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JOÃO PESSOA
2016
ROSEMILIA MARINHO BEZERRA
JOÃO PESSOA
2016
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
_____________________________________________Nota ________
Prof (Instituição)
_____________________________________________Nota ________
Prof (Instituição)
JOÃO PESSOA
2016
DEDICATÓRIA
A Jesus Cristo, amigo sempre presente, sem o qual nada teria feito.
Aos amigos, que sempre incentivaram meus sonhos e estiveram sempre ao meu lado.
Aos meus colegas de classe e demais formandos pela amizade e companheirismo que recebi.
A Prof.ªEugra Souto Santos, que me acompanhou, transmitindo-me tranquilidade.
RESUMO
Objetivo: verificar a influência da dança do ventre no bem-estar físico e motivacional, por meio
de uma revisão sistemática. Metodologia: revisão de 4 artigos, publicados entre 2005/2016.
Resultados: Os artigos analisados demonstraram benefícios motivacionais (aceitação da imagem
corporal; conhecimento do próprio corpo; relação com as outras pessoas; melhora da
autoestima); físicos (melhora na postura, no desenvolvimento psicomotor e na qualidade de
vida), para todas as faixas etárias (na saúde, para idosos, até no desenvolvimento psicomotor,
em crianças). Conclusão: a dança do ventre contribui nos aspectos motivacionais e físicos, com
ênfase no relacionamento, na descoberta de sentimentos e na satisfação com o corpo.
Objective: To assess the effect of belly dance on the physical and motivational welfare through
a systematic review. Methodology: review of 4 articles published between 2005/2016. Results:
The analyzed studies showed motivational benefits (acceptance of body image, knowledge of
the body, compared with others, improved self-esteem); physical (improved posture,
psychomotor development and quality of life) to all age groups (health, for the elderly, to
psychomotor development in children). Conclusion: Belly dance helps in motivational and
physical aspects, with emphasis on the relationship, the discovery of feelings and satisfaction
with the body.
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9
2 REFERENCIAL TEORICO .............................................................................................. 12
2.2 A DANÇA DO VENTRE ................................................................................................. 12
2.2.1 Histórico ......................................................................................................................... 12
2.2 A DANÇA E A SUA HISTÓRIA .................................................................................... 14
2.2.2 Benefícios da dança do ventre ...................................................................................... 17
3 METODOLOGIA .............................................................................................................. 18
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 20
4.1 RESULTADOS DOS ESTUDOS SELECIONADOS .................................................. 22
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 25
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 26
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1INTRODUÇÃO
A prática da dança do ventre envolve uma técnica própria que, dentre outras, realiza
contrações isométricas, contribuindo para o aumento do gasto calórico e a queima de gorduras
(KUSSUNOKI; AGUIAR, 2008). Nesse sentido, sugere-se que ela promove diversas alterações
físicas e fisiológicas em suas praticantes, auxilia na correção da postura corporal, melhora o
funcionamento do intestino, diminuindo cólicas menstruais, fortalece a musculatura pélvica,
aumenta a circulação sanguínea nos órgãos reprodutores e no aparelho urinário, aprimorando a
saúde da mulher de um modo geral. “Esteticamente, modela e reduz as medidas da cintura, e,
psicologicamente, aumenta a autoestima” (KUSSUNOKI, 2011).
A dança do ventre é “uma maneira eficaz, simples, direta e ampla para a manutenção da
saúde de um grupo de mulheres” (Peto AC. & Bueno SMV).
Com essa afirmação sabemos que a dança do ventre está relacionada com saúde e pode
influenciar em melhoras motoras, já que pode ser considerada exercício físico que segundo
CASPERSEN et al. (1985), é uma das maneiras pela qual a atividade física pode se manifestar,
desde que seja planejada, estruturada e repetitiva e objetive a melhoria da aptidão física ou a
reabilitação orgânico-funcional. Estando aptidão física atrelada ao exercício físico, de acordo
com o mesmo autor, aptidão física inclui determinadas características, possuídas ou adquiridas
por um indivíduo, sendo elas relacionadas com sua capacidade de realizar atividades físicas.
