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Maria, Enfermeira do PSF de Rio Largo, recém-formada, inicia seu primeiro emprego e
pretende organizar o serviço para o atendimento as mulheres em sua referida unidade.
Refletindo sobre tudo que precisará se organizar para os atendimentos, ela foi questionada
sobre a demanda e se iria ter disponibilidade de tempo para atendimento.
Começando o atendimento, ela chama a primeira paciente que comparece ao serviço para
realizar a citologia, Zélia Tocafundo (25 anos), amigada há 3 anos, com Vitor Hugo (30), e já
tem um filho de 4 anos, realizou o exame antes da gestação.
Maria, segue o atendimento com a senhora Gilvanete Tocagaita (45 anos) que refere está
sentindo fluxo aumentado da menstruação, ao realizar o exame físico a enfermeira observa
as mamas e identifica um pregueamento da pele em QSE, com aproximadamente 1cm na
mama direita, sendo confirmada com dinâmica.
Como a demanda estava grande a enfermeira segue para a próxima paciente e atende a
paciente Gerusa Firmino (36 anos), que comparece ao serviço para a realização de testes
rápidos para ISTS, e faz a anamnese e histórico de enfermagem na promoção e prevenção
dessas infecções.
Maria atende de uma vez só e a pedido, duas irmãs: Defuntina (30) e Finadina (20 anos). A
mais nova reclama de escorrimento esbranquiçado. E a irmã mais velha gostaria de saber
como fazia para evitar filhos e como deveria ter os cuidados durante as relações sexuais.
E finaliza seus atendimentos com dona Marquinha (58 anos), que entrou no consultório
solicitando realização dos exames preventivos, pois estava apresentando quadros de calor e
desregulação na menstruação, referindo receio de estar gestante após verificar no jornal que
uma atriz famosa estava grávida.
QUESTIONÁRIO
15. Qual o quais exames para detecção desses agravos e qual a conduta de enfermagem?
19. Quais os cuidados humanizados se devem ter com as mulheres nesse contexto?
1. Como se organiza o serviço do PSF?
É recomendável que a equipe de uma unidade de Saúde da Família seja composta, no mínimo,
por um médico de família ou generalista, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, Agentes
Comunitários de Saúde (ACS), dentista e auxiliar de dentista. Outros profissionais de saúde
poderão ser incorporados a estas unidades básicas, de acordo com as demandas e
características da organização dos serviços de saúde locais, devendo estar identificados com
uma proposta de trabalho que exige criatividade e iniciativa para trabalhos comunitários e em
grupo. Os profissionais das equipes de saúde serão responsáveis por sua população adscrita,
devendo residir no município onde atuam, trabalhando em regime de dedicação integral. Para
garantir a vinculação e identidade cultural com as famílias sob sua responsabilidade, os
Agentes Comunitários de Saúde devem, igualmente, residir nas suas respectivas áreas de
atuação.
- Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis, com ênfase nas suas
características sociais, demográficas e epidemiológicas
- Visita domiciliar - com a finalidade de monitorar a situação de saúde das famílias. A equipe
deve realizar visitas programadas ou voltadas ao atendimento de demandas espontâneas,
segundo critérios epidemiológicos e de identificação de situações de risco. O
acompanhamento dos Agentes Comunitários de Saúde em microáreas, selecionadas no
território de responsabilidade das unidades de Saúde da Família, representa um componente
facilitador para a identificação das necessidades e racionalização do emprego dessa
modalidade de atenção.
- Internação domiciliar - não substitui a internação hospitalar tradicional. Deve ser sempre
utilizada no intuito de humanizar e garantir maior qualidade e conforto ao paciente. Por isso,
só deve ser realizada quando as condições clínicas e familiares do paciente a permitirem. A
hospitalização deve ser feita sempre que necessária, com o devido acompanhamento por
parte da equipe.
Atribuições do médico
Ressalte-se que o profissional deve procurar compreender a doença em seu contexto pessoal,
familiar e social. A convivência contínua lhe propicia esse conhecimento e o aprofundamento
do vínculo de responsabilidade para a resolução dos problemas e manutenção da saúde dos
indivíduos.
- Promover a qualidade de vida e contribuir para que o meio ambiente seja mais saudável -
discutir de forma permanente
Atribuições do enfermeiro
Este profissional desenvolve seu processo de trabalho em dois campos essenciais: na unidade
de saúde, junto à equipe de profissionais, e na comunidade, apoiando e supervisionando o
trabalho dos ACS, bem como assistindo às pessoas que necessitam de atenção de
enfermagem,
- Desenvolver ações para capacitação dos ACS e auxiliares de enfermagem, com vistas ao
desempenho de suas funções junto ao serviço de saúde
- Contribuir, quando solicitado, com o trabalho dos ACS no que se refere às visitas domiciliares;
- Acompanhar as consultas de enfermagem dos indivíduos expostos às situações de risco,
visando garantir uma melhor monitoria de suas condições de saúde;
O ACS desenvolverá suas ações nos domicílios de sua área de responsabilidade e junto à
unidade para programação e supervisão de suas atividades.
- Coletar dados para análise da situação das famílias acompanhadas - desenvolver ações
básicas de saúde nas áreas de atenção à criança, à mulher, ao adolescente, ao trabalhador e
ao idoso, com ênfase na promoção da saúde e prevenção de doenças;
- Orientar as famílias para a utilização adequada dos serviços de saúde - informar os demais
membros da equipe de saúde acerca da dinâmica social da comunidade, suas disponibilidades
e necessidades;
- Participação no processo de programação e planejamento local das ações relativas ao
território de abrangência da unidade de Saúde da Família, com vistas a superação dos
problemas identificados.
III – realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de
agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a
todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com planejamento local, com
resolubilidade;
VII – contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do THD, ACD e ESF;
VII – acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais
membros da equipe de saúde da família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de
forma multidisciplinar; e
d) (VETADO);
e) (VETADO);
f) (VETADO);
g) (VETADO);
I - Privativamente:
Câncer de mama
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama,
que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento
rápido enquanto outros são mais lentos.
Sinais e sintomas:
Diagnósticos e exames
Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos
façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois
anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado
mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas.
Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com seu médico para
avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada.
Tratamento
O tratamento desse câncer varia conforme o tipo e o local em que o nódulo está. As formas
mais comuns são: quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia (para bloquear a ação dos
hormônios femininos), e a cirurgia parcial (retirada do tumor) ou mastectomia (retirada
completa da mama).
90% dos cânceres de colo do útero são carcinomas de células escamosas. Estes cânceres se
desenvolvem a partir de células do exocervix e as células cancerosas têm características de
células escamosas sob o microscópio.
A maioria dos outros tipos de câncer colo do útero são adenocarcinomas. Os adenocarcinomas
são cânceres que se desenvolvem a partir de células das glândulas. O adenocarcinoma de colo
do útero se desenvolve a partir das células glandulares produtoras de muco do endocervice.
Nos últimos 20 a 30 anos, os adenocarcinomas de colo do útero se tornaram cada vez mais
comuns.
Com menos frequência estão os cânceres do colo do útero que têm características comuns
aos carcinomas de células escamosas e aos adenocarcinomas, são os denominados
carcinomas adenoescamosos ou carcinomas mistos.
Por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o câncer já se encontra
em estágio avançado.
Sinais e sintomas:
• Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor;
• Sangramento após o ato sexual;
• Dor pélvica.
• Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros inferiores, problemas
urinários e comprometimento de estruturas extragenitais.
Diagnóstico
Alguns cânceres de colo do útero podem ser diagnosticados pelo resultado anormal do exame
Papanicolau, o que levará à realização de mais exames para uma confirmação diagnóstica da
doença.
O câncer de colo do útero também pode ser diagnosticado através dos sintomas como
sangramento vaginal anormal ou dor durante a relação sexual.
Tratamento
O tratamento desse câncer pode ser realizado por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
Doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero –
fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e
bexiga. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa
se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é
expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto
e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica.
Sintomas
Tratamentos
Dois tipos de tratamento podem ser usados para combater as dores da endometriose:
medicamentos ou cirurgia. Tratamento cirúrgico: Nesse procedimento, a endometriose é
removida por meio de uma cirurgia chamada laparoscopia. Em alguns casos, é possível
eliminar apenas os focos da doença ou as complicações que ela traz – como cistos, por
exemplo. No entanto, em situações mais sérias, o procedimento precisará até remover os
órgãos pélvicos afetados pela enfermidade. Dependendo das condições da doença, é possível
recorrer a tratamento por laparoscopia, com laser. Também é possível a realização da
videolaparoscopia, na qual diagnosticará o número de lesões, aderências, a obstrução tubária
e já tratar a doença. Tratamento com medicamentos: Existem diversos medicamentos
disponíveis no mercado para tratar a endometriose, como: analgésicos, anti-inflamatórios,
análogos de GNHR, Danazol e Dienogeste. Atualmente também é possível reduzir os sintomas
utilizando o DIU com levonorgestrel. Não existe cura permanente para a endometriose. O
objetivo do tratamento é aliviar a dor e amenizar os outros sintomas, como favorecer a
possibilidade de gravidez e diminuir as lesões endometrióticas.
HPV
HPV é um vírus que atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões
percursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. O nome HPV é uma
sigla inglesa para “Papiloma vírus humano” e cada tipo de HPV pode causar verrugas em
diferentes partes do corpo. O HPV é um vírus que se transmite no contato pele com pele, por
isso pode ser considerado uma doença sexualmente transmissível. No primeiro contato sexual
1 em cada 10 meninas chega a entrar em contato com o vírus. Conforme o tempo passa, entre
80 e 90% da população já entrou em contato com o vírus alguma vez na vida, mesmo que não
tenha desenvolvido lesão. Mas é importante lembrar que mais de 90% das pessoas
conseguem eliminar o vírus do organismo naturalmente, sem ter manifestações clínicas. O
HPV pode ser controlado, mas ainda não há cura contra o vírus. Quando não é tratado, torna-
se a principal causa do desenvolvimento do Câncer de colo do útero. 99% das mulheres que
possuem Câncer de colo do útero foram infectadas por esse vírus.
Sintomas
O HPV pode ser assintomático, sintomático clínico e subclínico. Quando sintomático clínico,
um dos principais sinais da doença é o aparecimento de verrugas genitais na vagina, pênis e
ânus. A depender de cada organismo podem se espalhar rapidamente, podendo se estender
ao clitóris, ao monte de Vênus e aos canais perineal, perianal e anal. Essas lesões também
podem aparecer na boca e na garganta do homem e da mulher. Nos homens, a maioria das
lesões se encontra no prepúcio, na glande e no escroto. As verrugas apresentam um aspecto
de uma couve-flor. Já os sintomas do HPV subclínico (não visível a olho nu) podem aparecer
como lesões no colo do útero, na região perianal, pubiana e ânus.
Diagnóstico
O HPV pode ser diagnosticado através do exame ginecológico e de exames laboratoriais, como
Papanicolau, colposcopia, peniscopia e anuscopia. Deve-se realizar diagnóstico diferencial
com outras lesões papilomatosas, incluindo variações anatômicas (glândulas sebáceas,
pápulas perláceas do pênis), outras doenças infecciosas e neoplasias.
