Você está na página 1de 29

FACULDADE MAURICIO DE NASSAU

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ROSEMILIA MARINHO BEZERRA

DANÇA DO VENTRE NO PROCESSODE EMAGRECIMENTO:UMA REVISÃO


SISTEMATICA

JOÃO PESSOA
2016
ROSEMILIA MARINHO BEZERRA

DANÇA DO VENTRE NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO:UMA REVISÃO


SISTEMATICA

Trabalho de Conclusão de Curso II,do curso de


Bacharelado em Educação Física da Faculdade
Mauricio de Nassau/JP, como requisito parcial para
obtenção do grau de Bacharel em Educação Física.

Orientador(a).Prof.esp. Eugra Souto Santos

JOÃO PESSOA
2016
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ROSEMILIA MARINHO BEZERRA

DANÇA DO VENTRE NO PROCESSO DE EMAGRECIMENTO:UMA REVISÃO


SISTEMATICA

Professor orientador(a): Prof.ª Esp. Eugra Souto

Membros da banca examinadora

_____________________________________________ Nota _______


Prof (Instituição)

_____________________________________________Nota ________
Prof (Instituição)

_____________________________________________Nota ________
Prof (Instituição)

JOÃO PESSOA
2016
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, cujo apoio, dedicação


e carinho me trouxeram até aqui.
AGRADECIMENTOS

A Jesus Cristo, amigo sempre presente, sem o qual nada teria feito.
Aos amigos, que sempre incentivaram meus sonhos e estiveram sempre ao meu lado.
Aos meus colegas de classe e demais formandos pela amizade e companheirismo que recebi.
A Prof.ªEugra Souto Santos, que me acompanhou, transmitindo-me tranquilidade.
RESUMO

Objetivo: verificar a influência da dança do ventre no bem-estar físico e motivacional, por meio
de uma revisão sistemática. Metodologia: revisão de 4 artigos, publicados entre 2005/2016.
Resultados: Os artigos analisados demonstraram benefícios motivacionais (aceitação da imagem
corporal; conhecimento do próprio corpo; relação com as outras pessoas; melhora da
autoestima); físicos (melhora na postura, no desenvolvimento psicomotor e na qualidade de
vida), para todas as faixas etárias (na saúde, para idosos, até no desenvolvimento psicomotor,
em crianças). Conclusão: a dança do ventre contribui nos aspectos motivacionais e físicos, com
ênfase no relacionamento, na descoberta de sentimentos e na satisfação com o corpo.

Palavras chaves: Dança do Ventre. Qualidade de vida. Motivação.


ABSTRACT

Objective: To assess the effect of belly dance on the physical and motivational welfare through
a systematic review. Methodology: review of 4 articles published between 2005/2016. Results:
The analyzed studies showed motivational benefits (acceptance of body image, knowledge of
the body, compared with others, improved self-esteem); physical (improved posture,
psychomotor development and quality of life) to all age groups (health, for the elderly, to
psychomotor development in children). Conclusion: Belly dance helps in motivational and
physical aspects, with emphasis on the relationship, the discovery of feelings and satisfaction
with the body.

Key words: Belly Dance. Quality of life. Motivation.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9
2 REFERENCIAL TEORICO .............................................................................................. 12
2.2 A DANÇA DO VENTRE ................................................................................................. 12
2.2.1 Histórico ......................................................................................................................... 12
2.2 A DANÇA E A SUA HISTÓRIA .................................................................................... 14
2.2.2 Benefícios da dança do ventre ...................................................................................... 17
3 METODOLOGIA .............................................................................................................. 18
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 20
4.1 RESULTADOS DOS ESTUDOS SELECIONADOS .................................................. 22
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 25
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 26
9

1INTRODUÇÃO

A prática da dança do ventre envolve uma técnica própria que, dentre outras, realiza
contrações isométricas, contribuindo para o aumento do gasto calórico e a queima de gorduras
(KUSSUNOKI; AGUIAR, 2008). Nesse sentido, sugere-se que ela promove diversas alterações
físicas e fisiológicas em suas praticantes, auxilia na correção da postura corporal, melhora o
funcionamento do intestino, diminuindo cólicas menstruais, fortalece a musculatura pélvica,
aumenta a circulação sanguínea nos órgãos reprodutores e no aparelho urinário, aprimorando a
saúde da mulher de um modo geral. “Esteticamente, modela e reduz as medidas da cintura, e,
psicologicamente, aumenta a autoestima” (KUSSUNOKI, 2011).

Conhecida pelos movimentos de quadril, a dança do ventre é muito popular atualmente,


possui em suas origens o reflexo de suas crenças culturais. Essa dança era utilizada na iniciação
sexual das jovens, preparação do parto, e como um ato de devoção as deusas Isthar e Inana (na
Mesopotâmia), e Isis (no Egito) (NAHID; TAKUSI, 2000 apud ABRÃO; PEDRÃO, 2005).
Para Lopes (2000) e Sabongi (2003) apud Abrão e Pedrão (2005, p. 244) a dança do ventre “...
não pode ser vista como um mero exercício: ela faz parte de uma tradição muito antiga, ligada
ao culto da terra e do útero poderoso da deusa. Os procedimentos da dança do ventre são sérios
e merecem respeito das coisas transcendentais e sagradas”.

No Brasil, a dança do ventre é conhecida nacionalmente, mas é em São Paulo que se


concentra a maioria dos profissionais da área, devido à grande quantidade de imigrantes árabes e
descendentes que são encontrados na região (KUSSUNOKI, 2009).

