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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

MILLENA MOURA DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DA DANÇA NO TRATAMENTO E


ACOMPANHAMENTO DE PESSOAS COM DIAGNÓSTICO DE DEPRESSÃO E
ANSIEDADE

SOBRAL
2023
MILLENA MOURA DA SILVA
A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DA DANÇA NO TRATAMENTO E
ACOMPANHAMENTO DE PESSOAS COM DIAGNÓSTICO DE DEPRESSÃO E
ANSIEDADE

Projeto de Trabalho de Conclusão do Curso de


Educação Física da Universidade Estadual
Vale do Acaraú, para obtenção do grau de
Bacharel em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Marcel Lima Cunha

SOBRAL
2023
1 INTRODUÇÃO

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2019) a depressão é um transtorno


mental e é também uma das principais causas de incapacidade humana. Universalmente,
calcula-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse
transtorno, sendo as mulheres mais afetadas que os homens.
A depressão pode prejudicar a capacidade dos indivíduos no seu cotidiano, como
trabalho, escola ou até mesmo no ambiente familiar, tendo em vista que a mesma pode ser
duradoura. O estágio mais avançado da doença, pode provocar a morte (OMS, 2019). A
mesma se apresenta direcionadora do alto índice das mortes entre os indivíduos com 18 e 44
anos de idade (MOLINA et al. 2012).
Define-se ansiedade como “doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e as
experiências de vida. Pode-se sentir ansioso a maior parte do tempo sem nenhuma razão
aparente, pode-se ter ansiedade às vezes, mas tão intensamente que a pessoa se sentirá
imobilizada” (SECRETARIA DA SAÚDE DE CURITIBA, 2011).
A ansiedade, assim como a depressão, é uma doença psicológica que exige tratamento
medicamentoso (psiquiátrico), assim como acompanhamento psicológico.
Descreve-se dança como “uma arte que significa expressões gestuais e faciais através
de movimentos corporais, emoções sentidas a partir de determinado estado de espírito”
(HASS E GARCIA, 2006, p.139). Desse modo, o autor deixa-se compreender que a dança é
uma maneira de transmitir e expressar nossas emoções.
A dança, tal qual outras práticas de atividades físicas liberam hormônios que geram a
sensação do prazer, hormônios estes conhecidos como endorfina, dopamina e serotonina.
Tal prática pode ser entendida como uma modalidade de exercício físico que pode
proporcionar muitos benefícios para quem pratica. Atualmente, é notório que o ser humano
não consegue viver sem a prática de atividade física, esse número vem aumentando de acordo
com que as pessoas conhecem os benefícios e se conscientizam.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


● Identificar a importância da prática da dança no tratamento e acompanhamento de
pessoas com diagnóstico de depressão e ansiedade.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Relacionar os efeitos da dança para o bem estar físico e psicológicos em pessoas com
depressão e ansiedade;
● Analisar se a prática da dança atua positivamente ou negativamente no tratamento e
acompanhamento de indivíduos com doenças psicológicas;
● Investigar os efeitos da prática de dança na diminuição dos sintomas da depressão e
ansiedade.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 BREVE HISTÓRIA DA DANÇA


Buscando relatos sobre a origem da dança, encontrou-se que antes mesmo
da linguagem oral, o homem já utilizava a linguagem gestual, ou seja, adotava a
dança para expressar suas necessidades como acasalamento, busca de alimentos
e mudanças climáticas, além de comunicabilidade espiritual com os deuses, dentre
outros.
Para confirmar, averiguamos que : “Há indicações que o homem dança
desde a antiguidade. Em todas as épocas, todos os povos dançaram. Faziam isso
para expressar amor ou revolta, rezar, mostrar força, arrependimento, distrair e
viver” (TAVARES, 2005, p. 93).
No antigo Egito, existiam danças sagradas em homenagem aos deuses, o
deus Ápis era homenageado diante de Hathor que era a deusa da dança e música,
denominando assim de ritual.
Para os Gregos, dançar era uma maneira de se interligar com o divino e um
dom concedido por eles. “A dança foi ensinada aos mortais pelos deuses para que
aqueles os honrassem e os alegrassem” (MAGALHÃES, 2005, p.2).
A dança foi crescendo, conquistando espaço e assim alcançando lugares
menos privilegiados, proporcionando para as pessoas diversão e sensações
vivenciadas durante as práticas. A dança nesse contexto designa: cultura,
educação, religião e sociedade (HASS E GARCIA, 2006). Percebe-se na fala da
autora que a prática da dança desenvolveu bastante e, ainda nos dias atuais, sofre
modificações, oferecendo ao indivíduo que a pratica, sensação de bem estar
enquanto o mesmo se sente renovado.

3.2 DANÇA, DEPRESSÃO E ANSIEDADE

A Educação Física é uma área que possui um leque de atuação na


propagação da saúde, seja com um gesto do dia a dia ou através de atividades
ordenadas como exercício físico. A dança está entre os exercícios que
proporcionam o bem estar, tanto físico como psicológico.
Para Hass e Leal (2006, apud SILVA, p. 8) "A dança é importante, pois
proporciona-nos bem estar físico, social e psicológico; é benéfica para a saúde e é
uma atividade que traz satisfação pessoal." Assim, é permitido constatar que a
prática da dança é um exercício físico que favorece a saúde, onde transmite
inúmeros benefícios, melhorando o estilo de vida do ser humano e é uma grande
promotora da qualidade de vida.
A prática da dança engloba diversos benefícios para o corpo, pois estimula
adaptações funcionais, aprimorando a circulação sanguínea e o fornecimento de
oxigênio para nossas células (HASS, 2011, p.10).
A dança ainda proporciona outros benefícios, como "a melhora do
metabolismo cerebral, principalmente relacionada à oferta de neurotransmissores
como serotonina, dopamina, betaendorfina e acetilcolina" (ANTUNES; MELLO,
2013, p.24). Dessa forma, podemos destacar que a dança pode contribuir no bem
estar psicológico, gerando uma diminuição do estresse e como consequência,
diminui as doenças psicológicas que acomete a sociedade mundial. Além disso, tal
prática utiliza-se de música, onde incita a alegria durante e após a prática. Com
isso, pode-se destacar a importância da prática regular da dança no cotidiano do
indivíduo, aumentando sua autoestima, autoconfiança, motivação e relações sociais.

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