhe-á nomeado Defensor Público
para tanto. II Após o decurso do prazo, com ou sem manifestação, certifique-se e volvam conclusos.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Sim

p. 453
Poder Judiciário do Estado de Sergipe
8ª Vara Criminal de Aracaju

Nº Processo 201521800150 - Número Único: 0016169-67.2015.8.25.0001


Autor: AUTORIDADE POLICIAL
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

Movimento: Despacho >> Mero Expediente

R. Hoje (M)

I - Defiro o pedido formulado pelo advogado LUIZ FERNANDO ALMEIDA RIBERA, OAB 3860/SE,
e, por conseguinte, determino a intimação do réu, por mandado, para que informe, no
prazo de 10 (dez) dias, o nome do Advogado que promoverá a sua defesa, ficando
advertido que não o fazendo ser-lhe-á nomeado Defensor Público para tanto.

II – Após o decurso do prazo, com ou sem manifestação, certifique-se e volvam


conclusos.

Documento assinado eletronicamente por ICARO TAVARES CARDOSO DE


OLIVEIRA BEZERRA, Juiz(a) de 8ª Vara Criminal de Aracaju, em 05/11/2020, às
08:47:19, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico


www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos, mediante
preenchimento do número de consulta pública 2020002122565-87.

p. 454
Assinado eletronicamente por ICARO TAVARES CARDOSO DE OLIVEIRA BEZERRA, Juiz(a) de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 05/11/2020 às 08:47:19, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2020002122565-87. fl: 1/1
Poder Judiciário
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8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
07/11/2020

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Certifico que confeccionei mandado de intimação sob o nº 202021808279.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 455
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
09/11/2020

MOVIMENTO:
Expedição de Documento

DESCRIÇÃO:
Mandado de número 202021808279 do tipo Mandado de (Assinante Escrivão) [TM1910,MD1926] <br/><br/>
{Destinatário(a): ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, R.G. nº 2.106.283-8 SSP/SE}

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 456
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE Normal
8ª Vara Criminal de Aracaju
Av. Pres. Tancredo Neves, S/N
Bairro - Capucho Cidade - Aracaju
Cep - 49081901 Telefone - (79)3226-3602 202021808279

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico) 201521890084


NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
NATUREZA: Ação Penal de Competência do Júri
AUTOR: AUTORIDADE POLICIAL
RÉU: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

MANDADO DE INTIMAÇÃO

O(A) Exmo(a). Juiz(a). de Direito do(a) 8ª Vara Criminal de Aracaju da Comarca de Aracaju, Estado

ESTE DOCUMENTO POSSUI ANEXO(S), ACESSÁVEIS PELO QRCODE, PELO LINK DO RODAPÉ DA PÁGINA OU NA CONSULTA DE AUTENTICIDADE
de Sergipe, da Comarca de Aracaju, Estado de Sergipe,

MANDA o Oficial de Justiça designado que cumpra o presente, de acordo com a seguinte
determinação:

INTIMAR o Réu ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, R.G. nº 2.106.283-8 SSP/SE para que informe, no
prazo de 10 (dez) dias, o nome do Advogado que promoverá a sua defesa, ficando advertido que não o
fazendo ser-lhe-á nomeado Defensor Público para tanto; em cumprimento ao r. despacho anexo.

Qualificaçao da parte:
Nome : ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, R.G. nº 2.106.283-8 SSP/SE
Residência : Rua I, Nºs 104 ou 111, Loteamento Jardim Indara, .
Bairro : Cidade Nova
Cidade : Aracaju - SE - SE

DO PORTAL DO TJSE EM www.tjse.jus.br UTILIZANDO O NÚMERO DE CONSULTA 2020002146144-72


[TM1910, MD1926]

Documento assinado eletronicamente por PATRÍCIA JOAQUIM DE ANDRADE,


Escrivão/Chefe de Secretaria/Secretário/Subsecretário de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 09/11/2020, às 07:54:44, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico


www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos, mediante preenchimento
do número de consulta pública 2020002146144-72.