A dança do ventre é “uma maneira eficaz, simples, direta e ampla para a manutenção da
saúde de um grupo de mulheres” (Peto AC. & Bueno SMV).

Com essa afirmação sabemos que a dança do ventre está relacionada com saúde e pode
influenciar em melhoras motoras, já que pode ser considerada exercício físico que segundo
CASPERSEN et al. (1985), é uma das maneiras pela qual a atividade física pode se manifestar,
desde que seja planejada, estruturada e repetitiva e objetive a melhoria da aptidão física ou a
reabilitação orgânico-funcional. Estando aptidão física atrelada ao exercício físico, de acordo
com o mesmo autor, aptidão física inclui determinadas características, possuídas ou adquiridas
por um indivíduo, sendo elas relacionadas com sua capacidade de realizar atividades físicas.
1
10

Em um estudo semelhante, realizado com dança de salão e dança do ventre mostram que,
alem de trazer benefícios para a saúde física, como melhora cardiovascular e melhora na
postura, a dança pode estar relacionada positivamente com estados emotivos positivos (RIED,
2003; ABRÃO; PEDRÃO,2005)
No que diz respeito à dança do ventre (DV), existe uma carência de documentos ou
registros relacionados à sua história (REIS, 2008; BENCARDINI, 2002), sendo sugerido que a
mesma surgiu decorrente da cultura dos povos do Oriente Médio (BENCARDINI, 2002). A DV
está associada a rituais femininos de fertilidade, sexualidade, misticismo e religião, preparando a
mulher para o momento do sexo, gravidez e parto (BENCARDINI, 2002), sendo fortemente
associada com a estetização do feminino e tendo seus valores, historicamente construídos dentro
do respectivo gênero (REIS, 2008; BENCARDINI, 2002). Posteriormente a DV foi incorporada
na cultura ocidental, passando a incorporar novos movimentos à mesma, transformando a
tradição em reinvenção (REIS, 2008). Atualmente, a DV vem sendo fortemente procurada não
apenas por questões religiosas, profissionais e artísticas, mas também associada pela busca de
melhor qualidade de vida, demonstrando novo significado para a mesma. As aulas de DV são
caracterizadas basicamente por ações denominadas dentro da cultura da respectiva dança de: i)
oitos; ii) giros; iii) batidas; iv) shimies; v) batidas laterais; vi) ondulações abdominais; vii)
movimentos horizontais; bem como viii) movimentos verticais, que podem ser feitos
isoladamente ou combinados. Ressalta-se que tais ações, podem ser realizadas com o tronco,
cintura, quadril, mãos, braços e cabeça. A DV é realizada individualmente, sendo que apesar de
algumas coreografias serem apresentadas em grupo, as dançarinas não dependem umas das
outras, caracterizando de alguma forma a individualidade. Assim como em qualquer exercício
físico, em todos os tipos de dança ocorrem reações fisiológicas durante as aulas para que a
demanda do exercício seja atendida. Com relação ao exercício físico, o metabolismo energético
pode atuar de maneira diferenciada, podendo ser predominantemente aeróbio, anaeróbio, ou
uma mescla de ambos (POWERS,. et al 2009).
Segundo Patê (1988) A aptidão física é um estado caracterizado por uma capacidade de
executar atividades diárias com vigor e demonstração de traços e capacidades associados com
baixo risco de desenvolvimento prematuro das doenças hipocinéticas (falta de movimento
durante a vida); Fato que torna uma boa aptidão física diretamente relacionada á uma saúde
física positiva. Em um estudo semelhante, realizado com dança de salão e dança do ventre
mostram que, alem de trazer benefícios para a saúde física, como melhora cardiovascular e
melhora na postura, a dança pode estar relacionada positivamente com estados emotivos
positivos (RIED, 2003; ABRÃO; PEDRÃO,2005) O que aguçou minha curiosidade em
1
11

confirmar a existência de melhora cardiovascular e na postura e buscar além, sabendo de outros


benefícios na saúde física das mulheres praticantes que, supostamente, existam e se são
benefícios considerados significativos por elas.
Nessa linha de pensamento, didaticamente os exercícios de longa duração e baixa
intensidade são classificados como predominantemente aeróbios e os de curta duração e alta
intensidade classificados como predominantemente anaeróbios (POWERS., et al1991).
Ademais, é reconhecido que existe uma grande procura das pessoas nos mais variados
tipos de dança, no sentido de buscar melhor qualidade de vida. Ressalta-se que em muitas
ocasiões, tais buscas são orientadas pela área médica. Com relação à prescrição do esforço, é de
grande importância que o Profissional de Educação Física, tenha subsídios para delimitar a
intensidade do esforço nas suas aulas, a fim de adequar o exercício tanto as limitações físicas do
aluno, bem como aos seus objetivos, dentre eles a melhora da capacidade aeróbia e ou
emagrecimento.
12