1
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Em um estudo semelhante, realizado com dança de salão e dança do ventre mostram que,
alem de trazer benefícios para a saúde física, como melhora cardiovascular e melhora na
postura, a dança pode estar relacionada positivamente com estados emotivos positivos (RIED,
2003; ABRÃO; PEDRÃO,2005)
No que diz respeito à dança do ventre (DV), existe uma carência de documentos ou
registros relacionados à sua história (REIS, 2008; BENCARDINI, 2002), sendo sugerido que a
mesma surgiu decorrente da cultura dos povos do Oriente Médio (BENCARDINI, 2002). A DV
está associada a rituais femininos de fertilidade, sexualidade, misticismo e religião, preparando a
mulher para o momento do sexo, gravidez e parto (BENCARDINI, 2002), sendo fortemente
associada com a estetização do feminino e tendo seus valores, historicamente construídos dentro
do respectivo gênero (REIS, 2008; BENCARDINI, 2002). Posteriormente a DV foi incorporada
na cultura ocidental, passando a incorporar novos movimentos à mesma, transformando a
tradição em reinvenção (REIS, 2008). Atualmente, a DV vem sendo fortemente procurada não
apenas por questões religiosas, profissionais e artísticas, mas também associada pela busca de
melhor qualidade de vida, demonstrando novo significado para a mesma. As aulas de DV são
caracterizadas basicamente por ações denominadas dentro da cultura da respectiva dança de: i)
oitos; ii) giros; iii) batidas; iv) shimies; v) batidas laterais; vi) ondulações abdominais; vii)
movimentos horizontais; bem como viii) movimentos verticais, que podem ser feitos
isoladamente ou combinados. Ressalta-se que tais ações, podem ser realizadas com o tronco,
cintura, quadril, mãos, braços e cabeça. A DV é realizada individualmente, sendo que apesar de
algumas coreografias serem apresentadas em grupo, as dançarinas não dependem umas das
outras, caracterizando de alguma forma a individualidade. Assim como em qualquer exercício
físico, em todos os tipos de dança ocorrem reações fisiológicas durante as aulas para que a
demanda do exercício seja atendida. Com relação ao exercício físico, o metabolismo energético
pode atuar de maneira diferenciada, podendo ser predominantemente aeróbio, anaeróbio, ou
uma mescla de ambos (POWERS,. et al 2009).
Segundo Patê (1988) A aptidão física é um estado caracterizado por uma capacidade de
executar atividades diárias com vigor e demonstração de traços e capacidades associados com
baixo risco de desenvolvimento prematuro das doenças hipocinéticas (falta de movimento
durante a vida); Fato que torna uma boa aptidão física diretamente relacionada á uma saúde
física positiva. Em um estudo semelhante, realizado com dança de salão e dança do ventre
mostram que, alem de trazer benefícios para a saúde física, como melhora cardiovascular e
melhora na postura, a dança pode estar relacionada positivamente com estados emotivos
positivos (RIED, 2003; ABRÃO; PEDRÃO,2005) O que aguçou minha curiosidade em
1
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2. REFERENCIAL TEORICO
2.2.1 Histórico
Entre todas as vertentes da dança, a dança do ventre é a mais primitiva. Suas origens,
segundo Bencardini (2002) podem ser situadas no contexto míticoreligioso das antigas
civilizações do Oriente Médio, nos quais fazia parte do culto à “Grande Mãe”. Esta era
denominada Inana ou Ishtar na civilização Suméria (4500 a.C.) e Ísis na Egípcia (4000 a.C.).
Com a conquista do Egito pelos árabes (640 d.C.), a dança do ventre foi assimilada por essa
cultura, e, disseminada por várias regiões.
Assim, apesar de ter ficado conhecida como uma dança originária da Arábia, esse estilo
de dança foi criada como ritual de fecundidade há sete mil anos, por sacerdotisas egípcias. A
dança do ventre é ligada ao rito de fertilidade, sendo a modalidade de dança que melhor
simboliza a essência da criação, onde se agradecia o milagre da vida, louvando, com dança e
oração, o prazer, o nascimento e a sensualidade feminina (LOPES, 2000).
As bailarinas estudavam arte, se apresentavam cobertas por véus e não apareciam com
frequência em público, fazendo parte apenas de festas em casas de alta sociedade. As gawazee,
eram as bailarinas profissionais, que tingiam os cabelos e decoravam os pés e as mãos com
henna, pintavam os olhos, eram exóticas e dançavam nas praças e portas de hotéis por dinheiro
(BENCARDINI, 2002).
Com o tempo, as danças dos templos foram misturadas às danças populares e propagadas
por ciganas e beduínas, por serem nômades. Deste modo, o aspecto sagrado é deixado para
originar o aspecto do entretenimento. Este caráter 18 é estabelecido quando a dança passa a
fazer parte de celebrações, casamentos, nascimentos e festas (HANNA, 1999; MARTINS,
2005).