Tratamento
Verrugas genitais O tratamento para as verrugas genitais é bastante trabalhoso, já que elas
podem voltar a aparecer várias vezes em até 50% dos casos, exigindo muitas aplicações, ao
longo de semanas ou meses. É importante ter disciplina e paciência. Pode ser feito por laser,
crioterapia (congelamento) ou cirurgia com uso de anestésicos locais. Podem ser utilizadas
substâncias químicas diretamente nas verrugas, como a podofilina e seus derivados, e o ácido
tricloroacético. Além disso, existem compostos que estimulam o sistema imune quando
aplicados topicamente. Câncer de colo de útero O tratamento depende do estágio do câncer.
Em alguns casos em que o câncer está restrito ao revestimento do colo do útero, o médico
pode conseguir removê-lo completamente, por meio de bisturi ou excisão eletrocirúrgica.
Como o câncer pode reincidir, os médicos aconselham as mulheres a retornarem ao controle
e à realização do exame de Papanicolau e da colposcopia a cada seis meses. Quando o câncer
se encontra em um estágio mais avançado, a histerectomia radical (cirurgia para a retirada do
útero e das estruturas adjacentes) e a remoção dos linfonodos são necessárias. A radioterapia
é altamente eficaz no tratamento do câncer de colo do útero avançado que não se disseminou
além da região pélvica. Apesar de a radioterapia geralmente não provocar muitos problemas
imediatos, pode irritar o reto e a vagina. Uma lesão tardia da bexiga ou do reto pode ocorrer
e, geralmente, os ovários deixam de funcionar. Quando há disseminação do câncer além da
pelve, a quimioterapia é algumas vezes recomendada.
Vulvite e Vulvovaginite
Vulvite e Vulvovaginite são inflamações da parte externa do órgão genital feminino (chamada
vulva). Enquanto na vulvite a irritação se dá na vulva, na vulvovaginite ocorre na vulva e na
vagina. São inflamações da vulva e da vagina, respectivamente, se manifestando pela
vermelhidão, inchaço e ardor na região genital. A origem da enfermidade pode ser infecciosa,
inflamatória, hormonal, por uso de produtos que provocam reações alérgicas, tratamentos
quimioterápicos e falta da higiene íntima adequada. A menopausa também aumenta a
predisposição à doença, com a queda dos hormônios e a consequente redução da secreção
vaginal natural e a perda de elasticidade dos tecidos vaginais, a região lesiona-se com mais
facilidade abrindo caminho para infecções.
Sintomas
Tratamento
Ovários Policísticos
A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio endócrino
que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que
fazem com que eles aumentem de tamanho. É uma doença caracterizada pela menstruação
irregular, alta produção do hormônio masculino (testosterona) e presença de micro cistos nos
ovários. Sua causa ainda não é totalmente esclarecida. Acredita-se que ela tenha uma origem
genética e estudos indicam uma possível ligação entre a doença e a resistência à ação da
insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio na corrente sanguínea que
provocaria o desequilíbrio hormonal. É a alteração hormonal mais comum em mulheres na
idade fértil podendo atingir de 7 a 20% dessas
Sintomas
Tratamentos
Mioma
O ciclo menstrual é regulado pela interação complexa dos hormônios: hormônio luteinizante,
hormônio folículo-estimulante e os hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona.
)O ciclo menstrual começa com sangramento menstrual (menstruação), que marca o primeiro
dia da fase folicular.
Se o óvulo for fecundado, o corpo lúteo continua a funcionar durante o início da gravidez. Ele
ajuda a manter a gravidez.
• A avaliação das Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil é de que,
na faixa etária de 50 a 69 anos e com periodicidade bienal, os possíveis benefícios do
rastreamento superam seus riscos.
• Atualmente não se recomenda o autoexame das mamas como técnica a ser ensinada às
mulheres para rastreamento do câncer de mama. Grandes estudos sobre o tema
demonstraram baixa efetividade e possíveis danos associados a essa prática. Entretanto, a
postura atenta das mulheres no conhecimento do seu corpo e no reconhecimento de
alterações suspeitas para procura de um serviço de saúde o mais cedo possível – estratégia
de conscientização – permanece sendo importante para o diagnóstico precoce do câncer de
mama. A mulher deve ser estimulada a conhecer o que é normal em suas mamas e a perceber
alterações suspeitas de câncer, por meio da observação e palpação ocasionais de suas mamas,
em situações do cotidiano, sem periodicidade e técnica padronizadas como acontecia com o
método de autoexame.
• A superação das barreiras para redução da mortalidade por câncer de mama no Brasil
envolve não apenas o acesso à mamografia de rastreamento, mas controle de fatores de risco
conhecidos e, sobretudo, a estruturação da rede assistencial para rápida e oportuna
investigação diagnóstica e acesso ao tratamento de qualidade.
• Esforços nesse sentido estão sendo feitos e dependem do fortalecimento do Sistema Único
de Saúde para garantia de acesso à saúde pública de qualidade ao conjunto da população
brasileira.
Inspeção estática: verificar a mama como um todo, seu número, localização, forma, volume
(graduar de forma geralmente subjetiva), simetria, grau de ptose, pele da paciente (cor, brilho,
cicatrizes, retração, vascularização, edema cutâneo, lesões elementares). Quanto ao
complexo aréolo-papilar, verificar número, forma, forma da papila, coloração, alterações
dermatológicas (infecções, descamação, ulceração, nodulação, retração, crostas, fissuras).
Pode observar também se há alguma alteração importante no tórax que repercute nessa área
(cifose, escoliose, defeitos das articulações).
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são aquelas que podem ser adquiridas durante
o contato sexual e influenciam de forma significativa na saúde da mulher.
O não uso da camisinha é a principal causa do contágio – lembrando que a camisinha é o único
método contraceptivo que pode prevenir DSTs!