Recebi o mandado 202021808279 em _____/_____/__________

_____________________________________________________

ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, R.G. nº 2.106.283-8 SSP/SE


p. 457
Assinado eletronicamente por PATRÍCIA JOAQUIM DE ANDRADE, Escrivão/Chefe de Secretaria/Secretário/Subsecretário de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 09/11/2020 às 07:54:44, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2020002146144-72. fl: 1/2
ESTE DOCUMENTO POSSUI ANEXO(S), ACESSÁVEIS PELO QRCODE, PELO LINK DO RODAPÉ DA PÁGINA OU NA CONSULTA DE AUTENTICIDADE
DO PORTAL DO TJSE EM www.tjse.jus.br UTILIZANDO O NÚMERO DE CONSULTA 2020002146144-72

p. 458
Assinado eletronicamente por PATRÍCIA JOAQUIM DE ANDRADE, Escrivão/Chefe de Secretaria/Secretário/Subsecretário de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 09/11/2020 às 07:54:44, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2020002146144-72. fl: 2/2
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
10/12/2020

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Aguardando cumprimento do mandado de intimação nº 202021808279.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 459
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
14/12/2020

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Mandado de número 202021808279 do tipo Mandado de (Assinante Escrivão) [TM1910,MD1926] - Certidão do
Oficial de Justiça <br/><br/> {Destinatário(a): ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, R.G. nº 2.106.283-8 SSP/SE}

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 460
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE Normal
8ª Vara Criminal de Aracaju
Av. Pres. Tancredo Neves, S/N
Bairro - Capucho Cidade - Aracaju
Cep - 49081901 Telefone - (79)3226-3602 202021808279

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico) 201521890084


NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
NATUREZA: Ação Penal de Competência do Júri
AUTOR: AUTORIDADE POLICIAL
RÉU: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

MANDADO DE INTIMAÇÃO

O(A) Exmo(a). Juiz(a). de Direito do(a) 8ª Vara Criminal de Aracaju da Comarca de Aracaju, Estado

ESTE DOCUMENTO POSSUI ANEXO(S), ACESSÁVEIS PELO QRCODE, PELO LINK DO RODAPÉ DA PÁGINA OU NA CONSULTA DE AUTENTICIDADE
de Sergipe, da Comarca de Aracaju, Estado de Sergipe,

MANDA o Oficial de Justiça designado que cumpra o presente, de acordo com a seguinte
determinação:

INTIMAR o Réu ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, R.G. nº 2.106.283-8 SSP/SE para que informe, no
prazo de 10 (dez) dias, o nome do Advogado que promoverá a sua defesa, ficando advertido que não o
fazendo ser-lhe-á nomeado Defensor Público para tanto; em cumprimento ao r. despacho anexo.

Qualificaçao da parte:
Nome : ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, R.G. nº 2.106.283-8 SSP/SE
Residência : Rua I, Nºs 104 ou 111, Loteamento Jardim Indara, .
Bairro : Cidade Nova
Cidade : Aracaju - SE - SE

DO PORTAL DO TJSE EM www.tjse.jus.br UTILIZANDO O NÚMERO DE CONSULTA 2020002146144-72


[TM1910, MD1926]

Documento assinado eletronicamente por PATRÍCIA JOAQUIM DE ANDRADE,


Escrivão/Chefe de Secretaria/Secretário/Subsecretário de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 09/11/2020, às 07:54:44, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico


www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos, mediante preenchimento
do número de consulta pública 2020002146144-72.

Recebi o mandado 202021808279 em _____/_____/__________

_____________________________________________________

ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, R.G. nº 2.106.283-8 SSP/SE


p. 461
Assinado eletronicamente por PATRÍCIA JOAQUIM DE ANDRADE, Escrivão/Chefe de Secretaria/Secretário/Subsecretário de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 09/11/2020 às 07:54:44, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2020002146144-72. fl: 1/2
ESTE DOCUMENTO POSSUI ANEXO(S), ACESSÁVEIS PELO QRCODE, PELO LINK DO RODAPÉ DA PÁGINA OU NA CONSULTA DE AUTENTICIDADE
DO PORTAL DO TJSE EM www.tjse.jus.br UTILIZANDO O NÚMERO DE CONSULTA 2020002146144-72

p. 462
Assinado eletronicamente por PATRÍCIA JOAQUIM DE ANDRADE, Escrivão/Chefe de Secretaria/Secretário/Subsecretário de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 09/11/2020 às 07:54:44, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2020002146144-72. fl: 2/2
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPE

PROCESSO: 201521800150 (Eletrônico)


NATUREZA: Crime
NÚMERO ÚNICO: 0016169-67.2015.8.25.0001
MANDADO: 202021808279
DATA DE CUMPRIMENTO: 12/12/2020 00:00

DESTINATÁRIO: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, R.G. nº 2.106.283-8 SSP/SE