Assim, da época em que essa dança era considerada sagrada até os dias de hoje seu
caráter se modificou muito. A dança que era praticada pelas sacerdotizas, nos interiores dos
templos, ou exibida apenas nos eventos oficiais, depois da invasão árabe, passou a ser exibida
também nos palácios como forma de entretenimento e mais tarde acabou entrando em declínio
com a radicalização do Islamismo, chegando a ser exibida até em lugares de prostituição, por
volta do século XVI (MOHAMED, 1995).
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Para Kussunoki e Aguiar (2009), ao longo da história, a dança do ventre, que varia seu estilo de
um país para o outro, seguiu um processo evolutivo através dos séculos que se desenrolou em
dois tipos de cenário: o culto e o popular, o palácio e a rua.
Sharkey (2002), narra que as mulheres das aldeias beduínas, costumam dançar descalças,
com vestidos longos de seda, bordados com contas, lantejoulas e pequenas moedas, com um
grande lenço amarrado no quadril para acentuar seus movimentos, valorizando-os.
No Brasil, os estilos mais dançados são o egípcio e o libanês e o seu desenvolvimento se
dá em âmbito nacional, porém, a produção artística é mais concentrada em São Paulo, onde
existe maior quantidade de profissionais da área, como professoras, dançarinas, coreógrafos e
músicos. Há um grande número de imigrantes árabes e descendentes, tanto no estado como no
município de São Paulo (RONDINELLI, 2002), o que favorece esta proliferação da cultura, na
qual a manifestação artística está sempre muito presente (KUSSUNOKI; AGUIAR, 2009).
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A dança é a mais antiga das artes, existindo desde a pré-história, onde servia como
uma forma de comunicação antes da invenção da linguagem verbal (ORDONES, 1990 apud
PETO, 2000). Ao longo dos tempos, o homem vem representando seus sentimentos mais
íntimos através da dança por meio de expressões corporais ritmadas que mantêm estreito o
elo com a religiosidade, energia e ludicidade (NANNI, 2005).
As civilizações e os povos antigos utilizavam a dança em quase todos os fatos
importantes de sua época como rituais religiosos e culturais, para celebrar o nascimento de
crianças, funerais, guerras, para semeadura e as colheitas, sendo considerada uma forma de
comunicação entre os homens e os deuses (GARAUDY, 1980). Reafirma Medina et. al.
(2008), que os povos antigos dançavam para a colheita e a fertilização, saudando ou
agradecendo, estando a dança inserida em todos os acontecimentos da sociedade.
Com o surgimento de grupos isolados, originaram-se diversas sociedades que
criaram suas próprias danças (BOURCIER, 2001 apud FRANSOZI, 2009). Para Caminada
(1999), a dança, na sua forma mais simples se manifestava através de movimentos que
lembram as forças da natureza que são consideradas mais poderosas para o homem e que
trazem consigo a idéia de que essa imitação tornará possível dominar os poderes dessas
forças.
No Egito de seis mil anos atrás, quando a noite chegava ao final e, com a
madrugada, se apagavam os astros cuja dança celeste era a própria imagem
da ordem da natureza, o homem, angustiado por não mais perceber essa
imagem, entrava em cena para manter a ordem celeste, imitando-a:
começava então a dança da estrela da manhã, com suas rondas; e este balé
simbólico, contemporâneo do nascimento da astronomia, ensinava aos
filhos do homem, pelo movimento figurado dos planetas as leis que regiam
o ciclo harmonioso dos dias e das estações, as leis que podiam prever e
portanto controlar as cheias do Nilo, tornando-as já não tão destrutivas,
mas fecundantes com a preparação em tempo útil de diques e canais
(GARAUDY, R. 1980, p.14).
Nesse sentido, a dança pode ser considerada uma manifestação de hábitos e costumes
de povos por fornecer elementos ou representações de determinada sociedade por meio de
uma forma de movimento elaborado, que mais tarde criaram formas e tipos característicos,
originando estilos de dança. Alguns estilos conseguiram ganhar visibilidade no mundo, e são
seguidos como uma forma de exercício físico e expressão artística (MEDINA et al., 2008).
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Segundo Ried (2003) durante a evolução da espécie humana, a dança teve maior
importância nas sociedades anteriores a valorização da palavra: a crescente importância dada
a atividade mental e conseqüente abstração tirou da dança o papel, de meio de expressão de
emoções, transferindo-se para a palavra. Assim a dança começou a restringir-se a vida
social. Dessa forma, as culturas ocidentais deixaram de ser dançantes para se tornarem
pensantes.