2. REFERENCIAL TEORICO

2.1 A DANÇA DO VENTRE

2.2.1 Histórico

Entre todas as vertentes da dança, a dança do ventre é a mais primitiva. Suas origens,
segundo Bencardini (2002) podem ser situadas no contexto míticoreligioso das antigas
civilizações do Oriente Médio, nos quais fazia parte do culto à “Grande Mãe”. Esta era
denominada Inana ou Ishtar na civilização Suméria (4500 a.C.) e Ísis na Egípcia (4000 a.C.).
Com a conquista do Egito pelos árabes (640 d.C.), a dança do ventre foi assimilada por essa
cultura, e, disseminada por várias regiões.
Assim, apesar de ter ficado conhecida como uma dança originária da Arábia, esse estilo
de dança foi criada como ritual de fecundidade há sete mil anos, por sacerdotisas egípcias. A
dança do ventre é ligada ao rito de fertilidade, sendo a modalidade de dança que melhor
simboliza a essência da criação, onde se agradecia o milagre da vida, louvando, com dança e
oração, o prazer, o nascimento e a sensualidade feminina (LOPES, 2000).
As bailarinas estudavam arte, se apresentavam cobertas por véus e não apareciam com
frequência em público, fazendo parte apenas de festas em casas de alta sociedade. As gawazee,
eram as bailarinas profissionais, que tingiam os cabelos e decoravam os pés e as mãos com
henna, pintavam os olhos, eram exóticas e dançavam nas praças e portas de hotéis por dinheiro
(BENCARDINI, 2002).
Com o tempo, as danças dos templos foram misturadas às danças populares e propagadas
por ciganas e beduínas, por serem nômades. Deste modo, o aspecto sagrado é deixado para
originar o aspecto do entretenimento. Este caráter 18 é estabelecido quando a dança passa a
fazer parte de celebrações, casamentos, nascimentos e festas (HANNA, 1999; MARTINS,
2005).
Assim, da época em que essa dança era considerada sagrada até os dias de hoje seu
caráter se modificou muito. A dança que era praticada pelas sacerdotizas, nos interiores dos
templos, ou exibida apenas nos eventos oficiais, depois da invasão árabe, passou a ser exibida
também nos palácios como forma de entretenimento e mais tarde acabou entrando em declínio
com a radicalização do Islamismo, chegando a ser exibida até em lugares de prostituição, por
volta do século XVI (MOHAMED, 1995).
13

Para Kussunoki e Aguiar (2009), ao longo da história, a dança do ventre, que varia seu estilo de
um país para o outro, seguiu um processo evolutivo através dos séculos que se desenrolou em
dois tipos de cenário: o culto e o popular, o palácio e a rua.

Na atualidade, em sua prática artística e cultural, o estilo egípcio da dança do


ventre é o mais conhecido e nele se mesclam movimentos suaves e lentos com
enérgicos e rápidos. São movimentos repetitivos da cabeça, à direita e à
esquerda, e para frente e para trás, de tal forma que os cabelos desenham
formas no ar, com uma movimentação enérgica e veloz. Por isso, também, a
característica de dançarinas manterem seus cabelos compridos, não sendo
somente uma questão estética, mas um elemento atuante e realmente necessário
nesta dança. No Líbano o ritmo é muito mais alegre e dinâmico, e as
dançarinas costumam dançar com sapatos de salto alto. Na Turquia, possui
características mais espirituais, com predominância de movimentos de braços e
de ombros (KUSSUNOKI; AGUIAR, 2009).

Sharkey (2002), narra que as mulheres das aldeias beduínas, costumam dançar descalças,
com vestidos longos de seda, bordados com contas, lantejoulas e pequenas moedas, com um
grande lenço amarrado no quadril para acentuar seus movimentos, valorizando-os.
No Brasil, os estilos mais dançados são o egípcio e o libanês e o seu desenvolvimento se
dá em âmbito nacional, porém, a produção artística é mais concentrada em São Paulo, onde
existe maior quantidade de profissionais da área, como professoras, dançarinas, coreógrafos e
músicos. Há um grande número de imigrantes árabes e descendentes, tanto no estado como no
município de São Paulo (RONDINELLI, 2002), o que favorece esta proliferação da cultura, na
qual a manifestação artística está sempre muito presente (KUSSUNOKI; AGUIAR, 2009).
14

2.2 A DANÇA E A SUA HISTÓRIA

A dança é a mais antiga das artes, existindo desde a pré-história, onde servia como
uma forma de comunicação antes da invenção da linguagem verbal (ORDONES, 1990 apud
PETO, 2000). Ao longo dos tempos, o homem vem representando seus sentimentos mais
íntimos através da dança por meio de expressões corporais ritmadas que mantêm estreito o
elo com a religiosidade, energia e ludicidade (NANNI, 2005).
As civilizações e os povos antigos utilizavam a dança em quase todos os fatos
importantes de sua época como rituais religiosos e culturais, para celebrar o nascimento de
crianças, funerais, guerras, para semeadura e as colheitas, sendo considerada uma forma de
comunicação entre os homens e os deuses (GARAUDY, 1980). Reafirma Medina et. al.
(2008), que os povos antigos dançavam para a colheita e a fertilização, saudando ou
agradecendo, estando a dança inserida em todos os acontecimentos da sociedade.
Com o surgimento de grupos isolados, originaram-se diversas sociedades que
criaram suas próprias danças (BOURCIER, 2001 apud FRANSOZI, 2009). Para Caminada
(1999), a dança, na sua forma mais simples se manifestava através de movimentos que
lembram as forças da natureza que são consideradas mais poderosas para o homem e que
trazem consigo a idéia de que essa imitação tornará possível dominar os poderes dessas
forças.