Gonorreia
Infecção causada por bactéria. Na mulher, tem aspecto clínico variado, desde formas quase
sem sintomas até vários tipos de corrimento amarelados e com odor forte na vagina (vaginite)
e uretra.
O tratamento da gonorreia envolve o uso de antibióticos como a Azitromicina em
comprimidos ou Ceftriaxona em injeção para eliminar a bactéria que causa a doença do
organismo, sendo importante que o tratamento seja feito de acordo com a recomendação do
médico para evitar resistência bacteriana
Sífilis
É uma infecção causada por bactéria. No homem e na mulher, 20 a 30 dias após o contato
sexual, surge uma pequena ferida (úlcera) em um dos órgãos genitais (pênis, vagina, colo do
útero, reto).
O tratamento da sífilis é feito com antibiótico, que pode ser encontrado nas Unidades Básicas
de Saúde. Em caso de gestante, devido ao risco de transmissão ao feto, o tratamento deve ser
iniciado apenas com um teste positivo, sem precisar aguardar o resultado do segundo teste.
Tricomoníase
É causada pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na mulher causa corrimento amarelo, fétido,
com cheiro típico, que pode causar irritação urinária. Não há sintomas em homens.
Tratamento da tricomoníase
Metronidazol ou tinidazol, 2 g, por via oral, em dose única, cura até 95% das mulheres com
tricomoníase se os parceiros sexuais forem tratados simultaneamente.
Herpes genital
É causado por vírus. Em ambos os sexos surgem pequenas bolhas que se rompem e causam
ardência ou queimação, e cicatrizam sozinhas. O contágio sexual só ocorre quando as bolhas
estão no pênis, vagina ou boca.
O tratamento para o herpes genital normalmente é feito com antivirais na forma de
comprimidos, como aciclovir, fanciclovir e valaciclovir, por 7 a 10 dias e, algumas vezes,
medicamentos na forma de pomadas, de acordo com a orientação do médico.
Candidíase
É a infecção causada por micose ou fungo chamada de Candida albicans, que produz
corrimento semelhante a leite coalhado, que causa muita coceira e afeta 20 a 30% das
mulheres jovens e adultas. No homem dá coceira no pênis, vermelhidão na glande e no
prepúcio. Deve-se tratar o casal. Pode não ser uma doença adquirida por transmissão sexual.
TRATAMENTO DA CANDIDIASE Clotrimazol a 1%, aplicação ànoite após asseio por 6 a 12 dias.
Obs.: Tratar grávidas em qualquer fase da gravidez. Associar medicação oral no tratamento
das recidivas. Tratar parceiros nas recidivas.
Clamídia
É considerada atualmente a doença sexualmente transmissível de maior incidência no mundo,
podendo atingir homens e mulheres em qualquer fase de suas vidas, desde que nasçam de
mães contaminadas ou durante o contato sexual. Nas mulheres, a porta de entrada é o colo
uterino. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento.
O tratamento da clamídia é feito com o uso de antibióticos, como por exemplo azitromicina
ou doxiciclina, receitados pelo médico conforme cada caso. Com o tratamento adequado é
possível erradicar completamente a bactéria.
O SUS oferece gratuitamente testes para diagnóstico do HIV, e também para diagnóstico da
sífilis e das hepatites B e C. Existem, no Brasil, dois tipos de testes: os exames laboratoriais e
os testes rápidos.
Os testes rápidos são práticos e de fácil execução; podem ser realizados com a coleta de uma
gota de sangue na ponta do dedo ou ainda pode ser amostra de fluido oral, e fornecem o
resultado em, no máximo, 30 minutos. Para os exames laboratoriais o serviço realiza a coleta
de sangue venoso (da veia) e encaminha para o laboratório processar.
Janela diagnóstica
Todos os testes possuem um período denominado “janela diagnóstica”, que corresponde ao
tempo entre o contato com o vírus e a detecção do marcador da infecção (antígeno ou
anticorpo). Isso quer dizer que, mesmo se a pessoa estiver infectada, o resultado do teste
pode dar negativo se ela estiver no período de janela. Dessa forma, nos casos de resultados
negativos, sempre que persistir a suspeita de infecção, o teste deve ser repetido após, pelo
menos, 30 dias.
É muito importante que você saiba se foi infectado pelo HIV. Só assim poderá buscar
tratamento o quanto antes para não correr o risco de desenvolver a doença (aids).
Você também pode realizar o autoteste para o HIV - um processo no qual uma pessoa coleta
sua própria amostra (fluido oral ou sangue) e, em seguida, realiza o teste e interpreta o
resultado, sozinho ou com alguém em quem confia. Saiba mais sobre o autoteste para o HIV
aqui.
A camisinha masculina ou feminina pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde.
Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil,
classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar
aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST.
Geralmente, o termo “sexo seguro” é associado ao uso exclusivo de preservativos. Por mais
que o uso de preservativos seja uma estratégia fundamental a ser sempre estimulada, ele
possui limitações. Assim, outras medidas de prevenção são importantes e complementares
para uma prática sexual segura, como as apresentadas a seguir:
• Usar preservativo;
• Imunizar para hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e HPV;
• Discutir com a(s) parceria(s) sobre testagem para HIV e outras IST;
• Testar regularmente para HIV e outras IST;
• Tratar todas as pessoas vivendo com HIV – PVHIV (Tratamento como Prevenção e I=I1);
• Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero (colpocitologia oncótica);
• Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando indicado;
• Conhecer e ter acesso à anticoncepção e concepção;
• Realizar Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicado.
• Nesse sentido, é essencial ampliar as possibilidades de prevenção e tornar o cenário
mais completo e efetivo.
O controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) não ocorre somente com o
tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde. Para interromper a transmissão
dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias também sejam testadas
e tratadas, com orientação de um profissional de saúde.
As parcerias sexuais devem ser alertadas sempre que uma IST for diagnosticada. É importante
informá-las sobre as formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de atendimento
em uma unidade de saúde e as medidas de prevenção e tratamento (ex.: relação sexual com
uso de camisinha masculina ou feminina até que a parceria seja tratada e orientada).
• A testagem regular para o HIV, que pode ser realizada gratuitamente no Sistema Único
de Saúde (SUS);
• A prevenção da transmissão vertical (quando o vírus é transmitido para o bebê durante
a gravidez, parto ou durante a amamentação);
• O tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais;
• A imunização para HPV e as hepatites A e B;
• Programas de redução de danos para usuários de álcool e outras substâncias;
• Profilaxia pré-exposição (PrEP);
• Profilaxia pós-exposição (PEP);
• Tratamento de pessoas que vivem com HIV (PVHIV). É bom lembrar que uma pessoa
com boa adesão ao tratamento atinge níveis de carga viral tão baixos que é
praticamente nula a chance de transmitir o vírus para outras pessoas. Além disso,
quem toma o medicamento corretamente não adoece e garante a sua qualidade de
vida. Todos esses métodos podem ser utilizados pela pessoa isoladamente ou
combinados.
Tratamento
O exame físico e a anamnese do paciente e de seus contatos sexuais devem constituir-se nos
principais elementos dos diagnósticos das IST, tendo em vista a dificuldade de acesso imediato
aos exames laboratoriais. O médico, e mesmo os demais profissionais de saúde, deverão
conhecer os principais aspectos anatômicos e funcionais, tanto do organismo masculino como
do feminino, para poder, junto com os dados da anamnese, fazer um diagnóstico de
presunção das principais síndromes (abordagem sindrômica) ou doenças transmitidas pelo
sexo, lembrando que, na mulher, diversas IST podem apresentar-se de maneira assintomática
durante período variável de tempo.
É importante frisar que obter informações fidedignas para a realização de uma anamnese
consistente e precisa implica na construção de uma relação de confiança entre o profissional
de saúde e o indivíduo em atendimento. Para tal, o profissional deve ter em mente que, no
contexto assistencial das IST, questões sobre sexualidade, fidelidade, prazer, desprazer,
violência, conceito de risco, de doença, de saúde e outros, são apresentados das mais variadas
formas, de acordo com a história de cada um dos interlocutores (paciente e profissional), seu
meio socioeconômico e sua personalidade.
Exame físico
Observar pele, particularmente a palma das mãos, plantas dos pés; mucosas orofaríngea e dos
genitais e palpar os gânglios de todos os segmentos corporais (cabeça, tronco e membros).
Quaisquer lesões (ulceradas ou não, em baixo ou alto relevo, hiperêmica, hipercrômica,
circular, irregular, circinada etc.), no abdômen, dorso, couro cabeludo, e principalmente, na
região perineal, deverão ser anotadas e correlacionadas com a história em questão.
Doenças como sífilis podem ter, além da região genital, outros locais de infecção. A gonorreia
pode apresentar formas diferentes da enfermidade abrangendo regiões não-genitais (ex.:
faringite, osteoartrite, conjuntivite, peri-hepatite etc.). O eritema multiforme e a cefaleia,
podem acompanhar o linfogranuloma venéreo.
Assim como essas observações, muitas outras poderiam ser feitas, já que as DST não devem
ser procuradas por sinais isolados, mas sim por um conjunto de informações e de dados
clínicos que possam sugerir o diagnóstico.
Para o exame dinâmico, utilizar luvas de procedimento, descartáveis; deve-se colocar os dedos
indicador e médio na região que corresponde às glândulas de Bartholin (aproximadamente às
5 e 7 horas) e tracioná-las para baixo e para fora. Com isso pode-se entreabrir a vulva, que
ficará completamente exposta, solicitando-se à paciente para aumentar a pressão intra-
abdominal.
O exame especular deverá ser feito, após breve explicação sobre o instrumento à paciente. As
coletas dos materiais deverão ser feitas antes de qualquer lubrificação ou limpeza, devendo
ser evitada, portanto, a colocação de vaselina no espéculo. Coloca-se o espéculo esterilizado
sempre com uma inclinação de 75o , pressionando a parede posterior da vagina, usando o
dedo indicador e médio para expor o introito vaginal (evitando o traumatismo de uretra e
bexiga); observar coloração e pregueamento vaginal, além do aspecto do colo uterino,
principalmente do muco cervical; notar a presença ou não de secreções, tumorações,
ulcerações e roturas; efetuar corretamente a coleta de material para análise laboratorial
quando em presença de secreção, de lesões vegetantes ou ulceradas. Em seguida, efetuar a
limpeza do orifício externo do colo com ácido acético 5% e fazer o teste de Schiller (lugol) para
evidenciar lesões do colo e ectopias. Não havendo corrimento vaginal e/ou cervical, ou após
o tratamento das secreções ou lesões, coletar material para colpocitologia oncótica, quando
houver indicação.
A retirada do espéculo deverá ser tão cuidadosa quanto a sua colocação, evitando-se prender
o colo entre as lâminas do espéculo ou retirando-se o mesmo totalmente aberto, o que
causará dor e traumatismo uretral. Durante a retirada, lenta e cuidadosa, observar as paredes
vaginais. Quando disponível o aparelho, realizar o exame colposcópico observando toda a
genitália, incluindo ectocérvice, vagina, vulva e ânus.