Para Ried (2003 pg.07) dançar em qualquer de suas formas expressivas, é um
espelho das manifestações vitais: emoção, arte, mito, filosofia e religião se expressam
através do movimento inspirado e guiado pela música (outra manifestação acústica rítmica
similar).
São bem conhecidos os benefícios da dança como uma atividade física,
flexibilidade, melhora do condicionamento aeróbico, aprimoramento da coordenação motora
e perda de peso, estes que são almejados e consumidos pela sociedade atual. Além de
benefícios exclusivamente estéticos os benefícios terapêuticos que a dança proporciona vão
além de uma atividade corporal com fins exclusivamente físicos.
Dentre as manifestações culturais Árabes, que atravessaram séculos, a “RAKS-EL
CHARKI”, conhecida no Brasil é a Dança do Ventre mais difundida. Celebra o Feminino da
Criação a Fertilidade, a Doçura, a Subjetividade, a Sedução, a Sensualidade da mulher. Em
relação aos benefícios orgânicos, a dança árabe trabalha os órgãos do baixo ventre,
normalizando suas funções. Os movimentos ondulatórios massageiam a coluna e aumentam
a flexibilidade do corpo (BOMENTRE, 2005).
Para Débora Sabongi (2009) são inúmeros os benefícios que envolvem a dança do
ventre estão entre os de caráter físico, psicológicos e estéticos. Dentre os corporais são:
emagrecimento, tonicidade e enrijecimento da musculatura abdominal, pernas, braços,
costas e glúteos. Os psicológicos envolvem melhora na auto-estima e estimula a
feminilidade.
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3.METODOLOGIA
Este estudo consiste numa investigação caracterizado como revisão sistemática, que
segundo Sampaio e Mancine (2006) é um estudo que utiliza como fonte de dados a literatura
sobre determinado tema, no qual disponibiliza um resumo das evidências relacionadas a uma
estratégia de intervenção específica, mediante a aplicação de métodos explícitos e
sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da informação selecionada. como uma
revisão de avaliação rigoroso e fiel das pesquisas realizadas a partir de um tema específico.
Biochiniet al. (2007) ainda esclarece que é um instrumento para mapear trabalhos
publicados no tema da pesquisa específico dando suporte na elaboração de uma síntese do
conhecimento existente sobre o assunto. A análise dos dados ocorreu pela concepção de
Bardin (2009), para a autora, a análise de discurso é composta por um conjunto de técnicas
de análise das comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição
do conteúdo das mensagens. Para a pesquisa foi utilizada a bases de dados: SCIELO
(ScientificElectronic Online Libray), As palavras-chaves utilizadas foram ''Qualidade de
Vida'', ''Estilo de Vida'', “Emagrecimentoe ''Dança do Ventre''.
Artigos de revisão;
Na coleta inicial dos estudos foram encontrados 9 artigos na base de dados Scielo,
com o descritor''Qualidade de Vida'', nos quais foram utilizados os filtros ; País: brasil;
Idioma: português; Área temática: Ciências da saúde, totalizando 6, desses foram lidos os
títulos e resumo, selecionado apenas 3 que estavam relacionados ao tema. Com o descritor
''Estilo de Vida'' foram encontrados 3, foram utilizados os filtros; País: Brasil; Idioma:
Português, totalizando 2, desses foram selecionados apenas 1 relacionados ao temas dos
quais dois já havia sido encontrado na busca com o descritor ''Qualidade de Vida''. Com o
descritor ''Emagrecimento'' foram encontrados 1 estudo, não foi utilizado filtro, sendo
selecionado apenas um. Já com o descritor ''Emagrecimento ,Dança do Ventre'' foram
encontrados 4, sendo utilizado os filtros… sendo selecionado 2 relacionado ao tema, desses
sete 4 já havia sido encontrado anteriormente.
Mediante toda coleta a pesquisa ficou sendo composta por 4 estudos relacionados ao
tema, como podemos ver na tabela 1.Todos os artigos selecionados foram lidos e analisados
para se chegar ao resultado.
Scielo ''Emagrecimento'' 1
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A revisão será exposta em duas tabelas, na tabela 1, a descrição dos 4 estudos selecionados,
Autor, ano, amostra, instrumento de pesquisa, e local. Na tabela 3 e 4 será apresentado o
fichamento dos estudos, através das seguintes variáveis: autor e ano, objetivo e resultados.