No Egito de seis mil anos atrás, quando a noite chegava ao final e, com a
madrugada, se apagavam os astros cuja dança celeste era a própria imagem
da ordem da natureza, o homem, angustiado por não mais perceber essa
imagem, entrava em cena para manter a ordem celeste, imitando-a:
começava então a dança da estrela da manhã, com suas rondas; e este balé
simbólico, contemporâneo do nascimento da astronomia, ensinava aos
filhos do homem, pelo movimento figurado dos planetas as leis que regiam
o ciclo harmonioso dos dias e das estações, as leis que podiam prever e
portanto controlar as cheias do Nilo, tornando-as já não tão destrutivas,
mas fecundantes com a preparação em tempo útil de diques e canais
(GARAUDY, R. 1980, p.14).

Nesse sentido, a dança pode ser considerada uma manifestação de hábitos e costumes
de povos por fornecer elementos ou representações de determinada sociedade por meio de
uma forma de movimento elaborado, que mais tarde criaram formas e tipos característicos,
originando estilos de dança. Alguns estilos conseguiram ganhar visibilidade no mundo, e são
seguidos como uma forma de exercício físico e expressão artística (MEDINA et al., 2008).
15

Durante a Idade Média, na Índia e na China, a dança se apresentava de várias formas.


Quando o objetivo era a adoração de divindades, os dançarinos usavam trajes e máscaras
coloridas que acentuavam o poder de representação. Ao mesmo tempo, executavam
movimentos acompanhados por cantos e danças, sendo que os mesmos eram registrados
como um método para ser seguido pelas gerações. Mais tarde, incluíram acrobacias e
mágicas representando as crenças e costumes (CAVASIN, 2003).
Já na Grécia, onde a beleza do corpo e a perfeição dos movimentos norteavam os
estilos, a dança estava inserida no plano educacional, sendo muito importante para a
formação dos jovens. Utilizavam a dança também na preparação dos guerreiros para as lutas
e afirmavam que os melhores dançarinos se tornavam os melhores guerreiros (PORTINARI,
1985). Com o passar do tempo, esse tipo de manifestação cultural ganhou novas formas,
novos movimentos, ritmos e sentidos estéticos, configurando-se em diferentes tipos, estilos e
finalidades da dança que podem favorecer uma melhor consciência corporal (NANNI,
2005).
Com o Renascimento (séculos XV e XVI) surgiram diversas mudanças no campo das
artes, da cultura, da política e da religião e a dança sofreu profundas alterações que já
vinham acontecendo através dos anos. Nessa época, a dança começou a ter um sentido
social, passou a ser dançada pela nobreza em grandes espetáculos teatrais e em festas apenas
como entretenimento e recreação. Desde então, a dança social foi se transformando e, aos
poucos, tornando-se acessível às camadas menos privilegiadas da sociedade, que já
desenvolviam outro tipo de dança: as danças populares. Essas alterações de comportamento
foram se unindo às danças sociais, dando origem a uma nova vertente da música que,
dançada por casais, mais tarde foi denominada de dança de salão (CAVASIN, 2003).
A dança tem como finalidade a expressão dos sentimentos mais nobres e mais
profundos da alma humana, e deve acrescentar à vida das pessoas uma harmonia que “cintila
e pulsa, não devendo ser vista apenas como uma diversão agradável e frívola” (OSSONA,
1988). Garaudy (1980) afirma que a dança é um esporte completo e um meio de meditação,
porque enquanto se dança “corpo, espírito e coração” estão totalmente engajados. Robatto
(1994), completa que a dança tem um forte caráter sociabilizador e motivador, seja em par
ou sozinho, seja para idosos ou crianças, seja para homens ou mulheres.
Dançar traz benefícios para todos aqueles que praticam, podendo ser praticada por
crianças, jovens, adultos e idosos, levando em consideração as peculiaridades de cada etapa.
Na escola, essa prática visa o desenvolvimento criativo e da personalidade, através de seus
16

conhecimentos, de suas habilidades, de seus comportamentos e da própria consciência


corporal sobre as individualidades e limitações (CAVASIN, 2003).
Tratando-se dos idosos, para Okuma (1998; apud SALVADOR, 2005) a dança é a
melhor opção de atividade física, pois quando praticada em grupos facilita a integração e o
fortalecimento de amizades, superação dos limites físicos, ocupação do tempo em prol de si
mesmo, livrando-se das inseguranças, incertezas, angústias e medos.
Para Abrão e Pedrão (2005), a dança é importante como uma forma de diálogo, de
reflexão, e uma maneira para rever conceitos, já que o respeito a si próprio e ao próximo
estão presentes durante a sua prática, trazendo aprendizados, transformações e princípios,
que acarretam uma construção nos valores do indivíduo.
Nem todas as pessoas são dotadas de sensibilidade nos movimentos, que segundo
Laban (1990) se refere ao sentido mediante o qual se percebe o esforço muscular, o
movimento e a posição no espaço. É possível entender que, por meio do som da música,
refina-se o sentido de audição; mediante a interação de cores e formas na arte, aprimora-se o
sentido da visão; e, mediante a dança, desenvolve-se o sentido cinestésico (MATEUS, 1997
apud ABRÃO; PEDRÃO, 2005).
17

