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BRASIL IMPÉRIO

O PRIMEIRO REINADO: (1822-1831)


Período em que o Brasil será governado por D. Pedro I. Em junho de 1822 foi
convocada a primeira assembleia constituinte (para elaborar a constituição). Os
membros que compunham a assembleia eram em maioria os mesmos que
lideraram a independência junto a D. Pedro, representantes de grandes
proprietários rurais. O primeiro projeto de constituição fica pronto em 1823, e
teve pontos polêmicos como:
Proibir estrangeiros de ocupar cargos públicos como deputado e senador, feito
para combater portugueses que ainda ameaçavam a independência.
O projeto limitava os poderes do imperador e ampliava os poderes do poder
legislativo, estabelecia que as forças armadas deveriam obedecer o poder
legislador e que o imperador não poderia dissolver o parlamento.
O projeto também estabelecia que só teriam direito ao voto aqueles que
tivessem renda mínima equivalente a 150 alqueires de mandioca, e para ser
eleito era necessário possuir terras. Visto isso, o projeto ficou conhecido como
a Constituição da Mandioca.
Ainda que rico, mas sem possuir terras, o cidadão ainda não poderia ser eleito.
D. Pedro I não gostou do projeto e decretou a suas tropas a dissolução do
parlamento em novembro de 1823 e expulsou do país os que se opuseram.

A CONSTITUIÇÃO OUTORGADA DE 1824: O imperador nomeou uma nova


comissão formada por 10 brasileiros para elaborar a constituição. O texto foi
aprovado em março de 1824, logo, a primeira constituição do Brasil foi
outorgada por D. Pedro.
Essa constituição estabelecia 4 poderes:
Poder judiciário: juízes e tribunais subordinados ao tribunal de justiça, todos os
magistrados eram nomeados pelo imperador.
Poder legislativo: Senadores e deputados deveriam elaborar as leis do império,
os deputados tinham mandatos de 3 anos e os senadores tinham mandato
vitalício.
Poder executivo: tinha como chefe o imperador, ele e seus ministros de estado
deveriam garantir o cumprimento das leis.
Poder moderador: era exercido apenas pelo imperador e estava acima de
todos os outros, o imperador poderia intervir em todos os outros poderes,
nomear e demitir todos os cargos, vetar atos do poder legislativo. Isso era feito
através do Conselho de Estado onde haviam conselheiros vitalícios nomeados
pelo imperador.

A constituição instituiu o voto censitário: os cidadãos para votar deveriam ter


renda mínima de 100 mil réis (ou seja, a maioria da população não podia
votar) eles elegiam os eleitores de província e esses elegiam os deputados e os
pretendentes ao senado, o imperador escolhia os senadores a partir dos três
mais votados de cada província.

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