Em seguida será descrito com mais detalhes os estudos sendo divididos em dois tópicos:
Qualidade de vida dança do ventre; Estilo de vida; Aparência corporal para assim analisar se
existe diferença entre ambas as áreas de atuação.
decorrentes da constante movimentação pélvica. É uma técnica que considera mente e corpo
de forma integrada, por meio de uma maior consciência corporal, possibilitando assim, uma
ampliação da imagem corporal feminina. Um dos estudiosos que voltou bastante sua atenção
para a questão do corpo foi Willhelm Reich, chegando a considerar que insatisfações e
frustrações podem até desenvolver doenças psicossomáticas.
Já nas pesquisas de Abrão e Pedrão, 2005, teve por objetivo investigar os
benefícios da dança do ventre para a saúde de mulheres que freqüentam uma academia de
dança do interior do Estado de São Paulo. Trata-se de um estudo qualitativo.
Os referenciais foram a experiência dos pesquisadores e outras literaturas da
área de dança. A amostra foi constituída por 12 mulheres com faixa etária de 16 a 40 anos,
que praticavam dança do ventre há mais de três meses, às quais foi aplicado um questionário
com perguntas abertas. A análise foi feita por meio dos conteúdos das respostas, o que
possibilitou a conclusão de que a dança do ventre é um método que traz benefícios para a
educação integral e leva à valorização da vida, melhorando a saúde e a qualidade de vida
dessas mulheres.
Os resultados deste estudo foi que os exercícios de dança do ventre
possibilitaram o relaxamento do corpo, resultando numa sensação de bem-estar, o que,
provavelmente, está associado à liberação de serotonina pelo organismo. Outro fato que
pode estar associado à prática de dança do ventre é a própria defesa do organismo.
A experiência prática de professores dessa dança e relatos de mulheres
praticantes mostram que tais praticantes são menos expostas a doenças infecciosas. Isso leva
ao entendimento de que esse tipo de dança alia-se ao sistema imunológico na luta contra
essas doenças, incluindo, também, outras, não infecciosas, como a depressão e a ansiedade.
Assim sendo, sugerimos a realização de estudos mais específicos para comprovar os
resultados provenientes da experiência prática de quem ensina e dos relatos das mulheres
praticantes.
Kussonoki,2010, afirma em seu estudo sobre o tema de sua dissertação de mestrado
que é a dança e o ventre: aparência corporal na contemporaneidade com o objetivo de
verificar a existência desta crença e questionar sua veracidade, expondo e discutindo
aspectos da corporeidade na contemporaneidade através da coleta de depoimentos e
fotografias de mulheres praticantes e não praticantes de dança do ventre, divididas em 5
grupos: alunas de dança do ventre, sedentárias, praticantes de outras atividades físicas,
professoras de outras modalidades de dança e professoras de dança do ventre.
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5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ABRAO, Ana Carla Peto e PEDRAO, Luiz Jorge. A contribuição da dança do ventre
para a educação corporal, saúde física e mental de mulheres que freqüentam uma
academia de ginástica e dança. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2005, vol.13,
n.2, pp. 243-248. ISSN 0104-1169. Em >http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692005000200017.
BARBAND, VALDIR JOSÉ. Aptidão Física: Um convite á saúde. São Paulo: Manole,
1990. BENCARDINI, P. Dança do Ventre: Ciência e Arte. São Paulo: Texto novo,
2002.
BOMENTRE, Simone. A Dança do Ventre Através dos Tempos. São Paulo- SP. 2005
Disponível em: http://www.giselebomentre.com.br/ acesso em: 02/06/2009.
CAVASIN, C.R. A dança na aprendizagem. Revista da Pós. n.3, p.1-8 ago./dez. 2003
Disponível em: <http://www.icpg.com.br/artigos/rev03-01.pdf>. Acesso em: 07 abr.
2010.
FOX, L. E.; BOWERS, W. R.; FOSS, L. M. Bases biológicas da educação física e dos
desportos. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabaran Koogan, 1991.
Disponível em http://www.brasilescola.com/educacao-fisica/danca-historia-ritmo-movimento.htm
Acesso em 15/05/2016.
Disponível em http://www.centraldancadoventre.com.br/a-danca-do-ventre/a-danca-do-ventre-historia.
Acesso em 15/05/2016.
Disponível em http://www.efdeportes.com/efd127/a-danca-do-ventre-e-suas-relacoes-com-o-padrao-
estetico-corporal.htmAcesso em 15/05/2016.
PETO A.C, BUENO S.M.V. A visão que os enfermeiros licenciados tem sobre a
música e dança como recurso educativo no curso de licenciatura em enfermagem.
[Monografia]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP;
1999.