2.2.2 Benefícios da dança do ventre

Segundo Ried (2003) durante a evolução da espécie humana, a dança teve maior
importância nas sociedades anteriores a valorização da palavra: a crescente importância dada
a atividade mental e conseqüente abstração tirou da dança o papel, de meio de expressão de
emoções, transferindo-se para a palavra. Assim a dança começou a restringir-se a vida
social. Dessa forma, as culturas ocidentais deixaram de ser dançantes para se tornarem
pensantes.
Para Ried (2003 pg.07) dançar em qualquer de suas formas expressivas, é um
espelho das manifestações vitais: emoção, arte, mito, filosofia e religião se expressam
através do movimento inspirado e guiado pela música (outra manifestação acústica rítmica
similar).
São bem conhecidos os benefícios da dança como uma atividade física,
flexibilidade, melhora do condicionamento aeróbico, aprimoramento da coordenação motora
e perda de peso, estes que são almejados e consumidos pela sociedade atual. Além de
benefícios exclusivamente estéticos os benefícios terapêuticos que a dança proporciona vão
além de uma atividade corporal com fins exclusivamente físicos.
Dentre as manifestações culturais Árabes, que atravessaram séculos, a “RAKS-EL
CHARKI”, conhecida no Brasil é a Dança do Ventre mais difundida. Celebra o Feminino da
Criação a Fertilidade, a Doçura, a Subjetividade, a Sedução, a Sensualidade da mulher. Em
relação aos benefícios orgânicos, a dança árabe trabalha os órgãos do baixo ventre,
normalizando suas funções. Os movimentos ondulatórios massageiam a coluna e aumentam
a flexibilidade do corpo (BOMENTRE, 2005).
Para Débora Sabongi (2009) são inúmeros os benefícios que envolvem a dança do
ventre estão entre os de caráter físico, psicológicos e estéticos. Dentre os corporais são:
emagrecimento, tonicidade e enrijecimento da musculatura abdominal, pernas, braços,
costas e glúteos. Os psicológicos envolvem melhora na auto-estima e estimula a
feminilidade.
18

3.METODOLOGIA

Este estudo consiste numa investigação caracterizado como revisão sistemática, que
segundo Sampaio e Mancine (2006) é um estudo que utiliza como fonte de dados a literatura
sobre determinado tema, no qual disponibiliza um resumo das evidências relacionadas a uma
estratégia de intervenção específica, mediante a aplicação de métodos explícitos e
sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da informação selecionada. como uma
revisão de avaliação rigoroso e fiel das pesquisas realizadas a partir de um tema específico.

Biochiniet al. (2007) ainda esclarece que é um instrumento para mapear trabalhos
publicados no tema da pesquisa específico dando suporte na elaboração de uma síntese do
conhecimento existente sobre o assunto. A análise dos dados ocorreu pela concepção de
Bardin (2009), para a autora, a análise de discurso é composta por um conjunto de técnicas
de análise das comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição
do conteúdo das mensagens. Para a pesquisa foi utilizada a bases de dados: SCIELO
(ScientificElectronic Online Libray), As palavras-chaves utilizadas foram ''Qualidade de
Vida'', ''Estilo de Vida'', “Emagrecimentoe ''Dança do Ventre''.

Os critérios de inclusão serão:

Artigos publicados nos últimos 10 anos (2005 a 2016)

Estudos relacionados ao tema;

Artigo publicados em Português

Os critérios de exclusão serão:

Artigos de revisão;

Estudos que não foram realizados com profissionais de educação física;

Estudos que não estiverem disponíveis.


19

Na coleta inicial dos estudos foram encontrados 9 artigos na base de dados Scielo,
com o descritor''Qualidade de Vida'', nos quais foram utilizados os filtros ; País: brasil;
Idioma: português; Área temática: Ciências da saúde, totalizando 6, desses foram lidos os
títulos e resumo, selecionado apenas 3 que estavam relacionados ao tema. Com o descritor
''Estilo de Vida'' foram encontrados 3, foram utilizados os filtros; País: Brasil; Idioma:
Português, totalizando 2, desses foram selecionados apenas 1 relacionados ao temas dos
quais dois já havia sido encontrado na busca com o descritor ''Qualidade de Vida''. Com o
descritor ''Emagrecimento'' foram encontrados 1 estudo, não foi utilizado filtro, sendo
selecionado apenas um. Já com o descritor ''Emagrecimento ,Dança do Ventre'' foram
encontrados 4, sendo utilizado os filtros… sendo selecionado 2 relacionado ao tema, desses
sete 4 já havia sido encontrado anteriormente.
Mediante toda coleta a pesquisa ficou sendo composta por 4 estudos relacionados ao
tema, como podemos ver na tabela 1.Todos os artigos selecionados foram lidos e analisados
para se chegar ao resultado.

Tabela 1. Seleção dos Estudos


BASE DE DADOS DESCRITOR ESTUDOS SELECIONADOS

Scielo ''Qualidade de Vida'' 1

Scielo ''Estilo de Vida'' 1

Scielo ''Emagrecimento'' 1

Scielo “Dança do Ventre” 1

TOTAL DE ESTUDOS SELECIONADOS: 4


Fonte: Elaboração Propria.
20

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A revisão será exposta em duas tabelas, na tabela 1, a descrição dos 4 estudos selecionados,
Autor, ano, amostra, instrumento de pesquisa, e local. Na tabela 3 e 4 será apresentado o
fichamento dos estudos, através das seguintes variáveis: autor e ano, objetivo e resultados.
Em seguida será descrito com mais detalhes os estudos sendo divididos em dois tópicos:
Qualidade de vida dança do ventre; Estilo de vida; Aparência corporal para assim analisar se
existe diferença entre ambas as áreas de atuação.