O toque vaginal também deverá ser previamente explicado à paciente e realizado com luva
estéril (sem necessidade de ter o padrão cirúrgico). Deve-se usar inicialmente o dedo
indicador para deprimir o períneo posterior, o que contribuirá para o relaxamento da
musculatura. Introduz-se então os dedos médios e indicador (previamente lubrificados),
procurando sentir a elasticidade vaginal, presença de tumorações e/ou abaulamentos,
consistência e tamanho do colo e aberturas do canal cervical. Movendo-se o colo para um
lado e outro, traciona-se os ligamentos cardinais e largo podendo evidenciar-se processos
inflamatórios.
Somente após todas estas manobras é que se deve tocar com a outra mão a parede abdominal
da paciente, sempre respeitando os movimentos respiratórios e aproveitando a expiração
para a palpação profunda.
A mão vaginal empurra o colo e o útero para cima para que o fundo do mesmo possa ser
palpado entre a mão abdominal e a vaginal. Durante a palpação, notar seu tamanho,
consistência, mobilidade, a regularidade de sua forma, o ângulo em relação ao colo e à vagina
e a possível sensibilidade da paciente. As regiões anexas são palpadas inserindo os dedos
vaginais lateralmente ao colo, até o fundo do fórnix, e tracionando as estruturas na pelve com
a mão abdominal. As estruturas anexas (ligamento largo, trompa e ovário) são palpadas entre
as duas mãos. Estas estruturas podem não ser palpáveis, principalmente em mulheres após a
menopausa ou obesas. Geralmente, as trompas não são palpáveis, a menos que estejam
aumentadas. Deve-se procurar por massas e alterações da sensibilidade. O tamanho, a forma,
a consistência e a sensibilidade de qualquer massa também devem ser determinados.
O toque retal, quando necessário, deverá ser explicado para a paciente, e realizado com uso
de lubrificante. Facilita o exame pedir à paciente para fazer força durante a inserção do dedo
examinador. Palpa-se o canal anal à procura de massas. Utilizando a mesma técnica
abdominovaginal, as estruturas pélvicas são novamente palpadas. Deve-se prestar atenção
especial ao septo retrovaginal, aos ligamentos uterossacrais, ao fundo de saco e ao fundo
uterino posterior. É durante este exame que melhor se encontram massas do fundo de saco
de Douglas.
Alterações menstruais
são comuns, mas podem estar relacionadas a doenças. Desde a puberdade até a menopausa,
a menstruação faz parte da agenda fisiológica da mulher. Porém, no decorrer da vida, podem
ocorrer alguns distúrbios menstruais; o mais frequente é o sangramento uterino anormal.
Ovulação e anovulação
Quando não ocorre a fecundação do óvulo, a mulher menstrua. Esse é, de forma resumida, o
processo de ovulação feminina. A anovulação é a ausência da ovulação. Ela ocorre quando o
óvulo não é liberado pelo ovário, indicando algum tipo de distúrbio, principalmente hormonal.
Dismenorreia
é a dor pélvica que surge no primeiro dia do período menstrual. E que desaparece, quando
cessa o fluxo. Mas tende a se prolongar em muitas patologias que podem estar associadas
com a dismenorreia tem um caráter cíclico.
Cervicite
Os fatores associados à prevalência são: mulheres sexualmente ativas com idade inferior a 25
anos, novas ou múltiplas parcerias sexuais, parcerias com IST, história prévia ou presença de
outra IST e uso irregular de preservativo.
O exame físico ginecológico é o primeiro exame realizado no consultório logo depois que o
médico faz a anamnese. Esse exame ginecológico consiste em uma avaliação do corpo da
mulher por completo, como:
Durante o exame físico ginecológico também é comum realizar o exame especular para
visualização do colo do útero. Na maioria das vezes nesse momento é coletado o material para
realizar o Papanicolau. É importante salientar que esses dois exames não são indicados para
meninas virgens.
2. Papanicolau
O Papanicolau é um dos exames ginecológicos de rotina mais importantes que uma mulher
deve fazer. Ele é responsável por prevenir o câncer de colo de útero e vaginal e, por isso, é
também conhecido como exame preventivo.
O Ministério da Saúde recomenda que esse exame seja feito em mulheres de 25 a 64 anos
(por ser a faixa etária mais acometida pelo HPV e suas manifestações) porém o ideal é que o
exame seja feito a partir da primeira atividade sexual da mulher, homens transgênero e
pessoas não binárias designadas mulheres ao nascer.
Geralmente ele é feito uma vez ao ano, contudo, a periodicidade pode depender em cada
caso.
3. Mamografia
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo. De acordo com a
Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) a cada ano, o número de novos casos cresce cerca
de 23%. Embora a mamografia não seja um exame ginecológico, ele é sempre solicitado em
uma consulta de rotina pelo ginecologista. A mamografia serve para detectar o câncer de
mama de maneira precoce.
A SBM recomenda que as mulheres a partir dos 40 anos comecem a fazer a mamografia, já o
Ministério da Saúde recomenda a partir dos 50 anos.
Contudo, vale destacar que caso haja algum caso de câncer de mama na família, a mulher
deve começar a fazer a mamografia 10 anos antes do caso detectado na família. Por exemplo,
se a mãe ou irmã detectou o câncer de mama quando tinha 30 anos, a mulher deve começar
a fazer a mamografia aos 20 anos.
4. Ultrassonografia de mamas
Com ele é possível ter um diagnóstico mais preciso se existe alguma formação de nódulo, por
exemplo, ou se existe algum cisto mamário, além de detectar lesões em mamas que são mais
densas, principalmente.
A ultrassonografia é um exame totalmente indolor. Ele é feito com a mulher deitada em uma
maca, passe-se o gel nas mamas e o aparelho de ultrassom é deslizado por elas.