Rua I, Nºs 104 ou 111 nº ., Loteamento Jardim Indara. BAIRRO: Cidade
ENDEREÇO:
Nova. Aracaju/ SE. CEP: 49070-805
TIPO DE MANDADO: Mandado de (Assinante Escrivão)
DATA DE AUDIÊNCIA:

CERTIDÃO

CUMPRIDO E NÃO ATINGIDO. MOTIVO:

TENDO EM VISTA O FALECIMENTO DO SR. ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, OCORRIDO NA


CIDADE DE PÃO DE AÇUCAR/AL CONFORME CERTIDÃO DE ÓBITO ANEXO, QUE ME FOI
APRESENTADA PELO GENITOR DO MESMO. DOU FÉ.

[TC1910, MD47]

Documento assinado eletronicamente por JORGE GOES FARIAS, Oficial de Justiça, em


14/12/2020, às 21:08:52, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico


www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos, mediante preenchimento
do número de consulta pública 2020002412575-93.

p. 463
Assinado eletronicamente por JORGE GOES FARIAS, Oficial de Justiça,
em 14/12/2020 às 21:08:52, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2020002412575-93. fl: 1/1
p. 464
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
18/12/2020

MOVIMENTO:
Intimação Eletrônica

DESCRIÇÃO:
Intime-se o Ministério Público para que se manifeste acerca do mandado de intimação nº 202021808279 (acostado
em 14/12/2020, 21:08:52), bem como sobre a Certidão de Óbito a ele anexada, tendo em vista a informação acerca
do falecimento do réu.</br> Intimação enviada ao Ministério Público (1º grau) - Promotoria de Justiça.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 465
Poder Judiciário
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
18/12/2020

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
Intimação considerada em 18/12/2020, mediante ciência e consulta processual via Integração MNI pelo ente público
Ministério Público Estadual, referente ao movimento Intimação Eletrônica, do dia 18/12/2020,às 08:03:17.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 466
Poder Judiciário
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
18/12/2020

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Juntada realizada por Ministério Público Estadual, através do Serviço de Intercomunicação - MNI no dia 18/12/2020
às 14:13:55.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 467
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

MM Juiz,
O Ministério Público de Sergipe, em atendimento à intimação de 18/12/2020 às
08:03:17, diante da informação da morte do réu Adriano Pereira de Souza,
conforme comprova a certidão de óbito acostada em 14/12/202, requer a
extinção de sua punibilidade, nos termos do art. 107, inciso I do código penal.
Aracaju, 18/12/2020
ANTÔNIO FERNANDES DA SILVA JUNIOR
Promotor de Justiça

Movimento assinado eletronicamente por Antonio Fernandes da Silva Junior, em 18/12/2020, às 14:13, na
p. 468 4ª Promotoria de Justiça do Juri - Aracaju.
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
07/01/2021

MOVIMENTO:
Conclusão

DESCRIÇÃO:
Nesta data faço o processo eletrônico concluso.

LOCALIZAÇÃO:
Juiz

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 469
Poder Judiciário
Do Estado de Sergipe

8ª VARA CRIMINAL DE ARACAJU DA COMARCA DE ARACAJU


Av. Pres. Tancredo Neves, Bairro Capucho, Aracaju/SE, CEP 49080470
Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
14/01/2021

MOVIMENTO:
Julgamento

DESCRIÇÃO:
...Ante o exposto, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE de ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, já qualificado, com
fulcro no art. 107, inciso I, do Código Penal. Intimações e comunicações necessárias. Após a preclusão, arquivem-se.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Sim

p. 470
Poder Judiciário do Estado de Sergipe
8ª Vara Criminal de Aracaju

Nº Processo 201521800150 - Número Único: 0016169-67.2015.8.25.0001


Autor: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SERGIPE
Réu: ADRIANO PEREIRA DE SOUZA

Movimento: Julgamento >> Com Resolução do Mérito >> Extinção da Punibilidade >> morte do agente

Vistos etc. (B)

Trata-se de ação penal pública incondicionada, visando a apurar a responsabilidade


criminal de ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, já qualificado nos autos, pela prática do crime
tipificado no art. 121, §1º, do Código Penal.

No dia 14/12/2020, fora acostada a Certidão de Óbito do denunciado.