Tabela 1.Descrição dos Estudos

TITULO TIPO DE PESQUISA LOCAL


A contribuição da dança do Pesquisa Prática de campo Ribeirão Preto, SP.
ventre para a saúde de
mulheres que frequentam
academias de dança
A dança e o Pesquisa Prática de campo Rio Claro, SP.
ventre:Aparência Corporal
na Contemporaneidade
Cinética de frequência Pesquisa Prática de campo Itararé, SP.
cardíaca a aula de dança do
ventre
Dança do ventre e Revisão Integrativa Curitiba, PR.
qualidade de vida com base
na psicologia
corporal:revisão
sistemática
21

Tabela 2. Fichamento dos Estudos realizados Dança do Ventre

AUTOR/ANO OBJETIVO RESULTADOS


Ana Carla Peto Abrão Verificar os benefícios que Os exercícios de dança do
Jorge Pedrão a dança do ventre traz para ventre possibilitaram o
a educação corporal, saúde relaxamento do corpo,
2005 física e mental, de resultando numa sensação
mulheres que frequentam de bem-estar, o que,
uma academia de ginástica provavelmente, está
e dança. associado à liberação de
serotonina pelo organismo.
Sandra Aparecida Verificar a existência de Foram encontradas
Queiroz Kussonoki uma crença e questionar evidências sobre a
sua veracidade, expondo e existência dessa crença,
2010 discutindo aspectos da indicando ser um mito,
corporeidade na formado pelo paradigma da
contemporaneidade. aparência corporal perfeita,
a moral da
contemporaneidade.
Rodrigo Dias Teve como foco analisar as Os resultados demonstram
modulações da referida que a variação da
2012 variável, especificamente intensidade do esforço na
em uma aula de dança do aula de dança do ventre
ventre, para a determinação especificamente avaliada,
da intensidade do esforço, se deu entre muito leve a
por meio do consumo de leve, denotando um
oxigênio estimado. domínio aeróbio.
Janete Capel Hernandes Fazer umlevantamento É uma técnica que
CelmoCeleno Porto depublicações acadêmicas considera mente ecorpo de
nas principais bases de forma integrada, por
2015 dados para estruturar uma meio de uma maior
Revisão Integrativa sobre o consciência corporal,
tema dança do ventre e possibilitando assim, uma
qualidade de vida e ampliação da imagem
relacionar com a corporal feminina.
Psicologia Corporal.
22

4.1 RESULTADOS DOS ESTUDOS SELECIONADOS

Dias 2012, analisou em seu estudo as modulações da referida variável,


especificamente em uma aula de dança do ventre, para a determinação da intensidade do
esforço, por meio do consumo de oxigênio estimado.
O tipo de pesquisa de campo teve como amostra cinco dançarinas de DV. A
escolha das voluntárias foi feita de forma intencional, sendo escolhidos os critérios de
homogeneidade das voluntárias de já praticarem as aulas de DV pelo período de
aproximadamente seis anos e aparentemente saudáveis.
Duas semanas antes das coletas dos valores de FC ao longo da aula de DV, as
dançarinas realizaram as aulas de DV (com um frequencímetro previamente ajustado). Essa
estratégia foi adotada no sentido de minimizar possíveis respostas da FC decorrentes de uma
possível exacerbação do estresse psicológico pela utilização de um aparelho ao qual as
voluntárias não estavam previamente adaptadas ao uso. O monitoramento da FC foi feito
através de monitores de FC da marca Polar , modelo FS1. Um dia antes das coletas dos
valores de FC ao longo da aula de DV, as dançarinas foram dispostas em decúbito dorsal
(com um frequencímetro previamente ajustado) em um colchonete confortável, alocado em
uma sala fechada, com privação de luz e ruídos externos por um período de 10-15 minutos.
O frequencímetro registrou os valores de FC ao final de cada minuto. As mesmas foram
orientadas a permanecerem totalmente relaxadas, sendo após os 10-15 minutos, determinada
a frequência cardíaca de repouso (FCR), considerada como o menor valor de FC obtido nos
últimos 5 minutos do referido procedimento.
Hernandes e Porto,2015, avaliou em uma Revisão Integrativa dança do ventre e
qualidade de vida com base na psicologia corporal iniciando as buscas por artigos nas bases
de dados pelo título das publicações e posteriormente leitura dos resumos dos trabalhos
encontrados para assim, em uma terceira etapa, leitura do material completo definido como
reais fontes de pesquisa utilizada na revisão.
Este estudo tem como objetivo fazer um levantamento de publicações
acadêmicas nas principais bases de dados.
É pertinente o estudo de qualidade de vida e especificamente de mulheres
praticantes de dança do ventre, pois é um tipo de exercício físico muito procurado e que
possibilita benefícios à saúde de suas praticantes. Esses benefícios podem ser usufruídos por
mulheres de todos os tipos físicos e várias idades e vão desde melhoria na postura, na
motricidade, na coordenação, na criatividade, no raciocínio como também outros
23