5. Ultrassonografia Transvaginal
Além disso, com esse exame também é possível avaliar de forma detalhada o endométrio, os
ovários e o útero por completo e detectar qualquer pólipo, mioma, cistos, tumores de
endométrio e de ovários, entre outros.
Esse exame é indicado a partir do momento que a mulher possui alguma queixa pélvica, como
dor, sangramento ou algum outro desconforto, ou para investigação de alguma alteração em
outro exame. Além disso, ele também é utilizado no início de gravidez, pois com ele é possível
ver o bebê pequenino com mais clareza dentro do útero.
A Supra púbica tem basicamente a mesma função que a transvaginal, porém é mais indicada
a mulheres virgens, já que nesse caso, o transdutor é colocado em cima da região ventral e
não pelo interior da vagina.
Outra diferença é que na pélvica os detalhes não são tão claros, como na transvaginal, na qual
é possível ter uma visualização mais pormenorizada.
A ultrassonografia pélvica é um exame realizado com a bexiga cheia para ter uma melhor
visualização da parte interna do útero e dos ovários.
7. Colposcopia e vulvoscopia
Da mesma maneira, também existe a vulvoscopia que é um exame bem parecido com a
colposcopia. Porém, ao invés de visualizar o colo do útero, é a parede vaginal que é analisada,
o órgão genital externo. Por meio da vulvoscopia é possível identificar a presença de HPV,
verrugas ou a causa de alguma coceira vaginal.
O planejamento reprodutivo nos remete aos direitos reprodutivos. Todas as pessoas devem
ter direito a fazer sua escolha reprodutiva e de ter acesso a informações qualificadas e
seguras, além de ter acesso aos meios e métodos para ter seus objetivos atingidos.
Como política pública de saúde, o planejamento reprodutivo requer uma organização dos
serviços e dos processos de saúde no desenvolvimento de ações, com atividades educativas e
atividades clinicas que possam dar conta de questões relacionadas à pre-concepção, à
investigação inicial e abordagem da infertilidade, acesso à tecnologias de reprodução assistida
quando necessário, bem como à contracepção e esterilização cirúrgica voluntária, desde que
respeitados os critérios da lei do planejamento familiar.
O preservativo masculino é o único método não definitivo que pode ser utilizado pelo homem.
Esse método oferece uma proteção muito consistente contra as doenças sexualmente
transmissíveis, é de fácil acesso, barato e fácil de ser usado.
A grande maioria das gravidezes na adolescência são indesejadas, com todas as consequências
de uma gravidez precoce. O recomendado é oferecer um método reversível de longa duração
juntamente com preservativo masculino ou feminino. Devemos ter especial cuidado em
motivar estes adolescentes para o uso do preservativo junto com outro método que vai
melhorar a proteção contraceptiva.
Perguntas & Respostas
R= Pode sim. Contanto que isso esteja dentro de um protocolo e que a enfermeira seja
treinada para fazê-lo.
2. Uma puérpera pode receber prescrição de contracepção na consulta de puerpério sete dias
após o parto? Qual o critério para usar a minipílula ou a pílula combinada?
R= Os critérios estão colocados na Lei 9.263/96, que é a vigente para o Planejamento Familiar
no Brasil. Os profissionais de saúde, para trabalharem com a esterilização cirúrgica, devem
conhecer e respeitar os critérios da lei. Ninguém pode criar critérios próprios por julgamento
de valor e instituir estes critérios para o seu serviço. A lei é bem clara. Mulheres e homens
precisam ter no mínimo 25 anos ou 2 filhos (não tendo 25 anos, precisam ter capacidade civil
plena e mais de 18 anos). Note -se: 25 anos ou 2 filhos, e não 25 anos e 2 filhos. O
conhecimento e respeito à lei é fundamental, ainda que profissionais não concordem com o
que foi formulado pelos legisladores.
4. A pílula combinada pode ser usada por adolescentes? Qual o critério de uso? É necessária
interrupção?
R= Sim, a pílula combinada pode ser utilizada por adolescentes saudáveis, contanto que esteja
dentro dos critérios de elegibilidade. Pode ser usado desde a menarca, isto é, quando a mulher
começa a menstruar. Não é necessário interromper de tempos em tempos ou seja fazer a
pausa da pílula . Essa interrupção pode trazer transtornos, inclusive a gravidez não desejada.
Quem não tem nenhuma contraindicação, pode usar pelo tempo que precisar do método.
5. Aqui no serviço, sempre falamos em Planejamento Familiar. Por que esse novo nome,
Planejamento Reprodutivo? Isso muda alguma coisa?
Essa sutil diferença na terminologia, não é à toa. Na verdade, o Ministério da Saúde tem
utilizado mais recentemente o termo Planejamento Reprodutivo, mas durante muitos anos,
desde o primeiro programa de Saúde Integral da Mulher, nos anos 80, o Ministério utiliza o
Planejamento Familiar como uma expressão para falar do acesso a ações, tanto para limitação
como para favorecer a reprodução.
Climatério é o período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de
pós-menopausa. Dessa forma, a menopausa (última menstruação) é um fato que ocorre
durante o climatério.
No climatério há uma diminuição das funções ovarianas, fazendo com que os ciclos menstruais
se tornem irregulares, até cessarem por completo. Estatisticamente, a menopausa ocorre, em
média, aos 50 anos. O climatério tem início por volta dos 40 anos e se estende até os 65 anos.
Sintomas:
Algumas mulheres nesta fase podem sentir ondas de calor, acompanhadas de transpiração,
tonturas e palpitações; suores noturnos prejudicando o sono; depressão ou irritabilidade;
alterações nos órgãos sexuais, como coceira, secura da mucosa vaginal; distúrbios menstruais;
diminuição da libido; desconforto durante as relações sexuais; diminuição do tamanho das
mamas e perda da firmeza; diminuição da elasticidade da pele, principalmente da face e
pescoço; aumento da gordura circulante no sangue; aumento da porosidade dos ossos
tornando-os mais frágeis.
