Período em que o Brasil será governado por D. Pedro I. Em junho de 1822 foi convocada a primeira assembleia constituinte (para elaborar a constituição). Os membros que compunham a assembleia eram em maioria os mesmos que lideraram a independência junto a D. Pedro, representantes de grandes proprietários rurais. O primeiro projeto de constituição fica pronto em 1823, e teve pontos polêmicos como: Proibir estrangeiros de ocupar cargos públicos como deputado e senador, feito para combater portugueses que ainda ameaçavam a independência. O projeto limitava os poderes do imperador e ampliava os poderes do poder legislativo, estabelecia que as forças armadas deveriam obedecer o poder legislador e que o imperador não poderia dissolver o parlamento. O projeto também estabelecia que só teriam direito ao voto aqueles que tivessem renda mínima equivalente a 150 alqueires de mandioca, e para ser eleito era necessário possuir terras. Visto isso, o projeto ficou conhecido como a Constituição da Mandioca. Ainda que rico, mas sem possuir terras, o cidadão ainda não poderia ser eleito. D. Pedro I não gostou do projeto e decretou a suas tropas a dissolução do parlamento em novembro de 1823 e expulsou do país os que se opuseram.
A CONSTITUIÇÃO OUTORGADA DE 1824: O imperador nomeou uma nova
comissão formada por 10 brasileiros para elaborar a constituição. O texto foi aprovado em março de 1824, logo, a primeira constituição do Brasil foi outorgada por D. Pedro. Essa constituição estabelecia 4 poderes: Poder judiciário: juízes e tribunais subordinados ao tribunal de justiça, todos os magistrados eram nomeados pelo imperador. Poder legislativo: Senadores e deputados deveriam elaborar as leis do império, os deputados tinham mandatos de 3 anos e os senadores tinham mandato vitalício. Poder executivo: tinha como chefe o imperador, ele e seus ministros de estado deveriam garantir o cumprimento das leis. Poder moderador: era exercido apenas pelo imperador e estava acima de todos os outros, o imperador poderia intervir em todos os outros poderes, nomear e demitir todos os cargos, vetar atos do poder legislativo. Isso era feito através do Conselho de Estado onde haviam conselheiros vitalícios nomeados pelo imperador.
A constituição instituiu o voto censitário: os cidadãos para votar deveriam ter
renda mínima de 100 mil réis (ou seja, a maioria da população não podia votar) eles elegiam os eleitores de província e esses elegiam os deputados e os pretendentes ao senado, o imperador escolhia os senadores a partir dos três mais votados de cada província.
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