decorrentes da constante movimentação pélvica. É uma técnica que considera mente e corpo
de forma integrada, por meio de uma maior consciência corporal, possibilitando assim, uma
ampliação da imagem corporal feminina. Um dos estudiosos que voltou bastante sua atenção
para a questão do corpo foi Willhelm Reich, chegando a considerar que insatisfações e
frustrações podem até desenvolver doenças psicossomáticas.
Já nas pesquisas de Abrão e Pedrão, 2005, teve por objetivo investigar os
benefícios da dança do ventre para a saúde de mulheres que freqüentam uma academia de
dança do interior do Estado de São Paulo. Trata-se de um estudo qualitativo.
Os referenciais foram a experiência dos pesquisadores e outras literaturas da
área de dança. A amostra foi constituída por 12 mulheres com faixa etária de 16 a 40 anos,
que praticavam dança do ventre há mais de três meses, às quais foi aplicado um questionário
com perguntas abertas. A análise foi feita por meio dos conteúdos das respostas, o que
possibilitou a conclusão de que a dança do ventre é um método que traz benefícios para a
educação integral e leva à valorização da vida, melhorando a saúde e a qualidade de vida
dessas mulheres.
Os resultados deste estudo foi que os exercícios de dança do ventre
possibilitaram o relaxamento do corpo, resultando numa sensação de bem-estar, o que,
provavelmente, está associado à liberação de serotonina pelo organismo. Outro fato que
pode estar associado à prática de dança do ventre é a própria defesa do organismo.
A experiência prática de professores dessa dança e relatos de mulheres
praticantes mostram que tais praticantes são menos expostas a doenças infecciosas. Isso leva
ao entendimento de que esse tipo de dança alia-se ao sistema imunológico na luta contra
essas doenças, incluindo, também, outras, não infecciosas, como a depressão e a ansiedade.
Assim sendo, sugerimos a realização de estudos mais específicos para comprovar os
resultados provenientes da experiência prática de quem ensina e dos relatos das mulheres
praticantes.
Kussonoki,2010, afirma em seu estudo sobre o tema de sua dissertação de mestrado
que é a dança e o ventre: aparência corporal na contemporaneidade com o objetivo de
verificar a existência desta crença e questionar sua veracidade, expondo e discutindo
aspectos da corporeidade na contemporaneidade através da coleta de depoimentos e
fotografias de mulheres praticantes e não praticantes de dança do ventre, divididas em 5
grupos: alunas de dança do ventre, sedentárias, praticantes de outras atividades físicas,
professoras de outras modalidades de dança e professoras de dança do ventre.
24

Foram encontradas evidências sobre a existência desta crença, e a análise dos


resultados indicam ser esta um mito, formado pelo paradigma da aparência corporal perfeita,
a moral estética da contemporaneidade.
Na discussão final, são apresentadas várias possibilidades sobre a formação dessa
crença, e indicativos de sua inverdade, a partir dos resultados apresentados, de elementos
específicos desta dança e do ideal corporal contemporâneo, baseado a magreza.
Através da análise dessas quatro pesquisas podemos concluir que a dança do ventre
além de ser uma atividade física, a movimentação da região do baixo ventre segundo Torres
(1998) massageiam os órgãos internos, trabalhando músculos pélvicos (desconhecidos por
grande parte das mulheres) nesses grupos musculares, inclusive auxiliando no momento do
parto. Além do trabalho de conscientização corporal e a exposição a novas experiências
motoras, há também um trabalho de resistência muscular localizada e força específica de
determinados músculos, principalmente os das regiões, pélvica, abdominal e membros
inferiores, o que proporciona a aquisição de formas mais femininas na região abdominal,
pélvica, e das coxas, dando formas mais femininas e sensuais à mulher.
Segundo Sabongi (1998), "Dançar é uma das formas de vitalizar os centro
energéticos de todo ser humano. A Dança do Ventre é uma arte, pois nela encontram-se
diversos simbolismos sagrados descritos pelos movimentos do corpo feminino. Não é
preciso ser jovem e não há idade específica para praticar essa dança, é preciso ser mulher."
25

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com os resultados dos artigos obtidos na tabela 1, pode-se verificar a


contribuição da dança do ventre em diversos aspectos e principalmente no motivacional
e físico, tema deste trabalho, visto que os artigos dão ênfase à relação entre as pessoas,
seus sentimentos, à busca da melhor qualidade de vida e a satisfação com seu corpo.
O estudo desses aspectos contribui para que as pessoas se envolvam mais
com a dança, nos seus diversos estilos, para benefício do seu corpo e sua mente e por
esse motivo recomenda-se a ampliação desses temas.
26

REFERÊNCIAS

ABRAO, Ana Carla Peto e PEDRAO, Luiz Jorge. A contribuição da dança do ventre
para a educação corporal, saúde física e mental de mulheres que freqüentam uma
academia de ginástica e dança. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2005, vol.13,
n.2, pp. 243-248. ISSN 0104-1169. Em >http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692005000200017.

ABRÃO A. C. P, PEDRÃO L. J. A contribuição da dança do ventre para a educação


corporal, saúde física e mental de mulheres que freqüentam uma academia de ginástica
e dança. Rev Latino-am Enfermagem, março-abril; 13(2):243-8, 2005.

ARRUDA, L. A Dança Oriental como Ferramenta Terapêutica.

BENCARDINI, P. Dança do Ventre: ciência e arte. São Paulo: Textonovo, 2002.

BARBAND, VALDIR JOSÉ. Aptidão Física: Um convite á saúde. São Paulo: Manole,
1990. BENCARDINI, P. Dança do Ventre: Ciência e Arte. São Paulo: Texto novo,
2002.

BOMENTRE, Simone. A Dança do Ventre Através dos Tempos. São Paulo- SP. 2005
Disponível em: http://www.giselebomentre.com.br/ acesso em: 02/06/2009.

CAMINADA, E. História da dança: evolução cultural. Rio de Janeiro, Sprint, 1999.

CAVASIN, C.R. A dança na aprendizagem. Revista da Pós. n.3, p.1-8 ago./dez. 2003
Disponível em: <http://www.icpg.com.br/artigos/rev03-01.pdf>. Acesso em: 07 abr.
2010.