Instado a se manifestar, o Parquet pugnou pela declaração de extinção da punibilidade


do agente, com fundamento no art. 107, inciso I, do CP, conforme parecer apresentado em
18/12/2020.

Eis a história relevante.

Passo a decidir.

No caso sub oculo, verifica-se que o denunciado faleceu no curso do processo, conforme
a Certidão de Óbito acostada em 14/12/2020.

Com efeito, dispõe o artigo 107, inciso I, do Código Penal Brasileiro que a morte do
agente ativo é uma das causas de extinção da punibilidade.

Ante o exposto, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE de ADRIANO PEREIRA DE SOUZA, já


qualificado, com fulcro no art. 107, inciso I, do Código Penal.

p. 471
Assinado eletronicamente por BRUNO LASKOWSKI STACZUK, Juiz(a) de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 14/01/2021 às 08:57:33, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2021000048218-93. fl: 1/2
Intimações e comunicações necessárias.

Após a preclusão, arquivem-se.

Documento assinado eletronicamente por BRUNO LASKOWSKI STACZUK, Juiz(a)


de 8ª Vara Criminal de Aracaju, em 14/01/2021, às 08:57:33, conforme art. 1º, III, "b",
da Lei 11.419/2006.

A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico


www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos, mediante
preenchimento do número de consulta pública 2021000048218-93.

p. 472
Assinado eletronicamente por BRUNO LASKOWSKI STACZUK, Juiz(a) de 8ª Vara Criminal de Aracaju,
em 14/01/2021 às 08:57:33, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Conferência em www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos. Número de Consulta: 2021000048218-93. fl: 2/2
Poder Judiciário
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
14/01/2021

MOVIMENTO:
Intimação Eletrônica

DESCRIÇÃO:
Intime-se o Ministério Público acerca do Julgamento proferido em 14/01/2021, 08:57:33.</br> Intimação enviada ao
Ministério Público (1º grau) - Promotoria de Justiça.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 473
Poder Judiciário
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
14/01/2021

MOVIMENTO:
Outras Informações

DESCRIÇÃO:
Intimação considerada em 21/01/2021, mediante ciência e consulta processual via Integração MNI pelo ente público
Ministério Público Estadual, referente ao movimento Intimação Eletrônica, do dia 14/01/2021,às 12:39:10.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 474
Poder Judiciário
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PROCESSO:
201521800150

DATA:
14/01/2021

MOVIMENTO:
Juntada

DESCRIÇÃO:
Juntada realizada por Ministério Público Estadual, através do Serviço de Intercomunicação - MNI no dia 14/01/2021
às 13:10:35.

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 475
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

Ciente do MP (documento anexo).

Movimento assinado eletronicamente por Monica Maria Hardman Dantas Bernardes, em 14/01/2021, às
p. 476 13:09, na 4ª Promotoria de Justiça do Juri - Aracaju.
O

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE


4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DO JÚRI DA COMARCA DE ARACAJU

Autos nº 201521800150

MM Juiz,

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE, por meio de sua


Promotora de Justiça que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência,
manifestar ciência acerca da decisão proferida em 14/01/2021, às 08:57:33.

É a manifestação.

Aracaju, 14 de janeiro de 2021.

MÔNICA MARIA HARDMAN DANTAS BERNARDES


Promotora de Justiça

AV. CONSELHEIRO CARLOS ALBERTO SAMPAIO, 505 - CENTRO ADMINISTRATIVO GOV. AUGUSTO FRANCO - Bairro:
CAPUCHO – Tel:79-3209-2400 - ARACAJU - SERGIPE - CEP: 49081-000

p. 477
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
18/01/2021

MOVIMENTO:
Certidão

DESCRIÇÃO:
Aguardando preclusão (julgamento proferido em 14/01/2021, 08:57:33).

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 478
Poder Judiciário
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
12/02/2021

MOVIMENTO:
Trânsito em Julgado

DESCRIÇÃO:
<br>Para: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SERGIPE, efetivo em 25/01/2021

LOCALIZAÇÃO:
Secretaria

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 479
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Horário de Funcionamento: 07:00 às 13:00

PROCESSO:
201521800150

DATA:
12/02/2021

MOVIMENTO:
Arquivamento Definitivo

DESCRIÇÃO:

LOCALIZAÇÃO:
Arquivo Eletrônico

PUBLICAÇÃO:
Não

p. 480

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