– Tome sol.
Estas medidas vão contribuir para a melhoria da qualidade de vida e prevenção de doenças
como câncer de mama, osteoporose, entre outras.
O climatério e a menopausa não são doenças! São ocorrências naturais do ciclo de vida das
mulheres e nem todas apresentarão sintomas no decorrer desse período.
A menopausa corresponde ao último ciclo menstrual, ou seja, a última menstruação. Ocorre,
em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando ocorre por volta dos 40 anos, é chamada de
menopausa prematura ou precoce.
O termo menopausa é, muitas vezes, utilizado indevidamente para designar o climatério, que
é a fase de transição do período reprodutivo, ou fértil, para o não reprodutivo na vida da
mulher.
Causas da menopausa:
Todos os óvulos que a mulher produzirá ao longo da vida têm sua origem em células
germinativas (ou folículos) dos ovários já presentes no momento em que nasce uma menina.
Essa reserva é usada desde a primeira menstruação (menarca) até a última (menopausa).
Mulher nenhuma é capaz de formar novos folículos para repor os que se foram. Quando
morrem os últimos deles, os ovários entram em falência e as concentrações dos hormônios
femininos, estrogênio e progesterona, caem irreversivelmente.
Entre outras causas possíveis da menopausa, estão as cirurgias ginecológicas que incluem a
retirada dos ovários.
Sintomas:
Para algumas mulheres a fase da menopausa e do climatério não apresenta sintomas, porém,
a maioria delas começa a ter sintomas já no início do climatério e, com a diminuição
progressiva dos hormônios femininos, os sintomas vão aumentando. Os mais comuns são:
– Ondas de calor ou fogachos: episódios súbitos de sensação de calor na face, pescoço e parte
superior do tronco, geralmente acompanhados de rubor facial, suores, palpitações no
coração, vertigens, cansaço muscular. Quando mais intensos, podem atrapalhar as tarefas do
dia a dia;
– Manifestações como dificuldade para esvaziar a bexiga, dor e pressa para urinar, perda de
urina, infecções urinárias e ginecológicas, ressecamento vaginal, dor à penetração e
diminuição da libido;
– Sintomas psíquicos: a redução dos níveis de hormônios femininos interfere com a liberação
de neurotransmissores essenciais para o funcionamento harmonioso do sistema nervoso
central, fazendo com que aumentem as queixas de irritabilidade, instabilidade emocional,
choro descontrolado, depressão, distúrbios de ansiedade, melancolia, perda da memória e
insônia;
– Alterações na pele, que perde o vigor, nos cabelos e nas unhas, que ficam mais finos e
quebradiços;
– Alterações na distribuição da gordura o corpo, fazendo com que se concentre mais na região
abdominal;
Tratamento:
A terapia de reposição hormonal tem a vantagem de aliviar os sintomas físicos (fogachos),
psíquicos (depressão, irritabilidade) e os relacionados com os órgãos genitais (secura vaginal,
incontinência urinária) no climatério. Além disso, funciona como proteção contra a
osteoporose e assegura melhor qualidade de vida para a mulher. No entanto, existem
contraindicações que devem ser avaliadas com cuidado pelo médico e pela mulher, não sendo
indicada a automedicação, pois pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares,
trombose, câncer de mama e de endométrio, distúrbios hepáticos e sangramento vaginal de
origem desconhecida.
Estudos científicos mostraram que a isoflavona de soja tem ação semelhante ao estrogênio
no controle das ondas de calor.
Alimentação saudável, atividade física regular, não fumar e evitar o consumo de álcool e
cuidados com a saúde bucal são algumas medidas simples, que incorporadas aos hábitos
diários de vida, podem ser úteis para minimizar os sintomas negativos do climatério.
Outras recomendações:
– Encontrar tempo para a prática diária de atividade física. Além de ser importante para o
bem-estar físico, é fundamental para o controlar a pressão arterial, prevenir a osteoporose,
doenças cardiovasculares e atenuar as alterações do humor.
realizar a avaliação nutricional, por meio do IMC e orientar dietas, lembrando da importância
da mastigação adequada;
realizar, se necessário, dieta para a redução dos níveis de colesterol. Tal dieta é pobre em
gorduras e rica em frutas e vegetais e grãos;
deve evitar ingerir alimentos ricos em cálcio em conjunto com fibras vegetais, pois estas
diminuem a absorção do cálcio.
Exercícios Físicos:
Oriente para a realização dos exercícios de Kegel. Esses reforçam a musculatura do assoalho
pélvico e a conservação de sua estática (BRASIL, 2008, p. 60).
Estimule também a realização de atividades como caminhada (das 10 horas e após 16 horas),
corrida, natação, ciclismo e outros exercícios, entre eles a musculação após avaliação médica;
É importante propiciar espaços de lazer e ocupações para as mulheres nesta faixa etária.
Oriente para: a prática de atividades laborativas (escultura, tear, pintura, tricô); escutar
músicas, dançar; conversar com as amigas; ler bons livros; atualizar-se; entrar em contato com
outras gerações e aprender com elas.
A mulher no climatério pode ter uma vida sexual normal. Em função disso deve ser:
orientada na perimenopausa com relação ao uso dos métodos contraceptivos, sendo que
qualquer método deve estar associado ao uso de preservativo para evitar DST;
Essa mulher deve conversar com o companheiro, evitando conflitos conjugais, comuns neste
período, decorrentes do desconhecimento deste sobre as transformações inerentes ao
climatério, e solicitar mais carinho, mais aproximação, mais companheirismo, para viver a
sexualidade plenamente.
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