DA SILVA, MARILIA CAMARGO. A presença do folclore como elemento rítmico


nas escolas. (Trabalho de conclusão de curso de Educação Física – combinação
metodológica de pesquisa bibliográfica e de campo) disponível em:Acesso em 05 Set.
2011
27

FRANSOZI, N. M. Dança do Ventre: um olhar da Educação Física. Monografia –


Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

FOX, L. E.; BOWERS, W. R.; FOSS, L. M. Bases biológicas da educação física e dos
desportos. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabaran Koogan, 1991.

GIFFONI, MARÍA AMALIA CORREA. Danças Folclóricas Brasileiras 3ª Edição.


São Paulo. Melhoramentos 1973

GARAUDY, R. Dançar a vida. 6. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

GHORAYEB, N.; BARROS, T. O exercício: preparação fisiológica, avaliação


médica, aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheneu, 1999.

HANNA, J. L. Dança, sexo e gênero: signos de identidade, dominação,desafio e


desejo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

LOPES M. Os benefícios que a dança do ventre proporciona a quem pratica. Tudo


sobre Dança do Ventre 2000; 2:1-10.

LIBERALI, R. Metodologia Científica Prática: um saber-fazer competente da


saúde à educação. Florianópolis: [s.n.], 2008

KUSSUNOKI, Sandra Aparecida Queiroz. Alinhamento postural e preferência


musical na dança do ventre. 2007. 65 f. Monografia (Licenciatura em Educação
Física) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.

KUSSUNOKI, Sandra Aparecida Queiroz. A Dança do Ventre e suas relações com o


padrão estético corporal. Disponível eim: Revista Digital - Buenos Aires – Ano-13 -
Nº 127 – Dezembro de 2008

KUSSUNOKI, S. A. Q, AGUIAR, C.M. Aspectos históricos da Dança do Ventre e sua


prática no Brasil. Revista Motriz. Rio Claro, v.15 n.3 p.708-712, jul./set. 2009
28

MEDINA, J; RUIZ, M; ALMEIDA, D.B.L; YAMAMUCHI, A; MARCHI, W.J. As


representações da dança: uma análise sociológica. Movimento, Porto Alegre, v. 14,
n. 02, p. 99-113, maio/agosto, 2008.
Metaforma e Movimento - A Geometria Corporal Expressiva na Dança do Ventre,
de Lu Faruk. Todos os Direitos Autorais Reservados. Disponível em
http://portaldancadoventre.blogspot.com.br/2009/04/livro-metaforma-e-movimento.html Acesso em
15/05/2016.

Disponível em http://www.brasilescola.com/educacao-fisica/danca-historia-ritmo-movimento.htm
Acesso em 15/05/2016.

Disponível em http://www.centraldancadoventre.com.br/a-danca-do-ventre/a-danca-do-ventre-historia.

Acesso em 15/05/2016.

Disponível em http://www.terra.com.br/mulher/beleza/2001/12/09/001.htm Acesso em 15/05/2016.

Disponível em http://www.efdeportes.com/efd127/a-danca-do-ventre-e-suas-relacoes-com-o-padrao-
estetico-corporal.htmAcesso em 15/05/2016.

MCARDLE, D. W.; KATCH, I. F.; KATCH, L. V. Fisiologia do exercício: energia,


nutrição e desempenho humano. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2008.

NANNI, D (1999). O ensino da dança na estruturação/expansão da consciência


corporal e da auto-estima do educando. Fitness&PerformanceJournal, v. 4, n.1, p. 45-
57, 2005.

PETO A.C, BUENO S.M.V. A visão que os enfermeiros licenciados tem sobre a
música e dança como recurso educativo no curso de licenciatura em enfermagem.
[Monografia]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP;
1999.

POWERS, K. S.; HOWLEY, T. E. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao


condicionamento e ao desempenho. 6. ed. São Paulo: Manole, 2009
29

RIED, Bettina. Fundamentos de dança de salão. Londrina: Midiograf, 2003. - 205


p.:il.

REIS; A. C.Aatividade estética da dança do ventre. 2007 Dissertação (Mestrado em


psicologia) – Curso de pós Graduação em Psicologia - Universidade Federal de Santa
Catarina, Santa Catarina, 2007.

ROBATTO, L. Dança em processo: a linguagem do indizível. Salvador: UFBA,


1994.

RONDINELLI, P. Entre a deusa e a bailarina: a polifonia cultural da dança do ventre.


2002. 94 f. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual
Paulista, Rio Claro, 2002.

SHARKEY, S.S. Resgatando a feminilidade: expressão e consciência corporal pela


dança do ventre. 2. ed. São Paulo: Scortecci, 2002.

SABONGI, Débora. Benefícios da dança do ventre. Disponível


em:http://www.khanelkhalili.com.br/beneficios.htm acesso em: 02/06/2009

XAVIER, C N. ...5,6,7,infinito... Do oito ao infinito: Por uma dança do ventre


performática, híbrida, impertinente. Brasília, 2006. Dissertação (mestrado em artes) -
Programa de pós graduação em Artes, Universidade de Brasília.

WEINECK, J. Treinamento ideal. 9. ed. Brasília: Manole, 2003.

WILMORE, H. J.; COSTILL, L. D. Fisiologia do exercício e do esporte. 2. ed. São


Paulo: Manole, 2001.

Você também pode gostar